Manual Completo Do Debian GNU - Linux
Manual Completo Do Debian GNU - Linux
Manual Completo Do Debian GNU - Linux
APRESENTAÇÃO
Este conteúdo foi desenvolvido para auxiliar nas práticas acadêmicas em disciplinas de
Sistemas Operacionais com GNU/Linux e Redes de Computadores, é um texto que reúne
teoria e a prática, ou seja, respalda teoria com a prática.
Toda a prática pode ser validada automaticamente com o uso de um agente inteligente que
auxilia na resolução dos erros implementados pelo aprendiz, sem a necessidade de
intervenção de um instrutor neste primeiro momento, mas é claro, se nem com isso o
aprendiz conseguir então é necessário a intervenção do educador.
O material também conta com vídeos explicativos, o objetivo dos vídeos é proporcionar
estudos realizados por autodidatas ou aprendizes em tempo vago.
Procuro reforçar neste conteúdo todo o requisito para as provas de certificação Linux LPI e
ainda iniciar o administrador Linux nas linguagens C/C++ e Python para resolver problemas
por programação, e ainda uma boa explanação sobre Scripts Bash.
3 Manual Completo do Debian GNU/Linux
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 2
SUMÁRIO 3
1 Considerações e Ambiente 16
1.1 Tecnologias utilizadas e Download de arquivos 16
1.2 Instalando o VirtualBox 16
1.3 Criando uma Virtual Machine 17
1.4 Instalando o Debian 12 GNU/Linux 19
1.5 Instalando e configurando o SUDO 34
1.6 Validação de práticas por meio de Robô e suporte 37
1.7 Criando uma exportação ou importando um arquivo .ova 41
1.8 Configuração do Adaptador de rede no VirtualBox 45
1.8.1 Adaptador em NAT 46
1.8.2 Modo Bridge 47
1.8.3 Rede Interna 48
1.9 Editor de texto nano 49
1.10 Recomendações e divisão dos capítulos 50
2 Sistema Operacional Linux e Distribuições 51
2.1 Arquitetura de um computador 51
2.1.1 North and Southbridge 52
2.1.2 Acesso direto à memória 52
2.1.3 Memória Volátil (RAM) 53
2.1.4 Arquiteturas de CPU 53
2.2 Sistema Operacional 55
2.2.1 Gerenciamento de processo 55
2.2.2 Gerenciamento de memória 56
2.2.4 Sistema de E/S e Sistema de Arquivos 56
3 Virtualização 58
3.1 Recursos do capítulo 58
3.2 Introdução a Virtualização 58
3.3 Hypervisors 59
3.4 Tipos de virtualização 60
3.4.1 Virtualização de desktop 60
3.4.2 Virtualização de rede 60
3.4.3 Virtualização de armazenamento 61
3.4.4 Virtualização de dados 61
3.4.5 Virtualização de aplicativos 62
3.4.6 Virtualização de CPU 62
3.4.7 Virtualização de GPU 62
3.4.8 Virtualização Linux 63
3.4.9 Virtualização de nuvem 63
3.6 Práticas da aula 63
3.6.1 Prática 98a917ce 01: Criando o ambiente da aula 63
4 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1 Considerações e Ambiente
Todo o ambiente é gratuito e todo o conteúdo deste livro está associado às tecnologias
descritas neste tópico, qualquer outra tecnologia adicionada pelo aprendiz é de inteira
responsabilidade destes, os links se encontram no próximo sub-tópico de acordo com a
listagem, repare na nota de rodapé.
Após realizar o download de acordo com o tópico anterior, realize um clique duplo sobre o
arquivo de instalação se utiliza um Microsoft Windows ou execute o instalador se já usa
GNU/Linux como sistema operacional. O processo de instalação do VirtualBox é fácil, pois
segue um padrão de instalação Next > Next > Finish, sem complexidade tecnológica
envolvida na instalação padrão. A única observação que deve ser feita é que precisa ser um
administrador da máquina para instalar, mas isso é trivial para este curso. Na figura abaixo
temos o VirtualBox devidamente instalado e sendo executado.
1
O download pode ser realizado utilizando o link: https://www.virtualbox.org/wiki/Downloads
2
O download pode ser realizado utilizando o link:
https://cdimage.debian.org/debian-cd/current/amd64/iso-cd/debian-12.2.0-amd64-netinst.iso
3
O download pode ser realizado utilizando o link: https://www.putty.org/
4
O download pode ser realizado utilizando o link: https://winscp.net/eng/download.php
17 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora que possui o Virtualizador, o aprendiz deve criar sua própria máquina virtual fazendo
uma instalação do Debian 12 GNU/Linux.
No menu principal clique em Machine > New ou pressione o borrão azul conforme figura
abaixo.
Dê um nome Debian 12, e selecione Type Linux e Version Debian (64-bit) conforme figura
abaixo. Isso é necessário pois o VirtualBox irá criar um ambiente propício para um Debian
de 64 bits.
18 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Clique em Next >, no próximo passo informe que precisará de 1024 MB de memória, isso é
suficiente para um GNU/Linux Debian 12, embora possa-se trabalhar com menos memória
na máquina virtual, uma redução pode ocasionar maior lentidão nas práticas.
Figura 1.4 - Criando uma nova máquina virtual, definindo tamanho máximo da memória
Na próxima etapa, será criado um arquivo .vdi, este arquivo é um disco rígido (HD) virtual e
será nele que a instalação será feita. Pode-se utilizar 18 GB, mas fique tranquilo que ele vai
criar um arquivo pequeno, este arquivo se expande com o passar do tempo, mas nossas
práticas são curtas e as VMs criadas são apagadas.
19 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 1.5 - Criando uma nova máquina virtual, definindo o tamanho do disco virtual
Neste ponto temos uma máquina, com placa mãe, processador, disco, placa de vídeo, entre
outros periféricos, mas não temos ainda um GNU/Linux instalado.
Selecione a ISO apropriada que foi obtida no início deste capítulo diretamente do site do
fornecedor, e inicie o processo de instalação do GNU/Linux selecionando a iso.
20 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Clique no folder na imagem acima, uma nova tela deverá ser aberta.
clique em acrescentar e localize a imagem .iso.
selecione a .iso recemadicionada na listagem.
Caso queira acompanhar por vídeo, o link abaixo está disponível para visualização, mas
saiba que toda a sequência está descrita neste texto.
5
Todas as práticas do material estão direcionadas ao GNU/Linux Debian 12 e para o usuário usuario.
26 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 1.19 - Instalação do Debian, escolhendo a forma que será formatado o disco
27 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Raiz: /
Swap: swap
Figura 1.24 - Instalação do Debian, não possui outra mídia para instalação
Figura 1.25 - Instalação do Debian, local mais próximo para download de pacotes
30 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 1.31 - Instalação do Debian, informando para o GRUB qual diretório será
carregado
33 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No capítulo de Inicialização será descrito cada um destes níveis e como funciona, bem
como opções de Recovery do sistema.
Seu Debian está pronto para ser utilizado, mas precisamos de passar a prática correta, ou
seja, prática de segurança e bom uso do sistema. Para isso vamos realizar algumas
configurações.
Para fazer a instalação, vamos utilizar um instalador de alto nível, no caso do Debian
GNU/Linux utiliza-se o apt ou apt-get. Esse processo será detalhado no capítulo de
Instalação de Pacotes, mas vamos utilizar aqui para instalar o sudo. Então digite o
comando.
Na imagem abaixo o resultado da instalação é detalhado no output, repare que não retornou
erros, saiba que no mundo GNU/Linux ler a saída dos comandos e entender é uma ação
fundamental.
36 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O comando sudo precisa ser configurado, e existem duas formas de fazer isso. Neste ponto
do material será utilizado o modo mais simples que é por edição do arquivo /etc/sudoers, o
processo é simples, com o editor de texto no modo terminal, vamos abrir o arquivo e
adicionar 1 linha. Digite o comando abaixo no terminal.
1. nano /etc/sudoers
Como é seu primeiro contato com o editor, esteja atento se está no terminal ou no editor. O
editor possui no topo uma barra cinza com o caminho do arquivo (ver figura abaixo) e na
base inferior da tela comandos.
Adicione a linha que vai habilitar o acesso ao comando sudo para o usuário usuario.
Para salvar pressione Ctrl+x (repare que por estar em uma VirtualBox você deve utilizar o
Left Ctrl). O sistema vai informar (conforme figura abaixo) que o arquivo foi alterado, então
você deve confirmar com y no caso da instalação estar em English.
Após responder y de yes, o sistema deverá confirmar o path do arquivo, que por padrão é o
path inicial, simplesmente pressione Enter para continuar.
Agora seu Debian GNU/Linux está pronto para ser utilizado com segurança.
O primeiro passo é realizar o download do script de instalação que está disponível no site,
mas isso deve ser feito dentro da máquina virtual que é terminal, para isso vamos utilizar o
comando wget que será descrito no capítulo de Interfaces de Rede. O script está escrito em
Python e pode ser adotado, recomenda-se que sempre analise os scripts antes de executar.
1. wget -O /tmp/install.py
http://www.aied.com.br/linux/download/install_v2.py
Onde em 1:
wget é o comando que faz uma requisição HTTP e obtém o arquivo de instalação;
-O parâmetro que informa onde será salvo o arquivo bem como o nome;
Onde:
1. Comando wget que realiza do download do arquivo de instalação;
2. Código 200 do protocolo http, indica sucesso.
Sempre confirme o status da execução, pois um arquivo 404 pode ser baixado se a URL for
descrita de forma errada, e naturalmente levar ao erro no próximo passo. Então agora que
conhece o script, execute utilizando o Python:
O único arquivo que não está no repositório oficial está no site www.aied.com.br que vai ser
instalado em /etc/aied/, este diretório pode ser auditado.
Um link será criado em /bin/aied apontando para /etc/aied/aied_64. Este link se faz
necessário para que se utilize o novo comando aied de qualquer ponto do sistema de
arquivos, então aied_64 fará parte da lista de comandos do seu Debian GNU/Linux.
Onde:
aied é o programa escrito em Linguagem C obtido com o auxílio do instalador;
validar é a ação que o programa deverá executar;
0000 ola é o script utilizado para validação pela ferramenta, é o clássico hello
world, estes dados serão informados durante as práticas e em destaque.
Respeitando o aluno e mesmo sabendo que este script está sendo executado em uma
Máquina Virtual isolada é informado os comando que serão executados pelo script e que o
resultado da saída destes comandos serão enviados para o servidor de validação
aied.com.br.
40 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Se for aceito então o procedimento executa as operações citadas, que no exemplo acima é
apenas um comando e envia para validação. Na figura acima, após ser executado o
comando é enviado então para o servidor de validação que fez a validação e no item 1.1
confirmou que está tudo OK ao utilizar a cor VERDE.
Algumas práticas serão muito complexas, este mecanismo poderá ajudar o aprendiz a
localizar erros difíceis de serem localizados pois executam uma série de testes, como no
exemplo abaixo.
41 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Onde:
1. A prática que está sendo validada;
2. Uma falha do aluno, repare que é informado um fix para correção, no final deste livro
todos estes códigos de FIX devidamente abordados para que o aluno acerte a
prática sem a necessidade de acionar o professor.
A ideia é que AIED reduza o esforço do professor para que este tenha mais tempo para
atuar na gestão e na evolução do curso.
1. sudo poweroff
Não se deve desligar o GNU/Linux por VirtualBox (fechando a janela) pois é a mesma coisa
que puxar o cabo de energia de seu computador, deve-se executar o comando acima. Com
a Máquina Virtual desligada, no VirtualBox selecione a opção Exportar Appliance… no
menu Arquivo conforme figura abaixo.
Escolha a máquina virtual recém criada com nosso Debian GNU/Linux e avance com o
botão próximo.
No próximo passo, vamos selecionar o formato do arquivo, utilize o formato aberto 1.0 para
ser compatível com outros virtualizadores. Agora é só avançar com o botão Próximo.
No final o aluno terá um arquivo com extensão .ova, guarde este arquivo e sempre que
precisar de uma nova máquina virtual não precisa realizar toda a instalação realizada até
então, basta importar.
Para exemplificar como se importa vamos importar uma máquina virtual para que entenda o
processo de importação por completo. Comece indo na opção Importar Appliance…
conforme figura abaixo.
44 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No próximo passo, selecione o arquivo .ova que foi criado no processo de exportação,
conforme exemplo na figura abaixo.
Recomendo sempre trocar o Nome, pois o Nome da Virtual Machine pois o VirtualBox irá
criar um diretório com o nome da Virtual Machine.
45 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora clique no botão Importar e aguarde o processo. É recomendado que sempre que
iniciar um capítulo faça uma importação nova.
Mas estas configurações, mesmo demonstradas abaixo, serão solicitadas por prática, afinal
cada prática é diferente uma da outra.
Esta configuração é ideal quando não é preciso acessar nenhum serviço na Virtual Machine
como um serviço na rede local, ou seja, quando ela fica isolada dentro do Host mas com
acesso aos serviços da rede.
Neste cenário a Máquina Real fica isolada da Máquina Virtual não havendo comunicação
entre estas, ideal para cenários onde é necessário se preservar a segurança.
Isso permite que o VirtualBox intercepte dados da rede física ou envie dados para ela,
criando efetivamente uma nova interface de rede no software.
Quando uma máquina virtual está usando essa nova interface virtual, parece ao sistema
host como se a máquina virtual estivesse fisicamente conectada à interface por meio de um
cabo de rede real.
O host pode enviar dados para a máquina virtual por meio dessa interface e receber dados
dele, isso significa que você pode configurar o roteamento ou a ponte entre a máquina
virtual e o resto da sua rede.
48 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Quando houver mais de um Adaptador virtual ativo com a mesma ID de rede interna, o
driver de suporte do VirtualBox conectará automaticamente as placas e atuará como um
switch de rede.
Utiliza-se esta rede para fazer uma configuração de LAN privada virtual entre as máquinas
virtuais.
O comando nano é simples e isso é o que nos importa neste momento, basta digitar o
comando e o caminho do arquivo, conforme exemplo abaixo.
Veja que nas opções você deve pressionar a tecla Ctrl da esquerda + a opção, no caso de
salvar o arquivo Ctrl+o, o nano questiona sobre o nome do arquivo, pressione ENTER.
Para fechar utilize a opção Ctrl+x, leia as instruções do nano ao fechar o arquivo. Caso o
arquivo não exista então ele cria, caso o arquivo exista ele abre para edição.
50 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O curso tem a visão de trazer informações conceituais e alinhar tais conceitos com práticas,
e foi também pensado para formação de alunos para todas as provas de certificação Linux
LPI da Linux Professional Institute que pode ser acessado pelo link https://www.lpi.org/pt-br/.
O material exigirá 40 aulas de 4 horas para se completar todas as atividades e ver todos os
conceitos.
51 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 2.
Ler da memória principal costuma ser dramaticamente mais lento do que ler da própria
memória interna da CPU. Como resultado, os sistemas modernos aproveitam várias
camadas de memória rápida, chamadas caches, para ajudar a compensar essa
disparidade. Cada nível de cache (L1, L2 e assim por diante) é relativamente mais lento e
maior do que seu predecessor. Na maioria dos sistemas, esses caches são integrados ao
processador e a cada um de seus núcleos. Se os dados não forem encontrados em um
determinado cache, eles devem ser buscados no cache de próximo nível ou na memória
principal.
52 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Como uma determinada tradução pode exigir várias operações de leitura de memória, o
processador usa um cache especial, conhecido como buffer lookaside de tradução (TLB),
para a tabela de tradução MMU. Antes de cada acesso à memória, o TLB é consultado
antes de solicitar à MMU para realizar uma operação de tradução de endereço cara.
Em PCs mais antigos, a CPU conectava-se à ponte norte (hub controlador de memória)
usando o barramento frontal e a ponte norte conectada à memória principal por meio do
barramento de memória. Dispositivos como por exemplo, placas de rede e controladores de
disco foram conectados por meio de outro chip, chamado ponte sul ou hub controlador de
Entrada e Saída (E/S), que tinha uma única conexão compartilhada com a ponte norte para
acesso à memória e à CPU.
Para melhorar o desempenho e reduzir os custos dos sistemas mais novos, a maioria dos
recursos associados ao hub do controlador de memória agora estão integrados ao
processador. A funcionalidade restante do chipset, previamente implementada na ponte sul,
está concentrada em um chip conhecido como hub controlador da plataforma.
Além de seu impacto óbvio no desempenho do sistema, o DMA também tem ramificações
importantes para a análise forense de memória. Ele fornece um mecanismo para acessar
diretamente o conteúdo da memória física de um dispositivo periférico sem envolver o
software não confiável em execução na máquina. Por exemplo, o barramento PCI oferece
suporte a dispositivos que atuam como mestres de barramento, o que significa que eles
53 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Outro exemplo é a interface IEEE 1394, comumente conhecida como Firewire. O chip
controlador de host IEEE 1394 fornece um barramento de expansão serial ponto a ponto
destinado a conectar dispositivos periféricos de alta velocidade a um PC. Embora a
interface IEEE 1394 seja normalmente encontrada nativamente apenas em sistemas de
ponta, você pode adicionar a interface a ambos desktops e laptops usando placas de
expansão.
A RAM é considerada memória volátil porque requer energia para que os dados
permaneçam acessíveis. Assim, exceto no caso de ataques de inicialização a frio6, depois
que um PC é desligado, a memória volátil é perdida. Esta é a principal razão pela qual a
tática de resposta a incidentes puxar a tomada não é recomendada se você planeja
preservar as evidências sobre o estado atual do sistema.
Para que a CPU execute instruções e acesse os dados armazenados na memória principal,
ela deve especificar um endereço único para esses dados. Os processadores discutidos
neste livro aproveitam o endereçamento de bytes e a memória é acessada como uma
sequência de bytes. O espaço de endereço se refere a um intervalo de endereços válidos
usados para identificar os dados armazenados em uma alocação finita de memória. Em
particular, este livro se concentra em sistemas que definem um byte como uma quantidade
de 8 bits. Este esquema de endereçamento geralmente começa com o byte 0 e termina no
deslocamento do byte final de memória na alocação.
6
Obtenha mais informações em https://citp.princeton.edu/research/memory
54 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A arquitetura IA-32 geralmente se refere à família de arquiteturas x86 que oferecem suporte
à computação de 32 bits. Em particular, ele especifica o conjunto de instruções e o
ambiente de programação para os processadores de 32 bits da Intel. O IA-32 é uma
pequena máquina endian que usa endereçamento de bytes. O software executado em um
processador IA-32 pode ter um espaço de endereço linear e um espaço de endereço físico
de até 4 GB. Como você verá posteriormente, você pode expandir o tamanho da memória
física para 64 GB usando o recurso IA-32 Physical Address Extension (PAE). Este é o
estado principal do processador e também o modo em que a maioria dos sistemas
operacionais modernos são executados.
O registro EIP, também conhecido como contador de programa, contém o endereço linear
da próxima instrução a ser executada. A arquitetura IA-32 também possui cinco registros de
controle que especificam a configuração do processador e as características da tarefa de
execução. CR0 contém sinalizadores que controlam o modo de operação do processador,
incluindo um sinalizador que ativa a página CR1 é reservado e não deve ser acessado. CR2
contém o endereço linear que causou uma falha de página. CR3 contém o endereço físico
da estrutura inicial usada para tradução de endereço. Ele é atualizado durante as mudanças
de contexto quando uma nova tarefa é agendada. CR4 é usado para habilitar extensões
arquitetônicas, incluindo PAE.
linear "plano" contínuo. No entanto, as proteções de segmentação ainda são aplicadas para
cada segmento e descritores de segmento separados devem ser usados para referências
de código e dados.
A arquitetura IA-32 também suporta páginas de 4 MB, cuja tradução requer apenas um
diretório de página. Ao usar diferentes estruturas de paginação para diferentes processos,
um sistema operacional pode fornecer a cada processo a aparência de um ambiente de
programação única por meio de um espaço de endereço linear virtualizado.
É uma abstração do Hardware e não importa a marca ou modelo de seu disco rígido, para o
seu código Write é Write, e o mesmo código pode ser utilizado para um SSD ou um
Pendrive. Se não fosse isto, a cada nova evolução da indústria de hardware impactaria todo
o código dos programadores. No livro do Tanenbaum de Sistemas Operacionais Modernos
você encontra tais detalhes no capítulo de E/S.
E é baseado neste escopo que se define parte da prioridade do processo e esta ação
impacta no processamento das requisições ou aplicações, toda esta explicação está em alto
nível e abstrato pois será detalhado neste livro.
56 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Tudo isso torna bastante complexo lidar diretamente com a memória física e para evitar
essa complexidade foi desenvolvido um conceito de memória virtual.
Com a memória virtual, todo e qualquer acesso à memória usa um endereço virtual.
Quando a CPU decodifica uma instrução que lê (ou grava) da (ou para) memória do
sistema, ela traduz o endereço virtual codificado nessa instrução em um endereço físico que
o controlador de memória possa entender.
O Sistema é uma máquina estendida, ou seja, uma abstração do hardware real. Com o
Sistema Operacional podemos interagir de forma fácil com linguagens de alto nível como
C++, operando assim esses dispositivos. Neste livro vou demonstrar o uso de linguagem C,
C++ e Python para operar o sistema.
3 Virtualização
A virtualização usa software para criar uma camada de abstração sobre o hardware do
computador que permite que os elementos de hardware de um único computador -
processadores, memória, armazenamento e muito mais - sejam divididos em vários
computadores virtuais, comumente chamados de Máquinas Virtuais (VMs).
As máquinas virtuais (VMs) são ambientes virtuais que simulam uma computação física na
forma de software. Eles normalmente incluem vários arquivos contendo a configuração da
VM, o armazenamento para o disco rígido virtual e alguns instantâneos da VM que
preservam seu estado em um determinado momento.
3.3 Hypervisors
Um hipervisor é a camada de software que coordena as VMs, esta camada serve como
uma interface entre a VM e o hardware físico subjacente, garantindo que cada um tenha
acesso aos recursos físicos de que precisa para executar, e também garante que as VMs
não interfiram umas com as outras interferindo no espaço de memória ou nos ciclos de
computação umas das outras.
Figura 3.
Os tipos de virtualização de rede incluem rede definida por software (SDN), que virtualiza
hardware que controla o roteamento de tráfego de rede (chamado de "plano de controle") e
virtualização de função de rede (NFV), que virtualiza um ou mais dispositivos de hardware
que fornecem uma rede específica (por exemplo, um firewall, balanceador de carga ou
analisador de tráfego), tornando esses dispositivos mais fáceis de configurar, provisionar e
gerenciar.
Figura 3.
Na figura acima o GNS37 está sendo utilizado para virtualizar um ambiente de redes para
testes e homologação. Neste ambiente é possível importar VMs Linux, Routers, Switchs,
etc..
7
GNS3 é uma aplicação gratuita que pode ser obtida no site https://www.gns3.com/
62 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Cada cliente pode acessar sua própria infraestrutura como serviço (IaaS), que seria
executada no mesmo hardware físico subjacente. Os data centers virtuais oferecem uma
entrada fácil na computação baseada em nuvem, permitindo que uma empresa configure
rapidamente um ambiente de data center completo sem comprar hardware de infraestrutura.
No início, a virtualização da CPU era totalmente definida por software, mas muitos dos
processadores de hoje incluem conjuntos de instruções estendidas que suportam a
virtualização da CPU, o que melhora o desempenho da VM.
4. Instale o programa aied, utilize este link: Validação de práticas por meio de Robô e
suporte
8
No início os processos foram projetados para serem executados por inteiro na posição 0 de uma
memória, e naturalmente isto exige que todos os dados estejam nesta, o aluno deve ler o capítulo 1
do livro: Sistemas Operacionais Modernos do autor Tanenbaum.
66 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Um sistema de arquivos é projetado de forma que possa gerenciar e fornecer espaço para
dados de armazenamento não voláteis. Todos os sistemas de arquivos exigiam um
namespace que é uma metodologia de nomenclatura e organização, já um namespace
define o processo de nomenclatura, o comprimento do nome do arquivo ou um subconjunto
de caracteres que podem ser usados para o nome do arquivo. Ele também define a
estrutura lógica dos arquivos em um segmento de memória, como o uso de diretórios para
organizar os arquivos específicos. Depois que um namespace é descrito, uma descrição de
metadados deve ser definida para esse arquivo específico.
Figura 4.
Na imagem abaixo pode se observar o código do arquivo fs.h, saiba que também é possível
verificar o versionamento deste arquivo no endereço oficial de Linux Torvalds9.
Figura 4.
Caso queira importar o arquivo acima em algum código de algum programa que queira
desenvolver que envolva montagem de sistemas de arquivos, é muito simples, basta
informar no include o arquivo linux/fs.h e enturmar quais funções pretende utilizar
conforme listagem abaixo. Daí para frente é sua imaginação e lembre-se, o código fonte é
uma obra de arte, da mesma forma que uma escultura ou um quadro.
1. #include <linux/fs.h>
2.
3. extern int register_filesystem(struct file_system_type *);
4. extern int unregister_filesystem(struct file_system_type *);
Quando uma solicitação é feita para montar um sistema de arquivos em um diretório em seu
namespace, o Virtual File System chamará o método mount() apropriado para o sistema de
arquivos específico.
9
Acessível pela url: https://github.com/torvalds/linux/blob/master/include/linux/fs.h
68 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A estrutura de dados precisa oferecer suporte a uma estrutura de diretório hierárquica; esta
estrutura é usada para descrever o espaço em disco disponível e usado para um
determinado bloco. Também contém outros detalhes sobre os arquivos, como tamanho do
arquivo, data e hora de criação, atualização e última modificação.
Além disso, ele armazena informações avançadas sobre a seção do disco, como partições
e volumes. Os dados avançados e as estruturas que eles representam contêm as
informações sobre o sistema de arquivos armazenado na unidade; é distinto e independente
dos metadados do sistema de arquivos.
Figura 4.
Na figura acima o Virtual File System fornece um único conjunto de comandos para o kernel
e os desenvolvedores acessam o sistema de arquivos. Este sistema de arquivos virtual
requer o driver de sistema específico para fornecer uma interface com o sistema de
arquivos.
O sistema de arquivos requer uma API para acessar as chamadas de função para interagir
com os componentes do sistema de arquivos, como arquivos e diretórios. API facilita tarefas
como criação, exclusão e cópia de arquivos. Ele facilita um algoritmo que define a
organização dos arquivos em um sistema de arquivos.
1. struct super_operations {
2. struct inode *(*alloc_inode)(struct super_block *sb);
3. void (*destroy_inode)(struct inode *);
4. void (*dirty_inode) (struct inode *, int flags);
5. int (*write_inode) (struct inode *, int);
6. void (*drop_inode) (struct inode *);
7. void (*delete_inode) (struct inode *);
8. void (*put_super) (struct super_block *);
9. int (*sync_fs)(struct super_block *sb, int wait);
10. int (*freeze_fs) (struct super_block *);
11. int (*unfreeze_fs) (struct super_block *);
69 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Onde:
alloc_inode: este método é chamado por alloc_inode() para alocar memória para struct
inode e inicializá-lo;
destroy_inode: este método é chamado por destroy_inode() para liberar recursos alocados
para struct inode;
dirty_inode: este método é chamado pelo VFS para marcar um inode sujo e naturalmente
poderá ser descartado.
write_inode: este método é chamado quando o VFS precisa gravar um inode no disco;
drop_inode: chamado quando o último acesso ao inode é descartado, elimina o inode;
delete_inode: chamado quando o VFS deseja excluir um inode;
put_super: chamado quando o VFS deseja liberar o superbloco (ou seja, desmontar);
sync_fs: chamado quando o VFS está gravando todos os dados sujos associados a um
superbloco;
freeze_fs: chamado quando o VFS está bloqueando um sistema de arquivos e forçando-o a
um estado consistent;
unfreeze_fs: chamado quando o VFS está desbloqueando um sistema de arquivos e
tornando-o gravável novamente.
statfs: chamado quando o VFS precisa obter estatísticas do sistema de arquivos.
remount_fs: chamado quando o sistema de arquivos é remontado;
clear_inode: chamado então o VFS limpa o inode. Opcional
umount_begin: chamado quando o VFS está desmontando um sistema de arquivos.
show_options: chamado pelo VFS para mostrar opções de montagem para /proc/<pid>/
mounts;
quota_read: chamado pelo VFS para ler o arquivo de cota do sistema de arquivos.
quota_write: chamado pelo VFS para gravar no arquivo de quota do sistema de arquivos.
nr_cached_objects: chamado pela função de redução do cache sb para o sistema de
arquivos para retornar o número de objetos em cache liberáveis que ele contém;
free_cache_objects: chamado pela função de redução do cache sb para que o sistema de
arquivos varra o número de objetos indicados para tentar liberá-los.
superior denominado diretório raiz (/)10. Uma boa recomendação é a leitura do capítulo de
Sistema de Arquivos do livro Sistemas Operacionais Modernos do autor Andrew Stuart
Tanenbaum.
Sistemas Operacionais Modernos Tanenbaum, momento que explico por teoria a raiz da
árvore.
Por anos usuários ativos dos projetos que envolvem Linux discutiram a organização dos
arquivos, no ponto de vista do autor deste texto a segurança e estabilidade de um servidor
GNU/Linux depende de duas características do mundo Linux, que é:
● Simplicidade em tudo, reduzindo decisões complexas e possíveis vulnerabilidades;
● Sistema de arquivos extremamente organizado;
10
No passado, durante a instalação o especialista poderia modificar o símbolo de raiz, mas com o
passar do tempo o símbolo / se solidificou e se tornou padrão.
71 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Onde:
Diretório / (chamado de root): Raiz da hierarquia primária e é o primeiro diretório. Ele
contém todos os outros diretórios, ou seja, os subdiretórios e apenas o usuário root tem
permissão para escrever aqui;
Diretório /bin (binários do usuário): Ele contém os executáveis binários relacionados aos
comandos Linux comuns usados por todos os usuários no modo de usuário único estão
localizados neste diretório. Alguns arquivos presentes neste diretório são: ls, cp, grep, ping,
cat, etc;
Diretório /boot (arquivos de inicialização boot): Ele contém arquivos do carregador de
boot, kernel, initrd, grub e outros arquivos e diretórios estão localizados neste diretório;
Diretório /dev (arquivos de dispositivo): Ele contém os arquivos essenciais relacionados
aos dispositivos conectados ao sistema, isso inclui dispositivos de terminal, USB,
dispositivos de rede e quaisquer outros dispositivos de I/O que estejam conectados ao
sistema;
Diretório /etc (arquivos de configuração): Este diretório tem um significado, ou seja, etc
significa ‘edit to config’ este diretório contém os arquivos de configuração exigidos pelos
programas instalados, os arquivos são configurações específicas do host e de todo o
sistema, necessárias para o funcionamento adequado do sistema. Este diretório também
contém scripts de shell para inicialização e desligamento do sistema que são usados para
iniciar ou parar programas individuais. Alguns programas grandes e complexos estão neste
diretório;
Diretório /home (diretórios pessoais): Este diretório contém os diretórios pessoais do
usuário, contendo arquivos salvos e configurações pessoais. Cada usuário terá um diretório
separado com seu nome de usuário nesse diretório, exceto o usuário root, porque toda vez
que um novo usuário é criado, um diretório é criado no nome do usuário dentro do diretório
inicial;
Diretório /lib (bibliotecas do sistema): Este diretório contém bibliotecas que são
essenciais para os binários em /bin e /sbin, os nomes dos arquivos de biblioteca são ld* ou
lib*.so.*, etc;
72 Manual Completo do Debian GNU/Linux
É importante que antes de uma prova de certificação se repasse todos estes diretórios,
recomendo rever a imagem abaixo que possui uma síntese desta organização.
73 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Figura 4.
No sistema de arquivos existe uma tabela contendo estas entradas i-node (ver figura
abaixo) e é nesta tabela que vamos encontrar os i-nodes. Saiba que o número de i-nodes
tem um limite, geralmente é uma divisão média do espaço da partição pelo tamanho médio
dos blocos, geralmente o tamanho médio dos blocos por padrão é 4096 bytes.
74 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Em servidores que possuem aplicações verbosas que lançam log por arquivos individuais,
isso pode ocorrer com frequência, o autor deste conteúdo já se deparou com tais problemas
duas vezes em mais de uma década de experiência.
No Linux, no i-node encontramos alguns atributos (ver figura abaixo), os principais são:
● nome do arquivo;
● o tamanho do arquivo;
● três horários:
○ criação;
○ último acesso;
○ última modificação.
● proprietário;
● grupo;
● informação de proteção;
● contagem do número de entradas de diretórios que apontam para o i-node.
Linux tem distinção de arquivos pequenos e arquivos grandes, em arquivos pequenos com
menos de 40KB os dados são armazenados diretamente no i-node, pois o i-node possui 10
endereços de 4KB (supondo que a formatação foi realizada com 4KB por bloco e
formatação ext3). A grande maioria dos arquivos de configuração possuem menos de
40KB e muitos arquivos de usuário também, o que agiliza a busca no sistema secundário de
armazenamento e o devido carregamento para a memória.
Já para arquivos maiores, o i-node referência tabelas contendo endereços que apontam
para os dados em si, e temos
75 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Quando um arquivo é aberto, o sistema deve tomar o nome do arquivo fornecido e localizar
seus blocos de disco. Vamos considerar como o nome do caminho /usr/ast/mbox é
procurado. Usaremos o UNIX11 como exemplo, mas o algoritmo é basicamente o mesmo
para todos os sistemas de diretórios hierárquicos.
1 - O sistema carrega o i-node referente ao diretório raiz /, este i-node aponta para o bloco 1
(neste exemplo);
2 - Com o i-node carregado o bloco 1 será carregado para a memória, repare que é um
diretório, então pode-se listar o diretório;
4 - Digamos que queremos carregar o subdiretório usr na raiz /, então carregamos o i-node
6 que possui um endereço apontando para o bloco 132;
5 - Carregamos o bloco 132 para a memória, então pode-se listar este bloco como um
diretório;
11
Utilizando como base o livro de Sistemas Operacionais Modernos do autor Tanenbaum;
76 Manual Completo do Debian GNU/Linux
6 - Queremos carregar o subdiretório ast no diretório /usr, para isso carregamos o i-node 26
que possui um endereço para um bloco 406;
7 - Carregamos para a memória o conteúdo do bloco 406, que se trata de um diretório;
Este algoritmo está exemplificado na figura abaixo, fica claro ao ver o número do i-node.
Figura 4.
Na prática o i-node referente a raiz do sistema nem sempre será 1, em uma distro instalada
em 2022 o i-node referente a raiz está com o número 2, isso vai depender naturalmente do
processo de instalação que está automatizado por um wizard já estudado no capítulo 1.
77 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Todo arquivo criado tem um dono e um grupo dono, como exemplo vamos supor que exista
um usuário chamado aluno pertencente ao grupo dos alunos, então quando o aluno cria um
novo arquivo regular este arquivo é criado com o seguinte critério de acesso:
● O dono do arquivo (aluno) pode: ler e escrever no arquivo;
● O grupo dono do arquivo (alunos) pode: ler o arquivo;
● Outros usuários podem: ler o arquivo;
Essa regra é definida pelo Umask12 do sistema operacional. Já no caso deste mesmo
usuário criar um diretório, então o novo diretório terá o seguinte esquema de permissão de
acesso:
● O dono do diretório (aluno) pode: ler, escrever e executar;
● O grupo dono do diretório (alunos) pode: ler e executar;
● Outros podem: ler e executar;
Pode soar estranho o termo “executar um diretório”, mas fará sentido quando estudarmos
as permissões, por enquanto entenda que “executar” seria “listar”.
Figura 4.
Para um usuário Microsoft Windows pode soar estranho a ideia que grande parte “dos
arquivos que executam” na verdade sejam scripts, ou seja, não sejam arquivos compilados
como um programa. Afinal o mundo Microsoft Windows o foco é “caixa fechada” enquanto
no mundo Linux o foco é “caixa aberta”. Neste cenário dinâmico ao longo dos anos surgiram
inúmeros entusiastas que criaram de forma rápida e simples poderosos scripts que
suplantaram a necessidade de um programa.
Mas saiba, mesmo sendo um script com permissão de execução, este por ser interpretado
por um programa ainda é um arquivo regular e não um arquivo executável, executável é o
/bin/bash que o interpreta. Na figura abaixo o script que possui permissão de execução é
identificado como um texto UTF-8.
Figura 4.
Este novo programa criado executará processos de cópia de arquivos, embora o GNU/Linux
já tenha este comando o objetivo é discutir:
● Como codificar um programa em C++;
● Como compilar um programa gerando um arquivo regular executável;
● Boas práticas de manipulação de arquivos no Sistema Operacional.
Para começar, é importante que tenha domínio sobre o editor nano, conteúdo já discutido
no tópico Editor de texto nano. Então no terminal execute os dois comandos abaixo na
sequência.
1. cd /tmp
2. nano copiar.cpp
Primeiro passo foi navegar para o diretório /tmp pois é neste diretório que podemos fazer
testes, afinal tudo que está neste diretório será automaticamente excluído na próxima
inicialização. E em seguida passamos para o comando nano o nome do arquivo copiar.cpp,
que não existe ainda, mas a partir do momento que salvar, ele existirá. Edite o seguinte
código neste arquivo, conforme listagem abaixo:
1. #include <fcntl.h>
2. #include <stdlib.h>
13
O Debian GNU/Linux utiliza 4KB como unidade de bloco de formatação;
80 Manual Completo do Debian GNU/Linux
3. #include <unistd.h>
4.
5. int main(int argc, char *argv[]);
6. #define BUF_SIZE 4096
7. #define OUTPUT_MODE 0640
8.
9. int main(int argc, char *argv[])
10. {
11. int in_fd, out_fd, rd_count, wt_count;
12. char buffer[BUF_SIZE];
13. if (argc != 3) exit(1);
14. in_fd = open(argv[1], O_RDONLY);
15. if (in_fd < 0) exit(2);
16. out_fd = creat(argv[2], OUTPUT_MODE);
17. if (out_fd < 0) exit(3);
18.
19. while (true) {
20. rd_count = read(in_fd, buffer, BUF_SIZE);
21. if (rd_count <= 0) break;
22. wt_count = write(out_fd, buffer, rd_count);
23. if (wt_count <= 0) exit(4);
24. }
25.
26. close(in_fd);
27. close(out_fd);
28.
29. if ( rd_count == 0)
30. exit(0);
31. else
32. exit(5);
33. }
Este novo programa que estamos criando apenas deverá realizar a cópia de arquivos, então
no mesmo diretório crie um novo arquivo chamado arquivo1.txt (com o nano) e escreva
qualquer coisa, pois servirá apenas para ser copiado.
14
Referência completa: https://man7.org/linux/man-pages/man0/fcntl.h.0p.html
81 Manual Completo do Debian GNU/Linux
● stdlib.h15: O header <stdlib.h> definido como referência ISO C, possui recursos tais
como constantes e funções que manterão o padrão POSIX. É útil no código para
referência ao exit();
● unistd.h16: O header <unistd.h> define constantes e funções diversas, será útil
neste código para uso das funções: close(), read() e write().
Pronto, agora o código e o arquivo que será alvo de nosso programa já existem, precisamos
agora de ter um compilador C++, para isso utilize o comando apt para instalar o g++
conforme comando de terminal abaixo.
Com o compilador g++ instalado, agora o processo de compilação será simples, basta
executar a sequência de comandos, conforme figura abaixo.
Figura 4.
Onde:
1. Compilamos o código escrito em C++;
2. Verificando se existe um arquivo para copiar;
3. Utilizando o programa recém compilado e escrito por você para copiar o arquivo1.txt;
4. Verificando a existência do segundo arquivo, cópia do primeiro.
Ao executar o comando ./copiar e informar o arquivo que será copiado o executável então
deverá realizar a cópia gerando o arquivo2.txt que não existia até então.
4.5.2 Diretórios
Um diretório é um arquivo utilizado para indexar outros arquivos, e naturalmente estes
arquivos podem ser arquivos regulares ou outros diretórios.
15
Referência completa: https://man7.org/linux/man-pages/man0/stdlib.h.0p.html
16
Referência completa: https://man7.org/linux/man-pages/man0/unistd.h.0p.html
82 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Com essa abordagem, o usuário pode ter tantos diretórios quantos17 forem necessários
para agrupar seus arquivos de maneira natural. Além disso, se múltiplos usuários
compartilham um servidor de arquivos comum, como é o caso em muitas redes de
empresas, cada usuário pode ter um diretório-raiz privado para sua própria hierarquia.
Figura 4.
Neste exemplo o programa deverá realizar uma listagem de diretórios e arquivos que estão
localizados na raiz do GNU/Linux, neste caso /. Para este exemplo será utilizadas
referências à algumas bibliotecas, conforme lista abaixo:
● iostream18: A biblioteca <iostream> conhecida como Standard I/O Streams
Library tem definições de objetos e funções destinadas a manipular dispositivos de
entrada e saída, tal como monitores e teclados. Neste código está sendo utilizado o
cout;
17
Existe um limite de i-node total de um sistema de arquivos, trata-se de uma relação entre tamanho
da partição/tamanho do bloco;
18
Referência completa: https://en.cppreference.com/w/cpp/header/iostream
83 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Basicamente é navegar para o diretório /tmp e criar um arquivo chamado listar.cpp e neste
arquivo digitar o código da listagem abaixo.
1. #include <iostream>
2. #include <filesystem>
3.
4. namespace fs = std::filesystem;
5.
6. int main()
7. {
8. std::string path = "/";
9. for (const auto & entry : fs::directory_iterator(path))
10. std::cout << entry.path() << std::endl;
11. }
Com o g++ compile e em seguida execute. O Output deste programa é uma lista de
arquivos e diretórios que estão na raiz do seu GNU/Linux. Conforme a teoria um diretório
pode listar arquivos e outros diretórios, então no próximo exemplo listarrecursivo.cpp o
programa terá a capacidade de listar diretórios e subdiretórios de forma recursiva e imprimir
todos no console. Para não exibir uma lista quase interminável, será restrito ao diretório
/home.
1. #include <iostream>
2. #include <filesystem>
3.
4. namespace fs = std::filesystem;
5.
6. void listar(std::string path)
7. {
8. for (const auto & entry : fs::directory_iterator(path))
9. {
10. std::cout << entry.path() << std::endl;
11. if( is_directory( entry.path() ) )
12. {
13. listar( entry.path() );
14. }
15. }
16. }
17.
19
Referência completa: https://en.cppreference.com/w/cpp/filesystem
84 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
No próximo exemplo, o programa vai listar os arquivos de /dev e imprimir no terminal com
cout os arquivos que são de especiais de carácter e de bloco. Crie um arquivo
listarespecial.cpp e codifique neste arquivo o código descrito na listagem abaixo.
1. #include <iostream>
2. #include <filesystem>
3.
4. namespace fs = std::filesystem;
5.
6.
85 Manual Completo do Debian GNU/Linux
7. int main()
8. {
9. std::string path = "/dev";
10. for (const auto & entry : fs::directory_iterator(path))
11. {
12. if (fs::is_block_file( entry.path() ))
13. {
14. std::cout << entry.path() << ": arquivo especial de bloco" << std::endl;
15. continue;
16. }
17. if (fs::is_character_file( entry.path() ))
18. {
19. std::cout << entry.path() << ": arquivo especial de carácter" << std::endl;
20. continue;
21. }
22. }
23. }
24.
1. file /etc/passwd
A saída deste comando informa que o arquivo é um arquivo de texto, conforme figura
abaixo.
Figura 4.
O stat é um comando que fornece informações sobre o arquivo e o sistema de arquivos,
este comando Stat fornece informações como:
● tamanho do arquivo;
● permissões de acesso;
● ID do usuário e ID do grupo;
● hora de criação;
● hora de acesso ao arquivo.
86 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O comando Stat possui outro recurso, pelo qual também pode fornecer informações do
sistema de arquivos. Esta é a melhor ferramenta para utilizar quando queremos as
informações de algum arquivo.
Figura 4.
1. #include<iostream>
2. #include<sys/stat.h>
3.
4. using namespace std;
5.
6. int main()
7. {
8. std::string path = "/tmp";
9. struct stat var;
10. const char* chr = path.c_str();
11. int ret= stat( chr , &var );
12.
13. if( ret < 0 )
14. {
15. cout << "A chamada do sistema ‘stat’ foi encerrada com um código de erro: " << ret <<
endl;
16. }
17. else
18. {
19. cout << "ID do device: " << var.st_dev << endl;
20. cout << "Número Inode: " << var.st_ino << endl;
21. cout << "Mode: " << var.st_mode << endl;
22. cout << "UID: " << var.st_uid << endl;
23. cout << "GID: " << var.st_gid << endl;
24. cout << "Size: " << var.st_size << endl;
25. }
26.
27. struct stat
28. {
87 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Compile este código com g++ com o nome exemplostat, rode o comando.
Figura 4.
GNU/Linux e C/C++ tem muita aderência, em tudo que fazemos com comandos GNU/Linux
podemos refazer com C/C++.
Figura 4.
Ao executar pwd o comando retornou que o cursor está em /home/usuario, embora pareça
um comando sem utilidade, na verdade ele é muito importante, em operações que
envolvem manipulação do sistema de arquivos e que tal manipulação será executada em
um nível crucial para execu;ao do sistema, é importante olhar antes e confirmar onde está,
para evitar problemas.
88 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No próximo exemplo o programa escrito em C++ deverá exibir o diretório que está no cursor
no sistema de arquivos, um resultado final igual ao comando pwd, para isso será utilizado a
função getcwd(). Crie o arquivo mypwd.cpp e codifique segundo a listagem abaixo.
1. #include <iostream>
2. #include <unistd.h>
3.
4. int main() {
5. char tmp[256];
6. getcwd(tmp, 256);
7.
8. std::cout << "Directory: " << tmp << std::endl;
9. return 0;
10. }
Compile e o execute de qualquer ponto do sistema de arquivos, verá que retorna o diretório
em que está o cursor no sistema de arquivos e não o diretório que está o programa
compilado.
Outro comando muito interessante que revela arquivos e diretórios que estão dentro do
diretório corrente do cursor é o comando ls. Com um simples "ls" é possível listar estes
elementos em forma de grade, conforme figura abaixo.
Figura 4.
Alguns GNU/Linux exibem cores para distinguir arquivos, neste caso estou usando um
GNU/Linux Debian e podemos ver azul para diretórios e azul claro para links.
O tamanho do arquivo está em bytes na figura acima, caso precise ver o tamanho em uma
versão mais “humana” adicione o parâmetro -h ao comando conforme figura abaixo.
Figura 4.
Veja que agora a listagem exibe a quantidade na maior unidade de medida possível, que
neste caso está em Kbytes. Para listar o número i-node no sistema de arquivos utilize o
parâmetro -i conforme figura abaixo.
Para listar arquivos e diretórios ocultos basta utilizar o parâmetro -a conforme exemplo
abaixo.
90 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para evitar ter que ficar navegando com o cursor no sistema de arquivos apenas para ver
se arquivos existem, pode-se informar um diretório no final do comando como parâmetro
para que o comando ls listar aquele diretório.
Figura 4.
Para copiar um arquivo de um local para outro é simples, basta informar o comando cp bem
como o os seguintes parâmetros na sequência: caminho do arquivo e diretório no qual se
pretende guardar uma cópia do arquivo.
91 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Copiar com outro nome? Sim, uma operação muito útil pois constantemente estamos
editando arquivos de configuração e caso haja falhas temos um arquivo para voltar aquela
versão anterior de configuração.
Veja que além do caminho do arquivo foi passado o diretório de destino bem como o nome
do arquivo lá no diretório de destino, neste caso, ambos estão no mesmo diretório.
Para copiar um diretório bem como seus arquivos internos de forma recursiva basta utilizar
o parâmetro -r conforme figura abaixo, o exemplo abaixo não é uma operação que se
realize, foi realizada apenas para demonstração.
Caso queira copiar o conteúdo de um diretório de forma recursiva então deve-se informar o
diretório, o parâmetro -r e adicionar /*, conforme exemplo abaixo.
92 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A movimentação de arquivo elimina o arquivo original após sucesso na cópia para outra
posição no sistema de arquivos. O comando é simples, conforme exemplo abaixo.
Para movimentar um diretório com arquivos basta informar o diretório e o destino, conforme
exemplo abaixo.
Veja que não foi preciso se informar o parâmetro -r como foi feito no comando cp.
93 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Nesse próximo exemplo vamos mover um arquivo por um programa feito em C++, mas
antes de codificar o código, crie um arquivo em /home/usuario/ chamado teste.txt, escreva
qualquer texto.
Agora em /tmp crie um novo arquivo chamado mover.cpp e codifique a listagem abaixo.
Compile com g++ e execute.
1. #include <iostream>
2. #include <cstdio>
3.
4. int main(int argc, char *argv[])
5. {
6. if (argc != 3) exit(1);
7.
8. if (std::rename(argv[1], argv[2]) != 0)
9. perror("Erro ao renomear arquivo");
10. else
11. std::cout << "Arquivo renomeado" << std::endl;
12. return 0;
13. }
Este código executa um rename() no arquivo, então desta forma será movido de
/home/usuario/ para /tmp/, para isso execute o comando:
Um erro clássico é abrir um arquivo para apenas ler e utilizar uma ferramenta que abre o
arquivo em modo edição, isso leva ao risco20 de falha no programa e naturalmente a
corrupção do arquivo.
Caso queira ler um arquivo utilize o comando cat, conforme exemplo abaixo.
20
Risco reduzido em sistemas de arquivos que utilizam formatação que usam journaling;
94 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Outro uso para o comando cat é exibir o final de string de cada linha do arquivo, isso pois é
comum a corrupção de arquivos quando se copia e cola texto provenientes de Internet,
utilizo para isso o parâmetro -e.
Para concatenar os arquivos com cat é simples, basta informar os 2 arquivos de log e a
saída que será um terceiro arquivo, conforme figura abaixo.
95 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Em alguns casos é necessário se ler arquivo com a sequência de linhas invertidas, ou seja,
ler e exibir de forma invertida (as linhas), utiliza-se o comando tac da mesma forma que se
foi utilizado o comando cat, veja que tac é cat invertido.
Neste exemplo, o programa deverá abrir um arquivo e listar o texto no output, mas é preciso
que se crie um arquivo chamado teste.txt no diretório /tmp/, escreva qualquer frase neste
arquivo.
Crie um arquivo chamado exibir.cpp e codifique o código conforme listagem abaixo,
compile e execute.
1. #include <fstream>
2. #include <string>
3. #include <iostream>
4.
5. int main(int argc, char *argv[])
6. {
7. if (argc != 2) exit(1);
8. std::ifstream file( argv[1] );
9. std::string str;
10. while (std::getline(file, str))
11. {
12. std::cout << str << std::endl;
13. }
14. }
Verá que o resultado da execução será semelhante ao cat, agora você pode customizar
este código de acordo com sua necessidade, lembre-se que o GNU/Linux é uma poderosa
ferramenta que qualquer um pode expandir suas funcionalidades.
Vamos exibir quais foram os últimos usuários adicionados no sistema utilizando tac, veja
como na figura abaixo.
96 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
O comando more é interativo e por isso precisa ir pressionando ENTER para visualizar mais
linhas. Agora imagine que o arquivo seja grande e esteja em constante alteração por
processos, um arquivo é clássico neste sentido, é o arquivo de log gerado do GNU/Linux:
/var/log/syslog.
Veja que nas opções você deve pressionar a tecla Ctrl da esquerda + a opção, no caso de
salvar o arquivo Ctrl+o, o nano questiona sobre o nome do arquivo, pressione ENTER.
Para fechar utilize a opção Ctrl+x, leia as instruções do nano ao fechar o arquivo. Caso o
arquivo não exista então ele cria, caso o arquivo exista ele abre para edição.
Você pode usar o editor vi para editar um arquivo existente ou criar um novo arquivo do
zero. No exemplo abaixo estou abrindo um arquivo já existente:
1. vi /etc/network/interfafces
Você notará um til (~) em cada linha após o cursor, este til representa uma linha não
utilizada. Se uma linha não começar com um til e parecer em branco, há um espaço,
tabulação, nova linha ou algum outro caractere não visível presente.
100 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
O comando vi sempre inicia no modo de comando, e para inserir texto, você deve estar no
modo de inserção, basta digitar i, já para sair do modo de inserção, pressione a tecla ESC,
que o levará de volta ao modo de comando. Se você não tiver certeza de qual modo está,
pressione a tecla ESC duas vezes, isso o levará ao modo de comando. Você abre um
arquivo usando o editor vi. Comece digitando alguns caracteres e depois vá para o modo de
comando para entender a diferença.
O comando para sair do vi digite :q e caso tenha alterado o arquivo ele vai exibir uma
mensagem, mas caso queira ignorar a mensagem e fechar sem salvar use :q! seguido de
ENTER. Se o seu arquivo tiver sido modificado de alguma forma, o editor irá avisá-lo sobre
isso e não permitirá que você saia, então se quer salvar use o comando :w seguido de
ENTER.
Você pode combinar o comando acima com o comando quit ou usar :wq e ENTER.
Para mover-se dentro de um arquivo sem afetar seu texto, você deve estar no modo de
comando, as opçõe são:
k Move o cursor uma linha para cima
j Move o cursor uma linha para baixo
h Move o cursor para a esquerda uma posição de caractere
I Move o cursor para a posição de um caractere à direita
Para editar o arquivo, você precisa estar no modo de inserção. Existem muitas maneiras de
entrar no modo de inserção a partir do modo de comando -
101 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Aqui está uma lista de comandos importantes, que podem ser usados para excluir
caracteres e linhas em um arquivo aberto
x Exclui o caractere sob a localização do cursor
X Exclui o caractere antes da localização do cursor
dw Exclui da localização atual do cursor para a próxima palavra
d^ Exclui da posição atual do cursor até o início da linha
d$ Exclui da posição atual do cursor até o final da linha
D Exclui da posição do cursor até o final da linha atual
dd Exclui a linha onde o cursor está
Como mencionado acima, a maioria dos comandos no vi podem ser precedida pelo número
de vezes que você deseja que a ação ocorra. Por exemplo, 2x exclui dois caracteres sobre
a localização do cursor e 2dd exclui duas linhas em que o cursor está.
Você pode copiar linhas ou palavras de um lugar e colá-las em outro lugar usando os
seguintes comandos:
yy Copia a linha atual.
yw Copia a palavra atual do caractere em que o cursor w minúsculo está, até o
final da palavra.
p Coloca o texto copiado após o cursor.
P Coloca o texto arrancado antes do cursor.
Para uma pesquisa de string, utilize os comandos / e ?. Ao iniciar esses comandos você
deve digitar a string específica a ser procurada.
Para pesquisa por regex devem ser precedidos por uma barra invertida \ para serem
incluídos como parte da expressão regular, segue opções:
^ Pesquisa no início da linha (Use no início de uma expressão de pesquisa).
. Corresponde a um único caractere.
* Corresponde a zero ou mais do caractere anterior.
$ Fim da linha (Use no final da expressão de pesquisa).
[ Inicia um conjunto de expressões correspondentes ou não correspondentes.
< Isso é colocado em uma expressão com escape de barra invertida para
encontrar o final ou o início de uma palavra.
> Isso ajuda a ver a descrição do caractere ' < ' acima.
Se você quiser especificar/declarar qualquer nome específico para o arquivo, poderá fazê-lo
especificando-o após :w
Figura 4.
Figura 4.
Figura 4.
O comando file consulta o header do arquivo que traz informações sobre seu tipo.
103 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Figura 4.
O comando touch com o parâmetro a é usado apenas para alterar o tempo de acesso.
Chegou a hora de remover arquivos e diretórios, muita calma nessa hora, o comando
rm tem essa função e remove cada arquivo especificado na linha de comando, mas saiba
que por padrão, ele não remove diretórios sem o uso de parâmetros. Já o rmdir remove
diretórios, mas o diretório deve estar vazio.
Os dados em si não são destruídos, mas após serem desvinculados do rm, eles se tornam
inacessíveis por meios normais, e com o passar do tempo o Sistema Operacional utiliza
partes destes espaços, então se remover um arquivo e desejar recuperar por programas,
evite ficar salvando e criando novos arquivos, faça a recuperação imediatamente.
Figura 4.
No exemplo acima foi removido todo o conteúdo do diretório desejado bem como os
arquivos, mas caso queira remover o conteúdo do diretório sem remover o diretório (para
preservar o esquema de permissão de acesso) utilize /* conforme exemplo.
Figura 4.
são processados na ordem em que você os especifica na linha de comando, da esquerda
para a direita.
O comando mkdir permite ao usuário criar diretórios, este comando pode criar vários
diretórios de uma vez, bem como definir as permissões para os diretórios. É importante
observar que o usuário que executa este comando deve ter permissões suficientes para
criar um diretório no diretório pai, ou ele pode receber um erro de 'permissão negada'.
Figura 4.
O parâmetro p informa ao comando que ele deve criar diretórios pai conforme necessário,
conforme exemplo abaixo.
Figura 4.
Others (o): são todos os outros usuários que não se enquadram nos dois casos
acima.
Figura 4.
Outra forma de trabalhar com permissões é usando o modo octal que nada mais é do que a
representação de sequências de letras (rwx) com números, ele é baseado no seguinte
esquema:
0 - Nenhuma permissão de acesso
1 - Permissão de execução
2 - Permissão de gravação
3 - Permissão de gravação e execução
4 - Permissão de leitura
5 - Permissão de leitura e execução
6 - Permissão de leitura e gravação
7 - Permissão de leitura, gravação e execução
Para dar permissão de execução para este script, utiliza-se o comando chmod conforme
exemplo da figura abaixo.
108 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O exemplo acima pode ser realizado utilizando a forma numérica conforme o exemplo
abaixo, ambos produzem o mesmo resultado.
Diferentes usuários no sistema operacional têm propriedade e permissão para garantir que
os arquivos sejam seguros e colocam restrições sobre quem pode modificar o conteúdo dos
arquivos.
1.
2. #include <filesystem>
3. #include <fstream>
4. #include <iostream>
5.
6. void demo_perms(std::filesystem::perms p)
7. {
8. using std::filesystem::perms;
9. auto show = [=](char op, perms perm)
10. {
11. std::cout << (perms::none == (perm & p) ? '-' : op);
12. };
109 Manual Completo do Debian GNU/Linux
13.
14. show('r', perms::owner_read);
15. show('w', perms::owner_write);
16. show('x', perms::owner_exec);
17. show('r', perms::group_read);
18. show('w', perms::group_write);
19. show('x', perms::group_exec);
20. show('r', perms::others_read);
21. show('w', perms::others_write);
22. show('x', perms::others_exec);
23. std::cout << '\n';
24. }
25.
26. int main(int argc, char *argv[])
27. {
28. if (argc != 2) exit(1);
29. std::cout << "Permissão do arquivo: ";
30. demo_perms(std::filesystem::status(argv[1]).permissions());
31. }
Exemplo de uso:
Por padrão, quando você cria um arquivo como um usuário normal, ele recebe as
permissões de rw-rw-r--. Você pode usar o comando umask (stands for user mask) para
determinar as permissões padrão para arquivos recém-criados.
O umask é o valor subtraído das permissões 666 (rw-rw-rw-) ao criar novos arquivos ou de
777 (rwxrwxrwx) ao criar novos diretórios. Por exemplo, se o umask padrão for 002, novos
arquivos serão criados com as permissões 664 (rw-rw-r--) e novos diretórios com as
permissões 775 (rwxrwxr-x).
Para exibir o valor atual de umask, execute o comando umask sem nenhuma opção:
1. umask
Figura 4.
Onde:
1. Comando umask;
2. Umask padrão de um Debian 12;
1. umask -S
Figura 4.
Onde:
1. Comando umask com parâmetro -S;
2. Versão humana para 755.
Para exemplificar, ao criar um diretório novo e listar com ls, é possível ver o cálculo 0777 -
0022, resultando em 0755, conforme figura abaixo.
Figura 4.
Onde:
1. Comando mkdir criando um novo diretório;
2. Exibindo com ls a permissão de acesso;
3. A permissão 0755 resultante.
Já para arquivos, ao subtrair 0022 de 0666 terá como resultado 0644, conforme imagem
abaixo.
111 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Onde:
1. Comando touch criando um arquivo vazio;
2. Comando ls exibindo a permissão de acesso do arquivo;
3. A permissão 0644 do novo arquivo.
Este valor por padrão de umask está definido no arquivo /etc/login.defs do Debian
GNU/Linux, conforme imagem abaixo.
Figura 4.
Cada usuário possui algumas propriedades associadas a ele, como um ID do usuário e um
diretório inicial. Podemos adicionar usuários a um grupo para facilitar o processo de
gerenciamento de usuários. Um grupo pode ter zero ou mais usuários.
Além disso, a propriedade dos arquivos também depende do uid (ID do usuário) e do gid (ID
do grupo) do criador, conforme já demonstrado no tópico anterior.
Então neste exemplo um usuário chamado usuario pode executar um executável do root
como se fosse root sem o auxílio do comando sudo ou de estar na sessão do root.
Utiliza-se para isso os parâmetros u+s no comando chmod conforme exemplo abaixo
Quando o bit é definido para um diretório, o conjunto de arquivos nesse diretório terá o
mesmo grupo que o grupo do diretório pai, e não o do usuário que criou esses arquivos.
Isso é usado para compartilhamento de arquivos, pois agora eles podem ser modificados
por todos os usuários que fazem parte do grupo do diretório pai.
Quando um diretório tem o sticky bit definido, seus arquivos podem ser excluídos ou
renomeados apenas pelo proprietário do arquivo, pelo proprietário do diretório e pelo
usuário root. Um exemplo deste uso é o diretório /tmp onde qualquer processo sendo
executado por qualquer usuário pode ser usado para armazenar arquivos.
Figura 4.
Por exemplo, se tivermos um arquivo a.txt e se criarmos um Hard Link para o arquivo em
outra posição do sistema de arquivos, em seguida, excluímos o arquivo a.txt, ainda
podemos acessar o arquivo usando o Hard Link.
Em um cenário de dois diretórios e 1 arquivo conforme exemplo abaixo será criado um Hard
Link deste arquivo no segundo diretório.
Figura 4.
116 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora será mudado a permissão de acesso ao arquivo hardArquivo, será permitido que o
grupo altere todas as referências ao i-node alterado receberão o impacto.
Em um cenário de dois diretórios e 1 arquivo conforme exemplo abaixo será criado um Link
Simbólico deste arquivo no segundo diretório.
Figura 4.
Para isso basta adicionar o parâmetro s ao comando ln, conforme figura abaixo.
Uma observação importante é que o Link Simbólico tem permissão total, então pode ser
acessado e executado, mas quando o arquivo original é carregado o Sistema Operacional
valida a permissão de acesso ao arquivo, e naturalmente se o usuário não tiver permissão
para acessar o arquivo será negado.
Nesta sessão o aluno deve realizar as práticas na sequência, caso ocorra problemas é
possível que o mesmo deva ter a conhecimento para desfazer, isto já é levado em
consideração.
Figura 4.
2. Criar dentro do diretório do usuário os seguintes diretórios (usando o comando
mkdir): diretorio1, diretorio2, diretorio3 conforme figura:
Figura 4.
3. Dentro do diretorio1 crie um arquivo chamado arquivo1 com o conteúdo “111”;
4. Dentro do diretorio1 crie um arquivo chamado arquivo2 com o conteúdo “222”;
5. Dentro do diretorio1 crie um arquivo chamado arquivo3 com o conteúdo “333”;
6. Dentro do diretorio2 crie um arquivo chamado arquivo4 com o conteúdo “444”;
7. Dentro do diretorio2 crie um arquivo chamado arquivo5 com o conteúdo “555”;
8. Dentro do diretorio2 crie um arquivo chamado arquivo6 com o conteúdo “666”;
QUESTION 63
Which of the following shell redirections will write standard output and standard error output
to a file named filename?
A. 2>&1 >filename
B. >filename 2>&1
C. 1>&2>filename
D. >>filename
E. 1&2>filename
QUESTION 64
In the vi editor, which of the following commands will copy the current line into the vi buffer?
A. c
B. cc
C. 1c
D. yy
E. 1y
QUESTION 65
Which of the following sequences in the vi editor saves the opened document and exits the
editor? (Choose TWO correct answers.)
A. esc ZZ
B. ctrl :w!
C. esc zz
D. esc :wq!
E. ctrl XX
QUESTION 69
Which of the following commands will print the last 10 lines of a text file to the standard
output?
A. cat -n 10 filename
B. dump -n 10 filename
C. head -n 10 filename
D. tail -n 10 filename
QUESTION 72
What happens after issuing the command vi without any additional parameters?
123 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A. vi starts and loads the last file used and moves the cursor to the position where vi was
when it last exited. B. vi starts and requires the user to explicitly either create a new or load
an existing file.
C. vi exits with an error message as it cannot be invoked without a file name to operate on.
D. vi starts in command mode and opens a new empty file.
E. vi starts and opens a new file which is filled with the content of the vi buffer if the buffer
contains text.
QUESTION 75
Which of the following commands determines the type of a file by using a definition database
file which contains information about all common file types?
A. magic
B. type
C. file
D. pmagic
E. hash
QUESTION 76
SIMULATION
Which command is used in a Linux environment to create a new directory? (Specify ONLY
the command without any path or parameters.)
QUESTION 77
Which of the following commands prints all files and directories within the /tmp directory or
its subdirectories which are also owned by the user root? (Choose TWO correct answers.)
A. find /tmp -uid root -print
B. find -path /tmp -uid root
C. find /tmp -user root -print
D. find /tmp -user root
E. find -path /tmp -user root print
QUESTION 82
After successfully creating a hard link called bar to the ordinary file foo, foo is deleted from
the filesystem. Which of the following describes the resulting situation?
A. foo and bar would both be removed.
B. foo would be removed while bar would remain accessible.
C. foo would be removed. bar would still exist but would be unusable.
D. Both foo and bar would remain accessible.
E. The user is prompted whether bar should be removed, too.
QUESTION 83
124 Manual Completo do Debian GNU/Linux
After moving data to a new filesystem, how can the former path of the data be kept intact in
order to avoid reconfiguration of existing applications? (Choose TWO correct answers.)
A. By creating an ACL redirection from the old to the new path of the data.
B. By creating a hard link from the old to the new path of the data.
C. By creating a symbolic link from the old to the new path of the data.
D. By running the command touch on the old path.
E. By mounting the new filesystem on the original path of the data.
QUESTION 84
Which of the following commands changes the ownership of file.txt to the user dan and the
group staff?
A. chown dan/staff file.txt
B. chown dan:staff file.txt
C. chown -u dan -g staff file.txt
D. chown dan -g staff file.txt
QUESTION 85
Which of the following commands makes /bin/foo executable by everyone but writable only
by its owner?
A. chmod u=rwx,go=rx /bin/foo
B. chmod o+rwx,a+rx /bin/foo
C. chmod 577 /bin/foo
D. chmod 775 /bin/foo
QUESTION 88
Which of the following settings for umask ensures that new files have the default
permissions -rw-r----- ?
A. 0017
B. 0640
C. 0038
D. 0027
QUESTION 96) Which of the following file permissions belong to a symbolic link?
A. -rwxrwxrwx
B. +rwxrwxrwx
C. lrwxrwxrwx
D. srwxrwxrwx
QUESTION 97) Creating a hard link to an ordinary file returns an error. What could be the
reason for this?
A. The source file is hidden.
B. The source file is read-only.
C. The source file is a shell script.
D. The source file is already a hard link.
E. The source and the target are on different filesystems.
125 Manual Completo do Debian GNU/Linux
126 Manual Completo do Debian GNU/Linux
5 Usuários GNU/Linux
Sistemas multiusuário são sistemas que permitem o acesso de vários usuários a um
computador e inclusive simultaneamente. Um exemplo é um sistema Unix ou semelhante ao
Unix em que vários usuários remotos têm acesso ao prompt do shell ao mesmo tempo.
Outro exemplo usa várias sessões X Window espalhadas por vários terminais alimentados
por uma única máquina.
Os sistemas de gerenciamento são implicitamente projetados para serem usados por vários
usuários, normalmente um administrador de sistema ou mais e uma comunidade de
usuários finais .
Cada processo é alocado em sua própria memória e é proibido pelo kernel de acessar a
memória fora de sua área alocada. Processos diferentes compartilham dados por meio de
Pipes comuns na memória, em vez de escrever diretamente no espaço de memória uns dos
outros, consequentemente, se um programa travar, nenhum outro processo será afetado.
Um usuário root ou super usuário pode acessar todos os arquivos, enquanto o usuário
normal tem acesso limitado aos arquivos. Um superusuário pode adicionar, excluir e
modificar uma conta de usuário.
Venho lutando contra o uso exacerbado da conta root, o que pode levar a todo um risco
para a organização, no passado toda distribuição GNU/Linux iniciava somente com um
usuário, o tal root, e depois por boa prática o usuário cria um novo usuário normal para uso
cotidiano. Várias distros então nos últimos anos começaram a fazer o correto, já no
processo de instalação do sistema operacional, passaram a criar este segundo usuário, na
esperança da consciência.
Um aluno que usa a conta root nas práticas de Linux merece ser reprovado, um
administrador de TI que usa a conta root rotineiramente merece ser demitido e naturalmente
um dono de uma empresa que usa a conta root rotineiramente merece perder tudo que
construiu ao longo de sua vida, com infindáveis processo judiciais, isso já é uma
observação Hacker.
21
Na prática é possível ter mais de um usuário com o mesmo UID, veja essa vulnerabilidade neste
link.
128 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Um UID é um número atribuído pelo GNU/Linux a cada usuário no sistema e este número é
usado para identificar o usuário no sistema e determinar quais recursos do sistema o
usuário pode acessar, estas identificações estão armazenadas no arquivo /etc/passwd
conforme figura abaixo.
O terceiro campo representa o UID, observe como o usuário root tem o UID com o valor 0.
A maioria das distribuições de GNU/Linux reserva os primeiros 100 UIDs para uso do
sistema, já os novos usuários recebem UIDs a partir de 500 ou 1000. Estes valores são
definidos no arquivo /etc/login.defs e utilizado no script adduser.
Figura 4.
O arquivo /etc/passwd é um texto simples que pode ser lido como o comando cat. Ele
contém uma lista das contas do sistema, fornecendo para cada conta algumas informações
129 Manual Completo do Debian GNU/Linux
úteis, como ID do usuário, ID do grupo, diretório inicial, shell e muito mais. O arquivo
/etc/passwd deve ter permissão de leitura geral, já que muitos utilitários de comando o
utilizam para mapear IDs de usuário para nomes de usuário mas no entanto, o acesso de
gravação ao /etc/passwd deve limitar apenas para a conta de superusuário.
O /etc/passwd contém uma entrada por linha para cada usuário do sistema e todos os
campos são separados por um :. Geralmente, a entrada do arquivo /etc/passwd tem a
seguinte aparência:
Figura 4.
1. Nome de usuário: É usado quando o usuário faz o login. Deve ter entre 1 e 32
caracteres.
2. Senha: Um caractere x indica que existe uma entrada no arquivo /etc/shadow que
pode conter uma senha e detalhes de acesso;
3. ID de usuário (UID): Cada usuário deve receber uma ID de usuário (UID). UID 0
(zero) é reservado para root e UIDs 1-99 são reservados para outras contas
predefinidas. Outros UID 100-999 (no Debian) são reservados pelo sistema para
contas|grupos administrativos e do sistema, depois para cada novo usuário um
número superior a 999 e inferior ao INT_MAX do sistema22.
4. ID do grupo (GID): O ID do grupo default (armazenado no arquivo /etc/group)
5. Informações de ID do usuário: o campo de comentário. Ele permite que você
adicione informações extras sobre os usuários, como nome completo do usuário,
número de telefone, etc.
6. Diretório inicial: O caminho absoluto para o diretório em que o usuário estará
quando fizer login.
7. Shell : O caminho absoluto de um comando ou shell (/bin/bash). Normalmente, é um
shell. Observe que não precisa ser um shell. Por exemplo, o sysadmin pode usar o
shell nologin, que atua como um shell substituto para as contas de usuário. Se shell
estiver definido como /sbin/nologin o usuário tentar efetuar login no sistema Linux
diretamente, o shell /sbin/nologin fecha a conexão.
No item 3 da lista acima é definido o UID da camada de usuários comuns, este valor está
definido fisicamente no arquivo /etc/adduser.conf em versões mais antigas do Debian
22
Existe uma vulnerabilidade no estouro do valor do INT, veja em:
https://cve.mitre.org/cgi-bin/cvename.cgi?name=CVE-2018-19788
130 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
No item 1 da listagem anterior é dito que o usuário deve ter um login único formado só de
letras minúsculas com no mínimo 1 caractere e no máximo 32, é possível definir estes
parâmetros no arquivo /etc/adduser.conf em uma REGEX conforme imagem abaixo (que
está comentada).
Figura 4.
Todos os recursos (arquivos, processo, etc..) estão associados aos usuários e a política de
acesso garante ao GNU/Linux o status de sistema seguro e estável, mas é lógico que um
usuário sem o devido treinamento pode transformar este ambiente organizado em um
ambiente caótico, similar ao encontrado no Microsoft Windows.
No script bash abaixo é demonstrado como fazer um parser entre estas colunas para
posterior análise por outro algoritmo.
1. #!/bin/bash
2. # script que lista os usuários e separa por campo
3. #
4. while IFS=: read -r f1 f2 f3 f4 f5 f6 f7
5. do
a. echo "Usuário $f1 usa o shell $f7 e armazena arquivos em $f6 "
6. done < /etc/passwd
131 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Quase, todos os sistemas operacionais Linux/UNIX modernos usam algum tipo de suíte de
senhas shadow, onde /etc/passwd tem asteriscos (*) em vez de senhas criptografadas, e
as senhas criptografadas estão em /etc/shadow que é legível pelo superusuário.
Figura 4.
Onde,
1. Nome de usuário: é o seu nome de login;
2. Senha: é sua senha criptografada. A senha deve ter no mínimo 8-12 caracteres,
incluindo caracteres especiais, dígitos, letras minúsculas do alfabeto e mais, segue
formatos:
a. $1$ é MD5;
b. $2a$ é Blowfish;
c. $2y$ é Blowfish;
d. $5$ é SHA-256;
e. $6$ é SHA-512;
f. $y$ é yescrypt.
23
No passado, em distribuições GNU/Linux o password ficava em /etc/passwd mas por este arquivo
ter a permissão r para outros usuários, os especialistas removeram o password estes arquivo.
132 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Yescrypt é um esquema de hash de senha escalável projetado pela Solar Designer, que é
baseado no Colin Percival's scrypt24. Recomendado para novos hashes de Sistemas
Operacionais, consiste nas seguintes partes:
Prefix: "$y$"
Hashed passphrase format: \$y\$[./A-Za-z0-9]+\$[./A-Za-z0-9]{,86}\$[./A-Za-z0-9]
{43}
Maximum passphrase length: unlimited
Hash size: 256 bits
Salt size: up to 512 (128+ recommended) bits
CPU time cost parameter: 1 to 11 (logarithmic)
1. cat /etc/group
Outra opção é usar o comando getent que exibe entradas de bancos de dados configurados
em arquivo /etc/nsswitch.conf incluindo o banco do grupo que podemos usar para
consultar uma lista de todos os grupos. Para obter uma lista de todos os grupos, digite o
seguinte comando:
1. getent group
24
Mais detalhes em https://en.wikipedia.org/wiki/Scrypt
133 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Você também pode usar awk (linha 1 da listagem abaixo) ou cut (linha 2 da listagem abaixo)
para imprimir o campo que desejar:
Este arquivo é uma parte crítica do sistema operacional GNU/Linux, e quaisquer alterações
no arquivo podem potencialmente causar sérios problemas.
Figura 4.
O comando adduser pode ser utilizado para adicionar usuários e até grupos ao sistema
operacional, sua sintaxe é simples conforme listagem abaixo.
Na linha 1 da listagem acima o comando adduser está sendo utilizado para criar um
usuário no sistema e por não ser informado qual o grupo default do novo usuário será
criado um novo grupo com o mesmo nome e associado.
Já na linha 2 o comando adduser está sendo utilizado para criar um novo grupo, para isso
utiliza-se o parâmetro --group e sim, o adduser é utilizado para criar grupos.
Na linha 3 um novo usuário está sendo criado e já está sendo associado a um grupo default
caso já tenha sido criado anteriormente.
São opções:
--conf <caminho do arquivo>: esta opção faz com que o adduser utilize outro arquivo de
roteiro de criação diferente do default que é /etc/adduser.conf;
--group: informa que será criado um grupo e não um usuário;
--system: informa que será criado um usuário de sistema local;
--home: diretório default do usuário;
Exemplos:
Na figura abaixo o comando da linha 2 (da listagem acima) está sendo executado no
terminal, logo após o comando inicia-se uma interação entre terminal e administrador para
configurar a nova conta do usuário.
135 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
O comando adduser é um script Perl que pode ser visto pelo aluno, basta usar more e cat.
Figura 4.
Assim como o adduser o useradd cria usuários no sistema, mas diferente do anterior este é
um programa em C compilado25 e pertencente ao projeto shadow-utils.
Figura 4.
A sintaxe é simples, veja a listagem abaixo de opções:
Quando executado sem o parâmetro -D, o comando useradd cria uma nova conta de
usuário usando os valores especificados na linha de comando mais o valores padrão do
sistema. Dependendo das opções de linha de comando, o comando useradd atualizará os
arquivos do sistema e também poderá criar o diretório home do novo usuário.
25
O código em C do useradd pode ser visto na url:
https://github.com/Distrotech/shadow-utils/blob/distrotech-shadow-utils/src/useradd.c
136 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
-g, --gid GRUPO: O nome do grupo ou o número do grupo padrão do novo usuário. Se não
especificado, o comando useradad irá consumir o arquivo /etc/login.defs para obter a
variável USERGRUPS_ENAB. Se esta variável estiver definida como yes, um grupo será
criado para o usuário, com o mesmo nome que seu nome de logon. Se o variável é definida
como false, o comando useradd irá definir o grupo primário do novo usuário para o valor
especificado pela variável GROUP em /etc/default/useradd, ou 100 por padrão;
- G, --grupos GRUPO1[,GRUPO2,...[,GRUPON]]]: Uma lista de grupos suplementares dos
quais o usuário também é membro. Cada grupo é separado do próximo por uma vírgula,
sem espaço intermediário. O os grupos estão sujeitos às mesmas restrições que o grupo
dado com a opção -g;
-r, --sistema: Criar uma conta do sistema. Os usuários do sistema serão criados sem
informações em /etc/shadow, e seus identificadores numéricos são escolhidos de acordo
como intervalo definido na variável SYS_UID_MIN e SYS_UID_MÁX no arquivo
/etc/login.defs;
-s, --shell PATH_DO_SHELL: A variável shell que informa qual programa será executado
quando o novo usuário logar. O padrão é deixar esse campo em branco, o que faz com que
o sistema selecione o shell de login padrão especificado pela variável SHELL em
/etc/default/useradd;
137 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Onde:
1. Define o shell padrão se nenhum shell for especificado;
2. Diretório home padrão para os usuários;
3. Se a nova conta inicia desativado;
4. Data padrão que a nova conta será expirada.
Para a saber a lista de grupos de um usuário utilize o comando group seguido do username,
veja a figura abaixo.
Figura 4.
Onde:
1. Comando group para listar os grupos do usuário usuario;
2. Default group do usuário usuario;
3. Grupos complementares do usuario.
138 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Quando o comando é executado este consulta o arquivo /etc/adduser.conf para obter a
informação de qual o GID inicial, conforme a imagem acima.
Figura 4.
O comando addgroup em um Debian é um link simbólico para adduser, conforme figura
acima, então quando é invocado ele chama o adduser e o resultado acaba sendo o mesmo,
conforme figura abaixo.
Figura 4.
Grupos podem ser excluídos tanto com deluser como com delgroup, a regra é que um
grupo que é default group de algum usuário existente não pode ser escolhido.
Figura 4.
Onde:
1. Exibindo grupos de um usuário
2. O usuário usuário possui como default group o grupo também chamado usuario;
3. Tentando remover o grupo usuario;
4. Falha ao remover, veja que a mensagem é clara sobre esta restrição.
139 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Mas se o grupo que quer excluir não for usado como grupo default de nenhum usuário e é
usado apenas como grupo complementar de usuários, será excluído normalmente.
Figura 4.
Onde:
1. Comando group para ver todos os grupos do usuário usuario;
2. Localizando um grupo desnecessário para este GNU/Linux;
3. Removendo um grupo, mesmo que tenha usuários utilizando como grupo
complementar;
4. Sucesso, removido.
Essa divisão entre grupos de complemento e grupo default é bem evidenciado na posição
onde esta informação é salva, veja que o default group está definido no arquivo
/etc/passwd enquanto os grupos complementares estão definidos no arquivo /etc/group.
Se a opção --only-if-empty é utilizada, o grupo não será removido se estiver sendo
utilizado como grupo complementar de algum usuário.
Pode-se remover grupos também com o comando deluser, mas para isso deve-se utilizar o
argumento --group GRUPO.
Por padrão, deluser removerá o usuário sem remover o diretório home deste usuário, nem
caixas de e-mail (em /var/mail) e muito menos qualquer spool como o de impressão (em
/var/spool), isso pois um comando errado pode se tornar um problema maior. Se quer
remover tudo, então utilize a opção --remove-all-files como opção, mas removerá tudo,
caso queira ser menos agressivo na remoção e remover apenas o diretório home do usuário
utilize a opção --remove-home.
Figura 4.
Onde:
1. Removendo um usuário com o comando deluser, informando que deve ser removido
todos os arquivos;
2. A remoção dos arquivos pessoais do usuário em questão;
3. Removendo o usuário dos arquivos /etc/passwd, /etc/shadow e /etc/group.
140 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Possíveis opções:
-d DIRETÓRIO [-m]: cria um novo diretório home para o usuário. A opção -m faz com que
os arquivos do diretório atual do usuário sejam movidos para o novo diretório;
-e yyyy-mm-dd: altera a data de expiração da conta do usuário;
-g GRUPO: altera o GID do default group do usuário para o valor especificado;
-G GRUPO1[,GRUPO2, …]: define o GID dos outros grupos aos quais o usuário pertence;
-l NOME: altera o nome de identificação do usuário (o usuário não pode estar logado);
-s SHELL: altera o shell do usuário;
-u UID: altera o número de UID do usuário.
Se você deseja adicionar o usuário a vários grupos de uma vez, especifique os grupos após
a -G opção separados por ,(vírgulas) sem espaços em branco. Por exemplo, para adicionar
o usuário aluno aos grupos alunos e usuarios, você executaria o seguinte comando:
Sempre use a opção -a ao adicionar um usuário a um novo grupo, se você omitir a opção -a
o usuário será removido dos grupos não listados após a opção -G.
No exemplo o usuário aluno está sendo alterado para ter como default group alunos.
Cada usuário pode pertencer a somente um grupo default. O resultado desta operação é a
alteração do arquivo /etc/passwd.
Se por algum motivo for necessário alterar o diretório inicial do usuário, execute o comando
usermod com a opção -d seguida pelo caminho absoluto do novo diretório inicial e o nome
do usuário:
Por padrão, o comando não move o conteúdo do diretório inicial do usuário para o novo.
Para mover o conteúdo, use a opção -m. Se o novo diretório ainda não existir, ele será
criado:
Para alterar o shell padrão do usuário, execute o comando com a opção -s seguida do
caminho absoluto do shell e o nome do usuário:
O UID dos arquivos pertencentes ao usuário estão localizados no diretório inicial do usuário,
e o arquivo da caixa de correio do usuário será alterado automaticamente. A propriedade de
todos os outros arquivos deve ser alterada manualmente.
No exemplo acima o aluno está sendo renomeado para aprendiz. Ao alterar o nome de
usuário, você também pode alterar o diretório pessoal do usuário para refletir o novo nome
de usuário.
Por exemplo, para desabilitar o usuário aluno2, você executaria o seguinte comando:
Para desativar a expiração de uma conta, defina uma data de expiração vazia:
Use o comando chage com o parâmetro -l para ver a data de validade do usuário:
143 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Se você deseja bloquear a conta e desabilitar todos os métodos de login, você também
precisa definir a data de expiração para 1.
Figura 4.
Atualmente na data de escrita deste material (ano 2023), segundo a NIST 800-6326 uma
senha recomenda é uma senha que não foi exposta em algum Data Leak, embora existam
sites que validam isto não é recomendado que realmente utilize o sistema online, mas você
pode extrair sets de senhas vazadas e naturalmente fazer a validação de senhas antes de
seu uso.
Figura 4.
Onde:
1. O nome de login;
2. Se a conta de usuário:
L tem uma senha bloqueada;
NP não tem senha;
P tem uma senha útil.
3. Data da última alteração de senha;
4. Tempo de vida mínimo da senha antes que ela possa ser alterada;
26
Norma disponível em https://pages.nist.gov/800-63-3/
145 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. passwd
Você será solicitado a inserir sua senha atual. Se a senha estiver correta, o comando
solicitará que você insira e confirme a nova senha.
As senhas não são mostradas na tela quando você as insere, para um usuário iniciante o
desespero pode bater por não estar vendo a senha ser digitada mesmo que ele digite no
teclado.
Para alterar a senha de outra conta de usuário, execute o comando passwd seguido do
nome de usuário.
O comando acima irá expirar imediatamente a senha do usuário e na próxima vez que o
usuário tentar fazer o login com a senha antiga, será exibida uma mensagem forçando-o a
alterar a senha.
146 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Embora o usuário www-data não tenha senha, mas digamos que possua, então podemos
tirar assim, como exemplo anterior. Usuários de serviços não devem ter:
● Um password;
● Um shell definido.
Para desbloquear é fácil, basta executar o comando passwd com o parâmetro --unlock e
como neste caso foi alterado o shell default do usuário, também retornar ao shell anterior.
Figura 4.
Caso queira obter dados de um único usuário, basta informar o usuário no comando finger.
Figura 4.
Figura 4.
Este grupo é criado por padrão quando se instala o sudo, conforme capítulo 1 deste livro,
inclusive neste livro foi ensinado a adicionar o usuário usuário ao sudoers por meio de
edição do arquivo /etc/sudoers.
Agora que o aluno possui um conhecimento maior de GNU/Linux, vamos mudar este
esquema, para isso adicione o usuário usuario ao grupo sudo conforme comandos abaixo.
Figura 4.
Na figura abaixo foi comentado a linha usuario ALL=(ALL:ALL) ALL, mas o correto é
remover, foi deixado comentado para mostrar o que deve ser removido. Foi adicionada a
linha %sudo ALL=(ALL:ALL) ALL conforme imagem abaixo.
Figura 4.
Onde:
O primeiro ALL refere-se a regra aplicada a todos os hosts;
O segundo ALL informa que o usuário sudo pode executar comandos como
qualquer usuário;
O terceiro ALL informa que o usuário sudo pode executar comandos como qualquer
grupo;
O quarto ALL informa que todos os comandos podem ser executados.
No exemplo abaixo é possível ver um grupo de usuários que poderão executar o sudo e
invocar especificamente o comando /usr/sbin/reboot.
Figura 4.
Lógico que o grupo deve existir e então é só adicionar usuários ao grupo reboot. Caso
precise de mais comandos, basta adicionar ao término da linha divididos por vírgula sem
espaços.
O aluno deve:
1. Criar um grupo chamado alunos;
2. Criar um usuário chamado joao e durante a criação defina como grupo default o
grupo alunos, utilize o comando useradd para isso;
3. Crie um usuário chamado leticia sem informar grupo default;
4. Crie um usuário chamado wanderson sem informar grupo default;
5. Crie um novo diretório chamado /hd2/usuarios/ na raiz, vai precisar ter permissão de
acesso;
6. Crie um usuário chamado bia sem informar grupo default mas informando que o
default directory deste usuário é /hd2/usuarios/bia;
Which of the following commands prints a list of usernames (first column) and their primary
group (fourth column) from the /etc/passwd file?
A. fmt -f 1,4 /etc/passwd
B. split -c 1,4 /etc/passwd
C. cut -d : -f 1,4 /etc/passwd
D. paste -f 1,4 /etc/passwd
153 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Onde:
1. Selecione a máquina virtual que será utilizada na prática;
2. Acesse a opção de Settings.
Na aba Storage clique em Adicionar um novo Hardisk conforme figura abaixo, mas fique
atento, o Harddisk possui muitos pratos (versões antigas do VirtualBox) ou uma caixinha em
versões mais recentes.
154 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Onde:
1. Opção Storage da máquina virtual;
2. Barramento SATA;
3. Opção de adicionar um Hard Disk.
Com certeza não é nenhum dos discos que já existe, será um novo, então clique em Create.
Figura 4.
Siga o Wizard de criação (ver figura abaixo), padrão, next > next > finish.
Figura 4.
Ao término do Wizard, o seu novo disco estará disponível na lista de discos não conectados
(ver figura abaixo), selecione este disco não conectado e clique em “Chose”.
155 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Onde:
1. Selecione o novo disco que foi criado e que não está em uso;
2. Clique no botão Choose para utilizar este disco.
Veja que agora encontra-se 2 discos, feche a configuração e inicie a Virtual Machine.
Figura 4.
Figura 4.
156 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Este comando imprime uma lista de todos os dispositivos de bloco, bem como informações
sobre eles, são estas informações:
● NAME: nomes de dispositivos;
● MAJ: MIN: números de dispositivos principais ou secundários;
● RM: Se o dispositivo é removível (1 se sim, 0 se não);
● SIZE: O tamanho do dispositivo;
● RO: Se o dispositivo é somente leitura;
● TYPE: O tipo de dispositivo;
● MOUNTPOINT: Ponto de montagem do dispositivo.
Figura 4.
Uma partição em um sistema de bloco é uma espécie de limite no dispositivo que informa a
cada sistema de arquivos que espaço ele pode ocupar. Diferente do Microsoft Windows o
GNU/Linux monta as diferentes partições dos diferentes dispositivos de bloco em pontos na
árvore de diretórios, ou seja, não é letras com C:\, D:\ etc..
Figura 4.
No próximo exemplo o código vai escrever no output a partição que está sendo utilizada na
montagem da raiz do GNU/Linux, será utilizada a biblioteca optional para acesso ao
método get_device_of_mount_point() que retorna o nome da partição, a biblioteca
fstream para ler o arquivo /proc/mounts com ifstream e iostrem para uso do cout.
Crie um novo arquivo com o nano com o nome devices.cpp no diretório /tmp, compile com
g++ com o nome devices e execute o programa. Para codificar o arquivo devices.cpp
utilize a listagem abaixo.
1. #include <iostream>
2. #include <fstream>
3. #include <optional>
157 Manual Completo do Debian GNU/Linux
4.
5. std::optional<std::string> get_device_of_mount_point(std::string_view path)
6. {
7. std::ifstream mounts{"/proc/mounts"};
8. std::string mountPoint;
9. std::string device;
10.
11. while (mounts >> device >> mountPoint)
12. {
13. if (mountPoint == path)
14. {
15. return device;
16. }
17. }
18.
19. return std::nullopt;
20. }
21.
22. int main()
23. {
24. if (const auto device = get_device_of_mount_point("/"))
25. std::cout << *device << "\n";
26. else
27. std::cout << "Not found\n";
28. }
Veja na figura abaixo o processo de edição (1), compilação (2) e execução (3) do programa.
Figura 4.
O primeiro esquema foi definido como MBR e anos depois (para não falar décadas) por
questões de segurança e organização um novo modelo de organização de partições foi
criado, chama-se EFI system partition.
158 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A tabela de partição faz parte do MBR, que é um pequeno programa executado quando um
computador é inicializado para localizar o sistema operacional e carregá-lo na memória. O
MBR também contém outras informações necessárias para o BIOS. A estrutura do MBR
pode ser vista na figura abaixo, repare a limitação de 4 partições primárias.
Figura 4.
O MBR e, portanto, a tabela de partição, são armazenados no setor de inicialização , que é
o primeiro setor físico de um dispositivo de bloco. Um setor é um segmento de uma trilha
em um disco magnético (ou seja, um disquete ou uma bandeja em um disco rígido).
159 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No caso de um disco rígido, uma trilha é qualquer um dos círculos concêntricos na mídia
magnética em um disco ou prato sobre o qual uma cabeça magnética passa enquanto a
cabeça está parada, mas o disco está girando. Um prato é um disco fino de alumínio ou
vidro de alta precisão que é revestido em ambos os lados com um material magnético de
alta sensibilidade e que é usado por um disco rígido para armazenar dados.
O MBR lê a tabela de partição para determinar qual partição é a partição ativa. A partição
ativa é a partição que contém o sistema operacional que um computador tenta carregar
para a memória por padrão quando é inicializado ou reinicializado.
Uma das primeiras decisões que tomamos ao instalar uma distribuição GNU/Linux é:
● o particionamento de seu disco;
● o sistema de arquivos a ser usado,
● implementar criptografia para segurança que varia com a mudança na arquitetura;
● e plataforma.
O MBR é um esquema de partição largamente utilizada nas decadas de 80 e 90, mas impoe
limitaçoes para os hardwares modernos, por exemplo, o tamanho para endereçamento de
bloco e informações possuem limitações de 32 bits. Para Hard Disk com setores de 512
bytes, este esquema armazena em sua tabela no máximo 2 TiB (2 elevado a 2 vezes 512).
O ESP contém o botloader ou a imagem do kernel para iniciar o sistema operqacional. Esse
processo não é tão trivial, afinal deve-se carregar drivers dos devicers, arquivos de
configuração.
O GUID Partition Table (gpt) é um padrão de layout para tabelas de pertições da parte física
do computador, faz parte da padronização UEFI no entanto, também é usado para alguns
BIOSs, devido às limitações das tabelas de partição do registro mestre de inicialização
(MBR).
27
Figura 4.
O comando mkfs (make file system) é utilizado para formatar partições criando sistemas de
arquivos, é nestas partições que alocamos diretórios e arquivos. Podemos utilizar este
comando para criar partições lógicas em Hard Disk, SSD, M2, etc.. ou seja, todo e qualquer
dispositivo especial de bloco.
Principais parâmetros:
-V Usado para exibir status, chama-se modo verboso;
-c Valida a integridade do sistema de arquivos;
-t TIPO Tipo de formatação, exemplo: ext4, vfat, etc..
27
Acessível https://uefi.org/specs/UEFI/2.10/13_Protocols_Media_Access.html
161 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
O comando mke2fs é usado para criar sistemas de arquivos ext2, ext3 ou ext4 em um
sistema de armazenamento secundário e de operação de bloco, o device é o arquivo
especial de bloco correspondente ao dispositivo (por exemplo, /dev/sda).
O comando mkfs faz parte do pacote util-linux e permite criar sistemas de arquivos de
muitas variedades diferentes, já o comando mke2fs faz parte do pacote e2fsprogs e permite
criar sistemas de arquivos ext2, ext3 e ext4.
-b Os valores de tamanho de bloco válidos são 1024, 2048 e 4096 bytes por bloco. Se
omitido, o tamanho do bloco é heuristicamente determinado por o tamanho do sistema de
arquivos e o uso esperado do sistema de arquivos (um computador de usuário corresponde
a 4KB);
-c Verifique o dispositivo para blocos defeituosos antes de criar o sistema de arquivos;
-i Especifique a relação bytes/inode. mke2fs cria um inode para cada bytes por inodo bytes
de espaço no disco. Quanto maior o bytes por inodo proporção, menos inodes serão
criados;
-j Crie o sistema de arquivos com um diário ext3. Se o J a opção não é especificada, os
parâmetros padrão do diário serão usados para criar um diário de tamanho adequado;
t tipo fs Especifique o tipo de sistema de arquivos (ou seja, ext2, ext3, ext4, etc.) que deve
ser criado;
162 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O sistema de arquivos ext2 era padrão em várias distribuições GNU/Linux, incluindo Debian
e Red Hat Linux, até ser suplantado por ext3, que é quase completamente compatível com
ext2 e é um sistema de arquivos com journaling. O padrão ext2 ainda é o sistema de
arquivos de escolha para mídia de armazenamento baseada em flash porque a falta de um
journaling aumenta o desempenho e minimiza o número de gravações, lembre-se que os
dispositivos flash podem suportar um número limitado de ciclos de gravação. Desde 2009, o
kernel Linux suporta journaling de e o padrão ext4 fornece benefícios não encontrados no
ext2, como arquivos maiores e tamanhos de volume.
Desenvolvido Stephen Tweedie que revelou pela primeira vez que estava trabalhando na
extensão do ext2 com Journaling em um artigo de 1998, e mais tarde em uma postagem na
lista de discussão do kernel de fevereiro de 1999. O sistema de arquivos foi mesclado com
o kernel Linux principal em novembro de 2001.
28
O material original do autor pode ser obtido neste link
https://web.mit.edu/tytso/www/linux/ext2intro.html
163 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Sua principal vantagem sobre o ext2 é o registro no journaling, que melhora a confiabilidade
e elimina a necessidade de verificar o sistema de arquivos após um desligamento incorreto.
O desempenho do ext3 é menos atraente do que os sistemas de arquivos concorrentes do
Linux, como ext4, JFS , ReiserFS e XFS , mas o ext3 tem uma vantagem significativa por
permitir atualizações do dispositivo que já possui ext2 sem ter que fazer backup e restaurar
dados. Os benchmarks sugerem que ext3 também usa menos energia da CPU do que
ReiserFS e XFS. O Ext3 também é considerado mais seguro do que os outros sistemas de
arquivos Linux (até então), devido à sua relativa simplicidade e base de teste mais ampla.
Sem esses recursos, qualquer sistema de arquivo ext3 também é um sistema de arquivo
ext2 válido. Esta situação permitiu que utilitários de manutenção de sistema de arquivos
bem testados e maduros para manutenção e reparo de sistemas de arquivos ext2 também
fossem usados com ext3 sem grandes mudanças. Os sistemas de arquivos ext2 e ext3
compartilham o mesmo conjunto padrão de comandos e utilitários.
Uma versão preliminar de desenvolvimento do ext4 foi incluída na versão 2.6.19 do kernel
Linux. Em 11 de outubro de 2008, os patches que marcam o ext4 como código estável
foram mesclados nos repositórios de código-fonte do Linux 2.6.28, denotando o fim da fase
de desenvolvimento e recomendando a adoção do ext4. Kernel 2.6.28, contendo o sistema
de arquivos ext4, foi finalmente lançado em 25 de dezembro de 2008. Em 15 de janeiro de
2010, o Google anunciou que iria atualizar sua infraestrutura de armazenamento de ext2
para ext4. Em 14 de dezembro de 2010, o Google também anunciou que usaria ext4, em
vez de YAFFS, no Android 2.3.
164 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O sistema de arquivos ext4 pode suportar volumes com tamanhos de até 1 EiB e arquivos
únicos com tamanhos de até 16 TiB com o tamanho de bloco padrão de 4 KiB. Os limites
máximos de tamanho de arquivo, diretório e sistema de arquivos aumentam pelo menos
proporcionalmente com o tamanho do bloco do sistema de arquivos até o tamanho máximo
de bloco de 64 KiB disponível em CPUs ARM.
O ext4 não limita o número de subdiretórios em um único diretório, exceto pelo limite de
tamanho inerente do próprio diretório, para permitir diretórios maiores e desempenho
contínuo, ext4 no Linux 2.6.23 e posterior ativa os índices HTree29 (uma versão
especializada de uma B-tree) por padrão, que permite que diretórios de até
aproximadamente 10 a 12 milhões de entradas sejam armazenados no índice HTree de 2
níveis.
Muitas distribuições do GNU/Linux não têm o comando lsblk pré-instalado, para instalá-lo,
use os seguinte comando:
1. sudo lsblk
29
Um bom artigo sobre HTree https://dl.acm.org/doi/pdf/10.1145/141484.130307
165 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Para exibir dispositivos de bloco vazios também:
1. sudo lsblk -a
Isso exibirá todos os dispositivos de bloco junto com os vazios. Para imprimir informações
de tamanho em bytes.
1. sudo lsblk -b
Ele exibe todos os dispositivos de bloco junto com seus tamanhos em bytes. Para imprimir o
modelo de zona para dispositivos.
1. sudo lsblk -z
1. sudo lsblk -d
Para evitar-escravos isso irá ignorar todas as entradas do escravo. Para usar caracteres
ASCII para formatação de árvore.
1. sudo lsblk -i
Isso exibirá a formatação da árvore com valores de caracteres ASCII. Para imprimir
informações sobre o proprietário do dispositivo, grupo e modo de dispositivos de bloqueio.
1. sudo lsblk -m
Isso imprimirá apenas as colunas especificadas. Para ocultar os títulos das colunas.
NAME, pares de valores dos metadados. Um destes valores do metadado que vamos
utilizar na prática é o UUID.
O blkid tem duas formas principais de operação: ou procurando por um dispositivo com um
par de valor, ou exibindo pares para um ou mais dispositivos. Veja a saída do comando.
Figura 4.
Repare que é obrigatório o uso de SUDO.
O comando fdisk é um utilitário de linha de comando baseado em menu que permite criar e
manipular tabelas de partição em um disco rígido. Esteja ciente de que fdisk é uma
ferramenta perigosa e deve ser usada com extremo cuidado. Apenas root ou usuários com
privilégios sudo podem manipular as tabelas de partição.
veja a saída:
Figura 4.
Quando nenhum dispositivo é fornecido como argumento, o fdisk irá imprimir as tabelas de
partição de todos os dispositivos listados no arquivo /proc/partitions.
167 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
Figura 4.
O arquivo /proc/mounts lista o status de todos os sistemas de arquivos atualmente
montados em um formato semelhante ao fstab: o nome system’, o ponto de montagem, o
tipo de sistema de arquivos, etc.
Na verdade, não é um arquivo real, mas parte do sistema de arquivos virtual que representa
o status de objetos montados conforme relatado pelo kernel do Linux.
168 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Figura 4.
O arquivo /etc/mtab é muito semelhante ao arquivo /proc/mounts, pois informa o status
dos sistemas de arquivos montados atualmente. No entanto, /proc/mounts é tipicamente
mais preciso e inclui informações mais atualizadas sobre os sistemas de arquivos.
Figura 4.
O prompt de comando mudará e a caixa de diálogo fdisk onde você pode digitar os
comandos será aberta:
Caso não saiba quais são as opções ou não lembra (normal), digite m e pressione ENTER.
169 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Se você estiver particionando uma nova unidade, antes de começar a criar partições, é
necessário criar uma tabela de partição. ATENÇÃO: Pule esta etapa se o dispositivo já tiver
uma tabela de partição e você quiser mantê-la.
O comando fdisk suporta vários esquemas de particionamento, MBR e GPT são os dois
padrões de esquema de partição mais populares, que armazenam as informações de
particionamento em uma unidade de uma maneira diferente. GPT é um padrão mais recente
que permite e tem muitas vantagens em relação ao MBR. Os principais pontos a serem
considerados ao escolher qual padrão de particionamento usar:
● Use MBR para inicializar o disco no modo BIOS legado.
● Use GPT para inicializar o disco no modo UEFI.
● O padrão MBR suporta a criação de uma partição de disco de até 2 TiB. Se você
tiver um disco de 2 TiB ou maior, use GPT.
● MBR tem um limite de 4 partições primárias. Se você precisar de mais partições,
uma das partições primárias pode ser definida como uma partição estendida e
conter partições lógicas adicionais. Com o GPT, você pode ter até 128 partições.
GPT não oferece suporte a partições estendidas ou lógicas.
Para criar uma nova partição utiliza-se o comando n (conforme figura abaixo), o fdisk irá
questionar se deseja uma partição primária ou estendida. Como foi solicitado (figura abaixo)
uma partição primária p, o fdisk então questiona sobre qual partição primária, pela teoria
temos possibilidade de 1 a 4. Se não responder nada e pressionar ENTER assume-se o
padrão 1.
170 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Termine a operação com o comando de escrita w, o comando fdisk irá escrever as tabelas
de partições.
Opções:
● -b tamanho do bloco Especifique o tamanho dos blocos em bytes. Os valores de
tamanho de bloco válidos são 1024, 2048 e 4096 bytes por bloco. Se omitido, o
tamanho do bloco é determinado heuristicamente pelo tamanho do sistema de
arquivos e o uso esperado do sistema de arquivos;
● -c Verifique se há blocos danificados no dispositivo antes de criar o sistema de
arquivos. Se esta opção for especificada duas vezes, um teste de leitura e gravação
mais lento será usado em vez de um teste rápido de somente leitura.
● -q Execução silenciosa;
● -t fs-type Especifique o tipo de sistema de arquivos (ou seja, ext2, ext3, ext4, etc.)
que deve ser criado;
● -U UUID Crie o sistema de arquivos com o UUID especificado.
● -v Execução detalhada (verboso).
Mas antes tenha certeza de qual arquivo especial de bloco usará na formatação, lembre-se
que é um processo que deverá alterar as tabelas de referência i-node.
171 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No comando abaixo o mkfs está sendo definido com .ext4 e apontando para /dev/sdb1 que
foi recentemente criado no fdisk.
Para realizar a montagem, você precisa apenas saber a extensão do dispositivo e o nome
do arquivo especial de bloco recentemente formatado, o comando é simples conforme
figura abaixo.
172 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Caso não queira mais o disco ou queira remover, faça a desmontagem utilizando o
comando umount, basta informar o ponto de montagem que será removida do Sistema de
Arquivos, conforme figura abaixo.
O primeiro campo em cada entrada fstab contém informações sobre o dispositivo de bloco
local ou remoto que deve ser montado. A maneira mais comum de fazer referência a um
dispositivo de bloco é usando seu nó dentro do diretório /dev, por exemplo, para fazer
referência à primeira partição do dispositivo sda usamos /dev/sda1.
O terceiro campo de uma entrada fstab especifica o tipo de sistema de arquivos em uso no
dispositivo de bloco bruto ou partição. O sistema de arquivos deve estar entre os
suportados pelo sistema operacional como, por exemplo: ext3, ext4, xfs etc.
O quarto campo de cada entrada no arquivo fstab é usado para fornecer uma lista de
opções a serem usadas ao montar o sistema de arquivos. Para usar o conjunto padrão de
opções de montagem, especificamos default como um valor. As opções padrão são:
● rw: ler escrever;
174 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O quinto campo em cada entrada pode ser 0 ou 1. O valor é usado pelo programa de
backup de despejo (se instalado) para saber qual sistema de arquivos deve ser despejado.
O sexto campo é usado para estabelecer a ordem pela qual outro utilitário, fsck deve
verificar os sistemas de arquivos na inicialização. O valor de 1 deve sempre ser usado para
o sistema de arquivos raiz; para todos os outros que podemos usar 2 (se queremos a
verificaçào). Se este valor não for fornecido, o padrão é 0 e o sistema de arquivos não será
verificado.
Na figura abaixo em destaque temos uma nova entrada relacionada ao disco recem
adicionado /dev/sdb que foi criada a partição /dev/sdb1 e formatada com ext4. Será
montada sempre que o GNU/Linux for iniciado em /backup no sistema de arquivos.
O aluno deve:
1. Adicione um novo disco na Virtual Machine pelo VirtualBox;
2. Crie uma partição primária no novo disco;
3. Formate a nova partição com padrão ext4;
4. Altera o arquivo /etc/fstab para durante a inicialização do GNU/Linux seja feita a
montagem em /backup, para editar o arquivo /etc/fstab use o sudo e o nano;
5. Reinicie a máquina.
O aluno deve:
1. Faça download da iso nesta url: output_image.iso
2. Configure o Virtual Box para abrir no CDROM esta imagem iso;
3. Crie o diretório /home/usuario/cdrom
4. Monte o cdrom /dev/sr0 em /home/usuario/cdrom/
QUESTION 87
What does the command mount -a do?
A. It ensures that all file systems listed with the option noauto in /etc/fstab are mounted.
B. It shows all mounted file systems that have been automatically mounted.
C. It opens an editor with root privileges and loads /etc/fstab for editing.
D. It ensures that all file systems listed with the option auto in /etc/fstab are mounted.
E. It ensures that all file systems listed in /etc/fstab are mounted regardless of their options.
QUESTION 89
Which of the following is the device file name for the second partition on the only SCSI
drive?
A. /dev/hda1
B. /dev/sda2
C. /dev/sd0a2
D. /dev/sd1p2
QUESTION 90
In order to display all currently mounted filesystems, which of the following commands could
be used? (Choose TWO correct answers.)
A. cat /proc/self/mounts
B. free
C. mount
D. lsmounts
E. cat /proc/filesystems
QUESTION 92
Which of the following commands changes the number of days before the ext3 filesystem on
/dev/sda1 has to run through a full filesystem check while booting?
A. tune2fs -d 200 /dev/sda1
B. tune2fs -c 200 /dev/sda1
C. tune2fs -i 200 /dev/sda1
D. tune2fs -n 200 /dev/sda1
E. tune2fs --days 200 /dev/sda1
QUESTION 93
Which type of filesystem is created by mkfs when it is executed with the block device name
only and without any additional parameters?
A. ext2
B. ext3
C. ext4
D. XFS
E. VFAT
178 Manual Completo do Debian GNU/Linux
QUESTION 94
How many fields are in a syntactically correct line of /etc/fstab?
A. 3
B. 4
C. 5
D. 6
E. 7
QUESTION 98) Which of the following commands creates an ext3 filesystem on /dev/sdb1?
(Choose TWO correct answers.)
A. /sbin/mke2fs -j /dev/sdb1
B. /sbin/mkfs -t ext3 /dev/sdb1
C. /sbin/mkfs -c ext3 /dev/sdb1
D. /sbin/mke3fs -j /dev/sdb1
QUESTION 100) Which utility would be used to change how often a filesystem check is
performed on an ext2 filesystem without losing any data stored on that filesystem?
A. mod2fs
B. fsck
C. tune2fs
D. mke2fs
E. fixe2fs
QUESTION 101) Which of the following Linux filesystems preallocates a fixed number of
inodes at the filesystem's make/creation time and does NOT generate them as needed?
(Choose TWO correct answers.)
A. ext3
B. JFS
C. ext2
D. XFS
E. procfs
Um arquivo de dados é uma coleção nomeada de dados relacionados que aparece para o
usuário como um único bloco de dados contíguo e que é retido no armazenamento.
Armazenamento refere-se a dispositivos de computador ou mídia que podem reter dados
por períodos relativamente longos de tempo. Isso contrasta com a memória, que retém seu
conteúdo apenas brevemente e que fisicamente consiste em RAM.
30
Livro acessível pela url: https://en.wikipedia.org/wiki/Compilers:_Principles,_Techniques,_and_Tools
180 Manual Completo do Debian GNU/Linux
7.3 Compiladores
Um compilador é um programa de computador especializado em converter código-fonte
escrito em uma linguagem de programação em outra linguagem, geralmente linguagem de
máquina para que possa ser compreendido por processadores.
Embora a maioria dos compiladores seja projetada para converter código-fonte em código
de máquina, também existem compiladores que traduzem o código-fonte escrito em uma
linguagem de alto nível para o escrito em outra. Outros compiladores traduzem o
código-fonte em uma linguagem intermediária que ainda precisa de processamento
adicional durante a execução.
Por exemplo, alguns compiladores foram desenvolvidos para converter programas escritos
em alguma linguagem de alto nível em um programa equivalente escrito em C. Isso é útil
porque pode aumentar a portabilidade de programas escritos em linguagens menos
comuns. O motivo é que, uma vez que um programa tenha sido convertido para C, é fácil
compilar para quase todas as plataformas, pois os compiladores C estão disponíveis para
quase todas as plataformas.
Um compilador que se destina a produzir código de máquina para ser executado na mesma
plataforma em que o próprio compilador é executado às vezes é chamado de compilador de
código nativo. Um compilador cruzado, que produz código de máquina destinado a ser
executado em uma plataforma diferente daquela em que é executado, pode ser muito útil ao
introduzir novas plataformas de hardware.
Geralmente é mais rápido executar código compilado do que executar um programa sob um
interpretador. Isso ocorre principalmente porque o interpretador deve analisar cada
instrução no código-fonte cada vez que o programa é executado e, em seguida, realizar a
conversão desejada, enquanto isso não é necessário com o código compilado porque o
182 Manual Completo do Debian GNU/Linux
código-fonte foi totalmente analisado durante a compilação. No entanto, pode levar menos
tempo para interpretar o código-fonte do que o total necessário para compilar e executá-lo
e, portanto, a interpretação é frequentemente usada ao desenvolver e testar o código-fonte
para novos programas. São exemplos de Interpretadores:
● bash - (Linux, Mac OS X)
● csh - (UNIX)
● ksh - (UNIX)
● sh - (UNIX)
● zsh - (Linux)
● dash - (Debian)
● php
● python
Ele também suporta a moderna plataforma de processadores Intel IA-64 e a versão 7.0
inclui novas APIs e bibliotecas C++. O manual também foi substancialmente reescrito e
melhorado, e o pré-processamento é responsável por expandir as macros e incluir os
arquivos de cabeçalho no arquivo fonte.
O pré-processamento do simples exemplo abaixo irá gerar um arquivo com mais de 800
linhas de código expandido. Então para exemplificar crie um arquivo chamado teste.c e
codifique ele com o nano conforme listagem abaixo. No exemplo é utilizado o header
stdio.h para uso do printf().
1. #include <stdio.h>
2.
31
Caso não tenha o GCC instalado utilize este tutorial:
https://linuxize.com/post/how-to-install-gcc-compiler-on-ubuntu-18-04/
184 Manual Completo do Debian GNU/Linux
3. int main(){
4. printf("Aied é 10, Aied é TOP, tá no Youtube");
5. };
6.
A opção “-E” do GCC diz ao compilador para fazer apenas o pré-processamento do código
fonte.
Veja que o arquivo pre-processado teste.i gerou 841 linhas de código pré-processado:
Para que você veja o resultado do estágio de compilação, a opção “-S” (maiúsculo) do GCC
gera o código de máquina para um processador específico. O código abaixo é o exemplo
acima já pré-processado que foi compilado em assembly para o processador.
1. gcc -S ./teste.i
Ao gerar o código assembly teste utilizando o comando file, conforme exemplo abaixo.
O seguinte comando irá fazer a compilação do código assembly do exemplo anterior para o
código de máquina:
1. as ./teste.s -o ./teste.o
A linha “call printf” do código assembly informa que esta função está definida em uma
biblioteca e deverá ser chamada durante o processamento.
Ele faz isto preenchendo os endereços das funções indefinidas nos arquivos objeto com os
endereços das bibliotecas externas do sistema operacional. Isto é necessário porque os
arquivos executáveis precisam de muitas funções externas do sistema e de bibliotecas do C
para serem executados.
Este esquema economiza recursos, pois uma biblioteca utilizada por muitos programas
precisa ser carregada somente uma vez na memória. O tamanho do executável será
pequeno. No segundo caso, o programa é independente, uma vez que as funções que
necessita estão no seu código.
Este esquema permite que quando houver uma mudança de versão de biblioteca o
programa não será afetado. A desvantagem será o tamanho do executável e necessidades
de mais recursos. Internamente a etapa de ligação é bem complexa, mas o GCC faz isto de
forma transparente através do comando:
O resultado será um executável chamado teste, você pode invocar este executável
digitando no terminal ./teste conforme ilustração abaixo..
Para executar um executável compilado na própria máquina pelo GCC ou por G++32 é fácil,
pois o próprio compilador já adiciona a permissão do GNU/Linux a permissão X. Basta
utilizar o ./ antes do nome do programa e pronto.
COMMAND NOT FOUND Editando o PATH no Linux Ubuntu Debian para resolver o
problema neste link: https://youtu.be/zNPJhUDl68w
32
Caso não tenha instalado o G++:
https://linuxconfig.org/how-to-install-g-the-c-compiler-on-ubuntu-18-04-bionic-beaver-linux
187 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Um header é um artefato que pode ser utilizado por desenvolvedores para estender,
reutilizando código. Estes arquivos geralmente têm a extensão .h estão em texto plano.
Agora, caso seja um comando, ou seja, um programa compilado e pronto para o uso é
comum alocar tal programa em um dos diretórios presentes na variável PATH.
O GNU/Linux tem uma implementação única de threads, para o kernel Linux, não existe o
conceito de thread (de processo), ele implementa todos as threads como processos padrão
concorrentes. O kernel do Linux não fornece nenhuma semântica de agendamento especial
ou estruturas de dados para representar threads, em vez disso, uma thread é apenas um
processo que compartilha certos recursos com outros processos. Cada thread possui um
task_struct exclusivo e aparece para o kernel como um processo normal.
Essa abordagem para threads contrasta bastante com sistemas operacionais como
Microsoft Windows ou Sun Solaris, que têm suporte de kernel explícito para threads. O
nome processo leve resume a diferença de filosofias entre o Linux e outros sistemas. Para
esses outros sistemas operacionais, os threads são uma abstração para fornecer uma
unidade de execução mais leve e rápida do que o processo pesado.
Para o kernel Linux, threads são simplesmente uma maneira de compartilhar recursos entre
processos. Por exemplo, suponha que você tenha um processo que consiste em quatro
threads. Em sistemas com suporte de thread explícito, pode haver um descritor de processo
que, por sua vez, aponta para os quatro threads diferentes. O descritor de processo
descreve os recursos compartilhados, como um espaço de endereço ou arquivos abertos.
189 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Os tópicos então descrevem os recursos que eles possuem. Por outro lado, no Linux,
existem simplesmente quatro processos e, portanto, quatro estruturas normais de
task_struct. Os quatro processos são configurados para compartilhar certos recursos.
Threads são criados como tarefas normais, com a exceção de que a chamada do sistema
clone() recebe sinalizadores correspondentes a recursos específicos a serem
compartilhados.
Threads iniciam a execução imediatamente após a construção do objeto (no código abaixo
o objeto é o t1) de thread (pendente de qualquer atraso no agendamento do sistema
operacional), começando na função fornecida como um argumento do construtor (no
exemplo abaixo a função é a task1()). O valor de retorno da função é ignorado e se terminar
lançando uma exceção, std::terminate será chamado. A função pode comunicar seu valor
de retorno ou uma exceção ao chamador via std::promise ou modificando variáveis
compartilhadas.
Os objetos std::thread também podem estar no estado que não representa nenhum thread,
um thread de execução pode não estar associado a nenhum objeto de thread.
190 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No próximo exemplo será demonstrado como criar uma thread simples, crie um arquivo
chamado thread.cpp e codifique com o nano a listagem abaixo. A biblioteca thread está
sendo utilizada para criar o objeto t1 com o construtor e também o uso do join().
1. #include <iostream>
2. #include <thread>
3.
4. using namespace std;
5.
6. // Uma função que sera executada como uma Thread
7. void task1(std::string msg)
8. {
9. std::cout << "A thread está falando: " << msg;
10. }
11.
12. int main()
13. {
14. //Invocando uma thread não bloqueante para ser executada em paralelo.
15. thread t1(task1, "Olá");
16.
17. //Aqui você tem seu programa pesado, que ocorre em paralelo com a thread
18.
19. // O método JOIN aguarda a finalização da Thread para liberar recursos juntos
20. t1.join();
21. }
https://github.com/aiedonline/ccpp/tree/main/thread/simples
Exemplo Thread simples com C++, 7 minutos.
A compilação é Simples, para isso deve-se informar em linha de comando que terá será
adicionado a referência ao pacote de Threads e vamos utilizar C++ Standard Library 11.
Onde:
1. Criando o arquivo thread.cpp e editando o código;
2. Compilando o programa de thread;
3. Executando o binário que testa a thread.
191 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No próximo exemplo, um processo pai vai criar um processo filho, e cada processo irá
escrever uma frase no output, o objetivo é mostrar que ambos são executados. Crie um
diretório chamado dist e um novo arquivo chamado usefork.cpp e edite o código abaixo. A
biblioteca unistd está sendo utilizada para execução da função fork().
1. #include <iostream>
2. #include <unistd.h>
3.
4. using namespace std;
5.
6. int variavelGlobal = 2;
7.
8. int main() {
9. string identidade;
10. int variavelFuncao = 20;
11.
12. // O ID retornado pelo fork() é zero quando o processo filho é criado
13. pid_t pID = fork();
14.
15. // Se é zero, então é um processo filho
16. if (pID == 0) {
17. identidade = "Processo filho: ";
18. variavelGlobal++;
19. variavelFuncao++;
20. }
21. // Se o pID retornado pelo fork for menor que zero, então houve falhas
22. else if (pID < 0) {
23. std::cerr << "Failed to fork" << std::endl;
24. exit(1);
25. }
26. // Caso não seja nenhum dos dois, então é o processo pai
27. else {
28. identidade = "Processo pai:";
29. }
192 Manual Completo do Debian GNU/Linux
30.
31. // O código abaixo por não estar na sequência de IFs acima (desvio de bloco de código
condicional) então é executado por ambos os processos, o pai e o filho.
32. std::cout << identidade;
33. std::cout << " Variavel Global: " << variavelGlobal ;
34. std::cout << " Variável Funcao: " << variavelFuncao << std::endl;
35. return 0;
36. }
Onde:
4. Criando o arquivo usefork.cpp e editando o código;
5. Compilando o programa de thread;
6. Executando o binário mostra o uso de processo filho.
Alguma memória duplicada por um processo filho, como ponteiros de arquivo, causará uma
saída mesclada de ambos os processos, para que um processo aguarde o uso de recursos
por outro use a função wait() para que os processos não acessem o recurso ao mesmo
tempo ou abram arquivo descritores exclusivos, alguns, como stdout ou stderr, serão
compartilhados, a menos que sejam sincronizados com wait() ou algum outro mecanismo.
Uma chamada para wait() então bloqueia o processo pai até que um de seus processos
filhos saia ou um sinal seja recebido. Depois que o processo filho termina, o pai continua
sua execução após esperar a instrução de chamada do sistema.
Se qualquer processo tiver mais de um processo filho, depois de chamar wait(), o processo
pai deverá estar em estado de espera se nenhum filho for encerrado. Se apenas um
processo filho for encerrado, o retorno de um wait() retorna o ID do processo filho
encerrado. Se mais de um processo filho for encerrado, wait() retorna um ID arbitrariamente
de algum desses processos filho.
Quando wait() retorna, eles também definem o status de saída por meio do ponteiro, se o
status não for NULL. Se algum processo não tiver nenhum processo filho, wait() retorna
imediatamente -1.
No exemplo abaixo, tanto o processo pai quanto o processo filho deverão imprimir seus
PIDs, o wait() está sendo utilizado no código referente ao pai para aguardar a execução do
processo filho. O header sys/wait.h está sendo referenciado para uso desta função. Com o
nano no diretório tmp crie o arquivo usewait.cpp e codifique a listagem abaixo.
194 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. #include <iostream>
2. #include <unistd.h>
3. #include<sys/wait.h>
4.
5. using namespace std;
6.
7. int main() {
8. // O ID retornado pelo fork() é zero quando o processo filho é criado
9. pid_t pID = fork();
10. pid_t cpid;
11.
12. if ( pID == 0 ) {
13. std::cout << "Saindo do processo filho. " << std::endl;
14. return 0;
15. } else {
16. cpid = wait(NULL);
17. }
18.
19. std::cout << "PID do pai: " << getpid() << std::endl;
20. std::cout << "PID do filho: " << cpid << std::endl;
21. return 0;
22. }
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/process/wait/usewait.cpp
status sobre o processo filho relatado pela sua saída podem ser "capturados" por macros
internas, e podemos assim saber se:
● O término foi normal/anormal
● A causa do término;
● Status de saída;
Após isso o IF vai realizar o teste com WIFEXITED()33 que retorna um número diferente de
zero para uma saída com exit() do processo filho, ou seja, se tudo der certo no processo
filho, ele irá rodar esse IF. Mas caso contrário, caso um sinal POSIX não tenha sido tratado,
então deverá retornar um valor para WIFSIGNALED() e um psignal() deverá ser enviado
para o processo indicando a saída.
Logo em seguida com getpid() e a variável cpid, tanto o PID do processo pai quanto o PID
do processo filho são impressos na tela.
1. #include <iostream>
2. #include <stdlib.h>
3. #include<sys/wait.h>
4. #include <signal.h>
5.
6. int main() {
7.
8. // O ID retornado pelo fork() é zero quando o processo filho é criado
9. pid_t pID = fork();
10. pid_t cpid;
11. int stat;
12.
13. if ( pID == 0 ) {
14. std::cout << "Saindo do processo filho. " << std::endl;
15. exit(1);
16. } else {
17. cpid = wait(NULL);
18. }
19.
20. if (WIFEXITED(stat)){
21. std::cout << "WEXIT " << WEXITSTATUS(stat) ;
22. } else if (WIFSIGNALED(stat)) {
23. psignal(WTERMSIG(stat), "Sinal de saída: ");
24. }
25.
26. std::cout << "PID do pai: " << getpid() << std::endl;
33
Mais detalhes em
https://www.gnu.org/software/libc/manual/html_node/Process-Completion-Status.html
196 Manual Completo do Debian GNU/Linux
27. std::cout << "PID do filho: " << cpid << std::endl;
28. return 0;
29. }
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/process/wait/usewait_exit.cpp
Para um processo pai aguardar um grupo de processos filhos utiliza-se waitpid() passando
como parâmetro o PID do processo filho. Mas neste exemplo serão abertos 5 processos
filhos e o processo pai deverá aguardar todos, isso será feito utilizando um FOR. Para
exemplificar crie um arquivo chamado waitpid.cpp com o nano e codifique o código abaixo.
1. #include <iostream>
2. #include<sys/wait.h>
3.
4. using namespace std;
5.
6. int main() {
7. pid_t pid[5];
8. int i, stat;
9.
10. for (i = 0; i < 5; i++) {
11. pid[i] = fork();
12. if( pid[i] == 0) {
13. sleep(1);
14. exit(100 + i);
15. }
16. }
17.
18. for (i = 0; i < 5; i++) {
19. pid_t cpid = waitpid(pid[i], &stat, 0);
20. if (WIFEXITED(stat)) {
21. std::cout << "O filho " << cpid << " terminou com o status: " << WEXITSTATUS(stat) <<
std::endl;
22. }
197 Manual Completo do Debian GNU/Linux
23. }
24. return 0;
25. }
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/process/wait/waitpid.cpp
1. #include <iostream>
2.
3. int main()
4. {
5. system("ls -l");
6. std::cout << "Executado" << std::endl;
7. return 0;
8. }
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/process/syspop/system.cpp
Executando Command Line em C++ com system(): https://youtu.be/dT-mnm-_BcA
Este exemplo abre um pipe que executa o comando shell "ls -l" e os resultados são lidos e
impressos pelo processo pai.
1. #include <iostream>
2.
3. int main() {
4. FILE *fpipe;
5. char *command = (char *)"ls -l";
6. char line[256];
7.
8. if ( !(fpipe = (FILE*)popen(command,"r")) ) {
9. perror("Falha ao abrir um pipe");
10. exit(1);
11. }
12.
13. while ( fgets( line, sizeof line, fpipe)) {
14. std::cout << "Linha: " << line ;
15. }
16.
17. pclose(fpipe);
18. return 0;
19. }
199 Manual Completo do Debian GNU/Linux
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/process/syspop/pop.cpp
Executando Command Line em C++ com popen(): https://youtu.be/hCbZWw0jWZc
Para compilar utilize o comando abaixo (tem que existir um diretório chamado dist no
mesmo diretório do arquivo .cpp).
34
Signal Handling baseado no projeto GNU
https://www.gnu.org/software/libc/manual/html_node/Signal-Handling.html
200 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Os sinais assíncronos são externos ao contexto de execução atual. Um exemplo óbvio seria
o envio de um sinal para um processo de outro processo ou thread por meio de uma
chamada de sistema kill por exemplo.
Cada sinal tem um nome de sinal único, uma abreviatura que começa com SIG (SIGINT
para sinal de interrupção, por exemplo) e um número de sinal correspondente. Além disso,
para todos os sinais possíveis, o sistema define uma disposição ou ação padrão a ser
executada quando ocorre um sinal.
Linux oferece suporte aos sinais padrão listados abaixo. A segunda coluna da tabela indica
qual padrão (se houver) especificou o sinal: "P1990" indica que o sinal está descrito no
padrão POSIX.1-1990 original; "P2001" indica que o sinal foi adicionado em SUSv2 e
POSIX.1-2001.
que gera os sinais, geralmente CTRL-C, é definida dentro dos parâmetros da sessão do
terminal, normalmente via stty(1) que resulta no envio de um SIGINT para um processo.
Os usuários comuns podem enviar sinais para seus próprios processos, mas não aqueles
que pertencem a outros usuários, enquanto o usuário root pode enviar sinais para os
processos de outros usuários. Para encerrar ou encerrar um processo com o comando kill,
primeiro você precisa encontrar o número de identificação do processo (PID). Você pode
fazer isso usando comandos diferentes.
Digamos que o editor Gedit pare de responder e você precise interromper, para encontrar
os PIDs do processo, use o comando ps e para filtrar use o grep, conforme exemplo:
203 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A saída será:
Depois de saber o número do processo, você pode matar enviando o sinal TERM:
1. kill -9 6363
Outro caso de uso comum de uso do kill é enviar o sinal HUP, que diz aos processos para
recarregar suas configurações.
Por exemplo, para recarregar o Nginx, você precisa enviar um sinal para o processo, o ID
de processo do processo Nginx pode ser encontrado no arquivo nginx.pid, que normalmente
está localizado no diretório /var/run.
1. cat /var/run/nginx.pid
Para remover todos os processos que estão associados a um arquivo ou pelo nome do
processo, utilize o grep associado ao awk e xargs conforme exemplo abaixo.
1. ps -ef | grep 'python' | grep -v grep | awk '{print $2}' | xargs -r kill -9
Usando o mesmo cenário de antes, você pode interromper os processos Gedit digitando:
1. killall -9 gedit
Para saber as opções de como enviar sinais para você pode obter uma lista de todas as
opções digitando killall sem nenhum argumento.
Por exemplo, para encerrar todos os processos em execução como um usuário “sara”, você
executaria o seguinte comando:
1. pkill -9 gedit
Com pkill você também pode enviar um sinal para processos que pertencem a um
determinado usuário. Para eliminar o gedit do usuário usuario, utilize:
1. #include <iostream>
2. #include <csignal>
3. #include <unistd.h>
4. using namespace std;
5.
6. void signal_handler(int signum) {
7. std::cout << "Processo será interrompido pelo sinal: (" << signum << ")." << std::endl;
8. exit(signum);
9. }
10.
11. int main () {
12. signal(SIGINT, signal_handler);
13.
14. while(1) {
15. std::cout << "Dentro do laço de repetição infinito." << std::endl;
16. sleep(1);
205 Manual Completo do Debian GNU/Linux
17. }
18.
19. return 0;
20. }
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/signal/receber.cpp
Para compilar utilize o comando abaixo (tem que existir um diretório chamado dist no
mesmo diretório do arquivo .cpp).
Executa
Ctrl+C
1. #include <iostream>
2. #include <csignal>
3. #include <unistd.h>
4.
5. using namespace std;
6.
7. int main () {
8. signal(SIGINT, SIG_IGN);
9.
10. while(1) {
11. std::cout << "Dentro do laço de repetição infinito." << std::endl;
12. sleep(1);
13. }
14.
15. return 0;
16. }
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/signal/ignorar.cpp
Para compilar utilize o comando abaixo (tem que existir um diretório chamado dist no
mesmo diretório do arquivo .cpp).
1. #include <iostream>
2. #include <csignal>
3. #include <unistd.h>
4. using namespace std;
5.
206 Manual Completo do Debian GNU/Linux
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/signal/emitir.cpp
Para compilar utilize o comando abaixo (tem que existir um diretório chamado dist no
mesmo diretório do arquivo .cpp).
1. #include <iostream>
2. #include <csignal>
3. #include <unistd.h>
4. using namespace std;
5.
6. void signal_handler(int signum) {
7. std::cout << "Processo será interrompido pelo sinal: (" << signum << ")." << std::endl;
8. exit(signum);
9. }
10.
11. int main () {
12. int pid, i = 0;
13. signal(SIGINT, signal_handler);
14.
15. while(++i) {
207 Manual Completo do Debian GNU/Linux
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/signal/enviarkill.cpp
Para compilar utilize o comando abaixo (tem que existir um diretório chamado dist no
mesmo diretório do arquivo .cpp).
1. #include <iostream>
2. #include <csignal>
3. #include <unistd.h>
4.
5. using namespace std;
6.
7. void signal_parent_handler(int signum) {
8. std::cout << "Processo (PAI) será interrompido pelo sinal: (" << signum << ")." << std::endl;
9. }
10.
11. void signal_child_handler(int signum) {
12. std::cout << "Processo (FILHO) será interrompido pelo sinal: (" << signum << ")." <<
std::endl;
13. sleep(1);
14. kill( getppid(), SIGUSR1);
15. }
16.
17. int main () {
18. pid_t pid;
19. pid = fork();
20.
21. if(pid < 0) {
22. std::cout << "Falha!";
23. exit(0);
24. }
208 Manual Completo do Debian GNU/Linux
https://github.com/aiedonline/ccpp/blob/main/signal/filho.cpp
Para compilar utilize o comando abaixo (tem que existir um diretório chamado dist no
mesmo diretório do arquivo .cpp).
A ideia por trás do scheduler é simples. Para melhor utilizar o tempo do processador,
supondo que haja processos executáveis, um processo deve estar sempre em execução.
Se houver mais processos do que processadores em um sistema, alguns processos nem
sempre estarão em execução. Esses processos estão esperando para serem executados.
Decidir qual processo será executado em seguida, dado um conjunto de processos
executáveis, é uma decisão fundamental que o scheduler deve tomar.
O Linux, como todas as variantes do Unix e a maioria dos sistemas operacionais modernos,
oferece multitarefa preemptiva. Na multitarefa preemptiva, o scheduler decide quando um
processo deve interromper a execução e um novo processo deve retomar a execução. O
ato de suspender involuntariamente um processo em execução é chamado de preempção.
O tempo que um processo é executado antes de ser interrompido é predeterminado e é
chamado de timeslice (no Tanenbaum chamado de Quantum) do processo.
O timeslice, com efeito, dá a cada processo uma fatia do tempo do processador. Gerenciar
o timeslice permite que o scheduler tome decisões de agendamento global para o sistema.
Também evita que qualquer processo monopolize o sistema.
Por outro lado, na multitarefa cooperativa, um processo não para de funcionar até que
voluntariamente decida fazê-lo. O ato de um processo suspender-se voluntariamente é
denominado cedência. As deficiências dessa abordagem são numerosas:
● o escalonador não pode tomar decisões globais sobre por quanto tempo os
processos são executados;
● os processos podem monopolizar o processador por mais tempo do que o usuário
deseja;
● um processo travado que nunca cede pode potencialmente derrubar todo o sistema.
210 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Durante a série do kernel 2.5, o kernel Linux recebeu uma revisão do scheduler, opnde um
novo escalonador, comumente chamado de Schedule O35 por causa de seu comportamento
algorítmico, resolveu as deficiências do escalonador Linux anterior e introduziu novos
recursos e características de desempenho poderosos.
7.8.2 Policy
Policy é o comportamento do scheduler que determina o que é executado quando. A política
de um scheduler geralmente determina a sensação geral de um sistema e é responsável
pela utilização ideal do tempo do processador.
Os processos I/O-bound são caracterizados como processos que passam grande parte do
tempo enviando e aguardando solicitações de I/O e consequentemente, esse processo
geralmente pode ser executado, mas apenas por curtos períodos, porque eventualmente
bloqueará a espera de mais I/O. Por outro lado, os processos vinculados ao processador
gastam muito do seu tempo executando código, e estes tendem a ser executados até serem
interrompidos porque não bloqueiam as solicitações de I/O com muita frequência. Como
eles não são orientados por I/O, no entanto, a resposta do sistema não exige que o
scheduler os execute com frequência. A política do scheduler para processos vinculados ao
processador, portanto, tende a executar esses processos com menos frequência, mas por
períodos mais longos.
O Linux, para fornecer boa resposta interativa, otimiza a resposta do processo (baixa
latência), favorecendo os processos vinculados a I/O em relação aos processadores
vinculados ao processador. Como você verá, isso é feito de uma maneira que não
negligencia os processos vinculados ao processador.
35
Mais dados sobre este Schedule neste link
https://web.archive.org/web/20131231085709/http://joshaas.net/linux/linux_cpu_scheduler.pdf
211 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Em alguns sistemas, incluindo o Linux, os processos com uma prioridade mais alta também
recebem um timeslice mais longo. O processo executável com timeslice restante e a
prioridade mais alta sempre é executado. Tanto o usuário quanto o sistema podem definir
uma prioridade de processos para influenciar o comportamento de agendamento do
sistema.
O Linux se baseia nessa ideia e fornece agendamento dinâmico com base em prioridades e
esse conceito começa com a prioridade básica inicial e, em seguida, permite que o
agendador aumente ou diminua a prioridade dinamicamente para cumprir os objetivos de
agendamento.
Por exemplo, um processo que está gastando mais tempo aguardando I/O do que em
execução está claramente ligado à I/O. No Linux, ele recebe uma prioridade dinâmica
elevada e como contra-exemplo, um processo que usa continuamente toda a sua fatia de
tempo está vinculado ao processador, ele receberia uma prioridade dinâmica reduzida. O
kernel do Linux implementa dois intervalos de prioridade separados, o primeiro é destinado
aos aplicativos Real Time e o segundo aos aplicativos de usuário.
212 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Onde:
1. Prioridade destinada aos aplicativos Real time;
2. Prioridade destinada aos aplicativos de usuário;
O intervalo de prioridade dos aplicativos Real Time36, que será discutida mais tarde. Por
padrão, ele varia de zero a 99. Todos os processos em tempo real têm uma prioridade mais
alta do que os processos normais. O Linux implementa prioridades em tempo real de acordo
com POSIX e a maioria dos sistemas Unix modernos implementam um esquema
semelhante.
O valor nice também ajuda a determinar quanto tempo uma fatia de tempo o processo
recebe. Um processo com um valor nice de -20 recebe a fatia de tempo máxima, enquanto
um processo com um valor agradável de 19 recebe a fatia de tempo mínima. Valores
agradáveis são a faixa de prioridade padrão usada em todos os sistemas Unix.
36
Artigo REAL TIME POSIX acessível pela url
https://www.cs.unc.edu/~anderson/teach/comp790/papers/posix-rt.pdf
213 Manual Completo do Debian GNU/Linux
que não é simples. Uma fatia de tempo muito longa fará com que o sistema tenha um
desempenho interativo insatisfatório, já o sistema não terá mais a sensação de que os
aplicativos estão sendo executados simultaneamente. Uma fatia de tempo muito curta fará
com que uma quantidade significativa de tempo do processador seja desperdiçada na
sobrecarga dos processos de comutação, pois uma porcentagem significativa do tempo do
sistema será gasta na alternância de um processo com uma fatia de tempo curta para o
próximo. Além disso, surgem novamente os objetivos conflitantes de processos vinculados
a I/O versus processos vinculados ao processador. Os processos vinculados a I/O não
precisam de períodos de tempo mais longos, enquanto os processos vinculados ao
processador desejam longos períodos de tempo.
Com este argumento, pareceria que qualquer fatia de tempo longa resultaria em
desempenho interativo insatisfatório. Em muitos sistemas operacionais, essa observação é
levada a sério e o timeslice padrão é bastante baixo, por exemplo: 20ms.
Por exemplo, um processo com uma fatia de tempo de 100 milissegundos não precisa ser
executado por 100 milissegundos de uma vez ou corre o risco de perder a fatia de tempo
restante. Em vez disso, o processo pode ser executado em cinco trocas de contexto de
diferentes programas de 20 milissegundos cada. Assim, uma grande fatia de tempo também
beneficia as tarefas interativas, embora não precisem de uma fatia de tempo tão grande de
uma só vez, ela garante que permaneçam executáveis pelo maior tempo possível.
O editor de texto é vinculado a I/O porque gasta quase todo o seu tempo esperando os
pressionamentos de tecla do usuário. Apesar disso, quando recebe um pressionamento de
tecla, o usuário espera que o editor responda imediatamente. Por outro lado, o codificador
de vídeo é vinculado ao processador. Além de ler o fluxo de dados brutos do disco e,
posteriormente, gravar o vídeo resultante, o codificador passa o tempo todo aplicando o
codec de vídeo aos dados brutos. Ele não tem nenhuma restrição de tempo forte para
quando é executado - se começou a ser executado agora ou em meio segundo, o usuário
não saberia dizer. Claro, quanto mais cedo terminar, melhor.
Nesse sistema, o escalonador dá ao editor de texto uma prioridade mais alta e um timeslice
maior do que o codificador de vídeo, porque o editor de texto é interativo. O editor de texto
tem vários timeslice disponíveis. Além disso, como o editor de texto tem uma prioridade
mais alta, ele é capaz de antecipar o codificador de vídeo quando necessário. Isso garante
que o editor de texto seja capaz de responder aos pressionamentos de tecla do usuário
imediatamente. Isso prejudica o codificador de vídeo, mas como o editor de texto é
executado apenas de forma intermitente, o codificador de vídeo pode monopolizar o tempo
restante. Isso otimiza o desempenho de ambos os aplicativos.
7.8.8 Runqueues
A estrutura de dados básica no schedule é uma fila de execução, o runqueue é definido em
kernel/sched.c como uma struct runqueue. A fila de execução é a lista de processos
215 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. struct runqueue {
2. spinlock_t lock; /* spin lock which protects this runqueue */
3. unsigned long nr_running; /* number of runnable tasks */
4. unsigned long nr_switches; /* number of contextswitches */
5. unsigned long expired_timestamp; /* time of last array swap */
6. unsigned long nr_uninterruptible; /* number of tasks in uinterruptible sleep */
7. struct task_struct *curr; /* this processor's currently running task */
8. struct task_struct *idle; /* this processor's idle task */
9. struct mm_struct *prev_mm; /* mm_struct of last running task */
10. struct prio_array *active; /* pointer to the active priority array */
11. struct prio_array *expired; /* pointer to the expired priority array */
12. struct prio_array arrays[2]; /* the actual priority arrays */
13. int prev_cpu_load[NR_CPUS]; /* load on each processor */
14. struct task_struct *migration_thread; /* the migration thread on this processor */
15. struct list_head migration_queue; /* the migration queue for this processor */
16. atomic_t nr_iowait; /* number of tasks waiting on I/O */
17. }
Antes que uma fila de execução possa ser manipulada, ela deve ser bloqueada. Como cada
fila de execução é única para o processador atual, é raro quando um processador deseja
bloquear a fila de execução de um processador diferente (no entanto, isso acontece, como
veremos). O bloqueio da fila de execução proíbe quaisquer alterações nela, enquanto o
portador de bloqueio está lendo ou gravando os membros da fila de execução. A maneira
mais comum de bloquear uma fila de execução é quando você deseja bloquear a fila de
execução na qual uma tarefa específica é executada.
4. rq = task_rq_lock(task, &flags);
5. /* manipulate the task's runqueue */
6. task_rq_unlock(rq, &flags);
Para evitar deadlock, o código que deseja bloquear várias filas de execução precisa sempre
obter os bloqueios na mesma ordem: aumentando o endereço da fila de execução.
1. /* to lock ... */
2. if (rq1 < rq2) {
3. spin_lock(&rq1->lock);
4. spin_lock(&rq2->lock);
5. } else {
6. spin_lock(&rq2->lock);
7. spin_lock(&rq1->lock);
8. }
9.
10. /* manipulate both runqueues ... */
11.
12. /* to unlock ... */
13. spin_unlock(&rq1->lock);
14. spin_unlock(&rq2->lock);
1. double_rq_lock(rq1, rq2);
2. /* manipulate both runqueues ... */
3. double_rq_unlock(rq1, rq2);
1. struct prio_array {
2. int nr_active; /* number of tasks */
3. unsigned long bitmap[BITMAP_SIZE]; /* priority bitmap */
4. struct list_head queue[MAX_PRIO]; /* priority queues */
5. };
217 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Cada matriz de prioridade contém um campo de bitmap que possui pelo menos um bit para
cada prioridade no sistema. Inicialmente, todos os bits são zero. Quando uma tarefa de
determinada prioridade se torna executável (ou seja, seu estado se torna TASK_RUNNING
), o bit correspondente no bitmap é definido como um. Por exemplo, se uma tarefa com
prioridade sete puder ser executada, o bit sete será definido. Encontrar a tarefa de maior
prioridade no sistema é, portanto, apenas uma questão de encontrar o primeiro bit definido
no bitmap. Como o número de prioridades é estático, o tempo para concluir essa pesquisa é
constante e não é afetado pelo número de processos em execução no sistema. Além disso,
cada arquitetura com suporte no Linux implementa um algoritmo de localização rápida
primeiro conjunto para pesquisar rapidamente o bitmap. Este método é
chamadosched_find_first_bit().
Cada matriz de prioridade também contém uma matriz chamada fila de filas de struct
list_head, uma fila para cada prioridade. Cada lista corresponde a uma determinada
prioridade e, de fato, contém todos os processos executáveis dessa prioridade que estão na
fila de execução deste processador. Encontrar a próxima tarefa a ser executada é tão
simples quanto selecionar o próximo elemento na lista. Dentro de uma determinada
prioridade, as tarefas são agendadas Round Robin.
O novo agendador do Linux alivia a necessidade de um loop de recálculo. Em vez disso, ele
mantém dois arrays de prioridade para cada processador: um array ativo e um array
expirado. A matriz ativa contém todas as tarefas na fila de execução associada que ainda
possuem timeslice. A matriz expirada contém todas as tarefas na fila de execução
associada que esgotaram sua fatia de tempo. Quando a fatia de tempo de cada tarefa
chega a zero, sua fatia de tempo é recalculada antes de ser movida para a matriz expirada.
O recálculo de todos os intervalos de tempo é tão simples quanto alternar os arrays ativos e
218 Manual Completo do Debian GNU/Linux
expirados. Como os arrays são acessados apenas por meio de um ponteiro, trocá-los é tão
rápido quanto trocar dois ponteiros.
Esta troca é um recurso chave do O(1) schedule, em vez de recalcular a prioridade e a fatia
de tempo de cada processo o tempo todo, o O(1) schedule executa uma troca de array
simples de duas etapas.
7.8.11 Schedule
O ato de escolher a próxima tarefa a ser executada e alternar para ela é implementado por
meio da função schedule(). Essa função é chamada explicitamente pelo código do kernel
que deseja dormir e também é chamada sempre que uma tarefa deve ser interrompida.
A função schedule() é relativamente simples para tudo que deve realizar. O código a seguir
determina a tarefa de maior prioridade:
Primeiro, a matriz de prioridade ativa é pesquisada para encontrar o primeiro bit definido.
Este bit corresponde à tarefa de maior prioridade que pode ser executada. Em seguida, o
agendador seleciona a primeira tarefa na lista com essa prioridade.
Dois pontos importantes devem ser observados no código anterior. Em primeiro lugar, é
muito simples e, consequentemente, bastante rápido. Em segundo lugar, o número de
processos no sistema não tem efeito sobre o tempo que esse código leva para ser
executado. Não há nenhum loop em qualquer lista para encontrar o processo mais
adequado. Na verdade, nada afeta o tempo que o código schedule() leva para encontrar
uma nova tarefa. É constante no tempo de execução.
219 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Essa métrica é surpreendentemente precisa, ela é calculada com base não apenas em
quanto tempo a tarefa dorme, mas também em quão pouco ela é executada, e portanto,
uma tarefa que gasta muito tempo dormindo, mas também esgota continuamente sua fatia
de tempo, não receberá um grande bônus. Também não é vulnerável a abusos, uma tarefa
que recebe uma prioridade aumentada e fração de tempo rapidamente perde o bônus se
virar e monopolizar o processador. Finalmente, a métrica fornece uma resposta rápida. Um
processo interativo recém-criado recebe rapidamente um grande sleep_avg. Apesar disso,
como o bônus ou penalidade é aplicado contra o valor legal inicial, o usuário ainda pode
influenciar as decisões de agendamento do sistema alterando o valor legal do processo.
Por outro lado, o timeslice é um cálculo muito mais simples porque a prioridade dinâmica já
é baseada em valor nice. Portanto, o timeslice pode simplesmente ser baseado na
prioridade dinâmica. Quando um processo é criado pela primeira vez, o novo filho e o pai
220 Manual Completo do Debian GNU/Linux
dividem a fatia de tempo restante do pai. Isso fornece justiça e evita que os usuários façam
novos filhos para obterem timeslice ilimitados. Depois que a fatia de tempo de uma tarefa se
esgota, no entanto, ela é recalculada com base na prioridade dinâmica da tarefa. A função
task_timeslice() retorna um novo timeslice para a tarefa fornecida. O cálculo é uma escala
simples da prioridade em um intervalo de intervalos de tempo. Quanto mais alta a prioridade
de uma tarefa, mais fatias de tempo ela recebe por rodada de execução. O timeslice
máximo, dado às tarefas de prioridade mais alta, é MAX_TIMESLICE, que por padrão é 200
milissegundos. Mesmo as tarefas de prioridade mais baixa recebem pelo menos o timeslice
mínimo, MIN_TIMESLICE, que é de 10 milissegundos.
O agendador fornece um auxílio adicional para tarefas interativas: se uma tarefa for
suficientemente interativa, quando ela esgotar sua fatia de tempo, ela não será inserida na
matriz expirada, mas, em vez disso, reinserida de volta na matriz ativa. Lembre-se de que o
recálculo do timeslice é fornecido por meio da alternância das matrizes ativa e expirada.
Normalmente, à medida que os processos esgotam sua fatia de tempo, eles são movidos
da matriz ativa para a expirada. Quando não há mais processos no array ativo, os dois
arrays são trocados; o ativo se torna o expirado e o expirado se torna o ativo.
Isso fornece O(1) Schedule. Ele também oferece a possibilidade de que uma tarefa
interativa possa se tornar executável, mas não consiga ser executada novamente até que
ocorra a troca do array, porque a tarefa está presa no array expirado. A reinserção de
tarefas interativas de volta na matriz ativa alivia esse problema. Observe que a tarefa não
será executada imediatamente, mas será agendada round robin com as outras tarefas em
sua prioridade. A lógica para fornecer esse recurso é implementada em scheduler_tick(),
que é chamado por meio da interrupção do temporizador:
Uma tarefa também pode adormecer involuntariamente ao tentar obter um semáforo contido
no kernel. Um motivo comum para dormir é a I/O de arquivo - por exemplo, a tarefa emitiu
um read() pedido em um arquivo que precisa ser lido do disco. Como outro exemplo, a
tarefa pode estar aguardando uma entrada do teclado. Seja qual for o caso, o
1. comportamento do kernel é o mesmo:
2. a tarefa marca a si mesma como inativa;
3. se coloca em uma fila de espera;
4. se remove da fila de execução;
5. chama schedule() para selecionar um novo processo a ser executado.
O dormir é feito por meio de filas de espera, uma fila de espera é uma lista simples de
processos que aguardam a ocorrência de um evento. As filas de espera são representadas
no kernel por wake_queue_head_t. As filas de espera são criadas estaticamente via
DECLARE_WAIT_QUEUE_HEAD() ou dinamicamente via init_waitqueue_head(). Os
processos se colocam em uma fila de espera e se marcam como não executáveis. Quando
o evento associado à fila de espera ocorre, os processos na fila são ativados. É importante
implementar dormir e acordar corretamente, para evitar condições de corrida.
Algumas interfaces simples para dormir costumavam ser amplamente utilizadas. Essas
interfaces, no entanto, têm raças; é possível dormir depois que a condição se torna
verdadeira. Nesse caso, a tarefa pode dormir indefinidamente. Portanto, o método
recomendado para dormir no kernel é um pouco mais complicado:
7. set_current_state(TASK_RUNNING);
8. remove_wait_queue(q, &wait);
O despertar é feito por meio de wake_up(), que desperta todas as tarefas em espera na fila
de espera fornecida. Ele chama try_to_wake_up(), que define o estado da tarefa para
TASK_RUNNING, chama activate_task() para adicionar a tarefa a uma fila de execução e
define need_resched se a prioridade da tarefa acordada for maior do que a prioridade da
tarefa atual. O código que faz com que o evento ocorra normalmente chama wake_up()
depois. Por exemplo, quando os dados chegam do disco rígido, o VFS chama wake_up()
na fila de espera que mantém os processos que aguardam os dados.
Uma observação importante sobre o sono é que existem despertares espúrios. Só porque
uma tarefa foi ativada não significa que o evento pelo qual ela estava esperando ocorreu;
dormir deve sempre ser tratado em um loop que garanta que a condição pela qual a tarefa
está esperando realmente ocorreu.
O kernel, entretanto, deve saber quando chamar o schedule(). Se ele apenas chamasse
schedule() quando o código o fazia explicitamente, os programas de espaço do usuário
poderiam ser executados indefinidamente. Em vez disso, o kernel fornece o sinalizador
need_resched para indicar se um reescalonamento deve ser executado. Este sinalizador é
definido por scheduler_tick() quando um processo fica sem timeslice e por
try_to_wake_up() quando um processo que tem uma prioridade mais alta do que o
processo atualmente em execução é ativado. O kernel irá verificar o sinalizador, ver se ele
está definido e chamar schedule() para mudar para um novo processo. O sinalizador é uma
mensagem para o kernel de que o schedule deve ser chamado o mais rápido possível
porque outro processo merece ser executado.
O sinalizador é por processo, e não simplesmente global, porque é mais rápido acessar um
valor no descritor de processo do que uma variável global. Historicamente, a flag era global
antes do kernel 2.2. Em 2.2 e 2.4, o sinalizador era um int dentro de task_struct. No 2.6,
ele foi movido para um único bit de uma variável de sinalização especial dentro da estrutura
thread_info. Como você pode ver, os desenvolvedores do kernel nunca estão satisfeitos.
Então, quando é seguro reagendar? O kernel é capaz de antecipar uma tarefa em execução
no kernel, desde que não tenha um bloqueio. Ou seja, os bloqueios são usados como
marcadores de regiões de não preempção. Como o kernel é seguro para SMP, se um
bloqueio não for mantido, o código atual é reentrante e pode ser antecipado.
bloqueios que a tarefa atual está retendo são liberados, preempt_count retorna a zero.
Nesse momento, o código de desbloqueio verifica se need_resched está definido. Nesse
caso, o shedule será chamado. Habilitar e desabilitar a preempção do kernel às vezes é
necessário no código do kernel.
A preempção do kernel também pode ocorrer explicitamente, quando uma tarefa no kernel
bloqueia ou chama explicitamente schedule(). Essa forma de preempção do kernel sempre
foi suportada porque nenhuma lógica adicional é necessária para garantir que o kernel
esteja em um estado seguro para a preempção. Presume-se que o código que chama
explicitamente o schedule() sabe que é seguro reprogramar.
SCHED_RR é idêntico a SCHED_FIFO, exceto que cada processo só pode ser executado
até esgotar uma fatia de tempo predeterminada. Ou seja, SCHED_RR é SCHED_FIFO com
timeslices é um algoritmo de agendamento round-robin em tempo real.
escalonamento em tempo real no Linux é muito bom. O kernel 2.6 é capaz de atender a
requisitos de tempo muito rigorosos.
O kernel reforça a afinidade de uma maneira muito simples. Primeiro, quando um processo
é criado pela primeira vez, ele herda a máscara de afinidade de seu pai. Como o pai está
executando em um processador permitido, o filho, portanto, executa em um processador
permitido. Em segundo lugar, quando a afinidade de um processador é alterada, o kernel
226 Manual Completo do Debian GNU/Linux
usa os threads de migração para enviar a tarefa para um processador legal. Por fim, o
balanceador de carga apenas extrai tarefas para um processador permitido. Portanto, um
processo só é executado em um processador cujo bit é definido no campo cpus_allowed
de seu descritor de processo.
A ordenação:
shift+p Classificar os processos por uso da CPU;
shift+m Classificar os processos por uso da Memória;
shift+t Classificar os processos por uso do Tempo;
Veja a saída:
Lista de processos:
Use o comando top com a opção -u para exibir detalhes específicos dos processos de um
determinado usuário.
Aparece uma contagem com o número de CPUs, neste caso aparece apenas 1 CPU,
representa os núcleos/CPUs do sistema. A barra descreve a quantidade e o tipo de
processos usando cada núcleo. O valor em relação à barra denota a porcentagem que cada
núcleo está sendo consumido.
Como é bastante visível para o usuário, existem várias cores usadas para descrever a
barra. Cada cor tem um significado específico:
Green – Quantidade de CPU consumida pelos processos do usuário.
Red – Quantidade de CPU usada por processos do sistema.
Grey – Quantidade de CPU usada para processos baseados em entrada/saída.
1. ps [opções]
Onde,
PID o ID de processo;
TTY tipo de terminal em que o usuário está conectado;
TIME quantidade de CPU em minutos e segundos que o processo está em
execução;
CMD nome do comando que iniciou o processo.
Às vezes, quando executamos comando ps, mostra TIME como 00:00:00. Não passa de um
tempo total acumulado de utilização da CPU para qualquer processo e 00:00:00 indica que
nenhum tempo da CPU foi dado pelo kernel até agora. No exemplo acima, descobrimos
que, para o bash, nenhum tempo da CPU foi concedido. Isso ocorre porque o bash é
apenas um processo pai para diferentes processos que precisam de bash para sua
execução e o próprio bash não está utilizando nenhum tempo da CPU até agora.
231 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O comando pstree no Linux mostra os processos em execução como uma árvore, que é
uma maneira mais conveniente de exibir a hierarquia de processos e torna a saída mais
atraente visualmente. A raiz da árvore é o process 1 em um GNU/Linux.
1. free [options]
O comando free também permite que você especifique a unidade de medida da memória.
As opções válidas são:
-b, --bytes Exibir saída em bytes;
--kilo Exibir a saída em kilobytes;
--mega Exibição de saída em megabytes;
--giga Exibir saída em gigabytes;
--tera Exibir saída em terabytes;
-k, --kibi Exibir saída em kibibytes;
-m, --mebi Exibir saída em mebibytes;
-g, --gibi Exibir saída em gibytes;
--tebi Exibir saída em tebibytes;
--peti Exibir saída em pebibytes;
--si Em vez de 1024, use 1000.
Usar o comando bg para colocar um trabalho em segundo plano faz com que o ID do
processo do trabalho seja conhecido no ambiente de shell atual. A saída de comando bg
exibe o número de trabalho e o comando associado a essa tarefa.
1. bg [ JobID ... ]
O parâmetro JobID pode ser um número de ID de processo ou você pode usar uma das
seguintes combinações de símbolos:
%Number Refere-se a um trabalho pelo número de trabalho.
%String Refere-se a uma tarefa cujo nome começa com a cadeia
especificada.
%?String Refere-se a uma tarefa cujo nome contenha a cadeia especificada.
%+ OR %% Refere-se ao trabalho atual.
%- Refere-se ao trabalho anterior.
específico a ser executado em primeiro plano. Se esse parâmetro não for fornecido, o
comando fg usa o trabalho mais recentemente suspenso, colocado em segundo plano ou
executado como um trabalho de fundo.
1. fg [ JobID ... ]
O parâmetro JobID pode ser um número de ID de processo ou você pode usar uma das
seguintes combinações de símbolos:
%Number Refere-se a um emprego pelo número de trabalho;
%String Refere-se a uma tarefa cujo nome começa com a cadeia especificada;
%?String Refere-se a uma tarefa cujo nome contém a cadeia de caracteres
especificada;
%+OR% refere-se ao trabalho atual;
%- Refere ao trabalho anterior.
O valor de nice pode variar de -20 a 19, sendo 19 a menor prioridade (120 + 19). Por
exemplo, se um comando normalmente é executado com uma prioridade de 10,
especificando um incremento de 5 executa o comando com uma prioridade inferior, 15, e o
comando é executado mais lentamente. O comando nice não retorna uma mensagem de
erro se você tentar aumentar a prioridade de um comando sem a autoridade apropriada, e
em vez disso, a prioridade do comando não é alterada e o sistema inicia o comando como
normalmente faria.
O valor nice é usado pelo sistema para calcular a prioridade atual de um processo em
execução. Use o comando ps com o sinalizador -l para ver o valor nice de um comando.
Onde:
-Increment Incrementos a prioridade de um comando para cima ou para baixo.
Você pode especificar um número positivo ou negativo;
-n Increment Esta forma é equivalente à -Increment.
O comando renice altera o valor nice de um ou mais processos em execução. Por padrão,
os processos afetados são especificados por seus IDs de processo e quando você
234 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Se você não tiver autoridade de usuário root, você só pode redefinir a prioridade dos
processos que você possui e só pode aumentar sua prioridade dentro do intervalo de 0 a
20, com 20 sendo a prioridade mais baixa. Se você tiver autoridade de usuário root, poderá
alterar a prioridade de qualquer processo e definir a prioridade para qualquer valor no
intervalo -20 a 20.
adicionar a prática:
2 - Abrir o nano, pausar o nano;
3 - despausar o nano;
QUESTION 61
Regarding the command:
nice -5 /usr/bin/prog
Which of the following statements is correct?
A. /usr/bin/prog is executed with a nice level of -5.
B. /usr/bin/prog is executed with a nice level of 5.
C. /usr/bin/prog is executed with a priority of -5.
D. /usr/bin/prog is executed with a priority of 5.
QUESTION 62
Which shell command is used to continue background execution of a suspended command?
A. &
B. bg
C. cont
D. exec
E. :&
QUESTION 66
When starting a program with the nice command without any additional parameters, which
nice level is set for the resulting process?
A. -10
B. 0
C. 10
D. 20
QUESTION 67
Which of the following commands will reduce all consecutive spaces down to a single
space?
A. tr '\s' ' ' < a.txt > b.txt
B. tr -c ' ' < a.txt > b.txt
C. tr -d ' ' < a.txt > b.txt
D. tr -r ' ' '\n' < a.txt > b.txt
E. tr -s ' ' < a.txt > b.txt
236 Manual Completo do Debian GNU/Linux
QUESTION 68
Which character, added to the end of a command, runs that command in the background as
a child process of the current shell?
A. !
B. +
C. &
D. %
E. #
QUESTION 71
Which of the following signals is sent to a process when the key combination CTRL+C is
pressed on the keyboard?
A. SIGTERM
B. SIGINT
C. SIGSTOP
D. SIGKILL
QUESTION 78
When running the command
sed -e "s/a/b/" /tmp/file >/tmp/file
While /tmp/file contains data, why is /tmp/file empty afterwards?
A. The file order is incorrect. The destination file must be mentioned before the command to
ensure redirection.
B. The command sed did not match anything in that file therefore the output is empty.
C. When the shell establishes the redirection it overwrites the target file before the redirected
command starts and opens it for reading.
D. Redirection for shell commands do not work using the > character. It only works using the
| character instead.
QUESTION 79
When given the following command line. echo "foo bar" | tee bar | cat
Which of the following output is created?
A. cat
B. foo bar
C. tee bar
D. bar
E. foo
QUESTION 80
Which of the following commands can be used to determine how long the system has been
running? (Choose TWO correct answers.)
A. uptime
B. up
C. top
237 Manual Completo do Debian GNU/Linux
D. uname -u
E. time up
238 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O principal comando utilizado nesta sessão é o comando ip, naturalmente não é o único e
neste tópico este comando será amplamente utilizado, a distribuição Debian utilizada neste
material já possui este comando e não é necessário a instalação.
Além das faixas de IPs reservadas para as LANs, o administrador de rede deve estar atento
às classes de IPs, para LANs pequenas utiliza-se a Classe C, mas, para grandes redes
utiliza-se a Classe A.
37
Acessível pela url https://www.iana.org/
239 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Esta informação é muito importante, pois em todas as práticas em caso de se utilizar uma
rede Interna (no VirtualBox) em Adaptadores, vamos definir como rede 192.168.200.0/24,
se por coicidência sua rede real da sua casa for 192.168.200.0/24 então deve trocar para
192.168.201.0/24.
Repare que está sendo definida a rede informando o endereço 192.168.200.0, isso ocorre
pois sempre o primeiro endereço é utilizado para definir a Rede ou a Sub-rede, por isso o
endereço 192.168.200.0 não é usado em interfaces NIC em Hosts ou Routers. O aluno
deve compreender que o último endereço 192.168.200.255 é utilizado pelo Broadcast da
rede, e também não pode ser utilizado em interfaces NIC.
Onde,
192 é 11000000;
168 é 10101000;
1 é 00000001;
0 é 00000000.
38
Mais detalhes em https://ccna.network/segmentacao-de-rede/
240 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Por incrível que pareça, trabalhamos olhando para a máscara e não para o IP neste
momento, veja que o último octeto binário é 00000000, logo se precisamos dividir a rede em
2 é necessário trabalhar com o bit mais significativo do octeto que é zero.
Ao transformar este último octeto em decimal vamos obter o seguinte número: 128, então a
máscara para todas as máquinas dentro dos dois segmentos será 255.255.255.128.
Mas quantas endereços se pode ter em cada segmento? Simples, ainda trabalhando com o
último octeto, então deve-se inverter, veja que 10000000 para rede será 01111111 para
endereços, e ao converter este último para Decimal se tem 127, cada segmento pode se ter
127 endereços então.
Atenção, lembre-se que cada sub-rede temos que reservar dois endereços, o primeiro para
identificar o segmento de rede e o último para Broadcast.
No exemplo acima existe somente 1 interface de rede Ethernet, caso tenha muitos
dispositivos PCI então é possível filtrar usando Pipe e Grep como exemplo abaixo.
1. sudo lsusb
Caso não esteja instalado, instala-se esse este comando com o comando apt, conforme
listagem abaixo.
8.4 Comando ip
Uma forma de realizar a configuração de uma interface de rede é alterando um arquivo no
sistema, mas é considerado por muitos administradores modernos como uma forma
arcaica, pois, quando se altera o layout dos arquivos a documentação deve ser refeita.
Comandos é mais fácil, pois estamos falando de requisitos funcionais que pouco mudam,
mas o requisito não-funcional que escreve, lê e compreende os dados pode ser alterado e
naturalmente o Sistema Operacional tem mais liberdade de evolução interna.
242 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Na figura abaixo temos a pilha de camadas OSI e as opções principais do comando ip para
manutenção da configuração lógica.
Onde:
1. ip address para configurar a camada de Rede (Modelo OSI);
2. ip route para configurar rotas de saída do computador na camada de Rede (Modelo
OSI);
3. ip link para configurar a interface e interação com a parte física, pela camada de
Enlace (Modelo OSI).
Existem muitos outros objetos e comandos disponíveis. Para ver uma lista completa digite o
comando ip com a opção “help”, conforme figura abaixo.
243 Manual Completo do Debian GNU/Linux
ip address
Onde,
address é a opção que será usada pelo comando IP para exibir os endereços;
A interface virtual “lo” é utilizada para os programas locais desta máquina se conectarem
com serviços locais nesta máquina, ou seja, cliente e servidor na mesma máquina. O
endereço 127.0.0.1 é um endereço universal para esta interface, em muitas máquinas este
endereço ip é resolvido pelo apelido localhost ou local.
Está evidente que um endereço de 32 bits não será capaz de dar um endereço de rede para
cada dispositivo na terra e no espaço. IPv6 é a versão mais atual do Protocolo de Internet.
Originalmente oficializada em 6 de junho de 2012, é fruto do esforço do IETF para criar a
"nova geração do IP", cujas linhas mestras foram descritas por Scott Bradner e Allison
Marken, em 1994, na RFC 1752.
O protocolo está sendo implantado gradativamente na Internet e deve funcionar lado a lado
com o IPv4, numa situação tecnicamente chamada de "dual stack", por algum tempo. A
longo prazo, o IPv6 tem como objetivo substituir o IPv4.
Onde,
del remover um endereço inet;
192.168.0.6/24 é um edendereço Classe C de LAN com máscara padrão;
dev informa que o próximo parâmetro é o Devide;
enp0s3 é o device alvo da configuração.
Já para adicionar um novo endereço, torque o “del” pelo “add” conforme exemplo abaixo.
O comando ip route ajuda você a ver a rota que os pacotes adotarão conforme definido na
sua tabela de roteamento. Um computador possui por padrão duas opções de rota:
1. Rotear os pacotes diretamente para um outro host na mesma rede;
2. Rotear os pacotes para um Router Gateway que envia para a Internet.
No caso do exemplo acima a regra default via 10.68.76.1 dev enp0s3, corresponde a rota
2 da listagem acima, usado por pacotes que vão sair da rede local. Para os pacotes
destinados aos hosts da rede local estes vão utilizar a regra 10.68.76.0/23 dev enp0s3
proto kernel scope link src 10.68.76.41.
Então para um pacote que deverá sair da rede este deverá ser roteado até o host
10.68.76.1/23 (ver esquema da rede acima) e caso o pacote tenha como destino um host
dentro da rede local, este deve sair pela interface 10.68.76.41/23.
246 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Onde,
default indica que é a regra padrão que aponta para o gateway da rede;
via informa que para alcançar o gateway deve ser usado o IP que vem a seguir;
192.168.0.1 é o IP do Roteador gateway da rede onde a máquina está.
No comando acima a interface alvo da ação down é a interface enp0s3. A palavra set
refere-se a alteração do device. Para ligar a interface de rede, basta trocar down por up.
Versões mais recentes de algumas distribuições GNU/Linux não têm o comando ifconfig
pré-instalado. Então, no caso, há um erro “ifconfig: command not found”. Como este
comando pertence ao pacote net-tools.
Onde as opções:
-a Imprime a configuração para todas as interfaces, não apenas as ativas.
-s Exibe apenas uma lista de todas as interfaces.
-v Imprime uma configuração mais detalhada para todas as interfaces.
[IP_address_number] Atribua um endereço IP a uma interface especificada.
netmask [endereço] Altera a máscara de rede para uma interface específica.
broadcast [endereço] Define o endereço de transmissão para uma interface
específica.
mtu [número] Define a Unidade de Transferência Máxima (MTU) de uma interface.
247 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Alguns exemplos:
1. sudo ifconfig
2. sudo ifconfig enp0s3 down
3. sudo ifconfig enp0s3 up
4. sudo ifconfig enp0s3 192.168.0.2 netmask 255.255.255.0 broadcast 192.168.0.255
Onde na linha 1 o comando está listando todos os dados de todas as interfaces de rede. Na
linha 2 estamos desligando a interface de rede enp0s3 e na linha 3 estamos ligando a
interface.
Na linha 4 estamos alterando o endereço IPv4 para 192.168.0.2 com netmask
255.255.255.0 e broadcast 192.168.0.255.
A linha allow-hotplug enp0s3 ativa a interface de rede enp0s3, pode ser substituída por
auto enp0s3. A diferença é que o allow-hotplug inicia a interface de rede junto com o
Sistema Operacional, se algum problema ocorrer o Linux vai demorar um minuto a mais
para carregar. Já o auto, a placa de rede é carregada após o carregamento do sistema
operacional.
Para configurar um IP estático nesta máquina de forma estática, altere o arquivo conforme
imagem abaixo em vez de usar os comandos acima.
248 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Onde,
iface enp0s3 inet static informa para o networking.service que o IP será atribuído
de forma estática;
address informa o IP da interface de rede enp0s3;
netmask informa a máscara, que neste caso é máscara padrão;
network informa a rede que este computador faz parte, é opcional;
broadcast informa o endereço de de comunicação de Broadcast;
gateway é o IP do router gateway da rede, se não for configurado os PDUs não são
capazes de ir para uma rede distante, mas se comunica na rede local;
dns-nameservers informa o endereço da máquina que possui o DNS Server
configurado para resolução de nomes.
Mas atenção, se mesmo assim o IP não aparecer no comando ip address então terá que
reiniciar o servidor GNU/Linux com o comando reboot.
Por exemplo, no dado momento que escrevo este livro o domínio google.com está no ip
172.217.28.14, e para o autor é mais fácil decorar nomes do que números. A teoria de DNS
é descrita com detalhes no capítulo de Serviço Domain Name System.
249 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A configuração do DNS (IP do serviço de tradução de nomes) pode ser realizado em dois
arquivos, são estes:
1. /etc/network/interfaces
2. /etc/resolv.conf
No caso do arquivo 1, o atributo que deve ser adicionado é o atributo dns-nameservers
(conforme visto no tópico Arquivo /etc/network/interfaces).
O arquivo /etc/resolv.conf foi projetado para ser legível por humanos e contém uma lista de
palavras-chave com valores que fornecem várias formas de se resolver um domínio.
1. #include <netdb.h>
2. #include <string.h>
3. #include <arpa/inet.h>
4. #include <iostream>
5.
6. struct hostent *he;
7. struct in_addr a;
8.
9. int main () {
10. he = gethostbyname("www.aied.com.br");
11. if ( he ) {
12. std::cout << "Name: " << he->h_name << std::endl;
13. while ( *he->h_aliases ) {
14. std::cout << "Alias: " << *he->h_aliases++ << std::endl;
15. }
16.
17. while ( *he->h_addr_list ) {
18. bcopy( *he->h_addr_list++, (char *) &a, sizeof(a) );
19. std::cout << "Address: " << inet_ntoa(a) << std::endl;
20. }
21. } else {
22. std::cerr << "error" << std::endl;
23. }
24. return 0;
25. }
No exemplo acima além do endereço IPv4 também exibido o alias, caso queira somente o
endereço IPv4 a versão abaixo é uma versão reduzida.
1. #include <netdb.h>
251 Manual Completo do Debian GNU/Linux
2. #include <arpa/inet.h>
3. #include <iostream>
4.
5. int main()
6. {
7. struct hostent *he = gethostbyname("www.aied.com.br");
8. char *ip = inet_ntoa( *(struct in_addr*)he->h_addr_list[0] );
9. std::cout << ip;
10. return 0;
11. }
O modo interativo permite ao usuário consultar servidores de nomes para obter informações
sobre vários hosts e domínios ou imprimir uma lista de hosts em um domínio. O modo não
interativo imprime apenas o nome e as informações solicitadas para um host ou domínio.
Para entrar no modo interativo, basta digitar no terminal o comando nslookup e pressionar
ENTER, o programa irá solicitar parâmetros e domínio, conforme listagem abaixo. Para sair
basta digitar exit.
1. nslookup
2. > set type=ns
3. > aied.com.br
4. >
Na linha 2 temos a opção SET seguido de um parâmetro, temos as seguintes opções para o
comando nslookup:
-domain=[domínio] Alterar o nome DNS padrão.
-debug Mostra informações de depuração.
-port=[número porta] Especifique a porta para consultas. O número da porta
padrão é 53.
-timeout=[segundos] Especifique o tempo permitido para o servidor responder.
-type=a Visualiza informações sobre os registros de endereço DNS A.
-type=mx Os registros MX armazenam todos os dados relevantes do servidor Mail
Exchange. Essas informações são usadas para rotear todas as solicitações de email
do domínio para o servidor de email apropriado;
-type=soa Os registros de início de autoridade (SOA) fornecem informações oficiais
sobre o domínio e o servidor, como endereço de e-mail do administrador, número de
série, intervalo de atualização, tempo de expiração da consulta, etc.ç
-type=txt Os registros TXT contêm informações importantes para usuários fora do
domínio. Por exemplo, Google e Facebook usam registros TXT para verificar a
propriedade do domínio;
252 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O modo não interativo é direto, basta chamar o comando, passar as opções e por fim o
domínio, conforme exemplo abaixo.
No passado estes dados eram utilizados para reportar mau funcionamento dos serviços
WEB, quem lembra que nos primórdios de 2000 os serviços eram instáveis. Hoje a WEB é
tão profissional que só grandes organizações ou datacenters conseguem manter um serviço
de tanta qualidade como os que vemos hoje. Então no passado, não era de se estranhar
que qualquer pessoa tivesse acesso a todos os dados de cadastro do domínio para
reclamar de qualidade.
Um comando muito usado pelos hackers, na verdade, não é um comando feito para os
hackers, trata-se do comando whois. Caso o whois não esteja instalado, instale o módulo
whois, para isso use o comando apt.
1. whois [-h HOST ] [-p PORT ] [-aCFHlLMmrRSVx] [-g FONTE : PRIMEIRO ÚLTIMO ]Objeto
[-i ATTR ] [-S SOURCE ] [-T TYPE ]
Onde:
-h HOST Conecte-se ao host de banco de dados WHOIS HOST;
-H Suprima a exibição de isenções de responsabilidade legais;
-p PORT Ao conectar, conecte à porta de rede PORT;
-verbose Todos os detalhes são expostos no outupt;
-Help Exiba uma mensagem de ajuda.
Mas atenção, para evitar raspagem de dados, há limitações do servidor contra IPs de
clientes, então este comando pode não funcionar no local onde o aluno está.
O comando host no sistema GNU/Linux é usado para operações de pesquisa DNS (Domain
Name System). Em palavras simples, este comando é usado para encontrar o endereço IP
de um determinado nome de domínio ou se você quiser descobrir o nome de domínio de um
39
Acessível pela url https://www.cert.br/
40
Acessível pela url https://registro.br/
253 Manual Completo do Debian GNU/Linux
determinado endereço IP. Você também pode encontrar detalhes mais específicos de um
domínio especificando a opção correspondente junto com o nome de domínio.
1. host [-aCdlriTWV] [-c class] [-N ndots] [-t type] [-W time] [-R number] [-m flag] hostname
[server]
Pode-se filtrar, digamos que queria somente a classe mail, pode utilizar -c mail.
O comando dig é mais um comando que exibe informações sobre um domínio, mas uma
grande vantagem que vejo é que consigo com ele obter dados de um domínio na "na visão
de um servidor DNS específico". Imagine que ao realizar uma tradução de domínio do ponto
em que estou no planeta eu recebo um IP, agora, em outro ponto do planeta retornaria outro
IP, seja por delay de replicação de DNS ou até mesmo por distribuição de serviços, algo
comum em CDN.
Na figura abaixo estou mostrando uma forma mais humana em um site, ou seja, não é um
comando. O objetivo desta figura é demonstrar isso para o leitor.
254 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Primeiro vou mostrar um exemplo simples, no qual de onde estou utilizando os dados de
nameserver em /etc/resolv.conf vou obter dados de um domínio. Veja na figura abaixo que o
servidor que respondeu foi o 10.0.2.3.
Se olhar o arquivo resolv.conf verá que este IP está cadastrado como nameserver.
Agora se quiser ver o IP retornado para o domínio aied.com.br a partir de outro servidor de
DNS, basta usar @ seguido do IP do servidor com DNS.
É de se imaginar que este arquivo ficou muito grande, e com isso a manutenção passou a
ser mais difícil. Lembre-se de que nessa alvorecer da internet (com i minúsculo) tínhamos
um cenário volátil. A necessidade de serviços DNS vem desta dificuldade enfrentada
anteriormente.
Embora seja uma ideia antiga, ainda persistem nos sistemas operacionais, e é um
importante arquivo que pouco modificamos, mas que tem um grande impacto nos sistemas.
Antes de um host questionar os serviços de DNS sobre a tradução de um domínio, o host
consulta o arquivo /etc/hosts, então se não encontra o domínio alí, ele realiza a requisição
para o serviço DNS.
Onde:
1. Primeira coluna ficam os endereços IP dos domínios ou hosts;
2. Segunda coluna ficam os nomes dos domínios ou hosts.
Então, se algum processo no computador precisar resolver localhost, o próprio arquivo tem
a definição para isso e o computador retornará 127.0.0.1. Repare na opção debian, ou seja,
o nome do host. Muitos serviços não endereçam ao localhost suas requisições, acabam
endereçando ao nome do computador, então se trocar o nome do computador deve também
trocar aqui o nome do computador.
O que o Ping no GNU/Linux faz é enviar vários protocolos ICMP com TTL (tempo total de
vida) bem alto contra um alvo remoto, e então ao receber a mensagem o alvo remoto
retorna a resposta.
Veja na imagem acima que há vários routers no meio do caminho, mas como o destino
aceita ICMP passará ileso o protocolo, chegando até o alvo. Por cada router que o ICMP
passar ele abate o TTL em -1, e para parâmetro, do Estado de São Paulo no Brasil até a
Califórnia USA, o número de salto médio é 18.
Onde:
1. Comando ping com limite de 1 requisição contra o alvo google.com;
2. IP do alvo google.com, o ping traduz o domínio em um IP;
3. TTL do pacote ICMP e tempo de resposta.
Quando não conhecemos a topologia então tentamos utilizar ICMP para aprender sobre o
caminho tomado por um pacote da origem até o destino, ou, podemos analisar um ponto de
gargalo em um caminho, gerando assim um relatório de tempos de resposta.
Ao invés de mandar um único ICMP com TTL muito alto (conforme Ping), o programa
Traceroute em um laço de repetição envia ICMP para o alvo mas com TTL iniciando em 1.
Assim que o primeiro equipamento responde (ver em "a" na figura abaixo), refazemos o
257 Manual Completo do Debian GNU/Linux
laço. E assim o algoritmo vai incrementando o TTL em +1, a cada resposta que chega, até
que a resposta venha justamente do nosso alvo.
(a) (b)
(c) (d)
Na figura acima o laço de repetições foi executado 4 vezes. Para exemplificar será
executado o comando traceroute contra o domínio google.com, tendo como partida uma
máquina na província de São Paulo no Brasil.
Onde,
1. Temos o comando traceroute tendo como alvo o google.com;
2. Uma lista de saltos, com tempo de respostas;
Na figura acima está claro que o salto 1 e 2 estão com bom tempo de resposta, mas o
grande peso vem entre o salto 2 e 3. Mas não é um link ruim, pois o tempo de latência está
na casa de ms e foram apenas 8 saltos até a Califórnia.
Como é IPv4, não retornasse muita informação, na figura abaixo em outro ambiente é
possível ver outros elementos como _gateway.
Trata-se de uma ferramenta de alto nível, que vale a pena ser utilizada em dúvida sobre a
estabilidade de sua rota. Para exemplificar vamos validar o comando disparando ICMP
contra o domínio aied.com.br, conforme listagem abaixo.
1. mtr aied.com.br
Repare na imagem abaixo que há uma alta taxa de erro no alto 12, pode ser que realmente
haja instabilidade ou alguma regra automática foi aplicada, esta última é rara.
259 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A segunda lista mostra todos os soquetes abertos " Domínio Unix " ativos com os seguintes
detalhes:
Proto - Protocolo usado pelo socket;
RefCnt - Contagem de referência do número de processos anexados a este
soquete;
Flags - Geralmente ACC ou em branco;
Type - O tipo de soquete;
State - Estado do soquete, na maioria das vezes CONNECTED, LISTENING ou em
branco;
I-Node - inode do sistema de arquivos (nó de índice) associado a este soquete;
Path - caminho do sistema para o soquete.
Uma rota é fornecida no formato A.B.C.D/XX, que apresenta duas partes de informações.
A.B.C.D indica o endereço de destino e XX indica a máscara de rede associada à rota. A
máscara de rede é representada pelo número de bits que são configurados. Por exemplo, a
rota 9.3.252.192/26 tem uma máscara de rede 255.255.255.192, com um conjunto de 26
bits.
Para listar todas as conexões ativas, basta usar -a e para filtrar somente as TCP, use -t,
conforme exemplo abaixo.
Uma atividade muito comum é analisar serviços ativos, para procurar entender se algum
programa está realizando um shell reverso (por exemplo), para isso use -l.
Outro comando de rede interessante é o nmap, que permite avaliar portas abertas bem
como que tipo de serviço se encontra em cada porta, mas vou deixar este conteúdo para o
livro Hacker, entre a luz e as trevas .
Mas vou implementar um testador de portas, que avalia se uma porta está aberta ou
fechada, sem todo o poder de um nmap. Vamos precisar da biblioteca SFML/Network, por
isso vamos importar tal header conforme linha 2 da listagem abaixo. Nele já temos um teste
para TcpSocket(). Esta biblioteca possui inúmeros facilitadores interessantes para
programadores, recomendo o estudo dela.
Com o nano crie um arquivo com o nome testport.cpp, e codifique a listagem abaixo.
262 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. #include <iostream>
2. #include <SFML/Network.hpp>
3. #include <string>
4.
5. static bool port_is_open(const std::string& address, int port)
6. {
7. return (sf::TcpSocket().connect(address, port) == sf::Socket::Done);
8. }
9.
10. int main()
11. {
12. std::cout << "Port 80 : aied.com.br" << std::endl;
13. if ( port_is_open("aied.com.br", 80) )
14. std::cout << "Port is OPEN" << std::endl;
15. else
16. std::cout << "Port is CLOSED" << std::endl;
17. return 0;
18. }
O teste será contra o domínio aied.com.br e o teste será contra a porta 80. Segundo a
CISCO o teste ideal é este, pois o ICMP pode ser barrado em regras de roteadores por ser
um protocolo mal compreendido pelos administradores de rede.
Agora no terminal, instale a biblioteca sfml (ver linha 1), compile informando o diretório de
bibliotecas do usuário (ver parâmetro -L/usr/local/lib) e informe as bibliotecas network e
system conforme linha 3. Para executar é simples, conforme linha 5.
Desde o projeto inicial, nos laboratórios da DIX, este endereço continha 6 bytes, ou seja, 48
bits. A ideia é que cada placa de rede no mundo tenha um endereço MAC único, por isso
atuando com 6 bytes. Com a regulamentação, este endereço foi dividido em duas partes:
OUI Que representa a identificação da organização;
NICS Que é um número incremental, no qual começa com 00:00:00 e termina com
FF:FF:FF.
Veja a imagem abaixo, que a parte mais significativa é destinada ao OUI, e a parte menos
significativa ao incremento por parte do fabricante. É dessa forma que os Hackers
conseguem dirigir ataques a dispositivos específicos, e saiba, hardware é vulnerável da
mesma forma que softwares;
41
DIX foi o maior centro de pesquisa bancado pela Xerox, recomendo conhecer esta brilhante
história;
264 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O comando ip com a opção link permite operar sobre este endereço, veja na figura abaixo.
Onde,
1. Comando ip com a opção link;
2. Nome da interface de rede;
3. Endereço de enlace e Broadcast;
Sempre que um computador se comunica com outro, há uma troca natural de mensagens,
algumas delas para execução da operação de troca de dados, já outros para obter
informações de elementos.
Umas das informações trocadas é o endereço ARP, pois para que a mensagem navege
pela rede local ela vai precisar deste endereço. O computador armazena uma lista de
endereços e com isso podemos saber quais endereços já nos comunicamos.
A sintaxe é simples:
Uma boa opção é o uso de verbose e all, ou seja, -va como parâmetro. No exemplo a
seguir, uma máquina virtual está ligada com uma interface de rede em modo NAT.
265 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Essa máquina até então se comunicou com 10.0.2.3 e 10.0.2.2, por isso o comando que
exibe todo o cache arp mostra apenas estas entradas.
Na coluna que aparece nas interrogações aparecerá o nome das máquinas somente se foi
configurado o arquivo /etc/hosts, como não existe mais o motivo desta configuração o arp
não sabe o nome da máquina e exibe interrogação.
Repare que temos uma coluna com 48 bits em formato hexadecimal, o que indica que é o
endereço MAC Address de camada 2 do modelo OSI. Também encontramos o protocolo de
camada 2, que neste caso é Ether de Ethernet 802, e que está acessível pela interface de
rede enp0s3.
Na verdade para a máquina, somente importa o endereço MAC e a interface de saída, é por
estas informações que ele sabe realizar a comutação de portas para o quadro ethernet.
Os dois comandos (wget e cURL) são comandos úteis para isso, o wget é um comando que
vai ser encontrado em todas as distribuições, realiza o download e retorna o HTML status
code. Já o cURL é um comando sofisticado, que requer que se instale e naturalmente
aumenta a superfície de ataque em um sistema operacional e tem muita aderência com
programadores C++, pos cURL é na verdade uma biblioteca chamada libcURL42.
42
Documentação oficial da biblioteca no link: https://curl.se/libcurl/
266 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Além de trabalhar com HTTP, também pode-se acessar os protocolos FTP, FTPS, LDAP,
POP3, SFTP, SMB, SMTP entre outros. O cURL suporta certificado TLS e SSL e
proporciona tanto um meio para se obter dados quanto enviar dados (conforme visto na lista
de protocolos). Também possui uma fácil configuração de Proxy incluindo SOCKS4 e
SOCKS5.
Para exemplificar, no próximo exemplo será realizado uma requisição HTTP com método
GET para se obter um arquivo .iso.
Onde:
1. O parâmetro -O define o local que será salvo o arquivos, se já existir ele apaga o
anterior e salva;
2. A URL, o wget então acessar essa URL e traz o arquivo;
3. A resposta HTTP com código43 200, que significa sucesso.
Onde:
1. O parâmetro -o define o path do output, no qual será utilizado para salvar o arquivo;
2. A URL, o cURL então acessar essa URL e traz o arquivo;
3. Resposta do cURL com o tempo e tamanho do download.
O cURL precisa ser instalado em algumas distribuições, para isso caso precise fazer a
instalação, com apt conforme listagem abaixo.
43
Veja a lista completa de status code do protocolo HTTP na url:
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_HTTP_status_codes
267 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No próximo exemplo vou demonstrar como usar o cURL no seu código C++, da mesma
forma que foi feito no wget e no cURL, neste programa será realizado o download do
mesmo arquivo e será salvo em /tmp. O header curl/curl.h está sendo importado para o
uso do CURL, o output é salvo de forma binária, por isso é utilizado o parâmetro "wb".
1. #include <stdio.h>
2. #include <curl/curl.h>
3.
4. int main( ) {
5. CURL *curl;
6. FILE *fp;
7. CURLcode res;
8. char *url = "http://www.aied.com.br/linux/download/output_image.iso";
9. char outfilename[FILENAME_MAX] = "/tmp/output_image.iso";
10. curl = curl_easy_init();
11. if ( curl ) {
12. fp = fopen( outfilename, "wb");
13. curl_easy_setopt(curl, CURLOPT_URL, url);
14. curl_easy_setopt(curl, CURLOPT_WRITEFUNCTION, NULL);
15. curl_easy_setopt(curl, CURLOPT_WRITEDATA, fp);
16. res = curl_easy_perform(curl);
17. curl_easy_cleanup(curl);
18. fclose(fp);
19. }
20. return 0;
21. }
Para compilar será preciso adicionar a biblioteca lcurl, conforme listagem abaixo.
Onde,
1. Compilação, repare que foi adicionada a biblioteca -lcurl;
2. Execução do programa, ele fica parado por alguns segundos;
3. Listando o arquivo baixado.
Até o momento foi demonstrado como trazer dados ou arquivos até a máquina, no próximo
exemplo será demonstrado como enviar dados para um servidor, dá para utilizar tal solução
para integrar algo no servidor Linux com alguma API privada por meio de JSON.
268 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No exemplo abaixo não será utilizada a biblioteca jsoncpp, será enviado com cURL e por
método POST um json simples para uma página PHP chamada echo. A página recebe o
json e retorna.
1. #include <stdio.h>
2. #include <curl/curl.h>
3. #include <string>
4.
5. int main(void)
6. {
7. CURLcode ret;
8. CURL *hnd;
9. struct curl_slist *slist1;
10. std::string jsonstr = "{\"username\":\"aied\",\"password\":\"123456\"}";
11.
12. slist1 = NULL;
13. slist1 = curl_slist_append(slist1, "Content-Type: application/json");
14.
15. hnd = curl_easy_init();
16. if( hnd ) {
17. curl_easy_setopt(hnd, CURLOPT_URL,
"http://www.aied.com.br/linux/download/echo.php");
18. curl_easy_setopt(hnd, CURLOPT_NOPROGRESS, 1L);
19. curl_easy_setopt(hnd, CURLOPT_POSTFIELDS, jsonstr.c_str());
20. curl_easy_setopt(hnd, CURLOPT_USERAGENT, "curl/7.38.0");
21. curl_easy_setopt(hnd, CURLOPT_HTTPHEADER, slist1);
22. curl_easy_setopt(hnd, CURLOPT_MAXREDIRS, 50L);
23. curl_easy_setopt(hnd, CURLOPT_CUSTOMREQUEST, "POST");
24. curl_easy_setopt(hnd, CURLOPT_TCP_KEEPALIVE, 1L);
25.
26. ret = curl_easy_perform(hnd);
27.
28. curl_easy_cleanup(hnd);
29. hnd = NULL;
30. curl_slist_free_all(slist1);
31. slist1 = NULL;
32. }
33. }
269 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Grifei na listagem acima o POST, eu sempre achei estranha a forma de input de parâmetros
no cURL, mas devo admitir que é uma biblioteca fantástica quanto a sua funcionalidade.
Quando executar o programa (linha 2) será impresso no output um json de retorno, você
agora está apto a enviar dados de seu servidor para alguma API.
1. mkdir /home/usuario/Downloads
Dentro do arquivo downloads com o nano crie um arquivo chamado urls.txt, crie com o nano
e já escreva no arquivo a url: http://www.aied.com.br/linux/download/output_image.iso
conforme figura abaixo. Neste arquivo você pode digitar quantas urls quiser digitar, o
mecanismo vai baixar todas.
1. #!/bin/bash
2. cd /home/usuario/Downloads
3. while true
4. do
5. xargs -n 1 curl -x socks5h://127.0.0.1:9050 -L -O --output-dir /home/usuario/Downloads/ -k --retry
9999999999999 --retry-max-time 0 -C - < /home/usuario/Downloads/urls.txt
6. sleep 30
7. done
270 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Na linha 5, foi grifado um trecho do comando curl, digite esse parâmetro -x somente se você
tem TOR instalado na máquina e quer ficar anônimo, caso contrário, pode remover esse
trecho. Dê permissão de execução e execute o script, conforme listagem abaixo.
1. chmod +x /home/usuario/download.sh
2. /home/usuario/download.sh
O download irá iniciar, como o arquivo é pequeno será muito rápido, na imagem abaixo é o
download de um outro arquivo muito grande, usando a rede TOR. Veja que sempre que
reinicia o download (devido ao While True) ele resume o download de onde parou.
O comando make aceita como argumentos de linha de comando o alvo que está descrito no
arquivo de configuração chamado Makefile, neste arquivo de configuração encontramos
comandos de execução para o alvo definido na linha de comando.
Quando o comando make é executado pela primeira vez, ele verifica o Makefile para
encontrar o destino alvo e então lê suas dependências. Se essas dependências forem os
próprios destinos, ele verifica o Makefile para esses destinos e constrói suas dependências
e, em seguida, as constrói. Uma vez que as dependências principais são construídas, ele
constrói o destino principal.
Vamos a um exemplo, mas antes, faça a instalação dos pacotes build-essential e g++
conforme listagem abaixo:
274 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Cada alvo no arquivo Makefile pode ter associado dependências que são outros alvos ou
artefatos, e cada alvo possui um ou mais comandos.
alvo: dependência
comando
comando
comando
Veja o exemplo:
<esta imagem acima tem um erro, está faltando um p de prefix na primeira linha>
O alvo install depende do alvo src/hello e o alvo src/hello depende do arquivo src/hello.c,
caso na linha de comando seja invocado o comando make passando o alvo install (ver
linha abaixo), existindo o arquivo src/hello.c será executado o alvo src/hello e só após o
src/hello sendo executado que o alvo install será executado.
1. make install
corrente44, e dentro deste diretório crie um outro diretório chamado src, veja na figura abaixo
em azul os diretórios descritos.
Trata-se de um printf escrevendo um texto padrão, veja que main retorna um inteiro e por
isso o return 0. Agora salve o arquivo, o programa está pronto mas para usar o make
precisamos criar um outro arquivo chamado Makefile conforme código abaixo.
44
Assume-se que o leitor esteja utilizando uma distribuição configurada conforme Capítulo 1.
276 Manual Completo do Debian GNU/Linux
$(CC) é uma variável que possui o compilador C/C++, ou seja, é nesta linha é invocado o
compilador informando as variáveis CFLAGS E CPPFLAGS bem como o caminho do
projeto.
O alvo install tem como comando único em seu bloco de código o comando install, isso, o
alvo se chama install e o comando utilizado dentro é install também (o que pode confundir
um pouco o leitor, mas mantém-se este padrão).
Este projeto é básico e demonstra uma estrutura mínima de uma distribuição de uma
solução (produto), é comum que uma empresa ou grupo entregue o projeto neste ponto
para que os usuários instalem usando o make, veja que é simples fazer uma instalação
make pois tanto os arquivos de código bem como o arquivo Makefile já são escritos pela
empresa/grupo que disponibiliza o produto. O usuário apenas precisa executar o make e
depois o make install.
Executa-se o make antes do make install para que se compile o projeto e naturalmente se
valide as dependências, quando invocamos o make automaticamente será carregado o alvo
all no arquivo Makefile.
Veja na imagem do Makefile demonstrado neste documento o alvo all apenas faz a
compilação, isso é uma prática saudável pois antes de iniciar o bloco de instalação (usando
make install) vamos ter certeza que foi possível compilar.
Quando o make foi invocado (ver figura acima) nenhum erro foi liberado e um arquivo
binário compilado foi gerado (em verde na figura abaixo), sucesso, só após isso que se
executa o make install para fazer a instalação do binário recém compilado.
277 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O comando install que foi descrito no alvo install do arquivo Makefile copia arquivos
(geralmente apenas compilados) em locais de destino que for definido. Se você deseja
baixar e instalar um pacote pronto para usar em um sistema GNU/Linux, você deve usar um
gerenciador de pacotes apt ou wget.
Make e Install, fazendo e usando seu próprio Makefile, acessando este link.
Este procedimento de executar o comando make sobre as fontes de uma solução é uma
forma de instalação e é a que gera um produto mais aderente ao computador pois trata-se
de uma compilação justa para as características da máquina, usando assim 100% do
potencial da mesma, mas naturalmente não é uma boa opção para o fabricante que
pretende manter seu produto.
1. cd ~
2. mkdir pacotes
3. mkdir pacotes/hello_0_0_amd64
4. mkdir pacotes/hello_0_0_amd64/DEBIAN
5. mkdir pacotes/hello_0_0_amd64/usr
6. mkdir pacotes/hello_0_0_amd64/usr/bin
Crie um arquivo chamado control em DEBIAN utilizando o nano, este arquivo possui
características que serão usadas pelo dpkg -i para realizar a instalação, edite o arquivo
conforme imagem abaixo.
Onde 45,
Package é o nome do pacote, que se chamará Hello;
Version é a versão
Architecture é a arquitetura, é uma extensa lista que pode ser obtida com o
comando dpkg-architecture -L, neste exemplo vou utilizar all que indica que pode
ser utilizada em qualquer arquitetura;
Essential: Se definido como yes, o sistema de gerenciamento de pacotes se
recusará a remover o pacote;
Priority: Este campo representa a importância de o usuário ter o pacote instalado,
são valores válidos:
required: Pacotes que são necessários para o funcionamento adequado do
sistema;
important: Programas importantes, incluindo aqueles que se esperaria
encontrar em qualquer sistema semelhante ao Unix;
standard: Esses pacotes fornecem um sistema de modo de caractere
razoavelmente pequeno, mas não muito limitado;
optional: Esta é a prioridade padrão para a maioria do arquivo;
Maintainer: O nome e endereço de e-mail do mantenedor do pacote;
Description: Descrição do produto.
O próximo arquivo que será editado será executado antes da instalação do cliente, use o
nano informando o caminho conforme figura abaixo.
45
Todas as possibilidades neste tópico:
https://www.debian.org/doc/debian-policy/ch-controlfields.html#s-f-description
279 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Neste script caso já exista uma instalação do hello em /usr/bin o script vai providenciar sua
exclusão, evitando assim um erro de instalação. Cuidado, respeite os espaços e as quebras
de linha, nos próximos capítulos a explicação sobre scripts bash será dada.
Após criar este arquivo altere a permissão de acesso para 775 conforme comando abaixo.
Os arquivos estão prontos para serem empacotados, para isso será usado o dpkg-deb
conforme listagem abaixo.
1. cd /home/usuario/pacotes/
2. dpkg-deb --build hello_0_0_amd64/
O dpkg irá:
Desempacotar o arquivo .deb;
Executa o script hello_0_0_amd64/DEBIAN/preinst (caso exista)
Instalará o conteúdo, que neste exemplo é apenas um arquivo hello
Executa o script hello_0_0_amd64/DEBIAN/postinst (caso exista)
Agora execute o comando hello que está em /usr/bin, conforme imagem abaixo.
DPKG, criando seu próprio .deb e instalando com dpkg, acesse este link.
281 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O arquivo .list possui uma lista de diretórios e arquivos instalados, já o arquivo .preinst é o
arquivo editado pelo responsável pelo pacote, ver tópico anterior.
Para listar todos os pacotes instalados utilize o dpkg-query conforme listagem abaixo.
Atenção é l de LARANJA.
1. sudo dpkg-query -l
Uma imensa lista será exibida, mas caso queira filtrar utilize o grep, conforme exemplo
abaixo.
Remova um pacote (mas não seus arquivos de configuração): dpkg --remove hello
Remova um pacote (incluindo seus arquivos de configuração): dpkg --purge hello
Se necessitar de fazer uma busca mais elaborada nos meta-dados do dpkg, necessita
executar o comando grep -e padrão_de_expressão_regular * no diretório
/var/lib/dpkg/info/, isto deverá procurar as palavras mencionadas nos scripts dos pacotes e
nos textos de questões de instalação.
O comando apt vem sendo mais utilizado em documentos, trata-se de uma interface de
linha de comandos de alto nível para gestão de pacotes. É basicamente um invólucro dos
apt-get, apt-cache e comandos, originalmente destinada a ser um comando para o usuário
final.
Sempre que iniciar um processo de instalação execute o comando apt com parâmetro
update conforme listagem abaixo.
Aqui estão algumas operações básicas de gestão de pacotes com a linha de comandos a
usar apt:
apt update atualiza os metadados do arquivo de pacotes;
apt install XXXXX instala a versão candidata do pacote "xxxx" com as suas
dependências;
apt upgrade instala as versões candidatas dos pacotes instalados sem remover
quaisquer outros pacotes;
apt full-upgrade instala as versões candidatas dos pacotes instalados a remover
outros pacotes caso necessário;
apt remove xxxxx remove o pacote "xxxxx" a deixar os seus ficheiros de
configuração;
apt autoremove remove os pacotes auto instaláveis que já não sejam necessários;
apt purge xxxx purga o pacote "xxxx" com os seus ficheiros de configuração;
apt clean limpa completamente o repositório local de ficheiros de pacotes obtidos;
apt autoclean limpa os pacotes desatualizados do repositório local dos ficheiros de
pacotes recebidos;
apt show xxxxx mostra informação detalhada acerca do pacote "xxxxx";
apt search <regex> procura pacotes que correspondem à <expressão-regular>;
A lista destes serviços está definida em um arquivo chamado sources.list que está em
/etc/apt/, trata-se de um arquivo de linhas corridas com uma entrada (linha) para cada
serviço.
284 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Tipo de arquivo: A primeira palavra em cada linha, deb ou deb-src, indica o tipo de arquivo.
Deb indica que o arquivo contém pacotes binários (.deb), os pacotes pré-compilados que
normalmente usamos. Deb-src indica pacotes fonte, que são os originais do programa
fontes mais o arquivo de controle Debian (.dsc) eo diff.gz contendo as modificações
necessárias para o empacotamento do programa.
URL do repositório: A próxima entrada na linha é um URL para o repositório do qual você
deseja baixar os pacotes. A lista principal de mirrors do repositório Debian está localizada
neste link: https://www.debian.org/mirror/list.
Componente:
main consiste em pacotes compatíveis com DFSG, que não dependem de software
fora desta área para operar. Estes são os únicos pacotes considerados parte da distribuição
Debian.
Os pacotes contrib contêm software compatível com DFSG, mas não possuem
dependências no principal (possivelmente empacotados para o Debian em não-livre).
non-free contém software que não está em conformidade com a DFSG.
Um repositório é uma coleção de arquivos que tem informações sobre vários softwares,
suas versões e alguns outros detalhes como a soma de verificação. Toda a árvore de
dependência está lá descrita em arquivos. Também encontramos nestes repositórios
arquivos binários e scripts.
286 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O computador do usuário então acessa este repositório, pois possui informações de como
chegar até estes repositórios. Essas informações são armazenadas no arquivo sources.list
no diretório /etc/apt conforme já visto.
Sempre que utiliza o comando apt, tal como apt update, seu sistema usa a ferramenta
APT para verificar o repositório e armazena as informações sobre o software e sua versão
em um cache. Quando você usa o comando sudo apt install package_name, ele usa as
informações para obter esse pacote na URL em que o software real está armazenado.
Onde:
repository pode ser um repositório que pode ser adicionada ao sources.list exemplo: deb
http://repo.tld/ubuntu distro component ou um repositório PPA no formato
ppa:<user>/<ppa-name>. Veja um exemplo para instalação do Mariadb.
Este arquivo possui uma estrutura onde cada pacote está descrito em sequência,
semelhante a uma coleção de arquivos control.
1. cat
/var/lib/apt/lists/deb.debian.org_debian_dists_buster-updates_main_binary-amd64_Package
s
O arquivo em geral é muito grande, cada pacote começa com uma entrada chamada
Package, conforme visto na figura abaixo.
2. cat
/var/lib/apt/lists/deb.debian.org_debian_dists_buster-updates_main_binary-amd64_Package
s | grep Package:
Quando localizar o nome do pacote, pode então solicitar mais informações sobre o mesmo,
neste caso será usado como exemplo o pacote mariadb-server.
46
Url: https://packages.debian.org/pt-br/sid/net-tools
289 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A instalação é simples, basta usar o parâmetro install seguido do nome do pacote. Temos
as seguintes sintaxes:
Onde,
-y aceita tudo, sem questionamento;
--no-upgrade não realizar o upgrade do pacote;
--only-upgrade realizar o upgrade do pacote;
pacote=numero_versao instala uma versão específica do pacote.
Depois de instalar execute o comando aied para validar a prática, passando como
parâmetro o código da prática e o checkpoint01 conforme listagem abaixo.
Agora execute o comando aied para validar a prática, passando como parâmetro o código
da prática e o checkpoint02 conforme listagem abaixo.
Agora execute o comando aied para validar a prática, passando como parâmetro o código
da prática e o checkpoint03 conforme listagem abaixo.
293 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Atenção: São considerados SHELL SCRIPT apenas sh, dash, bash, csh e tcsh na listagem
acima, as demais são apenas scripts;
Neste curso serão utilizados os interpretadores clássicos dash, sh e bash (que mantém uma
mesma sintaxe) e o Python para ser mais aderente a uma linguagem moderna.
Não existe um diretório específico com um X vermelho dizendo “salve aqui seu script”, não,
o que existe é a perfeita organização citada no capítulo de Sistema de Arquivos que até
então o aluno já estudou. Mas os principais são:
/bin e /usr/bin Diretórios reservados para scripts e binários do sistema, não se
adicionam nada aqui que não seja para o sistema como um todo, este diretório
sempre está no PATH do sistema;
/usr/local/bin e /usr/local/sbin Diretório reservado para programas e scripts do
usuários, este diretório está no PATH do sistema;
/opt Diretório de customização e instalações de extensões;
/etc/cron.d Diretório de scripts agendados no cron, cron é um sistema de
agendamento de execuções clássico;
/etc/ Diretório de instalação de programas mais complexos, e está cheio de
diretórios de programas cheio de binários e scripts.
~/.local/bin ;
A montagem da variável PATH pode ser feita em vários pontos do sistema, pode-se ter
parte do PATH genérico para todos definido em /etc/envirnoment, /etc/profile e outra parte
específica por usuário em ~/.bashrc.
ATENÇÃO: Uma falha de segurança no Bash datada da versão 1.03 (agosto de 1989),
apelidada de Shellshock, foi descoberta no início de setembro de 2014 e rapidamente levou
a uma série de ataques pela Internet.
A primeira linha de um script é a linha do cabeçalho, esta linha começa com #! na parte
superior do script. Essa combinação de caracteres identifica o tipo de script e naturalmente
qual o interpretador será utilizado pelo GNU/Linux.
Se for escrever um script em python, geralmente se utiliza (cada GNU/Linux o python pode
estar instalado em um determinado diretório) /bin/python, caso precise de uma versão
específica pode-se utilizar:
/bin/python A versão corrente do python;
/bin/python2 A subversão corrente do Python versão 2;
/bin/python2.7 Uma subversão específica do Python versão 2;
1. #!/bin/python2
2. # nome do script
3. # para que serve o script
4.
As linhas que começam com # são comentários e são notas para o leitor e não afetam a
execução de um script. Os comentários devem ser sempre informativos, descrevendo o que
o script está tentando realizar, não precisa descrever comando por comando, mas
preferencialmente trechos, em um ambiente de negócios, comentários claros e informativos
ajudam a solucionar e depurar problemas obscuros.
Caso seja um script Bash clássico, basta informar /bin/bash na primeira linha conforme
listagem abaixo.
1. #!/bin/bash
2. # nome do script
3. # para que serve o script
4.
5.
Esta forma simples permite que inúmeros interpretadores possam ser utilizadas mas
naturalmente que o script deve manter a sintaxe do interpretador adequado, não adianta
escrever um script em Python e invocar o /bin/bash.
Um script pode ser editado em qualquer editor de texto ASCII ou UTF-8, porém os dois mais
recomendados são o vim e o nano, e o processo de edição é trivial. Após salvar o script e
tendo certeza que está tudo correto, então deve-se invocar o script, existe 2 formas de se
fazer isso:
Forma 1: Dar poder de execução para o arquivo e simplesmente o invocar logo em
seguida informando o caminho do arquivo;
Forma 2: Invocar o interpretador (quem vai ser executado é o interpretador) pelo
nome e passar como parâmetro o caminho do script que acabou de escrever;
1. #!/bin/bash
2. # umscript.sh
3. # Apenas um exemplo para demonstração
4.
5. echo “oi”
6. exit 0
Por simplificação a permissão de execução foi dada para todos, quando o script é
executado na linha de comando, nesta Forma 1 a primeira linha será lida e o interpretador
definido dentro do script deverá (ver linha 1 do script acima).
Para exemplificar a Forma 2 vamos criar um segundo script com o mesmo código da
listagem acima, para executar o interpretador e passando como parâmetro o caminho do
script não será necessário dar permissão de execução para o script pois quem está sendo
executado é o interpretador.
298 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. # doiscript.sh
2. # Apenas um exemplo para demonstração
3.
4. echo “oi”
5. exit 0
Neste segundo caso, linha 1 da listagem acima será ignorada e o interpretador definido na
execução do shell será utilizado.
1. # não vou usar aqui o interpretador pois vou demonstrar como invocar o script usando o
interpretador na linha de comando!!!!!
2. # ola.sh
3. # Este script apenas escrever uma mensagem na saída
4.
5. printf "Como é fácil escrever\n"
6. #echo "Como é fácil escrever"
7.
8. exit 0;
O comando exit, seguido por um zero, informa ao programa que está executando o script de
shell que o script foi executado com êxito, qualquer número diferente de zero é um erro
definido por quem escreveu o script e é uma forma de localizar o problema em scripts que
estão em produção.
declare [-a] [-f] [-g] [-F] [-x] [-p] [-i] [name[=value]] [name[=value]] …
-p É usado para exibir as opções e atributos de cada nome de variável se for usado
com argumentos de nome;
-f Cada nome é tratado como o nome da função, não como uma variável. Portanto,
você pode dizer que esta opção restringe a ação ou exibição a nomes e definições
de funções.
-F Ao mostrar informações sobre uma função, mostra apenas o nome e os atributos
da função. Portanto, o conteúdo da função não será exibido.
-g Faz com que todas as operações em variáveis tenham efeito no escopo global.
-i Força uma variável inteira;
-x keyseq shell-command Faz com que o comando shell seja executado sempre
que keyseq for inserido;
-X Liste todas as sequências de teclas vinculadas aos comandos do shell e os
comandos associados em um formato que pode ser reutilizado como entrada.
Exemplo:
1. #!/bin/bash
2.
3. # Global Declarations
4. declare SCRIPT=${0##*/}
5. declare wc=”/usr/bin/wc”
6.
Um script para automaticamente quando chega ao seu final, como se houvesse uma saída
implícita digitada lá, mas o status de saída é o status do último comando executado.
300 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. suspend
Também existe um utilitário Linux chamado sleep. Sleep suspende o script por um número
específico de segundos, após o qual ele é ativado e retoma a próxima instrução após o
comando sleep.
1. sleep 5
O sleep é útil para colocar pausas no script, permitindo que o usuário leia o que foi exibido
até agora. A suspensão não é adequada para sincronizar eventos, no entanto, porque
quanto tempo um determinado programa é executado no computador muitas vezes
depende da carga do sistema, número de usuários, atualizações de hardware e outros
fatores fora do controle do script.
Esses números são importantes quando você precisa acessar um arquivo específico,
especialmente quando deseja redirecionar esses arquivos para outros locais.
1. wc -l < umarquivo.txt
Neste exemplo, a entrada para o comando 'wc' vem do arquivo denominado umarquivo.txt.
O shell envia o conteúdo do arquivo como uma entrada padrão para o comando wc.
Onde,
ls /usr/bin é o comando executado
> command.txt redireciona a saída do comando ls
2>&1 envia a saída do descritor de arquivo 2, stderr, para o mesmo local que o
descritor de arquivo 1, stdout.
302 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para lidar com esses problemas, o Bash tem muitos de seus comandos fundamentais
integrados. Mas para compatibilidade básica com o shell Bourne mais antigo, o Linux ainda
implementa sua própria versão dos comandos do Bash.
Por exemplo, test é um comando embutido no Bash, mas o Linux também fornece seu
próprio programa /usr/bin/test para shells que não fornecem uma versão embutida de test.
Se você não sabe se um comando está embutido, o comando type no Bash irá informá-lo,
se for um comando interno deverá então retornar “is a shell builtin”.
Estes comandos que não são builtin geralmente estão em /bin e /usr/bin mas podem estar
em outros diretórios que estão definidos em PATH.
303 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O Bash contém muitos recursos opcionais que podem ser ativados ou desativados. Essas
opções referem-se a como o Bash responde interativamente com o usuário, como ele se
comporta em scripts de shell e como o Bash é compatível com outros shells e padrões.
10.5.5 Variáveis
A saída dos comandos podem ser armazenados em um arquivo ou variáveis, como as
variáveis são salvas na memória, elas tendem a ser mais rápidas. O Bash não coloca um
limite superior no tamanho de uma variável: eles são grandes o suficiente para conter
qualquer coisa que você precise segurar.
As variáveis são declaradas usando o comando Bash declare. Para declarar uma variável
chamada CUSTO, use o seguinte:
1. define CUSTO
Use a instrução typeset para compatibilidade com o shell Korn. Se você estiver usando o
Bash, use declare. O comando declare tem todos os recursos do comando typeset mais
antigo.
Os nomes das variáveis começam com um caractere alfabético ou sublinhado, seguido por
caracteres alfanuméricos adicionais ou sublinhados.
1. CUSTO=0
2. exemplo=
Embora printf %d imprima um zero para um valor igual a zero e uma string vazia, Bash
considera os dois valores diferentes. Uma variável sem valor não é o mesmo que uma
variável com valor zero.
O Bash diferencia entre o nome de uma variável e o valor que a variável representa. Para
se referir ao valor de uma variável, você deve preceder o nome com um cifrão ($).
O cifrão significa “substituto”. O shell substitui $custo pelo valor que custo representa.
Nesse caso, o valor de custo é zero. Após substituir o valor de custo, o comando se torna:
1. print “%d\n” 0
falar de %s
Com o comando declare as variáveis são criadas e elas permanecem em existência até que
o script termine ou até que a variável seja destruída com o comando interno chamado
unset.
1. #!/bin/bash
2. # exemplo_comando.sh
3. # Exemplo de armazenamento de output de comando em uma script
4.
5. declare saida=`ls /`
6.
7. echo $saida
1. custo=0
2. custo="0"
305 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Essas duas atribuições produzem o mesmo resultado: custo recebe o valor 0. As aspas
duplas mostram explicitamente que o valor a ser atribuído a custo inclui o caractere zero.
Valores alfanuméricos curtos podem ser atribuídos a variáveis sem aspas. No entanto,
quando a string contém espaços, não é mais aparente qual valor deve ser atribuído. Veja
um trecho de um script:
1. cidade=Linhares
2. printf "%s\n" $cidade
3.
4. estado=“Epirito Santo”
5. printf “%s\n” $estado
6.
Como as aspas não são delimitadores, mas dicas sobre como interpretar caracteres
especiais, elas podem ser usadas consecutivamente. Esta é uma maneira conveniente de
separar variáveis do texto ao redor. Veja um trecho de um script:
1.
2. taxa=10
3. taxa_mensagem="A taxa é ""$taxa""%"
4. printf "%s\n" "$taxa_mensagem"
5.
Separar cada uma das peças citadas com um espaço resultaria no mesmo problema que
você viu anteriormente: o Bash as trataria como três valores individuais. Alternativamente, o
nome da variável de substituição de uma variável pode ser colocado entre chaves para
deixar claro onde o nome da variável começa e termina.
1.
2. taxa=10
3. taxa_mensagem=“A taxa é ${taxa}%”
4. printf "%s\n" "$taxa_mensagem"
5.
Todas as variáveis Bash são armazenadas como strings simples. Cada variável tem certas
opções chamadas atributos, que podem ser ativadas ou desativadas usando o comando
declare.
Se uma variável for declarada com a opção -i, o Bash ativa o atributo inteiro para essa
variável o shell se lembrará de que a string deve ser tratada como um valor inteiro. Se um
valor não numérico for atribuído a uma variável inteira, o Bash não relatará um erro, mas,
em vez disso, atribuirá um valor zero.
306 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Algumas dessas variáveis têm propriedades especiais que podem ser perdidas se você
desconfigurar a variável e, em seguida, criar uma nova com o mesmo nome. Por exemplo, a
variável RANDOM contém um número aleatório.
Se você excluir RANDOM com unset e declarar uma nova variável chamada RANDOM,
essa nova variável é uma variável de shell normal e não contém números aleatórios.
Portanto, é melhor evitar a criação de variáveis com o mesmo nome das variáveis
predefinidas.
BASH O caminho completo do Bash.
BASH_ENV Em um script de shell, o nome do arquivo de perfil executado antes do
script ser iniciado.
BASH_VERSION A versão do Bash.
COLUMNS O número de caracteres por linha em sua tela.
FUNCNAME Se estiver dentro de uma função, o nome da função.
HOSTNAME O nome do computador. Em algumas versões do Linux, pode ser o
nome da máquina. Em outros, pode ser um nome de domínio totalmente qualificado.
HOSTTYPE Tipo de computador.
HOME O nome do seu diretório inicial.
IFS O separador de campo interno, uma lista de caracteres usados para dividir uma
linha em palavras shell.
LINENO O número da linha atual em um script ou função.
LINES O número de linhas horizontais em sua exibição.
OSTYPE O nome do sistema operacional.
PATH Lista separada por dois pontos de caminhos de pesquisa para encontrar um
comando a ser executado.
PPID O ID do processo do processo pai do shell.
PROMPT_COMMAND Comando a ser executado antes da configuração da string
do prompt primário PS1.
PS1 A string de prompt principal.
PS2 A string de prompt secundária.
PS3 A string do prompt de comando de seleção.
PS4 A string de prefixo de saída do comando trace.
PWD O diretório de trabalho atual (conforme definido pelo comando cd).
RANDOM Retorna um número aleatório entre 0 e 32767 cada vez que é
referenciado.
SHELL O shell preferido para usar; para programas que iniciam um shell para você.
TERM O tipo de emulação de terminal (por exemplo, console).
10.5.7 Exports
Quando o terminal é aberto ou um script é executado por algum mecanismo como o Cron
ou Systemd é criado uma “caixa de areia” chamada environment, este environment é um
307 Manual Completo do Debian GNU/Linux
contexto no qual os processos ali estão encapsulados. Este environment possui por padrão
variáveis e dados que os programas podem utilizar, isso é o comum.
Mas digamos que um processo pai abra um novo processo filho por fork(), o que tem em
comum em ambos? Simples, as variáveis criadas pelo processo pai e que está em Pai e
também o environment.
Então um processo pai ou filho podem criar ou consultar variáveis comuns do environment
criado para o pai quando o pai foi instanciado, saiba que o Terminal é um processo e que
quando ele invoca um script o script é executado como processo filho deste Terminal, por
isso quando você fecha um Terminal todos os scripts são parados, lembre-se da aula de
processos.
1. #!/bin/bash
2. # script.sh
3. # Um exemplo de acesso as variáveis Environment
4.
5. echo $UMAVARIAVEL;
Agora pelo terminal é dada a permissão de execução para o script em questão (linha 1 da
listagem abaixo), veja que na listagem acima não existe a criação da variável
UMAVARIAVEL, ela será criada no enviroment do Terminal.
1. chmod +x /tmp/script.sh
2.
3. export UMAVARIAVEL=‘Compartilhe aied, ajude o canal’
4.
5. echo $UMAVARIAVEL
6.
7. /tmp/script.sh
Na linha 5 é testada a variável, e veja que no terminal ela existe e possui um valor, na linha
7 o script é executado e conforme visto na figura abaixo UMAVARIAVEL existe no contexto
do script que é um processo filho do Terminal.
308 Manual Completo do Debian GNU/Linux
10.5.7 Arrays
Array são listas de valores criadas com o atributo -a (matriz), o mecanismo cria uma série
de elementos e acessamos cada elemento por meio de um número denominado índice, que
refere-se ao item de posição do array.
1. declare -a produtos
Novos itens são atribuídos ao array usando colchetes para indicar a posição na lista, mas a
primeira posição é a posição zero. Se um valor inicial for especificado, ele será atribuído à
primeira posição. Atribuir um valor não é particularmente útil, mas é incluído para
compatibilidade com outros shells. Alternativamente, os valores iniciais podem ser
atribuídos a posições específicas incluindo uma posição entre colchetes conforme exemplo
abaixo.
Para editar uma posição existente ou adicionar uma nova posição basta informar a posição
e atribuir um valor.
o Array inteiro pode ser acessado usando um asterisco (*) ou um sinal de arroba (@), estes
dois símbolos diferem apenas quando aspas duplas são usadas: O asterisco retorna uma
string, com cada item separado pelo primeiro caractere de a variável IFS (geralmente
espaço) e o sinal de arroba retorna cada item como uma string separada sem nenhum
caractere de separação.
309 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. #!/bin/bash
2. # /tmp/array.sh
3. # Exemplo de uso de array
4.
5. # Declarando um array
6. declare -a produto[0]="Baiao de 2" produto[1]="Suco de coco com Leite 750ml"
produto[2]="Acarajé 4 unidades"
7.
8. # Adicionando mais um elemento
9. produto[3]="Chopp de vinho 700ml"
10.
11. # Imprimindo a posição 1 e a 2
12. printf "Elemento na posição 1: %s\n" "${produto[0]}"
13. printf "Elemento na posição 2: %s\n" "${produto[1]}"
14.
15. # imprimindo todas as posições
16. printf "Todos os elementos: %s\n" "${produto[*]}"
17. printf "Todos os elementos: %s\n" "${produto[@]}"
O comando test integrado contém uma ampla variedade de testes para arquivos, ele pode
testar o tipo de arquivo, a acessibilidade do arquivo, comparar as idades dos arquivos ou
outros atributos de arquivo.
1. test EXPRESSION
310 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Já no exemplo abaixo, estou validando a existência do link aied, um ótimo programa e tão
importante para o aluno, quando chegar no tópico das estruturas de código vou ensinar
como usar no if.
311 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Fique atento que os comparadores acima são para testes em strings, veja exemplo (veja o
A é diferente de a).
Na figura abaixo, estou mostrando uma comparação, embora pareça que 1 é um numérico,
tudo é texto, logo pode ser comparado como string, mas recomenda-se utilizar os
operadores descritos abaixo.
O comando de test pode comparar valores numéricos, mas usa operadores diferentes
daqueles usados para comparar valores de string. Como todas as variáveis do shell são
armazenadas como strings, as variáveis podem ser comparadas como números ou strings,
dependendo da escolha do operador.
n1 -eq n2 Verdadeiro se n1 for igual a n2
n1 -ne n2 Verdadeiro se n1 não for igual a n2
n1 -lt n2 Verdadeiro se n1 for menor que n2
n1 -le n2 Verdadeiro se n1 for menor ou igual a n2
n1 -gt n2 Verdadeiro se n1 for maior que n2
n1 -ge n2 Verdadeiro se n1 for maior ou igual a n2
Outra forma:
valor=$(( 10 % 2 ));
echo $valor;
Você não precisa usar $ para concatenar ao nome de uma variável na string let entende que
qualquer variável que apareça no lado direito do sinal de igual precisa ter seu valor
substituído na expressão.
Testes podem ser combinados utilizando && para AND e || para OR, mas o correto é atuar
com outros símbolos para os mesmos, dê preferência ao -a ao invés de && e -o ao invés de
||.
O operador && executa o comando de test duas vezes mesmo que o resultada da esquerda
tenha retornado falso e pode ser executada mais lentamente do que a versão que usa a
opção -a, portanto, a opção -a é preferível ao uso de && em uma expressão if.
10.5.9 Comando if
O comando interno if executa um comando e verifica os resultados, se o comando for
bem-sucedido, ele executa outro conjunto de comandos (bloco de código).
O comando if executa uma de duas ou mais séries alternativas de comandos com base em
um código de status retornado por outros comandos. Normalmente, a instrução if é usada
em conjunto com o comando test.
1. if [ expressão ] ; then
2. bloco de código
3. fi
Os comandos if podem ter uma outra parte que só é executada quando a condição falha.
4. if [ expressão ] ; then
5. bloco que é executado quando se tem sucesso no teste
6. else
7. bloco que é executado quando falha o teste
8. fi
Da mesma forma, é possível declarar variáveis dentro de um comando if, mas torna muito
difícil determinar quais variáveis existem e quais não existem.
1. #!/bin/bash
2. # numero.sh
3. # Um script que faz a leitura de um número e testa se é maior que 10.
4.
5. printf "Informe um número: "
6. read VAR
7.
8. if [ $VAR -gt 10 ] ; then
9. printf "O valor %s é maior que 10.\n" $VAR
10. fi
Ao contrário dos comandos elif que testam o código de status para comandos individuais, o
caso testa o valor de uma variável. O comando case é preferível a um longo conjunto de
elifs ao testar valores de string.
1. case VARIAVEL in
2. OPCAO1)
3. bloco de código
4. ;;
5. OPCAO2 | OPCAO3)
6. bloco de código
7. ;;
8. *)
9. bloco de código
10. ;;
11. esac
O asterisco padrão (*) é o caso geral; ele corresponde a todos os valores que não foram
tratados por um caso anterior, embora este caso seja opcional, é bom design sempre incluir
um caso pega-tudo, mesmo que contenha apenas uma instrução nula.
315 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No script abaixo o case está sendo utilizado para validar a entrada do usuário em um
simples exemplo de menu de opções.
1. #!/bin/bash
2. # menu.sh
3. # Um exemplo simples de menu em bash
4.
5. printf "Lista de Opcoes:\nA\tAdicionar arquivo;\nE\tExcluir arquivo;\nS\tSair;\n\n"
6.
7. echo -n "Informe a opção: "
8. read OPCAO
9.
10. case $OPCAO in
11. A)
12. echo "Adicionado :)"
13. ;;
14. E)
15. echo "Excluído :("
16. ;;
17. S)
18. echo "Sair"
19. ;;
20. *)
21. echo "Não entendi..."
22. ;;
23. esac
1. while expressão ; do
2. bloco de código
3. done
316 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Um loop while é completado com o comando done, não elihw como você pode esperar
kkkk, ver caso do if e case. Um loop infinito pode ser criado usando o comando true. Como
true sempre é bem-sucedido, o loop continuará indefinidamente.
1. until expressão ; do
2. bloco de código
3. done
Para exemplificar, será desenvolvido um script que terá o mesmo efeito do while, mas com
o until, crie um novo arquivo script em /tmp chamado loop_until.sh e edite o seguinte código:
317 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O resultado é semelhante (ver figura abaixo) mas e expressão foi alterada de -lt para -eq, o
autor deste conteúdo acha esta troca um risco para execução de laços complexos.
O resultado será semelhante ao obtido com while e until, conforme figura abaixo, mas com
uma segurança muito maior.
No script acima o comando getent passwd | awk -F: ‘{print $1}’ lista a primeira coluna do
arquivo /etc/passwd, mas repare que para usar comandos dentro de estruturas é obrigatório
o uso de crase delimitando tais comandos.
318 Manual Completo do Debian GNU/Linux
10.6.4 Prática 8ab001 04: Script que valida par ou ímpar com if
Nesta prática o aluno deverá criar um script, de acordo com o roteiro abaixo.
1. Criar um arquivo no diretório ~/ com o nome atividadeiv.sh;
2. Defina o interpretador deste arquivo o bash;
3. Receba o primeiro parâmetro passado para o script (para receber o primeiro
parâmetro utilize $1);
4. Se o primeiro parâmetro for um número par, escreva “par”;
5. Se o primeiro parâmetro for um número ímpar, escreva “impar”;
320 Manual Completo do Debian GNU/Linux
6. Salve o arquivo;
7. Dê a permissão de execução;
8. Teste, veja abaixo o valor esperado no teste antes de invocar o comando aied;
10.6.5 Prática 8ab001 05: Script que valida se um número é maior que
10
Nesta prática o aluno deverá criar um script, de acordo com o roteiro abaixo.
1. Criar um arquivo no diretório ~/ com o nome atividadev.sh;
2. Defina o interpretador deste arquivo o bash;
3. Receba o primeiro parâmetro passado para o script, esse parâmetro será um
número;
4. Se o primeiro parâmetro for um número maior que 10 então escreva “maior”;
a. Caso contrário, escreva “menor ou igual”;
5. Salve o arquivo;
6. Dê a permissão de execução;
7. Teste, veja abaixo o valor esperado no teste antes de invocar o comando aied;
QUESTION 60
From a Bash shell, which of the following commands directly executes the instruction from
the file /usr/local/bin/runme.sh without starting a subshell? (Please select TWO answers.)
A. source /usr/local/bin/runme.sh
B. . /usr/local/bin/runme.sh
C. /bin/bash /usr/local/bin/runme.sh
D. /usr/local/bin/runme.sh
E. run /usr/local/bin/runme.sh
QUESTION 73
Which of the following command sets the Bash variable named TEST with the content FOO?
A. set TEST="FOO"
B. TEST = "FOO"
C. var TEST="FOO"
D. TEST="FOO"
QUESTION 74
Which variable defines the directories in which a Bash shell searches for executable
commands?
A. BASHEXEC
B. BASHRC
C. PATH
D. EXECPATH
E. PATHRC
322 Manual Completo do Debian GNU/Linux
323 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Python está quase todos sistemas operacionais modernos (exceto no maior colaborador do
projeto Python, o Windows), todas as distros, sem preocupação, seu script vai funcionar. A
versão mais clássica é a versão 2, está a garantia é de 100% de que o usuário encontrará o
interpretador para seu script sem necessidade de instalação.
MAIOR47.MENOR.MICRO
Por exemplo, no Python 3.6.8, 3 é uma versão principal, 6 é uma versão secundária e 8 é
uma micro versão.
MAIOR Python tem duas versões principais que não são totalmente compatíveis:
Python 2 e Python 3. Por exemplo, 3.5.7, 3.7.2 e 3.8.0 fazem parte da versão
principal do Python 3.
MENOR Esses lançamentos estão trazendo novos recursos e funções. Por exemplo,
3.6.6, 3.6.7 e 3.6.8 fazem parte da versão secundária do Python 3.6.
MICRO As novas micro versões contém várias correções de bugs e melhorias.
As versões de desenvolvimento têm qualificadores adicionais. Para obter mais
informações, leia a documentação do “Ciclo de Desenvolvimento” do Python.
Python é uma tecnologia que é resiliente a versões anteriores, ou seja, você pode ter várias
versões de Python instalados no seu computador e estas versões não vão se conflitar
47
A sintaxe pode mudar aqui, como foi visto da 2 para 3
324 Manual Completo do Debian GNU/Linux
gerando problemas, para saber quais versões do Python estão em seu servidor, liste os
arquivos python conforme listagem abaixo.
1. ls -l /usr/bin/python*
Na figura acima o servidor possui várias versões instaladas, conforme já dito, não há
problemas nisso. Como o diretório /usr/bin está no PATH do sistema então de qualquer
ponto do sistema de arquivos eu posso invocar as seguintes versões do Python:
python2.7 Para invocar esta versão pode-se utilizar no terminal os comandos:
python
python2
python2.7
python3.8 Para invocar esta versão pode-se utilizar no terminal os comandos:
python3
python3.8
Sua decisão deve ser entre escrever scripts em Python 2 ou Python 3, em meu processo
decisório uso Python 2 somente em caso onde o alvo pode ser qualquer Distribuição é
independente da versão (recente ou passada, muito passada). Para este material será
utilizado o Python 3 pois o conteúdo deve partir de algo mais recente e algumas
particularidades podem existir nesta versão e neste material.
O python interativo no terminal será caracterizado por >>>, então pode-se digitar comandos
python e pressionar Enter;
Quando um script é invocado no terminal shell o usuário pode enviar parâmetros, como
qualquer outro comando GNU/Linux já estudado. Em python para obter os parâmetros
enviados pelo sistema utiliza-se sys.argv, trata-se de um array de valores tendo na posição
0 o nome do script, e sucessivamente os parâmetros a partir deste valor. Vamos a um
exemplo, crie um arquivo em /tmp/ chamado script.py e codifique conforme listagem
abaixo.
1. #!/usr/bin/python3
2. #/tmp/script.py
3.
4. import sys;
5. print("Parâmetro 1 passado no terminal", sys.argv[1]);
Para chamar este script por terminal, deve-se dar permissão de execução e invocar
conforme listagem abaixo.
1. chmod +x /tmp/script.py
2. /tmp/script.py AIEDONLINE
Atenção: A sintaxe python, variáveis, estruturas pode ser consultada neste conteúdo
gratuito disponibilizado pela LUMAC.
326 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. #!/usr/bin/python3
2. # gerarsha1.py
3. # Além de um bom exemplo de import, é um script útil para gerar chaves sha1
4. import hashlib;
5.
6. umtexto = '123456';
7. hash_object = hashlib.sha1(umtexto.encode());
8. bHash = hash_object.hexdigest();
9. print(bHash);
No exemplo acima após importar a hashlib é possível utilizar os recursos desta biblioteca,
conforme demostrado na linha 6 com o uso da função sha1(). Além de ser um script curto é
um script importante que será melhorado nos próximos tópicos.
Tudo isso é facilitado como uso de um recurso chamado PIP, trata-se de um programa que
é capaz de obter módulos empacotados de uma fonte oficial e faz a instalação inclusive de
suas dependências caso seja possível.
Todos os módulos que não estão na instalação padrão do Python estão descritos em um
repositório muito instrutivo localizado no site: https://pypi.org/project/pip/
Uma busca por “Selenium” podemos ver uma vasta coleção de módulos conforme a
imagem abaixo que é um recorte do retorno.
327 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Quando se seleciona um projeto, o usuário encontra uma página com dados conforme
exemplo abaixo, inclusive o comando que se deve utilizar para fazer a instalação.
ATENÇÃO: Para python2 é pip, para python3 é pip3, mas tem que instalar este último.
Para instalar neste material será utilizado o pip3 para o Python3, para fazer a instalação use
o comando apt conforme listagem abaixo.
É uma instalação grande mas não é complicada, ao término o pip3 estará disponível, mas
não recomendo o uso direto do pip3 na linha de comando, isso pois é comum que o
administrador utilize várias versões de python e é recomendado que se instale o módulo
para uma versão específica que realmente irá utilizar o módulo. Então utilize assim:
328 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No output do processo acima é possível observar que uma dependência para o Selenium é
o urllib3 que já se encontra instalado e também a informação que o pacote do Selenium foi
instalado com sucesso. A instalação de pacotes por parte do usuário no Debian 10 é
alocado em ~/.local/lib/pythonMAIOR.MENOR/site-packages/, para saber é simples,
importe o módulo e exiba a propriedade __path__ conforme listagem abaixo.
O módulo SYS fornece uma API para acesso fácil a variáveis usadas e mantidas pelo
interpretador que são reflexo do Sistema Operacional, é uma forma de interagir com o SO.
Geralmente trabalhamos com OS e SYS em conjunto.
329 Manual Completo do Debian GNU/Linux
GNU/Linux Windows
Com este resultado dá para se saber se a máquina é 64bits ou 32bits, qual a versão do
kernel, o nome do sistema e o nodename, com estas informações dá para se saber onde o
script está sendo executado e com isso pode-se fazer adaptações no mesmo.
Dizer que o Windows não é posix seria injusto pois nem o GNU/Linux segue em sua
totalidade o padrão posix, mas pode-se dizer que GNU/Linux é mais aderente ao padrão, e
o os.uname() requer justamente a aderência do Sistema Operacional ao padrão posix, e por
este motivo o comando não é compatível no mundo Windows.
48
Acessível pela url: https://www.pythonanywhere.com/
330 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Uma boa alternativa para se extrair informações do Sistema Operacional é o uso das
variáveis de Environment, tanto no GNU/Linux quanto no Windows. Para conhecer estas
variáveis de ambiente utilize no Linux o comando printenv, conforme figura abaixo.
Muitas destas variáveis são universais no mundo Linux, tal como a variável PATH, SHELL,
etc., outras variáveis são específicas, tal como GNOME_SHELL_SESSION_MODE,
DESKTOP_SESSION, etc.. Para obter um valor de uma determinada variável para se
definir qual sistema operacional está sendo utilizado, ou alguma variável interna de
Environment, basta utilizar a função os.getenv() conforme figura abaixo.
Outra forma de obter dados do Environment é utilizando o Dictionary os.environ, por este
dicionário pode-se obter qualquer informação do Environment e ainda pode criar, editar e
deletar uma variável.
GNU/Linux Windows
Neste diretório então o Python pode executar scripts relativos à sua posição que deixam
arquivos desnecessários para o sistema após seu uso, /tmp é um diretório eliminado ao fim
da execução do GNU/Linux.
1. import os;
2.
3. uid = 1000; # UID de um usuário do Linux, consulte /etc/passwd
4. gid = 1000; # GID de um grupo, consulte /etc/group
5. os.chown("/tmp/meuarquivo.txt", uid, gid);
Mas antes de atuar com métodos que manipulam path de arquivos, temos que entender que
em inúmeras vezes é necessário se obter PATHs clássicos, como a raiz do sistema,
diretório do usuário, diretório temporário, etc.
Para se obter o diretório do usuário deve-se utilizar expanduser, conforme exemplo abaixo.
1. import os
2. print(os.path.expanduser('~'))
há a possibilidade de se utilizar pathlib que já possui uma interface para definição deste
path.
Outro diretório muito acionado é a raiz, que no caso do Windows é C:\ e em GNU/Linux é /
(geralmente). Para isso basta pegar o path absoluto do separador, ou seja, a raiz, veja
exemplo.
1. import os;
2. print(os.path.abspath(os.sep));
Todo programa deve armazenar arquivos do usuário no diretório Home, mas caso se queira
registrar arquivos de cache então deve-se utilizar o diretório temporário do sistema, para se
obter o diretório temporário do sistema basta utilizar tempfile conforme exemplo.
1. import tempfile;
2. print(tempfile.gettempdir());
Quando atuamos com múltiplos sistemas operacionais é fundamental o acerto no path que
é uma string que consumida pelos comandos que interpretam, e para interpretar o path tem
que ser no mínimo aderente ao Sistema Operacional. Para concatenar path, é utilizado o
os.path.join que garante que o path gerado será coerente com o Sistema Operacional.
No exemplo acima, um path está sendo criado para um segundo script, possivelmente será
utilizado para execução em subprocess (vamos ver no futuro), mas será que o arquivo
existe? Para validar que o arquivo existe utiliza-se os.path.exists conforme exemplo abaixo.
335 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O path é coerente para o sistema operacional, mas não é um arquivo que existe e
naturalmente não poderá ser executado posteriormente com subprocess.
Para renomear ou mover um arquivo é muito simples, basta usar o comando shutil.move()
conforme exemplo abaixo.
Para remover um arquivo a função é os.unlink(), o arquivo continua a existir no disco mas
sua relação com a tabela i-node é extinta.
1. import os;
2. os.unlink("/home/usuario/comoutronome.txt");
1. #!/usr/bin/python3
2. import os;
3. # /tmp/abrirarquivo.py
4.
5. fd = os.open("/tmp/exemplo.txt", os.O_RDONLY | os.O_CREAT );
6. os.lseek(fd, 0, 0);
7. bytes_arquivo = os.read(fd, os.path.getsize(fd));
8. print(bytes_arquivo.decode());
9. os.close(fd);
Para escrever um arquivo é simples, com um os.open() e alterar os flags, informando o flag
de escrita os.O_RDWR. Após isso é só executar o write.
1. #!/usr/bin/python3
2. import os;
3. # /tmp/criararquivo.py
4.
5. fd = os.open("/tmp/exemplo.txt", os.O_RDWR | os.O_CREAT );
6. os.write(fd, "Aied é top".encode());
7. os.close(fd);
11.6.1 subprocess.run()
Antes do Python 3.5 dentre as opções do módulo a função popen era a mais utilizada, na
verdade, a popen sempre foi utilizada para fins gerais, para executar um binário, um script,
simples ou complexo, tanto para abordagem de muito ou pouco controle sobre o filho.
Mas no python3.5 em diante a interface run passou a ser a interface recomendada pela
equipe Python o que revela que um grande trabalho foi realizada nesta versão sobre esta
interface, e suplantou ou espera-se, a interface popen que segue em alto uso pelos adeptos
do python (basta ver nos fóruns).
args é o comando que quer executar como processo filho, veja exemplos:
Para executar uma listagem em um diretório use como args ["ls", "/home"]
Para executar um script python sem permissão de execução no script
["/usr/bin/python3", "/tmp/meuscript.py"]
Para executar um script python que tem permissão de execução:
["/tmp/meuscript.py"]
Se capture_output é verdade, os descritores stdout e stderr do processo filho serão
capturados, segue opções:
subprocess.DEVNULL: Valor especial que pode ser usado como argumento stdin,
stdout ou stderr e indica que o arquivo especial os.devnull será usado para despejo
dos descritores;
subprocess.PIPE: Valor especial que pode ser usado como argumento stdin, stdout
ou stderr e indica que um PIPE para o fluxo padrão dos descritores devem ser
aberto entre ambos os processos e pode se salvar o output do processo filho em
uma variável;
subprocess.STDOUT: Valor especial que pode ser usado como o argumento stderr
e indica que o erro padrão deve ir para o mesmo descritor OUTPUT.
No próximo exemplo será executado um comando GNU/Linux clássico com uso do run, o
output do comando será abstraindo para dentro do descritor do python e o output do
processo pai será entrelaçado com o output do processo filho.
338 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A variável output passa a ter toda a saída do processo filho, e é natural que por não a
imprimir o output do processo pai se torna distinto do output do processo filho, mas veja que
na interface run tive que adicionar um stdout=subprocess.PIPE.
Para manipular o output do processo filho é simples, basta saber interagir com texto pois
afinal a comunicação entre processos é feita por texto em formato de bytes, mas o python
trabalha muito bem com textos em bytes, no exemplo abaixo estou demostrando um laço de
repetição percorrendo linha por linha do output do comando filho.
339 Manual Completo do Debian GNU/Linux
11.6.2 subprocess.popen()
O mais genérico porém o mais complexo, genérico pois pode-se realizar qualquer intração
com o processo filho e naturalmente se adapta a qualquer situação por parte da
necessidade, mas esta liberdade também traz grandes consequências, a tal complexidade.
Não descarta-se nada do que foi dito até o momento sobre subprocess nem das opções
definidas em run(), esta interface possui a seguinte sintaxe.
No exemplo abaixo o Popen() será utilizado para demostrar o mesmo exemplo anterior
realizado no run(), a alteração se dá principalmente no retorno output.
No próximo exemplo será realizado uma interação por descritor IN e OUT, então do
processo pai será enviado um JSON, o filho deverá processar o JSON e retornar uma
saída. Começamos pelo processo filho conforme código abaixo.
340 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Pelo módulo sys será capturado o stdin no processo filho, como é um texto então será
extraído as linhas, após isso é feita a conversão para JSON e um print básico para mostrar
que o processo filho recebeu o input. Agora vamos codificar o processo pai.
O destaque no Popen() é para o stdout e stdin como PIPE permitindo assim a comunicação
entre o processo filho e o pai e o stderr apontando para o STDOUT. Já o input tem que ser
em formato texto, então o JSON é transformado em string e enviado pelo communicate(),
este communicate() é um método muito usado em Popen().
Nos próximos tópicos o autor irá definir itens interessantes que se deve ter em um script
para sanar a dificuldade dos usuários de scripts Python.
Para iniciar o desenvolvedor deve importar o módulo argparse com import, não é preciso
instalar pois este módulo está embutido no Python. Após isso deve-se criar um objeto
ArgumentParser, conforme exemplo abaixo.
O print foi utilizado apenas para exibir o tipo do objeto retornado por
argparse.ArgumentParser(), demostrado abaixo.
Um argumento foi adicionado ao parser, o argumento arquivo que não é obrigatório, logo
em seguida é usado o método parse_args() para realizar o parser em sys.args. Para utilizar
um parâmetro é só informar o nome conforme demonstrado no print.
Quando se utiliza um sinal asterisco em nargs (*) vários valores são adicionados ao
argumento, na forma de um array, vamos ao exemplo. No script abaixo vários path de
arquivos podem ser informados por command line.
343 Manual Completo do Debian GNU/Linux
veja que ao informar 3 arquivos são abstraídos para 3 itens em um array dentro de
args.arquivos.
Quando se utiliza uma interrogação em nargs (?), um argumento será consumido do input
proveniente do Command Line, se não foi passado o argumento então uma variável é
criada com o valor de DEFAULT, se o argumento foi informado porém não foi informado um
valor, será usado o valor de CONST, já se foi passado o argumento e o valor então utiliza-se
o valor do input do command line.
Repare que const é utilizado quando o argumento -e é utilizado porém nenhum valor é
passado (em b), agora, caso não seja passado o argumento -e é utilizado o valor definido
em default (em c), esta é a diferença entre o valor default e o valor em const.
Uma opção muito utilizada é o uso do parâmetro required que força a necessidade do
argumento, mas este tipo de opção só se faz eficiente quando um help for descrito para o
argumento, conforme exemplo abaixo.
344 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Caso não seja informado o argumento, veja figura abaixo, é elevado um exception que
finaliza a execução do script.
O help se torna útil quando o usuário informa como argumento -h, então uma descrição
completa do script e argumentos.
Scripts recebem argumentos como texto, afinal tudo que sai do teclado são caracteres
descritos como texto, caso queira que um argumento receba um cast durante o parse
deve-se informar com o parâmetro type, veja que o argumento -n será convertido em int de
inteiro.
345 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Ao executar o script, no print é exibido o tipo de variável criada pelo parse do argparse.
O método parse_args então é utilizado após a definição dos argumentos, por padrão
parse_args() obtém dados do sys.args e processa de acordo com os argumentos definidos
anteriormente. O que poucos sabem é que é possível invocar o parse_args informando os
valores. São possíveis parâmetros que se pode utilizar neste método:
args - Lista de strings para analisar. O padrão é obtido de sys.argv.
namespace - Um objeto para receber os atributos. O padrão é um novo objeto
Namespace vazio.
COR Texto
Vermelho \033[91m
Verde \033[92m
Amarelo \033[93m
Roxo \033[95m
Ciano \033[96m
Cinza \033[97m
Preto \033[98m
RESET \033[00m
NEGRITO \033[1m
Vamos ao exemplo, crie um novo script /tmp/exemplo_cor.py e edite o código abaixo, repare
que no print é utilizado os caracteres especiais da tabela acima para, o format está sendo
utilizado para concatenação.
Ao executar o script o output assume as cores utilizadas no print, repare que sempre é
utilizado \033[00 para resetar o estilo de cor.
347 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Com estes caracteres especiais pode-se indexar com níveis elementos no output. Você
pode expressar os caracteres control-g, backspace, tab, newline, vertical tab, formfeed,
space, return, del e escape como, conforme listagem abaixo.
\a control-g
\b retrocesso
\t tab
\n nova linha
\v tabulação vertical
\f caractere formfeed
\r retorno de carro
\e caractere de escape
\s caractere de espaço
\\ caractere de barra invertida
\d excluir caractere
Algo que é importante e poucos desenvolvem em seus produtos são os Banners, tais
banners causam impacto e demonstram o capricho dos desenvolvedores com o seu
produto, embora não seja recomendado para scripts rotineiros e simples, para scripts que
se tornam produtos ou que tem grande adesão de um grupo Banner é fundamental. Na
figura abaixo um banner está sendo exibido, é o banner do script Metasploitable muito
usado por hackers.
O desenvolvedor pode escrever seu próprio banner usando print e os caracteres especiais
ou instalar bibliotecas que fazem tal operação, vamos ao exemplo, mas será preciso instalar
o pyfiglet.
O script é simples, define-se uma fonte e renderiza um texto conforme script abaixo
(vantagem de se usar uma biblioteca pronta), além do banner está sendo utilizado o artifício
das cores, a cor escolhida será verde.
348 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O resultado é TOP, e Aied Online aparece como um banner de terminal conforme imagem
abaixo, é impactante e naturalmente ajuda a difundir e estabilizar um script no mercado de
scripts.
É comum uso de colchetes com caracteres nesta área, repare o uso da indentação por meio
de \t e as cores reforçando que tipo de PDU foi possível capturar na rede. Não existe uma
norma para o símbolo que se utiliza dentro de colchetes, mas pode-se utilizar:
* Quando seu script cria algo novo;
+ Quando foi possível detectar algo importante;
- Quando algo é removido ou perdido;
349 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Embora pareça trivial o print possui uma série de parâmetros que permite reduzir código,
imagine ter que imprimir uma série de elementos com vírgula (,) como separador, sem uso
de for com print é possível. Vamos a assinatura do print na definição abaixo.
Onde:
objects são os objetos que quer imprimir no arquivo (veja o parâmetro file);
sep é o separador entre os objects;
end é o caracter usado no final do print, por padrão em python é uma quebra de
linha;
file é a saída, ou seja, o Stream File de saída que por padrão é o registrador do
próprio programa;
flush é usado para avançar ponteiros em registradores liberando espaços;
Por padrão o print do Python após escrever a cadeia de caracteres no Stream adiciona o
caractere padrão definido em end, que é um \n. Caso queira escrever e manter o cursor na
mesma linha, defina um valor para end.
Partindo do pressuposto que seu computador utiliza a BIOS, este é responsável pelo
carregamento da memória RAM e outros dispositivos ES com vídeo, teclado, USB, etc.
1. A memória CMOS é acessada, por esta memória a BIOS obtém dados para
reconhecer os dispositivos de ES principais e iniciar o carregamento e
posteriormente testes;
2. O Power-on Self Test (POST) entra em ação, é um conjunto de teste que a BIOS
realiza para saber se tudo está se inicializando da maneira correta, esta é a fase dos
famosos beeps;
3. Procura de fonte de inicialização, algum dispositivo que possui informações para
arranque do Sistema Operacional, ser um disco rígido (padrão), CD-ROM, pendrive,
disquete, entre outros.
4. Supondo que utilize a BIOS e MBR, a BIOS lê o setor zero (que contém apenas 512
bytes, denominado Master Boot Record) do sistema secundário. Essa área contém
um código que alavanca a inicialização do sistema operacional, no caso do
GNU/Linux vamos carregar o bootloader.
356 Manual Completo do Debian GNU/Linux
12.4 Bootloaders
O bootloader é o primeiro programa software executado quando um computador é
inicializado, visto que o processo anterior foi a BIOS/UEFI. É responsável por carregar e
transferir o controle para um kernel do sistema operacional, já o kernel, por sua vez,
inicializa o resto do sistema operacional.
Neste material o foco será o GNU GRUB utilizado em várias distribuições GNU/Linux,
incluindo o Debian.
357 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Em um laço infinito que ocorre sempre no segundo 0 de cada minuto, o cron carrega
arquivos de configuração e executa as tarefas que são chamadas de cronjob.
359 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Existem dois tipos de arquivos de configuração que contém os cronjob, estes são:
Tarefas de sistema: Neste arquivo os jobs são dispostos em linhas e encontramos
aqui as ações sobre o sistema como um todo;
Tarefas de usuário: Cada usuário possui um arquivo que possui as cronjobs
específicas para estes usuários;
Estes arquivos podem ser editados tanto com um editor de texto, tal como vimos ou com um
comando chamado crontab.
Um novo cronjob, ou seja, uma nova entrada do crontab pode ser inserida no arquivo como
uma linha, o arquivo crontab pode ser livremente manipulado por um editor de texto devida
a sua sintaxe simples, mas recomenda-se utilizar o comando crontab (comando) para editar
o arquivo também chamado crontab.
1. crontab -l
-e Edite uma cópia do arquivo crontab do usuário que está invocando o comando,
caso não exista o comando cria um novo arquivo vazio para edição. Quando a
edição for concluída, o arquivo crontab CÓPIA é então movido para o diretório de
crontabs de usuários.
-l Lista a entrada do crontab do usuário que está invocando (l de laranja).
-r Remove o arquivo crontab do usuário que está invocando.
No exemplo a seguir será descrito os passos para que o usuário possa fazer backups
automatizadas de seus arquivos, lógico, algo bem simples para exemplo. Primeiro deve-se
entender o problema, o problema é “fazer backups periódicas” do diretório do usuário.
Após compreender o problema constrói-se uma solução, que vem como forma de script, no
exemplo abaixo vemos um script que faz backup do diretório do usuário, o script deve estar
em ~/, neste exemplo será chamado de script.sh.
1. #!/bin/bash
2. #nome: script.sh
3. #diretório: ~/
4. #descricao: Faz a backup do diretório do usuário, é apenas um exemplo de aula
5.
6. data=`/bin/date +%d-%m-%Y`;
7.
8. # atenção, vou guardar em /tmp para
9. tar -cvzf /tmp/backup-${LOGNAME}-${data}.tar.gz /home/${LOGNAME}/;
10.
Como o script é do usuário, não existe um local padrão, neste exemplo estou armazenando
apenas no diretório do usuário. Após criar o script será dada a permissão de execução
usando o comando:
1. chmod +x ~/script.sh
Teste o script!!!! Agora edite a crontab (arquivo) do usuário utilizando o comando crontab,
conforme comando abaixo.
1. crontab -e
Após fazer esta cópia então o comando crontab invoca um editor de texto apontando para
este arquivo temporário, então o usuário edita este arquivo. Se é a primeira vez que o
usuário está utilizando o comando crontab, então o comando questiona sobre qual o editor
ele quer utilizar, conforme figura abaixo, pressione Enter para continuar.
361 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Neste arquivo temporário, para este exemplo digite a linha abaixo, esta linha será explicada
ainda neste capítulo, salve o arquivo no seu editor.
Quando o arquivo é alterado então o comando crontab copia de volta o arquivo temporário
para o diretório /var/spool/cron/crontabs/ com o nome do usuário, neste caso, conforme
figuras acima o usuário do sistema se chama usuario.
A primeira coluna é referente ao minuto que quer que execute, as entradas possíveis são:
*, todos os minutos, de 0 até 59;
Um número, será executado somente quando o minuto chegar exatamente naquele
número;
Uma sequência de números separados por vírgula, será executado a cada
momento que coincidir o minuto do seu datetime com um destes elementos;
A segunda coluna é referente as horas, as entradas possíveis são:
*, todas as horas, de 0 até 23;
Um número, será executado somente quando a hora chegar exatamente naquele
número;
Uma sequência de números separados por vírgula, será executado a cada
momento que coincidir a hora do seu datetime com um destes elementos;
362 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Não está ligado por padrão a um usuário, mas dá permissão para associar um cronjob
específico a um usuário específico, isso é feito pois é saudável para o sistema que se tenha
vários usuários para controle dos serviços e processos (conforme vimos no capítulo de
usuários Linux).
Então uma crontab (arquivo) de sistema possui uma coluna a mais se comparado com a
crontab (arquivo) de usuário, conforme pode-se var na figura abaixo.
363 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para editar este arquivo, deve-se ter privilégios administrativos, ou ser o root ou estar no
arquivo sudoers com permissão para tal, com um editor de texto pode-se editar o arquivo
/etc/crontab
13.3 Comando at
O comando at permite agendar comandos para serem executados em um determinado
momento. Os trabalhos criados com at são executados apenas uma vez. Dependendo da
distribuição, at pode ou não estar presente em seu sistema GNU/Linux. Se at não estiver
instalado, você pode instalá-lo facilmente usando o gerenciador de pacotes da sua
distribuição. No Debian é muito simples, conforme listagem abaixo.
at [OPÇÕES] TEMPO
O comando at usa a data e a hora (runtime) quando você deseja executar o trabalho como
um parâmetro de linha de comando, após pressionar ENTER o comando at entra em um
procedimento interativo com o usuário, no exemplo abaixo será criado um agendamento
para as 12:00.
Repare o cursor passa para at> ao invez usuário e maquina, que é o padrão Debian, agora
pode digitar o comando que quer executar neste horário, conforme exemplo abaixo no qual
é criado um arquivo em /tmp.
Para sair deste modo interativo basta pressionar Ctrl+d, então o comando exibe que o job
será criado com um número, este número é “uma espécie de ID” e a data e horário do
agendamento.
365 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Outra forma de criar o agendamento é executado diretamente por linha de comando, este
procedimento é útil para agendamentos feitos por scripts sem interação, veja o exemplo.
Exemplos do uso:
366 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agende um trabalho para ser executado às 13h em dois dias a partir de agora:
1. at 13:00 + 2 days
1. at 13:30 122421
1. at -r 3
Por padrão, apenas o /etc/at.deny arquivo existe e está vazio, o que significa que todos os
usuários podem usar o comando at. Se você deseja negar permissão a um usuário
específico, adicione o nome de usuário a este arquivo.
367 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Se o arquivo /etc/at.allow existir, apenas os usuários listados neste arquivo podem usar o
comando at. Se nenhum dos arquivos existir, apenas os usuários com privilégios
administrativos podem usar o comando at.
14 Openssh-server (finalizado)
Secure Socket Shell (SSH) é um protocolo de comunicação de Camada de Aplicação do
modelo TCP/IP, permite que usuários acessem terminais remotos GNU/Linux mesmo por
redes adversas e inseguras, como a WAN utilizando funcionalidades de criptografía descrita
no Modelo OSI na Camada de Apresentação.
Nesta prática, vamos aprender a utilizar não só a utilizar o pipe bidirecional de comunicação
entre os terminais para execução de comandos, mas também vamos aprender a transferir
arquivos de forma segura.
Desenvolvido em 1995 por Tatu Ylonen, um especialista em Cyber Security e ao logo dos
anos se mostrou muito seguro, mais até do que o Telnet, motivo pelo qual o SSH ganhou o
apego popular de quem atua em manutenção de servidores GNU/Linux. Todo esquema de
comunicação.
Mas nem sempre foi assim, no passado o protocolo fundamental de acesso ao terminal
remoto era o Telnet, um protocolo que transmitia tudo em plaintext, inclusive credenciais.
Hoje um hacker quando realiza o processo de sniffer em uma rede ele procura Telnet, FTP,
SMTP e POP.
CRIPTOGRAFIA DE CHAVES PÚBLICAS - Marcelo Augusto Rauh Schmitt – RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa)
Assim que uma conexão for estabelecida entre o cliente SSH e o servidor, os dados
transmitidos são criptografados de acordo com os parâmetros negociados na configuração.
Durante a negociação, o cliente e o servidor concordam com o algoritmo de criptografia
simétrica a ser usado e geram a chave de criptografia que será usada. O tráfego entre as
partes comunicantes é protegido com algoritmos de criptografia forte padrão da indústria
(como AES (Advanced Encryption Standard)), e o protocolo SSH também inclui um
mecanismo que garante a integridade dos dados transmitidos usando algoritmos de hash
padrão (como SHA -2 (Algoritmo de hash padrão)).
Tatu Ylonen: SSH - Secure Login Connections over the Internet. Proceedings of the 6th USENIX Security Symposium, pp. 37-42, USENIX, 1996.
O comando nohup é fundamental então para ambientes cuja falha é comum, principalmente
para rotinas que demandam tempo de processamento, como backups e transferência de
arquivos.
O protocolo SSH é alvo de constantes ataques, basta abrir uma porta 22 na Internet para
constatar isso, então o OpenSSH possui um grande número de algoritmos de criptografia
que podem ser utilizados
Cada chave privada tem um arquivo correspondente com o mesmo nome, mas um .pub
adicionado no final. Esta é a chave pública para esse arquivo. O servidor oferecerá o
conteúdo desses arquivos a qualquer cliente. Finalmente, sshd_config contém a
configuração do servidor.
O arquivo de configuração permite que se tenha uma configuração específica para uma
máquina ou um array de máquinas de uma determinada rede, basicamente existe uma
regra para filtrar a máquina e em seguida um conjunto de parametros para a prestação do
serviço do OpenSSH para aquela máquina.
1. Host <WILDCARD>
2. parametro 1
3. parametro 2
4. parametro 3
371 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Veja exemplos.
Quando um parâmetro está precedido por # significa que está desabilitado porém caso
queira habilitar é só remover o caractere #.
Geralmente se utiliza a porta 22, algumas raras vezes esta porta é alterada para 2222, mas
saiba, não adianta esconder portas, pois após uma varredura de 5 minutos um hacker
localiza todas as portas abertas, e essa ação é considerada rotineira para um hacker.
372 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Já o arquivo sshd_config reúne os parâmetros do serviço OpenSSH Server, que está sendo
executado no servidor. Pode variar de portas a parâmetros de criptografia.
O serviço OpenSSH (service sshd) é altamente configurável e permite restringir quem pode
se conectar ao servidor, quais ações esses usuários podem realizar e quais ações ele
permite. Todo sistema operacional moderno semelhante ao Unix vem com o sshd instalado
como parte do sistema operacional básico.
No comando acima,
usuario é o nome do usuário na máquina que se pretende conectar;
192.168.0.100 é o IP da máquina que se pretende conectar.
373 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. ssh-keygen -R 192.168.0.6
Onde,
-R é utilizado para remover;
192.168.0.6 é o IP de uma máquina específica, você deve usar o IP da máquina que
teve problema;
No exemplo acima, eno1 é a interface de rede da máquina física que está ligada na LAN.
Dentro da máquina virtual garanta que a interface de rede esteja com a configuração DHCP.
374 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Tendo o Router físico na rede com serviço DHCP está Virtual Machine pegará um IP por
DHCP, reinicie esta máquina com reboot.
Agora é importante avaliar se o serviço SSH está em execução, para isso digite o comando
Caso o OpenSSH Server não esteja “active”, então digite o comando abaixo.
1. ssh [email protected]
Onde,
376 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Instale o Putty, é um padrão Next, Next e Finish. Após a instalação ele está acessível pelo
menu do Windows, conforme figura abaixo.
Informe o usuário e a senha, e pronto, está acessando a Virtual Machine por SSH.
O comando SCP no GNU/Linux é um programa cliente para SFTP este comando foi
projetada para ser semelhante ao comando ftp e naturalmente faz parte do pacote
OpenSSH.
Em uma GNU/Linux como cliente pode-se enviar arquivos para um servidor com serviço
openssh-server conforme comando abaixo:
Caso queira enviar um diretório e incluindo o diretório basta apenas apontar para o diretório
(sem a barra no final) e utilizar o parâmetro recursivo.
378 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Caso queira enviar o conteúdo de um diretório altere o comando conforme exemplo abaixo.
Para trazer arquivos do computador remoto para o computador local, basta inverter os
parâmetros dos exemplos anteriores, veja o exemplo.
Na plataforma Windows você deve baixar e instalar o WinSCP, que é um aplicativo gráfico,
conforme figura abaixo.
Quando clicar em Login pela primeira vez, aceite o certificado que será salvo no Windows,
processo obrigatório para o protocolo SSH. Na tela abaixo você pode ver que do lado
esquerdo é possível acessar arquivos da máquina Windows, já na aba da direita, é possível
acessar o sistema de arquivos do GNU/Linux que possui o openssh-server instalado.
Para validar a prática, execute o comando no servidor utilizando uma sessão aberta por
SSH cliente:
380 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Então todos os Check-points devem estar em verde conforme imagem, caso algum item
esteja em vermelho a ferramenta vai descrever a ação que o aluno deve tomar para
solucionar o item.
Onde,
1 validar se a máquina possui acesso a rede mundial para se fazer o download dos
programas;
2 validar a versão do SSH, naturalmente válida se está instalado;
3 validar se o serviço está ativo e ativo na inicialização do Sistema Operacional;
4 validar a instalação no netstat, para teste do item 5;
5 validar que o aluno está usando o SSH cliente para se conectar no servidor.
Caso o aluno tenha dúvidas, que não consegue resolver, assista o vídeo abaixo.
Nesta prática, o aluno vai aprender a instalar um Gateway realizando a configuração básica
no qual, um cliente em uma rede menos abrangente terá acesso a rede mais abrangente, e
poderá utilizar os serviços da rede mais abrangente, tal como Internet.
Após realizar o download do arquivo .ova descrito no Capítulo 1, você deve importar este
arquivo duas vezes conforme próximos passos, para importar basta executar um duplo
clique sobre o arquivo .ova.
Na aba de assistente, altere o nome da primeira máquina para Gateway e mantenha 1024
MB de RAM.
Agora vamos criar uma máquina cliente que servirá de Workstation dentro da nossa LAN,
para isso vamos importar novamente o mesmo arquivo .ova mas agora vamos alterar as
informações para poder distinguir esta máquina das demais. Vamos chamar esta Virtual
Machine de Cliente.
Agora precisamos configurar as ligações das interfaces de rede nas Virtual Machine
conectando estas nas redes corretas, lembre-se que a LAN real (a mais abrangente) será a
nossa WAN (para fins de prática) e a LAN será a rede interna do VirtualBox.
384 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Na Virtual Machine Servidor vamos configurar o primeiro adaptador de rede para que este
se conecte na LAN real que fará o papel de WAN nesta nossa prática, o ideal é que utilize a
configuração em Modo Bridge no Adaptador 1 da Virtual Machine, conforme figura abaixo.
Observação: Sempre que entrar nesta interface, clique várias vezes no botão de mudar o
MAC Address que está destacado com o quadro verde, isso é fundamental para que o MAC
Address das VMs seja sempre diferente.
Agora deve-se configurar o adaptador de rede da Virtual Machine Cliente, para isso acesse
a configuração do Cliente conforme figura abaixo.
385 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No Adaptador 1 conecte este na Rede Interna do VirtualBox, ou seja, a mesma rede que foi
conectado o Adaptador 2 da Virtual Machine Gateway.
Agora podemos iniciar as duas máquinas, para isso selecione a máquina e clique em Start
conforme figura abaixo, faça isso para as duas.
Comece configurando o Gateway, para isso na Virtual Machine Gateway faça o login.
Após o login, é fundamental que confirme o nome das interfaces de rede e naturalmente
veja a rede que já está configurada automaticamente por DHCP.
386 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Esta máquina vai pegar além de suas próprias requisições as requisições que chegam pela
interface enp0s8 e enviar para interface enp0s3.
Agora após reiniciar, digite o comando ip address e confirme que a configuração de enp0s3
e enp0s8 foram obtidas, saiba que o ip obtido na interface enp0s3 é dinâmico e depende
muito da casa do leitor, mas a interface enp0s8 deve estar igual à imagem abaixo.
387 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A configuração das interfaces de rede da máquina Gateway está finalizada, agora vamos
configurar a interface de rede do Cliente.
No terminal, configure a interface de rede utilizando o nano, para isso edite o arquivo
/etc/network/interfaces
Será ligado a única interface na rede Interna do VirtualBox com IP estático 192.168.200.2,
veja a figura abaixo.
388 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Obs: O dns-nameservers coloquei 8.8.8.8 pois no futuro vamos ter uma aula de DNS, aí o
aluno volta neste ponto e configura de forma adequada.
Após reiniciar então volte para Virtual Machine Gateway, com ambas ligadas vamos
executar o comando ping e vamos validar a conectividade entre os elementos configurados.
389 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O próximo passo é criar um arquivo script com três regras de Iptables, e naturalmente
agendar a execução deste script para a inicialização do sistema. Isso é feito no Gateway!!!
1. #!/bin/bash
2. iptables -A INPUT -m state --state RELATED,ESTABLISHED -j ACCEPT
3. iptables -A FORWARD -m state --state RELATED,ESTABLISHED -j ACCEPT
4. iptables -t nat -A POSTROUTING -o enp0s3 -j MASQUERADE
Para garantir que seja executado, permita que o script recém criado tenha tal permissão
com o comando chmod.
Para testar o script é fácil, apenas informe o caminho do script que o sistema operacional irá
executar este arquivo com /bin/bash.
391 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O IPTABLES roda apenas se o usuário estiver usando sudo, mesmo na conta privilegiada
ROOT o comando iptables não permite sua execução, veja o erro:
Se nenhum erro foi lançado (ver figura acima) então liste as regras do servidor para
averiguar se foram criadas.
1. #!/bin/bash
2. #
3.
4. nft flush ruleset
5.
6. nft add table inet filter
7. nft add chain inet filter input '{ type filter hook input priority 0; }'
8.
9. nft add rule inet filter input ip protocol tcp ct state established accept
10. nft add rule inet filter input ip protocol udp ct state established accept
11.
12. nft add chain inet filter forward '{ type filter hook forward priority 0; }'
392 Manual Completo do Debian GNU/Linux
13. nft add rule inet filter forward ip protocol tcp ct state established accept
14. nft add rule inet filter forward ip protocol udp ct state established accept
15.
16. nft add table inet nat
17. nft add chain inet nat prerouting '{ type nat hook prerouting priority -100 ; }'
18. nft add chain inet nat postrouting '{ type nat hook postrouting priority 100 ; }'
19. nft add rule inet nat postrouting oif enp0s3 masquerade
20.
393 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O conteúdo deste arquivo será utilizado para iniciar o script, então digite conforme figura
abaixo.
Arquivo criado, sem erro de digitação, então ative o serviço com enable, para isso execute
o comando systemctl conforme imagem abaixo.
Com o enable agendamos a execução do script para inicialização, então reinicie o servidor
Gateway com reboot.
Os pings acima testam a conectividade e o Gateway. Agora realize o teste do serviço DNS
realizando um ping no domínio google.com conforme imagem abaixo.
//todo: Wellington, tem que colocar aqui a sequência de teste e onde pode estar errado.
tcpdump imprime o conteúdo dos pacotes de rede. Ele pode ler pacotes de uma placa de
interface de rede ou de um arquivo de pacote salvo criado anteriormente. tcpdump pode
gravar pacotes na saída padrão ou em um arquivo.
O usuário pode, opcionalmente, aplicar um filtro baseado em BPF para limitar o número de
pacotes vistos pelo tcpdump; isso torna a saída mais utilizável em redes com alto volume de
tráfego.
Para utilizar é simples, digite o comando tcpdump informando a interface de rede alvo.
O arquivo será semelhante ao arquivo abaixo, lembrando que pode-se ter alterações nos
nomes das interfaces de rede.
A primeira validação deve ser feita na Virtual Machine Gateway, entre na Virtual Machine e
digite o seguinte comando:
A segunda validação deve ser feita na Virtual Machine Gateway, entre na Virtual Machine e
digite o seguinte comando:
O arquivo será semelhante ao arquivo abaixo, lembrando que pode-se ter alterações nos
nomes das interfaces de rede.
49
Caso tenha dúvidas de como fazer esta operação no Systemctl, veja vídeo:
https://youtu.be/7d2q8RF2xY4
398 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A primeira validação deve ser feita na Virtual Machine Cliente, entre na Virtual Machine e
digite o seguinte comando:
A ferramenta deve informar que enviará dados para o servidor aied.com.br, se confirmar ela
deverá validar a prática.
399 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora garanta que sua VM esteja em uma rede com acesso a Internet para baixar os
pacotes do Java e do Tomcat, coloque a Interface em modo Bridge.
Quando entrar no Linux, utilize o comando ip address para ver o IP que está utilizando na
Virtual Machine que foi definido pelo router de sua rede.
Primeiro, atualize seu índice de pacote apt, execute um Update sempre que for instalar um
ambiente.
Veja os arquivos sendo baixados dos repositórios. Em seguida, instale o pacote Java
Development Kit com o apt-get:
Por questões de segurança, o Tomcat deve ser executado como um usuário sem privilégios
(ou seja, não como root). Criaremos um novo usuário e grupo que executará o serviço
Tomcat. Primeiro, crie um novo grupo chamado tomcat conforme comando abaixo:
Em seguida, crie um novo tomcat usuário. Tornaremos esse usuário um membro do tomcat
grupo, com um diretório inicial de /opt/tomcat (onde instalaremos o Tomcat) e com um shell
de /bin/false (para que ninguém possa fazer login na conta):
Em seguida, mude o cursor do sistema de arquivos usando o comando cd para o /tmp. Este
é um bom diretório para baixar itens, como o Tomcat. Use curl para baixar o link que você
copiou do site da Tomcat, se não tiver instalado é fácil, baixa executar o comando
Com o curl instalado, então informe a url da versão do Tomcat escolhida, conforme exemplo
abaixo.
1. cd /tmp/
2. curl -O
https://downloads.apache.org/tomcat/tomcat-10/v10.0.5/bin/apache-tomcat-10.0.5.tar.gz
ATENÇÃO: Aluno, qualquer url até url quebrada CURL vai baixar e salvar com .tar.gz, ai o comando
TAR vai falhar, testa, imprima na tela o arquivo baixado com CAT, caso queira saber o que é CAT, veja
o link abaixo:
Comandos CAT e TAC, uma dica rápida sobre Linux Ubuntu/Debian neste link.
Em seguida, forneça ao tomcat grupo acesso de leitura ao conf diretório e a todo o seu
conteúdo e execute o acesso ao próprio diretório:
Faça o tomcat usuário proprietário dos webapps, work, temp, e logs diretórios:
O Tomcat precisa saber onde o Java está instalado. Esse caminho é conhecido como
"JAVA_HOME". A maneira mais fácil de procurar esse local é executando este comando:
1. sudo update-java-alternatives -l
A JAVA_HOME variável correta pode ser construída pegando a saída da última coluna
(destacada em vermelho). Dado o exemplo acima, o correto JAVA_HOME para este
servidor seria: /usr/lib/jvm/java-1.8.0-openjdk-amd64
Com essa informação, podemos criar o arquivo de serviço systemd. Abra um arquivo
chamado tomcat.service no /etc/systemd/system diretório digitando:
Cole o seguinte conteúdo no seu arquivo de serviço. Modifique o valor de, JAVA_HOME se
necessário, para corresponder ao valor encontrado em seu sistema. Você também pode
modificar as configurações de alocação de memória especificadas em CATALINA_OPTS:
__________________________________________________________________
[Unit]
Description=Apache Tomcat Web Application Container
After=network.target
[Service]
Type=forking
Environment=JAVA_HOME=/usr/lib/jvm/java-1.8.0-openjdk-amd64
Environment=CATALINA_PID=/opt/tomcat/temp/tomcat.pid
406 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Environment=CATALINA_HOME=/opt/tomcat
Environment=CATALINA_BASE=/opt/tomcat
Environment='CATALINA_OPTS=-Xms512M -Xmx1024M -server
-XX:+UseParallelGC'
Environment='JAVA_OPTS=-Djava.awt.headless=true
-Djava.security.egd=file:/dev/./urandom'
ExecStart=/opt/tomcat/bin/startup.sh
ExecStop=/opt/tomcat/bin/shutdown.sh
User=tomcat
Group=tomcat
UMask=0007
RestartSec=10
Restart=always
[Install]
WantedBy=multi-user.target
__________________________________________________________________
Em seguida, recarregue o daemon systemd para que ele conheça nosso arquivo de serviço
e inicie o serviço:
Por padrão, as versões mais recentes do Tomcat restringem o acesso aos aplicativos
Manager e Host Manager a conexões provenientes do próprio servidor. Como estamos
instalando em uma máquina remota, você provavelmente desejará remover ou alterar essa
restrição. Para alterar as restrições de endereço IP, abra os context.xml arquivos
apropriados .
Veja que o arquivo index.html foi baixado, agora pode ver o arquivo.
A página que você vê deve ser a mesma que você recebeu quando testou anteriormente:
A validação deve ser feita na Virtual Machine com Tomcat e Java, entre na Virtual Machine
e digite o seguinte comando:
Além disso, centenas de usuários contribuíram com ideias, código e documentação para o
projeto. Este arquivo tem a intenção de descrever brevemente a história do servidor Apache
HTTP e reconhecer os muitos contribuidores.
O PHP (um acrônimo recursivo para PHP: Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de
script open source de uso geral, muito utilizada, e especialmente adequada para o
desenvolvimento web e que pode ser embutida dentro do HTML.
Nesta prática o aluno deve instalar o Apache2 e PHP (última versão disponível no PPA) em
um servidor GNU/Linux Debian 10. Após instalação e configuração o aluno deve na
máquina Host (real) abrir um Browser de sua preferência e digitar o endereço do site como
sendo: http://IP_DA_VM_NA_REDE
Para conseguir realizar esta placa o Adaptador de rede no VirtualBox deve estar em modo
“Bridge” conforme Capítulo 1 explica como configurar.
414 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para instalar o Apache2 basta usar o comando apt conforme código abaixo.
Onde,
apache2 é o recurso que se pretende instalar;
-y informa ao apt que não será interativo e que a instalação deve ser feita;
Para testar é muito simples, dirija-se para o diretório /tmp e utilize o wget conforme código
abaixo.
1. cd /tmp
2. wget http://127.0.0.1
Onde na linha 2,
http://127.0.0.1 é o endereço da interface loopback que toda máquina possui.
No output deste comando deve ser exibido o código 200 OK conforme figura abaixo.
Este enabled ativo garante que o Apache sempre será carregado na inicialização do
sistema operacional. Caso esteja com o valor disabled, então execute o comando abaixo.
Agora instale o último PHP, para isso utilize o apt conforme comando abaixo.
1. php -v
Mas como o Apache foi instalado antes do PHP (corretamente) é preciso recarregar o
serviço Apache para que ele faça a leitura do módulo PHP, para isso então reinicie o serviço
com o comando abaixo:
Vamos navegar até o final do arquivo apache2.conf com nano, veja comando abaixo.
Adicione no final:
1. <Directory /var/www/html>
2. AllowOverride ALL
3. </Directory>
Agora precisamos gerar um certificado auto assinado, mas existem várias maneiras de
obter um certificado SSL gratuito. Ferramentas como certbot e SSL generators são ótimas
opções.
Execute o utilitário OpenSSL para gerar seu certificado auto assinado conforme fornecido
no comando abaixo:
417 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. sudo openssl req -new -newkey rsa:4096 -x509 -sha256 -days 365 -nodes -out apache.cert
-keyout apache.key
Você pode fornecer qualquer informação neste processo, exceto Nome Comum.
Certifique-se de fornecer um endereço IP ou nome de host.
Assim que o processo for concluído com sucesso, você deverá ter o apache.crt e o
apache.key no diretório /etc/apache2/certs.
1. <VirtualHost *:80>
2. RewriteEngine On
3. RewriteCond %{HTTPS} off
4. RewriteRule (.*) https://%{HTTP_HOST}%{REQUEST_URI}
5. </VirtualHost>
6.
7. <VirtualHost *:443>
8. ServerAdmin webmaster@localhost
9. DocumentRoot /var/www/html
10. ErrorLog ${APACHE_LOG_DIR}/error.log
11. CustomLog ${APACHE_LOG_DIR}/access.log combined
12. SSLEngine on
13. SSLCertificateFile /etc/apache2/certs/apache.cert
14. SSLCertificateKeyFile /etc/apache2/certs/apache.key
15. </VirtualHost>
Na maioria dos casos, você desejará redirecionar os usuários de nenhum endpoint SSL
para SSL. Você faz isso adicionando uma regra de regravação nos hosts virtuais da porta
80.
1. RewriteEngine on
2. RewriteCond %{HTTPS} !=on
3. RewriteRule ^/?(.*) https://%{SERVER_NAME}/$1 [R=301,L]
418 Manual Completo do Debian GNU/Linux
1. <?php
2.
3. phpinfo();
4.
5. ?>
Agora você deve localizar o IP que está em uso pela máquina virtual, se ela está com
obtenção de IP por DHCP e está em modo Bridge, ela obteve um IP na mesma rede que
sua máquina real Host. Utilize o comando ip conforme exemplo abaixo.
Para testar a conectividade entre os elementos, utilize o comando ping, uma máquina deve
pingar na outra. Após ter certeza que ambas as máquinas se comunicam, abra um Browser
de sua preferência na máquina real, e digite:
http://IP_DA_MAQUINA_VIRTUAL/info.php
A validação deve ser feita na Virtual Machine com Apache, entre na Virtual Machine e digite
o seguinte comando:
🙂
Atenção: o código é b de bola, n de navio, 1 de um, 3 de três, l de laranja, a de abóbora, 2
de dois aied é engraçado!!!
Outros dispositivos por questão de dinâmica de trabalho utilizam o DHCP porém seu
endereço sempre é fixado no DHCP utilizando o MAC Address de suas interfaces NIC, são
estes impressoras, telefones IP, switch (3 camadas) e access point.
São dispositivos que por padrão configuramos para obter IP pelo serviço DHCP:
● Dispositivos móveis, como Smartphone, PDA, IoT;
● Workstation e Laptop;
OBS: Você pode configurar estes equipamentos por DHCP dando para eles IPs definidos e
baseados no MAC Address (é interessante um LDAP).
O fluxo básico é que um servidor DHCP entrega dados de configuração, com base na
política descrita pelo administrador, a um cliente solicitante. Os parâmetros de rede comuns
(às vezes chamados de "option DHCP") solicitados incluem:
● máscara de sub-rede;
● endereço da rede bem como broadcast;
● roteador gateway;
● servidor de nomes de domínio;
● nome de hosts;
● nome de domínio.
Como o cliente solicitante não tem endereço IP ao ingressar na rede, ele transmite a
solicitação. O protocolo é, portanto, usado em um estágio muito inicial da comunicação de
rede de um computador.
422 Manual Completo do Debian GNU/Linux
4. O servidor DHCP cuja oferta foi aceita responde com uma mensagem DHCPACK,
que reconhece a aceitação da concessão e contém a concessão do endereço IP do
cliente, bem como outras informações de endereçamento IP que você configura o
servidor para fornecer. O cliente agora é um cliente TCP/IP e pode participar da
rede.
Na figura abaixo podemos ver o LOG de um servidor DHCP em um Linux, repare que a
cada 4 minutos (média) ocorre o processo de manutenção de concessão de endereço IP.
50
https://www.cisco.com/c/en/us/td/docs/ios-xml/ios/ipaddr_dhcp/configuration/15-sy/dhcp-15-
sy-book/config-dhcp-client.pdf
423 Manual Completo do Debian GNU/Linux
As informações de endereço IP atribuídas pelo DHCP são válidas apenas por um período
limitado de tempo e são conhecidas como concessão de DHCP. O período de validade é
chamado de tempo de concessão do DHCP. Quando a concessão expira, o cliente não
pode mais usar o endereço IP e precisa interromper toda a comunicação com a rede, a
menos que ele solicite estender a “locação” da concessão por meio do ciclo de renovação
da concessão DHCP.
Para evitar que o servidor DHCP não esteja disponível no final do período de concessão, os
clientes geralmente começam a renovar sua concessão no meio do período. Esse processo
de renovação garante uma alocação robusta de endereço IP para os dispositivos.
É fundamental que o aluno faça a prática completa do capítulo Gateway Debian GNU/Linux
para então iniciar esta prática.
18.2 No VirtualBox
Para prática no VirtualBox é preciso duas máquinas virtuais com Debian 10 Terminal (sem
interface gráfica) configurado segundo o capítulo Gateway Debian GNU/Linux. O serviço
DHCP deverá ficar dentro da rede interna da organização.
424 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Caso esteja executando pela primeira vez o sudo nesta máquina repare que o sudo deverá
lhe notificar sobre as responsabilidades de se usar ele para editar/executar.
425 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No caso do Linux acima, esta interface foi rotulada como "enp0s8" conforme figura abaixo,
vamos utilizar enp0s8 o IP 192.168.200.1 conforme configuração. Para saber qual o nome
das interfaces de rede no Debian utilize o comando ip conforme descrito no capítulo
Configurando Interface de rede no Linux.
Reinicie o serviço de rede, para isso pode usar uma das 3 opções abaixo:
1) por comando: sudo sudo systemctl restart networking.service
2) executando o script: sudo /etc/init.d/networking restart
3) reiniciando o servidor (usar este método somente se tem certeza que nenhum
serviço está sendo prestado pela máquina)
1. ip address
426 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Veja o Output:
Se uma mensagem de erro ocorrer como a exibida abaixo, não se desespere, a falta de
configuração gera este erro e este processo será realizado mais adiante.
O erro é a falta de configuração, mas aproveitando que estamos aqui, fica como
conhecimento que o erro será lançado em /var/log/syslog conforme imagem abaixo.
Sempre que tiver dificuldade, acompanhe este arquivo.
428 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O tempo de concessão indica quanto tempo um dispositivo tem permissão para usar esse
endereço IP. Agora, isso é importante porque a quantidade de endereços IP disponíveis é
limitada em uma rede.
Para tornar o servidor DHCP o servidor DHCP oficial dos clientes, remova o comentário da
seguinte linha no arquivo de configuração (removendo o caractere #):
autoritativo;
430 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Veja acima que autoritativo foi removido o comentário e ativo, e o log será registrado
a partir deste momento em outro arquivo de log (não mais no syslog) pois foi removido o
comentário da linha log-facility local17.
Mas este arquivo só será utilizado se for informado em outro arquivo, vamos então editar o
/etc/default/isc-dhcp-server.
431 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Em INTERFACEv4 vamos colocar o rótulo definido pelo Linux para a nossa interface interna
da organização, conforme visto no comando ip address.
ATENÇÃO: se já estiver iniciado (rodando) você deve usar stop e só de depois o start.
Se a configuração iface estiver como inet dhcp está tudo OK, senão, configure conforme
figura acima.
Digite o comando ip address no cliente para saber se o mesmo obteve IP por meio do
DHCP.
433 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Veja que a primeira linha deafult via 192.168.200.1 dev enp0s3 indica que o
Gateway foi configurado com sucesso pelo serviço de Network. Para testar, utilize o
comando Ping (supondo que a prática de Gateway foi realizada neste cenário).
1. ping 192.168.200.1
2. ping 8.8.8.8
3. ping google.com.br
O output esperado será similar ao exibido abaixo, pois pode existir alterações no layout de
saída do comando ao longo do tempo.
435 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O output esperado será similar ao exibido abaixo, pois pode existir alterações no layout de
saída do comando ao longo do tempo.
436 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Configurar seu próprio DNS para sua rede privada é uma ótima maneira de melhorar o
gerenciamento de seus servidores. Com DNS local também é possível reduzir o número de
requisições para a rede mundial, pois a tradução de nomes de domínios passa a ser local,
ou seja, dentro de nossa rede.
O DNS também pode ser configurado para que seja realizada uma consulta inversa, ou
seja, um máquina na rede mundial pode conhecer uma máquina interna da organização,
cito como exemplo o uso de www interno na organização.
Neste capítulo será configurado o DNS interno, usando o software de servidor de nomes
BIND (Bind9) no Debian 10, que pode ser usado por seus servidores para resolver nomes
de host privados, endereços IP privados e domínio externo. Isso fornece uma maneira
central de gerenciar seus nomes de host internos e endereços IP privados e reduzir o
consumo de serviço de rede mundial.
VM Função Nome IP
É fundamental que o aluno faça a prática completa do capítulo Gateway Debian GNU/Linux
para então iniciar esta prática.
51
A única máquina que irá consultar o NS1 e NS2 nesta prática
438 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Trocando nome da MÁQUINA pelo TERMINAL, GNU/LINUX, ubuntu, debian, unix, mint,
acesse esse link.
Agora que o BIND está instalado, vamos configurar o servidor DNS primário.
Acima do bloco options existente, crie um novo bloco ACL (lista de controle de acesso)
chamado “trusted”. É aqui que definiremos uma lista de clientes dos quais permitiremos
consultas DNS recursivas (ou seja, seus servidores que estão na mesma rede que ns1).
Usando nosso exemplo de endereços IP privados, adicionaremos ns1 , ns2 , host1 e
gateway à nossa lista de clientes.
Além de alguns comentários, o arquivo deve estar vazio. Aqui, especificaremos nossas
zonas direta e reversa. As zonas DNS designam um escopo específico para gerenciar e
441 Manual Completo do Debian GNU/Linux
definir registros DNS. Uma vez que nossos domínios estarão todos dentro do subdomínio
“faculdade.aied.com.br”, usaremos isso como nossa zona de encaminhamento. Como os
endereços IP privados de nossos servidores estão cada um no espaço IP 192.168.200.0/24,
configuraremos uma zona reversa para que possamos definir pesquisas reversas dentro
desse intervalo.
Supondo que nossa sub-rede privada seja 192.168.200.0/24, adicione a zona reversa com
as seguintes linhas, observe que o nome da nossa zona reversa começa com “200.168.192”
que é a reversão do octeto de “192.168.200” pois a máscara é 255.255.255.0.
Se seus servidores abrangem várias sub-redes privadas, mas estão no mesmo datacenter,
certifique-se de especificar uma zona adicional e um arquivo de zona para cada sub-rede
distinta. Quando terminar de adicionar todas as zonas desejadas, salve e saia do arquivo
named.conf.local.
Agora que nossas zonas estão especificadas no BIND, precisamos criar os arquivos de
zona direta e reversa correspondentes.
Vamos criar o diretório onde nossos arquivos de zona residirão. De acordo com nossa
configuração named.conf.local , esse local deve ser /etc/bind/zones:
Na primeira parte será editado o registro SOA, substitua o primeiro “localhost” pelo FQDN
de ns1 e, em seguida, substitua “root.localhost” por “admin.faculdade.aied.com.br”. Cada
vez que você edita um arquivo de zona, é necessário incrementar o valor serial antes de
reiniciar o processo named, vamos iremos incrementar para “3”.
Em seguida, exclua os três registros no final do arquivo (após o registro SOA). Se você não
tiver certeza de quais linhas excluir.
Agora, adicione os registros A para seus hosts que pertencem a esta zona. Isso inclui
qualquer servidor cujo nome desejamos terminar com “.faculdade.aied.com.br” (substitua os
nomes e endereços IP privados). Usando nossos nomes de exemplo e endereços IP
443 Manual Completo do Debian GNU/Linux
privados, adicionaremos registros A para ns1 , ns2 , host1 e host2 da seguinte forma:
Em ns1 , para cada zona reversa especificada no arquivo named.conf.local, crie um arquivo
de zona reversa. Vamos basear nossos arquivos de zona reversa no arquivo db.127 de
zona. Copie-o para o local adequado com o seguinte comando:
Em seguida, adicione registros PTR para todos os seus servidores cujos endereços IP
estão na sub-rede do arquivo de zona que você está editando. Em nosso exemplo, isso
inclui todos os nossos hosts porque estão todos na rede 192.168.200.0/24. Observe que a
primeira coluna consiste nos três últimos octeto dos endereços IP privados dos seus
servidores na ordem inversa. Certifique-se de substituir nomes e endereços IP privados
para corresponder aos seus servidores.
Salve e feche o arquivo de zona reversa (repita esta seção se precisar adicionar mais
arquivos de zona reversa).
1. sudo named-checkconf
O comando named-checkzone pode ser usado para verificar a exatidão de seus arquivos de
zona. Seu primeiro argumento especifica um nome de zona e o segundo argumento
especifica o arquivo de zona correspondente, ambos definidos em named.conf.local.
445 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Quando todos os seus arquivos de configuração e zona não contêm erros, você deve estar
pronto para reiniciar o serviço BIND.
Salve e feche o arquivo named.conf.options. Este arquivo deve ser exatamente igual ao
arquivo named.conf.options de ns1, exceto que deve ser configurado para escutar no
endereço IP privado do ns2.
Defina as zonas slave que correspondem às zonas mestras no servidor DNS primário.
Observe que o tipo é “slave”, o arquivo não contém um caminho e há uma diretiva masters
que deve ser definida para o endereço IP privado do servidor DNS primário. Se você definiu
várias zonas reversas no servidor DNS primário, certifique-se de adicioná-las aqui:
Agora salve e feche o arquivo named.conf.local. Execute o seguinte comando para verificar
a validade dos seus arquivos de configuração:
1. sudo named-checkconf
Agora você tem servidores DNS primários e secundários para nome de rede privada e
resolução de endereço IP.
Para realizar o teste será necessário utilizar o comando nslookup que está no pacote
dnsutils, para isso execute a instalação abaixo.
Reinicialize a máquina.
448 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para testar no host1, basta usar o nslookup (está instalado no pacote dnsutils).
Veja que quem respondeu foi o servidor 192.168.200.10. Ao fazer uma solicitação para um
domínio externo, quem nos responde também é o servidor 192.168.200.10, ou seja, o
servidor 192.168.200.10 aprendeu e nos responde internamente na próxima vez.
Em uma máquina fora desta rede (sem a influência do ns1 e ns2), veja que a resposta é
dada por um servidor externo.
449 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Digite s caso tenha certeza que nenhuma informação afetará sua segurança, o resultado
deverá ser semelhante ao abaixo (pode-se adicionar novas validações ao longo do tempo):
450 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Digite s caso tenha certeza que nenhuma informação afetará sua segurança, o resultado
deverá ser semelhante ao abaixo (pode-se adicionar novas validações ao longo do tempo):
Digite s caso tenha certeza que nenhuma informação afetará sua segurança, o resultado
deverá ser semelhante ao abaixo (pode-se adicionar novas validações ao longo do tempo):
452 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Nas tabelas temos agrupamentos de regras que chamamos de chains, um chain e invocado
baseado em um determinado tipo de evento, por exemplo, entrada, saída,
redirecionamento, etc.. O esquema abaixo exemplifica a organização dos elementos, table,
chain e rule.
Regras consistem em matches que por exemplo podem ser utilizados para determinar quais
pacotes a regra se aplicará e uma target que determinam o que será feito com os pacotes
correspondentes a regra.
Onde,
-t nat Opera na tabela nat;
-A PREROUTING Anexa a chain PREROUTING;
453 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O netfilters e em especial o iptables define pontos que são chave no processamento das
regras, estes são 5 pontos (em inglês chamado de hook point):
● PREROUTING;
● INPUT;
● FORWARD;
● POSTROUTING;
● OUTPUT;
Chains (lista de regras) são anexadas a estes pontos e com isso é possível anexar
sequências de regras nestes pontos e cada regra representa uma oportunidade de afetar ou
monitorar fluxo de pacotes.
A tabela NAT pode ser usada para realizar uma variedade de funções úteis com base nas
manipulações de endereços e portas. Essas funções podem ser agrupadas com base em
endereços de origem e destino.
A lógica NAT iptables permite que os módulos (plug-in) ajudem a lidar com pacotes para
protocolos que incorporam endereços nos dados que estão sendo trocados (portas por
exemplo). Sem o módulo auxiliar, os pacotes seriam modificados para ir para hosts
diferentes apenas.
Visto que SNAT envolve a modificação dos endereços de origem e/ou portas dos pacotes
antes de saírem do kernel, ele é executado por meio da cadeia POSTROUTING da tabela
nat.
Você pode configurar SNAT na interface enp0s8 colocando uma regra simples na cadeia
POSTROUTING da tabela nat:
Uma vez que o DNAT envolve a modificação dos endereços de destino e/ou portas dos
pacotes antes de serem roteados para processos locais ou encaminhados para outros
computadores, ele é executado por meio da cadeia PREROUTING da tabela nat.
Essa técnica permite que você configure proxies para serviços sem ter que configurar cada
computador na rede interna. Uma vez que todo o tráfego para o mundo externo passa pelo
456 Manual Completo do Debian GNU/Linux
gateway, todas as conexões com o mundo externo na porta fornecida serão proxy
transparentemente.
Se você tiver um proxy HTTP (como o Squid) configurado para ser executado como um
proxy transparente em seu computador com firewall e escutar na porta 8888, poderá
adicionar uma regra para redirecionar o tráfego HTTP de saída para o proxy HTTP:
A table filter é tão requisitada que por padrão caso não seja informado no comando iptables
qual tabela foi escolhida o comando automaticamente envia a regra para a table filter, visto
que a maioria das regras se aplicam à permissões.
Toda a teoria de firewall pode ser aplicada utilizando este recurso de iptables, um tópico
para este assunto será reservado neste capítulo.
Existem inúmeras ferramentas que atuam neste sentido, mas uma simples iptables com
tcpdump resolve o problema, as principais tables e chains envolvidas são:
● table filter, seguintes chains:
○ INPUT;
○ OUTPUT;
○ FORWARD;
● table nat, seguintes chains:
○ PREROUTING;
○ POSTROUTING;
No esquema abaixo a REDE I é mais abrangente, para que sua requisição avance para a
Rede II é necessário aplicar uma regra em PREROUTING alterando o IP de destino para o
IP utilizado na máquina interna na Rede II.
Imagine que a Rede II (rede interna) está disponibilizando um serviço na porta 80, tal como
Apache já discutido neste curso, para que a máquina Gateway aceite a requisição e envie a
requisição para a máquina Interna, requisiçòe estas iniciadas na Rede I (externa), é preciso
uma regra Destination NAT conforme exemplo abaixo.
Neste exemplo a rede externa está acessível pelo Gateway pela Interface de rede eth0 e a
Rede II interna está acessível pela eth1, tendo o apache na Rede II com IP definido
192.168.200.2 e a porta 80, pode-se definir a seguinte regra.
Próximo passo é instalar um apache no Cliente, para isso execute a prática Serviço WEB
com Apache e PHP. Tendo certeza que o Gateway permite que requisições saiam da rede
interna e que o serviço Apache está operando, então vamos a prática deste tópico.
Para testar é muito simples, primeiro obtenha o IP da máquina Gateway, com ip address
conforme exemplo abaixo.
459 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Abra um browser no seu computador e digite o IP, no caso da máquina do autor deste texto
o IP é 192.168.0.11, então digite http://192.168.0.11/.
Utilizando o ambiente anterior, vamos liberar o ssh da máquina Gateway para a Rede I mais
abrangente, para isso no arquivo /usr/local/sbin/gateway.sh adicione a seguinte em
destaque na figura abaixo, e logo em seguida reinicie a máquina virtual.
Para verificar é muito simples, basta executar o comando iptables conforme listagem
abaixo.
1. sudo iptables -L
460 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Veja na figura abaixo que a table filter foi listada e existe a regra para a porta 22 (ssh).
Na figura do tópico anterior é possível ver que na CHAIN INPUT existe uma regra para a
porta 22 mas não existe uma saída, também é importante uma regra de OUTPUT para
conexões iniciadas dentro ou fora.
Na figura acima em destaque encontra-se a regra que permite que conexões com porta de
origem é 22, quando aplicado veja na figura abaixo que a CHAIN OUTPUT possui uma
regra de saída 22.
461 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O trunfo para permitir essa comunicação é liberar todos as portas na interface de loopback,
isso deverá criar 2 regras uma em INPUT e OUTPUT.
Se todas as regras estão corretas, se o SSH está liberado ou tem-se acesso ao dispositivo,
então altere as 3 regras padrões para DROP.
462 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Dizemos que o nmap é um scan “barulhento”, mas conforme visto abaixo seu resultado é
fantástico, imagine que uma máquina possui dois serviços abertos, um é o SSH e e o outro
o HTTP.
463 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Uma forma eficaz contra o mapeamento de portas por nmap é implantar uma regra de
iptables que bloqueia o scan clássico e que é amplamente utilizado, poucos são os Hackers
que temporizam este scan.
ATENÇAO: ESSAS REGRAS ABAIXO RTAMBEM, SERVERM PARA DOS
Repare que com o nmap agora só foi descoberta a porta 80, já a porta 22 não aparece na
listagem.
Poucos hackers temporizam o scan, este assunto está sendo abordado neste link. No
exemplo da figura abaixo foi realizado um ataque temporizado com parâmetro Paranoid,
demorou mais de 900 segundos para mapear 4 portas, um computador pode possuir até
65.635 portas ativas. Um hacker astuto pode mapear aquelas portas que mais lhe convém
para seu estilo de ataque.
464 Manual Completo do Debian GNU/Linux
20.7
iptables -A INPUT -p tcp -tcp-flags FN,URG,PSH FIN,URG,PSH -j DROP
iptables -A INPUT -p tcp -tcp-flags ALL ALL -j DROP
iptables -A INPUT -p tcp -tcp-flags ALL NONE -j DROP
iptables -A INPUT -p tcp -tcp-flags SYN,RST SYN, RST -j DROP
Digite s para confirmar, o aied deverá validar a prática conforme figura abaixo.
466 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O serviço NTP está apoiado em uma arquitetura em árvore, na qual existem camadas, do
topo para a base da árvore é aumentada a abrangência em número de clientes direto. Na
camada 0 encontramos os servidores NTP que se regulam com uma das duas opções:
● Sistema de Posicionamento Global (GPS);
● Relógio atômico;
O objetivo desta aula é configurar um servidor NTP privado com GNU/Linux dentro da rede
local para poder disponibilizar o serviço NTP Date para as estações e configurar uma
estação cliente.
Neste cenário o servidor NtpServer terá 2 interfaces de rede, isso é preciso pois ele
utiliza-se de um serviço na rede mundial para se atualizar, já o NtpCliente deverá consultar
o servidor de Date Time do NtpServer. Atenção, faça toda a aula de Gateway para poder
iniciar esta aula.
467 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Já o NtpCliente terá apenas uma interface de rede apontada para rede interna do
VirtualBox, e terá a seguinte configuração de rede.
Reinicie ambas as máquinas e execute o comando ping para validar a conectividade das
duas máquinas configuradas.
Dependendo de sua localização, você pode editar o grupo de servidores NTP acima para
qualquer servidor NTP conhecido mais próximo de sua localização. Como alternativa, use
pool.ntp.org subgrupos específicos de cada país. Por exemplo, para limitar o subgrupo do
servidor NTP aos Estados Unidos, edite o seu /etc/ntp.conf com:
Isso funciona para a maioria dos países. Por exemplo, se você estiver na Austrália, o
0.debian.pool.ntp.org será 0.au.pool.ntp.org, para a Índia 0.in.pool.ntp.org e assim por
diante. Agora, é possível que seja necessário alocar servidores NTP dentro de sua rede
local, seja pelo seu tamanho ou seja problemas de servidores transparentes fora de seu
domínio.
3. server 2.br.pool.ntp.org
4. server 3.br.pool.ntp.org
Na maioria dos casos, é melhor usar pool.ntp.org para encontrar um servidor NTP (ou
0.pool.ntp.org, 1.pool.ntp.org, etc, se você precisar de vários nomes de servidor). O sistema
tentará encontrar os servidores disponíveis mais próximos para você usando uma técnica
de serviço transparente.
Sempre que é feita qualquer alteração sobre o arquivo /etc/ntp.conf o administrador de rede
deve reiniciar o serviço:
Para permitir que seu servidor seja iniciado após a execução da reinicialização:
Caso use firewall ou regras Iptables, deve então adicionar na lista de regras a porta 123
conforme listagem abaixo e execute as regras.
21.4 Monitorando
Uma ferramenta muito útil para monitorar o serviço NTP (no NtpServer) é o ntpmon que
está no pacote ntpsec, para instalar é simples, basta:
1. sudo ntpmon
Veja que na listagem acima uma máquina com o IP 192.168.200.2 já realizou 16 requisições
NTP.
Para configurar o cliente para usar o servidor NTP, primeiro você precisa instalar o ntpdate
pacote:
Depois de instalado, tente consultar seu novo servidor NTP. Dado que o servidor NTP pode
ser resolvido através do nome do host 192.168.200.1 execute:
Execute o comando aied (NO SERVIDOR) conforme comando listagem abaixo no servidor
NTP.
Execute o comando aied (NO SERVIDOR) conforme comando listagem abaixo no servidor
NTP.
22 Samba (finalizado)
Samba é um serviço de compartilhamento de recursos de armazenamento em sistemas
secundários e também serviço de impressão. Toda distribuição Linux pode ser um servidor
de arquivos em rede.
Para esta prática será necessário apenas uma única máquina virtual ligado a sua rede, a
idéia é configurar um GNU/Linux virtual na sua rede e pelo seu sistema operacional Host é
feito o acesso ao serviço SMB.
Será preciso para esta prática apenas uma Máquina Virtual, então no Virtual Box garanta
que a Nova Virtual Machine está com o Adaptador 1 em modo Bridge conforme figura
abaixo.
No caso da rede interna do autor deste texto o Router passou como resposta a requisição
DHCP o IP 192.168.0.15 e naturalmente na sua infraestrutura este número pode ser
diferente, anote o IP atribuído no seu caso.
477 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora de seu computador pessoal (real), usando o comando ping confirme acesso ao
servidor, conforme figura abaixo, veja que usei o IP que está na figura acima.
Nesta mesma máquina Virtual que será configurada instale os pacotes do samba e suas
dependências, conforme imagem abaixo.
O Cups está sendo adicionado pois o Samba também permite que usuários acessem o
serviço de impressão.
478 Manual Completo do Debian GNU/Linux
ATENÇÃO: Se alguma pergunta for feita em relação ao DHCP cliente, responda Yes.
1. cp /etc/samba/smb.conf /etc/samba/smb.conf.backup
Agora vamos editar o arquivo de configuração do Samba, para isso com um editor de texto
edite o seguinte arquivo: /etc/samba/smb.conf
Se a linha security não existir, digite ela. Vamos passar como parâmetro que a segurança
será feita por usuário da máquina, conforme figura abaixo.
No meu exemplo usei a primeira opção, onde estou reiniciando a máquina. Logo após
iniciar o sistema operacional, digito o comando systemctl status smbd.service, conforme
figura abaixo.
Veja que o serviço está ativo e rodando. O próximo passo é criar um diretório único para
todos poderem guardar arquivos lá dentro, será um diretório público igual ao que existe na
Fatec Zona Leste onde os alunos acessam de forma promíscua. Vamos criar o diretório
/home/publico conforme figura abaixo.
Mas por ter sido criado com sudo o diretório terá como dono o root, queremos que todos os
usuários que pertençam ao grupo users também tenham acesso, para isso vamos alterar o
grupo do diretório com o comando chgrp conforme figura acima. (na figura acima, paguei o
mico de esquecer o sudo, não precisa errar necessariamente)
Agora vamos dar as permissões de acesso para os usuários, o dono root terá acesso total
ao diretório, podendo ler, escrever e listar para isso usei o 7, mesmo digo para o grupo
users. Já para os outros, estes podem apenas listar e ler que é o 5.
Nosso objetivo agora é permitir que todos os usuários do grupo users possam acessar o
diretório /home/publico e também os seus diretórios particulares (~).
Vamos começar comentando (caso não esteja) o parâmetro read only, ou seja, vamos
permitir que se a regra de usuário for válida então ele possa escrever arquivos. Veja que foi
usado ; como comentário.
Agora vamos permitir que os usuários que estão no grupo users possam criar/escrever
diretórios e arquivos, conforme figura abaixo.
Isso garante que cada usuário que pertença ao grupo users possam pela rede acessar seu
diretório neste máquina pela rede, mas não permite que acessem o diretório público criado,
então vamos configurar o arquivo para permitir isso.
A propriedade valid users então aponta para o grupo de usuários da máquina, ele com force
group garante que a política de acesso será feita então pelo grupo users.
Já as propriedades create mask e directory mask são utilizados pelo samba para quando o
usuário criar um arquivo ou diretório (respectivamente) crie com tais permissões de acesso.
481 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora vamos associar os usuários no grupo users, veja que o usuário da máquina chamado
usuário ele não pertence ao grupo users.
Vamos adicionar então, para isso vamos usar o comando usermod conforme figura abaixo.
ATENÇÃO: Alguns Linux não estão configurados para /usr/sbin/ ser um diretório de binários
executáveis, por isso o caminho completo.
Agora só falta informar para o Samba que o determinado usuário possui uma senha de
acesso pela rede, para isso o comando smbpasswd, conforme figura abaixo.
Informe a senha, recomendo que seja uma senha diferente da que ele utiliza na máquina
por questão de segurança.
O Mac OS pergunta qual o usuário e senha, veja que é informando usuario e a senha
123456, pois foi o configurado no smbpasswd.
ATENÇÃO: Se tiver acertando usuário e senha e mesmo assim não permite acesso, então
/
utilize NOME_DA_MAQUINA_LINUX USUARIO_CADASTRADO_NO_GRUPO_USERS
Veja que é possível listar o público que todos têm acesso e o diretório do usuário.
Pronto, para criar um arquivo ou diretório basta usar os recursos de seu Explorer de
arquivo.
483 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Como a rede não possui um controlador de domínio, o Windows exige que se utilize o nome
da máquina e o nome do usuário conforme figura abaixo.
Para validar o teste 5.1 o aluno deve entrar no diretório teste em público e manter lá, ai
então realiza o teste lá na VM do Samba.
Para validar o teste 1.1 o aluno deve entrar no diretório teste em público e manter lá, aí
então realizar o teste lá na VM do Samba.
487 Manual Completo do Debian GNU/Linux
23 Proxy Squid-cache
O Squid (acessível pela url http://www.squid-cache.org/) é um poderoso servidor proxy
utilizado para controlar o acesso à Internet a partir da rede local mantendo os interesses da
organização, tais interesses são:
● Cache;
● Controle sobre o tráfego;
● Fazer proxy reverso (mas neste material o proxy reverso será feito em NGINX);
Esta solução é posicionada entre o cliente Browser e o serviço que geralmente é HTTP,
HTTPS ou FTP, e estes serviços estão quase em toda sua totalidade na rede mundial.
Além de servir como um servidor proxy, o Squid é usado principalmente para armazenar em
cache páginas da web visitadas com frequência de um servidor da web. Portanto, quando
um usuário solicita uma página de um servidor da web, as solicitações passam primeiro
pelo servidor proxy para verificar se o conteúdo solicitado está disponível. Isso reduz a
carga do servidor e o uso de largura de banda e acelera a entrega de conteúdo, melhorando
assim a experiência do usuário.
O Squid também pode ser usado para se tornar anônimo ao navegar na Internet. Por meio
do proxy Squid, podemos acessar o conteúdo restrito de um determinado país.
colocar vantagens
23.2 Cenário
Conforme já demonstrado o serviço Squid está entre o Browser cliente e o serviço HTTP
(vamos assumir que estamos só trabalhando com HTTP/HTTPS), logo será preciso 2
máquinas virtuais, uma somente terminal que será chamado de squid e outra gráfica que
será chamada de cliente.
489 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A equipe de TI deverá escolher uma das três possíveis formas de abordar os clientes, são:
● ABORDAGEM 1: Em cada cliente é manualmente configurado o serviço Proxy;
● ABORDAGEM 2: As informações de proxy serão passadas automaticamente por
DHCPack;
● ABORDAGEM 3: Configuração de proxy transparente para serviço http;
Para as três abordagens será necessário uma máquina terminal com Squid, esta deverá ter
2 adaptadores de rede, o primeiro adaptador em modo Bridge (ver capítulo 1 caso tenha
dúvidas) e o segundo adaptador em modo Rede Interna.
A máquina cliente gráfica ou terminal deverá ter apenas um Adaptador de rede e ele deve
estar configurado em modo Rede Interna, e na mesma rede virtual do squid. Comece
criando uma nova máquina virtual terminal, será a nossa máquina SQUID.
Acesse as configurações desta máquina virtual, conforme figura acima, veja que nas
opções vamos precisar acessar a aba Network.
490 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Onde:
1. Selecione a aba Network;
2. Selecione a aba Adapter 1;
3. Habilite o Adapter 1, ou seja, conecte no cabo virtual;
4. Selecione Bridged Adapter como opção de conexão e selecione a placa de rede da
qual seu computador acessa a rede local física;
Na segunda interface de rede do SQUID, coloque esta placa em modo Rede Interna, é por
essa interface que os clientes vão acessar a Internet.
Onde:
1. Selecione a aba Network;
2. Abra a aba Adapter 2;
3. Habilite a placa de rede, conectando ela na rede virtual;
4. Selecione a opção Internal Network.
Já a máquina virtual CLIENT terá apenas 1 interface de rede e esta interface deverá ser
ligada na Internal Network.
Onde:
5. Selecione a aba Network;
6. Abra a aba Adapter 1;
7. Habilite a placa de rede, conectando ela na rede virtual;
8. Selecione a opção Internal Network.
Inicie a máquina CLIENT e realize a configuração lógica conforme figura abaixo. Vamos
utilizar a Abordagem 2 na prática, então o IP será obtido por meio de DHCP Server.
492 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A versão do material é a versão 5.7 do squid, conforme figura abaixo. Cada versão do
SQUID o arquivo de configuração é diferente.
Como o arquivo é grande, recomendo que faça uma cópia, conforme comando da listagem
abaixo.
Caso cometa erros, ou é possível o retorno da versão original ou com o comando diff você
pode localizar seus erros.
Atenção: no arquivo do squid 5.7 a tag especificada acima está na linha 1555.
No primeiro passo devemos definir quais computadores vão fazer parte da acl, para isso
navegue até a linha 1338 do arquivo, e edite a acl para a rede específica do exercício que é
a rede 192.168.200.0/24, conforme figura abaixo.
494 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Comente todas as demais regras, afinal não queremos um squid tão permissivo. O segundo
passo é liberar a acl chamada localnet, para isso navegue até a linha 1551.
Onde:
1. Permitindo que qualquer computador em localnet acesse o squid;
2. Permitindo que a máquina local acesse o squid;
3. Negando todo o resto.
As regras serão executadas na sequência, então evita-se distribuir estas regras ao longo do
arquivo e por isso navegamos até a linha 1551, e será executada no formato top-down onde
encontrou a regra, executa-se e para.
Caso queira uma configuração mais restritiva, comente as linhas fechando portas.
Navegue até as regras, aproximadamente linha 1551 e utilize a regra deny para a acl
blocked_websites, conforme figura abaixo. Declaramos em dois locais pois deve-se
manter a organização, sempre as regras allow e deny próximas para ficar fácil localizar a
sequencia de decisões.
498 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No próximo passo, será criada a lista que não existe ainda, para isso com o nano crie o
novo arquivo /etc/squid/blocked.acl e adicione o domínio .terra.com.br conforme figura
abaixo. Estou usando este domínio apenas para fins de demostração e por acreditar que
este domínio “tem uma vida longa e próspera”.
Também é muito comum se aplicar regras e listas já desenvolvidas por comunidades, isso
pois as comunidades possuem uma força de trabalho muito superior à de uma organização,
na figura abaixo temos o exemplo do site SquidGuard52.
52
Acessível pela url: http://www.squidguard.org/blacklists.html
499 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Sim, o site é feio que doi o olho, mas tem as melhores listas, conforme a imagem abaixo.
500 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A maior das listas e a mais utilizada é a lista de sites p0rn0gr@PH1c0553, que está na
pasta, para adicionar esta lista basta descompactar o arquivo e configurar conforme feito no
exemplo deste tópico, é muito simples.
Agora especifique os endereços IP que deseja permitir e salve o arquivo. Agora crie uma
nova linha acl no arquivo de configuração principal e permita o acesso ao acl usando a
diretiva http_access. Essas etapas são mostradas abaixo:
53
Ofuscado para que este material não seja banido;
501 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A ideia é no DHCPACK passar uma URL de um arquivo .pac que deverá estar dentro do
apache, para reduzir o consumo de memória, nesta prática o aluno pode manter no mesmo
servidor o serviço apache, o DHCP e o proxy.
Agora deve-se informar que para IPV4 haverá uma configuração DHCP e que estará
disponível na interface de rede enp0s8, edite o arquivo: /etc/default/isc-dhcp-server
10.
11. # Additional options to start dhcpd with.
12. # Don't use options -cf or -pf here; use DHCPD_CONF/ DHCPD_PID instead
13. #OPTIONS=""
14.
15. # On what interfaces should the DHCP server (dhcpd) serve DHCP requests?
16. # Separate multiple interfaces with spaces, e.g. "eth0 eth1".
17. INTERFACESv4="enp0s8"
18. INTERFACESv6=""
19.
Com esta configuração as estações clientes serão configuradas com auto dhcp e nenhuma
configuração extra deverá ser feita pois o arquivo proxy.pac deverá trazer toda a
configuração do servidor pelo DHCPACK.
Para isso na configuração do servidor squid haverá uma mudança na configuração feita até
este momento:
● Introdução do Gateway na configuração dos clientes;
● Ativar a diretiva net.ipv4.ip_forward=1 no arquivo /etc/sysctl.conf;
503 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Ainda no servidor, deve-se executar as duas regras de iptables na listagem, mas lembre-se
que se reiniciar o servidor as regras serão perdidas, proceda conforme capítulo de Iptables
para salvar.
Agora deve-se habilitar a porta 3128 e adicionar uma outra linha informando que a porta
3128 também atuará no modo intercept, conforme imagem abaixo.
Falar de diretórios…
Falar de init.d
504 Manual Completo do Debian GNU/Linux
squidguard
1. cd /tmp
2. wget
https://web.archive.org/web/20210502020725if_/http://www.shallalist.de/Downloads/shallalist
.tar.gz
3. tar -xzf shallalist.tar.gz
Onde:
1. Comando wget com a url do arquivo que será carregado;
2. Status 200 de http, indicando sucesso;
3. Tamanho do arquivo compactado.
Ao final da sequência de comandos acima, você terá então um diretório BL em /tmp com
todas as listas de negação, agora é simples, agora é mover este diretório e seu conteúdo
para /var/lib/squidguard/db/ conforme código abaixo.
Agora vamos entender o diretório BL, com um ls você poderá ver que existem várias listas
já segregadas em diretórios, mas é lógico nem todas as listas serão necessárias mas
vamos manter elas no diretório /var/lib/squidguard/db/BL.
506 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para este conteúdo será aplicada somente como exemplo o filtro de negação para sites
pornográficos, veja quais são os arquivos que temos:
Logo no começo do arquivo é definido o diretório das listas, que por padrão é
/var/lib/squidguard/db/ conforme já utilizado até então.
Ative a dest adult conforme listagem abaixo, aponte para os arquivos conforme figura
abaixo. Fique atento a abertura e fechamento de chaves.
Na última acl, a default negue a lista de destino adult usando ! e permita o resto.
Se as listas estão corretas, terá 100% de sucesso, mas quando isso é feito os arquivos
serão gerados para o root, e o squid opera com o usuário proxy, para mudar o dono dos
arquivos use o comando chown conforme figura abaixo.
Também mude a permissão de acesso para 755, com um ls confirme o dono do arquivo e a
permissão de acesso.
508 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora reinicie o servidor, quando o servidor estiver ativo novamente com o systemctl tenha
certeza que o squid opera, pronto, em um cliente proxy interno verá que as urls clássicas
estarão negadas conforme figura abaixo.
Veja que termina sem nenhum problema, caso haja problemas então a validação será
parada e um mensagem de erro será bem destacada.
proxy, algo que se deve ter em mente é que estas máquinas não possuem GATEWAY
configurado em sua configuração de interface de rede.
Vamos fazer um teste simples de proxy com o navegador Chrome, vai em Settings e
procure por proxy.
Os 3 protocolos http, https e ftp estão sendo redirecionado para o proxy 192.168.200.1 porta
3128, ou seja, nosso squid.
Após aceitar, será então validado todos os tópicos conforme figura abaixo, tudo deve estar
verde.
Hoje em dia (data de escrita deste capítulo), uma grande fração dos servidores web usa
NGINX, geralmente como um balanceador de carga pela sua simples implementação, baixo
custo de recursos.
Neste capítulo a rede mundial será a rede local mais abrangente e a rede interna com o
Apache será a rede interna do Virtual Box, conforme esquema abaixo.
É feito assim para evitar que o aluno seja obrigado a obter um IP público só para aprender o
conceito de NGINX. Esta máquina que contém o NGINX deve estar configurada segundo a
aula de “Capítulo de configuração de serviço Gateway”, ou seja, um mínimo de regras de
de Iptables para dar acesso ao Apache para a rede mundial.
Em casos bem extremos e é até recomendado o Apache não precisa de ter tal acesso a
rede mundial, isso evitaria um ataque de dentro para fora, mas para esta prática sim, o
Apache terá acesso a rede mundial para update e instalação de pacotes.
O NGINX fará um serviço de Proxy HTTP reverso + Cache, para isso ele deve receber as
requisições na máquina Gateway (que está exposta para a rede mais abrangente).
Veja que este modelo o NGINX ele é o servidor na visão do Browser e a requisição é para
ele, conforme esquema abaixo.
517 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Na configuração com o NGINX será o cliente do Apache pois quem é o alvo do cliente real
(Browser do usuário) é o NGINX, este realiza um pass para o Apache que está interno.
O Apache poderá estar em uma ou mais máquinas dentro da rede, mas para evitar uso de
memória será configurado em apenas uma máquina virtual.
Esta arquitetura é diferente de um simples redirecionamento NAT feito por Iptables (ver
figura abaixo), que por regras de redirecionamento por PREROUTING altera o destino da
requisição do Browser e em FILTER é feito o FORWARD.
Uma grande vantagem do uso do NGINX é que as máquinas que possuem o Apache
podem
518 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O aluno deve importar duas máquinas virtuais com GNU/Linux instalado, e naturalmente
sem interface gráfica. Na figura abaixo estou esquematizando a conexão de rede das
máquinas bem como o nome que irão assumir neste momento.
A máquina chamada Nginx terá dois adaptadores de rede configurados conforme o capítulo
“configuração de serviço Gateway”.
Já a máquina Apache, deve ter como única interface de rede configurada a Rede interna do
VirtualBox, para esta máquina será adicionada um IP estático, conforme prática
“Configurando um servidor WEB com Apache”.
Veja que a única interface da máquina está na rede interna do VirtualBox e a configuração é
de um endereço de rede que está na rede 192.168.200.0/24.
A linha 1 é clássica, sempre que vamos preparar uma nova máquina executamos a
atualização das bibliotecas e dos resources. Na linha 2 está sendo instalada a última versão
no NGINX estável e que está no PPA.
O NGINX vem configurado por padrão para assumir o serviço porta 80 da máquina
Gateway, portanto deve-se remover os arquivos default, conforme listagem abaixo.
1. sudo rm /etc/nginx/sites-enabled/default
2. sudo rm /etc/nginx/sites-available/default
Agora vamos configurar um site, chamado “artigos.aied.com.br”, sim um site genérico, para
isso crie um arquivo com o nano conforme:
Na linha 1 está sendo configurado um diretório para armazenamento de cache HTTP, uma
zona (diretório) com 10M chamada web no diretório /tmp/web.
Da linha 3 a linha 5 é configurado o array de servidores que deverão atender por este
serviço;
A linha 8 e linha 9 definem o domínio e a porta que este serviço deverá responder,
lembre-se que uma máquina com NGINX pode contar inúmeros arquivos de configuração
como este, e inclusive estudando na mesma porta mas não no mesmo server_name.
Da linha 11 até a linha 13 é passado parâmetros encontrados no HTTP para o proxy_pass;
520 Manual Completo do Debian GNU/Linux
A linha 14 é o proxy_pass;
A linha 15 define a zona cache que é criada na Linha 1 deste arquivo.
Agora o site deve ser referenciado em sites-enabled, para isso crie um link simbólico de
artigos.aied.com.br.conf em sites-avaliable para sites-enabled, conforme Linha 1 da
listagem abaixo.
1. sudo ln -s /etc/nginx/sites-available/artigos.aied.com.br.conf
/etc/nginx/sites-enabled/artigos.aied.com.br.conf
2.
3. sudo systemctl restart nginx.service
4. sudo systemctl status nginx.service
3. upstream backend {
4. server 192.168.200.2:80;
5. server 192.168.200.3:80;
6. server 192.168.200.4:80;
7. }
Neste caso, o autor anotou este endereço, agora, como você deve proceder para configurar
seu computador real para fazer esta tradução:
522 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Adicione para a prática a linha abaixo, estou usando 192.168.0.7 pois conforme já
explicado é o IP associado a este Gateway na minha rede em um dado momento.
Agora adicione conforme figura abaixo a tradução, estou usando 192.168.0.7 pois é o IP
definido pelo meu router em um dado momento, você conforme dito anteriormente deve
utilizar o IP do Gateway definido pelo seu router.
Após aceitar, será então validado todos os tópicos conforme figura abaixo, tudo deve estar
verde.
525 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Teve como raiz pesquisas na IBM no final da década de 90 como uma solução leve e aberta
para MTA, hoje os especialistas criadores desta tecnologia atuam no Google e mantêm
suporte pelo site postfix.org.
Características da solução:
● Suporte a Ipv6;
● Suporte a MIME;
● Autenticação SASL (Simple Authentication and Security Layer);
● Canal seguro utilizando TLS;
● Suporte a diversos banco de dados:
○ MySQL
○ PostgreSQL
○ LDAP
● Verificação a listas RBL (Real-time Blackhole List);
● Extenso suporte a filtros:
○ Suporte a expressões regulares;
○ Verificação de cabeçalho;
○ Verificação no corpo da mensagem;
O próximo passo é configurar o nome do domínio, vamos deixar esta configuração para
depois, então pressione Enter e finalize a instalação.
O próximo passo é reiniciar o postfix e validar o status do serviço, para isso utilize o
comando systemctl conforme já descrito em capítulos anteriores, veja abaixo esta operação.
Quando você se conecta na porta 25 o Postfix responde 220 <DOMINIO>, conforme figura
abaixo. O próximo passo do protocolo é informar o mail from que é a conta do usuário local
na máquina, deve-se informar o usuário usuario pois este existe nesta máquina. O postfix
retorna 250 OK.
Informa-se logo após para quem será enviado o e-mail, com rcpt to, e o servidor postfix
retorna 250 OK. Inicia-se o campo de dados, para isso informe data e o servidor retorna
que PONTO definirá o fim da mensagem. Finaliza-se com um PONTO e um quit.
Edite o script abaixo, no qual algumas variáveis são criadas o que poderia ser provenientes
de um formulário, e invoca-se o comando PHP mail() para o mecanismo interno interagir
com o postfix.
Salve o arquivo, veja que o arquivo esta devidamente no local correto, poderia criar um
formulário e invocar uma interface WEB, mas não será necessário.
Outra forma de rodar um script PHP é invocar o comando php, e é isso que o apache
realiza quando uma página PHP é carregada por uma interface web, então por command
line podemos rodar qualquer script PHP, conforme exemplo abaixo.
Após aceitar, será então validado todos os tópicos conforme figura abaixo, tudo deve estar
verde.
533 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Após aceitar, será então validado todos os tópicos conforme figura abaixo, tudo deve estar
verde.
Após aceitar, será então validado todos os tópicos conforme figura abaixo, tudo deve estar
verde.
535 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O FTP pode ser executado no modo ativo ou passivo, o que determina como a conexão de
dados é estabelecida. Em ambos os casos, o cliente cria uma conexão de controle TCP.
No servidor vsftp (será estudado neste capítulo) a configuração é simples, basta ativar o
flag pasv_enable e informar qual o range de portas ativas do servidor para receber
requisições do cliente com os comandos FTP.
Neste cenário tanto deve-se trabalhar o Firewall do Servidor quando DOS CLIENTES, e por
isso a configuração se torna difícil pois deve-se ir em cada cliente liberando porta, e liberar
portas em cliente vejo que é uma falha gravíssima de segurança.
537 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O próximo passo é selecionar a rede em que este computador terá acesso, escolha a opção
do Adaptador 1 e Attached selecione Bridge Adapter. O campo name é o nome da interface
de rede física que é diferente da imagem abaixo.
Agora abra com o nano o arquivo /etc/vsftpd.conf e edite cada atributo descrito abaixo
conforme este conteúdo:
● Altere o valor de listen para YES, isso fará com que o serviço seja inicializado a
partir de um script de inicialização de sistema init ou systemd, e também fará do
processo como um daemon de serviço;
● Desative o IPv6 pois o serviço estará disponível só no IPv4, para isso listen_ipv6
passe para o valor NO;
● Por padrão o serviço FTP vem configurado para somente leitura, remova o
comentário de write_enable ativando a possibilidade de escrita;
● Por padrão vem desabilitado a opção chroot_local_user, este parâmetro quando
ativo permite que usuários possam listar seus diretórios pessoais, caso queira
permitir que além de ver o diretório o usuário possa escrever também, ative o
parâmetro allow_writeable_chroot;
1. listen=YES
2. listen_ipv6=NO
3. write_enable=YES
4. chroot_local_user=YES
5. allow_writeable_chroot=YES
Agora reinicie o serviço vsftpd utilizando systemctl restart e veja se o serviço está ativo
utilizando o comando systemctl status conforme figura abaixo.
539 Manual Completo do Debian GNU/Linux
No campo 3 será carregado uma lista de diretórios e arquivos do usuário do Linux, esta é
uma configuração em que cada usuário do Linux poderá acessar sua área privada.
540 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Será utilizado o comando ftp no GNU/Linux, para iniciar uma conexão basta informar o IP
do servidor FTP conforme figura abaixo.
Apó realizar a autenticação, conforme figura acima o terminal deverá ficar ativo em modo
interativo aguardando comandos, conforme figura abaixo.
○ ASCII
○ Binary
Para demostrar, será utilizado o Filezilla, após realizar a conexão com o servidor (antes de
enviar usuário e senha) é trocado dados sobre certificado, conforme visto na figura abaixo.
542 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Já na figura abaixo é possível ver na área de log da ferramenta que é informado o uso de
TLS como certificado, a explanação sobre os pacotes trafegando criptografados na rede
será descrito no próximo tópico.
A máquina cliente está utilizando o comando ftp por command line e está no IP 192.168.0.9
e a máquina com vsftp está respondendo pela porta 21 na máquina com ip 192.168.0.11.
No início, após o Handshake um pacote FTP é enviado do servidor para o cliente neste
SOCKET iniciado pelo cliente, veja na imagem acima a posição do pacote 12645 e abaixo o
conteúdo deste envelope.
543 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Nesta primeira resposta é enviado o código 220 indicando que o servidor FTP está ativo e
esperando autenticação.
Repare que no pacote 426482 o cliente envia o comando PASS e o password do usuário,
como texto e isso é muito criticado, veremos mais à frente como é a comunicação com
certificado e vou voltar a falar sobre isso.
544 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O próximo passo será envio do comando LIST, como o cliente ftp não tem a porta para
comunicação então o primeiro passo é solicitar a porta com um request PORT, conforme
pacote 566 na figura abaixo.
O servidor está atuando com modo ativo então o servidor envia uma mensagem informando
que seria interessante usar o modo passivo (1 na figura acima), como está em modo ativo o
próximo passo é o servidor iniciar uma nova conexão SOCKET (ver na figura acima em 2).
Com a nova conexão estabelecida então o servidor envia a resposta conforme visto no
pacote 573 na figura acima.
Na figura acima temos o pedido de PORT e na figura abaixo a resposta informando qual
informa que é recomendável o uso da forma passiva de conexão.
545 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Neste cenário a manutenção do firewall é mais fácil, partindo do pressuposto que o cliente
está devidamente autenticado, o recorte abaixo mostra a solicitação por parte do cliente do
uso do modo passivo no pacote 55. Já no pacote 56 o servidor responde que aceita o modo
passivo e envia a uma nova porta para conexão, no range de portas definido no arquivo de
configuração do vsftp.
No modo passivo (ver figura acima bloco 2) um novo SOCKET é iniciado do cliente para o
servidor na nova porta, informada pelo servidor, é nesta direção que está a diferença entre o
modo passivo e ativo, segue-se então o trâmite normal.
Quando se conecta com o cliente utilizando certificado a troca de comandos fica cifrada a
partir de um ponto, veja no pacote 232 que há o comando AUTH TLS e logo em seguida a
autenticação fica indecifrável.
Após aceitar, será então validado todos os tópicos conforme figura abaixo, tudo deve estar
verde.
547 Manual Completo do Debian GNU/Linux
27 Banco de Dados
28 Versionadores de código
28.2 Subversion
/etc/apache2/mods-enabled/dav_svn.conf editar
Alias /svn /var/lib/svn
<Location /httpdoc-svn>
DAV svn
SVNParentPath /var/lib/svn
AuthType Basic
AuthName "Subversion Repository"
AuthUserFile /etc/apache2/dav_svn.passwd
Require valid-user
</Location>
cliente
mkdir ~/projects/
cd ~/projects/
svn checkout http://192.168.3.13/httpdoc-svn/myrepo/
cd ~/projects/
svn add ./*
svn commit -m 'Uma carga de código inicial'
https://www.linode.com/docs/guides/subversion-svn-tutorial/
28.3 Git
549 Manual Completo do Debian GNU/Linux
27 Servidor de Virtualização
550 Manual Completo do Debian GNU/Linux
reboot
552 Manual Completo do Debian GNU/Linux
cliente++++++++++++
553 Manual Completo do Debian GNU/Linux
https://www.linuxtechi.com/install-configure-kvm-debian-10-buster/
555 Manual Completo do Debian GNU/Linux
556 Manual Completo do Debian GNU/Linux
27 OpenVPN (ATUANDO)
VPN significa "" e proporciona um ambiente seguro para estabelecer uma conexão de rede
protegida ao usar redes públicas. As VPNs criptografam seu tráfego de Internet e disfarçam
sua identidade online quando bem configuradas o que torna mais difícil para terceiros
rastrear suas atividades online e roubar dados, a criptografia ocorre em tempo real.
Uma conexão VPN disfarça seu tráfego de dados online e o protege de acesso externo. Os
dados não criptografados podem ser visualizados por qualquer pessoa que tenha acesso à
rede e queira vê-los. Com uma VPN, os hackers e criminosos cibernéticos não podem
decifrar esses dados.
27.2 O ambiente
A configuração será muito simples, se seu ambiente é GNU/Linux basta a configuração de
um servidor vpn com Debian GNU/Linux e sua máquina real pode ser o cliente, caso utilize
Microsoft Windows precisará de ter uma segunda máquina virtual que será a cliente.
Após importar, configure o primeiro Adaptador de rede para Bridge Adapter conforme figura
abaixo.
558 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Esta interface será utilizada para o cliente se conectar neste servidor, é a rede local da casa
do leitor que fará o papel de rede pública por motivos de simplificação. Já o segundo
adaptador de rede deve estar configurado em “Internal Network” e a rede selecionada
deverá ser intnet.
A rede intnet é a rede privada, a rede que seria a rede de uma empresa. Inicie o Servidor
OpenvpnServer, edite o arquivo /etc/network/interfaces com o nano, informe os dados de
rede da interface enp0s8
Agora será feita a instalação dos pacotes necessários, para isso no terminal do servidor
digite os comandos abaixo.
27.3 Easy-rsa
Easy-RSA é um comando para gerenciar artefatos no padrão X.509 PKI, conhecido como
infraestrutura de chave pública. Uma PKI é baseada na noção de confiar em uma
autoridade específica para autenticar um par remoto. O código é escrito em shell POSIX de
plataforma neutra, permitindo o uso em uma ampla variedade de sistemas operacionais
559 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Alterado estas variáveis que serão usadas como base para emissão dos certificados
auto-assinados, mas para ser utilizado então renomeie este arquivo para vars, coforme
comando abaixo.
O próximo passo é criar o PKI, que será uma estrutura bem organizada de chaves,
certificados e arquivos diffhelmen, para isso execute o comando abaixo.
Agora com um simples LS veja que foi criado um novo diretório chamado pki em /easy-rsa/.
Agora será criado o primeiro certificado que será utilizado para criar os demais, então crie o
CA com o easyrsa conforme comando abaixo.
Será solicitado uma senha, como é um ambiente de estudo recomendo usar 123456 e
manter o padrão de senha 123456, mas em ambiente profissional, jamais utilize.
Utilize o Common Name openvpn, se associado ao X.500 pode-se definir o nome comum,
após sucesso, veja que um path do arquivo ca.crt.
Um arquivo com extensão .crt é um arquivo de certificado de segurança usado por serviços
seguros para estabelecer conexões seguras de um servidor para um cliente. Os arquivos
CRT estão no formato ASCII e podem ser abertos em qualquer editor de texto para
visualizar o conteúdo do arquivo de certificado, ele segue o padrão de certificação X.509
561 Manual Completo do Debian GNU/Linux
que define a estrutura do certificado. Ele define os campos de dados que devem ser
incluídos no certificado SSL (exemplo), o CRT pertence ao formato PEM de certificados que
são arquivos codificados em Base64 ASCII.
No próximo passo será criado um par de chaves para que acessem este serviço, para isso
será criado então um par de chaves para openvpn-server conforme figura abaixo.
Ao terminar é informado aonde serão salvos as chaves para o serviço, o nome usado acima
openvpn-server é apenas um nome, que para manter um padrão se utiliza o mesmo nome
do serviço para facilitar a manutenção futura. O próssimo passo é assinar o certificado
gerado par aque seja autorizado o uso do certificado neste serviço.
562 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Há inúmeras formas de trabalhar com VPN, muitas empresas possuem apenas um único
certificado para todos os clientes VPN e aplilcam a atuenticação por LDAP (próximo
capítulo), outras empresas aplicam um certificado para cada cliente.
Nesta prática cada cliente terá um certificado pois caso seja desmembrado um funcionário a
revogação do certificado é um processo de fácil execução. Para criar um certificado para
um determinado agente, define-se um nome para o certificado que seja possível no futuro
elacionar a este agente, conforme comando abaixo o certificado está sendo gerado para
well.
É gerado um par de chaves no servidor para este cliente, conforme figura acima, repare a
posição dos diretórios pois arquivos serão enviados para o cliente para que ele possa usar
seu certificado. Agora temos que assinar este certificado, pois este servidor além de um
servidor com Openvpn (uma coisa) também é o servidor de autoridade (que é outra coisa),
essa assinatura é feita com seu ca.crt.
563 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Mas antes de gerar de configurar será necessário executar o Diffie-Hellman para sortear
outros dados para geração de chaves, mais detalhes sobre criptografia será descrito no
tópico Criptografia e ferramentas.
Isso pode ser demorado, então pode obter neste momento em paralelo um café expresso.
Partindo para a configuração do servidor OpenVPN entre no diretório /etc/openvpn/server/ e
crie um novo arquivo chamado server.conf conforme listagem abaixo.
1. cd /etc/openvpn/server/
2. sudo nano /etc/openvpn/server/server.conf
Com o nano edite o arquivo de acordo com a seguinte listagem, fique atento a digitação!!!
1. port 1194
2. proto udp
3. dev tun
564 Manual Completo do Debian GNU/Linux
4.
5. ca /usr/share/easy-rsa/pki/ca.crt
6. cert /usr/share/easy-rsa/pki/issued/openvpn-server.crt
7. key /usr/share/easy-rsa/pki/private/openvpn-server.key
8. dh /usr/share/easy-rsa/pki/dh.pem
9. #crl-verify crl.pem
10.
11. server 192.168.200.0 255.255.255.0
12. push "route 192.168.200.0 255.255.255.0"
13.
14. cipher AES-256-CBC
15. tls-version-min 1.2
16. tls-cipher
TLS-DHE-RSA-WITH-AES-256-GCM-SHA384:TLS-DHE-RSA-WITH-AES-256-CBC-SHA25
6:TLS-DHE-RSA-WITH-AES-128-GCM-SHA256:TLS-DHE-RSA-WITH-AES-128-CBC-SHA2
56
17.
18. #auth SHA512
19. #auth-nocache
20.
21. keepalive 20 60
22. persist-key
23. persist-tun
24. #compress lz4
25. #daemon
26. #user
27. #group
28.
29. log-append /var/log/openvpn.log
30. verb 3
Pronto, o arquivo de configuração do servidor está pronto, para criar os arquivos dos
clientes é necessário se ter o IP do servidor VPN, então no servidor VPN execute o
comando ip address conforme figura abaixo.
565 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora criar um arquivo para o cliente, temos que criar um diretório para o usuário chamado
well, neste diretório vamos adicionar os certificados, as chaves, para isso crie o diretório
/etc/openvpn/client/vpnwell conforme listagem abaixo e copie os arquivos.
Liste o diretório do usuário e confirme a existência dos arquivos, conforme figura abaixo.
O próximo passo é criar um arquivo de configuração para ser executado pelo cliente com o
mínimo de esforço (por parte dele), crie o arquivo com o nano, conforme comando abaixo.
neste arquivo edite conforme listagem abaixo (não precisa editar o que está comentado).
1. client
2. dev tun
3. proto udp
4.
5. # Tem que colocar na linha abaixo o IP acessível do SERVIDOR COM OPENVPN
6. remote 192.168.0.16 1194
7.
8. ca ca.crt
9. cert vpnwell.crt
10. key vpnwell.key
11.
12. #tls-cipher
TLS-DHE-RSA-WITH-AES-256-GCM-SHA384:TLS-DHE-RSA-WITH-AES-256-CBC-SHA25
6:TLS-DHE-RSA-WITH-AES-128-GCM-SHA256:TLS-DHE-RSA-WITH-AES-128-CBC-SHA2
56
13.
14. tls-client
15. resolv-retry infinite
16. nobind
17. persist-key
566 Manual Completo do Debian GNU/Linux
18. persist-tun
Inicie a máquina virtual cliente, e altere as configuraçòes de rede conforme figura abaixo.
567 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora obtenha o IP que esta máquina obteve na rede, conforme figura abaixo.
Um teste básico pode ser feito para demostrar que o cliente não tem acesso a rede
192.168.200.0/24, um simples ping em 192.168.200.1, conforme imagem abaixo.
Para o cliente acessar a rede 192.168.200.0/24 será necessário a configuraçào VPN para
vpnwell.zip, em um mundo real os arquivos vpn são enviados para os clientes por um meio
seguro, tal como a instalação feita fisicamente ou por itermédio de uma mídia. Neste
exemplo vou trasferir os arquivos para o ClienteVPN por intermédio de um SSH.
568 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Após transferir os arquviso instale no cliente o pacote openvpn conforme comando abaixo.
Abra um segund tty, com Ctrl-alt-f2 (lembrar de colocar a atençao do Virtual Box).
569 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Após abrir e logar neste segundo TTY, você poderá então confirmar o sucesso da execução
conforme comando ip address, confirme a criação de uma interface virtual chamada tun0.
Já está confirmado, mas o interesante é ver algo ser transmitido para a rede
192.168.200.0/24, então um simples ICMP prova que a transmissão ocorreu, então execute
novametne o ping que antes falhou do cliente na interface 192.168.200.1, conforme figura
abaixo.
570 Manual Completo do Debian GNU/Linux
NO CLIENTE
571 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O termo LDAP significa Lightweight Directory Access Protocol como o nome indica, o LDAP
foi originalmente projetado para ser um protocolo de rede que fornecia uma forma
alternativa de acesso aos servidores de diretório existentes, mas à medida que a ideia do
LDAP amadureceu, o termo LDAP se tornou sinônimo de um tipo específico da arquitetura
do diretório.
28.1 X.500
Com o objetivo de organização de dados tecnológicos sobre a organização, a ITU-T
desenvolve um padrão X.500, que é formado por uma série de padrões para redes de
computador abordando serviço de diretório. A ISO incorpora este padrão por meio de
parceria
Os protocolos definidos pelo X.500:
DAP (Directory Access Protocol)
DSP (Directory System Protocol)
DISP (Directory Information Shadowing Protocol)
DOP (Directory Operational Bindings Management Protocol)
Por ser usados no Modelo OSI, um número de alternativas ao DAP foram desenvolvidas
para permitir que clientes de Internet pudessem acessar o diretório X.500 usando TCP/IP, a
mais conhecida alternativa é o LDAP, e por permitir que o DAP e outros protocolos X.500
pudessem usar TCP/IP, LDAP é um conhecido protocolo de acesso a diretórios.
No Directory User Information Model, uma entrada contém informações sobre um objeto de
interesse para os usuários do Directory. Esses objetos (Diretório) podem estar normalmente
associados a algum recurso do mundo real, tal como um computador, um diretório em rede,
uma impresora, etc.. No entanto, é muito importante observar que os objetos Directory não
têm necessariamente uma correspondência um-para-um com coisas do mundo real.
573 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Objetos que possuem características semelhantes são identificados por sua classe de
objeto. As entradas mantidas no DIB são estruturadas de forma hierárquica, usando uma
estrutura de árvore, que é semelhante a um gráfico de estrutura usado pela maioria das
organizações hierárquicas, então o DIB pode, portanto, ser representado como uma
Directory Information Yree (DIT), em que cada nó na árvore representa uma entrada do
diretório.
28.2 LDAP
Cada cadastro (row) neste neste banco é um Directory Entry e este banco é um banco
hierárquico em estilo árvore, com a idéia de Entry contém Entry.
575 Manual Completo do Debian GNU/Linux
576 Manual Completo do Debian GNU/Linux
29 Ansible (atuando)
Lab de uma infra simples
Hoje vou mostrar como instalar o IPCop Firewall na vossa rede, seja ela
doméstica ou empresarial. Para que não fiquem dúvidas em nenhum dos
passos da instalação, vou mostrar mesmo passo por passo e o que fazer
em cada um deles.
Para ficarem com uma ideia do que se pretende com este sistema fica aqui
uma imagem ilustrativa de como será a configuração da nossa rede com o
IPCop Firewall de modo a criarmos uma barreira entre o modem de acesso
à Internet e a nossa rede local (a configuração da firewall que vou mostrar
é a básica RED-GREEN):
582 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para começar façam download do IPCop no site oficial aqui. Apesar de ter
saído recentemente a versão 2.0, o processo de instalação da última
versão é idêntico ao que vamos apresentar.
Aqui defino que esta placa de rede vai ser a nossa rede GREEN, ou seja,
onde irão estar os PCs da nossa rede ligados:
Esta vai ser a nossa rede RED, ou seja onde vamos ligar o modem para o
acesso à Internet:
WSO2 ESB foi projetado e desenvolvido desde o início pensando em alto desempenho,
menor pegada de programação e o middleware de integração mais interoperável. Oferece
uma ampla gama de recursos de integração e suporte de roteamento de mensagens de alto
desempenho usando um mecanismo de mediação de mensagens aprimorado e otimizado,
inspirado no Apache Synapse.
Além do custo zero, também encontramos inúmeros serviços e produtos oferecidos pela
WSO2, conforme documentação oficial acessível pela url:
https://wso2.com/wso2-documentation.
602 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O WSO2 ESB oferece uma ampla gama de recursos de integração, desde o simples
roteamento de mensagens até a integração harmoniosa de sistemas proprietários
complexos. Nesta aula será instalado o Enterprise Integrator e exemplificado seu uso
através de uma solução simples.
1 Recursos do capítulo
Todo o conteúdo externo ao texto pode ser obtido no link abaixo.
2 Preparando o ambiente
Neste cenário proposto temos 3 sistemas ou aplicações que se comunicam trocando dados
por intermédio do WSO2, por motivo de simplificação foi adicionado ao cenário um
ambiente não corporativo com o emprego de um router comum oferecido por uma
operadora em uma rede caseira.
603 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O primeiro computador a ser adicionado se chamará gateway e terá duas interfaces de rede
conforme configuração da máquina mostrada abaixo, observe que será chamada de
gateway.
604 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para adicionar duas interfaces de rede, após importar a máquina virtual em configurações
acesse a aba de network. Configure dois adaptadores conforme as figuras abaixo.
Agora com auxílio do nano crie o arquivo /usr/local/gateway.sh e edite o seguinte script,
este script adiciona regras Iptables mara operação de Gateway incluindo mascaramento e
também o roteamento dos pacotes permitidos apenas para o WSO2 que está na rede
interna e por isso protegida.
1. #!/bin/bash
2.
3. # Limpando todas as entradas anteriores
4. iptables -t filter -F
5. iptables -t filter -X
6. iptables -t nat -F
7. iptables -t nat -X
8.
9. # Regras para o Gateway
10. iptables -t nat -A POSTROUTING -o enp0s3 -j MASQUERADE
11. iptables -A INPUT -m state --state RELATED,ESTABLISHED -j ACCEPT
12. iptables -A FORWARD -m state --state RELATED,ESTABLISHED -j ACCEPT
13.
14.
15. # Redirecionando o serviço do WSO2
16. iptables -t nat -A PREROUTING -i enp0s3 -p tcp --dport 9443 -j DNAT --to
192.168.200.15:9443
17. iptables -A FORWARD -p tcp -d 192.168.200.15 --dport 9443 -j ACCEPT
18.
19. iptables -t nat -A PREROUTING -i enp0s3 -p tcp --dport 8280 -j DNAT --to
192.168.200.15:8280
20. iptables -A FORWARD -p tcp -d 192.168.200.15 --dport 8280 -j ACCEPT
21.
22. # Forçando o linux a segurança, remover o comentário quando todo o ambiente estiver
funcionando, veja a vídeo aula no Youtube
23. #iptables -P INPUT DROP
24. #iptables -P FORWARD DROP
25. #iptables -P OUTPUT DROP
606 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Execute o comando chmod para permitir execução deste script, se nenhuma exceção for
lançada crie um arquivo para o Systemd.
Agora crie um arquivo de inicialização para rodar este script sempre que o GNU/Linux for
iniciado, com nano crie o arquivo /etc/systemd/system/gateway.service, edite o seguinte
código no arquivo.
1. [Unit]
2. Description=Gateway
3. After=network.target
4.
5. [Service]
6. ExecStart=/usr/local/gateway.sh
7.
8. [Install]
9. WantedBy=multi-user.target
4 Instalando o WSO2
O WSO2 é gratuito e utiliza Java, então será obtido tanto o Java 8 quanto o WSO2, siga a
configuração abaixo. Primeiro crie uma máquina virtual com no mínimo 2G de memória, se
criar abaixo disso a máquina entrará em SWAP, conforme figura abaixo.
O WSO2 é um elemento que será possível alvo de ataques, isso pois é mais valioso que
apenas uma única base de dados, nele concentra-se a comunicação da organização, e por
isso não pode estar exposta na rede local que neste exemplo é mais abrangente.
Dentro da rede interna os IPs serão todos fixados na configuração, então vamos atribuir o ip
192.168.200.15 para o servidor WSO2, conforme figura acima.
A instalação do Java 8 agora é simples, basta executar um apt install conforme listagem
abaixo.
A próxima etapa é confirmar que o Java foi instalado e a versão é a 8, para isso execute o
comando abaixo.
1. sudo update-java-alternatives -l
Para realizar instale download instale o curl, ou por scp/winscp envie para /tmp/, neste
material vou optar pelo curl.
1. ls -lh /tmp/
Repare pela imagem que o tamanho do arquivo é de 629MB, como estamos trabalhando
com uma versão definida este tamanho quando correto é este.
609 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para fazer a instalação é simples, basta utilizar o comando dpkg conforme listagem abaixo.
Para corrigir abra um programa editor, pode usar o nano, abra este arquivo e aponte o
diretório default do usuário para o diretório de instalação do wso2 e informe que o shell
default é o /bin/false conforme figura abaixo.
611 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Agora vamos validar o arquivo /etc/shadow, veja (figura abaixo), com senha, e isso é ruim.
O próximo passo então é abrir este arquivo com um editor de texto e remover a senha,
substitua por uma exclamação conforme figura abaixo.
612 Manual Completo do Debian GNU/Linux
O leitor deve estar atento, pois o ESB é mais valioso que um banco de dados na visão de
um hacker.
Edite a seguinte configuração abaixo, repare que na linha 8 é utilizado o path da instalação
do java obtido pelo comando update-java-alternatives.
1. [Unit]
2. Description=Enterprise Service Bus WSO2
3. After=network.target
4.
5. [Service]
6. Type=forking
7.
8. Environment=JAVA_HOME=/usr/lib/jvm/java-1.8.0-openjdk-amd64
9. Environment='CATALINA_OPTS=-Xms512M -Xmx1024M -server -XX:+UseParallelGC'
10. Environment='JAVA_OPTS=-Djava.awt.headless=true
-Djava.security.egd=file:/dev/./urandom'
11.
12. ExecStart=/usr/lib/wso2/wso2ei/6.6.0/bin/integrator.sh start > /dev/null &
13. ExecStop=/usr/lib/wso2/wso2ei/6.6.0/bin/integrator.sh stop > /dev/null &
14.
15. User=wso2
613 Manual Completo do Debian GNU/Linux
16. Group=wso2
17. UMask=0007
18. RestartSec=210
19. Restart=always
20.
21. [Install]
22. WantedBy=multi-user.target
Obtenha o IP conforme comando ip address exibido na figura acima, e digite a url conforme
imagem abaixo (https://IP_DA_INTERFACE_ENP0S3_GATEWAY:9443/carbon/admin/login.jsp)
O primeiro procedimento é implantar uma senha muito forte, lembre-se senha forte é uma
senha não vazada, veja o recurso de vídeo abaixo para compreender. Clique em Configure
na aba lateral depois em List e Change My Password, veja na figura abaixo.
Estou usando uma senha que vou me lembrar e sei que possui elementos que dificultam
uma devida força bruta.
A opção gateway é opcional, como nada foi instalado vamos adicionar, agora instale o
apache 2 e o PHP com o comando abaixo.
Agora vamos criar um serviço fictício somente para consulta, com o nano crie o arquivo
/var/www/html/pessoa.php e edite o seguinte código.
1. <?php
2. error_reporting(0);
3. $data = json_decode(file_get_contents('php://input'), true);
4.
5. echo json_encode(array( "matricula" => $data['matricula'], "nome" => "Wellington") );
6. ?>
O serviço está pronto para o uso, agora o próximo passo é configurar o serviço no ESB.
Primeiro passo é criar um Endpoint, para isso em Main acesse Endpoints, escolha a opção
HTTP Endpoint conforme figura abaixo.
616 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Entre com um nome, para este endpoint utilize o nome pessoa e informe a URL do serviço
interno que está protegido atrás do gateway, é um serviço do tipo POST e recebe JSON
como input e retorna JSON.
Com o endpoint criado e configurado o próximo passo é utilizar um proxy interno para o
endpoint, então em Main acesse Proxy Service e use a opção Custom Proxy.
617 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Para o proxy, será utilizado o mesmo nome do endpoint, depois clique em Next.
O novo proxy do endpoint agora está disponível na Lista, clique sobre o proxy recém criado
e para compreender as opções do serviço.
Três áreas na tela e edição são importantes, a primeira são definidos os endereços tanto
http quanto https, repare que o nome utilizado é o mesmo do hostname da própria máquina,
o interessante é trocar o nome da máquina bem como editar o hosts da própria máquina
ESB.
619 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Habilite as estatísticas para observar a terceira área que retorna dados de desempenho do
serviço.
7 Testando o serviço
Para realizar o teste, será utilizado o Postman, então instale e inicie esta aplicação. Crie
uma nova requisição POST, informe a URL obtida no ESB trocando a palavra debian pelo IP
do gateway em sua rede local, conforme figura abaixo.
620 Manual Completo do Debian GNU/Linux
Ao clicar no botão “Send” a requisição será enviada para o ESB que deverá processar o
Endpoint enviando a requisição para o Apache, com o retorno o ESB responde ao Postman,
conforme figura abaixo.
8 Práticas do capítulo
Nesta sessão o aluno deve realizar as práticas na sequência, caso ocorra problemas é
possível que o mesmo deva ter a conhecimento para desfazer, isto já é levado em
consideração.
Após aceitar, será então validado todos os tópicos conforme figura abaixo, tudo deve estar
verde.
Após aceitar, será então validado todos os tópicos conforme figura abaixo, tudo deve estar
verde.
8.3 Prática esb001 03: Configurando o serviço WEB com Apache e PHP
Nesta prática o aluno deve ter a expertise instalar e configurar o Apache e o PHP, para isso
ele deve realizar toda a configuração conforme o capítulo.
A validação deve ser feita na Virtual Machine com Apache, entre na Virtual Machine e digite
o seguinte comando:
Respostas certificação
Correções de falhas
Referências
//todo adicionar nas referencias :
https://www.debian.org/doc/manuals/debian-reference/ch02.pt.html
resize_image("./projects/blackcat/images/1.jpg");