Apostila de Direito Administrativo
Apostila de Direito Administrativo
Apostila de Direito Administrativo
Material Gratuito
Quando pensar em Administração Pública deve ter em mente que ela busca atender os
interesses públicos. A finalidade é o interesse público.
Para buscar este interesse público a Administração Pública se vale de um regime jurídico
diferenciado, que é o regime jurídico administrativo, que lhe garante prerrogativas e submete-se a
sujeições com fundamento nos princípios da supremacia do interesse publico sobre o privado e
indisponibilidade do interesse público. Estes dois princípios são considerados a pedra de toque
do direito administrativo.
Para alcançar o interesse público a Administração Pública desenvolve quatro funções que
são elas: fomento, poder de polícia, serviços públicos e intervenção.
O fomento consiste em incentivar pessoas de direito privado à prestação de atividade de
interesse social. O Estado tem por função incentivar, por meio de isenções fiscais, repasse de bens ou
servidores públicos ou, por outras formas, pessoas de direito privado. Quando o Poder Público
qualifica uma fundação privada que tem interesse social como Organização Social (OS’s), concede
uma isenção fiscal ou faz financiamento com taxas menores para agricultores, ele está praticando
uma forma de fomento.
O poder de polícia representa limitações ou condições ao exercício do direito à liberdade ou
à propriedade. Quando a Constituição confere aos cidadãos um conjunto de direitos, estes devem ser
exercidos de modo adequado, a fim de não prejudicarem a coletividade. Ao expressar o poder de
polícia, o Estado visa proteger o interesse público. Quando se exige licença para dirigir veículos e
autorização para porte de armas, o Poder Público faz uso do poder de polícia.
Haverá órgãos (ex.: Secretaria de Meio Ambiente ou de Segurança Pública) e entidades públicas
(autarquias como DETRAN, IBAMA) que, por meio de seus agentes, desenvolvem essa
atividade administrativa.
A prestação de serviços públicos é dever do Estado. A Constituição impõe ao Poder Público
a obrigação de prestar serviços à sociedade, de modo direto, ou mediante concessão ou permissão,
sempre por meio de licitação. O Texto Constitucional apresenta inúmeros dispositivos que
determinam ao Estado essa obrigação. O Estado deve prestar diversos serviços públicos: saúde,
educação, transporte, energia elétrica, segurança etc. Prestará de forma direta e, em alguns casos,
delegando aos particulares, mediante concessão, permissão ou autorização.
A intervenção, como atividade administrativa, consiste em atos de regulação e fiscalização
de atividade privada de natureza econômica, bem como na criação de empresas estatais (empresa
pública e sociedade de economia mista) para intervir no domínio econômico. A intervenção, feita por
meio de atos de fiscalização e regulação, é a forma indireta, nos termos do art. 174 da CF/1988.
Entretanto, quando o Poder Público cria empresas estatais para desempenharem atividade
econômica, em regime de concorrência com as demais empresas privadas que são daquele segmento,
temos a intervenção direta, que deve ser realizada sob as exigências do art. 173 da CF/1988.
Em último caso, a intervenção do Estado ocorre segundo as normas de direito privado, pois
a Constituição estabelece que as empresas criadas pelo Poder Público devem se sujeitar ao mesmo
regime jurídico das demais empresas privadas quanto às obrigações de Direito Civil, Comercial,
Trabalhista e Tributário.
É válido destacar que o Estado só pode exercer intervenção direta na atividade econômica em
situação excepcional. Apenas em caso de relevante interesse coletivo ou segurança nacional é que
o Estado está autorizado pela Constituição (art. 173) a criar empresa pública ou de economia mista
para atuar em regime de concorrência com os particulares. Atualmente, o Estado realiza, com mais
frequência, a intervenção indireta (atos de fiscalização e regulação). Em razão do processo de
modernização que tem sido percorrido pelo Estado, no intuito de obter uma Administração mais
eficiente, a intervenção indireta passou a ser prioridade.
Assim, as atividades exercidas no Banco do Brasil se referem à intervenção direta na atividade
econômica. A atuação das agências reguladoras, por sua vez, trata-se de intervenção indireta. Desse
modo, sempre haverá alguém (órgão, entidade e agente público) desenvolvendo alguma atividade
administrativa.
Subalternos: são todos aqueles que se acham subordinados a órgãos mais elevados, com reduzido
poder decisório e predominância de atribuições de execução. Destinam-se à realização de serviços de
rotina, tarefas de formalização de atos administrativos, cumprimento de decisões etc.
Fique atento!!!!
O fato de um órgão ser simples não significa que ele terá apenas um agente público. Ele poderá
ter diversos servidores exercendo suas atividades. Não é a quantidade de servidor (agente público)
que qualifica ele com simples.
A principal característica dos órgãos simples é a inexistência de desconcentração. Suas
atividades é exercida de maneira concentrada pelos seus agentes.
Singulares ou unipessoais: atuam e decidem mediante um único agente, que é seu chefe e
representante:
Presidência da República;
Governadorias dos Estados;
Prefeituras;
Órgãos consultivos: “os de aconselhamento e elucidação (pareceres) para que sejam tomadas as
providências pertinentes pelos órgãos ativos”.
Ex.: Advocacia-Geral da União;
Órgãos de controle: “são os prepostos a fiscalizar e controlar a atividade de outros órgãos e agentes”.
Ex.: Tribunal de Contas da União.
OBSERVAÇÃO
O agente público é todo aquele que presta qualquer tipo de serviço ao Estado, que exerce
funções públicas, no sentido mais amplo possível dessa expressão, significando qualquer atividade
pública. A Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) conceitua agente público como
“todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior”. Trata-se, pois, de um gênero.
O agente político é aquele investido em seu cargo por meio de eleição, nomeação ou
designação, cuja competência advém da própria Constituição, como os Chefes de Poder Executivo e
membros do Poder Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunais de Contas, Ministros de
Estado e de Secretários nas Unidades da Federação, os quais não se sujeitam ao processo
administrativo disciplinar.
O empregado público, enquanto espécie de agente administrativo, pode ter duas acepções:
a) Ocupante de emprego público na administração direta, autarquias e fundações, nos termos da Lei
nº 9.962/2000, contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A rescisão
desses contratos, em ato unilateral da administração, deve ser precedida de procedimento
administrativo, com garantias ao empregado de participação na produção de provas, ampla defesa e
julgamento impessoal.
3.1 Legalidade
Significa que o agente público somente pode fazer aquilo que a Lei autoriza ou determina.
Exige que o administrador se paute sempre pela Lei. Impõe a prática de atos, em todo caso, de acordo
com a Lei.
Professor, princípio da legalidade significa que toda atividade administrativa está prevista na Lei?
Não. Até porque, não seria possível. Significa que o administrador deve agir dentro da legalidade.
3.2 Impessoalidade
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer
dos poderes da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a constituição federal.
Da leitura atenta da Súmula Vinculante n. 13, observará que ela impediu o nepotismo
cruzado, quando vedou as designações por “ajustes recíprocos”. Logo, se houver algum tipo
de ajuste para burlar as vedações ao nepotismo, a nomeação será ilegal.
Por exemplo: autoridade A tem um filho e autoridade B tem um filho também. Se a
autoridade A nomeia o filho da autoridade B e esta nomeia o filho da autoridade A, configura-
se o nepotismo cruzado, pois estão burlando a vedação e violando o principio da
impessoalidade.
3.3 Moralidade
Esse princípio, hoje, tem autonomia própria, mas no passado, um ato imoral era ilegal
por violar a legalidade. Houve uma evolução e o ganho de autonomia.
A moralidade exige que a conduta praticada pelo administrador seja pautada de acordo
com a ética, com o bom senso, bons costumes e, principalmente, com a honestidade.
O ato administrativo não terá que obedecer somente à Lei, mas também à ética da
própria instituição em que o agente trabalha.
Atualmente, não se espera de um agente público somente atuação de acordo com a
Lei, mas também honesta.
A moralidade administrativa constitui, hoje, pressuposto de validade de todo ato
administrativo. Memorize essa frase. Não é suficiente que o ato seja praticado somente de
acordo com a Lei; deve, também, obedecer à moralidade.
Assim, um prefeito que dispõe de verba pública e decide com ela fazer uma licitação
para compra de carros novos para ele e os secretários usufruírem, em vez de utilizar o dinheiro
para compra de ambulâncias destinadas ao município (mais essencial naquele momento),
pratica ato ilegítimo. Nesse caso, apesar de atuar dentro dos limites da Lei, não observou o
princípio da moralidade.
Não. Moral é um conceito que tem variação no tempo e no espaço. Nem tudo que é
moral para a sociedade será moral para a Administração Pública. E, mesmo dentro da
sociedade, há noções diferentes de moralidade dependendo dos locais. Por exemplo: a noção
do que é moral ou não dentro de um presídio é diferente da moral da sociedade livre.
Os presos podem admitir algo como moral e tolerar a situação; e a sociedade em geral, não.
Ou, então, o contrário.
O princípio da moralidade administrativa se vincula a uma noção de moral jurídica,
que não se confunde, necessariamente, com a moral comum. Nada impede um ato violar a
moral administrativa, violando, também, a moral comum.
Moralidade administrativa significa observar os padrões de comportamento da
Administração Pública.
Analise o exemplo: se uma pessoa, em uma quinta-feira, sai para comprar pão às 18h
e aproveita para comprar, também, uma latinha de cerveja. Volta para casa andando e
tomando essa lata. Não haverá uma reprovação social. Pelo menos eu creio que não! Mas,
e se um servidor sai para almoçar e retorna para o seu posto de trabalho tomando uma latinha
de cerveja. Haverá uma reprovação nisso? Creio que sim! Para a Administração Pública, essa
conduta não seria moral. Inclusive, vários órgãos públicos têm atos internos que vedam
ingresso de bebidas alcoólicas, até mesmo nas festas comemorativas.
A prática de um ato que viole o dever de moralidade pode gerar a responsabilização
por improbidade administrativa. A imoralidade qualificada pela desonestidade constitui ato
de improbidade administrativa.
A nossa CF, visando a responsabilização daqueles que violam o dever de moralidade
administrativa, estabeleceu, no art. 37, § 4º, as seguintes sanções para os atos de
improbidade administrativa, sem prejuízo da ação penal cabível:
3.4 Publicidade
Quando a Lei exigir ou quando for ato de efeitos externos. Por exemplo: a Lei n. 8.112/1990
exige que a aposentadoria seja publicada na imprensa oficial. Nesse caso, já que a Lei determina a
publicação, deve ser feita.
Em outra situação, por exemplo, se um Tribunal faz uma portaria determinando que o servidor
deve usar o crachá quando estiver no Tribunal. Nessa situação, basta a publicação internamente do
órgão, aceita no boletim interno. Não é necessária a publicação na imprensa oficial, uma vez que não
tem efeitos externos.
A regra é a publicidade, somente admitindo-se restrição em algumas situações. A CF, no
art. 5º, XXXIII, garante que todos têm direito a receber, dos órgãos públicos, informações de
interesse particular, de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da Lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado.
O princípio comporta exceção nas situações apresentadas pela Constituição. Leis que
restrinjam a publicidade de atos devem ter, por fundamento, a segurança da sociedade ou do Estado.
Nesse sentido, a Lei n. 12.527/2011, chamada de Lei de Acesso à Informação – LAI, que
regulamentou o art. 5º, XXXIII.
O princípio da publicidade também comporta restrição em razão da defesa de intimidade ou
da privacidade do cidadão. A publicidade pode ser restringida quando houve motivo de
segurança da sociedade ou do Estado; ou em casos de proteção à intimidade ou privacidade.
Para assegurar o direito consagrado na Constituição, existem os seguintes instrumentos:
• O direito de petição, pelo qual os indivíduos podem dirigir-se aos órgãos administrativos
para formular qualquer tipo de postulação (art. 5º, XXXIV, “a”, CF);
• De certidões em repartições públicas, para a defesa de direitos e esclarecimento de si tuações
de interesse pessoal (art. 5º, XXXIV, “b”, CF);
• Inviabilizado o exercício de tais direitos, ou ainda, sendo prestados indevidamente, surge,
ao prejudicado, o uso de outros instrumentos para recuperar a legalidade; por exemplo, o habeas data:
• Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes
de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
• Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo.
A Lei n. 8.429/1992, de Improbidade Administrativa, trata como ato de improbidade que
viola princípio administrativo aquele em que o agente público se nega a dar publicidade a atos
oficiais. Dessa forma, pode resultar para o agente público as sanções do art. 37, § 4º da CF e do art. 12
da referida lei.
Você, como servidor público, pode ter sua remuneração divulgada em sítio eletrônico oficial?
Sim. O STF entendeu que essa divulgação não viola a intimidade, a privacidade e a segurança do
servidor. Na verdade, se encaixa nas exceções de que trata o inciso XXXIII, do art. 5º, CF.
3.5 Eficiência
Exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição, rendimento,
qualidade e economicidade. Foi acrescentado, de forma expressa, na CF, com a Emenda
Constitucional n. 19/1998. Antes era apenas implícito.
Decorrência do princípio da eficiência:
• Possibilidade de ser ampliada a autonomia gerencial, orçamentária e financeira de órgãos e
entidades administrativas mediante a celebração de contrato de gestão, no qual serão fixadas metas
de desempenho a serem perseguidas pelo órgão ou entidade, a fim de que se mantenha a maior
autonomia conquistada (art. 37, § 8º, CF); qualificação de entidades como agências executivas; •
Exigência de avaliação por comissão especial para a aquisição da estabilidade do servi dor efetivo
(CF, art. 41, § 4º);
• Exigência de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, para o
servidor público (art. 41, CF). Hipótese em que, mesmo o servidor estável, nesse caso, pode perder
o cargo, se demonstrar desempenho insuficiente. Essa avaliação é feita após o servidor conquistar a
estabilidade. No entanto, não é aplicada, ainda, pois não foi editada a lei complementar para
regulamentar a situação.
Com a EC n. 45/2004, foi inserido no art. 5º, o inciso LXXVII, que:
Assegura a todos, no âmbito judicial e administrativo, a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
O princípio da eficiência, dentro do processo administrativo, passou a ser um direito com
sede constitucional.
É indispensável que o aluno saiba todos estes cincos princípios. Boa parte das questões serão
sobre eles.
Há um macete para decora-los e não esquecer na hora da prova. Mnemônico “LIMPE”
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
4. Poderes Administrativos
4.1 – Introdução
Introdução O exercício da atividade administrativa deve estar voltado, a todo instante, para o
alcance do interesse público. Desse modo, a Administração necessita de instrumentos para que o
objetivo seja alcançado.
Os poderes administrativos têm esse caráter instrumental. São instrumentos colocados à
disposição do administrador público, para atingir ao interesse público. Poderes administrativos não
devem ser confundidos com os Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário).
A expressão “poder” administrativo, também, não deve ser entendida como uma faculdade
para a Administração, pois, quando a situação estiver configurada, o poder deve ser exercido.
Na verdade a expressão mais adequada é “poder-dever” ou “dever-poder”, ou seja,
a Administração tem o dever de valer-se de todos os poderes que estão à sua disposição. O não
exercício de um poder administrativo pode levar à responsabilidade administrativa e penal do agente
público, bem como à responsabilidade civil da administração, se causar dano a particulares.
Como exemplo, um agente público não pode deixar de punir um subordinado quando ficar
comprovado que a infração administrativa ocorreu; um superior não pode deixar de controlar e
fiscalizar os atos de seus subordinados; o Estado não pode deixar de restringir direito em benefício
do interesse público.
Já que o administrador tem poderes, ele, também, terá seus deveres. São eles:
a) Dever de agir: não pode o agente público manter-se inerte diante de situação em que o
poder deva ser exercido.
b) Dever de prestar contas: tem o dever de ser transparente e expor a atividade desenvolvida
e os custos dessa atividade.
c) Dever de eficiência: o administrador deve desempenhar os poderes com eficiência
(presteza, perfeição, rendimento, qualidade e economicidade).
d) Dever de probidade: deve o agente público atuar com boa-fé, ética e honestidade, no
exercício de suas funções.
DICA
Mnemônico PEPA
Prestar contas, Eficiência, Probidade, Agir.
Por outro lado, o exercício dos poderes administrativos deve ser utilizado de modo correto,
para que o agente público não cometa o abuso de poder.
O abuso de poder ocorre de duas formas: (i) quando a autoridade, embora competente para
praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições; (ii) pratica ato visando ao interesse próprio
ou utiliza atos para finalidades não previstas em lei.
O abuso de poder pode ocorrer de forma comissiva (=ação) ou omissiva.
Na omissão, pode, por exemplo, deixar de praticar um ato visando interesse próprio. Por
exemplo, não analiso o pedido de uma autorização para usar a calçada, porque quem fez o pedido foi
um inimigo de infância. Eu estou sendo omisso e cometendo abuso de poder.
a) Excesso de poder: ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai
além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. O agente até tinha
competência, mas a extrapolou.
b) Desvio de finalidade ou desvio de poder: embora atuando nos limites de sua competência,
pratica o ato por motivos pessoais ou com fins diversos dos objetivos dados pela lei ou exigidos pelo
interesse público.
Fique atento:
ATENÇÃO!!!!
Por outro lado, a avocação ocorre quando o superior hierárquico subtrai parte da
competência atribuída originariamente ao seu subordinado. Veja... na avocação tem que haver a
relação de hierarquia. Ao contrário da delegação, a avocação só ocorre em situações excepcionais e
temporárias.
Assim, para haver avocação, deve existir uma autoridade superior, que chama para si ato
que seria de seu subordinado.
Exemplo
Sanção que universidade aplica em seu aluno;
Porém, muitos autores entendem que poder regulamentar é privativo do chefe do Poder
Executivo e o poder normativo é da Administração Pública.
De fato, o poder da Administração Pública para detalhar as leis não se faz apenas pela edição
de decretos.
Há vários atos administrativos que fazem isso: resoluções, instruções normativas, portarias e
etc. Mas o ato clássico que explicita/detalha as leis (gerais e abstratas) são os decretos feitos pelos
chefes do PE.
O Poder Legislativo, ao editar as leis, nem sempre possibilita que elas sejam executadas.
Cabe à Administração criar mecanismos de complementação, indispensáveis à efetiva aplicabilidade.
As leis, por serem gerais e abstratas, por vezes necessitam de atos infralegais para sua correta
execução. O decreto é o ato que terá, como regra, função de explicitar a lei, fielmente, para sua
aplicação.
Conforme o art. 84 da CF, temos dois tipos de decretos:
Em resumo, quando se fala de serviço público, é uma atividade estatal que interfere
positivamente na vida do cidadão. Traz um benefício. Já o poder de polícia interfere negativamente.
Geralmente diz um ‘não’ ao particular. Não construa neste local; não ultrapasse o limite de
velocidade; não jogue lixo neste local.
Importante destacar que há o conceito legal do poder de polícia positivado no art. 78 do
Código Tributário Nacional, pois o exercício do poder de polícia é fato gerador para a exigência de
taxas. De acordo com o CTN.
Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão
de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
DICA
O Estado pode cobrar TAXAS em razão de exercer o poder de polícia. (memorize isso...) Cuidado!
Somente TAXAS. Não pode ser imposto, tarifa ou contribuição. Taxa é uma espécie de tributo.
Professor, eu entendia o poder de polícia como o poder DA polícia. Então, não significam a
mesma coisa?
Não...
O que a polícia (corporação: Polícia Militar, Polícia Civil e Federal) faz é uma expressão do
poder de polícia do Estado. Mas o poder de polícia vai muito além da área de segurança
pública/criminal.
Toda atividade potencialmente danosa à coletividade o Estado poderá exercer o seu poder de
polícia, como, por exemplo, saúde, consumo, construções, profissões, trânsito, meio ambiente e etc.
No entanto, a questão da segurança pública ganhou corporações especializadas para essa
função. Nas demais áreas, há vários órgãos e entidades públicas que exercem o poder de polícia.
O poder de polícia não se manifesta apenas com atos de fiscalização e punição. As formas de
o Estado expressar o poder de polícia são as seguintes:
1) Leis e atos normativos (ordem de polícia): é possível o exercício do poder de polícia por
meio de leis. Cite-se o exemplo do Código de Trânsito ou Código Florestal. Os atos normativos
gerais e abstratos com alcance indeterminado dos destinatários, incidindo sobre todos aqueles que se
encontram na mesma situação, também caracterizam o poder de polícia (ex: regulamento que
disciplina o uso de fogos de artifício ou que fixa o horário e a as condições de venda de bebidas
alcoólicas, resoluções do Contran).
2) Atos individuais/consentimento: são aqueles que possuem destinatários determinados,
incidindo sobre bens, direitos ou atividades de pessoa específica. Os atos individuais podem revestir-
se de atos de consentimento estatal, sendo a atividade exercida pelo Estado que defere uma pretensão
solicitada pelo particular. É o que ocorre com a autorização para uso de arma e a licença para
exercício de determinada atividade.
3) Atos de fiscalização: trata-se de obrigação de suportar medidas administrativas que têm
por finalidade averiguar o cumprimento das determinações expedidas pela Administração. (ex:
fiscalização de restaurantes, lanchonetes, casas de show; fiscalização de cumprimento de normas
ambientais).
4) Atos de sanção: por meio da sanção, o Estado estará exercendo o poder de polícia, em
razão de o administrado descumprir determinações impostas.
Para finalizar essa introdução de nossa aula, é importante saber que o poder de polícia decorre
do poder extroverso do Estado, que é a imposição de obrigações de forma unilateral na esfera do
administrado.
Todos os Entes Federativos têm competência para exercer atos do poder de polícia. Terá
competência para exercer o poder de polícia a Entidade Política que dispõe do poder de regular
(legislar) a matéria.
Assim, sendo os assuntos de interesse nacional, ficam sujeitos à regulação e ao policiamento
da União. Matérias de interesse regional sujeitam-se às normas e à polícia estadual. E os assuntos de
interesse local (comum) ficam sujeitos à disciplina municipal.
Nesse caso, ingresso e saída de pessoas do país... é assunto de interesse nacional, regional ou
local?
É nacional. Então, a União legisla sobre o tema (Lei n. 6.815/80 – Estatuto do Estrangeiro)
e exerce os atos concretos para conceder a entrada e saída de pessoas do país.
Já o funcionamento de uma boate é assunto de interesse local. Assim, quem legisla sobre o
tema e exerce os atos concretos (concede licenças) para funcionamento é o município.
Também é discricionário o poder de polícia porque o poder público, em muitos casos, exige
que o administrado obtenha autorização do Estado para realizar a atividade pretendida. Sendo a
autorização um ato discricionário da Administração Pública.
O particular solicita a autorização e a Administração avaliará se concede, ou não, a solicitação
feita. Então, veja que o poder de polícia em regra é discricionário, pois há um certo espaço para
liberdade de atuação.
Mas veja só...
O poder de polícia também pode se manifestar de modo vinculado, quando o Estado exige
licença para a realização de atividades. A licença é espécie de ato vinculado, tendo em vista que tem
de haver o preenchimento de todas as exigências fixadas em lei geral para alcançar o direito ao qual
ele pediu, como acontece com a licença para construir ou dirigir veículos.
Na prova... Se a questão disser que o poder de polícia é discricionário, está certo. Se disser
que é puramente/estritamente discricionário, está errado. Se disser que é discricionário ou vinculado,
está certo. Se disser que pode ser discricionário ou vinculado, também estará correto.
c) Coercibilidade: Significa a imposição coativa das medidas adotadas. Por ser imperativo,
o ato de polícia admite até mesmo o uso da força pública para o seu cumprimento, quando resistido
pelo administrado. Assim, se alguém coloca uma barraquinha de camelô na calçada, um fiscal tem o
poder de mandar tirar. E o particular terá que remover do local, ele goste ou não. Se não retirar por
conta própria, o fiscal pode convocar força policial para obrigar a retirada.
4.6.2 Delegação do Poder de Polícia aos Particulares
5.1 Conceito
Antes de sair jogando um monte de informações, vamos entender o que é um ato
administrativo. Essa é uma matéria bem abstrata, porque não tem uma lei regendo os atos
administrativos. Mas o ato administrativo ele é concreto! Como assim? Explico: você tem aí na sua
carteira (ou até em formato digital) sua carteira de motorista? Hummm....então, ela é um ato
administrativo, é uma licença para dirigir. Você já recebeu uma multa de trânsito? Infelizmente,
muitos de nós já... inclusive eu... rs. A multa também é um ato administrativo. Viu como está ficando
mais fácil!
Pois bem!
Não.
Pois não é só o PE quem pratica ato administrativo. O Poder Judiciário e o Poder Legislativo
também praticam atos administrativos quando atuam no exercício de atividade administrativa
(função atípica). Nesse caso, também praticam atos administrativos. Ex.: edital de licitação;
nomeação de servidores etc.
Ex.: Por questão de ordem técnica o Presidente da República delegou para o Ministro da Economia
a atribuição de autorizar a abertura de concursos federais;
Vícios na Competência
Vamos ver algumas situações em que o ato será praticado, mas com vício no requisito da
competência, uma vez que o agente não recebeu atribuição pela lei, seja porque ele atuou fora dos
seus limites, seja porque exerceu função púbica de modo irregular, ou porque dela se apropriou
indevidamente.
A) Excesso de poder: O excesso de poder ocorre quando o agente público, embora
inicialmente competente para prática do ato, se excede no exercício de suas atribuições. Ele vai além
de suas atribuições legais. Acontece, por exemplo, no caso de um servidor que pratica infração
passível de sanção com demissão e o chefe da repartição aplica a demissão. No entanto, sabemos que
o chefe da repartição não tem essa atribuição, pois, conforme art. 141 da Lei n. 8.112/90, a demissão
de servidor público que pertence ao Poder Executivo é de competência do Presidente da República.
B) Funcionário ou função ou agente de fato/Agentes Putativos: Ocorre quando uma pessoa
é irregularmente investida em função pública. Durante o processo de investidura da pessoa em cargo,
emprego ou função, houve, de alguma forma, participação da Administração. Ocorre, por exemplo,
quando uma pessoa “compra” o gabarito de uma prova de concurso. Faz o concurso e é aprovado.
Uma vez investido na função, praticará atos administrativos com vício de competência. Ou quando
o agente continua em exercício após a idade-limite para aposentadoria compulsória.
C) Usurpação de função: É diferente da função de fato…. Ocorre quando uma pessoa se
apropria da função para praticar atos que são próprios dessa função. Na usurpação de função a pessoa
se apodera de função pública sem ser, de nenhuma forma, nela investida. É o que ocorre, por
exemplo, no caso de um servidor que exerce função de fiscalização e seu irmão gêmeo, que não é
servidor, aproveitando-se de momento de descuido, consegue seu crachá e sua roupa e passa a exercer
a fiscalização no lugar de seu irmão, verdadeiro titular da função.
5.2.2 Finalidade
Finalidade é o objetivo de interesse público buscado com a prática do ato. Todo ato deve ser
praticado sempre voltado para satisfazer o interesse público. Fala-se que a finalidade é o FIM
MEDIATO. É o fim maior de todo ato administrativo, que é atender ao interesse da coletividade.
É como se fosse o ‘pano de fundo’ de todo ato administrativo.
É o legislador que define a finalidade pública que o ato deve alcançar, não havendo
liberdade de opção para a autoridade administrativa. Dessa forma, não cabe ao administrador
escolhê-la ou substituí-la por outra, ainda que ambas correspondam a fins público.
Conforme leciona Maria Sylvia1, a finalidade pode ser compreendida em dois sentidos. No
sentido amplo, finalidade significa que o ato deve sempre atender ao interesse público. No sentido
estrito, finalidade significa que o ato deve atender ao fim específico para o qual ele foi criado,
devendo ser ressaltado que este fim específico é sempre definido pela lei.
A lei é que define para qual finalidade pública ele foi editado. Dessa forma, o agente público
não pode utilizá-lo para fins diversos daquele definido em lei, sob pena de violar a finalidade do ato.
Na prática dos atos administrativos, os dois sentidos da finalidade devem ser observados, em seu
sentido amplo e no sentido estrito. Ou seja, o ato deve ser praticado visando ao interesse público e
para atender ao fim específico para o qual ele foi criado.
Finalidade em regra é vinculada, mas, quando se fala em finalidade específica, a lei poderá
estabelecer se a finalidade será X ou Y, sendo assim, também uma exceção à regra de vinculação
absoluta. Assim, em alguns casos, a finalidade pode ser discricionária, quando a lei assim o permita.
Se não for respeitada a finalidade pública do ato, ocorrerá o desvio de finalidade que é uma
forma de abuso de poder. A finalidade é um dos elementos do ato administrativo que não admite a
convalidação, na forma do art. 55 da Lei n. 9.784/99. Esse assunto será analisado mais adiante, neste
capítulo.
5.2.3 Forma
É como o ato se materializa. É a manifestação de vontade sendo concretizada, expedida. Se
a administração resolve criar o direito para alguém usar a calçada terá que fazer isso por um ato
administrativo. Mas como esse ato vem ao mundo jurídico? Com um documento escrito autorizando-
o a usar a calçada.
Se a Administração Pública reconhece que um cidadão preencheu todos os requisitos que a
lei exige para tirar a “carteira de motorista”, como que ela reconhece isso?...Expede um ato (escrito)
que é a licença. Assim, forma é a exteriorização da vontade administrativa, que, em regra, será escrita,
mas pode ser praticada de modo verbal, por gestos, por sons, por placas (pictórico) ou por meios
mecânicos. A regra é que os atos sejam produzidos por escrito.
Entretanto, alguns atos, por sua natureza, tornam-se inviáveis de serem produzidos por
escrito. Se um agente de trânsito para à frente de um veículo em uma rodovia e estende a palma da
mão em direção ao carro, significa que o veículo deve parar.
Nesse caso, temos um agente público que recebeu atribuição da lei, visando à finalidade
pública de interromper o trânsito, mas que não poderia fazer isso de modo escrito, portanto, o faz
mediante de um gesto. O mesmo ato poderia ser realizado de modo verbal ou por meio de sons.
Placas de trânsito também são atos administrativos.
Quando se vê uma placa de proibido estacionar, significa que a Administração quer organizar
o trânsito e não deseja que veículos estacionem em determinado local, mas, como é inviável fazer
isso por escrito, encaminhando notificação para todos os condutores de veículos que possam vir a
estacionar naquele local, bem como ser inviável colocar um agente público permanentemente no
local, será a placa a representação da vontade administrativa.
Formalidades são as exigências necessárias, estabelecidas em lei, para a correta prática do ato.
Alguns atos ter formalidades especiais para a sua validade. Podemos apontar como exemplo a multa
de trânsito. Não se exige apenas que esteja na forma escrita. O art. 280 do Código de Trânsito
Brasileiro – CTB – exige uma série de requisitos e condições especiais (formalidades) para a validade
do auto de infração. Portanto, não basta lavrar o auto de infração por escrito; ele deve conter todos
os requisitos do art. 280 do CTB para sua validade, como, por exemplo, a tipificação, local, data e
hora do cometimento da infração, dentre outros. Faltando uma das formalidades, o ato será ilegal.
O vício de forma será passível de convalidação. Entretanto, se a lei exigir formalidade
essencial para a validade do ato, e esta estiver ausente, o ato será ilegal.
Assim, se a lei exige que, para se iniciar a desapropriação, esta deva estar na forma escrita e
por decreto, será ilegal se a desapropriação for iniciada por escrito, mas mediante portaria, circular
ou qualquer outra forma escrita.
Nessa hipótese, a lei exigiu formalidade essencial para a validade do ato – a expedição de um
decreto, e não de outro ato escrito. Em razão desse vício, o ato não poderá ser convalidado pela
Administração.
5.2.4 Motivo
Motivo é a situação de direito ou de fato que autoriza a prática do ato administrativo. O motivo
pode ser uma situação fática ou pode estar previsto em lei.
Situação de fato é o acontecimento que gera a expedição do ato administrativo; é uma situação
anterior, que leva a Administração a manifestar sua vontade.
Um exemplo é o exceso de velocidade. Se um agente verifica essa situação (esse fato) tem
motivo para aplicar a multa. Motivo de direito é aquele que já está na lei. A lei já descreve a situação
e quando ela ocorre o ato é prática
Exemplo é a aposentadoria compulsória. Diz a lei que o servidor será aposentado quando
fizer 75 anos (LC n. 152/2015). A lei já previu toda a situação.
Mas…cuidado….Motivo não se confunde com motivação… A motivação é a justificação,
a explicação das razões (motivos) que levaram o agente público a praticar o ato administrativo. A
motivação integra o elemento forma do ato administrativo. Mas motivo e motivação têm muita
relação, porque a motivação deve ser a apresentação dos motivos que levaram à prática do ato
administrativo.
5.2.5 Objeto
Imperatividade
A imperatividade é o poder que tem a Administração de impor o ato ao administrado,
independentemente de sua concordância. Particular gostou, ou não, tem que aceitar! Se o Estado vai
aplicar uma multa de trânsito não tem que perguntar para o cidadão se ele vai gostar, ou não, se vai
aceitar, ou não. O Estado vai e aplica a multa impondo o pagamento da penalidade.
Esse atributo não está presente em todos os atos, pois em alguns deles, como, por exemplo,
certidões, atestados e pareceres (atos enunciativos), bem como concessão de licença e autorização
(atos negociais), não há essa necessidade.
Atos que impõem sanção, obrigação, restrição, precisam dessa força imperativa, mas aqueles
que não têm essas características não vão precisar. Por isso que não nascem com esse atributo. O
princípio da supremacia do interesse público justifica a coercibilidade dos atos administrativos.
O atributo da imperatividade decorre do poder extroverso do Estado, que é o poder de impor
obrigações de modo unilateral na esfera do administrado.
Autoexecutoriedade
Significa a execução direta do ato administrativo pela própria Administração,
independentemente de ordem judicial.
Quando a Administração Pública vai praticar um ato não tem que perguntar para o Poder
Judiciário se pode, ou não, praticá-lo.
Imagine só… Se todo ato administrativo que fosse praticado a Administração Pública tivesse
que propor primeiro uma ação judicial para um juiz analisar a legalidade previamente e dar uma
ordem judicial autorizando a execução.
Nem a Administração Pública, nem o Poder Judiciário iriam funcionar se fosse assim…
Praticamente teriam que criar um Tribunal só para isso…Não é possível…
Veja…
Se o agente público tem que observar o princípio da legalidade, o ato administrativo já nasce
com a presunção de que é legítimo…Se o ato nasce com a presunção de que é legítimo será executado
diretamente pela Administração Pública, sem necessidade de exame prévio pelo Poder Judiciário.
São exemplos desse atributo as interdições de atividades ilegais e obras clandestinas e a inutilização
de gêneros impróprios para o consumo.
Autoexecutoriedade significa que dispensa controle PRÉVIO do Poder Judiciário, mas se um
ato administrativo for praticado e for ilegal, o particular pode provocar o Judiciário para anular o ato.
Em alguns casos, o particular pode até ingressar com uma ação para impedir que o ato venha a ser
realizado. Mas a regra é que os ato administrativo são autoexecutórios.
Um cuidado!
Nem todos os atos são dotados de autoexecutoriedade, uma vez que, em determinadas
situações, a Administração depende de decisão judicial prévia para a implementação do ato, como,
por exemplo, na ocasião de cobrança de multa, tributos, desapropriação, servidão
administrativa, interceptação telefônica.
1. ATOS GERAIS: são aqueles que não possuem destinatário determinado, mas alcança
todos que estão em idêntica situação. Prevalecem sobre os atos individuais anteriormente expedidos
ainda que provindos da mesma autoridade. São os atos normativos praticados pela Administração.
Ex.: Estabelecimento da velocidade de uma via; decreto que disciplina a coleta de lixo domiciliar;
placa que fixa locais de estacionamento; portaria que altera horário de atendimento de um órgão
público; edital de licitação ou concurso público.
2. ATOS INDIVIDUAIS / ESPECIAIS: são aqueles que possuem destinatários certos.
Dirigem-se a destinatários específicos, criando-lhes situação jurídica particular. O mesmo ato pode
abranger um ou vários sujeitos, desde que sejam individualizados.
Ex. Nomeação de candidato em concurso.
Quanto ao Alcance
1. ATOS INTERNOS: são atos destinados a produzir efeitos, como regra, dentro das
repartições administrativas, e que, por isso mesmo, incidem, normalmente, sobre os órgãos e agentes
da Administração que os expediram.
2. ATOS EXTERNOS: destinados a produzir efeitos, como regra, fora da Administração.
São todos aqueles que alcançam os administrados, os contratantes e, em certos casos, os próprios
servidores, provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração
Pública.
Ex.: nomeação de candidatos a concurso público; alteração de horário de atendimento em
determinado órgão; portaria que fixa o recesso forense de um Tribunal.
Como visam a produzir seus efeitos fora da Administração, necessitam, em regra, de
publicidade, através de divulgação em meio oficial.
Quanto ao objeto
1. ATOS DE IMPÉRIO: são todos aqueles que a administração pratica usando de sua
supremacia sobre o administrado ou o servidor e lhes impõe obrigatório atendimento. Expressam a
vontade soberana do Estado e seu poder de coerção. Na prática de atos de império, a Administração
utiliza toda a sua supremacia em relação ao administrado, impondo medidas que geram o dever de
pronto atendimento, como, por exemplo, desapropriação, interdição de atividades, multa, apreensão
de mercadorias.
2. ATOS DE GESTÃO: são os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia
sobre os administrados. Tais atos, desde que praticados regularmente, geram direitos sub jetivos e
permanecem imodificáveis pela Administração, salvo quando precários por sua própria natureza.
Ex.: autorização e licença.
3. ATOS DE EXPEDIENTE: são todos aqueles que se destinam a dar andamento aos
processos e papéis que tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito
final, a ser proferida pela autoridade competente. Não possuem conteúdo decisório. Ex: junta da de
documentos e despacho.
Maria Sylvia (2009, p. 220) utiliza o termo atos de direito público (atos de império) e atos
de direito privado (gestão), afirmando que só os primeiros são atos administrativos.
Os atos de império e gestão tiveram importância sobretudo na época da irresponsabilidade
estatal vigente no período absolutista. Admitiu-se a responsabilidade pelos atos de gestão praticados
pelo Estado e continuava a irresponsabilidade perante atos de gestão. Atualmente não há mais essa
diferença para o tratamento da responsabilidade do Estado.
Essa você já conhece, mas é importante falar dela por causa da denominação....
Em prova podem colocar assim: quanto ao grau de liberdade os atos se classificam em...
Quanto à Eficácia
1. VÁLIDO: é o ato que está em conformidade com a lei.
2. NULO: é o com vício insanável (finalidade, motivo e objeto). Não admite a convalidação,
pois apresenta defeito tão grave que não é possível a correção.
3. INEXISTENTE: é o que apenas tem aparência de manifestação regular da administração,
mas não chega a se aperfeiçoar como ato administrativo, não produzindo efeitos no Direito
Administrativo. É o clássico ato praticado por usurpador da função pública que se apropria de uma
função pública sem ser de nenhuma forma nela investido, e também em relação a atos materialmente
impossíveis, como, por exemplo, a nomeação de pessoa morta.
Como dito, o ato perfeito é aquele que já completou o seu ciclo necessário de formação, já
percorreu todas as fases necessárias para sua constituição.
Ato válido é aquele que está conforme a lei, não viola o ordenamento jurídico. Do contrário,
será ato inválido.
Ato eficaz é o que produz ou tem condição de produzir efeitos. É o ato que se encontra apto
para produção de efeitos.
Por exemplo, imagine que para alguém usar uma praça para fazer uma festa porque passou
no concurso (pense em você!!!) e precise da autorização do Administrador Regional e homologação
do Governador. Se o administrador já autorizou e houve a homologação do governador o ato é
perfeito, porque completou o ciclo de formação. Mas ela foi dada na segunda feira, sendo que a festa
é no sábado a partir das 20hs. Só quando chegar o horário da festa que o ato estará sendo eficaz
(produzindo efeitos...)
Se a lei exigir a publicação na imprensa oficial, o ato só será eficaz quando ela ocorrer. Por
exemplo, a Lei n. 8112/90 diz que a designação para o exercício da função de confiança coincide
com o dia da publicação na imprensa oficial. Assim, a lei exigiu a publicação.
Só no dia que isso ocorrer, é que o servidor receberá o acréscimo das funções e a retribuição
pecuniária por isso...(que é o que mais lhe interessa...).
Assim, como perfeição, validade e eficácia são planos diferentes, podemos ter diversas
combinações desses aspectos.
Resumo:
7. Espécies De Atos Administrativos
1. Atos normativos:
São aqueles que contêm um comando geral, visando à correta aplicação da lei. O objetivo
imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela administração.
DECRETOS: são atos administrativos, da competência exclusiva dos Chefes do
Executivo, destinados a prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo
expresso, explícito ou implícito, pela legislação.
INSTRUÇÃO NORMATIVA: são atos administrativos expedidos pelos Ministros de
Estado para a execução de leis, decretos e regulamentos, mas são também utilizados por outros
órgãos superiores para o mesmo fim.
REGIMENTOS: são atos administrativos normativos de atuação interna. Destinam-se a
reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. Não obrigam os
particulares em geral, atingindo unicamente as pessoas vinculadas à atividade regimental.
RESOLUÇÕES: são atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades
do Executivo (mas não pelo Chefe do Poder Executivo, que expede decretos) ou pelos presidentes
de tribunais, órgãos legislativos e colegiados administrativos, para disciplinar matéria de sua
competência específica.
2. Atos ordinatórios
3. Atos negociais
São atos praticados contendo uma declaração de vontade do Poder Público, coincidente
com a pretensão particular. A Administração Pública defere algo que foi solicitado pelo particular.
Esses atos a Administração Pública não faz de ofício, tem que haver um pedido prévio do particular.
Dentre os atos negociais, existem três espécies que são mais abordados em concurso (licença,
autorização e permissão), mas sobre as quais a doutrina não tem um conceito unânime, em especial
sobre autorização e permissão. Por isso, vamos apresentar os conceitos, de modo que o candidato a
concurso público tenha condições de responder com precisão às questões que forem formuladas
sobre esse assunto.
LICENÇA: é o ato administrativo vinculado e definitivo, por meio do qual o Poder
Público, verificando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, possibilita o desempenho
de determinada atividade. É vinculada porque se o particular preencher todas condições legais, terá
a licença deferida, não há nenhum juízo de conveniência e oportunidade por parte da Administração
Pública. É definitiva porque não cabe revogação. Se o particular preencheu as condições legais,
a Administração Pública não pode por uma questão de conveniência de ela revogar a licença. O
direito do requerente é anterior à licença, mas o desempenho da atividade somente se legitima se o
Poder Público exprimir o seu consentimento favorável ao administrado. Por essa razão, o ato é de
natureza declaratória.
AUTORIZAÇÃO: é o ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder
Público torna possível ao pretendente a realização de certa atividade ou utilização de determinados
bens particulares ou públicos.
É discricionária porque depende da análise de conveniência e oportunidade da
Administração Pública. E é precária porque caberá a revogação a qualquer momento, sem, em regra,
gerar direito à indenização. Na autorização, assim como ocorre com a licença, o particular necessita
do consentimento estatal para que possa realizar a atividade pretendida, na medida em que estará
praticando conduta ilícita se não possuir anuência prévia da Administração.
Ex.: autorização de uso de bem público; autorização para porte de arma.
A autorização é ato constitutivo, uma vez que estará estabelecendo uma nova situação
jurídica, sendo a licença ato declaratório, na medida em que o Estado apenas reconhece um direito
do particular de realizar a atividade.
PERMISSÃO: é o ATO administrativo discricionário e precário, pelo qual o Poder
Público faculta ao particular o uso especial de bens públicos, a título gratuito ou remunerado. Veja
que a permissão para USO de bem público tem natureza de ATO ADMINISTRATIVO.
A permissão e a autorização também podem se confundir, uma vez que os dois atos podem
ter por objeto a utilização de bens públicos. Na autorização, a utilização do bem público ocorre para
o interesse privado do particular, como, por exemplo, a autorização para colocação de mesas de bar
na calçada. Por outro lado, na permissão, faculta-se a utilização privativa de bem público com
finalidade de interesse público, a exemplo do que se dá com a utilização de praça para feira ou festa
de uma igreja que visa à arrecadação de alimentos e verbas para pessoas necessitadas.
APROVAÇÃO: é o ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e
o mérito de outro ato ou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras
entidades ou de particulares, dependentes de seu controle, e consente na sua execução ou
manutenção. Pode ser prévia ou subsequente, discricionária5, consoante os termos em que é
instituída, pois, em certos casos, limita-se à confrontação de requisitos específicos na norma legal e,
noutros, estende-se à apreciação de oportunidade e conveniência.
ADMISSÃO: é ato administrativo vinculado, por meio do qual o Poder Público,
verificando a satisfação de todos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe determinada situação
jurídica de seu exclusivo ou predominante interesse, como ocorre no ingresso aos estabelecimentos
de ensino mediante concurso de habilitação.
VISTO: é ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria
administração ou do administrado, aferindo sua legitimidade formal, para dar-lhe exequibilidade.
Incide sempre sobre um ato anterior e não alcança seu conteúdo. É ato vinculado.
HOMOLOGAÇÃO: é ato administrativo de controle, pelo qual a autoridade superior
examina a legalidade e a conveniência, ou somente aspectos de legalidade de ato anterior da própria
Administração, de outra entidade ou de particular, para dar-lhe eficácia. Não admite alteração no ato
controlado pela autoridade homologante, que apenas pode confirmá-lo ou rejeitá-lo, para que a
irregularidade seja corrigida por quem a praticou.
DISPENSA: é o ato administrativo que exime o particular do cumprimento de
determinada obrigação até então exigida por lei, como, por exemplo, a dispensa do serviço militar.
É ato discricionário.
RENÚNCIA: é ato pelo qual o Poder Público extingue unilateralmente um crédito ou um
direito próprio, liberando, definitivamente, a pessoa obrigada perante a Administração. A renúncia
não admite condição e é irreversível, uma vez consumada. Tratando-se de renúncia por parte da
Administração, há dependência, sempre, de lei autorizadora.
PROTOCOLO ADMINISTRATIVO: é o ato pelo qual o Poder Público acerta com o
particular a realização de determinado empreendimento ou atividade ou a abstenção de certa conduta,
no interesse recíproco da Administração e do administrado signatário do instrumento protocolar. Esse
ato é vinculante para todos que o subscrevem, pois geram direitos entre as partes.
4. Atos enunciativos
São todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar fato, ou emitir
uma opinião sobre determinado assunto.
CERTIDÕES: são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de
processo, livro ou documento que se encontre em repartições públicas. Podem ser de inteiro teor, ou
resumidas, desde que expressem fielmente o que se contém no original de onde foram extraídas. Em
tais atos o Poder Público não manifesta sua vontade, limitando-se a transcrever para o documento a
ser fornecido ao interessado o que consta de seus arquivos.
ATESTADOS: são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação
de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. Difere da certidão porque o atestado
comprova um fato ou uma situação existente, mas não constante de livros, papéis ou documentos em
poder da Administração.
PARECERES: são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
consideração. Tem caráter meramente opinativo, salvo quando tiver caráter vinculante, nos casos
previstos em lei.
APOSTILAS: são atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por
lei. Equivale à averbação.
5. Atos punitivos:
Constituem uma sanção imposta pela administração em relação àquele que infringe as
disposições legais. Visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular de
seus servidores ou dos particulares, perante a administração. Ex.: multa, interdição, demolição e etc.
Nessa parte de extinção dos atos vamos começar logo pelas formas mais importantes para
concurso público: revogação e anulação.
Porém, saiba que existem outras formas…vamos ver logo em seguida!
a) Revogação: É a extinção de um ato porque ele deixou de ser conveniente de ser
mantido. A revogação recai em um ato legal não é mais conveniente e oportuno. O agente que revoga
o ato pode ser tanto aquele que produziu o ato quanto a autoridade superior no exercício do poder
hierárquico. O ato era totalmente válido, só não estava conveniente a sua manutenção.
A revogação decorre do poder discricionário da administração, pois é produzida com base
em critérios de conveniência e oportunidade (mérito administrativo). Por ser a revogação juízo de
mérito, não é possível a revogação de atos vinculados, uma vez que, nesses atos, não há mérito.
Os efeitos da revogação são EX NUNC (prospectivos), ou seja, para o futuro. Todos os
atos efeitos que decorrem do ato revogado devem ser mantidos.
No caso do ato de delegação do Presidente para que Ministros de Estado apliquem
demissão aos seus servidores, se houver a revogação desse ato (delegação), as demissões que foram
aplicadas durante o período da delegação serão mantidas, uma vez que o ato era legal, só não é
conveniente sua manutenção.
Só A Administração Pública pode revogar. O Poder Judiciário não faz revogação. Essa
é a regra e a sua primeira resposta para prova.
Então…na sua prova…cuidado! Se a questão disser:
1. A revogação somente é feita pela Administração Pública. CERTO. Porque somente ela é quem
faz a revogação.
2. A revogação é feita pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário. ERRADO. Porque o
Poder Judiciário não faz, como regra, revogação.
No entanto, se a questão perguntar a exceção, você responde a exceção.
3. A revogação é feita pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário quanto aos seus próprios
atos administrativos. CERTO.
4. O Poder Judiciário pode revogar seus próprios atos administrativos. CERTO.
b) Anulação/invalidação
É a extinção de um ato administrativo por motivo de ilegalidade. A anulação é a análise
da legitimidade do ato administrativo, podendo ser feita pela própria administração, de ofício ou
mediante provocação, ou pelo Poder Judiciário, desde que seja provocado.
Imagine que você recebeu uma multa por excesso de velocidade. Mas naquele dia da
aplicação da multa, tem certeza que não saiu de carro e o veículo ficou parado na sua garagem. Você
entra com recurso administrativo, prova que o carro não saiu da garagem e a Administração Pública
reconhece isso. Assim, ela fará a anulação da multa por aplicada.
O vício do ato pode recair em qualquer dos seus elementos: competência, finalidade,
forma, motivo e objeto.
Os efeitos de uma anulação são EX TUNC, ou seja, retroativos. Com a anulação do ato
administrativo, como regra, todos os seus efeitos serão desconstituídos. Exemplo: aplicação de multa
ilegal. Uma vez anulada a multa, retiram-se os pontos que o servidor ganhou na carteira e devolve o
dinheiro que pagou.
c) Extinção natural:
É aquela que decorre do cumprimento normal dos efeitos do ato. É a forma natural de um ato
se extinguir. Exemplo: Servidor que sai de férias: o ato férias se extingue naturalmente;
d) Caducidade:
Cuidado! Caducidade aqui não tem nada a ver com tempo/prazo. Ato administrativo não
caduca por causa de prazo. A caducidade ocorre quando uma nova norma jurídica/lei torna
inadmissível a situação antes permitida.
É uma nova LEI que não permite mais uma situação anterior e, por conta disso, o ato será
extinto. Exemplo: várias pessoas têm autorização para colocar mesa de bar na praça da igreja. Depois
é feita uma lei que diz: é proibida a colocação de mesas de bar e restaurante na praça da igreja. Todas
as autorizações entraram em caducidade. Se extinguiram.
c) Cassação:
Ocorre quando o particular descumpre as condições fixadas pela administração. A extinção
se dá porque o particular beneficiário do ato não atendeu às determinações da Administração.
Exemplo: licença para funcionamento de hotel que se torna um prostíbulo/cabaré.
d) Contraposição ou derrubada:
A extinção ocorre em razão de edição de um novo ato editado que possui efeitos opostos ao
ato anterior. São dois atos que não conseguem conviver ao mesmo tempo. E o segundo extingue o
primeiro.
Exemplo: nomeação e exoneração. Não tem como um servidor ficar ao mesmo tempo
nomeado e exonerado do cargo. A exoneração não convive com a nomeação e a extingue.
Atividades
11) A Constituição Federal de 1988 prevê, no caput do artigo 37, de forma expressa, cinco
princípios de direito administrativo que regerão a atividade da administração pública direta
e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Assinale a alternativa que apresenta esses princípios.
a) Legalidade, imperatividade, moralidade, publicação e efetividade.
b) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
c) Legalidade, interesse público, amoralidade, publicidade e eficiência.
d) Legalidade, pessoalidade, moralidade, publicação e eficiência.
e) Legalidade, impessoalidade, amoralidade, publicação e efetividade.
a) Sob o sentido formal, a Administração Pública deve ser entendida como o conjunto de
funções administrativas exercidas pelo Estado;
b) Sob o sentido objetivo, entende-se como Administração Pública a estrutura orgânica do
Estado, definidora do conjunto de estruturas de competências legalmente definidas.
c) Sob o sentido empreendedor, a Administração Pública é o conjunto de funções
administrativas exercidas pelo Estado de forma empreendedora, visando o atingimento das
suas finalidades.
d) Sob o sentido material, a Administração Pública deve ser entendida como a atividade
administrativa exercida pelo Estado.
e) Sob o sentido material, entende-se como Administração Pública o conjunto de órgãos do
Estado, isto é, a estrutura estatal.
15) A conduta do agente público que busca o melhor desempenho possível, com a finalidade
de obter o melhor resultado, atende ao princípio da:
a) eficiência.
b) legalidade.
c) impessoalidade.
d) moralidade.
e) publicidade.
( ) Certo ( ) Errado
17) A administração pública pode revogar seus próprios atos eivados de vícios, ou ainda
pelo judiciário, mediante provocação.
( ) Certo ( ) Errado
18) A administração pública deve adotar critérios objetivos e preestabelecidos para suas
decisões; isto é, quando realizar um procedimento licitatório, deve aplicar critérios imparciais
entre todos os participantes, não podendo ser subjetiva nas suas decisões e atitudes. O texto
anterior aborda o princípio da
a) isonomia.
b) legalidade.
c) publicidade.
d) impessoalidade.
e) probidade administrativa.
19) Assinale a opção que apresenta o princípio constitucional que obriga a administração
pública a manter ou ampliar a qualidade dos serviços prestados à população, evitando
desperdícios e buscando sempre a máxima excelência na prestação de seus serviços.
a) princípio da publicidade dos atos da administração pública
b) princípio da legalidade
c) princípio da impessoalidade
d) princípio da moralidade
e) princípio da eficiência
22) Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica,
mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. Este é um mero
agente da Administração Pública, de sorte que não é ele o autor institucional do ato. Ele é
apenas o órgão que formalmente manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em
Comentário Contextual à Constituição) Esse comentário refere-se ao princípio da
Administração pública da
a) impessoalidade.
b) legalidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
e) publicidade.
23) Dentre outros, são princípios constitucionais da Administração Pública, a
a) a legalidade, a independência e a impessoalidade.
b) eficiência, a legalidade e a moralidade
c) moralidade, a soberania e a eficiência.
d) publicidade, o pluralismo político e a legalidade.
e) impessoalidade, a não intervenção e a publicidade
25) São princípios previstos na Constituição Federal e que devem ser obedecidos pela
Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dos poderes da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios:
I – Pessoalidade
II – Legalidade
III – Formalidade
IV – Eficiência
32) Lei Municipal é aprovada concedendo a revisão geral anual, prevista na Constituição
Federal, para todos os servidores públicos do Município de Cotia. O Prefeito Municipal, no
entanto, somente efetiva o aumento salarial para os servidores que são filiados ao partido
político ao qual pertence. Como o ato administrativo possui vários elementos, é correto afirmar
que, nesse caso hipotético, o vício desse ato recai sobre
a) a finalidade.
b) a forma.
c) o motivo.
d) o objeto.
e) a competência
33) De acordo com a doutrina administrativista clássica e majoritária, são atributos dos
atos administrativos
a) o sujeito, o objeto e a tipicidade.
b) a presunção de legitimidade, a imperatividade e a autoexecutoriedade.
c) a autoexecutoriedade, a tipicidade e a finalidade.
d) a imperatividade, a finalidade e a presunção de legitimidade.
e) a finalidade, o sujeito e o objeto.
36) Ato administrativo cujo conteúdo decorre da manifestação de um órgão, mas a edição
ou a produção de efeitos depende de um outro ato que o aprove, é classificado como:
a) ato simples.
b) ato complexo.
c) ato modificativo.
d) ato eficaz.
e) ato composto.
37) A respeito da competência do ato administrativo, é correto afirmar que
a) é presumida e pode ser prorrogada.
b) permite a delegação e a avocação, mas é irrenunciável.
c) é irrenunciável, e não pode ser delegada a órgão de hierarquia inferior.
d) seu exercício é obrigatório, mas é renunciável.
e) é intransigível, mas pode ser transferida.