Aula 2 - Pregando o Antigo Testamento
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Aula 2
PREGANDO
NAS NARRATIVAS
DO ANTIGO
TESTAMENTO
I- INTRODUÇÃO
Metade da Bíblia é composta por histórias. Com toda certeza, esse é o
gênero textual preferido do Antigo Testamento. O Antigo Testamento
narra a história de Israel e do Messias, fazendo com que a história seja o
principal elemento da identidade do povo de Deus. E nós, por sermos seres
históricos, acabamos fazendo da história nosso gênero predileto também.
As histórias são memoráveis, envolvem emoção, e inspiram ação e crença.
Elas lembram as pessoas que elas não estão sozinhas e, além disso, o
próprio Jesus contou histórias em seu ministério terreno. Da perspectiva
do púlpito, você pode ver uma mudança inconsciente na postura corporal
da congregação quando diz “Deixe-me contar uma história”. A congrega-
ção se inclina ligeiramente para a frente, em uma posição de relaxamento.
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Um guia para proclamação das escrituras.
1 KLEIN Willian, BLOMBERG Craig, HUBBAR Robert. Introdução à interpretação bíblica. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017,
pg.520.
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2 JUNIOR, Walter C. Kaiser. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento - Um guia para a igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pg 79
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3 JUNIOR, Walter C. Kaiser. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento - Um guia para a igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pg 85
4 BOWMAN, Richard, “Narrative Criticism: Human Purpose in Conflict with Divine Presente”, em Judges and Method: New Approaches in
biblical Studies, Ed. Gle A Yee, Minneapolis: Fortress, 1995, pg. 29
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d) Quais a ênfases?
(1) “teu único filho”
(2) “a quem amas”
(3) “voltaremos”
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O que isso significa? Que é interessante notar o que está sendo ensinado
naquela cena, porém quando formos ensinar princípios morais é neces-
sário tomar o cuidado para não forçar nada ao texto e fazermos interpre-
tações moralistas. Por exemplo, dizer que o fato de Abraão ter levantado
de madrugada mostra sua disposição e por isso devemos ter disposição
também, não é algo que está sendo ensinado pelo texto.
Para evitar isso é necessário entender que, quando retirarmos princípios
morais das narrativas, precisamos procurar textos que não são narrativos
e sim normativos, assim podemos realizar afirmações. Por exemplo, deve-
mos olhar para as cartas do Novo Testamento, para a lei, os evangelhos, os
ensinos de Jesus e pensar se em algum lugar nesses livros é nos dito que
precisamos acordar cedo. Nem tudo o que uma narrativa diz que acon-
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Muita gente tem sofrido com seus familiares ao ler o conhecidíssimo texto
de Atos 16.31: “Crê no Senhor Jesus, e tu e tua casa sereis salvos” . O pro-
blema desse texto é que muitas pessoas pensam que estamos diante de uma
promessa divina de que todos os nossos parentes próximos serão salvos.
A verdade é que o texto não ensina isso! Em primeiro lugar, é importante
destacar que como texto narrativo histórico, o versículo não pretende ser
normativo. Ou seja, o relato de alguma coisa que acontece não necessa-
riamente é norma para toda a igreja. Aqui vemos uma promessa que foi
dada ao carcereiro de Filipos e não para todos! A ele foi dito que ele e “os
de sua casa” seriam salvos. No caso dele, isso talvez tivesse incluído ser-
vos ou empregados, já que a “casa” de alguém nos tempos bíblicos incluía
gente que não era da família de sangue. Portanto, a verdade é que ninguém
pode assegurar a conversão de seus parentes com base nesse texto. Se esse
fosse o caso, ninguém veria um parente próximo morrer sem converter-se
a Cristo na história, mas sabemos que isso não se verifica. Além disso, o
próprio Jesus deixou claro que muitos cristãos até perderiam suas famílias
por causa do evangelho: “E todo o que tiver deixado casa, ou irmãos, ou
irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por minha cau-
sa, receberá cem vezes mais e herdará a vida eterna.”. Leia também Ma-
teus 10.35,36. Como se vê, se nos fosse prometida a conversão de todos os
parentes próximos estes textos de Mateus não fariam sentido.
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