Síncope Na Emergência

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SÍNCOPE NA EMERGÊNCIA

Perda transitória da consciência e tônus postural com recuperação rápida e


espontânea som a necessidade de intervenção médica. Causada por uma hipoperfusão
cerebral.

Pode ser de 3 tipos: Reflexa, ortostática e cardíaca.

 Síncopes reflexas ou neuromediadas – essencialmente benignas. São as


vasovagal, síndrome do seio carotídeos e as situacionais.
1) Vasovagal - Costuma ter sinais podrômicos como sensação de calor,
tontura, náusea, sudorese e palidez cutânea.
2) Síndrome do seio carotídeo – tipo raro que é caracterizada por uma
hipersensibilidade do seio carotídeo.
3) Situacional – causada por algum gatilho que aumente a pressão interna
como micção, defecação, deglutição, tosse, pós-exercício, pós-risada, etc.

 Síncopes ortostáticas – causadas por hipovolemias, uso inadequado de


medicações (como diuréticois), disfunções autonômicas, etc.
1) Medicamentosas – BB, BCC, Diuréticos e antidepressivos.
2) Hipovolemia – desidratação e diuréticos.
3) Disautonomias – primárias ou secundárias. (ex Parkinson).
4) Alcoólica – diminui o tônus muscular.

 Síncopes cardíacas – a mais preocupante. Pode ser arrítmica ou por disfunção


de estrutura cardíaca.
1) Arritmicas – bradicardia, pausa sinusal, Movitz II, BAVT, TV ou TSV,
síndrome bradi-taqui.
2) Estruturais – estenose aórtica, estenose mitral ou tricúspide,
cardiomiopatia hipertrófica, cardiomiopatia por hipertensão pulmonar e
doença cardíaca congênita.

Investigação: anamnese, exame físico e ECG.

Importante fazer a classificação de risco usando a regra de São Francisco, que avalias
os seguintes pontos como fatores de risco:

1) IC.
2) ECG anormal.
3) Hematócrito < 30%.
4) Dispneia.
5) PAS < 90 mmHg.
No atendimento é importante orientar os pacientes em relação aos sinais podrômicos
para que realizem manobras de abortamento de episódios de sincope e evitem quedas
e traumas. São as manobras:

1) Procurar local mais aberto para se dispor.


2) Afastar-se de locais com potenciais riscos de acidentes como beira de estradas,
proximidade com quinas, etc.
3) Realizar manobras como cruzamento de pernas associado a contração de
musculatura de MMII, aperto de mão forte ou puxar os dois braços com as
mãos unidas.

Se o paciente tiver síncope no atendimento:

1) Afastá-lo de locais de risco.


2) Deitá-lo com as costas para o chão e MMII elevados.
3) Não tentar levantá-lo até que ele diga que está pronto pata tal.

Importante, quando possível, tratar a causa base, como se hipotensão fazer


hidratação venosa, Ou em caso de aumento de resposta parassimpática fazer atropina.

Geralmente as sincopes cardíacas requerem internação.

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