A Filosofia Vedanta - Friedrich Max Muller
A Filosofia Vedanta - Friedrich Max Muller
A Filosofia Vedanta - Friedrich Max Muller
A Filosofia Vedanta
Sobre hinduísmo
A History of Ancient Sanskrit Literature So Far As It Illustrates the
Primitive Religion of the Brahmans (1859)
Introduction to the Science of Religion (1873)
Lectures on the origin and growth of religion as illustrated by the
religions of India (1878)
India, What can it Teach Us? (1883)
Six Systems of Hindu Philosophy (1899)
Sobre linguística
Lectures on the Science of Language – vol. 1 (1866)
Lectures on the Science of Language – vol. 1 (1866)
Three Lectures on the Science of Language and its Place in General
Education (1882)
Sumário
Nota prévia
A importância da filosofia
E novamente:
Crer em um só Deus
Amostras do Upanishads
A herança do Vedanta
A psicologia do Vedanta
Bhidyate hridayagranthih
Khidyante sarvasamsayah,
Kshiyante kasya karmani
Tasmin drishte paravare.
Sei que muitas vezes fui acusado por chamar tolices o que a
mentalidade indiana parecia considerar sabedoria profunda e
merecedora do maior respeito. Acredito firmemente que devemos
sempre falar com cautela e respeito quando se trata de religião, e
estou disposto a admitir que, em questões religiosas, muitas vezes é
muito difícil colocar-nos exatamente na mesma posição que a mente
oriental se colocou durante séculos. Todos nós sabemos, por nossa
própria experiência, que aquilo que nos foi transmitido como muito
antigo e que fomos ensinados, quando crianças, a considerar como
sagrado retém ao longo da vida um fascínio que dificilmente se
afasta. Toda tentativa de desvendar a razão no que é irracional é
aceita como legítima, desde que nos permita manter aquilo que não
estamos dispostos a nos desfazer. Ainda assim, não se pode negar
que os Livros Sagrados do Oriente estão cheios de tolices e que o
mesmo riacho que carrega fragmentos de ouro puro também arrasta
areia e lama e que muito disso é estéril e ofensivo. Que muitas
coisas que ocorrem nos hinos dos Vedas, nos Brâmanas e nos
Upanishads foram consideradas até mesmo pela mentalidade
oriental como sujeira acumulada — nunca saberemos como — ao
longo de séculos, como podemos verificar nas opiniões de Buda.
A hostilidade dele em relação aos brâmanes tem sido muito
exagerada. Sabemos, atualmente, que muitas de suas doutrinas
eram realmente as dos Upanishads. Mas, embora ele aceitasse e
aproveitasse o ouro na literatura antiga da Índia, ele não aceitaria o
que nela havia de mera poeira acumulada. As palavras de Buda
sobre este assunto merecem ser citadas, não apenas para
exemplificar que, para uma mente oriental, parte do que os
brâmanes chamavam de venerável e inspirado podia parecia inútil e
absurdo, mas também para, ao mesmo tempo, exemplificar uma
liberdade de julgamento que mesmo nós, muitas vezes, temos
grande dificuldade de manter. No Kalama Sutta, Buddha diz:
A sílaba sagrada Om
O significado do Real
O conhecimento de Brama
A Ética do Vedanta
A doutrina do karma
A pré-existência da alma
Há um ponto muitas vezes deixado no escuro, que é como é
que nós, que não temos nenhuma lembrança do que fizemos em
uma vida anterior, que não sabemos nada dessa vida prévia além
de sua mera existência, deveríamos, apesar disso, sofrer por causa
de nossos atos e falhas. Mas por que deveríamos nos lembrar de
nossa vida anterior, se não conseguimos lembrar sequer dos
primeiros dois, três ou quatro anos de nossa vida atual? A crença
expressa por Wordsworth de que
Recapitulação