PROCESSO PENAL II Aula
PROCESSO PENAL II Aula
PROCESSO PENAL II Aula
MANISTAÇÕES JURÍDICAS:
a) Sentença: (seja absolutória ou condenatória) → oponível por meio de APELAÇÃO
b) Decisões interlocutórias: → oponível por meio de RESE
c) Despacho de mero expediente:
o MUTATIO LIBELI: ART. 384, CPP → quando surge uma definição diversa do FATO
12/07/2023
REQUISITOS DA SENTENÇA
A) RELATÓRIO → meio pelo qual o juiz vai expor os nomes das partes e fazer um resumo
dos atos que aconteceram durante o processo
→ A sentença do juizado não tem relatório - art. 81, §3°, da Lei 9099 → essa é a única
exceção!!
B) FUNDAMENTAÇÃO: juiz deve seguir uma lógica de estrutura - todas as teses devem ser
trabalhadas pelo juiz
o PRELIMINARES → matérias processuais que provocam nulidades (se acolher a
preliminar, não vai passar para os outros elementos, tornando assim em decisão
interlocutória - não tem sentença; se não acolher, passa para os outros elementos)
o PREJUDICIAIS DE MÉRITO: causas extintivas da punibilidade: prescrição,
decadência...
o MÉRITO → analisar se houve o fato (por meio de depoimentos, perícias, laudos…) -
se não houve: sentença absolutória - art. 386, I, CPP
→ analisar autoria/ participação
→ analisar se o fato é típico (emendatio libelli) - tipicidade formal: pegar o
fato e encaixar em um dispositivo penal
→ analisar as excludentes de ilicitude e culpabilidade
→ julga procedente/ improcedente o pedido
C) DISPOSITIVO
o CONDENATÓRIA → DOSIMETRIA DA PENA (SISTEMA TRIFÁSICO)
1ª FASE: Circunstâncias judiciais (art. 59, CP)
2ª FASE: Agravantes e atenuantes (art. 61 ao 66, CP)
3ª FASE: Causas de aumento e diminuição
→ Sempre começa a dosar a pena com a pena mínima e como se o crime tivesse
consumado
→ Sistema escalonado (as circunstancias judiciais deve valer menos que as
agravantes/atenuantes, e as agravantes/atenuantes valem menos que as
majorantes/minorantes)
→ Tem que fazer a dosimetria individualmente para cada réu do processo → PRINCÍPIO
DA INDIVIDUALIDADE (ART. 5º, XLVI, CF/88)
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS:
1. Culpabilidade → está vinculado ao maior juízo de reprovação do sujeito, que
extrapola os limites do tipo penal. Um excesso de dolo/culpa para a prática do tipo
penal.
2. Antecedentes → tudo que vem antes da prática da infração penal e que não é
reincidência (toda sentença condenatória transitada em julgado que não serve para
efeitos de reincidência)
→ Inquéritos e processos em andamento NÃO CONTAM – Súmula 444, STJ
→ Prazo de 5 anós após o término do cumprimento da pena
3. Conduta social
4. Personalidade do agente → por isso que pode verificar os atos infracionais (crimes
cometidos quando menor de idade)
5. Motivos → tomar cuidado pra caso já for uma agravante ou qualificadora
6. Circunstâncias → modus operandi, tempo, lugar, instrumento
7. Conseqüências do crime
8. Comportamento da vítima
→ SEMPRE TOMAR CUIDADO PARA NÃO DAR BIS IN IDEM, SEMPRE PREFERIR A AGRAVANTE
DO QUE COMO CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS.
26/07/2023
AGRAVANTES:
“Art. 61, CP - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não CONSTITUEM ou
QUALIFICAM o crime.”
Súmula 27 do TJDFT – “Presentes duas ou mais qualificadoras no delito, uma deve ser
utilizada para fins de tipificação do crime qualificado e as demais na dosimetria da pena, seja
na pena-base, seja como circunstância agravante, se prevista legalmente como tal, vedado o
bis in idem.”
ATENUANTES:
SÚMULA 231, STJ: Se a redução da pena importou em fixá-la abaixo do mínimo legal, por
força de equivocado critério na ordem de consideração de causa especial de aumento e de
atenuante, merece reforma a decisão.
PREPONDERANTES:
Havendo o concurso entre uma circunstância prevista no artigo 67 do Código Penal com
outra que ali não encontre previsão, qual delas irá preponderar?
→ Nessa hipótese, por lógica, haverá a neutralização (compensação) dos efeitos das
circunstâncias (atenuantes e agravantes), ou seja, a pena fixada anteriormente
(pena-base) não sofrerá nenhuma alteração na segunda fase.
→ Ocorrerá, portanto, a neutralização dos efeitos de uma circunstância por outra na
hipótese de serem da mesma espécie, isto é, atenuante subjetiva com agravante
subjetiva ou atenuante objetiva com agravante objetiva e desde que não estejam
inseridas no artigo 67 do Código Penal como preponderantes.
09/08/2023
→ A formula não funciona quando a pena aplicada for abaixo do mínimo legal. Nesta
situação, usaremos outra fórmula:
SENTENÇAS ABSOLUTÓRIAS
→ ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: art. 397, CPP
→ ABSOLVIÇÃO: depois da instrução probatória → art. 386, CPP
N → Nulidade
A → abuso de autoridade
E → extinção de punibilidade
→ ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA NO RITO DO JÚRI:
→ ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA: aplicação da medida de segurança ao doente mental
23/08/2023
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE:
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de
um recurso por outro.
PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE:
→ As partes podem desistir do recurso que interpuseram
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
→ Se troca de promotor (quem interpôs não é mais quem vai apresentar as razões) e ele
entende que a sentença estava correta,
→ Para o adv poder desistir, ele deve ter uma procuração com poderes especiais do
cliente dele.
→ Portanto, dativo e defensor público não podem desistir de recurso (pois não possuem
procuração) → diante disto, se um réu assistido por um destes quiser desistir, deve
escrever a desistência de próprio punho
→ Se o adv quer recorrer e o réu não, ou o contrário, prevalece a decisão de quem quer
recorrer.
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE:
→ Uma parte apresenta as razões e a outra as contrarrazões
→ É o contraditório
→ TRIBUNAL DO JÚRI:
o Quando o TJ reconhece uma nulidade no Júri, o sujeito vai a um novo júri com
todas as qualificadoras anteriores
o Isso ocorre pois o momento de questionar as qualificadoras seria na sentença
de PRONÚNCIA através de RESE.
o Se no novo Júri, for reconhecida mais qualificadoras: a nulidade não produz
efeitos limitadores
o Se no novo Júri, reconhecerem apenas as mesmas da sentença anterior: a
nulidade produz efeito de limitar a pena à mesma da sentença anterior (não
pode ultrapassar)
06/09/2023
13/09/2023
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo
réu, seu procurador ou seu defensor.
Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na
reforma ou modificação da decisão.
FATO IMPEDITIVO
→ Renúncia ao direito de recorrer
→ Renúncia: antes da interposição
→ SÚMULA 705, STF: A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a
assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
o Não preclui o interesse, a legitimidade do defensor
→ Prevalência da defesa técnica sobre a autodefesa
→ Para desistir, o advogado precisa de uma procuração com poderes especiais
o Logo, defensor dativo e defensor público não podem desistir. Salvo se
apresentar uma petição de desistência de próprio punho do sentenciado.
FATO EXTINTIVO
→ Desistência do direito de recorrer
→ Desistência: depois da interposição
→ Art. 576, CPP: O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
→ Colocar no último pedido, subsidiariamente, caso os pedidos não sejam acolhidos, que
a petição seja recebida como HC. (evita a impetração)
20/09/2023
RESE
→ art. 581 e seguintes CPP
→ Interposição: art. 586, CPP: prazo de 5 dias
→ Razões: art. 588, CPP: prazo de 2 dias
HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RESE: ART. 581 CPP
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu;
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão
preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante;
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da
punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no art. 28-A
desta Lei.
27/09/2023
APELAÇÃO:
→ Efeitos:
1. DEVOLUTIVO
2. SUSPENSIVO → QUANDO A SENTENÇA FOR CONDENATÓRIA
o Não existe cumprimento antecipado de pena
o Se estiver preso já em razão de uma medida cautelar, não precisa
necessariamente ser colocado em liberdade, caso permaneça o fundamento
que retirou sua liberdade
o Se não permanecer o motivo, DEVE ser revogada a prisão
o No júri, quando a pessoa é condenada a 15 anos ou +, pode começar a
execução IMEDIATA da pena, com base no 492, §§4º e 5º, CPP → para obter o
efeito suspensivo, deverá pedir expressamente e fundamentá-lo
→ APELAÇÃO PLENA: CASO UTILIZE O ART 593, I, CPP, (APELAÇÃO PLENA), O TRIBUNAL
FICA LIVRE PARA REFORMAR DE OFÍCIO O QUE QUISER.
→ princípio non reformatio in pejus, segundo o qual não é possível agravar a situação do
réu no julgamento de recurso exclusivo da defesa.
→ PARA A ACUSAÇÃO, NÃO PODE OCORRER ISSO
→ ART. 593, II, CPP - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por
juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior → ou seja, quando não
couber RESE. Ex: incidente de resitituição de coisas apreendidas.
o Seu bem está apreendido na delegacia: vc pode pedir direto ao delegado, ou
pode pedir ao Juiz por incidente. Contra a negativa do delegado, cabe
mandado de segurança (endereçamento ao juiz de primeiro grau). Contra a
negativa do juiz, cabe apelação.
→ QUANDO FOR RECORRER NO TRIBUNAL DO JÚRI, ART. 593, III, CPP: É vinculada, você
deve colocar o motivo do seu inconformismo.
a) TRIBUNAL ACOLHE E MANDA P NOVO JURI
b) TRIBUNAL RETIFICA
c) TRIBUNAL RETIFICA
d) TRIBUNAL ACOLHE E MANDA P NOVO JURI
04/10/2023
22/11/2023
CARTA TESTEMUNHÁVEL:
1. HIPÓTESES: art. 639, CPP
a. Quando o Juizo denegar o recurso
→ RESE
→ AGRAVO EM EXECUÇÃO
→
b. Quando houver recebimento do recurso, mas não encaminhamento ao
Tribunal para procedimento
→ RESE
→ AGRAVO EM EXECUÇÃO
→ APELAÇÃO
2. PRAZO: art. 640, CPP → 2 dias
3. PROCEDIMENTO: ART. 644, CPP
→ Prazo para ARRAZOAR:
o RESE e AGRAVO: 2 DIAS
o APELAÇÃO: 8 DIAS → ART. 645, CPP
→ Tem como base algo que o juiz indeferiu devido a: tempestividade, recurso cabível, etc
(coisas pertinentes ao conhecimento do recurso)
→ Cada câmara Criminal tem 5 desembargadores, 3 irão votar o recurso (rese, agravo e
apelação)
→ Se a decisão de manutenção da condenação não for unânime (2x1), aí pode interpor
embargos infringentes e de nulidade → aí os outros 2 desembargadores serão
chamados para votar também
→ Aqui interpõe e já arrazoa, prazo de 10 dias.
→ Endereçamento: relator do primeiro julgamento
→ No entanto, terá um novo relator e revisor que não fizeram parte do primeiro
julgamento (o revisor tem que ser mais velho na câmara que o relator)
→ Não cabe em HC e revisão criminal (pois não são recursos, e a revisão criminal precisa
de quórum completo)
→ Não existe no âmbito das turmas recursais dos Juizados Especiais Criminais
29/11/2023
HABEAS CORPUS
→ Ação autonoma constitucional de impugnação
→ NÃO É RECURSO
INCIDÊNCIA:
Art. 648: a coação consider-se-á ilegal:
→ Fato atípico
→ Fato lícito
→ Conduta Culposa
→ Não se admite decretação de prisão preventiva contra contravenções penais
→ Para inimputável por doença mental: não é viável imputar habeas corpus, pois há
resposta penal para ele (medida de segurança)
II – quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
→ Dado o prazo, o delegado já deve soltar ele, mesmo sem alvará de soltura
III – quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo
V – quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autorizar;
→ Quando for arbitrada uma fiança muito alta, acima da condição financeira da pessoa
COMPETÊNCIA:
→ Sempre a autoridade imediatamente superior:
→ STF:
o Paciente ou autoridade coatoara com foro por prerrogativa de função do STF
→ STJ:
o Paciente ou autoridade coatoara com foro por prerrogativa de função
→ Justiça do Trabalho:
o Quando a autoridade coatora for Juiz do Trabalho
06/12/2023
ALGUMAS OBSERVAÇÕES:
→ REJEIÇÃO DE LIMINAR → NÃO CABE NENHUM RECURSO, POIS AINDA NÃO TEVE
JULGAMENTO DE MÉRITO
o Súmula 691
o Se houver absurda ilegalidade, pode haver
→ HC em substituição de revisão criminal → PODE, caso não tenha matéria probatória a
construir
→ HC e SURSIS →
→ HC e pena de multa →
→ HC e alimentos →
→
REVISÃO CRIMINAL:
→ Consiste no reexame de uma sentença penal condenatória transitada em julgado
→ Não é recurso
→ Qualquer sentença penal pode ser revisada por este instituto – posição da doutrina
referente a decisão do júri
→ Serve para rever a coisa julgada
→ Só existe prorreu
→ A questão de cabimento nos casos é controversa. Mas o prof acredita que se houver
sentença condenatória transitada em julgado no JÚRI, o reu deverá fazer revisão
criminal perante o TJ, que poderá acolher o pedido e absolver a pessoa sem mandar a
novo JÚRI, e isso não caracteriza supressão de instância
OBJETO:
PRESSUPOSTOS:
1. EXISTENCIA DE SENTENÇA OU ACÓRDAO CONDENATÓRIO
2. QUE TENHA TRANSITADO EM JULGADO
3. QUE SEJA FAVORÁVEL AO RÉU
HIPÓTESES – art. 621, CPP:
17/01/2023
EXECUÇÃO PENAL
→ Sistema vicariante e o sistema de execução penal brasileiro
o DUPLO BINÁROI: cumpria a pena primeiro e depois a medida de segurança
o Vicariante: separa a medida de segurança da pena
CRÍTICA: a pena tem muitas vantages (substituição, suspensão, etc)
→ HÍBRIDA: não é exclusividade do poder judiciário, também é vínculado ao poder
executivo (Polícia – Governador do Estado)
FUNÇÕES DA PENA:
→ RETRIBUTIVA – aplicar a pena pelo mal causado
o ABSOLUTISTA
o Exemplos: Lei de Talião, pena de morte...
o O código penal brasileiro adota?
→ AS PRÓXIMAS FUNÇÕES SÃO FINALISTAS (POSSUEM UMA FUNÇÃO REAL):
→ Prevenção geral (está ligado a função da pena no âmbito da coletividade): Ela se divide
em:
o NEGATIVA - vincula-se à ideia de que a pena tem função de intimidar
psicologicamente a coletividade;
o POSITIVA - a pena tem a função de ratificar a vigência da norma penal violada
e, para garantir sua estabilidade aos demais membros do corpo social, haveria
a necessidade de infligir um mal proporcional ao violador.
→ Prevenção ESPECIAL – é direcionada ao indivíduo. Ela se divide em:
o NEGATIVA – impor a pena para que ele não venha a cometer novos delitos;
o POSITIVA – ressocialização
24/01/2023
PRINCÍPIOS DA PENA:
A) Princípio da humanidade – está ligado à secularização, pois a pena restringe a liberdade,
mas conserva outros direitos;
→ Art. 50, LEP: infrações disciplinares graves dentro do ambito da execução penal → não
podem ser criadas novas infrações graves que não estão disciplinadas na lei →
competência exclusiva da UNIÃO
o Ou seja, ROL TAXATIVO para infrações GRAVES
→ As infrações médias e leves, quem estabelece são as leis estaduais, e não há ofensa
ao art. 22, I da CF/88
→ Isso porque a sanção das infrações médias e leves não são gravosas, como
advertências, que são apuradas internamente dentro da unidade prisional por
processo administrativo, momento no qual já é aplicada a sanção. Já a sanção das
infrações graves, tem o processo administrativo que funciona como uma espécie de
inquérito, mas quem aplica posteriormente é o juiz (poder judiciário).
→ Nas graves tem audiência de justificação, onde se ouve o preso, e se o juiz se
convencer que há materialidade e autoria, o próprio juiz aplica a sanção disciplinar,
que consistirá em: perda de 1/3 do tempo que tinha para remição, regressão de
regime, interrupção do tempo que teria para progressão de regime (volta para estaca
zero);
→ Só tem saída temporária para o semiaberto, o regime fechado não sai, só sai em casos
extremos de saúde ou morte de um genitor, escoltado pela polícia, e se tiver
merecimento.
D) Princípio da inderrogabilidade: uma vez praticada a infração penal, torna-se inderrogável sua
aplicação;
E) Princípio da proporcionalidade: a pena deve ser proporcional ao delito praticado;
→ Tem 3 fases:
o Fase legislativa: Construção do tipo penal: pena mínima e pena máxima,
proporcional ao bem jurídico
o Fase judicial: violação do tipo, na dosimetria são analisadas as particularidades
de casa sujeito e crime
o Fase executória: exame criminológico, para saber as características,
habilidades, competências.
PENAS PROIBIDAS
Art. 5, XLVII, da CF/88 - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento; (exílio)
e) cruéis;
CABIMENTO
→ § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva,
segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as
hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime
fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a
8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos,
poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
→ Lei 8072/90, Art. 2, § 1º A pena por crime previsto neste artigo (Os crimes
hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o
terrorismo) será cumprida inicialmente em regime fechado.
o No entanto, Súmula 719, STF: só vai adotar isso se tiver circunstancias
judiciais desfavoráveis do art. 59 (1ª fase dosimetria)
/01/2024
DO TRABALHO DO PRESO
• Art. 28. Lei 7.210/84 O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade
humana, terá finalidade educativa e produtiva. • § 1º Aplicam-se à organização e aos métodos
de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. • § 2º O trabalho do preso não
está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. • Art. 29. O trabalho do preso será
remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário
mínimo. • § 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: • a) à indenização dos
danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros
meios; • b) à assistência à família; • c) a pequenas despesas pessoais; • d) ao ressarcimento ao
Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e
sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. • § 2º Ressalvadas outras aplicações
legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta de
Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. • Art. 30. As tarefas
executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.
TRABALHO INTERNO
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de
suas aptidões e capacidade. • Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é
obrigatório e só poderá ser executado no interior do estabelecimento. • Art. 32. Na atribuição
do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades
futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado. • § 1º Deverá ser
limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de
turismo. • § 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua
idade. • § 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao
seu estado. • Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8
(oito) horas, com descanso nos domingos e feriados. • Parágrafo único. Poderá ser atribuído
horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de conservação e
manutenção do estabelecimento penal.
TRABALHO EXTERNO
• Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime FECHADO somente em
serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou
entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. • §
1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados
na obra. • 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a
remuneração desse trabalho. • § 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do
consentimento expresso do preso. • Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada
pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do
cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. Da remição pelo trabalho e estudo • “Art.
126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por
trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. • § 1o A contagem de tempo
referida no caput será feita à razão de: • I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de
frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou
superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; • II - 1
(um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. • § 2o As atividades de estudo a que se refere
o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de
ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos
cursos frequentados. • § 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de
trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem. • § 4o O preso
impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a
beneficiar-se com a remição. • § 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será
acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior
durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de
educação. • § 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que
usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de
educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova,
observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo. • § 7o O disposto neste artigo aplica-se
às hipóteses de prisão cautelar.
DEVERES DO CONDENADO
• Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado,
submeter-se às normas de execução da pena. • Art. 39. Constituem deveres do condenado: • I
- comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; • II - obediência ao servidor e
respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; • III - urbanidade e respeito no trato
com os demais condenados; • IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de
fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; • V - execução do trabalho, das tarefas e das
ordens recebidas; • VI - submissão à sanção disciplinar imposta; • VII - indenização à vitima ou
aos seus sucessores; • VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas
com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; • IX -
higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; • X - conservação dos objetos de uso pessoal. •
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo