A barragem de rejeitos é uma estrutura construída para armazenar rejeitos de mineração. O documento descreve a barragem de Brumadinho que ruiu em 2019, incluindo suas características geotécnicas e os danos ambientais e humanos causados pela ruptura. É enfatizada a necessidade de novas tecnologias e fiscalização para prevenir futuros acidentes.
A barragem de rejeitos é uma estrutura construída para armazenar rejeitos de mineração. O documento descreve a barragem de Brumadinho que ruiu em 2019, incluindo suas características geotécnicas e os danos ambientais e humanos causados pela ruptura. É enfatizada a necessidade de novas tecnologias e fiscalização para prevenir futuros acidentes.
A barragem de rejeitos é uma estrutura construída para armazenar rejeitos de mineração. O documento descreve a barragem de Brumadinho que ruiu em 2019, incluindo suas características geotécnicas e os danos ambientais e humanos causados pela ruptura. É enfatizada a necessidade de novas tecnologias e fiscalização para prevenir futuros acidentes.
A barragem de rejeitos é uma estrutura construída para armazenar rejeitos de mineração. O documento descreve a barragem de Brumadinho que ruiu em 2019, incluindo suas características geotécnicas e os danos ambientais e humanos causados pela ruptura. É enfatizada a necessidade de novas tecnologias e fiscalização para prevenir futuros acidentes.
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BARRAGEM DE
REJEITOS Discentes:
Camila Farias Kenedy Anderson O que é uma Barragem de Rejeitos?
A barragem de rejeitos é uma estrutura
construída para o depósito dos rejeitos provenientes da mineração. O rejeito é o material que sobra quando se separa o minério da rocha e é depositado em forma de polpa, ou seja, uma mistura de sólidos e água.
A barragem funciona como uma barreira,
que irá conter os rejeitos. A segurança de uma barragem se faz extremamente necessária por se tratarem, geralmente, de obras relacionadas a elevados potenciais de danos ao meio ambiente, riscos de vidas humanas e a economia, caso haja sua ruptura. Barragem de Brumadinho A barragem de rejeitos de Brumadinho foi construída utilizando o método de alteamento a montante, e estudos geotécnicos indicavam que havia risco de acidente. Os rejeitos desta barragem são compostos basicamente de ferro, sílica e água.
O rejeito que se depositou ao longo do Córrego
Ferro-Carvão é mal graduado, em sua maior parte na fração areia fina, rico em minerais ferrosos (hematita, goethita e magnetitas), densidades de até 4,9 g/cm³ e baixa ou nenhuma plasticidade. Estes materiais também apresentam valores elevados de metais pesados, como Cd, Cu, Hg, Ni e Mn, trazendo riscos ambientais.
Alguns estudos afirmam que o gatilho para o
rompimento da barragem foi a liquefação estática, que gerou um fluxo muito intenso de lama e detritos. Barragem de Brumadinho
Ao longo do Corrego Ferro-Carvão, Brumadinho, o fluxo de material passa de um
debris flow para mud flow, indicando não somente uma mudança na velocidade e força de destruição do fluxo, mas também na granulometria que se deposita. Na caracterização geoquímica dos rejeitos da Mina Córrego do Feijão, Brumadinho, foram identificados valores mais altos para alguns metais pesados, como mercúrio, níquel e cromo, que podem provocar a bioacumulação destes elementos. Esses desastres trazem graves danos a toda coletividade, uma vez que geram prejuízos no âmbito socioambiental e humano, bem como podem ocasionar riscos futuros para as vítimas e envolvidos no desastre. Logo, esta técnica para contenção de rejeitos de minério mostra-se defasada, devendo as empresas exploradoras investirem em novas tecnologias de prevenção, tendo em vista a certeza do risco de rompimento. Barragem de Brumadinho No caso de Brumadinho/MG conforme foi pesquisado, constata-se uma sucessão de fatos que contribuíram para a ocorrência do desastre, ou seja, a omissão da empresa foi determinante no caso, tendo em vista a não observância dos regramentos dispostos acerca da segurança das barragens.
Assim, o caso de Brumadinho/MG, foi mais um resultado
da negligência das empresas com o meio ambiente, a falta de profissionalismo, o não conhecimento geológico necessário não sendo levado em consideração no momento da construção da barragem, tendo o lucro visto como prioridade em detrimento da preservação ambiental.
Tendo em vista a diferença na composição
granulométrica ao longo do fluxo da lama de rejeito após o rompimento da barragem, recomenda-se a investigação das condições geotécnicas e geoquímicas tendo como critério de amostragem as zonas de dano crítico. Antes e depois da barragem de brumadinho. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS GEOTÉCNICAS DOS REJEITOS
O comportamento geotécnico dos rejeitos está ligado às características do material, à
natureza do depósito e à forma como foi depositado. Estes depósitos resultam em duas classes distintas de material: areias lançadas por mecanismos hidraúlicos e lamas depositadas por sedimentação. As principais características geotécnicas dos rejeitos que devem ser conhecidas são: densidade in situ; limites de Atterberg; Índice de vazios inicial; consolidação ou adensamento; compressibilidade; Permeabilidade; resistência ao cisalhamento. Geologia e geotecnia da superfície
Deve-se indentificar os tipos litológicos e avaliar suas propriedades (resistência e
permeabilidade), suas estruturas, fraturamento, evidências de escorregamentos anteriores, disponibilidade de materiais de construção, além de outros elementos que possam vir a interferir no desenvolvimento do projeto/obra. Estes dados deverão subsidiar os trabalhos subsequentes que tratem de investigações geológicas e geotécnicas de subsuperfície. As investigações de subsuperfície têm como propósito definir as condições de fundação das obras e obter amostras para determinação das propriedades dos solos e rochas, além de definir o comportamento hidrogeotécnico do maciço. Investigação de superfície
Nessas investigações, são empregados métodos de prospecção por meio de:
trincheiras, galerias, poços de inspeção, sondagens a trado, percussão e rotativas. São utilizados, ainda, ensaios geofísicos que dependem das características do terreno e das informações que se pretende obter. No caso de construção de barragens de terra compactada (ou rejeitos) assentadas sobre fundações rochosas, normalmente, não ocorrem contratempos com a resistência do maciço de fundação. Nestas situações, deve-se avaliar as possíveis percolações d´ água através de fissuras e/ou porosidade da rocha. A determinação da permeabilidade dos terrenos rochosos é feita por ensaios de perda d´ água, sob pressão, realizados em furos de sondagens rotativas. Investigação de superfície
Esta fase de investigações de subsuperfície preconiza ainda a coleta de amostras de
solo e rocha para a realização de todos os ensaios em laboratório, a fim de atender as exigências do projeto. A amostragem de solos deve prever a coleta de amostras deformadas e não deformadas. Os ensaios mais comuns realizados em laboratórios são: resistência ao cisalhamento, determinação da tensão-deformação, compressibilidade, granulometria, permeabilidade, densidade, percentagem de umidade, limites de Attenberg, compactação, entre outros. Considerações Finais
A barragem de rejeitos é uma estrutura que
requer fiscalização, monitoramento e adequada gerência em relação ao atendimento aos requisitos específicos de segurança,. Além de um evidente conhecimento multidisciplinar considerando a interação de diversas áreas de conhecimento, desde as áreas da geologia, de engenharia e de planejamento.
Sendo fundamental para a eficiência do
gerenciamento de riscos, a realização de um plano de ação de emergência, realizando-se treinamentos e simulações visando reduzir os impactos ambientais e, principalmente, evitando as perdas de vidas. Referências
1. SOARES, Lindolfo. Comunicação Técnica elaborada para o Livro Tratamento de
Minérios, 5ª Edição – Capítulo 19 – pág. 831–896. Adão B. da Luz, João Alves Sampaio e Silvia Cristina A. França, 2010. 2. PEREIRA, C.C. Caracterização geotécnica e geoquímica dos rejeitos da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em decorrência do desastre de 25/01/2019. Instituto de Geociências (IG-UNICAMP), DGRN. 2020. 3. ROHDE, Carolina de Oliveira; BINOTTI, Daliani Barbosa. O CASO DE BRUMADINHO EM MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE ACERCA DA RESPONSABILIZAÇÃO AMBIENTAL E CRIMINAL DOS ENVOLVIDOS. Anais do 5º Congresso Internacional de Direito e Contemporaneidade: mídias e direitos da sociedade em rede. 2019.