Apostila To - Prof de Matemática
Apostila To - Prof de Matemática
Apostila To - Prof de Matemática
SEDUC-TO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO TOCANTINS
EDITAL Nº 01/2023
CÓD: SL-099FV-23
7908433233114
INTRODUÇÃO
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
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Isso pode ser visto por meio de um relatório-avaliação da aula, gógica. Quanto ao aluno, a avaliação permite que ele saiba como
entregue para o professor na aula seguinte. Trata-se de um relatório está seu desempenho do ponto de vista do professor, bem como
escrito, reconhecendo que o mundo moderno exige a escrita em prati- se existem lacunas no seu aprendizado às quais ele precisa estar
camente todas as ações. atento.
Regras do relatório-avaliação: O consenso termina, todavia, quando se define a avaliação,
1 - Identificação do aluno, do professor, da disciplina, do tema da quando se abordam as maneiras de avaliar e com que níveis de exi-
aula, data e número da aula. gência. Assim, como bem aponta Zabala (1998, p. 195),
2 - Uma síntese do conteúdo da aula em espaço limitado. ... é possível encontrar definições de avaliação bastante dife-
3 - Bibliografia e referencias pertinentes não repetindo aqueles rentes e, em muitos casos, bastante ambíguas, cujos sujeitos e ob-
fornecidos ou sugeridos pelo professor. jetos de estudo aparecem de maneira confusa e indeterminada. Em
4- Comentários e sugestões sobre a aula, o tema e a disciplina. alguns casos, o sujeito da avaliação é o aluno; em outros, é o grupo/
classe, ou inclusive o professor ou professora, ou a equipe docente.
Essa proposta parte da aceitação do fato que o docente está num Quanto ao objeto da avaliação, às vezes, é o processo de aprendiza-
processo permanente de aprimorar sua prática e ele próprio conhecer gem seguido pelo aluno ou os resultados obtidos, enquanto outras
seu desempenho. Não se trata de dar nota ao professor, aprová-lo ou vezes se desloca para a própria intervenção do professor.
reprová-lo, mas sim de dar a ele os elementos para analisar sua prática. Não pretendemos, neste texto, acrescentar mais polêmica às
Saber o quanto de mensagem que ele pretendia dar aos alunos foi pas- questões que envolvem a avaliação escolar, mas focar nossas re-
sado e como ela foi compreendida. flexões principalmente em o que avaliar em matemática, indepen-
- É uma forma de avaliar a ação do professor como um todo, em dentemente do nível de ensino a que estejamos nos referindo. É
que não cabe reprovar um aluno. evidente que, ao se pensar sobre o que é avaliar, passa-se, neces-
- Resumo analítico semelhante às fichas de leitura, pouco comum sariamente, pelo o que ensinar, que depende do por que ensinar,
em matemática, mas que devem ser estimulados. do para quem ensinar e, portanto, do como ensinar, determinando,
- Prática dos relatórios deve ser aplicada em todos os níveis, desde assim, uma trajetória que deve ser percorrida quando queremos
a pré-escola até a pós-graduação. considerar o que avaliar em matemática.
- Leitura de artigos e de livros recomendados numa aula é muito As decisões sobre o que avaliar estão alicerçadas na concep-
importante e deve ser parte integrante da prática educativa. ção que se tem de matemática – e suas consequentes implicações
- Processo de avaliação - é importante um trabalho de fim de cur- pedagógicas – concepção esta que não é única. Dessa forma, nossa
so, de natureza monográfica. discussão inicial será a respeito dessas possíveis concepções sobre
- O objetivo dos relatórios e resumos é estimular uma reflexão so- a matemática.
bre o processo da aprendizagem do aluno.
- Dos efeitos da avaliação para o aluno o mais importante é quer AS DIFERENTES FORMAS DE CONCEBER A MATEMÁTICA
ele toma consciência de seu progresso.
Caraça (1989), em obra basilar para a compreensão da natu-
Selecionar ou filtrar cidadãos para tarefas específicas não é educa- reza do conhecimento matemático, indica a existência de duas for-
ção. Facilitar que cada indivíduo atinja o seu potencial e para estimular mas de concebê-lo. A primeira, a concepção mais frequente entre
cada indivíduo a colaborar com outros em ações comuns na busca do os matemáticos de profissão, é a da matemática como um conheci-
bem comum é a missão de educadores. Fazer algo é concretizar um mento pronto, acabado, apresentando-se, portanto, como um todo
projeto. harmonioso, os diferentes assuntos se encadeando logicamente e
Projetos executados em grupo permitem ter uma ideia de como sendo desenvolvidos progressiva e ordenadamente, de tal forma
os indivíduos se relacionam, de como são capazes de unir esforços para que se tem “a impressão de que, a partir das definições enunciadas,
atingir uma meta comum, e de como são capazes de reconhecer li- os resultados desejados decorrem infalivelmente de um processo
derança e submissões, com base nisso, o professor deve exercer sua puramente mecânico” (Davis, Hersh, 1985, p. 63). Empregando-se o
tarefa de educador termo paradigma, conforme utilizado por Kuhn (1981), poder-se-ia
Concluindo a avaliação deve ser uma orientação para o professor dizer que o paradigma predominante, entre eles, é o de uma mate-
na condução de sua prática docente e jamais um instrumento para re- mática agregativa, autossuficiente e abstrata. O que é um paradoxo,
provar ou reter alunos na construção de seus esquemas de conheci- pois, mais do que ninguém, o matemático sabe que não apresen-
mento teórico e prático. ta seus resultados tal como os obteve, porque para tornar o saber
Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para comunicável precisa reorganizá-lo, dando-lhe uma forma descon-
isto ou aquilo não são missão de educador. Outros setores da socieda- textualizada, despersonalizada e atemporal (Brousseau, 1996); en-
de devem se encarregar disso. fim, a mais geral possível. Essa forma mais geral possível é descrita
magistralmente por Davis e Hersh (1985, p.63) quando dizem que
AVALIAÇÃO EM MATEMÁTICA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES os escritos matemáticos “seguem uma convenção inquebrantável:
esconder qualquer vestígio de que o autor ou o leitor ao qual se
Pensando sobre Avaliação dirige são seres humanos”.
A outra maneira de conceber a matemática, segundo Caraça,
Se há um ponto de convergência nos estudos sobre a avaliação é procurar entender como esse conhecimento foi elaborado no de-
escolar é o de que ela é essencial à prática educativa e indissociável correr da História e o que influenciou tal elaboração. Esse é o ponto
desta, uma vez que é por meio dela que o professor pode acompa- de vista adotado, também, por Gonzalez (1997) quando assinala ser
nhar se o progresso de seus alunos está ocorrendo de acordo com a natureza dessa disciplina histórica, ou seja, seu grau de desenvol-
suas expectativas ou se há necessidade de repensar sua ação peda- vimento e de evolução em uma determinada época é o reflexo das
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
interações dialéticas entre as diversas forças econômicas, políticas POR QUE ENSINAR MATEMÁTICA3
e sociais vigentes nesse período. Dessa forma, o estágio atual da
matemática seria resultante de um lento e prolongado processo his- Uma pesquisa sobre quais seriam as razões para que a mate-
tórico-social, e o modo como os sistemas matemáticos se apresen- mática faça parte do currículo escolar levará certamente a três ca-
tam hoje seria consequência do trabalho de diversas gerações de tegorias de respostas. Para alguns, a função da matemática é desen-
matemáticos, ao longo dos diferentes períodos históricos. volver o raciocínio; para outros, a matemática precisa ser ensinada
Encarada segundo este novo paradigma, a elaboração do co- e aprendida porque está presente na vida cotidiana e, por último,
nhecimento matemático configura-se, então, como um processo porque ela é ferramenta para as demais ciências.
não unicamente cumulativo, uma vez que nela se descobrem hesi- É importante observar que as razões para a inclusão da
tações, dúvidas e contradições, eliminadas somente após um árduo matemática no currículo escolar não são aleatórias, nem invenções
trabalho de reflexão e refinamento, muitas vezes seguido pelo sur- recentes, mas decorrem dos paradigmas já citados, os quais, por
gimento de novas hesitações, dúvidas e contradições. sua vez, estão umbilicalmente ligados a correntes filosóficas que
Assumindo esse novo paradigma, torna-se evidente que o co- remontam à Antiguidade.
nhecimento matemático não é autossuficiente, isto é, não evolui A crença de que a matemática desenvolve o raciocínio lógico
unicamente em razão de necessidades internas, mas também de filia-se ao primeiro paradigma e se sustenta filosoficamente nas
problemas impostos pelo meio social e pelo desenvolvimento de ideias de Platão (427347 a.C.), para quem o mundo real não se
outros campos do conhecimento. Além disso, embora a apresenta- constituiria senão de aparências. Para ele existiria um mundo das
ção final dos resultados seja feita sob a forma demonstrativa, não é Formas ou Ideias onde estariam os modelos ideais dos objetos do
possível ignorar ou minimizar o papel da suposição, da conjectura, mundo físico ou das situações que o homem deveria se esforçar
na elaboração do conhecimento matemático (Pavanello, 1993). para alcançar. Assim, por exemplo, nesse mundo ideal existiria a
É importante observar que a concepção do pesquisador, do ideia de “cadeira”; enquanto as cadeiras que existem em nosso
autor de um texto ou do professor acerca da matemática vai se mundo seriam cópias ou representações imperfeitas daquela ideia.
refletir nas suas decisões sobre o que é fazer matemática, sobre Nesse mundo ideal existiriam também as formas aritméticas e as
por que e como ensinar/aprender, e, evidentemente, sobre o que geométricas. Do ponto de vista platônico, a matemática trataria
ensinar e o que avaliar em matemática. apenas de objetos do mundo das ideias, e o trabalho do matemáti-
co seria o de “descobrir” as relações já existentes entre os objetos
FAZER MATEMÁTICA do mundo ideal.
A justificativa de que a matemática está presente no cotidiano e
Optando-se pelo primeiro dos paradigmas anteriormente des- tem aplicações na vida prática, fundamenta-se nas ideias de Aristó-
critos, concebe-se a matemática como um produto e, portanto, o teles (384-322 a.C.), cujo ponto de vista se contrapõe ao de Platão,
fazer matemática tem como objetivo o seu avanço enquanto ciên- por considerar que a matemática seria constituída de construções
cia, atrelado à busca de novos resultados nesse campo do conhe- elaboradas pelos matemáticos a partir da percepção dos objetos do
cimento. mundo real. Dessa forma, as verdades matemáticas poderiam ser
Já o segundo paradigma leva a uma concepção da matemática comprovadas mediante experiências no mundo real.
como uma síntese dialética processo-produto (Gonzalez, 1997), que A matemática, como ferramenta para as outras ciências, ba-
considera que esta ciência “nunca está pronta, acabada; nenhuma seia-se nas ideias de Descartes (1596-1650), para quem a matemá-
formalização fica estabelecida de uma vez por todas. Uma defini- tica era condição para o desenvolvimento de qualquer ramo do co-
ção, uns conceitos serão enunciados cada vez mais precisamente, nhecimento, de tal modo que sem a matemática as demais ciências
à medida que forem necessários à resolução de problemas mais e não seriam possíveis.
mais complexos” (Pavanello, 1993). Tais justificativas para a presença da matemática nos currículos
Concebe-se, dessa forma, a matemática constituída, tanto escolares podem ser sintetizadas em dois aspectos, igualmente im-
pelos próprios meios de produção do conhecimento (conjecturar, portantes, apontados como objetivos da matemática escolar: “ser
intuir, representar, estimar, simular, modelar, propor e resolver pro- parte da educação geral, preparando o indivíduo para a cidadania,
blemas) como pelos resultados desse processo (conceitos, regras, e servir de base para uma carreira em ciência e tecnologia” (D’Am-
princípios, algoritmos, teoremas). Deriva dessa opção conceber-se brósio, 2004). Ou como diz Santaló (1996, p.15): “a matemática tem
o fazer matemática como realizar atividades lógico-matemáticas um valor formativo que ajuda a estruturar todo o pensamento e
que permitam estabelecer relações matemáticas em situações que agilizar o raciocínio dedutivo, porém é uma ferramenta que serve
surgem da realidade em que se está inserido. para a atuação diária e para muitas tarefas específicas de todas as
atividades laborais”.
Desse modo, parafraseando este último autor, o objetivo do A opção por uma posição intermediária entre os dois para-
ensinar/aprender matemática estaria na procura do equilíbrio cons- digmas apresentados fundamenta-se na crença de que é essencial
tante entre os aspectos formativo e informativo da matemática. desenvolver o pensamento do aprendiz e, ao mesmo tempo, subsi-
diá-lo para o exercício da sua cidadania, pois, como ressalta Santaló
ENSINAR/APRENDER MATEMÁTICA (1996), “a vida é pensamento e é ação, exige raciocinar para diri-
gir as aplicações e exige atuar para não se perder em virtuosismos
Ao se conceber a matemática como pronta, acabada, perfei- ideais, afastados da realidade em torno”.
ta, com uma estrutura formal que serve de modelo para as demais E isso se aplica a todos os indivíduos, não importa a socieda-
ciências, considera-se a matemática como axiomática, isto é, logica- de em que estejam inseridos. Por isso, acreditamos, apoiadas em
mente deduzida a partir de um conjunto de afirmações admitidas Freudenthal (1981), que as ideias matemáticas devem estar ao al-
universalmente como verdadeiras, mesmo sem demonstração – os cance não só dos futuros matemáticos como daqueles que, de al-
axiomas. gum modo, dela irão se utilizar. “Mesmo aqueles que dela não terão
Sob este ponto de vista, quem faz matemática é o matemáti- necessidade em sua vida futura (se é que isso é possível) têm direi-
co e o ensinar/aprender matemática se reduz à transmissão desse to de aprendê-la por ela representar um aspecto de sua existência
conhecimento para os alunos pelo professor, e a aprendizagem se como seres humanos” (Pavanello, 1993, p.12).
faria por recepção. Pensando dessa forma, nos reportamos a Santaló (1996, p.15)
Para os defensores dessa concepção, seria possível fazer com que distingue a matemática que ele chama de formativa – aquela
que o aprendiz construísse um pensamento simbólico sem o apoio que ajuda a estruturar o pensamento e a agilizar o raciocínio dedu-
da realidade. Ao compreender as deduções lógicas, presentes na tivo – da informativa – a que serve de ferramenta para “a atuação
construção da matemática, ele estaria desenvolvendo o raciocínio, diária e para muitas tarefas específicas de quase todas as atividades
objetivo final da matemática escolar. Assim, de acordo com o pri- laborais”.
meiro paradigma, o ensino da matemática não necessitaria de ativi- Em termos de conteúdos, a matemática informativa para to-
dades contextualizadas. Bastaria a apresentação pelo professor das dos deve abordar, por exemplo, porcentagens, funções e gráficos,
definições, dos exemplos, teoremas e exercícios-padrão e o apren- a interpretação e confecção de tabelas, a exploração do raciocínio
diz os aprenderia, por repetição, até compreender (ou memorizar) combinatório e do probabilístico, o cálculo aritmético, grandezas e
os raciocínios envolvidos e ser capaz de reproduzi-los. medidas, etc., que são conteúdos essenciais para a compreensão
Essa forma de conceber o processo de ensinar/aprender deixa do mundo em que vivemos. O que abordar além desses conteúdos
para o aluno toda a responsabilidade pelo estabelecimento das co- da matemática informativa vai depender das necessidades futuras
nexões entre os diferentes ramos da matemática e entre esta e as do aprendiz e do momento histórico.
demais disciplinas sem, contudo, lhe oferecer o preparo necessário É inegável que toda informação tem um substrato formativo,
para se desincumbir dessa tarefa. O que cabe ao aprendiz é “seguir mas o afloramento dessa formação depende da maneira como se
a receita”, pois raramente é convidado a pensar sobre uma questão, proporciona o acesso a essa informação. Assim, a diferença entre a
a discuti-la com os colegas, a estabelecer conjecturas, a testá-las. matemática formativa e a informativa não está no rol de conteúdos,
Quando se considera a matemática como uma elaboração hu- mas na forma de tratá-los em sala de aula.
mana, realizada a partir de necessidades impostas pela realidade A escola tem-se concentrado tradicionalmente na matemática
num determinado contexto histórico e social, o processo de ensi- informativa, isto é, nos conhecimentos ou saberes, visando apenas
nar/aprender matemática passa a ser concebido como aquele no aos objetivos específicos para cada conteúdo previsto nos progra-
qual o aprendiz constrói o conhecimento a partir de sua própria mas de ensino. Quando nos referimos à matemática formativa,
atividade cognoscitiva, atividade esta que se apoia nos conteúdos. estamos propondo focar nossa atenção no desenvolvimento do
Nesse sentido, o objetivo fundamental desse processo é garantir pensamento, que embora não esteja desvinculado dos conteúdos
que o aprendiz elabore, desenvolva e construa estratégias que lhe não se reduz a eles. Enquanto a matemática informativa se prende
permitam enfrentar novas situações-problema. Para os defensores ao conhecimento pronto e acabado, a formativa tem a ver com o
desse paradigma, a aprendizagem da matemática deveria partir processo de construção do conhecimento, com o fazer matemática.
sempre de situações contextualizadas, sejam estas internas ou ex- Nesse sentido, a matemática formativa se preocupa com o cultivo
ternas a ela. de atitudes matemáticas, tais como: estabelecer relações entre ob-
A nosso ver, o mais adequado seria uma postura intermediária: jetos matemáticos e formular conjecturas, testá-las e prová-las, se
a matemática não está apenas na mente do homem e nem apenas for o caso.
no mundo e seu ensino deve ser tal que, partindo daquilo que é ob-
servável, isto é, de situações problema contextualizadas, conduza o AVALIAR EM MATEMÁTICA
pensamento do aprendiz, paulatinamente, às abstrações caracte-
rísticas da matemática. Porque, apesar de ter sua origem nas coisas Acreditamos que poucos educadores e educandos têm cons-
do mundo concreto, a matemática é constituída essencialmente de ciência de que a avaliação é um processo contínuo e natural aos
abstrações e generalizações. seres humanos, de que os homens se avaliam constantemente, nas
mais diversas situações, diante da necessidade de tomar decisões,
MATEMÁTICA ESCOLAR: INFORMAR E FORMAR desde as mais simples até as mais complexas. A rotina da avaliação
feita no dia-a-dia inicia-se pela verificação das informações sobre
Para complementar o percurso teórico que fizemos até aqui fal- uma determinada situação, e, então, mediante a análise dessas in-
tamos indicar a quem é prescrito o ensino da matemática. formações, é tomada uma decisão.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Um exemplo bem simples desse procedimento é fornecido por Por outro lado, a matemática formativa, por se referir essen-
Paulo Freire, em entrevista (gravada) concedida ao VIII Congresso cialmente à estruturação do pensamento e à agilização do racio-
Internacional de Educação Matemática. Ao argumentar sobre a ne- cínio, está umbilicalmente ligada ao fazer matemática e, portanto,
cessidade de os homens se conscientizarem da existência de uma mais próxima dos processos utilizados pelo matemático profissio-
forma matemática de se estar no mundo, diz: nal. Um processo de ensinar/aprender com essa finalidade deve
Quando a gente desperta, já caminhando para o banheiro, ter como inspiração o trabalho realizado pelos matemáticos e se
a gente já começa a fazer cálculos matemáticos. Quando a gente caracterizar por
olha o relógio, por exemplo, a gente já estabelece a quantidade de • partir de situações-problema internas ou externas à mate-
minutos que a gente tem para, se acordou mais cedo, se acordou mática;
mais tarde, para saber exatamente a hora em que vai chegar à cozi- • analisar as situações;
nha, que vai tomar o café da manhã, a hora que vai chegar o carro • pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na
que vai nos levar ao seminário, para chegar às oito. Quer dizer, ao solução dos problemas;
despertar os primeiros movimentos, lá dentro do quarto, são movi- • elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
mentos matematicizados. (apud D’Ambrosio, 2004) • refinar as conjecturas;
Na prática pedagógica da matemática, a avaliação tem, tradi- • perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificul-
cionalmente, se centrado nos conhecimentos específicos e na con- dades;
tagem de erros. É uma avaliação somativa, que não só seleciona os • sistematizar o conhecimento construído a partir da solução
estudantes, mas os compara entre sios destin a um determinado encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas
lugar numérico em função das notas obtidas. as condições particulares;
Porém, mesmo quando se trata da avaliação informativa, é • submeter os resultados obtidos à comunidade, utilizando,
possível ir além da resposta final, superando, de certa forma, a lógi- para isso, uma linguagem adequada; e
ca estrita e cega do “certo ou errado”. Para que a avaliação da ma- • argumentar a favor ou contra os resultados.
temática informativa extrapole o lugar comum da classificação por
notas, e surja como estratégia para a orientação da prática peda- São essas as atitudes que devem ser cultivadas pelo aluno, sob
gógica, ela deve levar em conta os principais elementos envolvidos a orientação do professor, quando se pensa em matemática forma-
no processo de ensinar/aprender – o aluno, o professor e o saber –, tiva.
possibilitando que tanto o professor como o aluno tenham um indi- A avaliação em matemática, sob essa perspectiva, deve se
cativo de como este está se relacionando com o saber matemático. preocupar fundamentalmente com essas atitudes, as quais só po-
Para isso, o aluno deve ser sujeito no processo de avaliação e não dem ser detectadas mediante a observação atenta, pelo professor,
apenas o objeto a ser avaliado. Embora este procedimento seja vis- de seus alunos, enquanto realizam as tarefas que lhes foram de-
to por alguns como algo muito complicado, pode ser introduzido no terminadas. Esse acompanhamento deve ser conduzido de modo
cotidiano escolar sem grandes alterações da prática pedagógica do seletivo, de maneira que a atenção do professor recaia sobre um
professor. Dentre as muitas possibilidades de alcançar tal objetivo, aluno ou grupo de alunos de cada vez. Como se trata de observar
uma delas é considerar os erros dos alunos. atitudes, o professor não pode assumir uma postura passiva; ao
Encarados com naturalidade e racionalmente tratados, os erros contrário, deve dialogar com os alunos para melhor compreender
passam a ter importância pedagógica, assumindo um papel profun- seus processos de pensamento e intervir quando necessário.
damente construtivo, e servindo não para produzir no aluno um É preciso reconhecer, contudo, que o professor deve
sentimento de fracasso, mas para possibilitar-lhe um instrumento selecionar, dentre as informações captadas, apenas o que é
de compreensão de si próprio, uma motivação para superar suas realmente importante, de modo que essa atividade não o impeça
dificuldades e uma atitude positiva para o seu futuro pessoal. É por de executar outras tarefas didáticas. Para isso, existem indicadores
isso que Vergani (1993, p. 152) afirma: “interessar-se pelo aluno é que, segundo Vergani (1993, p.155), podem nortear a observação
interessar-se pelos seus erros”. Assim, os erros não podem ser ape- pelo professor, entre os quais poderiam ser citados:
nas assinalados, mas devem ser objeto de um trabalho específico • o interesse com que o aluno se entrega às atividades mate-
do professor com o estudante. máticas;
Mesmo numa avaliação tradicional, na qual é solicitada ao alu- • a confiança que tem em suas possibilidades;
no apenas a resolução de exercícios, é possível avançar para além • sua perseverança, apesar das dificuldades encontradas;
da resposta final, considerando: • se formula hipóteses, sugere ideias, explora novas pistas de
• o modo como o aluno interpretou sua resolução para dar a pesquisa;
resposta; • se avalia criteriosamente a adequação do processo que ado-
• as escolhas feitas por ele para desincumbir-se de sua tarefa; tou ou a solução que encontrou;
• os conhecimentos matemáticos que utilizou; • se reflete sobre a maneira de planificar uma atividade e de
• se utilizou ou não a matemática apresentada nas aulas; e organizar o seu trabalho;
• sua capacidade de comunicar-se matematicamente, oral- • se pede ajuda em caso de dúvida ou de falta de conhecimen-
mente ou por escrito. (Buriasco, 2004) tos; e
• se comunica suas dificuldades e descobertas aos colegas, de
Se o professor levar em consideração esses itens na verificação maneira adequada. No entanto, para que essas atitudes possam ser
da aprendizagem, ele vai alterar profundamente a qualidade de sua cultivadas pelo aluno, a prática pedagógica não pode mais se cen-
avaliação, promovendo significativas mudanças no processo de en- trar na exposição e reprodução de conteúdo que só privilegiam a
sinar/aprender, mesmo sem modificar radicalmente a forma como memorização e não o desenvolvimento do pensamento.
atua em sala de aula.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A Educação Matemática, a partir de diversos estudos e pesqui- Principalmente em virtude do cenário atual de nossa socieda-
sas acerca desta questão, recomenda algumas estratégias para a de, que precisa de indivíduos pensando e agindo de forma crítica e
consecução do fundamental e complexo processo de cultivar atitu- reflexiva. Mas, para que essas competências possam ser atingidas
des matemáticas nos alunos, ao mesmo tempo em que favorecem no meio escolar, o ensino precisa caminhar para realizar a articu-
o desenvolvimento do seu pensamento. Dentre essas estratégias, lação entre os conteúdos e sua aplicabilidade. De forma, que seja
ou “caminhos para se fazer matemática” em sala de aula, as mais possível desenvolver as habilidades nos estudantes, para que as
indicadas para alcançar esse objetivo são a resolução de problemas, competências sejam atingidas. Entretanto, esse fato torna-se viável
as investigações matemáticas em sala de aula e o uso de jogos. apenas com uma nova maneira de abordar o ensino.
Nas escolas, o que geralmente se avalia são os conhecimentos
Mesmo quando se trata de avaliar em matemática – uma área conceituais, e em menor medida o conhecimento procedimental,
considerada, muitas vezes, árida e distante das questões sociais e ficando para muito longe o conhecimento atitudinal.
políticas –, os processos avaliativos não estão dissociados da subje- Dúvidas sobre quando utilizar as Metodologias Ativas6.
tividade pessoal, uma vez que cada um de nós, professores, desen-
volve formas de avaliação concordes com suas opiniões intelectuais, 1. É possível saber qual a hora mais adequada para utilizar
suas atitudes sociais, seus referenciais teórico-metodológicos. Mais metodologias ativas em sala de aula
do que nas demais escolhas que fazemos referentes ao processo
de ensino/aprendizagem, é na forma como concebemos a avaliação O professor pode escolher os recursos para o ensino desde que
que se manifestam, mais claramente, as posições sociais e políticas ele saiba sobre o assunto e até onde ele quer chegar. Ele pode utili-
que assumimos, consciente ou inconscientemente. zar várias metodologias, ativas ou não, como por exemplo sala de
A trajetória que percorremos neste texto mostra, de forma cris- aula invertida, aprendizagem baseada em problemas ou projetos.
talina, que nosso posicionamento sobre o que avaliar em matemáti-
ca decorre de nossas convicções teóricas a respeito da matemática, 2.Como planejar uma “aula diferenciada”
da matemática escolar e do papel desse conhecimento na vida dos Existem diversas formas de se planejar uma aula, a ideia é fazer
indivíduos. Enfim, mais do que estabelecer critérios, nossos senti- o aluno aprender de forma autônoma o conteúdo em questão, as
mentos e convicções a respeito do que é avaliar em matemática po- vezes buscar uma aula diferenciada pode dar um pouco de traba-
dem ser sintetizados na frase de Guignard (1988) avaliar é deixar-se lho, porém ajuda o aluno a compreender de forma mais simples um
surpreender. determinado conteúdo.
Em4 nossa sociedade atual existe um enfoque muito grande no 4. Aprendizagem baseada em projetos e trabalhos em grupo
conhecimento das ciências básicas como biologia, física, química, Colocar os alunos em grupos pode ser uma maneira interes-
matemática, em detrimento dos conhecimentos gerais, que possi- sante, considerada como metodologia ativa também, essa apren-
bilitam a integração dos conhecimentos das ciências clássicas com dizagem em grupos pode gerar discussão do assunto e os próprios
o cenário atual. alunos resolver os problemas que vão aparecendo, tudo através do
Esse aspecto vai de encontro à sociedade pós-moderna que debate.
hoje precisa de conhecimentos gerais, de temas como globalização,
sustentabilidade, meio ambiente, economia, política, etc.. Além 5. Uso de materiais durante o ensino
disso, fazemos parte de uma sociedade que está em constante in- Para alunos do Ensino Infantil e Fundamental, pode ser útil uti-
teratividade em redes sociais, em troca de e-mails, com horas on- lizar materiais palpáveis e táteis. Já alunos de níveis mais avançados
-line trocando e vivendo experiências. Este estudante dificilmente a utilização de materiais palpáveis ajuda a compreender fenômenos
se adapta ao modelo tradicional de ensino, baseado somente em na matemática que podem ser abstratos.
aula expositiva.
Os novos valores e atitudes com a qual a sociedade está con- 6.Não esperar por uma metodologia ativa “salvadora”
vivendo, exige a análise de novas possibilidades de ensino, como “Não é a matéria que faz com que o aluno aprenda, mas a for-
forma de minimizar as diferenças existentes entre Sociedade e ma como é abordado que pode desenvolver um estudo onde os
Educação. Principalmente, quando discutimos a formação do pro- alunos possuam mais habilidades, é extremamente importante que
fessor de ciências, fundamentada basicamente nos conhecimentos o professor saiba aliar suas habilidades e prepare muito bem a aula.
específicos, em desvantagem dos conhecimentos pedagógicos ne-
cessários para a formação de professor de biologia, química, física 7. Qual o papel do professor nesse momento
e matemática5. O professor deixa de ser um expositor de conteúdo para ser
quem vai determinar como essa aula vai funcionar e quais metodo-
4 SEGURA, E. KALHIL, J.B. A metodologia ativa como proposta para o
logias serão usadas”. Diferentemente do modelo tradicional de aula,
ensino de ciências. Revista REAMEC. com a BNCC, o professor poderá buscar novas formas de planejar e
5 GALIAZZI, M.C. 2000. Educar pela pesquisa: espaço de transformação lica do Rio Grande do Sul, 2000.
e avanço na formação do professor de Ciências. Porto Alegre, PUCRS, 2000. Tese 6 https://novaescola.org.br/conteudo/12208/matematica-7-duvidas-so-
(Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação - Pontifícia Universidade Cató- bre-metodologias-ativas-e-a-bncc
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dar aula de acordo com suas delimitações. Pensar como cada habili- A partir de um tema gerador, os alunos coletam informações
dade ou competência pode ser explicada com situações-problema e qualitativas e quantitativas, formulam e solucionam problemas.
exemplos palpáveis pode ser um diferencial nesse momento. Bassanezi (1994a, 1994b), Biembengut (1990), Borba, Meneghetti
e Hermini (1997, 1999) desenvolveram esse tipo de atividade.
a espiralização do currículo. Ao falar dos obstáculos, os professores 1993) ilustram essa afirmação. Também é possível notar o papel do
citam os programas pré-estruturados, os pais, a burocracia educa- contexto escolar como “limitante” da ação do professor (Barbosa,
cional e os próprios alunos. 1999; Burak, 1992). Diante dessas assertivas, sentimo-nos subsidia-
Outros estudos convergem para esses resultados. No trabalho dos a usar dois conceitos para uma possível análise: as concepções
de Gazzetta (1989), que descreve um curso lato senso baseado em dos professores e o contexto escolar.
Modelagem, percebe-se a dualidade de perspectivas no discurso As concepções são formadas por proposições sobre o mundo
dos professores. Analisando os trabalhos finais de curso, é possível tidas pelo sujeito como verdadeiras e aceitas como guias para ava-
notar que os professores projetaram para a sala de aula suas pró- liar o futuro, para apoiar decisões ou para julgar o comportamento
prias satisfações com a experiência em Modelagem. Mas, por outro de outros (Richardson, 1996). É amplamente aceito que as concep-
lado, eles são reticentes e reivindicam “tempo” para ganhar fami- ções de Matemática e seu ensino tem influências sobre a prática de
liaridade com o método. Parece que os professores perceberam a ensino dos professores (Thompson, 1992).
necessidade de desenvolver conhecimentos diversos daqueles que O contexto escolar refere-se ao ambiente social no qual o pro-
vinham utilizando e, para isso, sentiram a necessidade de convivên- fessor desenvolve seu trabalho, sendo constituído pelas expectati-
cia mais prolongada com a Modelagem. vas dos outros atores (pais, alunos, superiores, outros professores),
Burak (1992), por sua vez, acompanhou professores durante pelos guias curriculares, pelo esquema curricular, pelo livro didático
um programa de formação12 e, posteriormente, quando esses uti- adotado, pelo sistema de avaliação da escola e pela própria estru-
lizaram Modelagem (nível 3) em suas salas de aula. As conclusões tura institucional (Ernest, 1989).
apontam que os professores acreditavam que a Modelagem confe- Concepções13 e contexto são conceitos diferentes, mas im-
risse maior significado às atividades escolares, propiciasse envolvi- bricados. O primeiro refere-se às ideias, à consciência das coisas
mento dos alunos, promovesse melhor relacionamento e influísse em nível particular; o segundo, às instituições, às regras sociais, às
positivamente no desempenho escolar. Por outro lado, sublinhavam outras pessoas. Porém, as concepções manifestam-se num deter-
sua insegurança cm continuar utilizando Modelagem em suas aulas minado contexto; sem este não há como essas se manifestarem.
e com a reação de outros atores da escola (os colegas de trabalho, As concepções agem, interpretam e dirigem a ação nos limites e
os diretores, os pais, os alunos). Os professores verbalizaram seu oportunidades oferecidos pelo contexto. Assim, as fronteiras entre
próprio “despreparo” para desenvolver atividades dessa natureza e ambos conceitos são mais didáticas (para o entendimento) do que
assinalaram que a continuidade da aplicação da Modelagem seria possíveis.
a forma adequada de adquirir experiência, segurança e confiança. Conjugando concepções e contexto, através das experiencias
Um estudo realizado por Kitchen e Williams (1993), no contex- cotidianas com o ensino, o professor gera conhecimentos ampara-
to da implementação de um novo guia curricular inglês, apresenta dos naquilo que ocorre no desenvolvimento da sua prática docente.
um caso no qual os professores evitavam se envolver nas tarefas Esses conhecimentos mostram-se na própria ação, pois são consti-
de Modelagem (tipo nível 1) dos alunos, quando não estavam se- tuídos a partir de suas concepções e das oportunidades e limitações
guros de como ajudá-los. Uma hipótese possível é que os profes- do ambiente de trabalho, e são denominados de práticos ou profis-
sores tivessem algum receio de que não soubessem responder as sionais (Elbaz, 1983; Llinares, 1998; Ponte & Santos, 1998). Trata-se
perguntas dos alunos, sendo preferível ausentarem-se da tarefa de de um conhecimento claramente ligado à experiencia e à prática.
intervenção. Esses conhecimentos incluem não somente informações específi-
Ao que se pode notar, os professores podem tender a ver a Mo- cas sobre dados e métodos para abordar dilemas da sala de aula,
delagem como uma abordagem adequada para o ensino de Mate- mas as informações para compreender os problemas decorrentes
mática. Mas, ao pensar e ao fazer sua operacionalização, limitações da tarefa de ensinar.
no contexto de trabalho e em suas próprias competências são evi- Assim, esses dois conceitos - concepções e contexto escolar -
denciadas. Essa caracterização leva-nos a aprofundar a compreen- subsidiam a pratica docente diretamente através de seus conheci-
são das perspectivas dos professores em contato com Modelagem. mentos práticos. As concepções oferecem as bases para a ação, a
qual é limitada e situada no contexto escolar. A ação no contexto
Uma análise possível escolar gera conhecimentos práticos. E desse ponto de vista, então,
que começamos a aprofundar o entendimento sobre os professores
Com base nesses materiais apresentados pela literatura, passa- em contato com a Modelagem.
remos a buscar uma compreensão coerente para o comportamento Após esse olhar pela área Formação de Professores, de onde
e o pensamento dos professores em contato com Modelagem. Essa levantamos conceitos a serem usados adiante, retomemos a litera-
discussão insere-se também na área Formação de Professores, para tura sobre Modelagem e professores com o objetivo de aprofundar
onde realizaremos uma incursão a fim de aproveitar seus avanços uma análise acerca desta temática.
teóricos. Muitas das considerações levantadas adiante são perti- É possível afirmar que os programas de formação em
nentes a outras áreas da Educação Matemática (como tecnologias, Modelagem não têm tido dificuldade para convencer os professores
investigações matemáticas). Entretanto, em geral, os aportes trazi- sobre a plausibilidade de suas propostas. Pelo menos no discurso,
dos do campo Formação de Professores se singularizam à medida a Modelagem e atividades de semelhante natureza são defendidas
que servem ao propósito da Modelagem. pelos docentes. Entretanto, isso não significa que os professores
É pertinente considerar a maneira como professor pensa a mudaram suas concepções acerca de seu trabalho. De fato, uma
Modelagem como um dos fatores que afetam sua prática. O discur- experiência positiva com Modelagem leva os professores a defen-
so (Gazzeta, 1989) e a prática dos professores (Kitchen e Williams, derem este método (Barbosa, 1999; Burak, 1992; Gazzetta, 1989),
12 Entendo programa de formação como um grupo de pessoas que partici- 13Daqui para frente toda vez que nos referirmos a concepções, tratar-
pam, num período de tempo determinado, de atividades estruturadas para alcançar -se-á das concepções dos professores em relação à matemática e ao ensino de
objetivos determinados. matemática.
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mas é preciso lembrar que novas experiências são integradas num como essa classificação pode representar o próprio caminho para
quadro de práticas e concepções já bem experimentadas e sedimen- a formação. Certamente, o professor que atualmente desenvolve
tadas desde a infância e a formação inicial, reforçadas pela cultura a chamada prática tradicional sente-se mais a vontade para desen-
da escola e as representações sociais dominantes (Ponte & Santos, volver atividades do nível 1 com os alunos, de onde pode avançar
1998, p. 29). para o 2 e, daí, para o 3.
Experiências com Modelagem provavelmente são integradas A segunda implicação é o reconhecimento das limitações dos
num quadro conceptual consolidado. As concepções mostraram sua programas de formação. Não se trata de desprezar as vivências
força nas práticas docentes dos professores estudados por Kitchen com Modelagem em determinados programas, mas ter claro que as
e Williams (1993). Os professores estavam utilizando uma aborda- consequências efetivas para a prática do professor dependerão de
gem baseada em Modelagem por força de mudanças no contexto sua extensão e estrutura. Dificilmente, um curso de curta ou média
escolar (no caso, a implantação do novo guia curricular), entretanto duração será o suficiente para oferecer bases aos professores em
eles a interpretaram de acordo com suas concepções cristalizadas Modelagem. Assim, ao programar ações de formação, é preciso tra-
no decorrer de suas experiências anteriores. Levantamos como pos- çar objetivos possíveis de se cumprir.
sível que eles não tenham se envolvido nas atividades dos alunos A terceira implicação repousa no objetivo de desafiar as con-
devido a crença de que o papel do professor é dar respostas para cepções dos professores acerca de Matemática e seu ensino, a fim
todas as perguntas. Parece que estava fora do previsto a ideia de de que possam incluir Modelagem no seu trabalho docente. Para
que o professor pudesse colocar-se como participante da tarefa dos isso, uma vez que as concepções são formadas no conjunto das
alunos. experiências, deve-se utilizar dessas para desequilibrar as concep-
As concepções, metaforicamente falando, funcionam como ções arraigadas. Polettini (1999) alerta que a análise da experiência
lentes pelas quais o sujeito dá significados às suas experiências. é muito mais importante que a experiência em si. Os professores
Porém, as concepções, elas mesmas, advêm das experiências (Ri- devem ser incentivados a recapturar suas experiências, pensar, me-
chardson, 1996). Assim, é de se esperar que experiências inovado- ditar, ponderar e avaliar sobre elas, ou seja, a refletir.
ras acabem interferindo nas concepções. O erro, porém, está em A quarta torna imperativo considerar o contexto escolar como
considerar que isso é possível em curto espaço de tempo. Ponte e o locus no qual o professor exerce sua tarefa de ensinar. A discussão
Santos (1998, p. 28), com razão, lembram-nos que o acumular de da seção anterior aponta que não é nada plausível propor Modela-
novas experiências e a mudança do contexto tem a sua influência na gem como abordagem pedagógica fora dos dilemas e da complexi-
evolução das práticas e das próprias concepções, mas numa escala dade do ambiente da sala de aula. Ao contrário, é necessário suge-
de tempo muito alargada - de semanas, meses, anos ou décadas. rir aos docentes a reflexão da compatibilização da Modelagem com
O contexto escolar, por sua vez, pode contribuir para manter ou o contexto escolar, a partir de episódios e vivências reais.
alterar concepções dos professores no decorrer do tempo. Como Dadas as quatro considerações, argumentamos que os progra-
assinalado anteriormente, os professores citam o contexto como mas de formação em Modelagem devam se basear no conhecimen-
justificativa para não alterar suas práticas. Em alguns estudos apa- to prático - ou profissional - do professor. Trata-se daqueles conhe-
recem mais claramente as percepções dos docentes acerca dos mo- cimentos que o professor gera nas situações, nos acertos e dilemas
delos, valores e símbolos que constituem seu ambiente de trabalho da própria prática de Modelagem na sala de aula. O professor deve
(Barbosa, 1999; Burak, 1992). Os professores, porém, não conse- ter a oportunidade de refletir sobre as experiências com Modela-
guem desafiar esse ambiente, aceitando-o tal como ele se apresen- gem no contexto escolar: como organizaram, que estratégias utili-
ta, e tendendo a caracterizá-lo sem maiores reflexões. zaram, que dificuldades tiveram, de que forma os alunos reagiram,
Os professores, de acordo com nossas interpretações, tendem como foi a intervenção do professor, etc. A reflexão sobre essas vi-
a perceber a Modelagem como algo “fora” das possibilidades dos vências possibilita aos professores a geração de conhecimentos que
seus contextos escolares. Essa percepção é corroborada por, possi- possam subsidiar suas práticas pedagógicas com Modelagem.
velmente, não terem conhecimentos práticos sobre a organização
curricular, as estratégias didáticas, a compatibilização com os pro- Algumas estratégias de formação
gramas, o envolvimento dos alunos, o seu papel, etc.
De fato, é razoável considerar que a Modelagem se diferencia Diante das implicações apresentadas na seção anterior, sugeri-
da chamada “prática tradicional”, que ainda é hegemônica nas sa- mos operacionalizá-las através de algumas estratégias de formação
las de aula. Entre uma abordagem e outra, existe uma considerável diferenciadas que podem, em conjunto, desenvolver os professo-
diferença e os professores, muitas vezes, não se sentem seguros res em relação à Modelagem. Elas não são novidades no campo
para desenvolver Modelagem em suas aulas. A tarefa da formação da Educação Matemática e da Educação, mas talvez sejam para os
é, portanto, oferecer aos professores a possibilidade de se move- programas de formação em Modelagem. Estas sugestões discutidas
rem para essa proposta. a seguir podem ser utilizadas tanto na formação inicial quanto con-
tinuada, dependendo das possibilidades.
Implicações teórico-práticas
Esta análise a respeito dos professores em contato com a Mo- Atividades de Modelagem
delagem permite extrair algumas implicações para as ações de for-
mação de professores relativas a este ambiente de aprendizagem. Concordamos com diversos autores que advogam a necessi-
A primeira implicação possível é propiciar o contato dos pro- dade dos professores conduzirem atividades de Modelagem por si
fessores com os vários tipos - ou níveis - de abordagens da Mo- mesmos, como se fossem alunos (Amit & Hillman, 1995; Bassanezi,
delagem, de modo que eles possam eleger o possível para seus
contextos escolares. Os níveis não só representam diferentes tipos,
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1994a). Assim, eles podem se familiarizar com os procedimentos O problema, os pressupostos, os procedimentos, a validação e
utilizados em Modelagem, tais como o levantamento de hipóteses, outras questões relativas ao processo de Modelagem14 foram anali-
simplificações, validação etc., e suas respectivas atitudes. sados pelos professores (Barbosa, 2000). Dessa experiência, muitas
A experiência com Modelagem pode propiciar aos professores observações foram levantadas sobre o modelo das batatas. O tre-
o contato com novos aspectos da Matemática. Mas, principalmen- cho de diálogo15 a seguir ilustra como o estudo de modelos prontos
te, num ambiente reflexivo, os professores têm a oportunidade de pode gerar discussões entre os professores. Eles identificaram que
questionar a própria natureza da Matemática. Convergimos, por- o autor considerou as filas das plantas como segmentos de retas,
tanto, para as conclusões apresentadas por Amit e Hillman (1995) mas não anunciou essa simplificação.
que afirmam que é a oportunidade de refletir e discutir a experiên- Cláudia: Assim... a linha que não colocou; a fila dos pés de ba-
cia, o que dá aos professores a chance de colocarem suas concep- tata é uma linha...
ções sob exame. Alana: Ele deu espaço das ruas, né? Daí, para gente era onde
Outra faceta importante dessa estratégia aponta para questões plantava batata, né? Mas não é... ele não considerou o espaço onde
pedagógicas. O docente, ao ter experiências com Modelagem na se plantou a batata, né...
posição de aprendiz, pode projetá-las de alguma maneira para seu Cláudia: Ele considerou só como uma linha, não como um espa-
trabalho, como percebido nos estudos relatados na seção 2 deste ço [gesticulando com as duas mãos].
artigo. Essa é uma oportunidade para os professores discutirem so- Alana: E nós não achamos que é tão desprezível assim.
bre a Modelagem do ponto de vista pedagógico. Questões do tipo Essas considerações motivaram o aprofundamento de aspec-
“Estas atividades seriam possíveis em suas salas de aula? Como?” tos da Modelagem e da Matemática: o que é um pressuposto, a
podem gerar reflexões interessantes entre os professores, a partir necessidade ou não de enunciá-los, a influência de quem faz o mo-
das suas próprias experiências com Modelagem. delo, a validade das aplicações, a tomada dessas para subsidiar de-
cisões, etc.
A análise de Modelos Prontos Apresentamos esse trecho para argumentar que o estudo de
modelos já prontos pode potencializar discussões e reflexões acer-
Houston (1993) tem sublinhado que a análise de modelos já ca da Modelagem, seus procedimentos e sobre a natureza da pró-
elaborados contribui para obter uma melhor compreensão da Mo- pria Matemática. Assim, essa estratégia contribui para desenvolver
delagem. Trata-se de propiciar a análise de investigações matemáti- os conhecimentos e habilidades da Modelagem e desestabilizar as
cas realizadas por meio de Modelagem, de modo que se observem, concepções dos professores sobre Matemática.
discutam e reflitam os procedimentos utilizados.
Num programa de formação, propusemos aos professores a O estudo de Casos de Ensino
análise do caso “Plantação de Batatas” (Bassanezi, 1990). Nele é
relatado um modelo que foi desenvolvido a partir da indagação de O estudo de casos de ensino situa-se aqui como uma alternativa
um aluno: Meu pai planta batatas colocando cada ‘semente’ a uma para os professores pensarem a Modelagem no ambiente concreto
distância de 30 cm, queria saber por que ele faz desta maneira? da sala de aula. Um caso, aqui, é uma narração de alguma situação
(p. 138). Para dar conta desta interrogação, o objetivo passou a prática da sala de aula, a qual pode focar sobre: a maneira como o
ser investigar o espaçamento ótimo entre as plantas. Levantando professor guia seu trabalho, ações do professor e suas apreciações,
alguns pressupostos, informações e cálculos, o autor explica que, interações entre professor e alunos, interações entre os próprios
se tomarmos um alqueire, haverá 194 ruas (espaço entre as filas de alunos, etc. (Llinares, 1993). Geralmente, possui descrições deta-
plantas) com 80 cm cada (figura 1). lhadas de como ocorreu a experiência, podendo ser apresentadas
pela via escrita ou por vídeo.
Os casos pouco se assemelham aos trabalhos acadêmicos, pois
pretendem captar a riqueza, as nuances de significados, as ambi-
güidades e as contradições dos assuntos humanos, ao contrário do
pensamento paradigmático ou científico que requer precisamente
consistência e não contradição (Ponte, Oliveira, Cunha & Segurado,
1998, p. 30). Porém, é possível que casos sejam escritos a partir de
relatos de pesquisa se esses tiverem rica descrição de experiências
da sala de aula.
É pertinente que a própria comunidade, em colaboração com
os professores, construa e colecione casos de sala de aula que
contenham experiências com Modelagem a partir da ótica dos
professores que as desenvolvem.
Figura 1 (op. cit., p. 140) Para mais detalhes, o leitor pode consultar Bassanezi (1994b), Biembengut (1999),
Galbraith e Clatworthy (1990).
15 Este trecho foi extraído de uma das sessões de aulas – que foi filmada
e transcrita – do curso “Modelagem e Educação Matemática”. Este curso foi reali-
zado como atividade extra-curricular no âmbito da Licenciatura em Matemática da
UNESP (Rio Claro) com uma carga horária de 33 horas (Barbosa, 2000).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O estudo de casos situa-se como uma fase intermediária para a prática na sala de aula. Serve ao propósito de estimular os professores
a refletirem e examinarem suas próprias concepções e práticas das experiências em sala de aula (Thompson, 1992).
Ponte et. al. (1998) vêm trabalhando com casos que descrevem experiências de professores com as investigações matemáticas. Esses
foram escritos e interpretados em colaboração com professores para, entre outros objetivos, servir como instrumento da própria forma-
ção. É de experiências como essa que, ao nosso ver, a formação em Modelagem deve se inspirar para construir seus próprios casos de sala
de aula.
Num programa de formação que conduzimos com futuros professores, o estudo de casos de ensino permitiu o contato com uma abor-
dagem “prática “ da Modelagem no ensino (Barbosa, 2000). Casos de ensino, apresentados por escrito, em que os professores utilizaram
esta abordagem, foram propostos para análise e discussão.
Por fim, cabe dizer que o estudo de casos serve ao propósito de confrontar as implicações decorrentes da implementação de uma
abordagem pedagógica baseada em Modelagem. Ao refletir sobre experiências baseadas em diferentes formas de implementar Modela-
gem (por exemplo, os tipos apresentados através dos níveis 1,2 e 3), o professor tem oportunidade para se aproximar das possibilidades
e limitações do seu próprio contexto.
Diversos autores têm defendido a necessidade de professores desenvolverem intervenções inovadoras em suas salas de aulas, através
de apoio mútuo ou acompanhado de investigadores (Fiorentini, Spuza Jr. & Melo, 1998; Perez, 1999; Polettini, 1999). À luz das questões
postas neste artigo, trata-se de propor ao professor que desenvolvam intervenções em suas salas de aula baseadas em Modelagem. Assim,
ele pode experimentar (viver) como o contexto de sua própria sala de aula reage a essa ação e, consequentemente, desenvolver seus co-
nhecimentos práticos sobre a Modelagem e, com efeito, questionar suas próprias concepções. Mas, para isso - outra vez assinalamos - não
é a experiencia pela experiência, mas sim pela e para a reflexão, a qual deve acompanhar todas as fases da intervenção. Num processo de
intervenção baseado em uma abordagem alternativa, tal como a Modelagem, é central que o professor seja acompanhado pelos “forma-
dores” e/ou por outros professores. Convergindo para esta consideração, Baklino (1999) tem alertado para a necessidade de um espaço no
qual o professor seja acolhido com sua prática inovadora como uma forma de balancear com as possíveis resistências do contexto escolar.
A pertinência desse espaço reforça-se pela possibilidade de dar suportes para reflexões sobre a própria prática inovadora. Assim, pode-se
formar o que denominamos de “grupo de monitoramento”, constituído pelo(s) formador(es) e demais professores envolvidos em projetos
de intervenção baseados em Modelagem. O esquema abaixo representa um modelo de intervenção (figura 2).
Figura 2
Neste modelo de trabalho, todo o processo é apoiado pela interlocução com o grupo de monitoramento. Grupos de professores po-
dem também compartilhar o desenvolvimento de intervenções pedagógicas em sala de aula.
Detalhemos o esquema da figura 2. Inicia-se com o planejamento da(s) atividade(s), de modo a atender ao contexto de intervenção,
seguido da implementação acompanhada (ação). Neste processo, o professor deve buscar subsídios para as reflexões conduzidas por si e
pelo grupo de interlocução, através de observações e/ou filmagens de episódios de aulas, recolha dos materiais produzidos pelos alunos
etc. A intenção é refletir continuamente sobre o desenvolvimento do trabalho, dando interpretações ao que estiver ocorrendo e mesmo
propondo alterações no planejamento inicial. Como conseqüência, planejamento de novas intervenções, talvez mais ousadas, encontre
bases para serem planejadas e executadas.
As intervenções em sala de aula baseadas em Modelagem podem se orientar pelos níveis de atividades que descrevemos no início do
artigo: implementam-se tarefas do nível 1, avaliam-se, planejam-se e implementam-se as do nível 2 e, finalmente, ancorando-se nessas
experiências, utilizam-se de tarefas de Modelagem do nível 3.
A única restrição a essa estratégia de intervenção em sala de aula refere-se aos alunos da Licenciatura, que muitas vezes só começam
a lecionar no estágio obrigatório, no último ano do curso. Mas, por sua vez, os professores em serviço têm suas turmas como o ambiente
natural para desenvolverem intervenções baseadas em Modelagem.
Por fim, cabe assinalar que a expectativa é que o professor desenvolva habilidades de observação e análise da sala de aula, e, sobre-
tudo, espera-se que ele ganhe familiaridade com a integração da Modelagem (como abordagem pedagógica) no currículo de Matemática.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
demos desfazer este bloqueio que tanto atrapalha a compreensão Considerando a Matemática para a Tecnologia, deve-se pensar
dos alunos. Segundo Groenwald e Timm, Borin afirma que os jogos na formação que capacita para o uso de calculadoras e planilhas
contribuem bastante nesse sentido: eletrônicas, dois instrumentos de trabalho bastante corriqueiros
nos dias de hoje. No trabalho com calculadoras, é preciso saber
“Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de mate- informar, via teclado, as instruções de execução de operações e
mática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por funções, e isso exige conhecimentos de Matemática. Por exemplo:
muitos de nossos alunos que temem a matemática e sentem-se in- é a habilidade em estimar mentalmente resultados de operações
capacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é que identifica, de imediato, um erro de digitação, quando se obtém
impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos 0,354 como resultado da multiplicação “35,4 * 0,1”; é o conheci-
que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam matemática, mento sobre porcentagem que habilita para o uso da tecla “%”; é
apresentam também um melhor desempenho e atitudes positivas o conhecimento sobre funções que explica por que na calculadora
frente a seus processos de aprendizagem. (GROENWALD, 07/2008)” tem-se sen (30) = - 0,99, ou que explica a mensagem “valor inváli-
do para a função” recebida, após aplicar-se a tecla “sqrt” (raiz qua-
É pensando nisso que o lúdico no ensino da Matemática para drada) ao número (-5). Em calculadoras gráficas, é o conhecimento
o nível médio, deve ser estimulado para que se torne uma opção sobre funções que permite analisar a pertinência ou não de certos
metodológica viável para um ensino menos passivo. O professor gráficos que são desenhados na tela. Como as calculadoras traba-
pode trabalhar com jogos que promovam o conceito Matemático lham com expansões decimais finitas, às vezes essas aproximações
do assunto estudado, e é assim que o aluno absorve na prática os afetam a qualidade da informação gráfica.
ensinamentos do docente. As planilhas eletrônicas são programas de computador que ser-
Sabemos dos inúmeros benefícios que a Matemática lúdica vem para manipular tabelas cujas células podem ser relacionadas
promove no ensinamento dos jovens possibilitando interação, agu- por expressões matemáticas. Para operar com uma planilha, em um
çando a atenção e a compreensão dos conteúdos, além do ganho nível básico, é preciso conhecimento matemático similar àquele ne-
de produtividade do trabalho do professor, já que a atividade gera cessário ao uso de calculadora, mas com maiores exigências quanto
um aproveitamento maior por ser mais prazerosa e motivadora, à notação de trabalho, já que as operações e as funções são defi-
tanto por parte de quem ensina quanto por parte de quem apren- nidas sobreas células de uma tabela em que se faz uso de notação
de. Tudo isso deverá ser levado em consideração no incentivo da para matrizes. Assim, é importante conhecer bem a notação mate-
utilização do lúdico como um recurso metodológico didático eficaz mática usada para expressar diferentes conceitos, em particular o
para o melhoramento do processo de ensino aprendizagem. conceito de função.
Portanto, o ensino da Matemática deverá ser atrativo aos olhos Além disso, a elaboração ração de planilhas mais complexas
dos alunos e a utilização do lúdico é uma forma de incentivar o gos- requer raciocínio típico dos problemas que exigem um processo de
to pela matemática, que muitas vezes é preconceituosamente en- solução em diferentes etapas.
carada como um assunto extremamente complicado e ao alcance Já se pensando na Tecnologia para a Matemática, há progra-
de poucos. É por isso que a introdução do lúdico no Ensino Médio mas de computador (softwares) nos quais os alunos podem explo-
é uma ótima forma de desmistificar crenças a respeito da Mate- rar e construir diferentes conceitos matemáticos, referidos a seguir
mática, e mostrar que através de uma abordagem diferente todos como programas de expressão.2 Os programas de expressão apre-
podem compreender os conceitos que estão por traz de tudo que sentam recursos que provocam, de forma muito natural, o processo
nos cerca, e que são muito importantes para o seu cotidiano. que caracteriza o “pensar matematicamente”, ou seja, os alunos fa-
Dessa forma o Lúdico no Ensino Médio propõe explorar e di- zem experimentos, testam hipóteses, esboçam conjecturas, criam
namizar as atividades expostas pelo professor ao aluno e, partindo estratégias para resolver problemas. São características desses pro-
desse preceito, melhorar a absorção dos conceitos fazendo com gramas:
que o aluno extraia métodos para resolver os problemas e ques-
tionar outras formas de resolução, facilitando o entendimento do a) conter um certo domínio de saber matemático – a sua base
aluno e melhorando seu desempenho em sala de aula. de conhecimento;
b) oferecer diferentes representações para um mesmo objeto
USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO DA MATEMÁTICA17 matemático – numérica, algébrica, geométrica;
c) possibilitar a expansão de sua base de conhecimento por
Não se pode negar o impacto provocado pela tecnologia de in- meio de macroconstruções;
formação e comunicação na configuração da sociedade atual. Por d) permitir a manipulação dos objetos que estão na tela.
um lado, tem-se a inserção dessa tecnologia no dia-a-dia da so-
ciedade, a exigir indivíduos com capacitação para bem usá-la; por Para o aprendizado da geometria, há programas que dispõem
outro lado, tem-se nessa mesma tecnologia um recurso que pode de régua e compasso virtuais e com menu de construção em lin-
subsidiar o processo de aprendizagem da Matemática. É importan- guagem clássica da geometria – reta perpendicular, ponto médio,
te contemplar uma formação escolar nesses dois sentidos, ou seja, mediatriz, bissetriz, etc. Feita uma construção, pode-se aplicar mo-
a Matemática como ferramenta para entender a tecnologia, e a tec- vimento a seus elementos, sendo preservadas as relações geomé-
nologia como ferramenta para entender a Matemática. tricas impostas à figura – daí serem denominados programas de
geometria dinâmica.
Esses também enriquecem as imagens mentais associadas às
17 Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias / Secretaria de Educação propriedades geométricas. Por exemplo: para o Teorema de Pitá-
Básica. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. 135 p. (Orien-
goras, partindo do triângulo retângulo e dos quadrados construídos
tações curriculares para o ensino médio; volume 2) sobre seus lados, podemos construir uma família de “paralelogra-
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mos em movimento” que, conservando a área, explica por que a o entusiástico engajamento dos alunos nos trabalhos, produzindo
área do quadrado construído sobre a hipotenusa é igual à soma das discussões e trocas de ideias que revelam uma intensa atividade
áreas construídas sobre os catetos. Com a geometria dinâmica tam- intelectual.
bém se pode fazer modelação geométrica. Isso significa captar, com
a linguagem geométrica, o movimento de certos mecanismos (uma Vamos aqui abordar a utilização das tecnologias de informação
porta pantográfica, um ventilador, um pistão) ou os movimentos e comunicação18 (TICs) no aprendizado do aluno; Apontar o cresci-
corporais (o caminhar, o remar, o pedalar). Identificar o elemento mento e os impactos em virtude do uso dessas tecnologias; Conhe-
que desencadeia o movimento e, a partir dele, prosseguir com uma cer os importantes desafios na Gestão da Tecnologia da Informação
construção sincronizada, em que se preserva a proporção entre os e Comunicação (TIC).
elementos, exige, além de conhecimento em geometria, uma esco- As TICs são utilizadas em diversas maneiras e em vários ramos
lha de estratégia de resolução do problema, com a elaboração de de atividades, podendo se destacar nas indústrias no processo de
um cronograma de ataque aos diferentes subproblemas que com- automação, no comércio em gerenciamentos e publicidades, no
põem o problema maior. É uma atividade que coloca em funciona- setor de investimentos com informações simultâneas e comunica-
mento diferentes habilidades cognitivas – o pensar geométrico, o ção imediata, e na educação no processo de ensino aprendizagem
pensar estratégico, o pensar hierárquico. e Educação a Distância. Pode-se dizer que a principal responsável
Para o estudo das funções, das equações e das desigualdades pelo crescimento e potencialização da utilização das TIC em diver-
da geometria analítica (retas, círculos, cônicas, superfícies), tem-se sos campos foi à popularização da Internet.
uma grande variedade de programa de expressão. Em muitos desses Em se tratando de informação e comunicação, as possibilidades
programas, pode-se trabalhar tanto com coordenadas cartesianas tecnológicas apareceram como uma alternativa da era moderna, fa-
como com coordenadas polares. Os recursos neles disponibilizados cilitando a educação com a inserção de computadores nas escolas,
facilitam a exploração algébrica e gráfica, de forma simultânea, e possibilitando e aprimorando o uso da tecnologia pelos alunos, o
isso ajuda o aluno a entender o conceito de função, e o significado acesso a informações e a realização de múltiplas tarefas em todas
geométrico do conjunto-solução de uma equação – inequação. as dimensões da vida humana, além de qualificar os professores
Para trabalhar com poliedros, existem também programas inte- por meio da criação de redes e comunidades virtuais. Sabe-se que,
ressantes. Neles, há poliedros em movimento, sob diferentes vistas, as mudanças com o aparecimento das tecnologias foram grandes
acompanhados de planificação. São programas apropriados para o e positivas para a sociedade, em relação à comunicação, ligação e
desenvolvimento da visualização espacial. convívio social. A Informática trouxe, além de inúmeros recursos
As planilhas eletrônicas, mesmo sendo ferramentas que não fo- tecnológicos, a esperança de melhorias no processo de ensino e
ram pensadas para propósitos educativos, também podem ser uti- aprendizagem. As TIC possibilitam a adequação do contexto e as
lizadas como recursos tecnológicos úteis à aprendizagem matemá- situações do processo de aprendizagem às diversidades em sala
tica. Planilhas oferecem um ambiente adequado para experimentar de aula. As tecnologias fornecem recursos didáticos adequados às
sequências numéricas e explorar algumas de suas propriedades, diferenças e necessidades de cada aluno. As possibilidades consta-
por exemplo, comparar o comportamento de uma sequência de tadas no uso das TIC são variadas, oportunizando que o professor
pagamentos sob juros simples e juros compostos. Também ofere- apresente de forma diferenciada as informações. Por meio das TIC,
cem um ambiente apropriado para trabalhar com análises de dados disponibilizamos da informação no momento em que precisamos,
extraídos de situações reais. É possível organizar atividades em que de acordo com nosso interesse. O termo TIC é a junção da tecnolo-
os alunos têm a oportunidade de lidar com as diversas etapas do gia ou Informática com a tecnologia da comunicação, a Internet é
trabalho de análise de dados reais: tabular, manipular, classificar, um ensinamento claro disso.
obter medidas como média e desvio padrão e obter representações As TIC quando são utilizadas, melhoraram o processo de en-
gráficas variadas. sino, pois criam ambientes virtuais de aprendizagem, colaborando
As planilhas eletrônicas também são muito apropriadas para com o aluno na assimilação dos conteúdos. O computador e a Inter-
introduzir a noção de simulação probabilística, importante em di- net atraem a atenção dos alunos desenvolvendo neles, habilidades
versos campos de aplicação. Ao se usar a função “ALEATÓRIO( )”, para captar a informação. Essa informação manifesta-se de forma
podem-se simular experimentos aleatórios de variados níveis de cada vez mais interativa e cada vez mais depressa, que os envolvi-
complexidade, contribuindo, assim, para que o aluno atribua um dos no processo de ensino, muitas vezes, não conseguem assimilar.
significado intuitivo à noção de probabilidade como frequência re- A principal dificuldade de se incorporar as TIC no processo de
lativa observada em uma infinidade de repetições. ensino, é o fato de o professor ser ainda apontado, o detentor de
No uso de tecnologia para o aprendizado da Matemática, a es- todo conhecimento. Hoje, diante das tecnologias apresentadas aos
colha de um programa torna-se um fator que determina a qualida- alunos, o professor tem o papel de interventor dessa nova forma de
de do aprendizado. É com utilização de programas que oferecem ensino, dando o suporte necessário ao uso adequado e responsável
recursos para a exploração de conceitos e ideias matemáticas que dos recursos tecnológicos. Para que isso aconteça, o professor deve
está se fazendo um interessante uso de tecnologia para o ensino da buscar, ainda em sua formação, se atualizar não só dentro de sua
Matemática. Nessa situação, o professor deve estar preparado para especialidade, mas também, dentro das tecnologias que possam
interessantes surpresas: é a variedade de soluções que podem ser auxiliar em suas práticas pedagógicas.
dadas para um mesmo problema, indicando que as formas de pen- A inserção das TICs no cotidiano escolar anima o desenvolvi-
sar dos alunos podem ser bem distintas; a detecção da capacidade mento do pensamento crítico criativo e a aprendizagem coopera-
criativa de seus alunos, ao ser o professor surpreendido com solu- tiva, uma vez que torna possível a realização de atividades intera-
ções que nem imaginava, quando pensou no problema proposto; tivas. Sem esquecer que também pode contribuir com o estudante
18 http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/viewFi-
le/11019/8864
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
a desafiar regras, descobrir novos padrões de relações, improvisar A forma de produzir, armazenar e disseminar a informação está
e até adicionar novos detalhes a outros trabalhos tornando-os as- se transformando; o enorme volume de fontes de pesquisas é aber-
sim inovados e diferenciados. As tecnologias proporcionam que os to aos alunos pela Internet. A formação de professores para essa
alunos construam seus saberes a partir da comunicabilidade e inte- nova realidade tem sido crítica e não tem sido priorizada de manei-
rações com um mundo de pluralidades, no qual não há limitações ra efetiva pelas políticas públicas em educação nem pelas escolas.
geográficas, culturais e a troca de conhecimentos e experiências é As soluções propostas inserem-se, principalmente, em progra-
constante. Dessa maneira as tecnologias de informação e comu- mas de formação de nível de pós-graduação ou, como programas
nicação operam como molas propulsoras e recursos dinâmicos de de qualificação de recursos humanos. O perfil do profissional de
educação, à proporção que quando bem utilizadas pelos educado- ensino é orientado para uma determinada “especialização”, mesmo
res e educandos proporcionam a intensificação e a melhoria das por que, o tempo essencial para essa apropriação não o permite.
práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula e fora dela. Como resultado, evidencia-se a fragilidade das ações e da formação,
Na sociedade atual em que estamos vivendo, em que por muitas refletidas também através dos interesses econômicos e políticos. A
vezes a máquina substitui o trabalho humano, cabe ao homem à importância de inserir novas tecnologias em ambientes escolares é
obrigação de ser criativo, ter boas ideias. E na era da informação para gerar coisas novas e pedagogicamente importantes que não se
e comunicação é indispensável que as pessoas saibam e consigam pode acontecer de outras formas. A escola passa a ser um ambiente
identificar o que há de essencial. É preciso compreender que a fer- mais interessante que aprontaria o aluno para o seu futuro.
ramenta tecnológica não é ponto principal no processo de ensino A aprendizagem centra-se nas diferenças individuais e na quali-
e aprendizagem, mas um dispositivo que proporcionaliza a media- ficação do aluno para torná-lo um utilizador independente da infor-
ção entre educador, educando e saberes escolares, assim é essen- mação, capaz de usar vários tipos de fontes de informação e meios
cial que se supere o velho modelo pedagógico é preciso ir além de de comunicação. Às escolas cabe à introdução das novas tecnolo-
incorporar o novo (tecnologia) ao velho. Sendo assim, temos que gias de comunicação e coordenar o processo de transformação da
entender que, a inserção das TICS no ambiente educacional, depen- atuação do professor, que é o principal ator destas mudanças, pre-
de primeiramente da formação do professor em uma perspectiva parar o educando a buscar corretamente a informação em fontes
que procure desenvolver uma proposta que permita transformar o de vários tipos. É importante também, informar toda a comunidade
processo de ensino em algo dinâmico e desafiador com o suporte escolar, principalmente os alunos, da importância da tecnologia
das tecnologias. As TICs quando articuladas a uma prática formativa para o desenvolvimento social e cultural.
que leva em conta os saberes trazidos pelo aluno, associando aos
conhecimentos escolares se tornam essenciais para a construção ETNOMATEMÁTICA19
dos saberes.
Além disso, favorece aprendizagens e desenvolvimentos, além Etnomatemática é hoje considerada uma subárea da História
de oportunizar melhor domínio na área da comunicação permitin- da Matemática e da Educação Matemática, com uma relação muito
do aos mesmos construírem e partilharem conhecimentos, tornan- natural com a Antropologia e as Ciências da Cognição. É evidente a
do-os seres democráticos que aprendem a valorizar a competên- dimensão política da Etnomatemática.
cias individuais. Para que os recursos tecnológicos façam parte da Etnomatemática é a matemática praticada por grupos culturais,
vida escolar é preciso que alunos e professores o utilizem de forma tais como comunidades urbanas e rurais, grupos de trabalhadores,
correta, e um componente substancial é a formação e atualização classes profissionais, crianças de uma certa faixa etária, sociedades
de professores, de modo que a tecnologia seja de fato incorporada indígenas, e tantos outros grupos que se identificam por objetivos e
no currículo escolar, e não vista apenas como um complemento ou tradições comuns aos grupos.
aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia Além desse caráter antropológico, a etnomatemática tem um
da educação de forma definitiva. indiscutível foco político. A etnomatemática é embebida de ética,
Em seguida, é preciso levar em conta a construção de conteú- focalizada na recuperação da dignidade cultural do ser humano.
dos inovadores, que usem todo o potencial dessas tecnologias. A dignidade do indivíduo é violentada pela exclusão social, que
Com as Novas Tecnologias da Informação abrem-se novas pos- se dá muitas vezes por não passar pelas barreiras discriminatórias
sibilidades à educação, solicitando assim, uma nova presença do estabelecidas pela sociedade dominante, inclusive e, principalmen-
educador. Com a utilização das tecnologias na educação, podem-se te, no sistema escolar.
obter informações, fazendo assim, uma conexão com alunos e pro- Mas também por fazer, dos trajes tradicionais dos povos mar-
fessores, permitindo que o educador trabalhe melhor o desenvolvi- ginalizados, fantasias, por considerar folclore seus mitos e religiões,
mento do conhecimento. por criminalizar suas práticas médicas. E por fazer, de suas práticas
O acesso à internet nas escolas permite que a aprendizagem tradicionais e de sua matemática, mera curiosidade, quando não
ocorra frequentemente no espaço virtual, que precisa ser introdu- motivo de chacota.
zido às práticas pedagógicas. A escola é um ambiente privilegiado
de interação social, mas este deve interligar-se e integrar-se aos 1. Uma breve reflexão sobre a situação educacional brasileira
demais espaços de conhecimento hoje existentes e incorporar os no momento atual
recursos tecnológicos e a comunicação, concedendo fazer as pontes
entre conhecimentos e se tornando um novo elemento de coope-
ração e transformação.
É preciso repensar nas concepções de ensino e aprendizagem. METODOLOGIA DO ENSINO - diferentes concepções
O professor não pode mais ser o detentor do conhecimento, do
saber e as bases metodológicas, ano após anos, continuam nos Etimologicamente, considerando a sua origem grega, a palavra
livros didáticos, no quadro. metodologia advém de methodos, que significa META (objetivo, fi-
A volta do velho professor nalidade) e HODOS (caminho, intermediação), isto é caminho para
Em pleno século XX, um grande professor do século passado se atingir um objetivo. Por sua vez, LOGIA quer dizer conhecimento,
voltou a Terra e, chegando à sua cidade, ficou abismado com o estudo. Assim, metodologia significaria o estudo dos métodos, dos
que viu: as casas altíssimas, as ruas pretas, passando umas sobre caminhos a percorrer, tendo em vista o alcance de uma meta, obje-
as outras, com uma infinidade de máquinas andando em alta tivo ou finalidade.
velocidade; o povo falava muitas palavras que o professor não Partindo dessa formulação um tanto simplista, a metodologia
conhecia (poluição, avião, rádio, metrô, televisão...); os cabelos do ensino seria, então, o estudo das diferentes trajetórias traçadas/
de umas pessoas pareciam com os do tempo das cavernas... E as planejadas e vivenciadas pelos educadores para orientar/direcionar
roupas deixavam o professor ruborizado. o processo de ensino aprendizagem em função de certos objetivos
Muito surpreso e preocupado com a mudança, o professor ou fins educativos/formativos.
visitou a cidade inteira e cada vez compreendia menos o que A nosso ver, essa conceituação genérica e abstrata esclarece
estava acontecendo. Na igreja, levou susto com o padre que não tudo e não diz nada. Nela cabe a prática de qualquer educador, seja
mais rezava em latim, com o órgão mudo e um grupo de cabelu- ele conservador, fascista, humanista, progressista, servindo, enfim,
dos tocando uma música estranha. Visitando algumas famílias, para todos, como se todas as concepções e práticas metodológicas
espantou-se com o ritual depois do jantar: todos se reuniam du- fossem semelhantes e pouco importasse diferenciá-las.
rante horas para adorar um aparelho que mostrava imagens e Durante muito tempo, repetimos e utilizemos de tal concei-
emitia sons. O professor ficou impressionado com a capacidade tuação de metodologia. Porém, com o decorrer do tempo, fui me
de concentração de todos; ninguém falava uma palavra diante dando conta de que o conceito de metodologia do ensino, tal como
do aparelho. qualquer outro conhecimento, é fruto do contexto e do momen-
Cada vez mais desanimado, foi visitar a escola – e, finalmen- to histórico em que é produzido. Sendo assim, talvez não exista
te, sentiu um grande alívio, reencontrando a paz. Ali, tudo con- apenas um conceito geral, universalmente válido e a histórico de
tinuava da mesma forma como ele havia deixado: as carteiras metodologia, mas sim vários, que têm por referência as diferentes
uma atrás da outra, o professor falando, falando... E os alunos concepções e práticas educativas que historicamente lhes deram
escutando, escutando, escutando... suporte. Daí, fomos buscar na própria história das ideias e teorias
Fonte: Raízes e Asas – Ensinar e aprender (2005, p.5).
pedagógicas algumas pistas que fundamentassem nossas hipóte-
ses. Nessa busca, deparei-me com pessoas e textos que, como eu,
estavam interessadas em questionar esse mesmo conceito genérico
Essa história reflete a necessidade que a escola tem de mudar
de metodologia do ensino, cujos trabalhos publicados, com as mais
suas concepções de ensino-aprendizagem. Onde os educadores, da
diversas abordagens, refletiam essa mesma preocupação.
mesma forma que o livro didático, precisa passar para a função de
mediadores e nunca o único guia, buscando caminhos, que aproxi-
Metodologia do Ensino, na concepção tradicional de educa-
mem o educando do conteúdo a ser estudado. O educador precisa
ção
ser o orientador.
Freire chama a atenção para que tomemos cuidado com a re-
Conforme é possível perceber, por intermédio do texto de VEI-
lação dicotômica - professor x aluno - no qual ele descreve como
GA, a concepção tradicional de educação enfatiza a visão de que
educador x educando:
metodologia do ensino consiste num artifício que permite ensinar
... O educador é o que educa; os educados, os que são educa-
tudo a todos, de forma lógica. Lógica esta que seria própria das in-
dos;
teligências adultas, plenamente amadurecidas e desenvolvidas, e
- o educador é o que sabe; os educados, os que não sabem;
que possuem uma certa posição de classe (cientistas, filósofos, pes-
-o educador é o que pensa, os educando os pensados;
quisadores, etc.).
-o educador é o que diz a palavra; os educados os que escutam
Contudo, como afirma TITONE, o formalismo metodológico
docilmente;
prestou notáveis serviços à metodologia na organização lógica do
-o educador é o que disciplina; os educados os disciplinados, e.
processo de instrução, mas conserva os defeitos essenciais, tais
-o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educados,
como o seu intelectualismo unilateral e abstrato, pois, nesta visão,
meros objetos (FREIRE, 1987, p.70).
ao educador não interessam nem os conteúdos, nem os sujeitos,
nem os contextos, em que uma determinada prática educativa
Urge uma discussão sobre a Educação brasileira, pautada em
acontece. Nenhum desses três elementos são considerados estru-
outros valores, na qual, o saber não seja para poucos e a relação de
turantes do método didático.
ensino aprendizado se dê num campo de integração sociocultural.
Na concepção tradicional de educação, a metodologia de en-
Para Ubiratan D’Ambrosio (1986, p.46): “Ao se considerar de
sino é entendida, em síntese, como um conjunto padronizado de
forma integrada conteúdos, objetivos e métodos. Considerações de
procedimentos destinados a transmitir todo e qualquer conheci-
natureza sociocultural estarão permanentemente em jogo”. Cabe
mento universal e sistematizado.
buscar a integração de conteúdo com uma metodologia que motive
aos alunos o interesse pela educação formal. Cabe aos professores
Metodologia do Ensino, na concepção escolanovista de edu-
buscar meios para facilitar tal integração.
cação
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A concepção de educação escolanovista faz de alguns princí- A visão liberal de mundo que norteia essas inovações metodo-
pios (individualidade, diferenças individuais, ritmos diferenciais, lógicas, contudo, não conseguiu ultrapassar os muros de algumas
potencialidades individuais e liberdade) os pilares que vão susten- poucas escolas experimentais, que foram o palco dessas vivências.
tar a sua concepção de metodologia do ensino. Esta é entendida Isto porque se esbarrava com as desigualdades socioeconômicas e
como um conjunto de procedimentos e técnicas (neutras) que vi- políticas engendradas pelas relações de produção e trabalho capi-
sam desenvolver as potencialidades dos educandos, baseando-se talistas, que eram camufladas pela concepção liberal-burguesa de
nos princípios: da atividade (no sentido de aprender fazendo, ex- sociedade e de educação, que, direta ou indiretamente, inspirava a
perimentando, observando), da individualidade (considerando os maioria das novas propostas metodológicas. Fugiam à regra aque-
ritmos diferenciais de um educando para outro), da liberdade e las que estavam voltadas, ainda que ingenuamente, para a trans-
responsabilidade; da integração dos conteúdos. formação da sociedade, em uma perspectiva de desenvolvimento
comunitário e autogestionário. A concepção escola novista de me-
Nessa concepção, em que o educando torna-se o centro do todologia do ensino nunca se deu conta de sua utopia libertadora
processo educativo/formativo, as relações educando-educador tinha que se enfrentar com os próprios determinantes estruturais
assumem um caráter eminentemente subjetivo, afetivo e indivi- (econômicos, sociais e políticos) que a mantinham prisioneira.
dualizante. Para esta perspectiva educacional, a metodologia do
ensino deve centrar-se no processo de aquisição de atitudes, tais Na concepção escola novista de educação, a metodologia do
como calor humano, empatia, consideração positiva incondicional. ensino é entendida, em síntese, como uma estratégia que visa ga-
A metodologia do ensino é, então, “privatizada”, pois o crescimento rantir o aprimoramento individual e social.
pessoal, interpessoal e integral é desvinculado das condições so-
cioeconômicas e políticas em que se dá. Metodologia do Ensino, na concepção tecnicista de educação
Nos anos sessenta, tendo como centro de irradiação os EUA e
A defesa dos chamados métodos ativos e a proposta de dar vez tomando por base alguns dos princípios da concepção de metodo-
e voz aos alunos no processo de aprendizagem, que representam logia da escola ativa, desenvolve-se a tendência denominada tecno-
duas ideias chaves da concepção escola novista de educação e de logia educacional. Tal concepção transportará para a metodologia
metodologia do ensino, subvertem o princípio da relação poder- do ensino as diretrizes do planejamento racional e eficiente adota-
-submissão, transformando a relação pedagógica em uma relação do nas modernas empresas capitalistas e baseado nos princípios da
mais simétrica de afeto-camaradagem. maximização da eficiência e da eficácia na relação objetivos-meios-
A concepção escola novista de educação, ao deslocar o foco -resultados. É a fase em que a metodologia do ensino passa por
para o aluno (suas necessidades, estágio de desenvolvimento, in- um processo de taylorização e de modernização tecnológica, em
teresses e motivações), no processo de ensino aprendizagem, vai que se desenvolvem técnicas de operacionalização dos objetivos
provocar uma verdadeira revolução na metodologia do ensino, que educacionais, tendo em vista uma melhor programação das ativi-
será tomada como um campo de experimentação, um laboratório dades e práticas de ensino, práticas estas que são cuidadosamente
que servirá para testar os mais variados métodos de ensino, tam- programadas etapa a etapa, a partir da definição de pré-requisitos,
bém chamados de métodos ativos. Tais métodos são assim clas- sequências e cadeias conceituais, avaliações com instrumentos pré-
sificados: métodos de trabalho individual (Método Montessori; -validados, etc.
Método Mackinder; Plano Dalton); métodos de trabalho individual/ Enfim, recorre-se a todo um instrumental psicométrico que,
coletivo, que procuram harmonizar os dois tipos de atividades (Sis- para usá-lo, o professor precisa se transformar em um tecnólogo
tema Winteka; Plano Howard)); métodos de trabalho coletivo, que, educacional ou, então, se tornar um simples aplicador de instru-
sem renunciar ao trabalho individual, acentuam os aspectos da mentos elaborados por especialistas dos mais variados tipos, ver-
colaboração (Método de Projetos; Método de Ensino Analítico ou dadeiros engenheiros educacionais de produção de materiais didá-
Global); métodos de caráter social, que são aqueles que priorizam ticos e teste de avaliação educacional.
os aspectos ético-sociais (Cooperativas; Sistemas de Auto-gestão; Não é preciso dizer que, durante os anos setenta, a concepção
Comunidade Escolar). tecnicista foi hegemônica no Brasil, principalmente nas instâncias
que definiam a política e o planejamento educacionais: coordena-
Independentemente das diferenças existentes entre os méto- dorias pedagógicas, secretarias municipais e estaduais da educação
dos ativos mencionados, todos trazem alguns elementos comuns e departamentos do Ministério da Educação.
de renovação: a importância da atividade do aluno; a necessidade Na concepção tecnicista de educação, a metodologia do en-
de reordenar e adequar os conteúdos, considerando as característi- sino é entendida, em síntese, como uma estratégia de aprimora-
cas específicas de cada realidade particular. Além disso, redefinem mento técnico, no sentido de garantir maior eficiência e eficácia
o papel que o professor/formador deve assumir na condução do ao processo de ensino aprendizagem.
processo educativo, qualificando-o de: orientador, norteador ou
condutor do processo. Assim, em nome da auto-gestão e da auto- Metodologia do Ensino, na concepção crítica de educação
nomia, encontraremos posições as mais diferenciadas, desde aque- A crítica à concepção de metodologia do ensino centrada prio-
las que postulam a eliminação da figura do professor, até aquelas ritariamente no processo de ensino aprendizagem, tanto na sua
que o substituem pela figura do psicólogo, ou ainda pela de um versão humanista (escola novista), quanto na tecnicista, será feita,
coordenador de atividades e orientador dos trabalhos dos alunos. no Brasil, ressaltando-se a dimensão sócio-política da educação em
Instauram-se, dessa forma, os mitos da não diretividade e da demo- geral e seus reflexos nas microssituações de ensino aprendizagem
cracia como democratismo. que ocorrem na sala de aula.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O processo de crítica e negação da concepção meramente instrumental de metodologia, em busca de uma concepção mais totali-
zante, não vai se dar de forma clara e repentina. Realizou-se a partir das reflexões críticas sobre as experiências de educação popular e
escolar dos anos sessenta, aliadas às ideias das teorias crítico reprodutivistas, do início dos anos setenta, e, finalmente, das propostas de
democratização da escola, no bojo dos movimentos sociais da segunda metade dos anos setenta e início da década de oitenta.
Da tentativa de ancorar uma concepção de metodologia do ensino numa abordagem histórico-dialética, surgem várias propostas, que
vou apenas citar, sem a preocupação de descrevê-las ou analisá-las. Refiro-me às concepções de metodologia do ensino apoiadas: na pe-
dagogia do diálogo e do conflito; na pedagogia dos oprimidos; na pedagogia crítica dos conteúdos; na pedagogia da prática; na pedagogia
calcada na perspectiva da investigação-ação.
Na concepção crítica de educação, a metodologia do ensino é entendida, em síntese, como uma estratégia que visa garantir o pro-
cesso de reflexão crítica sobre a realidade vivida, percebida e concebida, visando uma tomada de consciência dessa realidade, tendo em
vista a sua transformação.
- Sócio-política - esta dimensão nos remete a fazer algumas reflexões sobre: a concepção de homem, mundo e sociedade que anima
nosso projeto educativo; a função ou papel da educação nesse processo, suas finalidades e objetivos sociais, políticos, filosóficos, etc.
- Epistemológica – esta dimensão nos remete a reflexões para definir diretrizes relativas: a como se produz o conhecimento, numa
perspectiva dialética; à lógica inerente a esse processo; a quem produz esse conhecimento; às diferenças entre o chamado saber po-
pular e o saber sistematizado; ao tipo de relações existentes entre as diferentes formas de conhecimento; à importância e o sentido da
teoria, numa perspectiva de uma educação crítica e consciente; ao que significa dizer que o processo de produção de conhecimento
possui um aporte individual e sócio cultural; o que todas estas questões têm a ver com o problema da escolha e organização dos con-
teúdos a serem trabalhados durante o processo de ensino aprendizagem.
- Psicopedagógica – esta dimensão nos remete a outra bateria de questões que se referem ao plano subjetivo do processo de
aprendizagem e da postura e do papel que cabe a quem estiver exercendo a função de dirigir a ação educativa, ou seja, o professor/
formador. No que diz respeito à dimensão psíquica do ato de aprender, é preciso fazer algumas indagações. Como se dá o processo de
aprendizagem, a partir de uma abordagem histórico-dialética? Qual a relação entre cultura e aprendizagem? Qual é o significado do
Outro (ou dos Outros, enquanto grupos estruturados) no processo de aprendizagem? Qual é a importância e a contribuição do grupo
de parceiros no processo de aprendizagem? E a do professor/ formador?
Da perspectiva especificamente pedagógica, caberiam outras tantas reflexões sobre: a postura do professor na direção do processo
de ensino aprendizagem; no seu relacionamento com os alunos, na sua capacidade técnica de, primeiramente, escolher técnicas, recursos
e materiais pedagógicos adequados para desenvolver os conteúdos escolhidos e, em segundo lugar, de organizar e estruturar conteúdos,
levando em conta as dimensões psicossociais e epistemológicas, acima mencionadas.
A concepção mais geral de metodologia do ensino, acima exposta, entendida como um conjunto de princípios e/ou diretrizes acoplada
a uma estratégia técnico-operacional, serviria como matriz geral, a partir da qual diferentes professores e/ou formadores podem produzir
e criar ordenações diferenciadas a que chamaremos de métodos de ensino. O método de ensino aprendizagem (menos abrangente) seria a
adaptação e a reelaboração da concepção de metodologia (mais abrangente) em contextos e práticas educativas particulares e específicas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Finalmente, gostaríamos de ressaltar que, a partir de uma “Tem professor que reclama que os alunosnão prestam aten-
perspectiva histórico-dialética, a metodologia e os métodos de en- ção, ficam só no celular. Mas, na minha época, por exemplo, nos
sino não são esquemas universais aplicáveis mecânica ou indife- distraíamos com gibi. A questão é como está a aula do professor”,
rentemente a qualquer prática educativa, em qualquer situação, avalia Glaucia, que defende ser possível dar uma aula de qualidade
pois eles mesmos também se plasmam a partir de situações parti- e atraente mesmo sem usar aparatos modernos.
culares, num movimento específico.
Envolvimento
Disso decorre que a concepção de metodologia do ensino que
ora propomos não se reduz à elaboração e aplicação mecânica e No Colégio Sion, a tecnologia é mais usada pelos professores,
repetitiva de categorias teórico-epistemológicas abstratas e forma- embora os alunos também usufruam em determinados momentos.
lizantes (ainda que extraídas da literatura marxista); mas, por re- Para a coordenadora do ensino médio, Cinthia Reneaux, é preciso
conhecer-se histórica, ganhará mais consistência e organicidade à fazer com que o estudante participe do processo, saiba contar o que
medida em que esteja alicerçada numa perspectiva de avanço em aprendeu. “Para não ficar muito no virtual, fazemos muitos seminá-
reflexões teóricas, que se referendem e construam a partir de ex- rios, debates e pesquisas. Tentamos resgatar o diálogo, a conversa
periências pedagógicas vivas e particulares e das práticas sociais e e discussão entre eles”, explica Cinthia, citando o formato semicir-
científicas em geral. cular na disposição das carteiras nas salas para facilitar o método.
Fonte:http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/o-desafio-de-usar-
(IF/BA – Professor de Matemática – Instituto AOCP) Leia o tex- a-tecnologia-a-favor-do-ensino-ealmosyp83vcnzak775day3bi
to a seguir para resolver as questões 01 e 02.
O desafio de usar a tecnologia a favor do ensino
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA E INVESTIGAÇÕES MATEMÁTI-
Não basta usar computador e tablet em sala deaula.
CAS
Professores devem estar capacitados para auxiliar e orientar
alunos
A Matemática, como a conhecemos hoje, surgiu no Antigo Egi-
Não restam dúvidas sobre a intensa presença da tecnologia to e no Império Babilônico, por volta de 3500 a.C20.
no dia a dia dos jovens - uma geração que já nasceu conectada com Porém, na pré-história, os seres humanos já usavam os concei-
o mundo virtual - e os impactos que esse novo perfil de aluno traz tos de contar e medir.
ao ambiente escolar. Esse contexto lança o desafio para escolas Por isso, a matemática não teve nenhum inventor, mas foi cria-
e professores sobre como usar os novos recursos tecnológicos a da a partir da necessidade das pessoas em medir e contar objetos.
favor do ensino. Lutar contra a presença deles não é mais visto A matemática surge a partir da relação do ser humano com a
como uma opção. natureza.
Na pré-história, o homem primitivo necessitava medir a distân-
“Estamos no século 21, não tem como dar aula como se dava cia entre fontes de água ou para saber se seria capaz de capturar
há 10 anos”, diz Glaucia Brito, professora do departamento de Co- um animal etc.
municação Social da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e espe- Posteriormente, a partir do momento em que se tornou seden-
cialista em Tecnologia na Educação. Para ela, a escola está atrasada. tário, precisou saber a quantidade de alimentos que necessitaria para
Os jovens são outros e os professores precisam se transformar para comer. Também deveria entender como e quando ocorriam as esta-
seguir essa mudança. ções do ano, pois isso significava saber em que época deveriam plantar
e colher.
O uso da tecnologia pode ser proveitoso no estudo interativo Desta forma percebemos que a matemática nasce com a pró-
de conteúdos, tornando-os mais atraentes e fazendo com que o alu- pria humanidade.
no adote uma postura mais participativa. No Colégio Dom Bosco,
em Curitiba, tablets e netbooks são fornecidos aos alunos desde o — Origem da Matemática
6.° ano do ensino fundamental. “A ideia é tentar falar a mesma lin-
guagem [dos alunos]. Não adianta ser diferente em casa. Trabalha- No mundo ocidental, a Matemática tem sua origem no Antigo
mos o uso responsável”, explica o professor de Física e coordenador Egito e no Império Babilônico, por volta de 3500 a.C.
de Tecnologias, Raphael Corrêa. Ambos os impérios desenvolveram um sistema de contagem e
medição a fim de poder cobrar impostos dos seus súditos, organizar
A escola trabalha de duas maneiras: recorre a objetos educa- o plantio e a colheita, construir edificações, entre outras funções.
cionais digitais, como vídeos, animações, imagens e infográficos, Outros povos americanos, como os incas e astecas, também
para dar suporte às aulas, e estimula a pesquisa dos alunos na criaram um sistema de contagem sofisticado com os mesmos ob-
internet, com a orientação do professor sobre como encontrar a jetivos.
informação desejada de forma segura e a partir de fontes confiá-
veis. Entretanto, não são só benefícios que os dispositivos móveis Matemática no Antigo Egito
trazem. O colégio controla o uso quando a aula não necessita dos A história do Egito está intimamente ligada com o rio Nilo, pois
aparelhos e bloqueia o acesso às redes sociais, os principais vilões o povo egípcio precisava aproveitar as vantagens das suas cheias.
quando o assunto é distração.
Assim, é ali que se desenvolveram modelos para determinar o tamanho das terras. Para isso, eles usaram partes do corpo humano
para estabelecer medidas como os pés, o antebraço e o braço.
Igualmente, elaboraram uma escrita onde cada símbolo correspondia 10 ou a múltiplos de 10. Importante lembrar que este sistema
corresponde aos dez dedos que temos nas mãos.
Os egípcios empregaram a matemática para observar os astros e criar o calendário que usamos no mundo ocidental.
A partir do movimento do Sol e da Terra, eles distribuíram os dias em doze meses ou 365 dias. Igualmente, estabeleceram que um dia
tem duração aproximada de vinte e quatro horas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Idade Moderna
Na Idade Moderna, foram estabelecidos os sinais de adição e subtração, expostos no livro “Aritmética Comercial” de João Widman
d’Eger, em 1489.
Antes, as somas eram indicadas pela letra “p”, da palavra latina “plus”. Por outro lado, a subtração era sinalizada pela palavra “minus”
e mais tarde, sua abreviação “mus” com um traço em cima.
A matemática acompanhou as mudanças que as ciências passaram no período conhecido como Revolução Científica.
Um dos grandes inventos será a calculadora, realizada pelo francês Blaise Pascal. Além disso, ele escreveu sobre geometria no seu
“Tratado do Triângulo Aritmético” e sobre fenômenos físicos teorizados no “Princípio de Pascal”, sobre a lei das pressões num líquido.
Igualmente, o francês René Descartes contribuiu para o aprofundamento da geometria e do método científico. Suas reflexões ficaram
expostas no livro “Discurso do Método”, onde defendia o uso da razão e da comprovação matemática para chegar às conclusões sobre a
causa dos fenômenos naturais.
Por sua parte, o inglês Isaac Newton descreveu a lei da gravidade através dos números e da geometria. Suas ideias consagraram o
modelo heliocêntrico e até hoje são estudadas como as Leis de Newton.
As indústrias e as universidades se tornaram um vasto campo tas; distinguir entre vários tipos de afirmações (definições, teore-
para o estudo de novos teoremas e invenções de todo tipo. mas, conjecturas, hipóteses, exemplos, afirmações condicionadas);
Na álgebra, os matemáticos se debruçaram no desenvolvimen- compreender e manejar a extensão e os limites dos conceitos ma-
to de resolução de equações, quatérnios, grupos de permutações e temáticos básicos são tarefas que os estudantes devem ser capazes
grupo abstrato. de desempenhar nesse nível de competência.
Já no século XX, as teorias de Albert Einstein reformularam o
que se entendia como Física. Deste modo, os matemáticos viram-se Conexão
diante de novos desafios para expressar em número as ideias do Para resolver problemas simples são integradas informações e
genial cientista. estabelecidas conexões entre os diferentes ramos e campos da ma-
A teoria da relatividade supôs uma nova perspectiva sobre a temática. Apesar de se supor que os problemas não são rotineiros,
compreensão do espaço, do tempo e mesmo do ser humano. estes ainda requerem graus de conceituação ou de matematização
relativamente baixos neste tipo de competência.
Espera-se que os estudantes lidem com diferentes métodos de
LETRAMENTO MATEMÁTICO representação, de acordo com a situação e o objetivo. O estabe-
lecimento de conexões requer, também, que os estudantes sejam
capazes de distinguir e relacionar diferentes definições, exemplos,
LETRAMENTO afirmações condicionadas e demonstrações. Devem decodificar e
interpretar a linguagem simbólica e formal, assim como entender
As primeiras investigações sobre letramento21, com o objetivo suas relações. Os problemas desse tipo se estabelecem frequen-
de se construir um Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional – temente dentro de um contexto e obrigam os estudantes a tomar
INAF – foram realizadas pelo Instituto Paulo Montenegro, visando decisões matemáticas.
à construção de um indicador capaz de gerar informações mais de-
talhadas (e continuamente atualizadas) sobre os níveis de alfabe- Reflexão
tismo funcional da população brasileira. Com base nessa pesquisa, Nas competências deste agrupamento, espera-se que o estu-
um grupo de estudiosos do letramento matemático elaborou um dante saiba o que é uma demonstração matemática e em que esta
instrumento de coleta de dados buscando a avaliação das práticas difere de outros tipos de raciocínio matemático; que compreenda
cotidianas que envolvem habilidades matemáticas. e avalie cadeias de diferentes tipos de raciocínio matemático; que
O letramento matemático refere-se à capacidade de identificar possua um certo sentido heurístico (o que pode acontecer e por
e compreender o papel da Matemática no mundo moderno, de tal quê) e que consiga criar argumentos matemáticos.
forma a fazer julgamentos bem embasados e a utilizar e envolver-se Neste tipo de competência, espera-se que os estudantes ma-
com a Matemática, com o objetivo de atender às necessidades do tematizem ou conceituem situações, ou seja, reconheçam e ex-
indivíduo no cumprimento de seu papel de cidadão consciente, crí- traiam a matemática incluída na situação e empreguem-na para
tico e construtivo. O letramento matemático para o Pisa, portanto, desenvolver seus próprios modelos e estratégias, assim como para
não se limita ao conhecimento da terminologia, dos dados e dos apresentar argumentos matemáticos que incluam demonstrações
procedimentos matemáticos, ainda que os inclua, nem tampouco e generalizações.
se limita às destrezas para realizar certas operações e cumprir com Estes processos exigem pensamento crítico, análise e reflexão.
certos métodos. Os estudantes devem ser capazes não apenas de resolver proble-
As competências matemáticas implicam na combinação desses mas, mas também de propor, expressar adequadamente as solu-
elementos para satisfazer as necessidades da vida real dos indiví- ções e conhecer a natureza da matemática como ciência.
duos na sociedade. O Pisa não utiliza perguntas para avaliar separadamente as ha-
bilidades anteriores dos estudantes. Quando “realmente se aplica
Competências a matemática”, é necessário usar simultaneamente muitas dessas
Em cada um dos três grandes blocos em que as competências habilidades.
matemáticas são agrupadas, o aluno deve demonstrar, em maior
ou menor grau, capacidades de: raciocínio; argumentação; comu- Conteúdo
nicação; modelagem; colocação e solução de problemas; represen-
tação; uso de linguagem simbólica, formal e técnica; uso de ferra- Quantidade
mentas matemáticas. Esta ideia estruturadora do Pisa focaliza a necessidade de quan-
tificação para organizar o mundo. Aspectos importantes englobam
Reprodução a compreensão de tamanho relativo, reconhecimento de padrões
Este tipo de processo compreende a reprodução de conheci- numéricos e utilização de números para representar quantidades
mentos já praticados, a representação e o reconhecimento de equi- e atributos quantificáveis de objetos do mundo real (contagens e
valências, a memorização de objetos e propriedades matemáticas, mensurações). Além disso, quantidade trata do processamento e
o desenvolvimento de procedimentos de rotina, a aplicação de al- da compreensão de números que nos são apresentados de diversas
goritmos padronizados e o desenvolvimento de algumas habilida- formas.
des técnicas. Um aspecto importante ao tratar de quantidade é o raciocínio
O pensamento matemático neste processo faz perguntas do quantitativo. São componentes essenciais do raciocínio quantitati-
tipo: “Existe(m)...?, Se é assim, quantos?, Como achamos?”. Conhe- vo o senso numérico, a representação de números de várias formas,
cer os tipos de respostas que a matemática oferece a tais pergun-
21 Texto extraído do Site do INEP.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ENSINO DE MATEMÁTICA E A RELAÇÃO COM AS ÁREAS DE BNCC – ENSINO MÉDIO. MATEMÁTICA: COMPETÊNCIAS
CONHECIMENTO ESPECÍFICAS
O ensino de matemática tem relação com diversas áreas de — Competências Específicas de Matemática e suas Tecnolo-
conhecimento, uma vez que a matemática é uma ciência que se gias para o Ensino Médio
relaciona com diversos campos do saber. Por isso, é importante que 1. Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos
os professores de matemática trabalhem de forma interdisciplinar, para interpretar situações em diversos contextos, sejam atividades
estabelecendo conexões entre os conteúdos matemáticos e outras cotidianas, sejam fatos das Ciências da Natureza e Humanas, das
disciplinas. questões socioeconômicas ou tecnológicas, divulgados por diferen-
Uma das áreas que se relaciona fortemente com a matemática tes meios, de modo a contribuir para uma formação geral.
é a física. Tanto a matemática quanto a física buscam entender e ex- 2. Propor ou participar de ações para investigar desafios do
plicar fenômenos do mundo natural, e muitas vezes a matemática mundo contemporâneo e tomar decisões éticas e socialmente
é utilizada como ferramenta para cálculos e modelagem em proble- responsáveis, com base na análise de problemas sociais, como os
mas de física. É importante que os professores de matemática e físi- voltados a situações de saúde, sustentabilidade, das implicações
ca trabalhem juntos para estabelecer essa relação e fazer com que da tecnologia no mundo do trabalho, entre outros, mobilizando e
os alunos compreendam como essas disciplinas se interconectam. articulando conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Ma-
Além disso, a matemática também tem relação com as ciências temática.
sociais, principalmente por meio da estatística e da análise de da- 3. Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos
dos. É importante que os alunos aprendam a utilizar a matemática matemáticos para interpretar, construir modelos e resolver proble-
para analisar informações e dados, e que entendam a importância mas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resul-
da estatística em diversas áreas, como na economia e na política. tados e a adequação das soluções propostas, de modo a construir
Outra área de conhecimento que se relaciona com a matemáti- argumentação consistente.
ca é a informática. A programação, por exemplo, utiliza muitos con- 4. Compreender e utilizar, com flexibilidade e precisão, diferen-
ceitos matemáticos, como lógica e algoritmos. É importante que tes registros de representação matemáticos (algébrico, geométrico,
os alunos aprendam a utilizar a matemática para programar e criar estatístico, computacional etc.), na busca de solução e comunicação
soluções tecnológicas. de resultados de problemas.
Por fim, a matemática também tem relação com a arte, espe- 5. Investigar e estabelecer conjecturas a respeito de diferentes
cialmente por meio da geometria. Muitos conceitos geométricos conceitos e propriedades matemáticas, empregando estratégias e
são utilizados na arte, arquitetura e design, e é importante que os recursos, como observação de padrões, experimentações e dife-
alunos aprendam a utilizar a matemática para criar e apreciar essas rentes tecnologias, identificando a necessidade, ou não, de uma
obras. demonstração cada vez mais formal na validação das referidas con-
Portanto, o ensino de matemática não deve ser isolado, mas jecturas.
sim integrado a outras áreas de conhecimento. É importante que
os professores trabalhem de forma interdisciplinar para estabelecer Competência Específica 1
essas relações e fazer com que os alunos compreendam a impor- Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos
tância da matemática em diversas áreas do conhecimento. para interpretar situações em diversos contextos, sejam ativida-
des cotidianas, sejam fatos das Ciências da Natureza e Humanas,
das questões socioeconômicas ou tecnológicas, divulgados por di-
DOCUMENTO CURRICULAR TOCANTINS – ENSINO FUNDA- ferentes meios, de modo a contribuir para uma formação geral.
MENTAL – MATEMÁTICA: COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS O desenvolvimento dessa competência específica, que é bas-
tante ampla, pressupõe habilidades que podem favorecer a inter-
pretação e compreensão da realidade pelos estudantes, utilizando
Prezado(a), conceitos de diferentes campos da Matemática para fazer julga-
mentos bem fundamentados.
A fim de atender na íntegra o conteúdo do edital, este tópico Essa competência específica contribui não apenas para a for-
será disponibilizado na Área do Aluno em nosso site. Essa área é re- mação de cidadãos críticos e reflexivos, mas também para a for-
servada para a inclusão de materiais que complementam a apostila, mação científica geral dos estudantes, uma vez que prevê a inter-
sejam esses, legislações, documentos oficiais ou textos relaciona- pretação de situações das Ciências da Natureza ou Humanas. Os
dos a este material, e que, devido a seu formato ou tamanho, não estudantes deverão, por exemplo, ser capazes de analisar critica-
cabem na estrutura de nossas apostilas. mente o que é produzido e divulgado nos meios de comunicação
(livros, jornais, revistas, internet, televisão, rádio etc.), muitas vezes
Por isso, para atender você da melhor forma, os materiais são de forma imprópria e que induz a erro: generalizações equivocadas
organizados de acordo com o título do tópico a que se referem e po- de resultados de pesquisa, uso inadequado da amostragem, forma
dem ser acessados seguindo os passos indicados na página 2 deste de representação dos dados – escalas inapropriadas, legendas não
material, ou por meio de seu login e senha na Área do Aluno. explicitadas corretamente, omissão de informações importantes
(fontes e datas), entre outros.
Bons estudos!
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
quais, embora essa tarefa esteja contida no enunciado, os estudan- (EM13MAT307) Empregar diferentes métodos para a obten-
tes deverão fazer algumas adaptações antes de aplicar o conceito
ção da medida da área de uma superfície (reconfigurações,
que foi explicitado, exigindo, portanto, maior grau de interpretação.
aproximação por cortes etc.) e deduzir expressões de cálculo
Há, ainda, problemas cujas tarefas não estão explícitas e para
para aplicá-las em situações reais (como o remanejamento e a
as quais os estudantes deverão mobilizar seus conhecimentos e
distribuição de plantações, entre outros), com ou sem apoio de
habilidades a fim de identificar conceitos e conceber um processo
de resolução. Em alguns desses problemas, os estudantes precisam tecnologias digitais.
identificar ou construir um modelo para que possam gerar respos- (EM13MAT308) Aplicar as relações métricas, incluindo as leis do
tas adequadas. seno e do cosseno ou as noções de congruência e semelhança,
Esse processo envolve analisar os fundamentos e proprieda- para resolver e elaborar problemas que envolvem triângulos, em
des de modelos existentes, avaliando seu alcance e validade para variados contextos.
o problema em foco. Essa competência específica considera esses
(EM13MAT309) Resolver e elaborar problemas que envolvem
diferentes tipos de problemas, incluindo a construção e o reconhe-
cimento de modelos que podem ser aplicados. o cálculo de áreas totais e de volumes de prismas, pirâmides e
Convém reiterar a justificativa do uso na BNCC de “Resolver e corpos redondos em situações reais (como o cálculo do gasto
Elaborar Problemas” em lugar de “Resolver Problemas”. Essa opção de material para revestimento ou pinturas de objetos cujos for-
amplia e aprofunda o significado dado à resolução de problemas: a matos sejam composições dos sólidos estudados), com ou sem
elaboração pressupõe que os estudantes investiguem outros pro- apoio de tecnologias digitais.
blemas que envolvem os conceitos tratados; sua finalidade é tam- (EM13MAT310) Resolver e elaborar problemas de contagem
bém promover a reflexão e o questionamento sobre o que ocorreria envolvendo agrupamentos ordenáveis ou não de elementos,
se algum dado fosse alterado ou se alguma condição fosse acres- por meio dos princípios multiplicativo e aditivo, recorrendo a
centada ou retirada. estratégias diversas, como o diagrama de árvore.
Cabe ainda destacar que o uso de tecnologias possibilita aos
estudantes alternativas de experiências variadas e facilitadoras de (EM13MAT311) Identificar e descrever o espaço amostral de
aprendizagens que reforçam a capacidade de raciocinar logicamen- eventos aleatórios, realizando contagem das possibilidades,
te, formular e testar conjecturas, avaliar a validade de raciocínios e para resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo da
construir argumentações. probabilidade.
(EM13MAT312) Resolver e elaborar problemas que envolvem o
HABILIDADES cálculo de probabilidade de eventos em experimentos aleatórios
sucessivos.
(EM13MAT301) Resolver e elaborar problemas do cotidiano, da
Matemática e de outras áreas do conhecimento, que envolvem (EMISMAT313) Utilizar, quando necessário, a notação científica
equações lineares simultâneas, usando técnicas algébricas e para expressar uma medida, compreendendo as noções de al-
gráficas, com ou sem apoio de tecnologias digitais. garismos significativos e algarismos duvidosos, e reconhecendo
que toda medida é inevitavelmente acompanhada de erro.
(EM13MAT302) Construir modelos empregando as funções poli-
nomiais de 1º ou 2º graus, para resolver problemas em contex- (EM13MAT314) Resolver e elaborar problemas que envolvem
tos diversos, com ou sem apoio de tecnologias digitais. grandezas determinadas pela razão ou pelo produto de outras
(velocidade, densidade demográfica, energia elétrica etc.).
(EM13MAT303) Interpretar e comparar situações que envolvam
juros simples com as que envolvem juros compostos, por meio (EM13MAT315) Investigar e registrar, por meio de um fluxogra-
de representações gráficas ou análise de planilhas, destacando o ma, quando possível, um algoritmo que resolve um problema.
crescimento linear ou exponencial de cada caso. (EM13MAT316) Resolver e elaborar problemas, em diferentes
(EM13MAT304) Resolver e elaborar problemas com funções ex- contextos, que envolvem cálculo e interpretação das medidas
ponenciais nos quais seja necessário compreender e interpretar de tendência central (média, moda, mediana) e das medidas de
a variação das grandezas envolvidas, em contextos como o da dispersão (amplitude, variância e desvio padrão).
Matemática Financeira, entre outros.
Competência Específica 4
(EM13MAT305) Resolver e elaborar problemas com funções Compreender e utilizar, com flexibilidade e precisão, diferen-
logaritmicas nos quais seja necessário compreender e interpre- tes registros de representação matemáticos (algébrico, geométri-
tar a variação das grandezas envolvidas, em contextos como os co, estatístico, computacional etc.), na busca de solução e comuni-
de abalos sísmicos, pH, radioatividade, Matemática Financeira, cação de resultados de problemas.
entre outros. As habilidades vinculadas a essa competência específica tra-
(EM13MAT306) Resolver e elaborar problemas em contextos tam da utilização das diferentes representações de um mesmo ob-
que envolvem fenômenos periódicos reais (ondas sonoras, fases jeto matemático na resolução de problemas em vários contextos,
da lua, movimentos cíclicos, entre outros) e comparar suas re- como os socioambientais e da vida cotidiana, tendo em vista que
presentações com as funções seno e cosseno, no plano cartesia- elas têm um papel decisivo na aprendizagem dos estudantes. Ao
no, com ou sem apoio de aplicativos de álgebra e geometria. conseguirem utilizar as representações matemáticas, compreender
as ideias que elas expressam e, quando possível, fazer a conversão
entre elas, os estudantes passam a dominar um conjunto de fer-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
(EM13MAT505) Resolver problemas sobre ladrilhamento do Conjunto dos Números Naturais (N)
O conjunto dos números naturais é representado pela letra N.
plano, com ou sem apoio de aplicativos de geometria dinâmica,
Ele reúne os números que usamos para contar (incluindo o zero) e
para conjecturar a respeito dos tipos ou composição de poligo-
é infinito. Exemplo:
nos que podem ser utilizados em ladrilhamento, generalizando
N = {0, 1, 2, 3, 4…}
padrões
observados. Além disso, o conjunto dos números naturais pode ser dividido
(EM13MAT506) Representar graficamente a variação da área e em subconjuntos:
do perímetro de um polígono regular quando os comprimen- N* = {1, 2, 3, 4…} ou N* = N – {0}: conjunto dos números natu-
tos de seus lados variam, analisando e classificando as funções rais não nulos, ou sem o zero.
envolvidas. Np = {0, 2, 4, 6…}, em que n ∈ N: conjunto dos números natu-
rais pares.
(EM13MAT507) ldentificar e associar progressões aritméticas
Ni = {1, 3, 5, 7..}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais
(PA) a funções afins de domínios discretos, para análise de ímpares.
propriedades, dedução de algumas fórmulas e resolução de P = {2, 3, 5, 7..}: conjunto dos números naturais primos.
problemas.
(EM13MAT508) Identificar e associar progressões geométricas Conjunto dos Números Inteiros (Z)
(PG) a funções exponenciais de domínios discretos, para análise O conjunto dos números inteiros é representado pela maiús-
de propriedades, dedução de algumas fórmulas e resolução de cula Z, e é formado pelos números inteiros negativos, positivos e o
problemas. zero. Exemplo: Z = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4…}
O conjunto dos números inteiros também possui alguns sub-
(EM13MAT509) Investigar a deformação de ângulos e áreas conjuntos:
provocada pelas diferentes projeções usadas em cartografia Z+ = {0, 1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não nega-
(como a cilindrica e a cônica), com ou sem suporte de tecnologia tivos.
digital. Z- = {…-4, -3, -2, -1, 0}: conjunto dos números inteiros não po-
(EM13MAT510) Investigar conjuntos de dados relativos ao com- sitivos.
partamento de duas variáveis numéricas, usando ou não tecno- Z*+ = {1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não negati-
logias da informação, e, quando apropriado, levar em conta a vos e não nulos, ou seja, sem o zero.
variação e utilizar uma reta para descrever a relação observada. Z*- = {… -4, -3, -2, -1}: conjunto dos números inteiros não posi-
tivos e não nulos.
(EM13MAT511) Reconhecer à existância de diferentes tipos de
espaços amostrais, discretos ou não, e de eventos equiprováveis Conjunto dos Números Racionais (Q)
ou não, e investigar implicações no cálculo de probabilidades. Números racionais são aqueles que podem ser representados
em forma de fração. O numerador e o denominador da fração preci-
CONJUNTOS NUMÉRICOS: NATURAIS. INTEIROS. RACIO- sam pertencer ao conjunto dos números inteiros e, é claro, o deno-
NAIS. IRRACIONAIS E REAIS. OPERAÇÕES, PROPRIEDADES minador não pode ser zero, pois não existe divisão por zero.
E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS O conjunto dos números racionais é representado pelo Q. Os
números naturais e inteiros são subconjuntos dos números racio-
nais, pois todos os números naturais e inteiros também podem ser
— Conjuntos Numéricos representados por uma fração. Além destes, números decimais e
dízimas periódicas também estão no conjunto de números racio-
O grupo de termos ou elementos que possuem características nais.
parecidas, que são similares em sua natureza, são chamados de Vejamos um exemplo de um conjunto de números racionais
conjuntos. Quando estudamos matemática, se os elementos pare- com 4 elementos:
cidos ou com as mesmas características são números, então dize- Qx = {-4, 1/8, 2, 10/4}
mos que esses grupos são conjuntos numéricos22.
Em geral, os conjuntos numéricos são representados grafica- Também temos subconjuntos dos números racionais:
mente ou por extenso – forma mais comum em se tratando de ope- Q* = subconjunto dos números racionais não nulos, formado
rações matemáticas. Quando os representamos por extenso, escre- pelos números racionais sem o zero.
vemos os números entre chaves {}. Caso o conjunto seja infinito, ou Q+ = subconjunto dos números racionais não negativos, forma-
seja, tenha incontáveis números, os representamos com reticências do pelos números racionais positivos.
depois de colocar alguns exemplos. Exemplo: N = {0, 1, 2, 3, 4…}. Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado
Existem cinco conjuntos considerados essenciais, pois eles são pelos números racionais positivos e não nulos.
os mais usados em problemas e questões no estudo da Matemáti- Q- = subconjunto dos números racionais não positivos, forma-
ca. São eles: Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais. do pelos números racionais negativos e o zero.
Q*- = subconjunto dos números racionais negativos, formado
pelos números racionais negativos e não nulos.
22 https://matematicario.com.br/
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Para listar os divisores de um número, devemos buscar os nú- – O número 5 é o único número primo terminado em 5;
meros que o dividem. Veja: – Os demais números primos são ímpares e terminam com os
– Liste os divisores de 2, 3 e 20. algarismos 1, 3, 7 e 9.
D(2) = {1, 2}
D(3) = {1, 3} Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20} divisões com o número investigado. Para facilitar o processo, veja
alguns critérios de divisibilidade:
Observe que os números da lista dos divisores sempre são di- – Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade
visíveis pelo número em questão e que o maior valor que aparece é par é divisível por 2;
nessa lista é o próprio número, pois nenhum número maior que ele – Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma
será divisível por ele. dos seus algarismos é um número divisível por 3;
Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é o – Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o
próprio 30, pois nenhum número maior que 30 será divisível por algarismo da unidade for igual a 0 ou 5.
ele. Assim:
D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}. Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divi-
sões com os próximos números primos menores que o número até
Propriedade dos Múltiplos e Divisores que:
Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre dois in- – Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número
teiros. Observe que quando um inteiro é múltiplo de outro, é tam- não é primo.
bém divisível por esse outro número. – Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quo-
Considere o algoritmo da divisão para que possamos melhor ciente for menor que o divisor, então o número é primo.
compreender as propriedades. – Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o
N = d · q + r, em que q e r são números inteiros. quociente for igual ao divisor, então o número é primo.
— Números Primos
Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois
divisores: um e o próprio número24. Eles fazem parte do conjunto
dos números naturais.
Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um
e ele mesmo. Divisão pelo número primo 11:
Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são
chamados de números compostos e podem ser escritos como um
produto de números primos.
Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número com-
posto, já que tem mais de dois divisores (1, 2 e 3) e é escrito como
produto de dois números primos 2 x 3 = 6.
Algumas considerações sobre os números primos:
– O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente
ele mesmo; é menor que o divisor. Isso comprova que o número 113 é primo.
– O número 2 é o menor número primo e, também, o único
que é par; Potenciação
Multiplicação de fatores iguais
24 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número. 3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se
os expoentes.
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56
4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta 5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos
em um número negativo. elevar separados.
Radiciação
5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal Radiciação é a operação inversa a potenciação
para positivo e inverter o número que está na base.
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do ESTUDO GERAL DAS FUNÇÕES REAIS: FUNÇÃO LINEAR.
expoente, o resultado será igual a zero. FUNÇÃO QUADRÁTICA. FUNÇÃO COMPOSTA E INVERSA.
FUNÇÃO MODULAR. FUNÇÃO EXPONENCIAL. FUNÇÃO
LOGARÍTMICA. ADIÇÃO DE TERMOS E ASSOCIAÇÃO COM
FUNÇÕES
25 https://www.todamateria.com.br/funcao/
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Exemplo:
Editora
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38
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
FUNÇÃO QUADRÁTICA
Assim, vamos substituir o valor obtido para c nas equações I e Substituindo esses valores na fórmula de Bhaskara, temos:
III para determinar as outras incógnitas (a e b):
(Equação I)
a-b+4=8
a-b=4
a=b+4
Já que temos a equação de a pela Equação I, vamos substituir
na III para determinar o valor de b:
(Equação III)
4a + 2b + 4 = 2
4a + 2b = - 2
Portanto, as raízes são 2 e 3.
4 (b + 4) + 2b = - 2
Observe que a quantidade de raízes de uma função quadrática
4b + 16 + 2b = - 2
vai depender do valor obtido pela expressão: Δ = b² – 4. ac, o qual é
6b = - 18
chamado de discriminante.
b=-3
Assim,
Por fim, para encontrar o valor de a substituímos os valores de
- Se Δ > 0, a função terá duas raízes reais e distintas (x1 ≠ x2);
b e c que já foram encontrados. Logo:
- Se Δ < 0, a função não terá uma raiz real;
- Se Δ = 0, a função terá duas raízes reais e iguais (x1 = x2).
(Equação I)
a-b+c=8
— Gráfico da Função Quadrática
a - (- 3) + 4 = 8
O gráfico das funções do 2º grau são curvas que recebem
a=-3+4
o nome de parábolas. Diferente das funções do 1º grau, onde
a=1
conhecendo dois pontos é possível traçar o gráfico, nas funções
quadráticas são necessários conhecer vários pontos.
Sendo assim, os coeficientes da função quadrática dada são:
A curva de uma função quadrática corta o eixo x nas raízes ou
a=1
zeros da função, em no máximo dois pontos dependendo do valor
b=-3
do discriminante (Δ). Assim, temos:
c=4
- Se Δ > 0, o gráfico cortará o eixo x em dois pontos;
- Se Δ < 0, o gráfico não cortará o eixo x;
— Raízes da Função
- Se Δ = 0, a parábola tocará o eixo x em apenas um ponto.
As raízes ou zeros da função do segundo grau representam aos
valores de x tais que f(x) = 0. As raízes da função são determinadas
Existe ainda um outro ponto, chamado de vértice da parábola,
pela resolução da equação de segundo grau:
que é o valor máximo ou mínimo da função. Este ponto é encontrado
usando-se a seguinte fórmula:
f(x) = ax² +bx + c = 0
Editora
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
FRAÇÃO ALGÉBRICA
1º caso: Quando os denominadores são iguais Observe que incógnitas diferentes, que aparecem apenas uma
Se os denominadores forem iguais, realize a operação indicada vez em um fator, não devem ser multiplicadas entre si, mas apenas
(soma ou subtração) apenas com os numeradores e repita o repetidas.
denominador no resultado: Observe também que existe uma multiplicação implícita entre
números e incógnitas nas frações acima, portanto: 4xy = 4·x·y.
FRAÇÃO ALGÉBRICA
30 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/fracoes-algebricas.htm
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Nesse caso, é necessário igualá-los antes. Para tanto, o — Divisão de Fração Algébrica
procedimento é igual ao da soma de frações com denominadores Essa operação é exatamente igual à divisão de frações. Portanto,
diferentes: para realizá-la, multiplique a primeira fração algébrica pelo inverso
1) Encontre o MMC dos denominadores. No caso das frações da segunda. Observe:
algébricas, eles podem ser monômios ou polinômios. Exemplo31:
mmc entre 10x e 5x² – 15x
10x = 2 * 5 * x
5x² – 15x = 5x * (x – 3)
mmc = 2 * 5 * x * (x – 3) = 10x * (x – 3) ou 10x² – 30x
— Potenciação de Fração Algébrica
2) Reescrever o mínimo múltiplo comum encontrado como A potenciação de frações é uma extensão da multiplicação
denominador das frações e encontrar os respectivos numeradores de frações. A solução do problema é dada da mesma maneira,
da seguinte maneira: contudo, com fatores iguais sempre. Como a multiplicação é feita de
- Dividir o MMC pelo denominador da fração original e numerador para numerador e de denominador para denominador,
multiplicar o resultado por seu numerador; as potências de frações algébricas são calculadas para numerador e
- Repetir o último procedimento para todas as frações. depois para denominador separadamente. Observe:
Observe o exemplo de adição de frações algébricas com
denominadores diferentes a seguir:
31 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/minimo-multiplo-comum-
polinomios.htm
Editora
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
Ângulos
Elementos
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um
vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Classificação
Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um
ponto da reta suporte do lado oposto e é perpendicular a esse lado. Quanto aos lados
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes
Triângulo retângulo: tem um ângulo reto (iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares
entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes dos ângulos inter-
nos (dividem os ângulos ao meio).
Áreas
Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso 2 - Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a
medida da altura.
3 - Retângulo: A = b.h
Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados
lados do polígono, enquanto os pontos são chamados vértices do
Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos polígono.
Num triângulo o comprimento de qualquer lado é menor que
a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao maior ângulo
opõe-se o maior lado, e vice-versa.
QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Ângulos Externos
Exemplo
Ângulos Internos
A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono con-
vexo de n lados é (n-2).180
Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente es-
colhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das medidas dos ângu-
los internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos
internos dos n-2 triângulos.
Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ân-
gulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas medidas, e os
lados correspondentes forem proporcionais.
Editora
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Casos de Semelhança
1º Caso: AA(ângulo - ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices
correspondentes, então esses triângulos são congruentes.
º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcio-
Temos:
nais e os ângulos compreendidos entre eles congruentes, então es-
ses dois triângulos são semelhantes.
Fórmulas Trigonométricas
Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de
um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
a: hipotenusa
b e c: catetos
h: altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coinci-
dentes.
Relações Métricas no Triângulo Retângulo
Chamamos relações métricas as relações existentes entre os
diversos segmentos desse triângulo. Assim:
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de centro O
contido num deles, e uma reta s concorrente com os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião de to-
dos os segmentos paralelos a s, com extremidades no círculo e no
outro plano.
Classificação
-Reto: eixo VO perpendicular à base;
Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângulo em tor-
no de um de seus catetos. Por isso o cone reto é também chamado
de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é denomi-
nado cone equilátero.
Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando as geratri-
zes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é equilá-
tero. g2 = h2 + r2
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.
-Oblíquo: eixo não é perpendicular
Área Área
Área da base: Sb=πr²
Volume Volume
Pirâmides
Cones
As pirâmides são também classificadas quanto ao número de
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α, um pon-
lados da base.
to V que não pertence ao plano.
Editora
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Área e Volume
Triangular Quadrangular
Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R contido
em α e uma reta r concorrente aos dois.
Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denominam-se pa-
ralelepípedos.
Demais: V = Sb . h
Estudo do Ponto
Ponto Médio
Podemos localizar um ponto P em um plano α utilizando um
sistema de eixos cartesianos.
- A é a abscissa do ponto P
- B é a ordenada do ponto P
- P ϵ 1ºQuad
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Para verificarmos se os pontos estão alinhados, podemos uti- Sendo o triângulo ABC retângulo ( é reto), temos:
lizar a construção gráfica determinando os pontos de acordo com
suas coordenadas posicionais. Outra forma de determinar o alinha-
mento dos pontos é através do cálculo do determinante pela regra
de Sarrus envolvendo a matriz das coordenadas.
2º caso: 90° < a < 180°
Exemplo
Dados os pontos A (2, 5), B (3, 7) e C (5, 11), vamos determinar
se estão alinhados.
Coeficiente angular
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Equação Segmentária
y - q = m(x - 0)
a=0→m=0 y - q = mx
y = mx + q
a = 90° → m
Toda equação na forma y = mx + q é chamada equação reduzi-
da da reta, em que m é o coeficiente.
Posições relativas de duas retas
Considere duas retas distintas do plano cartesiano:
Retas paralelas
As retas r e s têm o mesmo coeficiente angular.
ar = as ↔ mr = ms
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Como:
Então:
Retas concorrentes
As retas r e s têm coeficientes angulares diferentes.
E, reciprocamente, se
ar ≠ as ↔ mr ≠ ms
Logo,
Retas perpendiculares
Duas retas, r e s, não - verticais são perpendiculares se, e so-
mente se, os seus coeficientes angulares são tais que
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Equação Geral
Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral
da circunferência:
Circunferência: Equações da circunferência e Equação reduzida
Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um plano
equidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano, denominado
centro da circunferência:
( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16
Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qualquer da Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:
circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio dessa circunferên-
cia. Então:
Assim:
1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y e isola- As funções trigonométricas estão baseadas nas razões
mos o termo independente existentes entre dois lados do triângulo em função de um ângulo.
x2 - 6x + _ + y2 + 2y + _ = 6 Elas são formadas por dois catetos (oposto e adjacente) e a
hipotenusa:
2º passo: determinamos os termos que completam os quadra-
dos perfeitos nas variáveis x e y, somando a ambos os membros as
parcelas correspondentes
Ângulos Notáveis
Os chamados ângulos notáveis são os que surgem com maior
TRIGONOMETRIA: TRIGONOMETRIA DO TRIÂNGULO, RE- frequência nos estudos de razões trigonométricas33.
TÂNGULO E DA CIRCUNFERÊNCIA. FUNÇÕES TRIGONOMÉ-
TRICAS Veja a tabela abaixo com o valor dos ângulos de 30°; 45° e 60°:
32 https://www.todamateria.com.br/trigonometria/ 33 https://www.todamateria.com.br/razoes-trigonometricas/
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
— Teoria Euclidiana
Alguns conceitos importantes da geometria euclidiana nos
estudos da trigonometria são:
Teorema de Pitágoras
O Teorema de Pitágoras, criado pelo filósofo e matemático
grego, Pitágoras de Samos, (570 a.C. - 495 a.C.), é muito utilizado
nos estudos trigonométricos.
Ele prova que no triângulo retângulo, composto por um ângulo
interno de 90° (ângulo reto), a soma dos quadrados de seus catetos
corresponde ao quadrado de sua hipotenusa:
a² = b² + c²
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Sendo:
a: hipotenusa; Como todos os pontos da circunferência trigonométrica estão
b e c: catetos. a uma distância de 1 unidade da origem, podemos usar o teorema
de Pitágoras. O que resulta na seguinte relação trigonométrica
Relações Fundamentais fundamental:
A trigonometria ao longo dos anos foi se tornando mais
abrangente, não se restringindo apenas aos estudos dos triângulos34.
Dentro deste novo contexto, define-se o círculo unitário,
também chamado de circunferência trigonométrica. Ele é utilizado
para estudar as funções trigonométricas. Podemos definir ainda a tg x, de um arco de medida x, no
círculo trigonométrico como sendo:
Circunferência Trigonométrica
A circunferência trigonométrica é uma circunferência orientada
de raio igual a 1 unidade de comprimento. Associamos a ela um
sistema de coordenadas cartesianas.
Os eixos cartesianos dividem a circunferência em 4 partes,
— Outras Relações Fundamentais
chamadas de quadrantes. O sentido positivo é anti-horário,
conforme figura abaixo:
Cotangente do Arco de Medida x
— Funções Trigonométricas
As funções trigonométricas, também chamadas de funções
circulares, estão relacionadas com as demais voltas no ciclo
Usando a circunferência trigonométrica, as razões que a trigonométrico35.
princípio foram definidas para ângulos agudos (menores que 90º), As principais funções trigonométricas são:
passam a ser definidas para arcos maiores de 90º. - Função Seno;
Para isso, associamos um ponto P, cuja abscissa é o cosseno de - Função Cosseno;
θ e cuja ordenada é o seno de θ. - Função Tangente.
34 https://www.todamateria.com.br/relacoes-trigonometricas/ 35 https://www.todamateria.com.br/funcoes-trigonometricas/
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Além disso, no primeiro e segundo quadrantes a função Além disso, a função f definida por f(x) = tg x é sempre crescente
f é decrescente. Já no terceiro e quarto quadrantes a função f é em todos os quadrantes do círculo trigonométrico.
crescente. O domínio da função tangente é: Dom(tan)={x ∈ R│x ≠ de π/2 +
O domínio e o contradomínio da função cosseno são iguais a R. kπ; K ∈ Z}. Assim, não definimos tg x, se x = π/2 + kπ.
Ou seja, ela está definida para todos os valores reais: Dom(cos)=R. Já o conjunto da imagem da função tangente corresponde a R,
Já o conjunto da imagem da função cosseno corresponde ao ou seja, o conjunto dos números reais.
intervalo real [-1, 1]: -1 < cos x < 1. Em relação à simetria, a função tangente é uma função ímpar:
Em relação à simetria, a função cosseno é uma função par: tg(-x) = -tg(x).
cos(-x) = cos(x). O gráfico da função tangente f(x) = tg x é uma curva chamada
O gráfico da função cosseno f(x) = cos x é uma curva chamada de tangentoide:
de cossenoide:
Função Tangente
A função tangente é uma função periódica e seu período é π.
Ela é expressa por:
f(x) = tg x
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
— Lei de Formação
A Lei de Formação ou Termo Geral é utilizada para calcular
qualquer termo de uma sequência, expressa pela expressão:
an = 2n² - 1
Onde, n é o número de termos da sequência, a1 é o primeiro
— Lei de Recorrência termo e an é o enésimo termo. A fórmula é útil para resolver
A Lei da Recorrência permite calcular qualquer termo de uma questões em que são dados o primeiro e o último termo.
sequência numérica a partir de elementos antecessores: Quando um problema apresentar o primeiro termo e a razão
an = an-1, an-2,...a1 da PA, você pode utilizar a fórmula:
Exemplo: Dada a PA (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14) vamos determinar a PG: (-90, -30, -15, -5, ...), onde q = 1/3.
razão, o termo médio e a soma dos termos.
1. Razão da PA 2. Decrescente: com a razão q > 1 e termos negativos ou, 0 < q
< 1 e os termos positivos;
Exemplo:
PG: (-3, -9, -27, -81, ...), onde q = 3.
PG: (90, 30, 15, 5, ...), onde q = 1/3.
Onde,
q é a razão da PG;
a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.
Termo Médio da PG
Uma progressão geométrica de n termos pode ser representada Para determinar o termo médio ou central de uma PG com um
da seguinte forma: número ímpar de termos calculamos a média geométrica com o
primeiro e último termo (a1 e an):
Exemplos:
PG: (3, 9, 27, 81, ...), onde q = 3.
Editora
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64
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
2. Termo médio
Matriz Coluna: formada por uma única coluna, por exemplo:
3. Soma dos termos Matriz Nula: formada por elementos iguais a zero, por exemplo:
Matriz Transposta
A matriz transposta (indicada pela letra t) é aquela que
SISTEMAS LINEARES apresenta os mesmos elementos de uma linha ou coluna comparada
com outra matriz.
No entanto, os elementos iguais entre as duas são invertidos,
ou seja, a linha de uma apresenta os mesmos elementos que a
— Matriz coluna de outra. Ou ainda, a coluna de uma possui os mesmos
Matriz é uma representação matemática que inclui em linhas elementos da linha de outra.
(horizontais) e colunas (verticais) alguns números naturais não-
nulos38.
Os números, chamados de elementos, são representados entre
parênteses ou colchetes.
Matriz Oposta
Na matriz oposta, os elementos entre duas matrizes apresentam
sinais diferentes, por exemplo:
38 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-matrizes/
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A.B≠B.A
Matriz Inversa
A matriz inversa é uma matriz quadrada. Ela ocorre quando — Cálculo: Como Multiplicar Matrizes?
o produto de duas matrizes for igual a uma matriz identidade
quadrada de mesma ordem.
Sejam as matrizes:
A . B = B . A = In (quando a matriz B é inversa da matriz A)
Onde:
— Igualdade de Matrizes
Quando temos matrizes iguais, os elementos das linhas e das
colunas são correspondentes:
— Multiplicação de Matrizes
A multiplicação de matrizes corresponde ao produto entre
duas matrizes39. O número de linhas da matriz é definido pela letra
m e o número de colunas pela letra n.
Já as letras i e j representam os elementos presentes nas linhas
e colunas respectivamente.
39 https://www.todamateria.com.br/multiplicacao-de-matrizes/
Editora
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66
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Matriz B =
Exemplos:
Para calcular o determinante desse tipo de matriz, utilizamos a
Regra de Sarrus, que consiste em repetir as duas primeiras colunas
logo a seguir à terceira:
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
— Classificação
Os sistemas lineares podem ser classificados conforme o
número de soluções possíveis. Lembrando que a solução das
equações é encontrada pela substituição das variáveis por valores.
Sistema Possível e Determinado (SPD): há apenas uma solução
possível, o que acontece quando o determinante é diferente de
zero (D ≠ 0). Isso acontecerá quando:
41 https://www.todamateria.com.br/sistemas-lineares/
Editora
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68
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Método da Substituição
Esse método consiste em escolher uma das equações e Assim, a solução para o sistema dado é o par ordenado (8, 4).
isolarmos uma das incógnitas, para determinar o seu valor em Repare que esse resultado torna ambas as equações verdadeiras,
relação a outra incógnita. Depois, substituímos esse valor na outra pois 8 + 4 = 12 e 3.8 - 4 = 20.
equação.
Desta forma, a segunda equação ficará com uma única Método da Adição
incógnita e, assim, poderemos encontrar o seu valor final. Para No método da adição buscamos juntar as duas equações em
finalizar, substituímos na primeira equação o valor encontrado e, uma única equação, eliminando uma das incógnitas.
assim, encontramos também o valor da outra incógnita. Para isso, é necessário que os coeficientes de uma das
incógnitas sejam opostos, isto é, devem ter o mesmo valor e sinais
Exemplo: Resolva o seguinte sistema de equações: contrários.
Exemplo: Para exemplificar o método da adição, vamos resolver
o mesmo sistema anterior:
42 https://www.todamateria.com.br/sistemas-de-equacoes/
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Para encontrar o valor do y, basta substituir esse valor em uma — Escalonamento de Sistemas Lineares
das duas equações. Vamos substituir na mais simples: Escalonamento é um método para resolver sistemas de
equações lineares, quando existe solução43. Também é usado para
classificar estes sistemas que podem possuir quaisquer ordens.
Portanto, não podemos, inicialmente, anular nenhuma das Exemplo 1: Um sistema 2x2 escalonado, com duas equações e
incógnitas. Neste caso, devemos multiplicar por algum número que duas incógnitas, x e y. Na segunda equação o 1.º termo é nulo (x =
transforme o coeficiente em um número oposto do coeficiente da 0).
outra equação.
Podemos, por exemplo, multiplicar a primeira equação por - 2.
Contudo, devemos ter o cuidado de multiplicarmos todos os termos
por - 2, para não modificarmos a igualdade.
Assim, o sistema equivalente ao que queremos calcular é:
Exemplo 2: Um sistema 3x3 escalonado, com três equações e
três incógnitas: x, y e z. A primeira equação possui todos os termos
não-nulos (diferentes de zero). A segunda equação tem o 1.º termo
nulo (x=0) e, a terceira equação possui x e y iguais a zero.
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4. Substituímos y na primeira equação pelo segundo membro da segunda equação e resolvemos para x.
5. O conjunto solução é: .
Como k pode assumir qualquer valor real, o sistema é possível e indeterminado.
ANÁLISE COMBINATÓRIA: PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM. ARRANJOS. PERMUTAÇÕES SIMPLES E COM REPETI-
ÇÃO
A análise combinatória ou combinatória é a parte da Matemática que estuda métodos e técnicas que permitem resolver problemas
relacionados com contagem44.
Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz análise das possibilidades e das combinações possíveis entre um conjunto de
elementos.
Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica-se o número de opções entre as escolhas que lhe são apresentadas.
Exemplo: Uma lanchonete vende uma promoção de lanche a um preço único. No lanche, estão incluídos um sanduíche, uma bebida
e uma sobremesa. São oferecidas três opções de sanduíches: hambúrguer especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente completo.
Como opção de bebida pode-se escolher 2 tipos: suco de maçã ou guaraná. Para a sobremesa, existem quatro opções: cupcake de cereja,
cupcake de chocolate, cupcake de morango e cupcake de baunilha. Considerando todas as opções oferecidas, de quantas maneiras um
cliente pode escolher o seu lanche?
Solução: Podemos começar a resolução do problema apresentado, construindo uma árvore de possibilidades, conforme ilustrado
abaixo:
44 https://www.todamateria.com.br/analise-combinatoria/
Editora
72
72
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes.
quantos tipos diferentes de lanches podemos escolher. Assim,
identificamos que existem 24 combinações possíveis. — Permutações
Podemos ainda resolver o problema usando o princípio As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número
multiplicativo. Para saber quais as diferentes possibilidades de de elementos (n) do agrupamento é igual ao número de elementos
lanches, basta multiplicar o número de opções de sanduíches, disponíveis.
bebidas e sobremesa. Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando
Total de possibilidades: 3.2.4 = 24. o número de elementos é igual ao número de agrupamentos.
Portanto, temos 24 tipos diferentes de lanches para escolher Desta maneira, o denominador na fórmula do arranjo é igual a 1
na promoção. na permutação.
Assim a permutação é expressa pela fórmula:
— Tipos de Combinatória
O princípio fundamental da contagem pode ser usado
em grande parte dos problemas relacionados com contagem.
Entretanto, em algumas situações seu uso torna a resolução muito Exemplo: Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras
trabalhosa. diferentes 6 pessoas podem se sentar em um banco com 6 lugares.
Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número
problemas com determinadas características. Basicamente há três de lugares é igual ao número de pessoas, iremos usar a permutação:
tipos de agrupamentos: arranjos, combinações e permutações.
Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo,
precisamos definir uma ferramenta muito utilizada em problemas
de contagem, que é o fatorial.
O fatorial de um número natural é definido como o produto Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas se
deste número por todos os seus antecessores. Utilizamos o símbolo sentarem neste banco.
! para indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1. — Combinações
Exemplo: As combinações são subconjuntos em que a ordem dos
0! = 1. elementos não é importante, entretanto, são caracterizadas pela
1! = 1. natureza dos mesmos.
3! = 3.2.1 = 6. Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5.040. tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão:
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3.628.800.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
— Ponto Amostral
Ponto amostral é cada resultado possível gerado por um Exemplo: No experimento lançar uma moeda, o espaço
experimento aleatório. amostral é Ω = {cara, coroa}.
Exemplo: Seja o experimento aleatório lançar uma moeda e Seja o evento A sair cara, A = {cara}, o evento B sair coroa é
verificar a face voltada para cima, temos os pontos amostrais cara e complementar ao evento A, pois, B={coroa}. Juntos formam o
coroa. Cada resultado é um ponto amostral. próprio espaço amostral.
Exemplo: Em uma urna com 4 esferas de cores: amarela, azul, Exemplo de caso de probabilidade condicional: Em um encontro
preta e branca, ao sortear uma ao acaso, quais as probabilidades de de colaboradores de uma empresa que atua na França e no Brasil,
ocorrência de cada uma ser sorteada? um sorteio será realizado e um dos colaboradores receberá um
prêmio. Há apenas colaboradores franceses e brasileiros, homens
Sendo experimento honesto, todas as cores possuem a mesma e mulheres.
chance de serem sorteadas.
Como evento de probabilidade condicional, podemos associar
— Tipos de Eventos a probabilidade de sortear uma mulher (evento A) dado que seja
Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um francesa (evento B).
experimento aleatório. Neste caso, queremos saber a probabilidade de ocorrer A (ser
mulher), apenas se for francesa (evento B).
Evento certo
O conjunto do evento é igual ao espaço amostral.
Exemplo: Em uma delegação feminina de atletas, uma ser NÚMEROS BINOMIAIS: BINÔMIO DE NEWTON E SUAS
sorteada ao acaso e ser mulher. PROPRIEDADES
Evento Impossível
O conjunto do evento é vazio. NÚMERO BINOMIAL
Exemplo: Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas Sendo n e k dois números naturais, o número binomial de or-
de 1 a 20 e que todas as bolas são vermelhas. dem n e classe k, ou simplesmente o binomial n sobre k é um novo
número natural representado por:
O evento “tirar uma bola vermelha” é um evento certo, pois
todas as bolas da caixa são desta cor. Já o evento “tirar um número , se n ≥ k
maior que 30”, é impossível, visto que o maior número na caixa é
20. , se n < k
a) , como consequência dessa propriedade, temos que se os Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do binômio
números naturais n, k e p forem tais que n ≥ k e n ≥ p → . k = p ou de Newton (a + b)7 será:
k + p = n. (a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 a2b5 + 7
ab6 + b7
b)
Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º termo (21
c) a2b5)?
Pela regra: Coeficiente do termo anterior = 35. Multiplicamos
d) Temos que , e 35 pelo expoente de a que é igual a 3 e dividimos o resultado pela
ordem do termo que é 5.
TRIÂNGULO DE PASCAL Então, 35 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo anterior)
vem 105 5 = 21, que é o coeficiente do sexto termo, conforme se
Definição: é uma tabela formada por números binomiais dis- vê acima.
postos de tal forma que os binomiais de mesmo numerador situam-
-se na mesma linha e os mesmo denominador na mesma coluna. Observações:
1) O desenvolvimento do binômio (a + b)n é um polinômio.
Resolvendo os números binomiais, temos: 2) O desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos .
1 3) Os coeficientes dos termos equidistantes dos extremos , no
1 1 desenvolvimento de(a + b)n são iguais .
1 2 1 4) A soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n .
1 3 3 1
1 4 6 4 1 Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton
1 5 10 10 5 1 Um termo genérico Tk + 1 do desenvolvimento de (a + b)n, sendo
. k um número natural, é dado por:
.
. a) Tk + 1 = an – k . bk, feito segundo os expoentes decrescentes de
a.
BINÔMIO DE NEWTON
b) T k + 1 = .ak . bn – k , feito segundo os expoentes crescentes de a.
Denomina-se Binômio de Newton, a todo binômio da forma (a
+ b)n, sendo n um número natural. Sendo
Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton: 02. Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + 3y)8?
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Nota: quando a variável apresenta um valor 2 meninos, 3 dé- Vantagens e desvantagens da média
cimos de meninos, como devemos interpretar o resultado? Como
o valor médio 2,3 meninos sugere (para este caso) que o maior nú- 1. É uma medida de tendência central que, por unifor-
mero de famílias tem 2 meninos e 2 meninas, sendo uma tendên- mizar os valores de um conjunto de dados, não representa
cia geral, certa superioridade numérica em relação ao número de bem os conjuntos que revelam tendências extremas.
meninos. 2. Não necessariamente tem existência real, isto é, nem
sempre é um valor que faça parte do conjunto de dados,
2) Com intervalos de classe: convencionamos que todos os va- para bem representá-lo, embora pertença obrigatoriamen-
lores incluídos em um determinado intervalo de classe coincidam te ao intervalo entre o maior e o menor valor.
com seu ponto médio. Determinamos a média ponderada através 3. É facilmente calculada.
da fórmula: 4. Serve para compararmos conjuntos semelhantes.
Exemplo: MODA (Mo)
i Estaturas (cm) fi A moda é o valor que aparece com maior frequência em uma
série de valores. Podemos dizer é o valor que “está na moda”.
1 150 ├ 154 4
2 154 ├ 158 9 - Para dados não agrupados: ela é facilmente reconhecida, pois
observamos o valor que mais se repete, como dito na definição.
3 158 ├ 162 11
Exemplo:
4 162 ├ 166 8 A série: 7,8,9,10,11, 11, 12, 13, 14 tem moda igual a 10.
5 166 ├ 170 5 Observações:
6 170 ├ 174 3 - Quando uma série não apresenta valor modal, ou seja, quan-
do nenhum valor aparece com frequência, dizemos que ela é AMO-
∑ = 40 DAL.
- Quando uma série tiver mais de um valor modal, dizemos que
é BIMODAL (dois valores modas), TRIMODAL, etc.
Vamos abrir uma coluna para os pontos médios e outra para
os produtos: - Para dados agrupados
1) Sem intervalo de classe: para determinarmos a moda basta
i Estaturas (cm) fi xi xi.fi observamos a variável com maior frequência. Vejamos o exemplo:
Onde:
l* → limite inferior da classe modal
L* → limite superior da classe modal
Exemplo:
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
i Estaturas (cm) fi
A moda é utilizada:
1 150 ├ 154 4 - Quando desejamos obter uma medida rápida e aproximada
2 154 ├ 158 9 de posição;
- Quando a medida de posição deve ser o valor mais típico da
3 158 ├ 162 11 distribuição.
4 162 ├ 166 8
5 166 ├ 170 5 Vantagens e Desvantagens da Moda
6 170 ├ 174 3 1) Não depende de todos os valores da série, nem de
∑ = 40 sua ordenação, podendo mesmo não se alterar com a modi-
Observe que a classe com maior frequência é a de i = 3, nela ficação de alguns deles.
temos que l* = 158 e o L* = 162, aplicando na fórmula: 2) Não é influenciada por valores extremos (grandes) da
série.
Existem ainda outros métodos mais elaborados para encontra- 3) Sempre tem existência real, ou seja, sempre é repre-
mos a moda, um deles seria a fórmula de Czuber, onde: sentada por um elemento do conjunto de dados, excetuan-
do o caso de classes de frequências, quando trabalhamos
Onde temos: com subconjuntos (dados agrupados) e não com cada ele-
l*→ limite inferior da classe modal mento isoladamente.
h* → amplitude da classe modal
D1 → f* - f(ant) MEDIANA (Md)
D2 → f* - f(post) Como o próprio nome sugere, a mediana é o valor que se en-
f*→ frequência simples da classe modal contra no centro de uma série de números, estando estes dispos-
f(ant)→ frequência simples da classe anterior à classe modal tos segundo uma ordem. É o valor situado de tal forma no conjunto
f(post) → frequência simples da classe posterior à classe mo- que o separa em dois subconjuntos de mesmo número de elemen-
dal. tos.
Aplicando a fórmula ao exemplo anterior temos: - Para dados não agrupados: para identificarmos a mediana,
precisamos ordenar os dados (crescente ou decrescente) dos valo-
Gráficos da moda res, para depois identificarmos o valor central. Exemplo:
Observe que a moda é o valor correspondente, no eixo das ab- Dada a série de valores:
cissas, ao ponto de ordenada máxima. Assim temos: 5, 13, 10, 2, 18, 15, 6, 16, 9, vamos ordenar os valores em or-
dem crescente:
2, 5, 6, 9, 10, 13, 15, 16,18; como temos uma sequência de 9
números precisamos identificar aquele que divide o conjunto em 2
subconjuntos com a mesma quantidade de elementos. Neste caso
o valor é 10, pois temos a mesma quantidade de elementos tanto a
esquerda quanto a direita:
Md = 10
Neste caso como a série tem número ímpar de termos, ficou
fácil identificarmos a mediana. Porém se a série tiver número par, a
mediana será, por definição, qualquer dos números compreendidos
entre dois valores centrais desta série, ao qual utilizaremos o ponto
médio entre as duas. Exemplo:
2, 6, 7, 10, 12, 13, 18, 21 (8 termos), vamos utilizar os valores
mais centrais que neste caso são o 4º e o 5º termo. Então a mediana
será:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Referência
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora Saraiva: 2002
OUTLIERS
Osoutlierssão dados que se diferenciam drasticamente de todos os outros, são pontos fora da curva. Em outras palavras, um outlier
é um valor que foge da normalidade e que pode (e provavelmente irá) causar anomalias nos resultados obtidos por meio de algoritmos e
sistemas de análise.
Entender os outliers é fundamental em uma análise de dados por pelo menos dois aspectos:
1. os outliers podem visar negativamente todo o resultado de uma análise;
2. o comportamento dosoutlierspode ser justamente o que está sendo procurado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Os outliers possuem diversos outros nomes, como: dados discrepantes, pontos fora da curva, observações fora do comum, anomalias,
valores atípicos, entre outros.
A seguir elencamos algumas situações comuns em que os outliers surgem na análise de dados e apontamos sugestões de como lidar
com eles em cada caso.
Em uma pequena amostra a tarefa de encontraroutlierscom o uso de tabelas pode ser fácil. Porém, quando a quantidade de
observações passa para a casa dos milhares ou milhões fica impossível de encontrar quais são os dados que destoam do geral. Essa tarefa
fica ainda mais difícil quando muitas variáveis (as colunas da planilha) são envolvidas.
MEDIDAS DE DISPERSÃO
MEDIDAS DE DISPERSÃO
As medidas de tendência central fornecem informações valiosas mas, em geral, não são suficientes para descrever e discriminar di-
ferentes conjuntos de dados. As medidas de Dispersão ou variabilidade permitem visualizar a maneira como os dados espalham-se (ou
concentram-se) em torno do valor central. Para mensurarmos está variabilidade podemos utilizar as seguintes estatísticas: amplitude total;
distância interquartílica; desvio médio; variância; desvio padrão e coeficiente de variação.
- Distância Interquartílica: é a diferença entre o terceiro e o primeiro quartil de um conjunto de dados. O primeiro quartil é o valor
que deixa um quarto dos valores abaixo e três quartos acima dele. O terceiro quartil é o valor que deixa três quartos dos dados abaixo
e um quarto acima dele. O segundo quartil é a mediana. (O primeiro e o terceiro quartis fazem o mesmo que a mediana para as duas
metades demarcadas pela mediana.) Ex.: quando se discutir o boxplot.
- Desvio Médio: é a diferença entre o valor observado e a medida de tendência central do conjunto de dados.
- Variância: é uma medida que expressa um desvio quadrático médio do conjunto de dados, e sua unidade é o quadrado da unidade
dos dados.
- Desvio Padrão: é raiz quadrada da variância e sua unidade de medida é a mesma que a do conjunto de dados.
Editora
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
- Coeficiente de variação: é uma medida de variabilidade re- Desvio-Padrão: Uma vez que a variância envolve a soma de
lativa, definida como a razão percentual entre o desvio padrão e a quadrados, a unidade em que se exprime não é a mesma que a dos
média, e assim sendo uma medida adimensional expressa em per- dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou disper-
centual. são com as mesmas unidades que os dados, tomamos a raiz qua-
drada da variância e obtemos o desvio padrão: O desvio padrão é
Boxplot: Tanto a média como o desvio padrão podem não ser uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto
medidas adequadas para representar um conjunto de valores, uma maior for, maior será a dispersão dos dados. Algumas propriedades
vez que são afetados, de forma exagerada, por valores extremos. do desvio padrão, que resultam imediatamente da definição, são: o
Além disso, apenas com estas duas medidas não temos ideia da desvio padrão será maior, quanta mais variabilidade houver entre
assimetria da distribuição dos valores. Para solucionar esses pro- os dados.
blemas, podemos utilizar o Boxplot. Para construí-lo, desenhamos
uma “caixa” com o nível superior dado pelo terceiro quartil (Q3) e
o nível inferior pelo primeiro quartil (Q1). A mediana (Q2) é repre-
sentada por um traço no interior da caixa e segmentos de reta são
colocados da caixa até os valores máximo e mínimo, que não sejam
observações discrepantes. O critério para decidir se uma observa-
ção é discrepante pode variar; por ora, chamaremos de discrepan-
te os valores maiores do que Q3+1.5*(Q3-Q1) ou menores do que Exemplo: Em uma turma de aluno, verificou-se através da aná-
Q1-1.5*(Q3-Q1). lise das notas de 15 alunos, os seguintes desempenhos:
O Boxplot fornece informações sobre posição, dispersão, assi- Conceito na
metria, caudas e valores discrepantes. Alunos
Prova
O Diagrama de dispersão é adequado para descrever o com- 1 4,3
portamento conjunto de duas variáveis quantitativas. Cada ponto 2 4,5
do gráfico representa um par de valores observados. Exemplo:
3 9
4 6
5 8
6 6,7
7 7,5
8 10
9 7,5
10 6,3
11 8
12 5,5
13 9,7
14 9,3
Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto 15 7,5
de dados, é o da determinação da variabilidade ou dispersão desses
Total 109,8
dados, relativamente à medida de localização do centro da amos-
tra. Supondo ser a média, a medida de localização mais importante, Média 7,32
será relativamente a ela que se define a principal medida de disper- Desvio Padrão 1,77
são - a variância, apresentada a seguir.
Observamos no exemplo, que a média das provas, foi estimada
Variância: Define-se a variância, como sendo a medida que em 7,32 com desvio padrão em 1,77. Concluímos que a maioria das
se obtém somando os quadrados dos desvios das observações da notas concentrou-se em 9,09 e 5,55.
amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número de
observações da amostra menos um. Vejamos de outra forma:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Como a medida de localização mais utilizada é a média, será relativamente a ela que se define a principal medida de dispersão - a
variância, apresentada a seguir.
Define-se a variância, e representa-se por s2, como sendo a medida que se obtém somando os quadrados dos desvios das observações
da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número de observações da amostra menos um:
Se afinal pretendemos medir a dispersão relativamente à média. Por que é que não somamos simplesmente os desvios em vez de
somarmos os seus quadrados?
Experimenta calcular essa soma e verás que (x1-x) + (x2-x) + (x1-x) + ... + (xn – x) ≠ 0. Poderíamos ter utilizado módulos, para evitar que
os desvios negativos, mas é mais fácil trabalhar com quadrados, não concorda?! E por que é que em vez de dividirmos pó “n”, que é o
número de desvios, dividimos por (n-1)? Na realidade, só aparentemente é que temos “n” desvios independentes, isto é, se calcularmos
(n-1) desvios, o restante fica automaticamente calculado, uma vez que a sua soma é igual a zero. Costuma-se referir este fato dizendo que
se perdeu um grau de liberdade.
Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime não é a mesma que a dos dados. Assim, para
obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as mesmas unidades que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e obtemos
o desvio padrão:
O desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto maior for, maior será a dispersão dos dados.
Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da definição, são:
- o desvio padrão é sempre não negativo e será tanto maior, quanta mais variabilidade houver entre os dados.
- se s = 0, então não existe variabilidade, isto é, os dados são todos iguais.
Exemplo: Na 2ª classe de certa escola o professor deu uma tarefa constituída por um certo número de contas para os alunos resolve-
rem. Pretendendo determinar a dispersão dos tempos de cálculo, observam-se 10 alunos durante a realização da tarefa, tendo-se obtido
os seguintes valores:
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84
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Resolução: Na tabela anterior juntamos duas colunas auxiliares, uma para colocar os desvios das observações em relação à média e a
outra para escrever os quadrados destes desvios. A partir da coluna das observações calculamos a soma dessas observações, que nos per-
mitiu calcular a média = 16.9. Uma vez calculada a média foi possível calcular a coluna dos desvios. Repare-se que, como seria de esperar,
a soma dos desvios é igual a zero. A soma dos quadrados dos desvios permite-nos calcular a variância donde s = 3.54.
1 1 2 . 9
s2 = = 12.54
9
O tempo médio de realização da tarefa foi de aproximadamente 17 minutos com uma variabilidade medida pelo desvio padrão de
aproximadamente 3.5 minutos. Na representação gráfica ao lado visualizamos os desvios das observações relativamente à média (valores
do exemplo anterior):
Do mesmo modo que a média, também o desvio padrão é uma medida pouco resistente, pois é influenciado por valores ou muito
grandes ou muito pequenos (o que seria de esperar já que na sua definição entra a média que é não resistente). Assim, se a distribuição
dos dados for bastante enviesada, não é conveniente utilizar a média como medida de localização, nem o desvio padrão como medida de
variabilidade. Estas medidas só dão informação útil, respectivamente sobre a localização do centro da distribuição dos dados e sobre a
variabilidade, se as distribuições dos dados forem aproximadamente simétricas.
Propriedades para dados com distribuição aproximadamente normal: Uma propriedade que se verifica se os dados se distribuem de
forma aproximadamente normal, ou seja, quando o histograma apresenta uma forma característica com uma classe média predominan-
te e as outras classes se distribuem à volta desta de forma aproximadamente simétrica e com frequências a decrescer à medida que se
afastam da classe média, é a seguinte:
Aproximadamente 68% dos dados estão no intervalo .
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Exemplo
Como se depreende do que atrás foi dito, se os dados se distri- Considere a tabela abaixo que contém as estaturas e os pesos
buem de forma aproximadamente normal, então estão praticamen- de um mesmo grupo de indivíduos:
te todos concentrados num intervalo de amplitude igual a 6 vezes
o desvio padrão.
Média Desvio-padrão
A informação que o desvio padrão dá sobre a variabilidade
deve ser entendida como a variabilidade que é apresentada relati- Estaturas 175 cm 5 cm
vamente a um ponto de referência - a média, e não propriamente a Pesos 68 kg 2 kg
variabilidade dos dados, uns relativamente aos outros.
A partir da definição de variância, pode-se deduzir sem dificul- Pergunta:Qual das medidas (Estatura ou Peso) possui maior
dade uma expressão mais simples, sob o ponto de vista computa- homogeneidade?
cional, para calcular ou a variância ou o desvio padrão e que é a
seguinte: Como não é possível responder a essa pergunta utilizando o
desvio-padrão, pois é uma medida de dispersão absoluta, teremos
que calcular o CVP da Estatura e o CVP do Peso. A série que apre-
sentar a menor variação, ou seja, o menor valor do coeficiente CVP,
será a série de maior homogeneidade.
Seguindo a fórmula do coeficiente CVP, temos:
CVP Estatura
CVP Peso
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA
46 CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora
Saraiva: 2002
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Observe que a última linha da Frequência Absoluta Acumulada é SEMPRE IGUAL ao somatório total dos dados. Temos ainda a FRE-
QUÊNCIA RELATIVA ACUMULADA (fra), que é a razão entre a frequência absoluta acumulada e a frequência absoluta acumulada total de
dados, é a forma percentual de representarmos esses dados.
O exemplo acima mostra a distribuição de frequência para dados não agrupados. Quando trabalhamos com uma quantidade grande
de dados, a melhor forma é agrupa-los, afim de ganharmos simplicidade, mesmo que perdemos os pormenores.
Nota:
Muitas bibliografias tendem a definir os termos de seus elementos estatísticos de formas variadas, dando nome aos seus elementos
de formas diferentes. Porém devemos levar em consideração o princípio de cada um, o seu uso e relevância dentro do tratamento dos
dados.
Colocamos aqui algumas dessas definições para o mesmo elemento para que você possa estar contextualizado sobre o assunto.
Para melhor entendimento vamos acompanhar um exemplo e assim destacaremos os elementos desse tipo de distribuição e os meios
de montarmos sua tabela.
Exemplo:
Uma pesquisa feita com 40 alunos de uma escola C, revelou os seguintes dados sobre a estatura de seus alunos (estaturas dadas em
cm):
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Observe que os dados não estão ordenados, então devemos organiza-los para assim conseguirmos analisarmos, montando assim o
nosso Rol:
Com isso já fica evidente qual a menor (150 cm) e a maior (173 cm) estatura deste grupo de alunos, e sua concentração está entre
160 e 165 cm.
Se montássemos uma tabela semelhante a do exemplo anterior, exigiria muito espaço, mesmo a nossa amostra tendo uma quantida-
de de valores razoável (40 alunos). Então convém agruparmos esses valores em vários intervalos. Com isso teremos a seguinte tabela de
distribuição de frequência com intervalo de classes.
Para montarmos uma tabela com tal agrupamento, precisamos saber algumas definições:
- Classes de frequência ou classes: são intervalos de variação da variável. Elas são simbolicamente representadas por i, sendo i = 1,2,3,
..., k (onde k é o número total de classes da distribuição).
Por exemplo o intervalo 158 ├- 162 define a 3ª classe (i = 3), de um total de 6 classes, k = 6.
Aplicando no nosso exemplo temos: k = 1 + 3,3 .log 40 → k = 1 + 3,3 .1,60 → k = 1 + 5,28 → k = 6,28, arredondando temos k = 6.
Dica
Quantidade de classes x quantidade de dados
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Já sabemos que vamos precisar de 6 classes para agruparmos nossos dados. Agora precisamos descobrir quantos dados vamos agru-
par juntos, ou seja, qual o tamanho ou amplitude do nosso intervalo, para isso precisaremos de mais algumas informações.
- Amplitude amostral ou total (AA): diferença entre o valor máximo e o valor mínimo da amostra.
AA = x (máx.) – x (min.)
Sabemos que o menor valor da nossa amostra é 150 e o maior 173, aplicando teremos:
AA = 173 – 150 = 23 cm
- Amplitude das classes (h): é a divisão entre a amplitude total e o número de classes. O valor desta divisão só poderá ser arredondado
para mais.
Assim agruparemos os dados de 4 em 4: 150 ao 154; 154 ao 158, ..., 170 ao 174, completando nossas 6 classes. Lembrando que como
utilizamos o símbolo “├- “não estamos considerando o valor final, por isso o repetimos no intervalo seguinte.
Com isso, conseguimos chegar a nossa tabela inicial.
Tome Nota: Podemos chamar a amplitude de classes também como Amplitude de um intervalo de classe ou intervalo de classe (hi)
que é a medida do intervalo que define a classe. Obtemos ela através da diferença do limite superior e inferior de cada classe. Uma vez
que conhecemos e temos os intervalos podemos encontra-la facilmente.
hi = Li – li
Outras informações são importantes e relevantes ao nosso estudo, como meio de chegarmos a outras análises. Vejamos:
- Limite de classe: são os extremos de cada classe. O menor chamamos de limite inferior da classe (li) e o maior, o limite superior da
classe (Li).
Tomando como exemplo a 3ª classe, temos:
l3 = 158 e L3 = 162
O símbolo ├- , indica uma inclusão do valor de li (limite inferior) e exclusão do valor de Li (limite superior).
O símbolo ├-┤, indica uma inclusão tanto do valor de li (limite inferior) como do valor de Li (limite superior).
O símbolo -┤, , indica uma exclusão do valor de li (limite inferior) e inclusão do valor de Li (limite superior).
- Amplitude total da distribuição (AT): é a diferença entre o limite superior da última classe e o limite inferior da última classe.
AT = L (máx.) – l (mín.)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Exemplo:
O ponto médio da 4ª classe é:
Tipos de Gráficos
Em estatística é muito comum a utilização de diagramas para
representar dados, diagramas são gráficos construídos em duas
dimensões, isto é, no plano. Existem vários modos de representá-
los. A seguir, listamos alguns.
• Gráfico de Pontos
Também conhecido como Dotplot, é utilizado quando
possuímos uma tabela de distribuição de frequência, sendo ela
absoluta ou relativa. O gráfico de pontos tem por objetivo apresentar
os dados das tabelas de forma resumida e que possibilite a análise
das distribuições desses dados.
Rol: {1, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6} Veja que nesse tipo de gráfico é possível ter uma melhor noção
a respeito do crescimento ou do decrescimento dos rendimentos
Podemos organizar esses dados utilizando um Dotplot. da empresa.
47 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/graficos.htm
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Exemplo: Imagine que determinada pesquisa tem por objetivo Exemplo: Este exemplo, de forma genérica, está apresentando
analisar o percentual de determinada população que acesse ou diferentes variáveis com frequências diversas para determinada
tenha: internet, energia elétrica, rede celular, aparelho celular ou grandeza, a qual pode ser, por exemplo, a porcentagem de votação
tablet. Os resultados dessa pesquisa podem ser dispostos em um em candidatos em uma eleição.
gráfico como este:
• Histograma
O Histograma é uma ferramenta de análise de dados que
apresenta diversos retângulos justapostos (barras verticais)48.
Por esse motivo, ele se assemelha ao gráfico de colunas,
• Gráfico de Colunas entretanto, o histograma não apresenta espaço entre as barras.
Seu estilo é semelhante ao do gráfico de barras, sendo utilizado
para a mesma finalidade. O gráfico de colunas então é usado quando
as legendas forem curtas, a fim de não deixar muitos espaços em
branco no gráfico de barra.
• Infográficos
Os infográficos representam a união de uma imagem com
um texto informativo. As imagens podem conter alguns tipos de
gráficos.
48 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-graficos/
Editora
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92
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
— Tabelas
As tabelas são usadas para organizar algumas informações ou dados. Da mesma forma que os gráficos, elas facilitam o entendimento,
por meio de linhas e colunas que separam os dados.
Sendo assim, são usadas para melhor visualização de informações em diversas áreas do conhecimento. Também são muito frequentes
em concursos e vestibulares.
Matemática Financeira
A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico. Algumas situações estão presentes no cotidiano das
pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações
financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação
prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais acrescidas de juros,
isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o nome de juros.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Capital Exemplo
O Capital é o valor aplicado através de alguma operação finan- Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à vista.
ceira. Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Pre- Como não tinha essa quantia no momento e não queria perder a
sente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (indicado oportunidade, aceitou a oferta da loja de pagar duas prestações de
pela tecla PV nas calculadoras financeiras). R$ 45,00, uma no ato da compra e outra um mês depois. A taxa de
juros mensal que a loja estava cobrando nessa operação era de:
Taxa de juros e Tempo (A) 5,0%
A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro (B) 5,9%
emprestado, para um determinado período. Ela vem normalmente (C) 7,5%
expressa da forma percentual, em seguida da especificação do perí- (D) 10,0%
odo de tempo a que se refere: (E) 12,5%
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano). Resposta Letra “e”.
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois a pri-
Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que meira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria R$40 (85-45) e a
é igual a taxa percentual dividida por 100, sem o símbolo %: parcela a ser paga de R$45.
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês). Aplicando a fórmula M = C + J:
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre) 45 = 40 + J
J=5
Montante Aplicando a outra fórmula J = C i n:
Também conhecido como valor acumulado é a soma do Capi- 5 = 40 X i X 1
tal Inicial com o juro produzido em determinado tempo. i = 0,125 = 12,5%
Essa fórmula também será amplamente utilizada para resolver
questões. Juros Compostos
M=C+J o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo
M = montante no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada in-
C = capital inicial tervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render
J = juros juros também.
M=C+C.i.n
M=C(1+i.n) Quando usamos juros simples e juros compostos?
A maioria das operações envolvendo dinheiro utilizajuros com-
Juros Simples postos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras
Chama-se juros simples a compensação em dinheiro pelo em- com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações finan-
préstimo de um capital financeiro, a uma taxa combinada, por um ceiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos
prazo determinado, produzida exclusivamente pelo capital inicial. de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o regime de
Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial aplicado juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do pro-
é diretamente proporcional ao seu valor e ao tempo de aplicação. cesso de desconto simples de duplicatas.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações
envolvendo juros simples é a seguinte: O cálculo do montante é dado por:
J = C i n, onde:
J = juros M = C (1 + i)t
C = capital inicial
i = taxa de juros Exemplo
n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, semestre, Calcule o juro composto que será obtido na aplicação de
ano...) R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses
Observação importante: a taxa de juros e o tempo de aplica- C = 25000
ção devem ser referentes a um mesmo período. Ou seja, os dois i = 25%aa = 0,25
devem estar em meses, bimestres, trimestres, semestres, anos... O i = 72 meses = 6 anos
que não pode ocorrer é um estar em meses e outro em anos, ou
qualquer outra combinação de períodos. M = C (1 + i)t
Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das palavras “JU- M = 25000 (1 + 0,25)6
ROS SIMPLES” e facilita a sua memorização. M = 25000 (1,25)6
Outro ponto importante é saber que essa fórmula pode ser tra- M = 95367,50
balhada de várias maneiras para se obter cada um de seus valores,
ou seja, se você souber três valores, poderá conseguir o quarto, ou M=C+J
seja, como exemplo se você souber o Juros (J), o Capital Inicial (C) J = 95367,50 - 25000 = 70367,50
e a Taxa (i), poderá obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para
qualquer combinação.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
PORCENTAGEM
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo. onde todos os coeficientes são ≠ 0.
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo. Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima
é chamado de antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de
100 x 0,75 = 75 reais. consequente (B).
Proporção
— Propriedades da Proporção
1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por
exemplo:
ou A : B, onde b ≠ 0.
Proporção
Logo: A · D = B · C.
50 https://www.todamateria.com.br/razao-e-proporcao/
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
As Grandezas
Dentro da regra de três simples e composta existem grandezas
diretamente e inversamente proporcionais. 5x = 80 . 7
Caracteriza-se por grandezas diretas aquelas em que o 5x = 560
acréscimo ou decréscimo de uma equivale ao mesmo processo na x = 560/5
outra. Por exemplo, ao triplicarmos uma razão, a outra também x = 112
será triplicada, e assim sucessivamente.
Sendo assim, serão 112 dias para a construção da casa com 5
Exemplo: Supondo que cada funcionário de uma microempresa pedreiros.
com 35 integrantes gasta 10 folhas de papel diariamente. Quantas
folhas serão gastas nessa mesma empresa quando o quadro de Regra de Três Simples
colaboradores aumentar para 50? A regra de três simples funciona na relação de apenas
duas grandezas, que podem ser diretamente ou inversamente
proporcionais.
51 https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/regra-de-
tres-simples-e-composta
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
7ª)
Exemplo:
Limites Laterais
Se
4ª)
Exemplo: Se
DERIVADAS
A derivada de uma função53 y = f(x) num ponto x = x0, é igual
5ª)) ao valor da tangente trigonométrica do ângulo formado pela tan-
gente geométrica à curva representativa de
y=f(x), no ponto x = x0, ou seja, a derivada é o coeficiente an-
Exemplo: gular da reta tangente ao gráfico da função no ponto x0.
53 http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/314420/
mod_resource/content/0/Aula%2015%20-%20Plano%20tangen-
te%20e%20gradiente.pdf
Stewart, James. Cálculo: Volume 1. 5ªed. Cengage Learning.
6ª) São Paulo.
somatematica.com.br
brasilescola.com
colegioweb.com.br
matematiques.com.br]
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A derivada de uma função y = f(x), pode ser representada também pelos símbolos:
y’ , dy/dx ou f ‘ (x).
A derivada de uma função f(x) no ponto x0 é dada por:
Regras de Derivação
Grupo I
1. A derivada de uma constante é zero.
(c)’ = 0
4. Derivada da potência.
(un)’ = n un-1. u’
6. Derivada do produto.
(u.v)’ = u’. v + u.v’
(r.s.t...z)’ = r’.s.t...z + r.s’.t...z +...+ r.s.t...z’
7. Derivada da divisão.
(u/v)’ = (u’.v – u.v’) / v2
Grupo II
8. ( eu )’ = eu.u’
9. (ln u)’ = u’ / u
10. (sen u)’ = cos u.u’
11. (cos u)’ = - sen u.u’
12. (tan u)’ = sec2u.u’
Grupo III
13. (au)’ = au . ln a . u’
14. (loga u)’ = u’(x) / u ln a
15. (cot u)’ = - csc2 u u’
16. (sec u)’ = sec u tan u u’
17. (csc u)’ = - csc u cot u u’
18. (sen-1u)’ = u’ / (1- u²)1/2
19. (cos-1u)’ = - u’ / (1 - u)2 )1/2
20. (tan-1u)’ = u’ / (1 + u2)
21. (cot-1u)’ = - u’ / (1 + u2)
22. (sec-1u)’ = u’ / |u|.(u2 – 1)1/2
23. (csc-1u)’ = - u’ / |u|.(f(x)2 – 1)1/2
Grupo IV - Hiperbólicas
24. (senh u)’ = cosh u.u’
25. (cosh u)’ = senh u.u’
26. (tanh u)’ = sech2u.u’
27. (coth u)’ = - csch2 u . u’
28. (sech u)’ = - sech u tanh u . u’
29. (csch u)’ = - csch u coth u . u’
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Regra da Cadeia
A derivada de g(u(x)) é a derivada da função externa calculada na função interna, vezes a derivada da função interna.
Dxv(u(x)) = Duv(u).Dxu(x)
A partir do sinal da derivada de Segunda ordem de uma função f, além da concavidade, podem-se obter pontos de máximo ou
mínimos, relativos a um certo intervalo desta função. Sendo o gráfico a seguir de uma função qualquer, tem-se:
A fim de verificar se um ponto, que anula a derivada primeira de uma função, representa um ponto de máximo ou mínimo local, faz-se
o teste da derivada de segunda ordem, ou seja:
a) deriva-se a função;
b) iguala-se a derivada primeira a zero;
c) Seja a função duas vezes diferenciável no intervalo aberto I.
(i) se f(x) (segunda derivada) >0 para todo x em I(intervalo), então o gráfico de f possui concavidade para cima em I
(ii) se f(x) <0 para todo x em I, então o gráfico de f possui concavidade para baixo em I.
Regra L’ Hôpital
Aqui será trabalhado somente com a ideia intuitiva, não explorando definições que, provavelmente, causariam muita confusão e
distanciariam do objetivo.
Porém, no estudo dos limites de uma função há casos em que nos deparamos com indeterminações do tipo:
Nesses casos recorremos a diversos casos de fatoração para tentarmos driblar a indeterminação, como por exemplo:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
No entanto há situações em que não é possível utilizar nenhum desses artifícios. Para esses casos utilizamos as regras de L´Hopital,
que podem ser muito bem trabalhadas no ensino médio, sempre com a finalidade de facilitar a intepretação do comportamento das
funções e a construção de gráficos.
Conhecendo as duas propriedades, fica mais fácil o cálculo dos limites que aparecem nas indeterminações citadas anteriormente.
Deixe bem claro aos alunos que essas propriedades só podem ser utilizadas se as hipóteses forem satisfeitas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Exemplo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INTEGRAL
Integrais Imediatas
Sabemos que a derivada é um dos conceitos mais importan-
tes do Cálculo. Outro conceito também muito importante é o de
Integral. Existe uma estreita relação entre estas duas ideias. Assim,
nesta seção, será introduzida a ideia de integral, mostrando sua re-
lação com a derivada. Algumas integrais imediatas
Se a função F(x) é primitiva da função f (x), a expressão F(x) +
C é chamada integral indefinida da função (fx) e é denotada por:
Exemplo:
Vejamos os exemplos:
Voltando:
- Integral por Substituição ou Mudança e Variável
Substituindo na integral
Integral definida
Se f é uma função de x, então a sua integral definida é uma
integral restrita à valores em um intervalo específico, digamos, a ≤ x
≤ b. O resultado é um número que depende apenas de a e b, e não
de x. Vejamos a definição:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Esboço da região:
Exemplo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
é dado por:
Exemplo
Considere a região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico
Ovolume do sólidoé dado por:
de , para , sendo girada primeiro ao redor do eixo
x e depois ao redor do eixo y. Calcule o volume dos dois sólidos
gerados.
Resolução
Referências
a) A região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de Curso de Graduação em Administração a Distância
, para , é girada ao redor do eixo x: http://wwwp.fc.unesp.br/~arbalbo/arquivos/integraldefinida.pdf
QUESTÕES
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
11. IBGE – 2022- Sabendo que o valor lógico da proposição 17. PREFEITURA DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON/PR -
simples p: “Carlos acompanhou o trabalho da equipe” é verdadeira ARQUITETO - INSTITUTO UNIFIL/2021
e que o valor lógico da proposição simples q: “O recenseador visitou Considerando a equação do segundo grau {2x2 – 9x + 7 = 0},
todos os locais” é falso, então é correto afirmar que o valor lógico assinale a alternativa que representa o resultado do produto das
da proposição composta: raízes desta equação.
(A) p disjunção q é falso (A) 5,0
(B) p conjunção q é falso (B) 4,6
(C) p condicional q é verdade (C) 4,4
(D) p bicondicional q é verdade (D) 3,5
(E) p disjunção exclusiva q é falso
18. PREFEITURA DE LINHARES/ES - TÉCNICO AGRÍCOLA -
12. PC – BA- “O acidente foi investigado e o autor foi IBADE/2020
encontrado”. De acordo com a lógica proposicional, a negação da Se x-3 é menor que y, então:
frase é descrita como: (A) x e y são positivos.
(A) “o acidente não foi investigado e o autor não foi encontra- (B) y é menor que x+3.
do” (C) y é maior que x.
(B) “o acidente não foi investigado ou o autor não foi encon- (D) y+3 é maior que x.
trado” (E) x e y são negativos.
(C) “o acidente não foi investigado e o autor foi encontrado”
(D) “o acidente foi investigado e o autor não foi encontrado” 19. PREFEITURA DE ICAPUÍ/CE - AGENTE ADMINISTRATIVO -
(E) “o acidente não foi investigado ou o autor foi encontrado” CETREDE/2021
Se tenho R$150,00 em julho e aplico essa quantia a juros
13. CRF – GO 2022- Julgue o item: simples de 3% ao mês, qual o valor que terei em outubro?
A frase “Dois mil mais vinte mais dois” não é uma proposição. (A) R$133,50.
( ) CERTO (B) R$163,50.
( ) ERRADO (C) R$173,00.
(D) R$183,50.
14. IBGE – 2022 De acordo com a proposição lógica a frase “Se (E) R$193,00.
o coordenador realizou a previsão orçamentária, então o trabalho
foi realizado com sucesso” é equivalente a frase: 20. PREFEITURA DE LARANJAL PAULISTA/SP - AUXILIAR
(A) Se o coordenador não realizou a previsão orçamentária, en- ADMINISTRATIVO - AVANÇA SP/2021
tão o trabalho não foi realizado com sucesso. Um pai e uma mãe, no dia do nascimento do seu filho,
(B) O coordenador realizou a previsão orçamentária e o traba- resolveram aplicar uma determinada quantia em um investimento.
lho foi realizado com sucesso. Esse dinheiro será resgatado quando o filho fizer 18 anos.
(C) O coordenador realizou a previsão orçamentária ou o traba- Considerando que o valor aplicado foi de R$ 15.000,00 com taxa de
lho foi realizado com sucesso. juros simples de 1,5 % ao mês, qual será o valor do resgate?
(D) Se o trabalho não foi realizado com sucesso, então o coor- (A) R$ 48.600,00
denador não realizou a previsão orçamentária. (B) R$ 63.600,00
(E) Se o trabalho foi realizado com sucesso, então o coordena- (C) R$ 78.600,00
dor realizou a previsão orçamentária. (D) R$ 83.600,00
(E) R$ 98.600,00
15. Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária para
a ocorrência de C e condição suficiente para a ocorrência de D. 21. (IF-BA – Professor de Matemática – INSTITUTO AOCP/2016)
Sabe-se, também, que a ocorrência de D é condição necessária e A integraltem como resultado:
suficiente para a ocorrência de A Assim quando C ocorre, (A) –xcos(x) + sen(x) + c
(A) D ocorre e B não ocorre (B) xcos(x) - sen(x) + c
(B) D não ocorre ou A não ocorre (C) cos(x) + c
(C) B e A ocorrem (D) cos(x) + c
(D) Nem B nem D ocorrem (E) –cos(X) + c
(E) B não ocorre ou A não ocorre
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A área hachureada, abaixo da curva da função e entre as
abscissas 1 e 2, é igual a: ______________________________________________________
(A) 3
______________________________________________________
(B) 7/3
(C) 8/3 ______________________________________________________
(D) 10/3
(E) 11/3 ______________________________________________________
______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________
______________________________________________________
1 C
______________________________________________________
2 E
3 B _____________________________________________________
4 D _____________________________________________________
5 CERTO
______________________________________________________
6 C
______________________________________________________
7 A
8 C ______________________________________________________
9 B ______________________________________________________
10 C
______________________________________________________
11 B
12 B ______________________________________________________
13 CERTO ______________________________________________________
14 D
______________________________________________________
15 C
______________________________________________________
16 B
17 D ______________________________________________________
18 C ______________________________________________________
19 B
______________________________________________________
20 E
21 A ______________________________________________________
22 D ______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
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