Anthologiadaling 00 Diniuoft
Anthologiadaling 00 Diniuoft
Anthologiadaling 00 Diniuoft
Lingua Vernácula
«
ORCA Ni SA D A COMO
CMF-?-^o {-)''
LiTt^RA-f; í : . \ : ;
;
A ;- 1 ; tíra
i'i i;
Alfíiachio Dinik
rofcssor da FnCtlLCbflCiE r^H fMRFITO bfl BflHIfl
1913
LIVRARIA CATILINA
IM)MrALDO DOS SAN
l-ivREifjo EDITOR
BAhflA
LinOUfl VERnfíCULfl
PRINTSD IN BRAZIL
\J?ov-.íl-
^6a6\a
ANTHOLOGIA
DA
Língua Vernácula
ORGANISADA COMO
IOI3
LIVRARIA CATILINA
A\?i^'L
DE ROMUALDO DOS SANTOS -T- %
Livreiro EDITOR i3.^'
Rua Santos Dumont, n. 6
BAHIA
« ©'Cão é p«c|M«Mo i^zviço ciiuniciz. o
cispe-í-ao, aiícviav o tcnao, e, aía^tat, o
aefccto »,
^ntonlo Fçrreira.
á -puet-vc-la.
Os clássicos
da lingua portuguesa
Gil Vicente
(1460—1536;
a data de 1502.
Anjo
(1) Ncsles tempos era iilii i|iie se arliíiva a acliial l'iiiVL'i'siila(i(' de Cdiínbia.
1
to ANTHOLOGIA DA Í.INGUA VERNÁCULA
E poi-que o tenor
Convém se lembrar.
Agora vereis
(á; Exlraliiilo das OI/iuk de Gil Vicente, nova e(li(;áo coriTcla e emciiiluda por J
V, BiiriTllo Frio t- J. ('•. Monteiro. Hjiiiburijo, l!>34. toiuo |)riiiii'iro. vrjí^. aO(j-J07.
12 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
A Visão
(Romance)
4i Ksle ronianrc fui iiriíiiciriíiiiciiUi |iiibli(°:iilo com o Ululo (1(^ Saiiiluilrs dr Urniiir-
dim Hilieiro, li tt-m lido .(Ic/.cnas do cdi(;ôi's, sendo ii'|mlado ohni clasNica de iio;sa
lingua.
(5 Ver o livro de Dellim (iiiiiiiarães: licnuirdim iiihciro, Lisboa, 19(18, (liiiiiiar;.cs
(C) Anlcs,
os CLÁSSICOS DA LÍNGUA IT
(13) Sou
(14) Isto
(15) Nisto
os CLÁSSICOS DA LtNGUA 19
E a derradeira também;
Que no mundo vão e vêem
Seus olhos verdes rasgados,
De lagrymas carregados,
(17) D'enlre
(18) A primeira.
20 ANTHÔLÔGIA t)A LlNGUA VERNÁCULA
Menina e moça
(CAPITULO I) (2?)'
(21) Pariiaxd l.tmlanu ou Vocxíuk Seleclaa Ujs atuiorci porlugursca aniiijiis c viodvr-
liou, Paris, 1827, tduic :v. paus. 148 a lôi.
(24) Aquillo.
^25) Ha variantes desUi i'X|iressão, assim roíisipiiadas peio sr. Josú Fcssaiilia:
Qíít' a tanta paixão vim, nas t'(li(;úes de 1557, ir.fjS, iGíy, l"8.'' e !sr)i.
(2!)) Ha variailles: que é povoada de tristezas, nas e<l. de 1557, 15Ú8, 1G45, 17S5,
1852-
(30) Forma desusada de ij;.ín.
('.51) Fraííiiiciito cxUmIiíiIo do livro «Hcriiardin Ribeiro uMenina c Moç.i» (Saudades .
fdirão dirijíida e incfaciada por 1). José 1'essaiilia, Porlo, Livraria inleruacioiíal de Er-
nesto Ciiardroii, 18'J1, jiags. 3 a 0.
Sa de Miranda
( U9Õ— 1Õ58 )
Psychis
Voando ao ar se deita,
E u'um momento tudo atravessou :
(.?3) E' ciii-iosa a rima : a palavra máe desiiazalaiia para corresponder á palavra cae.
(34 (.:iiiiin'nta.
18 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
(38) LtVsc no Parnaso Lusllano : «Kstes dous veisos sempre foram citados pelos
conhecedores como modelos de elegância, e sii)i;eleza antiga».
30 ANTHOLOGIA. DA. LÍNGUA VERNÁCULA
De « Os Estrangeiros »
(44) Os Estrangeiros, acto 3.», scena 1.', vol. 2.», pag. 116.
JoAO DE Barros
(U96— 1570)
Maranhão.
Em Qôa
SONETO 19."
O desemparo
O qual a natureza
Situou juncto á parte
Aonde um braço do alto mar reparte
A Abassia da Arábica aspereza,
Em que fundada foi já Berenice,
(48) Sondo XI, na colli!n;ãQ— .Sof/río.v de amur—t\e Luiz de waniõos. Rio, i\>U
Da suberba fortuna,
O Adamastor
(5Hj Hixtoria ilc S. l)omingi>i<,'A\ edição, Lisboa, IStíH, volume lU, |)íigs. 53-24.
Padre António Vieira
(1608—1697)
A palavra de Deus
centuplum.
Cinzas
(5i) Sfrmf>i'f <U> itadre Aiilonio Vicii'y, Forld, IU(>7, Li-llo & Iririúo, fdilures, vol.
1'., pa(,'s. K-7.
(5r)) i'n/m r.s.
62 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
díi. Mas como pôde ser? Como pôde ser, que eu que o
digo, VÔ8 que o ouvis, e todos os que vivemos sejamos
já pô? A razão é esta. O homem em qualquer estado
que esteja, é certo que foi pô e ha de tornar a ser pô.
Foi pó e ha de tornar a ser pô? Logo é pô. Forque
tudo o que vive nesta vida, não é o que é, é o que foi,
A amizade
XXVIí
Reflexão
(1734—1819)
Ad Sodales
(Fragmento)
Orvalhadas boninas
Cobiçam d'enfeital-a;
De verde leito de enleada raurtha
Se ergue a sauda-la o rouxinol canoro.
Campos, com que prazer, cora que saudade
Buscar-vos corro, escravo fugidio
Do império duro da violenta corte !
A' Liberdade
(Fragmento)
A bondade, a innocencia
Que immemoriaes imperam
Nos reinos não avaros d'aurea veia,
Dos costumes da Europa espavoridas
As gentes desemparam (58)
Miserandas (59)
{'tf) I)i'saiii|)iiraviiiri.
Os Novos Gamas
(Fragmento)
Debalde a natureza
Ao j)ertinace esforço se esquivava
De sustos povoando
O largo plaino dos desertos ares,
Desemperadas quedas
Oppondo, escarnecidas, por barreiras !
O disvelio incançado
Que aguça a vista a sensação reflexa,
Arremeçado rompe
Pelos montões d'obstaculos, e investe
Cos penetraes velados,
A arrancar o segredo perigoso.
Para escalar os astros
Intexe(GO) um globo, imitador dos orbes
Que gyram no ar vasio. .
mortos».
(Fragmefito)
Como em polidos
Chrysitaes que uniu Buítbn do sol a chamma
Reverbera mais forte, activa e clara
D'avas8allada Grécia assim reaurte
No vasto império da potente Roma
Luz que espalhou revérberos mais vivos.
Nas duras artes da sanguinea guerra
76 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
de sua obra.
O macaco declamando
(Apologo)
Epigramma
(XVII)
Um philosopho enfermou;
Não tinha mal de perigo,
Mas soffreu a medicina
( 63 ) Obras de Bocaíçc, edicáo de Santos & Vieira, Lisboa, volume das Glosas,
Apologos, e Elogiou, pag.Sl.
os CLÁSSICOS DA LÍNGUA 81
ODE
(XXT)
(Filinto Elysio)
Insomnia
(Soneto)
( Soneto
A morte de Catão
Catão
Juba
Catão
Juba
Tuas obrigações são mais restrictas
Que as d'elle ainda. Onde o poder supremo
Se tolera n'um só, — todo lhe incumbe,
E' responsável pelo encargo inteiro
Da republica. Deves-te a ella, príncipe ;
Marco- Bruto
Juba
Nem eu. (
Silencio considerável: Catão medita algum
tempo)
os CLÁSSICOS DA LÍNGUA 87
Catão
Juba
Juro.
Marco-Bkuto
Juro.
Se. . .—Jurarei— se. . . Ahl Mas tu...
Catão
Meu filho.
(Ahraranclo-o)
Traidores
Que fizeste ! Quereis ir enti'eg'ar-me
Scena X
Catão, Marco-Bruto, Juba, Manlio
Manlio
Catão
Dá-m'a
6
90 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
(
Fere-se
Marco-Bruto
Meu pae ! . .
Juba
Iniquos deuses
Manlio
Expirastes, ó Roma
Catão
{Desfallece)
Makco-Bruto
Oh meu pae
{Procuram pstancar-lhe o sangue)
os CLÁSSICOS DA LÍNGUA 91
Manliq
Juba
Catão (
lornando a si)
ímpios !
— o juramento. .
Scena XI
Decio
Paz! Clemência 1
Paz em nome de Cezar ! Honra e gloria
Ao seu nobre inimigo, ao homem grande
Que o dictado magnânimo respeita,
(
Dá com os olhos em Catão
Ama, e. . . —Oh ! que vejo ! tu . .
Ja— na ... da
92 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
•
Oh ... Ro ... ma
(Espira) (6G)
O Arco da Sancta
( (il) ) ()//ni.t (lo Visciiildc lie Almeida fíiiiTfU, loiíUi VI, I.isbiia, ISõí).
Os CLÁSSICOS DA língua í)3
Cântico da noite
Em trevas o crepúsculo
Foi desfolhando as rosas I
Terrena já não é !
Já rindo, e já medonhos,
Hora dos céos, conversa-rae
os CLÁSSICOS DA LÍNGUA 97
No extiucto e no porvir.
Onde os que amei? sumniiram-se.
Onde o que eu fui? deixou-me.
Delles, só vans memorias;
De mim, só resta um nome
No abysmo do pretérito
Desfez-se choro e rir.
A cruz mutilada
E 08 restos te insultou,
Oh veneranda cruz:
Os ramos enlayados
Do roble, choupo e til,
Recordações
Os escriptores brazileiros
— —
De Paraná que é mar, j^wca, rotura; —
Feita com fúria desse mar salgado,
Que, sem no derivar commetter mingua.
Cova do mar se chama era nossa lingua.
Para a entrada da barra, á parte esquerda,
Está uma lagem grande e espaçosa.
(75!) Junto.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 113
Vicente do Salvador
(1564 — 163. .
.)
(73) ('olhido na ('du.io (lo Rio df Janeiro de 1873, e confrontado com o Irao-
scnpto nos livros: Hh-loria da Literatura Braziktra de Sylvio Koniéro, e A Liíeratura
Bruiitnra de Eilnardo Perié.
114 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
(74) Do cap. 12", livro terceiro, da Hisloria do liraiil, de Frei Vicente do Sal-
vador, transcripto dos Aiinacs da Bibliuthecu Nacional.
Século XVII
António de Sa
(1G20 — 1678)
O homem e o christão
(75j SeniiSo ilii primeira sexta-feira ria (Juarcsma, prcíjado na íi'<';íiii'zia ilc .Iiiliao,
Soneto
Aos Vicios
i' 7f5 ) Traiisci-iplo lUi Vwro ~ (lirr/diio de Mutlox — <\v Alfucar Araripi- Jiiuior,
Rio, /8'.t4, \)\vji. U.
os ESCRIPTORES BRAZILEIRO 121
Eusébio de Mattos
(1629 — 1692)
Chagas e Homem.
relativo ao frei Kusebio de Mattos, estar o sr.' Pereira da Silva em erro quando
entre as poesias deste insigne poeta cita uma intitulada Ecce Hntun, quando aliás esse
titulo pertence a um volume de homilias de frei Eusébio. E' certo que esse volume
existe e com tal mas também náo 6 menos certo que entre as poesias attri-
titulo,
aquelle volume de homilias, como extranha o sr. Innocencio, mas que este ipie certa-
mente i)ossiie o Vltirilei/io, pois o uienciona detalhadamente, não visse por sua vez essa
po(ísia. Lapsos ((imn este poderiamos apontar outros, ele.»
os ESCRI PIORES BRAZILEIROS 125
Pilatos compadecido
De vos ver como vos via,
A barbara crueldade
Dos homens. Senhor, me admira
Pois se vestem da mentira
Para despir a verdade
Não querem ter piedade
-*-
A ilha da Maré
Os polvos radiantes,
Os lagostins flammantes,
134 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Camarões excellentes,
Que são dos lagostins pobres parentes;
Retrógrados c'ranguejos,
Que formam pés das boccas com festejos,
As laranjas da terra
Pouco azedas são, antes se encerra
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 135
A pimenta elegante
E' tanta, tão diversa e tão picante,
Para todo o tempero acomraodada
Q,ue é muito avantajada,
Por fresca , e por sadia
A' que na Ásia se gera, Europa cria.
O mamão por frequente
Se cria vulgarmente
E não presa o mundo,
Porque é muito vulgar em ser fecundo.
O marcujá também gostoso e frio
Os aypins se aparentam
Co' a mandioca, e tal favor alentara,
Que tem qualquer, cosido ou seja assado,
Das castanhas da Europa o mesmo agrado
O milho que se planta sem fadigas.
Todo o anno nos dá fáceis espigas,
Ditosamente bellas,
Romance
Lá cantava o Sabiá;
Um i-ecitado de amor
Em doce metro sonoro.
Que as mais aves despertou.
O Mazombiuho Canário,
Realengo em sua côr.
Deu taes passos de garganta,
Que a todos admirou.
os ESCRIPTORES BRAZILEÍROS 145
De picado o Sanhaçú,
Tão alto solta a voz.
A encarnada Tapiranga
Quando mais bem se explicou,
Foi por minuto da solfa;
Com mil requebros na voz.
A linda Guarinhatãa,
Chochorreando, compôz
Um solo bem afinado,
Que seu amor explicou.
O alegre passarinho,
Que se chama Papa-arroz,
Pelos seus metros canoros
Cantava ut, re, mi, fa, sol.
A Carricinha cantando,
Tanto seu tiple affinou.
Valente Pica-pau
De ura pau fez o tambor,
E cora o bico tocava
Alvorada ao raesrao sol.
Despertando o Pitahuãa,
Com impulsos de rigor,
Disse logo: Bem te vi.
O Fradinho do deserto,
Contemplativo, mostrou
Que tambera sabe cantar
Os louvores do Senhor.
O Corujinha cantando.
Parecia ura Rouxinol;
E serapre tão entoado,
Que nunca desafinou.
As Andorinhas no ar.
O lindo Cocurutado,
Que bella voz, se mostrou,
O pintado Pintasilgo,
Da solfa compositor,
Endeixas fez, e um Romance,
Que em pasmo a todos deixou. ^
As formosas Aracuãas,
Sem temer ao caçador,
Em altas vozes cantavam
Cada qual com bello som.
A formosa Juruti
No bico trouxe uma flor,
E cora tão custosa galla,
Que as tenções arrebatou.
ordem de Christo.
O Brazil
A flor de maracujá
As fructas do Brazil
(1700 — 17... )
IO
154 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Glosa
{Fragmento)
Um proemio
graves.
As Variedades de Prothêo
Scena II
PROTHÊO
CARANGUEJO
(89j Obrax do úiatiinlw da inãu furada, para cspullio do seus eiiijaiios e desenga-
nos, etc
160 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
PROTHÊO
CARANGUEJO
PROTHÊO
Assim é.
CARANGUEJO
PROTHÊO
CARANGUEJO
PROTHÊO
CARANGUEJO
PROTHEO
CARANGUEJO
PROTHEO
CARANGUEJO
PROTHÊO
CARANGUEJO
PROTHEO
CARANGUEJO
PROTHÊO
CARANGUEJO
PROTHÊO
CARANGUEJO
PROTHÊO
CARANGUEJO
PROTHÊO
CARANGUEJO
PROTHÊO
CARANGUEJO
PROTHEO
CARANGUEJO
PROTHEO
CARANGUEJO
E se faltar o tempo?
PROTHEO
CARANGUEJO
PROTHÊO
E não será desacerto participar-te a mesma virtude
de transformar, pelo que pode succeder.
CARANGUEJO
Eu, Senhor?
PROTHEO
Sim, tu.
CARANGUEJO
(00) Das Variciladex ile Prolheo, segundo a edirâo brazileira de João Ribeiro, Rio,
1011.
166 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Temei penhas...
Soneto
oração de sapiência.
A morte de Mo em a
breza e posições.
A morte de Lindoya
nsi.
172 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Soneto
Agora me pôde
Ministrar a tinta.
Sim, eu já te escrevo,
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 177
A testa formosa,
Os dentes nevados,
Os negros cabellos.
Sópófle apagal-o
O pulso da morte.
Alvarenga Peixoto
(1744—1793)
Estella e Nize
Ao Marquez de Lavradio
Silva Alvarenga
(1749—1814)
Soneto
A' Lua
10 volumes raros; que lhe dou o bom que nelles há, mui-
to melhorado, e por uma decima parte, ou pouco mais do
seu custo, cora a commodidade de não andar revolvendo
tantos tomos; e isto é alguma coisa, em quanto não
apparece outra melhor.
dos que não valem tanto como estes, nem como Tullio,
César, e Augusto, que também grammaticárão.
IS
186 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Nota
(102) Tr;iiiscri|ilo lia õ." cdirâo, feita cm List)()a, na Ti|iiigra|iliia de António JosO da
Roclia, i>in lb4i.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 187
no seu tempo.
Um prologo
Estudos americanos
4.
Souza Caldas
(1762—1814)
A immortalidade da alma
Desperta, ó morte
Que te detém ?
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 201
13
202 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Suave esperança
De sorte melhor,
Quanto d'este instante
Adoças o horror! (106)
JosE Bonifácio
(1765—1838)
{Fragmento)
Lyra
Puros crystaes,
Prantos de amor
Não recebaes.
os ESCRIPTORES BRAZÍLEIROS 207
Máximas
tismo.
Os túmulos
Fragmento
14
218 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
—
MontAlverne
(1784—1858)
O systema de philosophia
(113) l'an('!i!/rico ik S. Pcitvn <!r Alcaii/ara, pnifiTido iia Capclla iiii|it'rial em Ift
Natividade Saldanha
(1796—1830)
Soneto
, Soneto
Hymno á tarde
E' paio
15
234 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
E o que ha de lá dizer
(Il'.t; 'ri-aiiscriftUi das Vaginux emiueciíias. ile Os Aniiacx, levista do Rio de Janeiro,
num. iii, df 'l'ò df iiiíiito de Ut05.
236 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Colombo
{Fragmento do Prologo)
[Fragmento)
Maciel Monteiro
(1808 — 18G7)
gostos amorosos.
Soneto
Sobre o trafico
(121) E' um dos casos mais lamentáveis na poesia, que um soneto tâo bom auanto
este de Maciel Monteiro, se encontre claudicando tão ferozmente na $,'r3nimatica. Nem
c justilicativa a métrica do verso.
;i22y Paginas de uuro da Pomiu Brazi leira, de Alberto de Oliveira, Rio, 1011
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 241
A lei da gravidade
Domingos de Magalhães
(1811 — 1882)
Napoleão em Waterloo
(12G) A Confederação dos Tamoyos, l. edição, Rio, ISí''?, pags. 1?9 a VòH.
os ESCRIPTORES BUAZILEIROS 257
Sobre o Maranhão
Teixeira e Souza
(1812—1861)
E te verás retratado:
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 261
O pranto da madrugada:
Eu te amo, como a flor,
A noite de sabbado
(128) Os Tim tliaií ile tim noivado, Kio, ls4i, pags. 3I-.38
os ESCRIPTORES BRAZÍLEIROS 263
mulo.
Martins Penna
(1815—1848)
17
26tí ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
F. A. DE V ARNHAGEN
Francisco Adolpho Varnhagen, nascido no Rio de
Descripção do Brazil
(laij Historia Geral do Urazil. vol, 1.", pags. 69-90, 1." ediçáo.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 271
força brazileira
Pereira da Silva
(1819—1898)
As finanças do Brazil
-*-
Norberto de Souza
(1820—1891)
(IH4) Revista Brazileira, primeiro aiino, tomo I, Rio, 1679, pags. 364-8'J5.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 277
Ballata
Ao silvo da tempestade
As ondas via dansar,
Cheio de temeridade
Punha-me logo a rezar.
.j,
Laurindo Rabello
(1820—1864)
elegiaco.
A' Bahia
II
As mal pronunciadas
Preces minhas sumir-se no infinito
18
282 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
III
A desgraça suggere,
Irmãos, não só amigos,
Pais, não só protectores me abraçaram;
As portas da sciencia.
IV
O Berço do nascimento
Ou em palácio opulento
QYajando a gala real,
Ou cama de palhas feita
Onde a escrava o filho deita
Enrolado no sendal;
O Céo que a primeira prece.
De tarde ou quando amanhece,
A criança ouvia rezar,
Quer puro, e ledo sorrindo.
Quer furioso bramindo.
Fuzilando a trovejar;
O logar onde primeiro
284 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
-*-
(1;í7) Obras poeticau, de Laurindo José da Silva Rabeilo. pags. lo» a lõ9.
286 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
A Nebulosa
Fragmento
O saráo de Thomazia
E nem parenta,
a batalha é geral: não ha camarada,
que não possa ser uma rival; ás vezes é uma prima,
uma irmã mesma a inimiga, a quem se hostiliza, a quem
os ESCRIPTOHES BRAZILEIROS 289
Gonçalves Dias
(1823—1864)
Posseidon
(Scena IV)
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
E onde foste?
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
LAURA
ALCOFORADO
LAURA
ALCOFORADO
LAURA
ALCOFORADO
LAURA
Laura!
Perdão!
O VELHO ALCOFORADO
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
ALCOFORADO
O VELHO ALCOFORADO
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
LAURA
O VELHO ALCOFORADO
Senhor! (141)
Bernardo Guimarães
(1827 — 1885)
Beknakdo Joaquim da Silva Guimarães, nascido era
Minas Geraes, passou a vida era bohemia, causa, talvez,
de seu profundo lyrismo, que teve vários aspectos; phi-
',141) Do drama Lcunor dr Mrmhnia, acto 11 sceiía IV. TraiisiTiiito do volume The-
aliii, das ()liias l'oslliuiiias de (loiíralvos Dias, pajís. 204 a 2(!><.
19
208 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
ptores brr.zileiros.
Soneto
A Cavalhada
JosE DE Alencar
(1829—1877)
Os filhos de Tupan
{Fragmento)
IV
No mesmo sitio, firme e ineombalido,
Delubro de granito ali resurto,
302 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Scena intima
(14:1) Trans(;ii|ilo lia AVWWa</a Aiatlnnia Tiruzilcira rfí Lc/ro-v, anuo U, num. 3,
pags. 11-12, Uio, mu
304 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
mera e desconhecida.
dos seios.
A hospitalidade
esposa.
O estrangeiro respondeu:
Alvares de Azevedo
(1831—1852)
Soneto
— Bravo! bravo
Um urrah tríplice respondeu ao moço meio ébrio. (147)
(147) Obnís (li- .Miuiocl Anlmiio Alvares de Azevedo tomo lereeiro, pags. T.il a 3;W.
312 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Junqueira Rreire
(1832—1855)
A orphã na costura
ao
311 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Eu repetia, singela,
Uma formosa oração.
Agrário de Menezes
(1834—1863)
(Itó) Transcriplo de 0.i annars. num. 92, aiino H.', do Rio, 1906, pags. 461.
316 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Satyro. — Do Brazil.
rece-me inglez. .
Braulio.— Ha de ser.
Luiz Delphino
(1834—1911)
A cidade da luz
pRANKLIN DoREA
(1886—1906)
A estatua de Moysés
Casimiro de Abreu
(1837 — 1860)
Bálsamo
Carneiro Ribeiro
(1839)
(I5H) Das Ubran completas de Casimiro de Abreu, Edição dirigida por Said AUi,
pags. 59.
os ESCRIPTORES BRAZILEÍROS 325
mortalisou.
* •
Tobias Barretto
(1839—1889)
Presentimento
(154) Coiif('i'(Mii;ÍH f(!ila a 13 (Iíí Julho de 1S97, sobre <íPa<lrc Aniunio Vieira conside-
rado amo claisico da liai/ua Portuguesa»
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 329
SI
330 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Ideia do direito
Eu o creio firmemente.
Pedro Luiz
(1839—1884)
O que eu quero
Machado de Assis
(1839—1908)
Letras.
A Carolina (159)
{\hSi No seu verdadeiro sentido, ao molde dos grandes escriplores ingleses dos
últimos tempos.
(WJj E' reputado este soneto a obra-prima do grande escriptor.
336 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
José de Anchieta
Meninice
Do « Memorial de Ayres »
24 de Junho.
Os deuses de casaca
Scena X
MERCÚRIO, depois MARTE, APOLLO
MERCÚRIO, só.
(Indo ao vinho)
Um gole
Não ha vinho nenhum que uma dôr não console
Behe silencioso
MARTE, a Apollo
E' Mercúrio.
APOLLO, a Marte
Medita.
Em que será?
MARTE
Não sei.
Oh ! Como me palpita
O coração!
APOLLO, a Mercúrio.
Que é isso?
MERCÚRIO
MARTE
A PO L LO comsigo
MARTE
Estou disposto!
MERCÚRIO
Estou disposto
Scena XI
OS MESMOS, JÚPITER
JÚPITER
MERCÚRIO
Nós, meu pai?
APOLLO
MARTE
Eu não. .
JÚPITER
MARTE
JÚPITER
Porem?
MARTE
Eu faiarei mais claro
No conselho.
JÚPITER
Ah! E tu?
APOLLO
Eu o mesmo declaro
Júpiter a Mercúrio
Tua declaração?
MERCÚRIO
JÚPITER
APOLLO
JÚPITER
Assim, pois?
APOLLO
MARTE
Apoiado!
MERCÚRIO
Apoiado!
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 345
JÚPITER .
MARTE
O caso é desgraçado.
Mas a verdade é esta, esta e não outra.
JÚPITER
Assim
Desmantela-se o Oíympo!
MERCÚRIO
Espirito ruim
Não ha, nem ha fraqueza, ou triste covardia.
Ha desejo real de concluir um dia
Esta lucta cruel, estéril, sem proveito.
Deste real desejo, é este, p' pai, o eífeito.
JÚPITER
4»
Pagundes Varella
(1841 — 1875)
Luiz Nicoláo Fagundes Varella, nascido no Rio de
(Kii) Dos "Deuxes de casaca", vol. lliculro, Hio, 1911, paj,'s. SOf) a 200.
340 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
O horror da t3ranniu!
Si agora era bronze eternisaea senhores,
Gravai nos bronzes o brazão dos livres,
pRANKLiN Távora
(1842—1888)
Sacrifício
(166) Começo do romance Sacri/icio, na Revista lirazileira, Rio, 1S79, tomo I, pags.
S0-2Í.
os ESCRIPTOllES BRAZILEIROS 351
Visconde de Taunay
(1813—1898)
Letras.
Papilio innocentia
dogmática. (167)
No pouso
Eu venho aquisestear,
Nesta viola que as maguas
•Sabe tristonha carpir,
Quero tocar meu fandango
Quero a tyranna ferir.
Religiões no Brazil
Os deuses tupy-guaranys,
definido no regimen espiritual.
comprehendendo mythos homeomorphos e anthropomor-
phos nem mesmo pertenciam aos nossos Índios, segundo
investigações de recentes americanistas, mas eram acco-
raodações; as tribus que para aqui vieram,
africanas,
I não iam mais longe nas suas adorações, do que á trans-
missã(j que faziam das faculdades rudimentares do seu
cérebro pouco denso aos manipanços, elevados a cate-
goria de divindades nos candomblés convulsionarios.
As ondas
II
III
do termo.
Synthese
{I"l) Avulsa.
23
362 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
2 de julho na Bahia
*-
Sobre o militar
GoNSALVEs Crespo
(1845—1883)
Chimeras
Castro Alves
(1847—1871)
Mudo e quedo
Em meio ás ondas
Ia Lucas rolar . .
Um grito fraco,
L
372 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
As Senhoras Bahianas
{Fragmento da carta)
nista.
Quem pede?
E a quem se pede?
O adeus de Gonzaga
Scena VIII
O GOVERNADOR
ou o cadafalso . .
GONZAGA
LUIZ
GONZAGA
Maria
MARIA
O GOVERNADOR
MARIA
GONZAGA ^
MARIA
GONZAGA
MARIA
VicTORiANO Ralhares
(1847—18. .
.)
Riachuelo
Em combate infernal.
E embocca o porta-voz.
E parte e vôa e cáe sobre o inimigo
Em quem, já fundo, o medo paralysa
O delírio feroz.
O sorriso
LITERATUEA CONTEMPORÂNEA
Carlos de Laet
(1847)
Microcosmo
— Não é possível
— E todavia nada mais verdadeiro. Encontral-o-has
em todas as folhas, e com todas as lettras.
—Eu?!
— Certamente. Desenhas como um mestre, que já és,
na charye, na caricatura. Ora, não é possível esboçar, de
relance, a figura humana sem ter a noção exacta das
proporções do corpo. Escusado é lembrar-te que em to-
— Já começo a concordar.
—Ora, essal
384 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
— Camisola de força . .
-*-
Republica.
Miss Kate
{Fragmento)
Ibsen e o symbolismo
sa a alma universal.
Joaquim Nabuco
(1849—1910)
Nada
Academia Brazileira
(Fragmento)
(18õ) Tranwripto dos Sonetos tíiaiileiros, collectanea feita por Lau(k'iino Freire.
S5
394 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
RuY Barbosa
(1849)
(ISÓ bis) Transe ri pio da Revista da .Uadonia HraziUiva de Lclran, auiii. l, anuo
I, Julho ilu Il)t0.
396 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
(Fragmento)
O processo Dreyfus
Da "Plataforma"
O regimen republicano
— * —
Domingos Olympio
(1850—1906)
O Almirante
(189) Do livro Visita á terra natal, Baliia, 1893, pags. 61, tí?, 63.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 405
Sylvio Romero
(1851)
(l'.)<)) o Almirunle, cdp. WX, iii fliic, vm Os Aitnacs, atmo U[, num. %, pairs.
f24-f.25.
408 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
leira de Letras.
(191) unimos harpejos, Pelotas (Rio Grande do Sul), 1883, ita;;». 40-41.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 411
Inglez de Souza
(1853)
Trecho de «O Missionário»
(192) De: Dmilrina contra ilonlrina-O erolvciniiismo e o po-iifirisnio iio Brazil. Rio,
189-), 2' Cíliçún nipllioiada, paj^s. XXVU-XXVIU.
os ESCRIFTORES BRAZILEIROS 413
Lucio DE Mendonça
(1854—1909)
(M:i) () MiHsivnurio, (2* cdi(.âo revista pelo aiUoiv, tomo I, Rio, lSt'9, pags.
118 a 120.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 415
va de sua fundação.
O rebelde
Os votos de Estado
irmãos fossem.
II
III
IV
Manoel Victorino
(1854—1902)
(195,' Avulsa.
418 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Sursum corda
Garcia Redondo
(1854)
Um homem Venturoso
Anoitecia.
eléctricas.
Os primeiros exames
—
Se nós sahirmos.approvados, o senhor necessaria-
mente nos ha de dar um presente. Qual é?
—O que é?
—Um bom abraço e. . . .e. . .mais livros.
Guerra Junqueiro
S7
426 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
JosE DO Patrocínio
(1854—1905)
Chronica Politica
O lodaçal continuava.
Arthur Azevedo
(1855—1908)
Eterna Dor
Fragmento
Urbano Duarte
(1855 — 1904)
[202) Dos CoutuH fura da muda, l*.ediçao, Hio, 181)4, pajjs. bS-5d.
134 ANTHOLÔGl DA ÍJNGUA VERNÁCULA
Ruy Barbosa
E retorquiu:
— Não peço!
— Metto-o na caíúa!
43(3 ANTHOLOGlA DA LÍNGUA VERNÁCULA
— Mettal
— Suspeudo-lhe a sobremesa. .
— Suspenda!
— Mando-o ficar de pé em cima do hanco durante o
—Mande.
(203J Avulsa.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 437
Aluisio Azevedo
(1857)
O Coruja
Theophilo Dias
(18Õ7 — 1889)
anista.
O Rio e o Vento
S8
442 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
(
Um 'prefacio)
A arte
suprema consiste na correspondência exacta,
na equivalência perfeita, entre a forma e o pensamento.
Os artistas dignos deste nobre nome não têm, não co-
nhecem outro ideal.
Mucio Teixeira
(1858)
Evolução
O Guarany
No arranco vertiginoso
Dessa musica em tropel
Sons ha que espadanam sangue
E sons que distillara mel.
Uiva e ri, geme e ribomba
A escala, que sobe e tomba,
Desde os arrulhos da pomba
Aos silvos do cascavel.
Em sonora ebulição.
Não sei de que extranhas cavas
Rebenta a harmonia em lavas,
Golfando essas notas bravas
Nos estos de uma explosão.
450 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Na remontada conquista
Desse ideal, que abordou.
Augusto de Lima
(1858)
Na pia já se presume
mais forte e não se recorda
da humilde origem: — transborda
vaidosa de seu volume.
No alcochoado da espuma,
sobre o dorso azul das vagas,
— eis a ventura que affagas,
sem mais ambição nenhuma.
Valentim Magalhães
(1859—1903)
Visita a um tumulo
í3e
458 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
O primeiro dente
Que foi?
—O que foi?
—O que é, Dada ?
os ESCRIPTORES BRÂZILEIROS 459
E' o avô.
Literatura Brazileira
Alberto de Oliveira
(1859)
Rede selvagem
Pérola
Clóvis Beviláqua
(1859)
propriedade
Vicente de Carvalho
(1859)
leira de Letras
Pequenino morto
Pequenino; accorda!
Pequenino, accorda!
Do cair da noute. .
Pequenino, accorda!
472 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Jesus
30
474 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
--
B. Lopes
(1859)
Minha Varanda
(21!)) 1)0 /'o//(wrt.v xollas, vnl. I, São Paulo, 1611, pnífS. 29-30.
os ESCRIPTORES BRAZILEIRQS 475
Arthur Orlando
(1859)
hymno á natureza?
Onde está o nosso Kant, Spinosa ou Hoeckel, o nosso
Shakespeare, Goethe ou Tolstoi?
Raymundo Correia
(1860—1911)
O anoitecer
As pombas
O papão
4»
Eduardo Prado
(1860—1901)
(224) Avulsa.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 483
A Bandeira Nacional
[Fragmento)
Porque é que um
symbolo é apagado da bandeira
como emblema de discórdia e, ao mesmo tempo, é pre-
gado ao peito dos soMados como insignia de honra ?
Affonso Celso
(1860)
(22r<) Das Faf/inas Enquecídas, de O.v Annaes, do Rio, aiino U, uuin. 40, pags. 441-
A jóia
II
Enlevada,
A creança lançava alternativo olhar
486 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Finda
A eloquente mudez da suplica, outra vez
Os olhos embebeu, frementes de avidez, *
«Qual é?!»
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 487
III
Na fazenda
31
490 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
(228)
O futuro do Brazil
("2^8) Do Oilo annos ilr parlnmrii/o, Rio, líiOI Lacmiiu-rt & C, editores, pags. lOi
a 106.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 491
(Í2'.l) l)(i Vorquc mr iifanu do mni Pai:. Hio, l".K)i, pajrs. 255 !\ 258.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 493
A entrada no Rio
A voz DO menino
Terra. . . Terra. .
Uma voz
Outra voz
Outra voz
Outra voz
Varías vozes
Aonde? Aonde?!
A PRIMEIRA voz
Outra voz
Varias vozes
symetrico.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 495
Uma voz
Outra voz
Outra voz
Outra voz
Outra voz
Outra voz
Outra voz
Outra voz
Outra voz
Outra voz
Varias vozes
Martins Júnior
(1860—1904)
Soneto
Aspectos do direito
e araorpho.
. os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 499
Luiz Murat
(1861)
No bosque
Gralhas
3S
•506 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Cruz e Souza
(1862—1898)
Flor hirvanisada
Região azul...
Raul Pompeia
(1863—1894)
DoMicio DA Gama
(1863)
Fragmento
Coelho Netto
(1861)
(2;v.)) Da Revista Americana, do Rio, anuo II, num 2, Fevereiro de 1911, pags.
2í8-2á6.
514 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Ser mãe
As letras
A Forma
A arvore
Foram-se os caminheiros.
Um panorama do Rio
33
522 ANTHOLOGIÂ DA LÍNGUA VERNÁCULA
do que o ceu.
Do «Saldunes»
Scena I
Joel
JuLYAN, iristemente:
Joel
Akmel
•
A voz de Rittha-Gaur. .
A voz sonora,
A voz possante da buzina forte
Inda vibra em minha alma como outr'ora. .
JuLYAN, prcsago:
stentorosamente:
Por Hesús!
VozKS, na floresta:
Por Hesús
Joel
Epinicio
Scena II
JULYAN E ArMEL
JuLYAN, suspirando:
Hena!
Armel, voltandose:
JuLYAN
Armel
JULYAN
Armel. ancioso:
J ULYAN
Armel
JULYAN
Cala -se a cotovia.
Se a lua rendeu o sol. .
Armel
Cala-se o rouxinol.
JuLYAN, suspeitoso:
Seu nome?
Armel
JuLYAN, apaixonadamente:
Acredito.
Armel
JuLYAN, fogosamente:
Dil-o tu mesmo!. .
JULYAN
Hena!
Armel
Se pécco
A culpa é d'ella, irmão, e rainha é a pena.
Alcindo Guanabara
(1865)
O jornal
(íâo; Dincurnus [òni u Gamara, Hio, l'.'ll Livraria Editora, pags. 119 a lj!2.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 533
Olavo Bilac
(1865) ,
A um grande homem
Cresceu. Atropelladas,
Soltas, grossas, as ondas apressadas
Estendeu largamente.
Tropeçando nas pedras espalhadas.
No galope impetuoso da corrente. .
Cresceu. E é poderoso:
Mas enturba-lhe a face o lodo ascoso. .
Implacável* violento.
Rijo o vergasta o látego do vento.
Das estrellas, cahindo
Sobre elle em vão do claro firmamento
Batem os raios límpidos, luzindo. .
—
Rio soberbo e nobre!
Has-de chorar o tempo em que vivias
Como um arroio socegado e pobre. . . (247)
Surdina
(?47) Das Vorsias, p'li(,'ao rtelinitiva, Rio, 1902, paffs. I" a lít.
536 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Que frio
Que frio!
Que frio!
Gonçalves Dias
Fragmento
34
538 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
ou
moyo. (249)
Virgílio Várzea
(1865)
A bordo do "Livádia"
{Fragmento)
Rodrigo Octávio
(1866)
Patriotismo brazileiro
Emílio de Menezes
(1867)
Salto do Guahyba
EuCLYDES DA CuNHA
(1867—1909)
(252) Das Poedns, Kio, 190-2, Francisco Alves, editor, pa^ís. 78.
541) ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
A ultima visita
rana.
onal.
548 ANTHOLOGIÀ DA LÍNGUA VERNÁCULA
Guimarães Passos
(18G7— 1909)
Mystica
Medeiros Albuquerque
(1867)
(2r>i) I);is PaiiiiKifi de ouro ria Coesia lirazilcira, (te ai-hkiíto pk omveika.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 551
Illusões
A Joaquina da onça
35
554 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
Adolpho Caminha
(1867—1897)
ptor pamphletario.
A normalista
(Fragmento)
-^
Oliveira Lima
(1867)
Colónia e reino
Pedro Rabello
(18{)8— 190Õ)
Mana Minduca
— Tá intrégue?
O amo que fosse ficaria para alli, sem resposta como
o' moleque. (259)
Affonso Arinos
(1868)
Fragmento de discurso
Graça Aranha
(1868)
Discurso académico
(261)
—*
António Mendes Martins
(1876)
poema.
O Verme e a Estrella
(H'<\) Rcr. l/a Amã. Uru:-, dr l.iinis, ;iiiiiti II, iniin. '>, puKS. 188-184.
os ESCRIPTORES BRAZJLEIROS 507
II
III
IV
86
570 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
de Coimbra.
Hydrophana
r2í',-2) Traiisrri|ilu da rtívislti .1 Seúra de llnlh. mwmI, nii'ii 2, pags. 2á, 2;!. Ba-
hia, l'.ill.
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 571
II
III
Hynino
pRANCISCO MaNGABEIRA
(1879—1904)
Bailada
II
111
O guerreiro valoroso
Era um pastor ignorado
Que para um prélio horroroso
Partira como soldado.
Um dia um presentimento
Mergulhou-a na tristeza
E depois d'esse momento
Ficou sem graça a princeza. .
IV
Ia murchando a inditosa
Aô peso d'esse raartyrio
Como se fosse uma rosa
Transfigurada num lyrio.
r)78 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
O Radjah
II
III
IV
37
580 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
tylo. Tal era, porem, o seu renome nas nossas letras que
falha sensível seria a da sua exclusão de um Curso de
Literatura Brasileira. Corrigir-lhes, ou apontar-lhes os
defeitos, desde que os mencionamos, seria peior do que
não os ter contemplado. Preferimos incluil-os taes como
os encontramos nas melhores edições dos seus livros.
E si incorreções graramaticaes escaparam nos seus
fragmentos, que corrijam os que fizerem uso desta An-
tholoyia, tanto mais quanto aos mestres incumbe não só
fazer a anal3'se do melhor, mas também a do peior,
PARTE PRIMEIRA
OS CLÁSSICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA '
Recordações 106
os ESCRIPTORES BRAZILEIROS 580
PARTE SEGUNDA
OS ESCRIPTORES BRAZILEIROS
I
Século XVI
Século XVII
Romance 144
O Brazil 149
Século XVIII
Um proemio 158
Soneio 167
II
Século XIX
Soneto 239
Synthese 361
590 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
III
LITERATURA CONTEMPORÂNEA
O Coruja 437
Theophilo Dias ( 1857 — 1889 ) 440
O Rio e o Vento 440
Sohre Augusto de Lima. ..... 442
Mucio Teixeira (1858) 443
Evolução 444
Sohre Castro Alves 445
Castro Rerello Júnior (1858 — 1912) ... 446
O Guarany 446
Augusto de Lima (1858) 451
Historia de uma fonte 452
Valentim Magalhães ( 1859 — 1903). . . . 454
Hydrophana 570
'
Hymno 571
Nas montanhas de Chuzenji 572
Francisco Mangabeira (1897 — 1903) ... 574
Bailada 574
O Badjah 578
38
602 ANTHOLOGIA DA LÍNGUA VERNÁCULA
NOTAS FINAES
CD
Library
O
-«t
P
O
Cd DO NOT
U
Q)
> REMOVE
to
•H
THE
H
CARD
•H
O
Cd
M FROM
Cd o
a: ^
-p
THIS
•H
CS
POCKET