APOSTILA MODULO 1 COMBATE A INCENDIO C
APOSTILA MODULO 1 COMBATE A INCENDIO C
APOSTILA MODULO 1 COMBATE A INCENDIO C
SUMÁRIO
• SUMÁRIO pág. 2
• 1.0 TEORIA DO FOGO pág. 3
• 2.0 FASES DO FOGO pág. 7
• 3.0 FORMAS DE COMBUSTÃO pág. 9
• 4.0 FUMAÇAS pág. 9
• 5.0 FORMAS DE PROPAGAÇÃO pág. 13
• 6.0 PONTOS DE TEMPERATURAS pág. 13
• 7.0 PIRÓLISE pág. 14
• 8.0 CLASSES DE INCÊNDIOS pág. 15
• 9.0 PRINCÍPIOS DA EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS pág. 15
• 10.0 CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS pág. 17
• 11.0 TIPOS DE AGENTES EXTINTORES pág. 18
• 12.0 SISTEMA HIDRÁULICO DE COMBATE pág. 27
• 13.0 ALARMES DE INCÊNDIO pág. 33
• 14.0 MANGUEIRAS DE INCÊNDIO pág. 35
• 15.0 JATOS D’AGUA E DE ESPUMA pág. 44
• 16.0 ROUPAS E EPI’S pág. 56
• 17.0 ABERTURA E ENTRADA EM INCÊNDIO pág. 64
• 18.0 TÉCNICAS DE RETIRADA DE VÍTIMAS pág. 80
• 19.0 VENTILAÇÃO TÁTICAS pág. 82
• DISPOSITIVOS LEGAIS pág. 91
• LEI FEDERAL pág. 92
• CBO pág. 94
• NBR 13860 – GLOSSÁRIO pág. 95
Página 2
1.0 TEORIA DO FOGO
INTRODUÇÃO
O controle e extinção de um incêndio requerem um entendimento da natureza química e física do fogo.
Isso inclui informações sobre fontes de calor, composição e características dos combustíveis e as condições
necessárias para a combustão.
O QUE É FOGO? O fogo ou combustão pode ser conceituado como uma reação química (processo)
de oxidação rápida, autossustentável, acompanhada pela produção de calor, luz, fumaça e gases em
intensidades variáveis. Para efeito didático, adotasse a figura do tetraedro (quatro faces) para exemplificar
e explicar a combustão, atribuindo-se, a cada uma das faces,
um dos elementos essenciais da combustão.
Os três elementos que formam o triângulo e o processo
químico do fogo são:
A) O CALOR; B) O COMBUSTÍVEL;
C) O COMBURENTE; São gases existentes na atmosfera.
O mais comum deles é o OXIGÊNIO.
FOGO
COMBUSTÍVEL
“REAÇÃO EM CADEIA”
A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O
calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é
decomposto em partículas menores, que se combinam com o
oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o
combustível, formando um ciclo constante. Este Ciclo também
é chamado de:
TETRAEDRO DO FOGO
Os três elementos do fogo, quando em condições
favoráveis, sofrem a reação em cadeia. Quando ocorre a
reação em cadeia, teremos a formação do tetraedro do fogo,
que é uma figura ilustrativa do fenômeno do fogo, por
completo.
Página 3
Em consequência do aumento de intensidade do calor, os corpos apresentarão sucessivas
modificações, inicialmente físicas e depois químicas. Assim, por exemplo, ao aquecermos um pedaço de
ferro, este, inicialmente, aumenta sua temperatura e, a seguir, o seu volume. Mantido o processo de
aquecimento, o ferro muda de cor, perde a forma, até atingir o seu ponto de fusão, quando se
transforma de sólido em líquido. Sendo ainda aquecido, gaseifica-se e queima em contato com o
oxigênio, transformando-se em outra substância.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALOR
O calor é a causa direta da queima e de outras formas de danos pessoais. Danos causados pelo calor
incluem desidratação, intermação, fadiga e problemas para o aparelho respiratório, além de queimaduras (1º,
2º e 3º graus), que nos casos mais graves podem levar até a morte.
O esforço físico em ambiente de elevada temperatura provoca um desgaste muito grande. O ritmo
cardiorrespiratório rapidamente se eleva. Ocorre também grande perda de líquidos pela transpiração, o que
gera desidratação e auxilia a causar exaustão. Por vezes o mecanismo corporal de regulação térmica, na
tentativa de manter normal a temperatura do organismo, não suporta a sobrecarga e falha. Então, ocorre
algo similar à insolação (falha do mecanismo de regulação térmica provocada pela longa exposição ao sol).
Ocorre a intermação, que é a falha do mecanismo de regulação térmica provocada pela sobrecarga do
mecanismo de regulação térmica decorrente de longa exposição a altas temperaturas. Com a falha do sistema
de
“arrefecimento” corporal, a temperatura do corpo pode subir perigosamente e acarretar na morte da pessoa.
As queimaduras de vias aéreas superiores também são letais. Respirar fumaça e gases superaquecidos
pode queimar a mucosa das vias aéreas superiores causando inchaço e obstrução, o que ocasiona a morte por
asfixia.
O que é Intermação: É uma hipertermia acompanhada por resposta sistêmica inflamatória, causando
múltiplas disfunções orgânicas e, frequentemente, morte. Os sintomas incluem temperaturas > 40° C e estado
mental alterado; sudorese pode estar presente ou ausente. O diagnóstico é clínico.
Página 4
É toda a substância capaz de queimar-se e alimentar a combustão. É o elemento que serve de campo de
propagação ao fogo. Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e a grande maioria precisa
passar pelo estado gasoso para, então, combinar com o oxigênio. A velocidade da queima de um combustível
depende de sua capacidade de combinar-se com o oxigênio sob a ação do calor e da sua fragmentação (área
de contato com oxigênio). COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS
A maioria dos combustíveis sólidos transformam-se em vapores e, então, reagem com o oxigênio.
Outros sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze)
primeiro transformam-se em líquidos, e
posteriormente em gases, para então se
queimarem.
COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor,
aumentando o perigo para os bombeiros. Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contêm. Se
derramados, os líquidos tomam a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas. Tomando
como base o peso da água, cujo litro pesa um quilograma, classificamos os demais líquidos como mais leves
ou mais pesados. É importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água e,
portanto, flutuam sobre esta. Outra propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido, ou seja, sua
capacidade de misturar-se à água. Os líquidos derivados do petróleo (conhecidos como hidrocarbonetos)
têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool, acetona (conhecidos como solventes polares)
têm grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um ponto em que a mistura (solvente polar + água)
não seja inflamável.
A volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também é de grande
importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo
explosão. Chamamos de voláteis, os líquidos que liberam vapores a temperaturas menores que 20ºC. Ex.
Combustíveis Líquidos: GASOLINA, ÁLCOOL, TÍNER, QUEROSENE etc.
COMBUSTÍVEIS GASOSOS
Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que
estão contidos. Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso
Página 5
do gás é maior que o do ar, o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento,
obedecendo aos contornos do terreno. Para o gás queimar, há necessidade de que esteja em uma
mistura ideal com o ar atmosférico, e, portanto, se estiver numa concentração fora de determinados
limites, não queimará. Cada gás ou vapor tem seus limites próprios. Por exemplo, se num ambiente há
menos de 1,4% ou mais de 7,6% de vapor de gasolina, não haverá combustão, pois, a concentração de
vapor de gasolina nesse local está fora do que chamamos de mistura ideal (limites de inflamabilidade),
isto é, a concentração deste vapor é inferior ou é superior aos limites de inflamabilidade.
Página 6
a temperatura do ambiente está ainda pouco acima do normal. O calor está sendo gerado e evoluirá com o
aumento do fogo.
QUEIMA LIVRE
Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da
convecção, isto é, o ar quente “sobe” e sai do ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas aberturas
nos pontos mais baixos do ambiente. Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o ambiente e, de
cima para baixo, forçam o ar frio a permanecer junto ao solo. Eventualmente, causam a ignição dos
combustíveis nos níveis mais altos do ambiente. Este ar aquecido é uma das razões pelas quais os
bombeiros combatentes devem se manter abaixados e usar equipamentos de proteção individual
(vestimentas especiais e proteção respiratória). Uma inspiração desse ar superaquecido pode queimar os
pulmões. Neste momento, a temperatura nas regiões superiores (nível de teto) pode exceder 700ºC.
QUEIMA LENTA
Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um ponto onde o
comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as chamas podem deixar de existir se
não houver as suficiente para mantê-las (na faixa de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é normalmente
reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça densa e os gases se
expandem. Devido a pressão interior ser maior que a externa, os gases saem por todas as fendas em
forma de lufadas, que podem ser observadas em todos os pontos do ambiente. E esse calor intenso
reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando, assim, vapores combustíveis.
Página 7
3.0 FORMAS DE COMBUSTÃO
A combustão pode ser classificada conforme a sua velocidade em: Completa, Incompleta, Espontânea
E Explosão. Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: O Comburente e o
Combustível; O calor entra no processo para decompor o combustível. A velocidade da combustão variará
de acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do
combustível.
COMBUSTÃO COMPLETA : É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente
rico em oxigênio.
COMBUSTÃO INCOMPLETA : É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se
processa em ambiente pobre em oxigênio.
COMBUSTÃO ESPONTÂNEA: É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos
vegetais que, pela ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera gases que podem
incendiar. Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo
ponto de ignição); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20ºC), como o fósforo
branco. Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera
calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão. Por exemplo, água + sódio.
EXPLOSÃO: É a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima velocidade, em locais confinados,
com grande liberação de energia e deslocamento de ar. Combustíveis líquidos, acima da temperatura de
fulgor, liberam gases que podem explodir (num ambiente fechado) na presença de uma fonte de calor.
4.0 FUMAÇAS
A fumaça é um fator de grande influência na dinâmica do incêndio, de acordo com as suas
características e seu potencial de dano. Antigamente, qualificava-se a fumaça basicamente como um
produto da combustão, que dificultava muito os trabalhos dos bombeiros por ser opaca, atrapalhando a
visibilidade, e por ser tóxica, o que a tornava perigosa quando inalada. A preocupação era, então,
estabelecer meios de orientação por cabo guia e usar equipamento de proteção respiratória para
conseguir desenvolver as ações de salvamento e combate a incêndio com segurança. Com estudos mais
recentes, foram valorizadas outras três características da fumaça. Verifica-se que ela é quente, móvel e
inflamável, além das duas já conhecidas: opaca e tóxica.
Quente – A combustão libera calor, transmitindo-o a outras áreas que ainda não foram
atingidas. Como já tratado na convecção, a fumaça será a grande responsável por propagar o calor ao
atingir pavimentos superiores quando se desloca (por meio de dutos, fossos e escadas), levando calor a
outros locais distantes do foco. A fumaça acumulada também propaga calor por radiação.
Página 8
Opaca – Os seus produtos, principalmente a fuligem, permanecem suspensos na massa
gasosa, dificultando a visibilidade tanto para bombeiros, quanto para as vítimas, o que exige técnicas
de entrada segura (como orientação e cabo guia) em ambientes que estejam inundados por fumaça.
Móvel – É um fluido que está sofrendo uma convecção constante, movimentando-se em
qualquer espaço possível e podendo, como já dito, atingir diferentes ambientes por meio de fossos,
dutos, aberturas ou qualquer outro espaço que possa ocupar. Daí o cuidado que os bombeiros devem
ter com elevadores, sistemas de ventilação e escadas. Essa característica da fumaça também explica
porque ocorrem incêndios que atingem pavimentos não consecutivos em um incêndio estrutural.
Inflamável – Por possuir em seu interior combustíveis (provenientes da degradação do
combustível sólido do foco e pela decomposição de materiais pelo calor) capazes de reagir com o
oxigênio, a fumaça é combustível e, como tal, pode queimar e até “explodir”. Não dar a devida atenção
à fumaça ou procurar combater apenas a fase sólida do foco ignorando essa característica é um erro
ainda muito comum. A fumaça é combustível e queima!
Tóxica – Os seus produtos são asfixiantes e irritantes, prejudicando a respiração dos
bombeiros e das vítimas.
Em um ambiente fechado, como um compartimento, a fumaça tende a subir, atingir o teto e
espalhar-se horizontalmente até ser limitada pelas paredes, acumulando-se nessa área. A partir daí, a
fumaça começará a descer para o piso.
Em todo esse processo, qualquer rota de saída pode fazer com que a fumaça se movimente através
desta, podendo ser tanto por uma janela, quanto por um duto de ar condicionado, uma escada, ou
mesmo um fosso de elevador. Se não houver uma rota de escape eficiente, o incêndio fará com que a
fumaça desça para o piso, tomando todo o espaço e comprimindo o ar no interior do ambiente.
4.1 GASES TÓXICOS PRESENTES NOS INCÊNDIOS
A inalação de gases tóxicos pode ocasionar vários efeitos danosos ao organismo humano. Alguns
dos gases causam danos diretos aos tecidos dos pulmões e às suas funções. Outros gases não provocam
efeitos danosos diretamente nos pulmões, mas entram na corrente sanguínea e chegam a outras partes
do corpo, diminuindo a capacidade das hemácias de transportar oxigênio. Os gases nocivos liberados pelo
incêndio variam conforme quatro fatores:
Natureza do combustível;
Calor produzido;
Temperatura dos gases liberados; e Concentração de oxigênio.
Os principais gases produzidos são o monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO²)...
Os demais também irá ter presente em incêndios com seus combustíveis responsáveis como o
Dióxido de Nitrogênio (NO²), Dióxido de Enxofre (SO²), Ácido Cianídrico (HCN), Ácido Clorídrico (HCl),
Metano (CH4) e Amônia (NH³).
Não apenas a toxicidade de um gás pode ser prejudicial, mas a inalação de ar e fumaça aquecidos
pode provocar queimaduras nas vias aéreas superiores, o que se constitui em um ferimento letal.
Monóxido de Carbono (CO)
O monóxido de carbono (CO) é o produto da combustão que causa mais mortes em incêndios. É um
gás incolor e inodoro presente em todo incêndio, mas principalmente naqueles pouco ventilados. Em
geral, quanto mais incompleta a combustão, mais monóxido de carbono será produzido.
O perigo do monóxido de carbono reside na sua forte combinação com a hemoglobina, cuja função
é levar oxigênio às células do corpo. O ferro da hemoglobina do sangue se junta com o oxigênio numa
combinação química fraca, chamada de oxihemoglobina. A principal característica do monóxido de
carbono é de combinar-se com o ferro da hemoglobina tão rapidamente, que o oxigênio disponível não
consegue ser transportado. Essa combinação molecular é denominada carboxihemoglobina (COHb).
Página 9
A afinidade do monóxido de carbono com a hemoglobina é aproximadamente na ordem de 200 a
300 vezes maior que a do oxigênio com ela. Se muitas hemácias forem comprometidas pelo CO, o
organismo não tem como transportar oxigênio pelo sangue e respirar torna-se inútil já que o O2 entra no
pulmão, mas não é absorvido. A concentração de monóxido de carbono no ar acima de 0,05% (500 partes
por milhão) pode ser perigosa. Quando a porcentagem passa de 1% (10.000 partes por milhão) pode
acontecer perda de consciência, sem que ocorram sintomas anteriores perceptíveis, podendo provocar
convulsões e morte. Mesmo em baixas concentrações, o bombeiro não deve utilizar sinais e sintomas
como indicadores de segurança. Dor de cabeça, tontura, náusea, vômito e pele avermelhada podem
ocorrer em concentrações variadas, de acordo com fatores individuais. No quadro abaixo, podemos
observar concentrações de CO no ambiente, em partes por milhão, e respectivos sintomas que podem
ocorrer.
CO (ppm*) CO NO AR SINTOMAS
100 0,01 Nenhum sintoma.
200 0,02 Leve dor de cabeça, podendo ocorrer outro sintomas.
400 0,04 Dor de cabeça após 1 ou 2 horas.
Dor de cabeça após 45 minutos. Náuseas, colapso e inconsciência, após 2
800 0,08 horas.
1.000 0,10 Risco de ocorrer a inconsciência após 1 horas.
1.600 0,16 Dor de cabeça, tontura, náuseas, após 20 minutos.
Dor de cabeça, tontura, náuseas, após 5 ou 10 minutos, e inconsciência,
3.200 0,32 após 30 minutos.
Dor de cabeça e tontura após 1 ou 2 minutos, inconsciência, após 10 ou
6.400 0,64 15 minutos.
12.800 1,28 Inconsciência imediata, perigo de morte entre 1 e 3 minutos.
*ppm (Parte por milhões)
Página 10
FUMAÇA NEGRA ou CINZA ESCURA: É originária de combustão incompletas, geralmente produtos
derivados do petróleo, tais como graxas, óleos, pneus, plásticos, etc. Combustão que se desenvolve
em altas temperaturas, geralmente com deficiência de Comburente (oxigênio).
FUMAÇA AMARELA, MARROM ou VERMELHA: Nos indica a queima de combustível com gases
altamente tóxicos. Ex. Produtos Químicos.
Página 11
• O termo BACKDRAFT é usado por bombeiros para descrever um evento onde o ar (oxigênio) entra
repentinamente num espaço que contém um incêndio controlado pela falta de ventilação e acaba
provocando uma ignição explosiva ou explosão por fluxo reverso, portanto a causa principal do
BACKDRAFT está ligada a uma abertura e a repentina oferta de ar (oxigênio). Já o efeito disparador ou a
causa de um flashover é o calor e não o ar.
• As ignições explosivas tipo BACKDRAFT ocorrem nos estágios do incêndio onde existe muito calor e
ventilação limitada, seguida de nova ventilação. Já o FLASHOVER ocorre nos estágios onde surge um
calor crescente com ventilação permanente.
BOIL OVER:
Fenômeno que ocorre devido ao armazenamento de água no fundo de um recipiente, sob combustíveis
inflamáveis, sendo que a água empurra o combustível quente para cima, durante um incêndio, espalhando-o e
arremessando-o a grandes distâncias.
BLEVE: Sigla de “Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion” ou em português “Explosão de vapor em expansão
de líquido fervente”, acerca de um fenômeno que ocorre em recipientes com líquidos inflamáveis sob pressão,
explodindo devido à queda de resistência das paredes do cilindro.
5.0
FORMAS DE PROPAGAÇÃO (FOGO)
O calor pode se propagar de três diferentes maneiras, ou seja, por condução, convecção ou
irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com temperatura
mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. Em resumo, o mais frio de dois objetos absorverá calor
até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.
Página 12
CONDUÇÃO: É a transmissão de calor que se faz de
molécula para molécula, através de um movimento IRRADIAÇÃO: É a transmissão de calor que se processa
vibratório, que as anima e se comunica de uma para sem a necessidade de continuidade molecular entre a
outra. Pode ocorrer condução de calor através de fonte calorífica e o corpo que recebe calor. No Exemplo
paredes ou pisos e estruturas metálicas entre outras acima, a casa em chamas, vai Irradiar calor para a casa
materiais. Exemplo Acima. vizinha, provocando o incêndio desta segunda residência.
CONVECÇÃO: É o método de transmissão de calor
característico dos líquidos e gases. Consiste na
formação de correntes ascendentes de gases quentes,
que viajam através da fumaça levando fazendo com
que ambientes distantes do foco do incêndio, entrem
em combustão, como no exemplo ao lado.
LIMITE LIMITE
INFERIOR SUPERIOR BENZINA -17,7 232,0
Página 13
• PONTO DE FULGOR: É a temperatura mínima em que um combustível desprende vapores em
quantidade suficiente para que, na presença de uma fonte externa de calor, se inflamem. No entanto,
nesta temperatura, a chama não se manterá uma vez que for retirada a fonte de calor.
• PONTO DE COMBUSTÃO: É a temperatura em que um combustível desprende vapores em quantidade
suficiente para que, na presença de uma fonte externa de calor, se inflamem e mantenham-se inflamando,
mesmo na retirada da fonte externa de calor.
• PONTO DE IGNIÇÃO: É a temperatura em que um combustível desprende vapores em quantidade
suficiente para que, em contato com um comburente, se inflamem e mantenham-se inflamando,
independentemente da existência de uma fonte externa de calor.
7.0 PIRÓLISE
É uma reação de decomposição que ocorre pela ação de altas temperaturas. Ocorre uma ruptura da estrutura
molecular original de um determinado composto pela ação do calor em um ambiente com pouco ou nenhum oxigênio.
Entretanto, em sentido amplo, conceitua-se como pirólise todo e qualquer processo de decomposição ou de alteração da
composição de um composto ou mistura pela ação de calor, nas condições acima descritas.
NOS GRANDES INCÊNDIOS, ESTA REAÇÃO É TÃO FORTE QUE PODE LEVAR AS ESTRUTURAS A UM COLAPSO,
FACILITANDO O DESABAMENTO, COMO SE FOSSE UMA IMPLOSÃO:
Temperatura Reação
200°C Produção de vapor d’água, dióxido de carbono e ácidos acético e fórmico.
Ausência de vapor d’água – pouca quantidade de monóxido de carbono – a reação ainda
200°C – 280°C está absorvendo calor
280°C – 500°C A reação passa a liberar calor, gases inflamáveis e partículas; há a carbonização dos materiais
(o que também liberará calor).
Na presença do carvão, os combustíveis sólidos são decompostos, quimicamente, com maior
velocidade. Submetidos ao calor, os sólidos e os líquidos combustíveis se transformam em
Acima de 500ºC gás para se inflamarem. Como exceção e como casos raros, há o enxofre e os metais alcalinos
(potássio, cálcio, magnésio, etc.), que se queimam diretamente no estado sólido.
Página 14
Classe C: incêndio em equipamentos elétricos energizados.
Método De Extinção: Abafamento. Esta classe de incêndio pode ser mudada para “A”, se
for interrompido o fluxo elétrico. Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisores, por
exemplo) que acumulam energia elétrica, pois estes continuam energizados mesmo após a
interrupção da corrente elétrica.
Classe D: Incêndio em metais pirofóricos, como magnésio, selênio, antimônio, lítio,
potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, urânio e zircônio. É caracterizado pela
queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns (principalmente
os que contenham água).
Método de extinção: Abafamento e Isolamento, para o combate a incêndio de classe “D”
utilizamos pós à base de cloreto de sódio, cloreto de bário, monofosfato de amônia ou
grafite seco;
Página 15
RESFRIAMENTO
É o meio mais empregado no caso de incêndio em combustíveis comuns (Classe A). Removendo-se o calor, baixa-se
a taxa de evaporação, deixando a superfície do material inflamado de liberar vapores suficientes para manterem a
combustão. DE MODO GERAL SE UTILIZA ÁGUA, MAS TAMBÉM PODE SER USADO CO² GÁS CARBÔNICO.
ABAFAMENTO
A extinção pelo abafamento é efetuada mediante a aplicação de materiais ou agentes extintores que atinjam
ou cubram o fogo. Um exemplo que ilustra este tipo de situação é a colocação de uma tampa fechando um latão com
fogo em líquido inflamável, onde após consumir o oxigênio do seu interior, a chama se apaga.
Também podemos usar este método, através da formação de um filme aquoso na superfície do material, pela
utilização de espumas.
Neste caso A ação de abafamento, vai separar em duas partes o elemento comburente (oxigênio). Uma parte fica
fora da ação do fogo, e a outra fica ativa alimentando o combustível. no entanto este oxigênio irá se esgotar, ocasionando
a extinção do próprio fogo.
ISOLAMENTO
É a Retirada ou Isolamento de combustível da área afetada pelo incêndio.
Exemplos:
O fogo se propaga dentro de uma sala, com vários móveis enquanto bombeiro vai combatendo um com
agentes extintores, outro bombeiro vai retirando da sala os demais móveis que ainda não foram atingidos pelo
fogo;
Em um incêndio florestal, pode ser feita uma clareira entre determinadas partes da mata. Ou ainda ser feita
uma vala larga para evitar a passagem ou contato do fogo com as partes ainda não afetadas.
Em um foco de incêndio em madeiras em local aberto, mesmo você não tendo agentes extintores, como água
para o combate por resfriamento, você vai retirando todo o material que ainda não pegou fogo, na própria pilha
ou de pilhas próximas, até que você retire todo o material combustível ao redor do foco que já está queimando;
Página 16
QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA
Também é chamada de extinção química. Consiste no uso de agentes que interferem quimicamente na reação
diminuindo a capacidade de reação entre comburente e combustível. Esses agentes agem interferindo nos radicais
livres formados na reação, capturando-os antes de se coligarem na próxima etapa da reação.
Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das
chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia” (extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio comburente
deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis. Quando se descobriu a
possibilidade de isso ocorrer (estudando o PQS, como visto no tópico Reação em Cadeia) percebeu-se a existência de
mais um método de atacar a combustão e, consequentemente, foi necessário inserir mais um entre os elementos na
teoria da combustão
São substâncias químicas, ou naturais com o poder de ação sobre o Fogo e o Tetraedro do Fogo, que
possibilitam a extinção do fogo, através da quebra da reação em cadeia, agindo sobre um ou mais
elementos. Agem causando o RESFRIAMENTO, ABAFAMENTO OU ISOLAMENTO.
ÁGUA: É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua
propriedade de absorver grandes quantidades de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma como é
aplicada, neblina, jato contínuo etc.). A água é o agente extintor mais empregado, em virtude do seu baixo custo e da
facilidade de obtenção. Em razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água conduz eletricidade
e seu usuário, em presença de materiais energizados, pode sofrer um choque elétrico. Quando utilizada em combate a
fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do líquido que está queimando ou mesmo um “Boil
Over”, aumentando, assim, a área do incêndio.
PÓ QUÍMICO SECO: Os pós químicos secos são substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato
de potássio, cloreto de potássio ou Fosfato Monoamonico, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o fogo,
extinguindo-o por quebra da reação em cadeia e por abafamento. O pó deve receber um tratamento anti-
higroscópico para não umedecer e evitar assim a solidificação no interior do extintor. Para o combate a incêndio de
classe “D” utilizamos pós à base de cloreto de sódio, cloreto de bário, monofosfato de amônia ou grafite seco.
GÁS CARBÔNICO (CO²): Também conhecido como dióxido de carbono, o CO² é um gás mais pesado que o ar,
sem cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso (mas é asfixiante). Age principalmente por
abafamento, tendo, secundariamente, ação de resfriamento por sua temperatura do gás ser de -70ºC podendo variar.
Por não deixar resíduos nem ser corrosivo é um agente extintor apropriado para combater incêndios em
equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis (centrais telefônicas e computadores).
COMPOSTOS HALOGENADOS (HALON): São compostos químicos formados por elementos halogênios, tais como o
flúor, o cloro, o bromo e o iodo. Atuam na quebra da reação em cadeia devido às suas propriedades específicas e, de
forma secundária, por abafamento. São ideais para o combate a incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos
sensíveis, sendo mais eficientes que o CO². Assim como o CO², os compostos halogenados se dissipam com facilidade em
locais abertos, perdendo seu poder de extinção.
ACETATO DE POTÁSSIO: O agente líquido aquoso para classe K (acetato de potássio) foi projetado para extinção de
fogo em gordura animal e vegetal. O fogo é extinto por resfriamento e pelo efeito asfixiante da espuma (saponificação).
ESPUMA: A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de formação. Química, se resultou da
reação entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio; mecânica, se a espuma foi produzida
pelo batimento da água, líquido gerador de espuma (LGE) e ar. A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da
água, pois constitui-se de um aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO²) envoltas por película de água. Mais leve que todos
Página 18
os líquidos inflamáveis são utilizados para extinguir incêndios por abafamento e, por conter água, possui uma ação
secundária de resfriamento.
AREIA: Elemento natural encontrado em abundância. NÃO POSSUI REFERÊNCIAS DE CAPACIDADE EXTINTORA, mas
na falta de outros agentes, pode ser usado como meio de fortuna. Não existem Extintores para este agente. Sua ação de
extinção, baseia-se no ABAFAMENTO.
PQS X PQ: A diferença está particularmente em relação a composição do pó químico que é usado para extinguir
o princípio de incêndio. Enquanto os extintores BC-PQS utilizam base bicarbonato de sódio como principal
componente químico, e os extintores ABC-PQ base fosfato monoamônico como principal componente químico de sua
composição.
Cada extintor possui uma capacidade extintora, relacionada a sua carga de agente extintor e o tipo do extintor, isto resulta
na capacidade de extinção do fogo.
Página 19
EXTINTORES SOBRE RODAS (CARRETAS)
Os extintores sobre rodas, também chamados de carretas, são aparelhos montados sobre rodas e com grande
quantidade de agente extintor. As carretas recebem o nome do agente extintor que transportam, da mesma forma que
os extintores portáteis. Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga, a operação destes aparelhos geralmente
é realizada por dois operadores.
As carretas podem ser de água, espuma mecânica, espuma químico, pó químico seco ou gás carbônico.
Página 20
ALÉM DESTAS CARACTERÍSTICAS OS
EXTINTORES DE INCÊNDIO DEVEM POSSUIR,
OBRIGATORIAMENTE, AS SEGUINTES PEÇAS E
REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO: INSTALAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS
Peças: Trava metálica, que encaixa em orifício
entre o gatilho e a alça de transporte; lacre de
inviolabilidade, que prende a trava ao conjunto
gatilho e alça de transporte; anel de registro de
recarga (quando realizada a primeira recarga
após a fabricação).
Registros:
1) Rótulo contendo a identificação da:
a) Tipo do Extintor
b) Agente Extintor
c) Capacidade Extintora;
d) Peso da Carga
e) Modo de Operação
f) Classe de Incêndio
g) Nome e Endereço da Vistoriadora;
2) Selo do INMETRO;
3) Selo de garantia da Recarga com a validade
da Carga, Ano para o Teste Hidrostático e
Identificação da empresa Vistoriadora.
Página 21
TABELA DE CORES REFERENTE AO ANO VIGENTE
REPRESENTADO POR ANÉIS E LACRES DE EXTINTORES
Página 22
PARTICULARIDADES DO EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO
Eles não possuem Manômetros, pois trabalham com Com exceção dos extintores de Co², os carroçáveis
alta pressão e a norma de Fabricação não exigiu a dos antigos, os demais extintores possuem as
instalação de Manômetro. Seu Cilindro de Aço de características abaixo.
grande densidade e não possui emendas. É fundido no
formato de apresentação. O mangote também possui
grande diferença.
Descarregado ou
Despressurizado
Fazer Manutenção Excesso De
Pressão/Irregular Ou
Defeito No
Manômetro – Fazer
Bom/ OK/ Em manutenção do
Condições Para Uso / equipamento.
Operação
MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO
A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e termina com a correção dos
problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficiente. É realizada através de inspeções, onde
Página 23
são verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de identificação, lacre e selo do INMETRO, peso, danos
físicos, obstrução no bico ou na mangueira, peças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros. INSPEÇÕES
Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.
Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira estão obstruídos. Observar a pressão do manômetro (se houver), o lacre
e o pino de segurança.
Semestrais: Verificar o peso do extintor de Co² e do cilindro de gás comprimido, quando houver. Se o peso do
extintor estiver abaixo de 90% do especificado, recarregar.
Anuais: Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de segurança e no lacre. Recarregar o extintor.
Quinquenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o extintor a cada 5 anos ou toda vez que o
aparelho sofrer acidentes, tais como: batidas, exposição a temperaturas altas, ataques químicos ou corrosão. Deve
ser efetuado por pessoal habilitado e com equipamentos especializados. Neste teste, o aparelho é submetido a uma
pressão de 2,5 vezes a pressão de trabalho, isto é, se a pressão de trabalho é de 14 kgf/cm², a pressão de prova será
de 35 kgf/cm². Este teste é precedido por uma minuciosa observação do aparelho, para verificar a existência de
danos físicos.
OBSERVAÇÕES:
1) As inspeções semanais, mensais e semestrais, podem e devem ser feitas pelo bombeiro no local de trabalho;
2) As inspeções anuais e quinquenais só podem ser realizadas em empresa vistoriadora registrada no INMETRO;
Página 24
TESTES LABORATORIAIS SOBRE A CAPACIDADE EXTINTORA
FOGO DE CLASSE A:
Capacidade extintora 2- A é o tamanho do fogo classe A. Os testes de capacidade extintora para classe A são
realizados em engradados de madeira, sob condições laboratoriais, de acordo com a Norma Brasileira – 9443.
FOGO DECLASSE B:
De acordo com a Norma Brasileira – NBR 9444, os testes de capacidade extintora para a classe B são
realizados em cubas quadradas, sob condições laboratoriais, contendo N-Heptano.
Página 25
SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA PLANO DE PREVENÇÃO E
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO NA PLANTA DA EMPRESA
OBSERVAÇÃO: Sempre observar no rótulo do extintor, para qual classe de incêndio o mesmo é
destinado e qual o seu agente extintor
Página 26
TABELA DE RESUMO DAS OPERAÇÕES DOS EXTINTORES PORTÁTEIS
AGENTEEXTINTOR
Classe de Incêndio
Espuma
Água PQS – PQ CO² Halon
Mecânica
Classe “A” Eficiente PoucoEficiente PoucoEficiente PoucoEficiente Eficiente
Classe “B” Não Eficiente Eficiente Eficiente Eficiente
Classe “C” Não Eficiente* Eficiente Eficiente Não
Classe “D” Não PQS** Não Não Não
Especial
Unidade 10 L 4 Kg 6 Kg 2 Kg*** 9L
Extintora
Alcance
médio de jato 10 M 5M 2,5 M 3,5 M 5M
Tempode 60 S 15 S 25 S 15 S 60 S
descarga
Quebra da
Métodode Reação em Abafamentoe Químico e Abafamentoe
Resfriamento
extinção Cadeia e Resfriamento Abafamento Resfriamento
Abafamento
Página 27
OBSERVAÇÕES: s.
*O uso de PQS não é indicado em equipamentos com componentes
sensívei ** Para incêndio classe “D” use somente PQS especial.
*** Unidade extintora especificada pelo CB.
Reservatório de Água
A Reserva de água é um compartimento instalado na edificação, em concreto armado, metal ou fibra, ou outro
material que apresente resistência mecânica às intempéries e ao fogo.
Destina-se a armazenar uma quantidade de água (reserva de incêndio) que, efetivamente, deverá ser fornecida
para o uso exclusivo de combate a incêndios. Os reservatórios também podem conter água para sistema sanitário, desde
que a reserva de incêndio nos mesmos, não seja utilizada (o reservatório deve ser dividido em duas células, ou seja, duas
partes, para que haja a limpeza e manutenção da mesma, sem a drenagem total da água. Drenagem máxima de 50% da
reserva).
Quanto à localização, os reservatórios podem ser elevados, no nível do solo, semienterrados ou subterrâneos,
devendo ser observadas as exigências previstas nas Normas Técnicas (NBR 13714/2000).
Página 28
A Norma do Sistema Hidráulico determina que uma vez acionada a Bomba Principal, a mesma somente poderá
ser DESLIGADA através de comando manual. Uma chave ou botão de DESLIGAMENTO.
As Bombas de Incêndio deverão possuir motor elétrico 380 Volts, Ou Motor A Combustível.
A FIAÇÃO ELÉTRICA DAS BOMBAS DEVE SER SEPARADA DA REDE DO PRÉDIO COM DISJUNTOR SEPARADO
NO QUADRO ELÉTRICO (em caso de desligamento da rede em um sinistro a mesma não deve ser
desligada). TODA A FIAÇÃO DEVE SER PROTEGIDA CONTRA FOGO.
BOMBA JOCKEY
É uma Bomba de Incêndio, que tem a finalidade de fazer a reposição de pequenos volumes de água e pressão
no sistema, devendo entrar e sair de funcionamento de forma automática, frequentemente sempre que há
vazamentos ou perda de pressão, para evitar que a Bomba Principal entre em operação. Esta bomba sempre estará
regulada no pressostato com pressão superior à da Bomba principal.
TIPOS DE BOMBAS:
Tipo Horizontal
Bombas do tipo horizontal, mono ou multiestágio, com acoplamento direto monobloco ou montado sobre
base metálica acoplada por meio de luva elástica.
Tipo Vertical
Bombas do tipo vertical in line, mono ou multiestágio, com acoplamento direto monobloco.
PAINEL DE CONTROLE OU QUADRO DE COMANDO:
É o conjunto de peças e equipamentos elétricos que fazem o
ACIONAMENTO e DESLIGAMENTO DA BOMBAS DE INCÊNDIO;
PRESSOSTATO:
Aparelho que tem a função regular a pressão na qual as bombas vão
entrar em funcionamento. Estão conectados a tubulação hidráulica e ligados
por fiação ao quadro de comando. Quando a pressão do sistema cai abaixo
do programado, o pressostato libera um contato elétrico para o quadro de
comando, e este por sua vez, aciona automaticamente a Bomba.
Tipos de Pressostato:
a) PRESSOSTATO DE 1 CONTATO: Atua sobre uma única variação de pressão, abrindo ou fechando um único
circuito elétrico, por meio da ação reversível do micro interruptor.
b) PRESSOSTATO DIFERENCIAL: Atua sobre a variação entre 2 pressões numa mesma linha controladas pelo
mesmo instrumento.
c) PRESSOSTATO DE 2 CONTATOS: Atua independentemente sobre dois limites de uma mesma fonte de pressão,
abrindo ou fechando dois circuitos elétricos independentes por meio da ação reversível de dois interruptores.
Página 29
MANÔMETROS
Aparelho que tem a função medir permanentemente a pressão
do sistema hidráulico. Ele é fundamental para que nas inspeções do
sistema, tenhamos a situação exata de pressão. Por exemplo, quando
ele apresenta pressão acima do recomendado para o sistema, os
bombeiros devem fazer a drenagem do sistema, para evitar o
rompimento de tubulações, sprinkler ou até mesmo acidentes com o
sistema.
VÁLVULA DE FLUXO
Dispositivo que é ligado ao alarme de incêndio, que identifica
a ocorrência e fluxo de água no sistema, fazendo o acionamento do
alarme.
TUBULAÇÃO
A Tubulação consiste num conjunto de tubos, conexões, acessórios hidráulicos e outros materiais destinados a
conduzir água, desde o reservatório até as Bombas e destas para os pontos de hidrantes. A tubulação é de metal e
deve ser pintada na cor vermelha assim como todo o sistema de Hidráulico de Incêndio. A Tubulação varia de
diâmetro conforme o tipo de sistema e projeto.
TIPOS DE HIDRANTES
É na verdade a ponta final do Sistema Hidráulico, onde encontraremos as tomadas de água do sistema para uso
de mangueiras e a efetiva utilização da água do sistema de combate a incêndio. Os Hidrantes podem ser simples (01
tomada) ou duplo (02 tomadas). Estarão dentro de uma caixa chamada ABRIGO DO HIDRANTE OU ABRIGO DE
MANGUEIRAS.
Dentro do ABRIGO do Hidrante, devemos encontrar:
01 VÁLVULA/REGISTRO (de modo geral, chamada Válvula Globo Angular);
01 CHAVE STORZ;
Página 30
02 MANGUEIRAS DE INCÊNDIO, OU AINDA MANGOTINHOS;
01 ESGUICHO REGULÁVEL;
O Abrigo ou o Local do Hidrante deverá estar sinalizada com a Placa “H”. O Abrigo ou Coluna, deverá estar
desobstruída e estar com o piso em frente e abaixo do sistema pintado de vermelho, para sinalizar e indicar que aquele
local é exclusivo para aquele equipamento e que não deve sofrer obstruções. Existem também os Hidrantes de Rua, que
são utilizados pelo Corpo de Bombeiros ou Empresa Pública de Águas para Abastecimento de carros pipas.
MANGUEIRAS E MANGOTINHOS
A legislação aceita os dois tipos de equipamentos, conforme a classificação do risco e a atividade da Planta. Estes
dispositivos são de grande importância e devem ser manuseados com cuidado pelos operadores. As mangueiras e mangotes
são indispensáveis para o combate a incêndio.
São Confeccionadas geralmente em lona, ou fibras com malha interna de aço, e extremidades de metal para conexões
e esguichos.
MANGUEIRA MANGOTINHOS
S
Mangueira - Tipo 3: Destina-se a Área Naval e Industrial ou Corpo De Bombeiros, com maior resistência. Pressão de
ruptura 50kgf/cm².
Mangueira - Tipo 4: Destina-se a Área Industrial, com maior resistência à abrasão. Pressão de ruptura 35kgf/cm².
Página 31
Mangueira - Tipo 5: Destina-se a Área Industrial, com maior resistência à abrasão e superfícies quentes. Pressão de
ruptura 42kgf/cm².
ESGUICHOS: Peças que são conectadas nas mangueiras ou mangotinhos. São produzidas em metal e produzem a
regulagem do jato de água, quando são do tipo regulável. O esguicho cônico, também chamado de agulheta,
produz apenas jato sólido.
Página 32
CHAVE STORZ: É a peça de metal, utilizada para a correta e segura conexão de uniões, entre mangueiras. Esguicho
com mangueiras. Mangueiras no bocal de hidrantes. Mangueiras em difusores e derivantes.
Dispositivo de Recalque
O sistema deve ser dotado de registro de recalque, consistindo em
um prolongamento da tubulação, com diâmetro mínimo de 65 mm
(nominal) até as entradas principais da edificação, cujos engates devem
ser compatíveis com os utilizados pelo Corpo de Bombeiros. Quando o
engate estiver no passeio, este deverá ser enterrado, ou seja, em caixa
de alvenaria, com tampa. A introdução de DN 65 mm de (mínimo) e com
tampão tem de estar voltada para cima em ângulo de 45 graus e
posicionada, no máximo, a 15 cm de profundidade em relação ao piso
do passeio. O volante de manobra da válvula deve estar situado no
máximo 50 cm acima donível do piso acabado. O dispositivo de recalque
pode ser instalado na fachada da edificação, ou em muro da divisa com a
rua, com a introdução voltada para rua e para baixo em ângulo de 45
graus, e a uma altura entre 60 cm e um metro em relação ao piso do
passeio. Em alguns casos é aceito como recalque o hidrante de acesso à
edificação.
Página 33
SISTEMA FIXO DE CO²:
Página 34
Sistema fixo de extinção por CO² tem como objetivo detectar e extinguir o fogo através de inundação
total do gás na área efetiva de risco. Isto ocorre, pois o CO² diminui a concentração de oxigênio do ambiente
fazendo com que o fogo não possa mais realizar a combustão com o oxigênio do ar. Sistema fixo e
automático de extinção de incêndio por CO² é composto por cilindros de armazenamento, válvula de
abertura rápida, tubos coletores, acionador automático, bicos nebulizadores e detectores automáticos. Esse
sistema é ideal para subestações, casa de máquinas, depósitos de materiais inflamáveis e equipamentos de
processo químico. É também usado em cozinhas industriais e em lojas de alimentação.
No Brasil, a Norma Técnica oficial que define os parâmetros dos sistemas de alarme e detecção de incêndio é a
norma ABNT NBR 17240 – Substitui a antiga NBR 9441/1998.
Página 35
A) CENTRAL DE ALARME DE INCÊNDIO
Atua diretamente na rápida Identificação do
incêndio. Permite controlar uma grande quantidade de
setores dentro da planta, mesmo a grandes distâncias,
periféricos endereçáveis, como detectores, sirenes,
acionadores manuais, chaves de bloqueio, sensores termo
velocímetros, sinalizadores e entre outros, em uma mesma
linha;
As centrais são programáveis através de teclado
alfanumérico no próprio painel.
Detector Iônico de Fumaça: O detector iônico de fumaça é ativado ante a presença de produtos de
combustão visíveis ou invisíveis. O princípio de funcionamento se baseia na detecção iônica. Possuem duas
câmeras, uma de referência e outra de análise. É indicado para ambientes com atmosferas limpas e para cobrir
grandes riscos.
Detector de Chama: O detector de chama é ativado quando da presença de chamas. Especialmente fabricado
para ser utilizado em ambientes onde a chama é o primeiro indício de fogo, principalmente em depósitos ou
área de processo de tintas ou materiais inflamáveis.
C) ACIONADORES MANUAIS:
O acionador manual tem a função de acionar manualmente o
Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio, quando da detecção visual do
sinistro e, muitas vezes, antes da detecção automática. Possui indicação
visual de funcionamento, sirene interna com oscilador tipo Fá-Dó 110 dB e
acompanha martelo para quebra de vidro.
D) SIRENES DE INCÊNDIO
As sirenes são de fundamental importância pois elas emitem o sinal sonoro e também luminoso em alguns
casos, facilitando a identificação do setor em situação de acionamento.
Existem empresas, onde os ruídos e as paredes dificultam a audição do sinal dos alarmes, assim, é importante
orientar a aplicação de sirenes audiovisuais, como a da figura 3.
Página 36
1- Sirene Comum Interna 2- Sirene Externa 3- Sirene Interna
14. MANGUEIRAS DE INCÊNDIO, ACONDICIONAMENTO,
ESTABELECIMENTO E MANEABILIDADE
E o equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível dotado de juntas de união, destinado
a conduzir água sob pressão.
O revestimento interno do duto é um tubo de borracha que
impermeabiliza a mangueira, evitando que a água saia do seu
interior. É vulcanizada em uma capa de fibra. A capa do duto flexível
é uma lona, confeccionada de fibras naturais ou sintéticas, que
permite à mangueira suportar alta pressão de trabalho, tração e as
difíceis condições do serviço de bombeiro.
Juntas de união são peças metálicas, fixadas nas extremidades
das mangueiras, que servem para unir lances entre si ou ligá-los a
outros equipamentos hidráulicos, após serem feitos os encaixes. O
Corpo de Bombeiros adota como padrão as juntas de união de
engate rápido tipo Storz.
Empatação de mangueira é o nome dado à fixação, sob
pressão, da junta de união de engate rápido no duto.
Lance de mangueira é a fração de mangueira que vai de uma a
outra junta de união. Por conveniência de manuseio, transporte e
combate a incêndio, o lance padrão do Corpo de Bombeiros é de 15
metros.
Linha de mangueira é o conjunto de mangueiras
acopladas, formando um sistema para conduzir a água.
Classificação de Mangueiras
As mangueiras de incêndio podem ser classificadas de três formas:
Quanto às Fibras de que São Feitas as Lonas
As mangueiras podem ser de fibras naturais ou fibras sintéticas. As fibras naturais são oriundas de vegetais. As
sintéticas são fabricadas na indústria, a partir de substâncias químicas. As fibras sintéticas apresentam diversas vantagens
sobre as naturais, tais como: peso reduzido, maior resistência à pressão, ausência de fungos, manutenção mais fácil, baixa
absorção de água, etc. Pelos motivos acima, são normalmente utilizadas pelo Corpo de Bombeiros.
As mangueiras do tipo lona simples são constituídas de um tubo de borracha, envolvido por uma camada
têxtil, que forma a lona.
As mangueiras do tipo lona dupla são constituídas de um tubo de borracha envolvido por duas camadas têxteis
sobrepostas.
Página 37
As mangueiras do tipo lona revestida por material sintético são constituídas de um tubo de borracha,
envolvido por uma ou duas camadas têxteis revestidas externamente por material sintético. Esse tipo de material
permite à mangueira ter maior resistência aos efeitos destrutivos de ácidos, graxas, abrasivos e outros agentes
agressores.
Quanto ao Diâmetro
As mangueiras classificam-se também quanto ao seu diâmetro, sendo normalmente utilizadas pelo Bombeiros as
de 38, 63, 75 e 100 mm.
Conservação e Manutenção
Antes do Uso Operacional
• As mangueiras novas devem ser retiradas da embalagem de fábrica, armazenadas em local arejado, livre de
umidade e mofo e protegidas da exposição direta de raios solares.
• Devem ser guardadas em prateleiras apropriadas e acondicionadas em espiral.
• Os lances acondicionados por muito tempo (mais que 3 meses), sem manuseio, em veículos, abrigos de
hidrantes ou prateleiras, devem ser substituídos ou novamente acondicionados, de modo a evitar a formação
de vincos nos pontos de dobra (que diminuem sensivelmente a resistência das mangueiras).
• Deve-se testar as juntas de engate rápido antes da distribuição das mangueiras para o uso operacional, através
de acoplamento com outras juntas.
• Lembrar que as mangueiras foram submetidas a todos os testes necessários para seu uso seguro, quando do
recebimento, após a compra.
• As mangueiras de incêndio não devem ser arrastadas sobre superfícies ásperas: entulho, quinas de paredes,
bordas de janela, telhado ou muros, principalmente quando cheias de água, pois o atrito ocasiona maior
desgaste e cortes da lona na mangueira.
• Não devem ser colocadas em contato com superfícies excessivamente aquecidas, pois, com o calor, as fibras
derretem e a mangueira poderá romper-se.
• Não devem entrar em contato com substâncias que possam atacar o duto da mangueira, tais como: derivados
de petróleo, ácidos etc.
• As juntas de engate rápido não devem sofrer qualquer impacto, pois isto pode impedir seu perfeito
acoplamento.
• Devem ser usadas as passagens de nível para impedir que veículos passem sobre a mangueira, ocasionando
interrupção do fluxo d’água, e golpes de aríete, que podem danificar as mangueiras e outros equipamentos
hidráulicos, além de dobrar, prejudicialmente, o duto interno.
• As mangueiras sob pressão devem ser dispostas de modo a formarem seios e nunca ângulos (que diminuem o
fluxo normal de água e podem danificar as mangueiras).
• Evitar mudanças bruscas de pressão interna, provocadas pelo fechamento rápido de expedições ou esguichos.
Mudanças bruscas de pressão interna podem danificar mangueiras e outros equipamentos.
Após o Uso Operacional
• Ao serem recolhidas, as mangueiras devem sofrer rigorosa inspeção visual na lona e juntas de união. As
reprovadas devem ser separadas.
• As mangueiras aprovadas, se necessário, serão lavadas com água pura e escova de cerdas macias
• Nas mangueiras atingidas por óleo, graxa, ácidos ou outros agentes, admite-se o emprego de água morna,
sabão neutro ou produto recomendado pelo fabricante.
• Após a lavagem, as mangueiras devem ser colocadas para secar. Podem ser suspensas por uma das juntas de
união ou por uma dobra no meio, ficando as juntas de união para baixo, ou ainda estendidas em plano
inclinado, sempre à sombra e em local ventilado. Pode-se ainda utilizar um estrado de secagem.
• Depois de completamente secas, devem ser armazenadas com os cuidados anteriormente descritos.
Página 38
Forma de Seios
Forma de Vincos
Acondicionamento de Mangueiras
Acondicionar mangueiras é deixá-las em condição para pronto emprego nos hidrantes.
Há várias formas de acondicionamento, a seguir descrevemos várias técnicas, algumas são de pouco uso na
planta dependendo da particularidade e necessidade de cada empreendimento, podem vir a ser usadas.
Devemos salientar a necessidade de se ter um padrão pré-estabelecido. Dentre os sistemas padronizados para
acondicionamento temos o espiral, o aduchado, o sanfonado e o Sistema Aduchado Preparado (SAP).
Espiral
Forma de acondicionamento própria para o armazenamento nos almoxarifados devido ao fato de apresentar
uma dobra suave, que provoca pouco desgaste no duto.
Não empregada em operações de incêndio tendo em vista a demora ao estendê-la e a inconveniência de
lançála, o que pode causar avarias na junta de união pelo impacto deverá sofrer no seu lançamento;
Página 39
Aduchada
Consiste em enrolar o lance previamente dobrado contra si mesmo, formando uma espiral a partir da dobra, em
direção às extremidades, podendo ser aduchada simples, ou dupla.
Mangueira de incêndio aduchada, como o mercado costuma dizer, nada mais é do que uma das formas de se
guardar a mangueira. De acordo com o tipo de utilização, as mangueiras podem ser acondicionadas de maneiras
diferentes.
Página 40
Sistema Aduchado Preparado-SAP
No em algumas guarnições do pais, está em uso o “sistema aduchado preparado”, nesse sistema tem se a
vantagem de estar preparado para pronto emprego uma linha de ligação com duas de ataque dentro da gaveta da
viatura. É o sistema em que as mangueiras, o divisor e os esguichos estão, antecipadamente, conectados.
Página 41
Linhas de Mangueira Linha Adutora
Linhas de mangueira são os conjuntos de mangueiras acopladas, formando um sistema para o transporte de
água. Dependendo da utilização, podem ser: linha adutora, linha de ataque, linha direta e linha siamesa.
É aquela destinada a conduzir água de uma fonte de abastecimento para um reservatório. Por exemplo: de
um hidrante para o tanque de viatura e de uma expedição até o derivante, com diâmetro mínimo de 63 mm.
Linha de Ataque
É o conjunto de mangueiras utilizado no combate direto ao fogo, isto é, a linha que tem um esguicho numa
das extremidades. Pela facilidade de manobra, utiliza-se, geralmente, mangueira de 38 mm.
Linha Direta
É a linha de ataque, composta por um ou mais lances de mangueira, que conduz, diretamente, a água desde
um hidrante ou expedição de bomba até o esguicho.
Página 42
Evoluções: Evolução é a manobra com mangueira efetuada pela guarnição.
Adentrar em uma Estrutura
Bombeiro não combate incêndio sozinho, sempre tens que estar acompanhado de uma 2º pessoa capacitada e
adequada para estar no momento. Sempre trabalhar juntos, na proximidade de 3 metros no máximo um do outro.
Para máxima segurança o bombeiro deve estar alerta para a possibilidade de “BackDraft”, “Flashover” ou colapso
estrutural.
Antes mesmo de adentrar em uma estrutura, o bombeiro já
deve estar atento para o risco de colapso estrutural. São indícios de
colapso estrutural:
Rachaduras em vigas, colunas, paredes e teto;
Estalos (sons) característicos de colapso estrutural;
Grande quantidade de calor em prédio com estrutura
metálica.
Ao avançar com uma linha de mangueira dentro de um edifício, o
bombeiro deve:
Retirar todo o ar da linha antes de entrar na estrutura;
Permanecer abaixado durante o combate ao fogo, guarda baixa ou base de 3 pontas;
Ficar longe de aberturas inexploradas, pois por elas pode sair calor, além de existir o risco acentuado de
quedas acidentais;
Sentir o calor das portas com as costas da mão, sem luva;
Manter-se abaixado e afastado do fogo, quando em ataque indireto, e próximo, quando em ataque direto.
Mangueira Rompida
Na impossibilidade de se interromper o fluxo d’água por meios
normais, a fim de substituir a mangueira rompida ou furada, deve-se
estrangular a mangueira. Para isto, utiliza- se o estrangulador de
mangueiras, ou fazem-se duas dobras na mangueira, formando dois
ângulos agudos, e mantendo-os nesta
posição com o peso do corpo com essa
manobra, interrompe-se o fluxo
d’água e troca-se a mangueira
rompida.
Descarga de Mangueira
Consiste na retira da água que permaneceu no interior da mangueira, após
sua utilização.
Página 43
Estender a mangueira no solo, retirando as dobras que porventura apareçam.
Levantar uma das extremidades sobre o ombro, sustentando-a com ambas as mãos.
Deslocar-se para outra extremidade do lance, deixando-o para trás, à medida que se avança vagarosamente. Isto
faz com que água escoe pela extremidade da mangueira.
Abraçadeiras (Tapa-furo)
As abraçadeiras são peças confeccionadas em couro
resistente ou metal maleável, destinadas a estancar a água
quando ocorrem pequenos cortes ou ruptura na mangueira
de incêndio sob pressão, evitando a troca e,
conseqüentemente, a interrupção do ataque do fogo.
Adaptações
São peças metálicas móveis destinadas a permitir a ligação entre equipamentos hidráulicos com uniões de
diâmetro, padrões ou fios de rosca diferentes. As adaptações podem ser:
Reduções: Para permitir o acoplamento de juntas de uniões de diâmetro diferentes (engate rápido ou rosca).
Adaptadores: Para permitir o acoplamento de juntas de uniões de padrões diferentes.
Corretores de fios (troca de fios): Para permitir o acoplamento de juntas de uniões de fios de rosca
diferentes.
Suplementos De União: Para permitir o acoplamento de uniões com terminais idênticos (duas roscas macho
ou fêmea).
Redução
Peça formada por juntas storz em ambos os lados, porém com diâmetro de 2½ polegadas de um lado
e 1½ polegadas do outro. Serve para unir peças (mangueiras, expedições, registros, etc.) de diâmetros
diferentes.
Adaptador
É uma peça metálica que serve para modificar expedições em fios de rosca (típico de registros de hidrantes
de parede) em união storz (típica de mangueiras de combate a incêndio) ou o inverso. Pode ser do tipo fêmea ou
macho.
• Adaptador Fêmea – possui de um lado um fio de rosca fêmea (interno) e do outro uma junta de união
storz. Pode ser de 1½ polegadas (38 mm), no caso dos hidrantes de parede ou de 2½ polegadas (63 mm), no
caso dos hidrantes urbanos (de coluna).
Página 44
• Adaptador Macho – possui de um lado um fio de rosca macho (externo) e do outro uma junta de
união storz. Pode ser encontrado de ambos os diâmetros.
Suplemento De União • Peça usada para permitir ligações de duas juntas de união com rosca macho, ou de duas
juntas de união com roscas fêmeas.
Página 45
Pressão
Pressão é a ação de uma força sobre uma área. Em termos práticos, isto é, no serviço de bombeiros, a pressão
é a força que se aplica na água para esta fluir através de mangueiras, tubulações e esguichos, de uma extremidade a
outra. É importante notar que o fluxo em si não caracteriza a pressão, pois se a outra extremidade do tubo estiver
fechada por uma tampa, a água estará “empurrando” a tampa, apesar de não estar fluindo.
Pressão Dinâmica
É a pressão de descarga, medida na expedição, enquanto a água está fluindo.
Pressão Estática
É a pressão sobre um líquido que não está fluindo, por exemplo, uma mangueira com esguicho fechado,
sendo pressurizada por uma bomba. A ação da gravidade pode, também, produzir pressão estática. Por exemplo,
no fundo de um tanque haverá pressão, resultante do peso da água sobre a área do fundo do tanque.
Perda de Carga
A água sob pressão tende a se distribuir em todas as direções, como quando se enche uma bexiga de borracha
com ar. Contudo, as paredes internas de mangueiras, tubulações, esguichos etc. impedem a expansão da água em
todas as direções, conduzindo-a numa única direção. Ao evitar a expansão da água, direcionando-a, as paredes
absorvem parte da força aplicada na água, “roubando” energia. Isto explica por que a força aplicada diminui de
intensidade à medida que a água vai caminhando pelas tubulações. A isto chamamos perda de carga.
A força da gravidade é um outro fator que acarreta perda de carga. Quando a água é recalcada de um nível
inferior para um nível superior, a força da gravidade “puxa” a água para baixo, o que diminui a pressão. A força da
gravidade também poderá ser utilizada no aumento da pressão, ao se fazer a água fluir de um nível superior para um
nível inferior.
Pressão Residual
Conhecida como “pressão no esguicho”, é a pressão da bomba de incêndio menos a perda de carga com a
variação de altura.
Página 46
Golpe de Aríete
Quando o fluxo de água, através de uma tubulação
ou mangueira, é interrompido de súbito, surge uma força
resultante que é chamada “golpe de aríete”. A súbita
interrupção do fluxo determina a mudança de sentido da
pressão da bomba ao esguicho, para do esguicho à
bomba. Esse excesso de pressão causa danos aos
equipamentos hidráulicos e às bombas de incêndio.
Os esguichos, hidrantes, válvulas e
estranguladores de mangueira deve ser fechados
lentamente, de forma a prevenir e evitar o golpe de
aríete.
Tipos de Jatos
A forma de aplicação da água influenciará diretamente na quantidade de líquido utilizado e na excelência do
combate ao calor, às chamas e ao foco do incêndio. O bombeiro deve estar ciente das suas opções de aplicação da
água, objetivando, seja um maior volume, ou uma maior velocidade, ou uma maior dispersão, ou concentração,
entre outras, que podem ser características isoladas ou associadas, dependendo do esguicho utilizado e do
combate proposto.
Jato Sólido/Compacto:
É um jato fechado, lançado por um esguicho regulado em ângulo de abertura pequeno. A pequena
abertura causa uma descarga de água na qual, não há divisão de partículas, e toda a água segue em uma só
direção.
Jato Neblina
Os jatos em neblina são gerados por fragmentação da água em partículas finamente divididas, através de
mecanismos do esguicho. O ar ficará saturado como uma fina névoa, e as partículas de água parecerão estar em
suspensão. Este tipo de jato deve ser aplicado a pequenas distâncias, caso contrário, as partículas serão levadas para
longe do fogo por correntes de ar (vento e convecção).
Em virtude desta fragmentação, a água se vaporiza mais rapidamente que nos jatos contínuo e chuveiro,
absorvendo o calor com maior rapidez. Na forma de neblina, a água protegerá com eficiência os bombeiros e o
material não incendiados da irradiação do calor.
Jato Neblina/Automatizado
Neste tipo de jato, a água fragmenta-se em grandes gotas. É usado quando se pretende pouco alcance. A
fragmentação da água permite absorver maior quantidade de calor que o jato contínuo. Nos ataques direto e indireto
este jato o atinge uma área maior do incêndio, possibilitando um controle eficaz. Dependendo da regulagem do
Página 47
esguicho, o jato pode alcançar a forma de uma cortina d’água, que permite proteção aos bombeiros e materiais não
incendiados contra exposições (irradiação do calor).
Concentrados Agitação
de espuma mecânica
Água
Ar
B - Como Funciona
A espuma combate incêndios de líquidos inflamáveis ou combustíveis de quatro maneiras:
1. Exclui o ar dos vapores inflamáveis;
2. Elimina os vapores da superfície do combustível;
3. Separa a chama das superficies combustíveis;
Página 48
4. Resfria a superfície combustível e as superfícies em volta.
Oxigênio
Vapores
Combustível
C - Taxa De Expansão
Taxa de expansão é a proporção final de espuma produzida a partir de um volume de solução de
espuma depois de expandida por um gerador de espuma.
A NFPA classifica os concentrados de espuma em três tipos de taxa de expansão:
1. BAIXA EXPANSÃO - Taxa de expansão até 20:1. Espuma para líquidos inflamáveis. Esse tipo de espuma
provou ser uma solução eficiente para controle e extinção de incêndios causados por líquidos
inflamáveis de classe B. Também é utilizada com sucesso nos incêndios classe A, onde o resfriamento e
o efeito penetrante da solução da espuma são importantes.
2. MÉDIA EXPANSÃO - Taxa de expansão de 20:1 a 200:1. Espumas de média expansão podem ser
usadas para abafar a vaporização de químicos perigosos. A espuma com expansão entre 30:1 e 55:1
produz uma cobertura perfeita para o vapor mitigante ou químicos altamente reativos quando em
contato com água e orgânicos de baixa fervura.
3. ALTA EXPANSÃO - Taxa de expansão acima de 200:1. Espumas de alta expansão são utilizadas para
incêndios em espaços confinados. É um tipo de espuma sintética, detergente, utilizada em espaços
fechados como porões, minas e navios. A aplicação deve ser feita utilizando-se de um gerador de
espuma adequado.
Página 49
Esguicho modelo R
Proporcionador - PL
Aeração
LGE
Água Espuma
tipo PL
:
Características Das Espumas
Para ser eficiente, uma boa espuma deve atender aos seguintes requisitos:
1. VELOCIDADE DE EXTINÇÃO E FLUXO: é o tempo necessário para a espuma se espalhar e formar uma cobertura
sobre o combustível, passando por obstáculos, até conseguir a extinção total do fogo.
2. RESISTÊNCIA AO CALOR: a espuma tem que ser capaz de resistir aos efeitos destrutivos do calor irradiado pelo
fogo remanescente do vapor de líquidos inflamáveis ou de qualquer tio de material metálico.
3. RESISTÊNCIA AO COMBUSTÍVEL: uma espuma eficiente minimiza o efeito destrutivo do combustível de forma que
não fique nem saturada nem queimada.
4. CONTENÇÃO DE GASES: a cobertura produzida deve ser capaz de conter os gases inflamáveis e minimizar os riscos
de reignição.
5. RESISTÊNCIA AO ÁLCOOL: devido à miscibilidade do álcool com a água, e pelo fato que a espuma é formada por
mais de 90% de água, ela tem que ser resistente ao álcool, ou será destruída.
Filme
Hidrocarboneto Aquoso
Página 50
B - Espuma atuando em Solvente Polares
Membrana
Solventes Polares Polimérica
Página 51
F - Líquidos Voláteis
Recomenda-se não usar espuma em materiais que sejam armazenados como líquidos, que em condições
ambientes são gasosos, como o propano, butadieno, etc.
Também não é recomendado que seja usada em materiais que reagem com água, como o magnésio, potássio, lítio,
cálcio, zircônio, sódio e zinco.
Tipos de LGE
A - LGE Proteínico
O LGE proteínico comum é utilizado somente em combustíveis de hidrocarboneto.
Produz uma cobertura de espuma estável e homogênea que tem uma grande resistência ao calor e
características de drenagem. Tem baixo poder de extinção, mas oferece boa resistência à reignição. Pode ser usado
com água doce ou salgada. Deve ser aspirado adequadamente e não deve ser utilizado em esguichos que não
contenham estrutura para aspiração. Esse foi o primeiro tipo de espuma mecânica a entrar no mercado e tem sido
utilizada desde a Segunda Guerra. É produzida através da hidrólise de queratina granulada como tutano de boi,
pena de aves, etc. Em seguida, estabilizadores e inibidores são incluídos para prevenir corrosão, resistir à
decomposição de bactérias e controlar a viscosidade.
Página 52
E - LGE Formador De Filme Aquoso AFFF
Foi criado com o intuito de criar a maior e mais rápida extinção possível em incêndios causados por
hidrocarbonetos. Sua fluidez permite excelente fluxo através de obstáculos. Diferentes porcentagens devem
ser selecionadas de acordo com a necessidade. Pode ser pré - misturado, é compatível com pó químico seco,
pode ser usado com água doce ou salgada e pode ser usado através de dispositivos não aspirados.
Trata-se de uma combinação de surfactantes fluorquímicos com agentes de espuma sintética. Extingue
o fogo através da formação de uma película aquosa. Essa película é uma cobertura fina de solução de espuma
que se espalha facilmente através das superfícies de um combustível de hidrocarboneto causando rápida
extinção. É produzido pela ação de um surfactante fluorquímico reduzindo a tensão superficial da solução de
espuma a ponto da solução ser mantida na superfície do hidrocarboneto.
Para maiores informações consultar o boletim técnico específico do nosso LGE SINTEX AFFF 3% ou LGE
SINTEX AFFF 6% ou LGE SINTEX AFFF 1%.
F - LGE Formador de Filme Aquoso Resistente a Álcool (AFFF/ARC)
Inicialmente foi desenvolvido para ser usado em hidrocarbonetos na concentração de 3% e para solventes
polares na concentração de 6%. É compatível com pó químico seco e pode ser utilizado com água doce ou
salgada.
Atualmente também está disponível na concentração de 3% tanto para hidrocarbonetos como para
solventes polares e também na concentração de 1% para hidrocarbonetos e 3% para solventes polares,
trazendo ainda mais vantagens na utilização, pois estes novos LGE’s possibilitam minimizar o estoque
enquanto a capacidade de extinção é maximizada.
Os LGE’s do tipo AFFF são compatívelis com pó químico seco e podem ser usados com água doce ou
salgada.
Trata-se da combinação de composto de tensoativos fluorados e hidrocarbonos, polímero de alto peso
molecular e solventes. Solventes polares como o álcool podem destruir espumas que não são resistentes ao
álcool. O LGE Formador de Filme Aquoso Resistente a Álcool (AFFF/ARC) age formando um filme aquoso sobre
o combustível de hidrocarboneto. Quando usado com solventes polares, forma uma membrana polimérica
resistente que separa a espuma dos combustíveis, e previne a destruição do colchão de espuma.
As nossas mais novas formulações foram produzidas para serem usadas a 3% em ambos os grupos de
combustíveis, em 1% para hidrocarbonetos e 3% para solventes polares. Com as novas fórmulas, tem-se uma
maior proteção utilizando-se menor quantidade de concentrado.
Para maiores informações consultar os boletins técnicos específicos do LGE SINTEX AFFF/ARC 3% x 6%, LGE
SINTEX AFFF/ARC 3% x 3% ou LGE SINTEX AFFF/ARC 1% x 3%.
Compatibilidade
Compatibilidade é um termo que define a situação em que LGE’s de diferentes fabricantes são misturados
no mesmo tanque de armazenamento. Os LGE’s são considerados compatíveis quando o resultado da mistura
não reduz a capacidade de extinção de incêndio, mesmo durante armazenagem por longos períodos. A NFPA
não recomenda a armazenagem de LGE’s de diferentes marcas e também de diferentes tipos, em um mesmo
tanque de armazenagem. Em caso de necessidade de mistura de LGE’s a norma ABNT 15511 especifíca ensaios
de miscibilidade, que deverão ser realizados por laboratório competente. Para utilização no combate ao
incêndio, LGE’s de diferentes marcas, oriundos de tanques de armazenagem distintos, podem ser utilizados
para geração de espuma.
Página 53
Técnicas De Aplicação Da Espuma
1. ANTEPARO
Quando esguichos de espuma são usados, deve-se tomar o cuidado de se aplicar a espuma de forma suave.
Para um jato sólido, a espuma deve ser direcionada a um anteparo (com um muro por exemplo) antes de chegar às
chamas, a fim de se reduzir sua velocidade.
2. ROLAGEM
A espuma também pode rolar para a superfície do combustível fazendo com que o jato atinja o chão
antes de chegar ao derramamento. Isso faz com que a espuma se acumule e em seguida role para o incêndio.
3. DILÚVIO
O esguicho de espuma é lançado para cima até que atinja sua altura máxima e se desfaça em várias gotas. O
operador do esguicho deve ajustar a altura do jato, para que a espuma caia em cima da área do derramamento.
Essa técnica pode extinguir o incêndio mais rapidamente em comparação com as outras. Entretanto, se o
combustível estiver queimando há um certo tempo, com a formação de uma coluna térmica, ou se as condições
climáticas não são favoráveis (como ventos fortes), esse método não deve ser utilizado.
Página 54
4. NUNCA DIRECIONE O JATO DIRETAMENTE PARA A CHAMA
Direcionar o jato de espuma diretamente contra o fogo pode fazer com que o combustível se espalhe. Se
existir uma cobertura de espuma, o jato direto pode quebrá-la, permitindo que gases inflamáveis escapem. Isso
geralmente resulta na propagação do incêndio, ou numa reignição do combustível, ou ainda, que as chamas
aumentem. Geralmente, o fogo irá diminuir ou se apagar assim que o jato direto ao foco do incêndio for
interrompido.
Se o esguicho é do tipo jato regulável, o jato neblina deve ser usado para produzir uma aplicação mais suave
e reduzir a mistura da espuma com o combustível.
Somente como último recurso, um jato sólido e direto deve ser aplicado no centro do derramamento. Nessas
condições, a eficiência da espuma será de 1/3 ou menos, em relação aos demais métodos recomendados. Não use
jatos de água de forma que possam quebrar uma cobertura de espuma. O jato de água pode ser usado na
refrigeração das áreas próximas, ou no jato neblina para diminuição do calor irradiado pelas chamas. Entretanto,
não direcione o jato de água para onde uma cobertura de espuma foi feita ou está sendo aplicada.
Dosagem
Os LGE’s são feitos para serem misturados com água em proporções específicas.
Concentrados de 6% são misturados a uma proporção de 94 partes de água para 6 partes de LGE. Por
exemplo, para uma “pré-mistura” de LGE com água, para fazer 100 litros de solução de espuma, mistura- se 6 litros
de LGE, com 94 litros de água. Quando estiver utilizando a espuma de 3%, mistura-se 3 litros de LGE com 97 litros
de água. Uma vez misturada proporcionalmente com a água, as soluções de espuma resultantes de 3% e 6% são
virtualmente as mesmas. Entretanto, a solução de espuma de 3% é mais concentrada que a de 6%, e por esse
motivo, requer menos solução para produzir o mesmo resultado.
A tendência das indústrias é de reduzir ao máximo as dosagens dos LGE’s, ou seja, utilizar a menor
quantidade de concentrado possível para o mesmo volume de água.
Diminuir essa porcentagem permite que o usuário necessite de um espaço menor para armazenar o LGE.
Alterando de 6% para 3%, pode-se até dobrar a capacidade de combate a incêndio carregando o mesmo volume, ou
ainda, cortar o suprimento de espuma pela metade sem comprometer a capacidade de combate. Diminuir a
proporção ainda permite que seja reduzido o custo dos componentes do sistema de espuma e o transporte de LGE.
Espumas polivalentes (resistentes ao álcool) que têm em seu rótulo dois valores de dosagem foram criadas
para serem misturadas em qualquer uma das proporções. Por exemplo, um LGE 3% x 6% pode ser usado em
combustíveis de hidrocarbonetos a 3% e em solventes polares a 6%. Isso ocorre devido à quantidade de ingrediente
ativo que cria uma cobertura de espuma com resistência ao álcool. O LGE SINTEX AFFF/ARC 3% x 3% tem
aumentado a resistência ao álcool, de forma que o concentrado pode ser usado a 3% tanto para combustíveis de
hidrocarbonetos quanto para solventes polares.
Já o LGE Sintex AFFF-ARC 1% x 3% foi desenvolvido para combate a incêndios envolvendo hidrocarbonetos na
dosagem de 1% e para combate a incêndios envolvendo solventes polares na dosagem de 3%.
Os agentes umidificantes e os LGE’s classe A são misturas menos complexas, de ingredientes que têm
proporções menores que 1%, tipicamente de 0,1% a 1,0%. Uma mistura com a proporção de 0,5% corresponde
a meio litro de LGE adicionado a 99,5 litros de água.
Página 55
A - Sintex AFFF 1% Para Hidrocarbonetos
Página 56
16. ROUPAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
Os equipamentos de proteção
individual são projetados para
preservar o bombeiro em suas
atividades profissionais.
Entretanto, é importante salientar que, por mais bem desenvolvido que um equipamento seja, ele não
consegue oferecer proteção integral e irrestrita ao combatente, cabendo a este respeitar e adotar as ações de
segurança previstas, conhecendo os limites de cada equipamento, a fim de que não se exponha
desnecessariamente ou além da capacidade do EPI.
De outra forma, é importante que o bombeiro saiba que, ao estar completamente equipado, seus sentidos
de tato, visão e audição serão, significativamente, reduzidos pelo EPI, o que exige dele mais atenção e cuidado nas
ações. A maioria dos equipamentos usados em conjunto acaba por restringir os movimentos, os quais podem ficar
lentos ou mesmo limitados, exigindo maior esforço físico e atenção, além de aumentar o desgaste físico do
bombeiro.
Página 57
Mesmo com todos os fatores acima relacionados, o emprego desses equipamentos não deve, sob
nenhum pretexto, ser negligenciado ou dispensado pelos bombeiros, mesmo que a situação do incêndio
não aparente ser grave ou ainda quando se acredita que não haverá maiores problemas para a guarnição.
Ainda que seja possível realizar o combate sem o uso do EPI, ressalta-se que alguns tipos de lesão,
como a respiratória por inalação da fumaça, podem manifestar-se horas ou dias depois do evento e causar
danos irreversíveis ao bombeiro. Esse assunto e os efeitos do incêndio no bombeiro foram abordados
dentro deste módulo.
Para que os bombeiros utilizem destes importantes dispositivos de maneira correta e completa, é
necessário que a equipagem e desequipagem dos materiais sejam realizadas de forma metódica, sem danificar
o equipamento, bem como com eficiência e qualidade, no menor tempo possível.
Tais metas, somadas à boa adaptabilidade do bombeiro ao equipamento, só são obtidas por meio de
treinamentos diários sobre seu uso, bem como com o emprego de maneira rotineira e adequada.
Os equipamentos aqui relacionados são específicos para as ações de combate a incêndio.
Página 58
1.1.1 Capacete De Combate A Incêndio
O capacete de combate a incêndio tem a finalidade de oferecer proteção para a cabeça contra
choques mecânicos, evitando ou
minimizando os danos de traumas no
bombeiro como, por exemplo, ser
atingido por algum objeto em queda (telhas,
caibros, forros, etc) e protegendo a
cabeça e o pescoço contra o calor.
Os capacetes atualmente utilizados pelas empresas, possuem regulagem na parte posterior, para ajuste
na cabeça. Esse ajuste deve ser feito ao se assumir o serviço, a fim de que não fique apertado nem frouxo
demais, o que pode comprometer a segurança oferecida pelo equipamento. Os capacetes possuem também
um protetor de calor para a nuca, feito em tecido antichama.
1.1.2 Balaclava
Peça em tecido especial, resistente às chamas, utilizada para o isolamento térmico da região da cabeça e
do pescoço. Seu formato abrange, inclusive, o couro cabeludo e as orelhas, as quais devem estar bem
protegidas por serem muito sensíveis e constituídas de cartilagem, o que faz com que não ocorra sua
regeneração em caso de lesão.
Balaclava
1.1.3 Roupa De Aproximação
Feita de material resistente às chamas e retardante, a roupa de aproximação é composta de capa e
calça. Sua função principal é proteger o bombeiro contra queimaduras e efeitos do calor no organismo,
contudo a sua proteção se estende também contra os riscos relacionados a cortes e ferimentos.
Em geral, a roupa de aproximação protege pela combinação de camadas de tecido e de ar. Por isso, deve-
se evitar comprimir a roupa de aproximação quando aquecida.
É desejável que a roupa de aproximação evite que o suor produzido pelo bombeiro evapore em demasia.
Página 59
As roupas possuem faixas refletivas para facilitar a localização do bombeiro no interior do ambiente
sinistrado.
Roupa De Aproximação
1.1.4 Luvas
As luvas são peças destinadas a proteger as mãos e os pulsos do bombeiro contra queimaduras (por ação
direta das chamas ou pelo calor), bem como contra cortes e ferimentos que possam ser produzidos durante
ações de combate a incêndio.
As qualidades mais buscadas nestas peças são: boa flexibilidade, a fim de não limitar demais os
movimentos tácteis do bombeiro, além de boa resistência à abrasão, ao fogo e à água.
Durante o seu acondicionamento, deve-se evitar contato ou exposição a óleos e graxas.
Página 60
Não se deve usá-las nem guardá-las molhadas ou úmidas. Também, não devem ser usadas para operações
1.1.5 Botas
As botas se destinam a proteger os pés, tornozelos e pernas do bombeiro, evitando que o calor irradiado
cause queimaduras, além de proteger contra possíveis cortes, pancadas e perfurações durante as ações de
combate a incêndio.
Bota De Combate A
Incêndio
1.1.6 Equipamento De Proteção Respiratória (EPR)
Equipamento de proteção respiratória é todo o conjunto pelo qual se é possível respirar protegido de
partículas (gases, poeiras, etc.) nocivas ao organismo humano.
Existem vários tipos de equipamentos de proteção respiratória:
Por Filtro.
Por Linha De Ar.
Autônomo.
De Circuito Aberto (O ar circula na máscara E escapa para O exterior).
De Circuito Fechado (O ar circula na máscara E É reciclado sem escapar para O exterior).
Neste manual será abordado o equipamento autônomo de circuito aberto, por ser o mais comum utilizado
pelos bombeiros no mundo inteiro. Por isso mesmo, toda referência a este equipamento no manual será
equipamento de proteção respiratória (EPR).
O EPR tem por finalidade proteger as vias respiratórias em todas as situações em que houver o risco da
atmosfera estar contaminada ou possuir uma taxa de oxigênio insuficiente para a manutenção da vida. O usuário
respira o ar do cilindro, totalmente independente do ar atmosférico.
Página 61
O uso do EPR deve ser rotineiro nas ações de combate, independentemente do tipo de incêndio. Utilizado
em local aberto ou fechado, no início, no meio ou no fim do incêndio, uma vez que esses ambientes são sempre
nocivos ao organismo humano.
Deve possuir sistema de pressão positiva, na qual é criada uma ligeira sobre pressão no interior da
EPR Completo
máscara, evitando a entrada do ar exterior.
O EPR é composto de:
Cilindro Com Ar Comprimido - confeccionado em aço, composite ou outra liga leve, encontrado com
volume de 4 a 12 litros.
Válvula redutora de pressão - a redução de pressão é realizada em dois estágios, de alta pressão
para média pressão.
Máscara panorâmica - possui uma trava denominada trava da válvula de demanda que serve para
prender e liberar a válvula de demanda da máscara, possui duplos lábios, adaptável a qualquer rosto, ângulo
de visão de 180o na horizontal e 100o na vertical, com válvula de exalação, alça de transporte, tirantes de
regulagem (aranha) e mascarilha interna; evita danos pela inalação de fumaça, também oferece proteção
contra queimaduras na face e nas vias aéreas superiores, além de proporcionar melhor visibilidade durante o
incêndio pela proteção dos olhos.
Página 62
Máscara Panorâmica
Válvula de demanda - possui botão de bloqueio de fluxo de ar que serve para interromper o fluxo
de ar quando for necessário (seta vermelha Figura 2); possui também botão de liberação do fluxo de ar, o
qual serve para garantir o fluxo normal de ar (seta verde Figura 2 – pressão positiva);
Manômetro - possui efeito florescente que possibilita a leitura no escuro; é ligado à mangueira de
alta pressão juntamente com o alarme sonoro com potência de 90 decibéis; possui marcação de pressão em
BAR, sendo que em grande parte dos equipamentos vai de 0 a 350 BAR de pressão, variando um pouco de
acordo com o modelo.
Página 63
Manômetro
Suporte Dorsal - é anatômico e possui tirantes reguláveis de ombro e cinto resistente ao fogo; possui
duas alças apropriadas para o transporte do equipamento.
Suporte Dorsal
Se estiver sendo utilizada ventilação forçada por ventiladores, a entrada dos bombeiros dar-se-á,
obrigatoriamente, pela entrada de ar feita pelo ventilador, o que garantirá uma temperatura mais amena e
maior visibilidade no ambiente.
Página 66
18.3 Fazendo a abertura de porta
A zona próxima da porta a ser aberta é uma área de risco, por isso, deve ser evitada a presença de pessoas
que não estejam envolvidas diretamente nesta ação, por ser esta a saída natural da fumaça liberada. Outras áreas
de risco, que devem ser evitadas durante o procedimento de abertura, são as escadas não protegidas e os
pavimentos superiores, devido ao risco de ignição de fumaça nestes ambientes.
18.3.1 Posicionar As Linhas De Ataque E De Segurança
Regular o esguicho – O chefe porta o esguicho, já regulado para vazão de 30 GPM e jato compacto e o
ajudante inicia a identificação dos sinais que indiquem risco de backdraft.
18.3.2 Identificar Na Porta Sinais Que Indiquem Risco De Backdraft
• Fumaça Saindo Sob Pressão Pelas Frestas E Ruídos De Aspiração De Ar – Deve-se observar
em torno da porta para identificar se está saindo fumaça sob pressão e tentar ouvir ruídos de
aspiração de ar para dentro do local. O risco é maior se a fumaça estiver saindo por baixo da porta,
pois indica que todo o ambiente está tomado por ela. Neste caso o ideal é realizar uma ventilação
vertical antes da abertura.
Em algumas situações, a chuva, a existência de laje, redes elétricas ou outros fatores podem tornar a
abertura no telhado muito difícil, perigosa ou demorada. Dessa forma, a abertura deve ser feita no
ponto mais alto possível do ambiente. Entretanto, se não houver uma abertura alta o suficiente para
evitar um backdraft, será necessário realizar a técnica de abertura e entrada pela porta.
• Alterações Na Pintura Da Porta – A pintura da porta danifica-se facilmente pela ação do calor, pois ela
muda a coloração e começa a se deformar. Outra forma de identificar esta alteração na porta é tateá-la com
a mão, usando luvas adequadas, para detectar outras deformidades como tinta amolecida, grudando e
esfacelando com ao toque da mão.
• Aquecimento Da Porta – O aquecimento da porta é outro fator que pode ser diagnosticado pelo toque da
mão. Normalmente a parte inferior da porta estará menos aquecida que a parte superior, por isso, deve-se
realizar esta verificação iniciando da extremidade inferior da porta. Recomenda-se utilizar luvas de combate
a incêndio e realizar o toque pouco a pouco, primeiro com as extremidades dos dedos e somente depois
com os dedos e a palma da mão para diminuir, ao máximo, o risco de queimadura.
• Ausência Dos Sinais De Fenômenos Extremos Na Porta – É importante ressaltar que deve-se observar
outros sinais de fenômenos extremos, pois pode ocorrer a ausência destes na porta se a mesma for
Página 67
confeccionada com materiais resistentes e retardantes contra fogo, ou seja, ausência de sinais na porta não
significa ausência de fenômenos extremos.
OBSERVAÇÃO: Na verificação dos sinais e nos procedimentos a seguir, é importante uma boa comunicação entre
toda a equipe (linha de ataque, linha de apoio e chefe de guarnição). Cada sinal observado deve ser comunicado
ao outro e a abertura deve ser divulgada e coordenada.
• Molhar A Porta De Baixo Para Cima – Utilizando o jato mole, molha- se a porta, a estrutura em
torno dela e a maçaneta para resfriá-los, para verificar o ponto onde está mais aquecida e
identificar a altura da fumaça no interior do ambiente (por isso deve-se molhar de baixo para
cima);
• Verificar Se A Porta Não Está Trancada - Se estiver, fazer o arrombamento utilizando o material
adequado. Não é aconselhável arrombar a porta abrutamente, por dois motivos: alguma vítima pode
encontrar-se desmaiada atrás desta, e pode ocorrer a entrada indesejada de ar no ambiente, devido à
abertura sem controle.
• Controlar A Abertura - Para arrombar a porta e controlar a sua abertura abrupta, pode-se amarrá-la pelo
trinco com uma corda ou cordelete. Isso é particularmente importante nas portas que abrem para
Página 68
dentro, que são as mais comuns. Desse modo a porta fica destrancada e pronta para ser aberta. Durante
o procedimento de arrombamento a porta deve ser mantida resfriada.
• Modificar A Regulagem Do Jato - Regular o jato para 35 de amplitude, permanecendo com a mesma
vazão de 30 GPM.
• Aplicar Jatos Atomizados Acima Da Porta - Ainda com a porta fechada, o chefe da linha de ataque deve
aplicar dois jatos, de menos de um segundo cada, acima da porta, o primeiro do seu lado, praticamente
acima de sua cabeça, e o segundo do lado do ajudante. Esse procedimento é capaz de resfriar a fumaça
acumulada, que irá sair com a abertura da porta. A fumaça quente será liberada num local úmido, dentro
de uma “nuvem”, dificultando a ocorrência de backdraft ou ignição de fumaça.
Página 69
• Realizar A Entrada Se O Ambiente Oferecer Segurança – Se a água lançada cai ou atinge o teto, então a
temperatura é moderada. Portanto, não será necessário estabilizar a fumaça, e a aplicação da água será
restrita ao foco. Neste caso, procede-se a entrada no ambiente.
18.4 Entrada
• A dupla de ataque realiza a entrada – O ajudante se posiciona na mangueira do lado oposto ao chefe e
fecha a porta, enquanto o chefe aplica, se necessário, dois pulsos de um segundo cada e depois regula o
esguicho para 60° de amplitude do jato. A dupla realiza a progressão adequada, até o local do foco.
• Portas e janelas devem permanecer fechadas – Enquanto não for estabelecida uma forma eficiente
para o escoamento da fumaça, as portas e janelas devem permanecer fechadas, inclusive quando os
bombeiros estiverem no interior efetuando a progressão em direção ao foco de incêndio, assim evita-se
uma possível ignição da fumaça provocada pela entrada de ar vinda por trás deles.
• Entrar somente o pessoal necessário – Apenas o pessoal necessário para o combate deve entrar no
ambiente, totalmente protegido por EPI/EPR (exceto quando da utilização da técnica de proteção de rota
de fuga). A entrada de várias pessoas dificulta a saída em caso de perigo e expõe a guarnição
desnecessariamente. Outro bombeiro, o qual pode ser o próprio chefe da guarnição de combate a
incêndio, permanece à porta, controlando o avanço ou recuo da mangueira. Esse combatente também
estará protegido por EPI/EPR.
• Teste de teto – Já dentro do ambiente é útil fazer o teste do teto, que consiste em lançar para o alto um
pulso de jato atomizado, observando se a água cai ou evapora. Se as partículas de água caem é sinal de
que o local não está superaquecido e pode-se continuar a progressão. A evaporação da água indica que o
local está com gases superaquecidos e a situação é de risco. Deve-se então aplicar pulsos de jato
atomizado até a estabilização do ambiente, para que possam avançar e chegar com segurança até o foco
principal do incêndio.
Página 70
Teste De Teto
O teste pode ser repetido a cada dois metros, em média, se houver dúvida quanto à segurança para a progressão.
• Não aplicar água em excesso - Deve-se evitar a aplicação de jatos em excesso, quando a temperatura
estiver baixa e não ocorrer a vaporização dentro da fumaça.
• Abertura de portas internas ou janelas – A abertura de uma porta interna ou janela deve ser bem
avaliada. Esta ação poderá causar uma ventilação indesejada no local, levando a um aquecimento rápido
e até mesmo a um flashover. Também poderá ocasionar propagação do incêndio para áreas até então
não atingidas e expor vítimas que ainda podem estar em segurança nestes locais.
• Combate ao foco – Localizado o foco, faz-se o combate ou o seu confinamento, conforme a tática
adotada.
16.5 Proteção da Rota de Fuga
Quando o combate exigir uma entrada demorada (se o fogo está longe da entrada, por exemplo), pode ser
necessário proteger uma rota dentro da edificação para a saída emergencial. Isso se faz com equipes de apoio que,
igualmente equipadas com EPI e linhas de mangueira, adotam os procedimentos possíveis, dentre os seguintes:
18.5.1 Monitoração da rota de fuga
Posicionar linhas de mangueira na entrada e, se necessário, ao longo da rota adotada pela linha de ataque
para chegar ao objetivo. Essas linhas fazem testes do teto, verificando a temperatura e, se necessário, aplicando
pulsos de jato atomizado nas paredes e na fumaça, para evitar a inflamação.
As linhas de apoio deverão se posicionar de acordo com a determinação do chefe da guarnição, mantendo
contato via rádio ou visual com a linha de ataque, comunicando-lhe qualquer mudança nas condições do incêndio
que possa colocá-la em risco.
18.5.2 Isolar áreas não atingidas e posicionar escadas
As linhas de apoio, se possível, auxiliam no confinamento do incêndio, fechando portas e janelas de áreas
não atingidas pelo fogo.
Também orientam quanto ao posicionamento de escadas nas janelas (se o incêndio for em edificação alta), e
permanecem a postos para eventual necessidade de resgate de uma vítima encontrada ou de bombeiro acidentado.
18.5.3 Aplicação de jato neblinado contínuo
Durante o resgate de uma vítima ou bombeiro, se o ambiente começa a degradar rapidamente, havendo
risco imediato à vida, as linhas de apoio devem formar uma barreira de água, aplicando sobre a linha vulnerável um
jato neblinado contínuo, protegendo-a durante a retirada.
O jato neblinado protege apenas enquanto dura a sua aplicação e precisa ser mantido até a saída dos
bombeiros da edificação, por isso, é vital o fornecimento ininterrupto de água nas linhas de ataque e apoio.
Este recurso só deve ser utilizado para as situações em que a necessidade de salvar uma vida, seja do
bombeiro ou da vítima, deixa em segundo plano a preservação da propriedade e mesmo a estabilização do
incêndio.
Após a utilização desta técnica o bombeiro não deve retornar molhado à área do incêndio.
18.6 Progressão do bombeiro no incêndio
O deslocamento dos bombeiros em um incêndio acontece desde o local onde foi armada a linha de
mangueira de ataque, passando pela entrada da estrutura até o local de onde podem atacar o fogo.
A progressão deve ser iniciada quando se acessa o ambiente sinistrado. No caso de uma edificação térrea ou
com subsolo, o deslocamento deve começar no térreo. No caso de uma edificação com pavimentos, o ponto de
partida deve ficar no andar abaixo do incêndio, ou conforme a determinação do chefe de guarnição.
Página 71
Estes deslocamentos podem ser realizados de 03 formas:
1. Técnica de dois pontos;
2. Técnica de três pontos;
3. Técnica de quatro pontos;
18.6.1 Técnica de dois pontos (de pé):
Quando o incêndio ocorrer em local aberto, que não ofereça risco ocasionado pela fumaça, a dupla de
bombeiros deverá executar a progressão de pé.
Página 72
18.6.2.2 Recuar:
O recuo acontece de forma inversa, o joelho que está apoiado no chão vai para trás e o pé que está à frente
do corpo vem em seguida. Enquanto o chefe de linha segura o esguicho, o ajudante se dirige para o seio da
mangueira, não se afastando muito do seu companheiro, puxando-a na direção da saída. Depois toma posição de
combate junto ao chefe de linha.
18.6.3.1 Avançar:
O deslocamento é realizado com os dois joelhos no chão, alternando os joelhos ao deslocar. Quando parar
para aplicar jatos d’água, o bombeiro deve se sentar sobre os próprios calcanhares (esta posição proporciona maior
estabilidade para a observação do ambiente). O ajudante poderá se direcionar para o seio da mangueira para retirar
dobras ou desvencilhar a mangueira de algum obstáculo. O chefe aguarda a presença do seu ajudante, para
deslocarem-se juntos.
18.6.3.2 Recuar:
Página 73
O recuo acontece de forma inversa. Enquanto o chefe de linha segura o esguicho, o ajudante se dirige para o
seio da mangueira, não se afastando muito do seu companheiro, puxando-a na direção da saída. Depois toma
posição de combate junto ao chefe de linha.
Durante a progressão em um ambiente sinistrado, a dupla de bombeiros deverá observar as seguintes prescrições:
• Estar atento para quaisquer sinais de comportamento extremo do fogo, objetos pirolisando, presença de
possíveis vítimas, aberturas que podem afetar o comportamento do fogo, aumento repentino de
temperatura, chamas vindas por trás da dupla de bombeiros, sinais de desabamentos etc.
• Se for necessário chamar a atenção do outro bombeiro deve se fazê-lo batendo no cilindro ou capacete,
sem tocar nas roupas de aproximação, pois a compressão dos tecidos da roupa interrompe as camadas de
ar e pode produzir queimadura na pele do bombeiro.
• Fechar as portas dos ambientes para manter a integridade dos mesmos e evitar a propagação do
incêndio.
• Se encontrar objetos ou portas pirolisando deve-se aplicar o jato mole, com a finalidade de evitar a
propagação do incêndio em pontos isolados do ambiente e manter a integridade dos mesmos. • Realizar
o teste de teto durante a progressão para checar a temperatura do ambiente, quando não houver chamas
na fumaça.
Página 74
O teste pode ser repetido a cada dois metros, em média, se houver dúvida quanto à segurança para a
progressão. Se não for seguro progredir, a dupla deve realizar o ataque com o uso do jato atomizado até a
estabilização do ambiente, para que possam avançar e chegar com segurança até o foco principal do incêndio.
Havendo chamas na camada de fumaça, a dupla de bombeiros deve realizar o ataque com jato
atomizado. Para fazer este procedimento o chefe de linha para, ataca as chamas e observa o efeito do jato.
Aplica mais um ou dois pulsos, nunca no mesmo local, e se houver o resfriamento desejado, continua-se a
progressão.
Se os bombeiros verificarem que não foi possível diminuir a temperatura, permanecem lançando
água até que o ambiente esteja seguro para continuar o deslocamento.
A dupla de bombeiros não deve utilizar água em excesso para não fazer muito vapor e causar um
desequilíbrio térmico.
O chefe de linha deve permanecer com a mão sobre a alavanca, para estar sempre pronto em caso de
reaparecimento das chamas, não esquecendo de refazer o teste de teto e, se necessário, o ataque à fumaça,
até chegar ao local que consiga atacar a base do fogo.
Se os bombeiros perceberem risco iminente de fenômeno extremo, a dupla de ataque deve recuar
rapidamente, sempre de joelhos e aplicando pulsos de jato atomizado. Se não houver tempo para sair do
ambiente com segurança realizar a posição ou técnica de proteção.
18.6.4 Técnica de proteção
Durante a progressão, a dupla de ataque deve estar atenta a imprevistos relacionados com quebra de
vidraças de janelas e portas ou a aberturas destas, ocasionadas pela ação do calor ou mesmo por uma ação mal
planejada da equipe de socorro.
Esta abertura indesejada ocasionará entrada de ar no ambiente e, como consequência, poderá ocorrer um
súbito aumento de temperatura. Nesta situação, os bombeiros iniciam o recuo em direção a saída aplicando pulsos
de jato atomizado para resfriar a fumaça. Caso a situação piore e a radiação de calor torne impossível a fuga, os
bombeiros devem colocar-se na posição de proteção até que a situação melhore.
Na posição de proteção, os bombeiros, sem abandonar a linha de mangueira e sem fechar o esguicho, se
lançam ao chão paralelamente, ou seja, um ao lado do outro e de frente, mantendo a linha de mangueira entre
a dupla.
O chefe de linha, auxiliado pelo ajudante, segura o esguicho na altura do peito e direciona o jato para o teto.
Em primeiro lugar aumenta o máximo a amplitude do jato e depois aumenta a vazão, também para o máximo.
A dupla permanece deitada lateralmente, um corpo próximo ao outro e de frente, mas com o rosto voltado
para o solo, até que a situação esteja controlada e seja possível a saída segura do local.
Página 75
Posição De Proteção
Estratégia Ofensiva
A estratégia ofensiva consiste no ataque ao incêndio colocando os meios de combate de modo a conter a sua
propagação, realizando o seu confinamento, à menor área possível. Em incêndios industriais, a aplicação desta
estratégia consiste na montagem de linhas de mangueira para ataque no interior do edifício.
Esta estratégia é mais eficaz e deve ser utilizada sempre que as condições de segurança do edifício e a
intensidade e dimensão do incêndio o permitam. Sempre que possível, a estratégia ofensiva deve ser efetuada,
ponderando os meios disponíveis, de modo a empurrar as chamas, o fumo e os gases de combustão para o exterior
do edifício, combinando as operações de extinção com as de ventilação tática. Além da ventilação tática, as
operações de combate ao incêndio pelo interior (estratégia ofensiva) são também apoiadas pelas operações de
abastecimento de água, montagem de acessos pelo exterior (utilizando as escadas disponíveis dos bombeiros) e
abertura de acessos, recorrendo a métodos de entrada forçada. Sempre que houver pessoas no interior do edifício
é obrigatório o recurso à estratégia ofensiva.
Estratégia Defensiva
Quando a intensidade e a dimensão do incêndio, ponderadas em relação aos meios disponíveis, ou a falta de
segurança do edifício não permitam desenvolver as operações de ataque ofensivo ao incêndio pelo seu interior,
recorre-se à estratégia defensiva, que se desenvolve pelo exterior.
Esta estratégia consiste em fazer incidir os meios de combate a partir do exterior, através de portas, janelas
ou outros vãos abertos nas fachadas ou, ainda, através de aberturas e partes destruídas da cobertura do edifício.
Há ainda circunstâncias particulares que podem levar o líder das operações a optar por uma estratégia
defensiva, protegendo apenas as exposições exteriores, não combatendo o incêndio.
São exemplos as situações de:
1. Explosão iminente (BACKDRAFT ou FLASHOVER);
2. Existência de produtos tóxicos ou outras matérias perigosas no interior do edifício, que apresentem ALTO
RISCO PARA OS BOMBEIROS;
3. Iminência de desabamento, total ou parcial, do edifício.
No caso de instalações industriais com maior risco de incêndio (indústria química pesada, indústrias da
madeira, fábricas de papel, de plásticos, de tintas etc.), em que a carga de incêndio é muito elevada, é mais
provável surgir uma situação que imponha a estratégia defensiva.
Página 78
Se o foco estiver oculto e for necessário atingir um obstáculo para que a água ricocheteie e atinja-
o, a aplicação deve durar somente de 1 a 3 segundos sobre cada local, variando-se a posição do jato para
conseguir atingir o foco.
A grandes distâncias, usa-se o jato compacto, que se quebra pelo atrito com o ar e torna-se
neblinado até chegar ao objetivo. A pequenas distâncias, usa-se o jato neblinado aberto até 30 graus,
aproximadamente.
b) Ataque ZOTI Ou Ataque Combinado
É um tipo de ataque indireto, pois atua pela grande formação de vapor.
Aplica-se o jato na vazão de 125 LPM aberto cerca de 30 graus, formando uma letra conforme o
tamanho do ambiente.
Para um ambiente de aproximadamente 30 m2, faz-se um grande Z, começando do alto e indo até
próximo do piso.
Para um ambiente de aproximadamente 20 m2, faz-se um “O” e para, aproximadamente, 10 m2, um T.
Em corredores, faz-se um I.
Página 79
c) Dispersão
Separando-se o elemento combustível, os elementos que continuam a queimar distantes
uns dos outros com menor eficiência. O princípio é fácil de entender: 2 m2 de combustível
queimando junto não são a mesma coisa que 2 x 1 m2 separados vários metros um do outro.
Especialmente para controlar grandes focos de incêndio, é importante dividir o foco em
duas partes, para em seguida atacá-las separadamente.
Ataca-se com a maior vazão disponível, por um tempo muito curto, na área de maior
potência do foco, onde as chamas são mais altas, que representa o maior perigo de propagação.
Podem-se posicionar vários esguichos canhões no mesmo ponto, por exemplo.
Não esquecer que é a vazão instantânea que apaga o fogo, não a aplicação de baixa vazão
por muito tempo.
Um ataque eficiente dará resultado em
poucos segundos. Se em 15 ou 20 segundos
não se constata nenhum resultado, não
adianta continuar. É preciso parar, refletir e
mudar de método.
Foco Em Cômodo Fechado
Quando o cômodo do foco está fechado, ou pode ser fechado, é possível fazer um ataque indireto
por meio de uma pequena abertura da porta ou uma abertura na parede suficiente apenas para passar
o esguicho. Isto é especialmente indicado em caso de risco de backdraft, pois elimina a necessidade de
os bombeiros entrarem no ambiente.
A abertura deve ser a menor possível, para evitar a entrada de ar fresco para alimentar o fogo.
Em um cômodo pequeno, pode-se utilizar um único movimento rápido e circular com o esguicho,
posicionado mais ou menos ao comprimento de um braço para dentro da abertura.
Ou pode-se fazer os mesmos movimentos do ataque ZOTI, considerando a área do cômodo.
Após a aplicação de água nas superfícies quentes, o compartimento deve ser fechado por alguns
instantes para reter o vapor. Atenção, pois o vapor formado pode sair sob pressão pela abertura.
Pode-se repetir este procedimento até três vezes, observando- se o resfriamento.
Em seguida, abre-se o ambiente e faz-se o rescaldo.
Rescaldo
Após a extinção superficial do foco, faz-se o rescaldo. O foco deve ser revirado enquanto se faz a
extinção dos pontos quentes restantes. Usa-se o jato compacto e a vazão mínima (30 GPM) e a alavanca
aberta apenas parcialmente, produzindo um fluxo de água sem pressão, que escorre. Isto aumenta um
pouco o tempo de contato e, portanto, a absorção de calor do jato compacto. Neste caso, o esguicho
pode ser segurado pela mangueira.
Deve-se jogar água somente nos pontos quentes, ou seja, que ainda estão acesos. E fechar o
esguicho enquanto se revira o material procurando outros pontos quentes.
Página 80
18. Técnicas De Retirada De Vítimas
As vítimas do incêndio devem ser retiradas rapidamente. Para isso, há várias técnicas que
podem ser utilizadas.
Ao localizar a vítima, o bombeiro deve fazer uma avaliação rápida sobre o seu estado geral e
dar início à sua retirada, utilizando a técnica mais adequada.
Se a vítima for encontrada inconsciente, especialmente se estiver caída perto de escada, deve-
se supor que sofreu queda, e transportá-la com os cuidados de estabilizar a coluna. Deve ser
retirada, preferencialmente, com utilização de prancha rígida, lona, cobertor ou maca. No entanto,
se as condições do incêndio não permitirem, então se faz a retirada como for possível.
É preferível fazer a retirada pelas escadas ou corredores da própria edificação. É a maneira
mais fácil, que permite evacuação de mais pessoas com segurança em menos tempo.
Constituem técnicas de retirada de vítimas:
• Caminhando, se a vítima conseguir andar, procure fazer com que ela se desloque o mais
abaixada possível. Se não for possível, apóie a vítima no ombro.
Página 81
Transporte Pelas Extremidades
• Com o emprego de uma cadeira ou prancha rígida – procedimento ideal para retirada de
vítimas gravemente feridas, pessoas idosas e obesas. O transporte é feito por dois bombeiros,
diminuindo o esforço e desgaste físico, bem como o agravamento de lesões da vítima.
Página 82
Salvamento De Vítima Com Uma Dupla De Bombeiros (Situação Ideal)
Ventilação tática são ações de controle da circulação de fumaça e de ar, de forma planejada, para
obter vantagens operacionais no combate a incêndio.
A visão sobre ventilação varia de continente para continente. A Europa, tradicionalmente, volta
seu combate a incêndios para as condições encontradas em estruturas de compartimentos pequenos,
trabalhando com baixa vazão e alta pressão nas mangueiras, confinando o fogo (também chamado de
antiventilação) e estabilizando os gases aquecidos no ambiente antes de abri-lo.
Os americanos voltam o seu combate para as condições de incêndios de propagação rápida, em
grandes espaços. Utilizam ventilação de forma agressiva e ataque rápido ao foco, com uma alta vazão
nas mangueiras.
Atualmente, com a disseminação do uso da ventilação forçada com ventiladores e a preocupação
causada por acidentes fatais envolvendo comportamentos extremos do fogo, ambas as visões têm-se
modificado, absorvendo procedimentos de uma e de outra.
Toda ventilação deve ser feita conscientemente, conforme a conveniência do combate. Qualquer
entrada em local incendiado implica em ventilar o ambiente, ou seja, é impossível abrir uma porta ou
uma janela, sem permitir a entrada de ar. O entendimento de como a ventilação ocorre possibilita usá-la
a favor do combate a incêndio mais eficiente e eficaz.
A ventilação é interdependente das demais ações do combate ao incêndio. Perceba que nas
demais técnicas tratadas neste apostila, enfatiza-se que portas e janelas não devem ser abertas
indiscriminadamente, pois afetaria a ventilação de forma não planejada.
Utilizar ventilação exige coordenação entre o exterior e o interior da edificação.
Página 83
A ventilação também precisa ser planejada antes da execução, pois corrigi-la em andamento é
difícil, já que algumas aberturas serão permanentes.
20.1 Efeitos da ventilação sobre o incêndio
A ventilação aumenta a velocidade da combustão, mas dilui e dispersa a fumaça, tornando-a
menos inflamável, e assim facilitando o acesso ao foco.
Pelo contrário, a falta de oxigênio diminui a velocidade da combustão, mas aumenta o
acúmulo de fumaça altamente inflamável. Isso é o que acontece ao se confinar o fogo.
A fumaça propaga o fogo pela rota em que se desloca, portanto, a saída da fumaça deve ser
na direção em que a propagação do fogo será menos danosa. Se estiverem no caminho materiais
ainda não incendiados ou vítimas, a situação será agravada.
Página 84
20.2 Ventilação natural e seus fatores de movimento
A ventilação natural é o aproveitamento racional dos deslocamentos dos gases em prol da
operação de combate a incêndio, podendo ser HORIZONTAL ou VERTICAL.
Os principais fatores de movimento da ventilação natural são:
• O empuxo.
• A sobrepressão no compartimento incendiado.
• A pressão negativa em corredores e escadas.
• A direção do vento.
Os gases aquecidos da fumaça têm densidade menor que o ar ambiente, e, portanto,
sofrem empuxo e sobem. A sobrepressão é proveniente do aumento do volume dos gases
aquecidos. Devido àsobrepressão, a fumaça acumulada sai do compartimento por qualquer
abertura, mesmo que seja baixa.
E a pressão negativa ocorre pelo Princípio de Venturi, fazendo com que os locais de menor
seção por onde passam os fluidos tenham menor pressão e uma maior velocidade. Por causa da
pressão negativa,escadas e corredores sugam a fumaça proveniente do foco do incêndio.
A ventilação horizontal, que pode ser a abertura de uma janela ou porta, por exemplo, serve-se
da sobrepressão e da direção do vento para dispersar a fumaça. Deve ser feita com muito critério, pois
envolve as áreas baixas do ambiente, portanto, qualquer problema poderá afetar o local de trabalho dos
bombeiros.
Página 85
Pode-se aplicar jato neblinado, perpendicular à fumaça que sai da edificação, diminuindo
sua inflamabilidade e a possibilidade de propagação do fogo para edificações vizinhas. Tal
procedimento acelera o fluxo de saída da fumaça.
A ventilação, tanto horizontal quanto vertical, também pode ser feita de forma cruzada,
ou seja, com uma abertura para entrada de ar e outra para saída de fumaça, aproveitando a
direção do vento para aumentar o deslocamento.
Cuidados a serem adotados na ventilação natural:
• No estabelecimento, é melhor aproximar-se a favor do vento. Em alguns casos, o
estabelecimento em local aparentemente mais difícil pode ser o melhor, se evitada a
direção em que o vento lançaria a fumaça sobre o socorro.
• Na abertura de portas e janelas, manter-se a favor do vento evita ser atingido pela fumaça
liberada.
• A ventilação vertical é também muito útil para melhorar as condições para as vítimas,
facilitando o escape em ambientes grandes: a abertura do teto propicia o escoamento da
fumaça, melhorando a visibilidade, diminuindo a toxidade da atmosfera e a temperatura.
Página 86
Comportamento Da Fumaça Em Situações Distintas: A
Primeira Sem Ventilação E ASegunda Com Ventilação Vertical
Na Figura acima, é possível observar duas situações bem distintas em uma mesma cena de
incêndio.
Na primeira, a fumaça acumulada no ambiente dificulta a orientação da vítima para a saída,
além de submetê-la a um ambiente altamente tóxico. Na segunda cena, a abertura vertical
permite o escoamento seguro da fumaça, aerando o ambiente para a vítima.
Como já foi dito no curso, a fumaça é combustível. Portanto, qualquer saída deve
direcioná-la para local onde a propagação do fogo seja menos danosa, tendo em vista a
proteção dos bombeiros, das vítimas e das áreas não atingidas.
Existindo apenas uma abertura, o fogo busca liberar fumaça e obter oxigênio por meio dela.
Se essa única entrada estiver atrás dos bombeiros, será um problema. Por isso, na técnica de
passagem de porta, após abri-la, deve-se voltar a fechá-la.
Página 87
Não se pode fazer o isolamento do cômodo em que está o foco antes de avaliar a possibilidade de
presença de vítima viável (ou seja, que pode ser salva).
Após a extinção de incêndio em edifício, fazer uma abertura no alto de uma escadaria libera a
fumaça (Figura a), que de outro modo permaneceria nos andares intermediários (Figura b).
Ventilação
Vertical Cruzada: O ar entra por baixo E A fumaça sai adiante
do jato
Página 88
Fazendo abertura para ventilação
A ventilação horizontal possui a desvantagem de escoar a fumaça pelas áreas mais baixas do
ambiente, onde ficam bombeiros e vítimas. A abertura de janelas é o modo mais comum de fazer
essa ventilação.
Abertura Para Ventilação Horizontal
20.3 Ventilação Forçada
A ventilação forçada é sempre do tipo cruzada, e pode ser horizontal ou vertical, ou seja, exige duas
aberturas, uma de entrada de ar e outra de saída de fumaça. O uso de aparelhos permite escolher a
direção preferencial para dirigir a fumaça, mesmo que seja para baixo ou contra o vento. No entanto,
sempre que possível, é melhor aproveitar a direção natural de deslocamento dos gases, para tornar a
ventilação mais eficiente.
A ventilação forçada pode ser de pressão negativa, ventilação hidráulica ou ainda por pressão
positiva.
A ventilação forçada por pressão negativa é feita por meio de exaustores. A ventilação forçada por
arrastamento ou hidráulica é feita por meio de um jato neblinado para fora do ambiente. A ventilação por
pressão positiva utiliza ventiladores.
20.3.1 Ventilação De Pressão Negativa
O exaustor trabalha retirando a fumaça do ambiente, conduzindo-a para fora por meio de um tubo
chamado de “manga”. É colocado dentro do cômodo inundado de fumaça.
Suas desvantagens são:
Página 89
EXAUSTOR ELÉTRICO
18.3.2 Ventilação Hidráulica Por Arrastamento
O jato neblinado, para fora do ambiente inundado de fumaça, funciona pelo Princípio de
Venturi, criando um arraste da fumaça. Se bem utilizado, pode ser até quatro vezes mais eficiente
que os exaustores. Sua desvantagem é a grande quantidade de água utilizada.
A principal vantagem é estar disponível facilmente. Deve ser usado, preferencialmente, após a
extinção, ou ao menos, depois de confinado o fogo, tendo-se o cuidado de resfriar a fumaça, pois o
bombeiro precisa ficar no seu caminho de saída.’
A fumaça escoa pela saída mais fácil. Portanto, deve-se escolher a saída mais próxima da base do
fogo. Se for necessário, conduzi-la por dentro da edificação, deve-se considerar que ela pode propagar o
fogo ou, simplesmente, sujar áreas não atingidas.
O uso do ventilador de pressão positiva em prédios com ar condicionado central pode
espalhar a fumaça pelo sistema. Se for possível, o sistema de ar condicionado deve ser controlado
Página 90
e utilizado para os objetivos táticos do combate a incêndio (exaustão da fumaça, pressurização dos
ambientes não atingidos).
Se não for possível controlá-lo de forma satisfatória, deve-se desligá-lo. Outros sistemas do
prédio podem ser utilizados também. Em um certo incêndio em prédio alto, a fumaça estava
espalhada por vários andares. Enquanto se fazia a busca do foco da forma convencional, ou seja,
começando do andar mais baixo envolvido e subindo para os mais altos, um bombeiro foi
encarregado de assistir a filmagem do sistema de segurança, o que permitiu localizar mais
rapidamente o foco.
Nem todo o ar lançado pelo ventilador é aproveitado para ventilação. Só 25% do volume
introduzido num apartamento sai pelo local designado. O restante escapa por frestas e portas mal
vedadas ou perde-se logo no cone.
20.4 Resumo Das Ações E Efeitos Da Ventilação
A ventilação é utilizada de maneiras totalmente distintas, de acordo com o objetivo do
ataque definido pela tática. Resumem-se em 10 itens as ações e os efeitos esperados.
2 Confinar o fogo e abrir área não atingida. Dissipa a fumaça, facilitando as buscas.
4 Evitar ficar entre o foco e a única abertura. Evita ser apanhado pelo fogo que busca oxigênio.
Ao abrir vários pavimentos atingidos por Evita que a área livre de fumaça seja inundada
8 incêndio, a começar pelo mais baixo. novamente.
Sempre utilizar pressão positiva fazendo a Evita acidentes pelo retorno da fumaça para a entrada de
9 abertura para saída de fumaça. ar.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art.
Página 92
1º O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger-se-á pelo disposto nesta Lei.
Art. 2º Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça, em caráter habitual, função
remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado diretamente por empresas
privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção
e combate a incêndio.
§ 1º (VETADO)
§ 2º No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros Civis e o Corpo de Bombeiros Militar, a
coordenação e a direção das ações caberão, com exclusividade e em qualquer hipótese, à corporação militar.
Art. 3º (VETADO)
II.- Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível de ensino médio,
comandante de guarnição em seu horário de trabalho;
III.- Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em prevenção e combate a incêndio,
responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio.
Art. 5º A jornada do Bombeiro Civil é de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso, num
total de 36 (trinta e seis) horas semanais.
Art. 7º (VETADO)
Art. 8º As empresas especializadas e os cursos de formação de Bombeiro Civil, bem como os cursos técnicos de segundo
grau de prevençãoe combatea incêndio que infringiremas disposiçõesdesta Lei, ficarãosujeitosàs seguintes penalidades:
I. - advertência;
II. -(VETADO)
Art. 9º As empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de Bombeiro Civil poderão firmar convênios com os
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, para assistência técnica a seus
profissionais.
Os Poderes Executivo, Legislativo e o Judiciário no Brasil, a cada dia que passa, avançam e estabelecem novos
conceitos em busca do aperfeiçoamento da ordem jurídica para a sociedade. O Judiciário por exemplo, estabelece
sumulas vinculantes e jurisprudências para o enfrentamento de diversas situações semelhantes. Estes poderes, estão
atentos a todas as evoluções da sociedade, seja na esfera criminal, civil ou trabalhista. O Congresso Nacional, busca
avanços permanentes para a legislação nacional em todas as áreas.
Ao editar a Lei Federal 11901/2009, o Poder Executivo Federal, usou de grande inteligência jurídica. Verificou
que a Profissão de Bombeiro Civil, já possuía CBO 5171 10(Ministério do Trabalho), com critérios de quantidade de horas
para a qualificação deste profissional, além de uma minuciosa lista de atividades que o mesmo exerce, bem como da
própria capacidade técnica que o mesmo teria, para que após formado, também recebesse diretamente pela CBO, a
autorização para desempenhar papel de instrutor para Bombeiro Civil(ver item B da CBO).
Também, verificou o Poder Executivo Federal, que a Lei de Diretrizes Básicas da Educação 9.394/1996
aprimorada pelo Decreto Federal 2.208/1997, em seus: Artigo 1º Inciso I e IV;
Artigo 3º inciso I e Artigo 4º com seu parágrafo 2º, por si próprias, complementariam a Lei Federal
11.901/2009, no quesito, regulamentação de cursos. VÊ-SE AI, O PRIMORDIAL, FUNDAMENTO LEGAL, QUE DITA QUE O
CURSO ENQUADRA-SE COMO CURSO LIVRE, BÁSICO, DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, NÃO SUJEITO A
REGULAMENTAÇÃO OU CURRÍCULO (já que a CBO , já refere as horas e atribuições do profissional). Legal, inteligente,
prudente e eficaz. Podemos assim classificar a visão jurídica do Executivo Federal e do Congresso, ao analisar e aprovar
a Lei do Bombeiro Civil.
Isto é incontestável. Somente o executivo federal e o congresso nacional, podem interferir nesta legislação.
Cabe ainda ressaltar que bombeiro civil, não tem nada haver com bombeiro militar. As organizações militares,
não estão autorizadas por nenhum dispositivo legal federal, a interferirem na organização e na qualificação de
bombeiros civis. Cada qual com sua atribuição e distinção.
É somente do ministério do trabalho e de conselhos de profissão, o direito e dever de fiscalização de
profissões.
Descriçãosumária
Página 94
Previnem situações de risco e executam salvamentos terrestres, aquáticos e em altura, protegendo pessoas
e patrimônios de incêndios, explosões, vazamentos, afogamentos ou qualquer outra situação de emergência,
com o objetivo de salvar e resgatar vidas; prestam primeiros socorros, verificando o estado da vítima para
realizar o procedimento adequado; realizam cursos e campanhas educativas, formando e treinando equipes,
brigadas e corpo voluntário de emergência.
Formação e experiência
Requer-se do Bombeiro civil e do Salva-vidas o ensino fundamental completo, do Bombeiro Aeródromo, o
ensino médio completo. Exige-se curso básico de qualificação de duzentas a quatrocentas horas-aula para todos.
Os Salva-vidas civis que atuam na orla marítima costumam receber treinamento dado por Salva-vidas da Polícia
Militar.
Condições gerais de exercício
Atuam no comércio, indústria, serviços e agropecuária. São empregados com carteira assinada, organizam-
se em equipe, trabalhando em locais fechados e abertos, em períodos diurnos e noturnos e em revezamento
de turnos. Estão, conforme a especialidade das ocupações, expostos a materiais tóxicos, radiação, ruído
intenso, umidade e altas temperaturas.
Para Complementar:
A NBR 14608 (Norma Brasileira Registrada) da ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas. Dispõe sobre o
Bombeiro Profissional Civil – Não regulamenta a nossa Profissão – Algumas empresas ou Instituições ainda falam
neste profissional, que não existe perante a lei, por desconhecerem as normas constitucionais vigentes em nosso
país.
Página 95
18. análise de risco: Conjunto de técnicas e métodos aplicados a um processo de instalação industrial, com o objetivo de
identificar e avaliar os riscos e propor medidas para eliminação, redução ou minimização das conseqüências dos riscos.
19. anel: Rede ou parte de uma rede de proteção contra incêndio cuja tubulação se desenvolve em curso fechado,
destinada a alimentar dispositivos de extinção.
20. anel de expansão: Peça de cobre recozido, usada para fixar as mangueiras às uniões.
20. área de armazenamento: Local contínuo,destinado ao armazenamento de recipientes transportáveis.
21. área danificada: Total de área do material permanente afetada por fenômeno térmico, sob condições de ensaio
específico, tais como:perda de material, contração, amolecimento,fusão,carbonização, combustão, pirólise, etc.
21. área de operação: Local de emergência onde se desenvolvem os trabalhos de controle de emergências.
22. área protegida: Área dotada de equipamento de proteçãoe combate a incêndio.
23. área protegida por extintor: Área medida em metros quadrados de piso, protegida por uma unidade extintora, em função do
risco.
24. área queimada: Área danificada de um material destruído por combustão ou pirólise, sob condições de ensaio especificadas.
25. armazém de produtos acondionados: Área coberta ou não, onde são armazenados recipientes (tais como tambores, tonéis,
latas, baldes, etc.) que contenham produtos ou materiais combustíveis ou produtos inflamáveis.
26. aterramento: Processo de conexão à terra, de um ou mais objetos condutores, visando a proteção do operador ou
equipamento contra descargas atmosféricas, acúmulo de cargas estáticas e falhas entre condutores vivos.
27. aterramento de veículos: Ligação à terra de veículos transportadores de produtos perigosos, durante o processo de carga e
descarga, para eliminação nos casos passíveis de eletricidade estática.
30. auditorias de segurança ou inspeção: Rotinas destinadas a avaliar as condições de segurança, processos, instalações e
procedimentos, com o objetivode estabelecer medidas corretivas.
31. auto-aquecimento: Aquecimento resultante de uma reação exotérmica.
32. auto-extinção: Termo não recomendável. Não é possível apresentar uma definição normalizada deste termo, em vista do
estado atual de conhecimento sobre as propriedades por ele abrangidas e os tipos de materiais aos quais pode ser aplicado.
33. auto-ignição; ou ponto de auto-ignição: Menor temperatura na qual um combustível emite vapores em quantidade suficiente
para formar uma mistura com o arna região imediatamente acima da sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em
contato com o ar.
34. autonomia do sistema: Tempo mínimo exigido para o funcionamento de um sistema.
35. bacia de contenção: Região limitada por uma depressão no terreno ou por diques, destinada a conter os eventuais vazamentos
de produtos químicos armazenados ou a água utilizada no combate a incêndio.
36. banzo: Parte lateral das escadas de incêndio onde se fixam os degraus.
37. barra acionadora: Componente da barra antipânico, fixada horizontalmente na face da folha, cujo acionamento, em qualquer
pontode seucomprimento,liberaa folha da portade sua posiçãode travamento, no sentido da abertura.
38. barra antipânico: Dispositivo de destravamento da folha de uma porta, na posição de fechamento, acionado mediante pressão
exercida no sentido de abertura, em uma barra horizontal fixada na face da folha.
39. barra antipânico dupla: Barra antipânico destinada à utilização em portas com duas folhas, com uma barra acionadora em
cada folha, possuindo em uma delas (a que deve fechar em primeiro lugar) um ou dois pontos de travamento (superior ou
superior e inferior) e na outra (a que se sobrepõe) pelo menos um ponto de travamento (contra a primeira folha). O
acionamento de qualqueruma das barras deve abrir pelo menos a folha respectiva.
40. barra antipânico simples: Barra antipânico com uma única barra acionadora destinada à utilização em portas com uma única
folha, possuindo pelo menosum pontode travamento.
41. bateria de cilindros: Conjunto de dois ou mais cilindros ligados por uma tubulação coletora contendo gás extintor ou propulsor.
42. bico nebulizador: Dispositivo de orifícios fixo, normalmente aberto, para descarga de água sob pressão, destinado a produzir
neblina de água com forma geométrica definida.
43. bomba de escorva: Bomba destinada a remover o ar do interior das bombas de combate a incêndio. 2.44 bomba Booster:
Bomba destinada a suprir deficiências de pressão em uma instalação hidráulica de proteçãocontra incêndios.
45. bomba de pressurização Jockey: Aparelho hidráulico especial, instalado em paralelo com a bombade incêndioprincipal,
destinado a manter a rede hidráulica pressurizada na ocorrência de eventuais perdas de pressão.
46. bomba de recalque: Bomba destinada a recalcar água no sistema de combate a incêndio.
47. bomba intercostal: Equipamento transportado nas costas do bombeiro, constituído por um reservatório de água e uma bomba
aspirante premente, de operação manual.
48. bombeiro: Profissional pertencente a uma corporação pública de atendimento a emergências.
49. bombeiro profissional: Profissional capacitado para o exercício de tarefas relativas à prevenção, proteção e combate a
emergências em instalações particulares.
50. botoeira de alarme: Dispositivo destinado a dar um alarme em um sistema de segurança contra incêndio, pela interferência
do elemento humano.
51. cabeça de descarga operadora por pressão: Dispositivo fixo adaptado na válvula do cilindro, para possibilitar sua abertura e
conseqüente descarga ininterrupta do gás. É acionado por pressurização de agentes extintores na forma gasosa, proveniente
do cilindro-piloto.
52. cabeça elétrica de comando: Dispositivo de comando elétrico destinado a acionar válvulas direcionais e/ou válvulas de
descarga dos cilindros-piloto de agentes extintores na forma gasosa.
53. calor de combustão: Ver 2.220.
Página 96
54.câmarade espuma: Dispositivo destinado à formaçãoe conduçãoda espuma para o interiorde tanques de armazenamento
de líquidos combustíveis.
55.canalização; tubulação: Rede de tubos, conexões e acessórios, destinada a conduzir água para
alimentar o sistema de combate a incêndios. 2.56 canhão monitor: Equipamento destinado a formar e a
orientar jatos de longo alcance para combate a incêndio.
57.capacidade extintora: Medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático normalizado.
58.carbonização: Formação, através de aquecimento, de carvão mais ou menos puro, durante a pirólise ou combustão incompleta.
59.carga incêndio: Soma das energias caloríficas que poderiam ser liberadas pela combustão completa de todos os materiais
combustíveis em um espaço, inclusive os revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos.
60.carretel de mangotinho: Dispositivo com alimentação axial onde se enrola o mangotinho.
61.central de alarme: Equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecção, convertê-los em
indicações adequadas e comandar e controlar os demais componentes do sistema.
62.chama residual: Persistência de flamejamento deum material, sob condições de ensaio especificadas, após a fonte
de ignição ter sido removida.
63.chamejar: Sofrer combustão na fase gasosa, com emissão de luz.
64.chama: Zona de combustão na fase gasosa, com emissão de luz.
65.chave de bloqueio: Dispositivo de acionamento manual, destinado a liberar o fluxo de gás conseqüente do disparo
automático do sistema fixo de CO2.
66.chuveiro automático para extinção de incêndio; bico de chuveiro automático; sprinkler: dispositivo destinado a projetar
água, em forma de chuva, dotado de elemento sensível à elevação de temperatura.
67.cilindro de ar: Cilindro de alta pressão destinado a conter ar comprimido respirável, dotado de válvula para equipar máscaras
e equipamentos autônomos de respiração.
68.cilindro de gás carbônico (CO2): Cilindro de aço de alta pressão, dotado de válvula de descarga automática ou
manual e tubo sifão, destinado a conter gás carbônico liquefeito para extintores, carretas, instalações fixas
automáticas e ampolas de pressurização.
69.cilindro-piloto: Componente da bateria de cilindros de agente extintor de um sistema fixo, dotado de cabeça
de disparo que, ao ser acionado, estabelece o fluxo inicial de agente extintor que por pressão aciona as cabeças de comando
dos demais cilindros da bateria.
70.cinto de segurança: Equipamento de proteção individual para fixação do bombeiro, a fim de prevenir quedas.
71.cinzas: Resíduos inorgânicos produzidos na combustão completa.
72.circuito auxiliar: Circuito destinado ao comando e/ou supervisão de equipamentos relativos à prevenção e/ou combate
a incêndios.
73.circuito de alarme: Circuito destinado ao comando dos dispositivos avisadoressonoros e visuais.
74.circuito de detecção: Circuito no qual estão instalados os detectores automáticos, acionadores manuais ou quaisquer
outros tipos de sensores pertencentes ao sistema.
75.circuito de detecção classe A: Todo circuito no qual existe a fração de retorno à central, de tal forma que uma eventual
interrupção, em qualquer ponto desse circuito, não implique a paralisação de seu funcionamento.
76.circuito de detecção classe B: Todo circuito no qual não existe a fração de retorno à central e uma eventual interrupção de circuitos
possa implicar paralisação parcial ou total do circuito.
77.classes de incêndio: Classificação didática na qual se definem fogos de diferentes natureza. Adotada no Brasil em quatro
classes: fogo classe A, fogo classe B, fogo classe C e fogo classe D.
78.combate a incêndio: Conjunto de ações destinadas a extinguir incêndio, com uso de equipamentos manuais ou automáticos.
79.comburente: Substância que sustenta a combustão.
80.combustão: Reação exotérmica de um combustível com um comburente, geralmente acompanhada de chamas e/ou
brasa e/ou emissão de fumaça.
81.combustão de superfície: Combustão limitada à superfície de um material.
82.combustão em brasa: Combustão de um material na fase sólida, sem chama, porém com emissão de luz proveniente da zona
de combustão.
83.combustão espontânea: Combustão resultante de auto-aquecimento, sem aplicação de calor externo.
84.combustível: Todo material capaz de queimar.
85.compartimentaçãohorizontal:Subdivisãode pavimentoem duasou mais unidadesautônomas,executadapormeiode paredes e
portas resistentes ao fogo, objetivando dificultar a propagação do fogo e facilitar a retirada de pessoas e bens.
86.compartimentação vertical: Conjunto de medidas de proteção contra incêndios que tem por finalidade evitar a propagação
de fogo, fumaça ou gases de um pavimento para outro, interna ou externamente.
87.componentes de travamento: Componentes da barra antipânico que mantêm a(s) folha(s) de porta cortafogo na posiçãofechada.
88.comportamento de queima: Todas as modificações físicas e/ou químicas que ocorrem quando um material ou produto
é exposto a uma fonte de ignição especificada.
89.corredor de inspeção: Intervalo entre lotes contíguos de recipientes de gás liquefeito de petróleo (GLP) ou outros gases.
90.cortina de segurança florestal: Faixa plantada com espécies de difícil combustão que oferecem maior resistência à
propagação do fogo.
91.curva de temperatura: Variação da temperatura relativamente ao tempo, medida de maneira especificada durante o ensaio
normalizado de resistência ao fogo.
92. deflagração: Explosão que se propaga à velocidade subsônica.
Página 97
93.defletor de chuveiro automático: Componente do bico destinado a quebrar o jato sólido, de modo a distribuir a água
segundo padrão estabelecido.
94.defletor de espuma: Dispositivo destinado a dirigir a espuma contra a parede do tanque.
95.demanda: Solicitação quantitativa de instalação hidráulica à fonte de alimentação.
96.densidade carga incêndio: Carga incêndio por unidade de área.
97.densidade ótica de fumaça: Logaritmo decimal da capacidade da fumaça.
98.densidade ótica específica de fumaça: Medida da fumaça produzida por um espécime de um material ou produto, levando
em conta a densidade ótica e os fatores característicos de método de ensaio especificado.
99.depósito de combustíveis de aviação em aeroportos: Conjunto de instalações fixas, compreendendo
tanques, equipamentos e edifícios de administração e manutenção, com a finalidade de receber, armazenar e
distribuir combustíveis de aviação.
100.descarga: Parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro público ou área
externa com acesso a este.
101.descarga não efetiva: Parte da descarga dos bicos de nebulização que não tem efeito na superfície a ser protegida, devido
a certos fatores, como vento ou pressões inadequadas de água.
102.desenvolvimento de fogo pleno: Ver 2.232.
103.deslizador de espuma: Dispositivo destinado a facilitar a aplicação suave da espuma sobre o líquido armazenado.
104.detecção e alarme de incêndio: Recursos destinados a receber e emitir sinais de alerta sonoro ou luminoso, que procedemde
uma emergência.
105.detector automático: Dispositivos que, quando sensibilizados por fenômenos físicos e/ou químicos, detectam princípios de
incêndios ou vazamentos de gases perigosos, enviando um sinal a uma central receptora.
106.detector automático de chama: Dispositivo destinado a atuar em resposta a uma radiação visível ou não, resultante
de um princípio de incêndio.
107.detector automático de fumaça: Dispositivo destinado a atuar quando ocorre a presença de partículas e/ou gases, visíveis ou
não, em produtos de combustão.
108.detector automático de temperatura: Dispositivo destinado a atuar quando a temperatura ambiente ou o gradiente da
temperatura ultrapassam um valor predeterminado.
109.detonação: Explosão que se propaga à velocidade supersônica, caracterizada por uma onda de choque.
110.difusor de gás carbônico (CO2):1 Dispositivo de instalação fixa, equipado com espalhador de orifícios calibrados, destinado a
proporcionar a descarga de CO2 sem congelamento interno e com espalhamento uniforme. 2 Esguicho usado nos extintores portáteis
e sobre-rodas de CO2.
111.diques: Maciço de terra, paredes de concreto ou outromaterial adequado, formando uma bacia de contenção.
112.dispositivo de retenção: Aparelho destinado a manter abertas as portas das saídas de emergência. Deve ser acionado
automaticamente para fechamento, pelo sistema de alarme ou de detecção de incêndio, bem como manualmente.
113.dispositivo de segurança para sistema fixo de gás carbônico(CO2): Aparelho fixo, de funcionamento automático, instalado no
coletor de distribuição da bateria de cilindros ou nas válvulas de descarga dos cilindros, destinado a aliviar sobrepressões.
114.distância de segurança: Distância mínima julgada necessária para garantir a segurança das pessoas e das instalações,
normalmente contada a partir do limite de área da instalação ou equipamento.
115.distância máxima a percorrer: Distância máxima real, em metros, a ser percorrida por um operador, do ponto de fixação do
extintor a qualquer ponto da área protegida pelo extintor.
116.dotado de retardo de chama: Ver 2.176.
117.drenagem de áreas: Sistema destinado ao escoamento e coleta de efluentes e água de incêndio, para evitar a contaminação e
propagação de incêndio a outras áreas ou meio ambiente, visando ainda sua destinação adequada.
118.efeito chaminé: Empuxo ascendente de fumaça e gases quentes, por correntes de convecção confinadas em um envoltório
vertical.
119.efluente do fogo: Ver 2.231.
120.elemento de separação: Elemento com capacidade de um elemento de prover simultaneamente a integridade e o isolamento
térmico, por um período de tempo determinado,no ensaio normalizado de resistência ao fogo.
121.elemento termossensível: Componente de dispositivos de proteção contra incêndio, acionado pelo efeito da elevação da
temperatura.
122.elevador de segurança: Equipamento dotado de alimentação elétrica, independente da chave geral da edificação com comando
específico, instalado em local próprio com antecâmara, permitindo o acesso e a sua utilização em casos de emergência, aos diversos
andares de uma edificação.
123.empatação: Fixação da mangueira à união.
124.EPI: Equipamento de proteção individual.
125.EPR: Equipamento de proteção respiratória.
126.escada: 1 Equipamento destinado a trabalhos em altura, constituído por duas longarinas (banzos) e travessas horizontais
(degraus). 2 Construção constituída de planos sucessivos (degraus) que interligam dois ou mais níveis.
127.escada de segurança: Estrutura integrante da edificação, possuindo requisitos à prova de fogo e fumaça, para permitir
o escape das pessoas em segurança, em situações de emergência.
128.escada prolongável: Escada constituída de dois ou mais lances que, por meio de dispositivos adequados, se prolongam
em um lance sobre outro.
Página 98
129.esguicho: Dispositivo destinado a formar e a orientar os jatos para combate a incêndio.
130.esguicho universal: Esguicho dotado de válvula destinada a formar jato sólido ou de neblina ou fechamento da água.
Permite ainda acoplar um dispositivo para produção de neblina de baixa velocidade.
131.espaçamento: 1 Distância entre instalações e/ou equipamentos, objetivando evitar a propagação de incêndio e facilitar a
circulação entre eles.
2 Distância entre duas edificações, objetivando evitar a propagação de incêndio.
3 Distância entre dois bicos de chuveiros, entre o bico e o obstáculo e entre dois subgerais, entre o defletor do bico e entre o topo das
mercadorias.
4 Distância deixada entre os lotes de mercadorias entre si, o teto da edificação e/ou as paredes da edificação.
2.132 espuma mecânica: Agente extintor, constituído por um aglomerado de bolhas, produzido por turbilhonamento da água com líquido gerador
de espuma e o ar atmosférico.
133.estação fixa de emulsionamento: Local onde se localizam bombas, proporcionadores, válvulas e tanques de líquido gerador de
espuma.
134.estação móvel de emulsionamento: Veículo especializado para transporte de líquido gerador de espuma e o equipamento para
seu emulsionamento automático com a água.
135.estabilidade: Característica de um elemento construtivo ou equipamento de manter-se em equilíbrio estável.
136.estabilidade ao fogo: Característica do elemento construtivo de manter-se íntegro, sem apresentar colapso, quando submetido
ao ensaio de resistência ao fogo.
137.estanqueidade:
1 Propriedade de um vaso de não permitir a passagem indesejável do fluido nele contido. 2 Propriedade de um elemento construtivo
da vedação de impedir a passagem de gases e/ou chamas.
138.explosão: Fenômeno acompanhado de rápida expansão de um sistema de gases, seguida de uma rápida elevação na pressão; seus
principais efeitos são o desenvolvimento de uma onda de choque e ruído. Uma explosão pode ser produzida pelo rápido
desenvolvimento de gases de uma reação química (explosivos), pela rápida geração de altas temperaturas (explosões nucleares), ou
pelo rápido alívio (desenvolvido)de gasessob alta pressão(ruptura de um extintor), ou ainda pela combinação destes.
139.explosivo: Qualquer mistura de compostoquímico com o propósitocomumou primário,na qual a função principalé a explosão.
140.extensão danificada: Extensão máxima em uma direção estabelecida da área de um material, sob condições de ensaio
especificadas.
141.extensão de queima: Extensão máxima de um material destruído por combustão, ou pirólise, sob condições de ensaio
especificadas, excluindo-se qualquer área danificada somente por deformação.
142.extintor de incêndio: Aparelho de acionamento manual normalizado, portátil ou sobre rodas, destinado a combater princípios de
incêndio.
143.extintor portátil: Extintor possuindo peso total até 245 N (25 kgf).
144.extintor sobre rodas: Extintor possuindo peso total superior a 245 N (25 kgf), montado sobre dispositivo dotado de rodas.
145.facilidade de ignição: Medida da facilidade com a qual um material pode ser ignificado devido à ação de uma fonte de calor
externa, sob condições de ensaio especificadas.
146.faixa de operação: Valores máximo e mínimo de projeto para operacionalidade de um equipamento.
147.fator de evolução do calor: Relação entre a variação da temperatura no ensaio, devido à queima do material e à razão de
desenvolvimento do calor.
148.fator de propagação de chama: Velocidade com que a chama percorre a superfície do material nas condições de ensaio.
149.flamejamento: Ver 2.63.
150.fluxo luminoso normal: Fluxo luminoso após 5 min de funcionamento do sistema de iluminação de emergência.
151.fluxo luminoso residual: Fluxo luminoso que é medido após 1 h de funcionamento do sistema de iluminação de
emergência.
152.fogo: Processo de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz.
153.fogo classe A: Fogo em materiais combustíveis sólidos, que queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos.
154.fogo classe B: Fogo em líquidos e gases inflamáveis ou combustíveis sólidos, que se liquefazem por ação do calor e queimam
somente em superfície.
155.fogo classe C: Fogo em equipamentos e instalações elétricas energizadas.
156.fogo classe D: Fogo em metais e materiais pirofóricos.
157.fogo de encontro: Técnica de combate a incêndio pela qual o fogo é ateado no combustível (vegetação) existente entre
um aceiro e a linha de fogo que avança contra o aceiro, eliminando o combustível entre eles.
158.fogo latente: Combustão lenta de um material sem visibilidade de luz e geralmente evidenciada por uma elevação de
temperatura e/ou pela fumaça.
159.fonte de energia alternativa: Dispositivo destinado a fornecer energia para os equipamentos e sistema de emergência, na
falha ou ausência da fonte principal.
160.fonte de ignição: Fonte de calor (externa) que inicia a combustão.
161.frente de chamas: Limite da zona de combustão na fase gasosa, na superfície de um material.
162.fuligem: Partículas finamente divididas, principalmente de carbono, produzidas ou depositadas durante a combustão
incompleta de materiais orgânicos.
163.fumaça: Suspensão visível de partículas sólidas ou líquidas, em gases resultantes de combustão, ou pirólise.
164.gás carbônico; dióxido de carbono (CO2): Gás inerte que, entre outras aplicações, é utilizado como agente
extintor “limpo” e não condutor de eletricidade.
Página 99
165.gás comprimido: Gás que, acondicionado sob pressão maior ou igual a 0,1726 MPa (1,76 kgf/cm2) à temperatura ambiente
de 21°C a 38°C, apresenta-se inteiramente no estado gasoso.
166.gás criogênico: Gás liquefeito, refrigerado com ponto de ebulição menor que - 73°C, a uma atmosfera absoluta.
167.gás inflamável: Qualquer gás que pode inflamar nas concentrações normais de oxigênio do ar.
168.gás liquefeito: Gás que, acondicionado sob pressão, apresenta-se parcialmente no estado líquido e parcialmente no estado
gasoso.
169.gás não inflamável: Gás que não inflama em qualquer concentração de ar e oxigênio.
170.gaseificação: Transformação de um material, parcial ou completamente, para o estado gasoso.
171.gerador de espuma: Equipamento que se destina a proporcionar a mistura da solução com o ar para formação de espuma.
172.gotejamento: Gotículas em queda de material fundido, em combustão ou não. Cópia não autorizada 173.halon:
Agente extintor composto por hidrocarbonetos halogenados.
174.hidrante: Dispositivo dotado de tomada(s) de água para prevenção e combate a incêndio.
175.ignição: Iniciação da combustão.
176.ignifugado: Tratado com um retardador de chama.
177.iluminação de balizamento: Iluminação com símbolos, que indica a rota de saída em caso de emergência.
178.iluminação de emergência: Sistema que tem como objetivo proporcionar iluminação suficiente e adequada, a fim de permitir a
saída fácil e segura das pessoas para o exterior da edificação, em caso de interrupção da alimentação normal, bem como proporcionar
a execução de serviços do interesse da segurança e intervenção de socorro (Bombeiros) e garantir a continuação do trabalho nos
locais onde não possa haver interrupção de iluminação normal. a fim de permitir a saída fácil e segura das pessoas para o exterior da
edificação, em caso de interrupção da alimentação normal, bem como proporcionar a execução de serviços do interesse da segurança
e intervenção de socorro (Bombeiros) e garantir a continuação do trabalho nos locais onde não possa haver interrupção de
iluminação normal.
179.impingimento: Colisão de gotículas de água projetadas diretamente de um bico de nebulização sobre uma
superfície. 180.incandescência: Emissão de luz produzida por um material, quando aquecido intensamente. Pode ser
produzida com ou sem combustão. 2.181 incêndio: Fogo fora de controle.
182.incêndio de copas: Tipo de incêndio florestal que se caracteriza pela propagação do fogo através das copas
das árvores, independentemente do fogo superficial. São assim considerados os incêndios em árvores acima de
1,80 m de altura.
183.incombustível: Incapaz de sofrer combustão, sob condições de ensaio especificadas.
184.indicador: Dispositivo que sinaliza sonora ou visualmente qualquer ocorrência relacionada ao sistema de detecção
e alarme de incêndio.
185.índice de propagação de chamas: Produto do fator de evolução do calor pelo fator de propagação de
chama. 2.186 inertização: Ação preventiva com utilização de gases inertes, destinada a impedir a formação de
atmosfera inflamável, explosiva ou reativa.
187.inflamabilidade: Propriedade de um material ou substância de queimar com chamas.
188.inflamável: Substância capaz de queimar facilmente com chamas.
189.inundação total: Descarga de gás inerte através de difusores fixos no interior do recinto que contém o equipamento protegido,
de modo a permitir uma atmosfera inerte com uma concentração determinada de gás a ser atingida em tempo determinado.
190.isolação térmica: Característica de resistência à transmissão do calor.
191.isolante térmico: Material com característica de resistir à transmissão do calor, impedindo que as temperaturas na face
não exposta ao fogo superem determinados limites.
192.jato compacto: Jato d’água contínuo com seção transversal anelar.
193.jato de neblina: Jato d’água contínuo de gotículas finamente divididas e projetadas em diferentes ângulos.
194.jato sólido; jato pleno: Jato d’água contínuo com seção transversal uniforme.
195.juntas de união: Conjunto destinado a proporcionar ligação entre dutos para condução de fluidos.
196.lance de mangueira: Mangueira de incêndio de comprimento padronizado (15 m ou 30 m).
197.liberação de calor: Energia calorífica que é liberada pela combustão de um material ou de um elemento de construção, durante
um incêndio.
198.linha de espuma: Tubulação ou linha de mangueiras destinadas a conduzir a solução de espuma.
199.líquido gerador de espuma (LGE): Concentrado em forma de líquido de origem orgânica ou sintética que, misturado com
água, forma uma solução que, sofrendo um processo de batimento e aeração, produz espuma.
200.madeira não queimada: Área externa clara, não carbonizada, verificada no engradado de madeira, após o ensaio do fogo.
201.mangote: Tubo flexível armado destinado a operar em sucção.
202.mangotinho: Mangueira flexível de borracha anticolapsante, de diâmetro inferior a 38 mm.
203.mangueira de incêndio: Equipamento de combate a incêndio constituído essencialmente por um duto flexível dotado de
uniões.
204.material pirofórico: Ver 2.215.
205.meios de alerta: Dispositivos ou equipamentos destinados a avisar os ocupantes de uma edificação por ocasião de uma
emergência qualquer.
206.meios de combate a incêndios: Equipamentos destinados a efetuar o combate a incêndios.
207.meios de fuga; escape: Medidas que estabelecem rotas de fugas seguras aos ocupantes de uma edificação.
208.não-combustível: Incapaz de queimar com uma chama, sob condições de ensaio especificadas.
Página 100
209.nebulizador: Bico especial destinado a realizar o resfriamento de vasos sujeitos a elevação de pressão por ação
do calor.
210.obscurecimento por fumaça: Redução na visibilidade em virtude da fumaça.
211.painel central: Equipamento destinado a receber os sinais do sistema de detecção, ativando os dispositivos de sinalização,
alarme e comandos de equipamentos de proteção, incluindo a supervisão do sistema.
212.painel repetidor: Equipamento comandado por um painel central, destinado a sinalizar de forma visual e/ou sonora, no
local desejado, as informações do painel central.
213.parede corta-fogo: Parede especialmente projetada com características de resistência ao fogo por tempo determinado, verificada
em ensaio específico.
214.parque de tanques: Área destinada à armazenagem e transferência de produtos, onde se situam tanques, depósitos ebombas de
transferência; não se incluem, de modo geral, as instalações complementares, tais como escritórios, vestiários, etc.
215. pirofórica: Substância líquida ou sólida que, em condições normais de temperatura e pressão, reage violentamente com o
oxigênio do ar atmosférico ou com a umidade existente, gerando calor, gases inflamáveis e fogo.
216.pirólise: Decomposição química irreversível de um material, em virtude de uma elevação de temperatura sem oxidação.
217.plano de auxílio mútuo: Plano estabelecido em comum acordo com duas ou mais organizações de uma mesma região,
com a finalidade de auxílio mútuo em situações de emergência.
218.plano de emergência: Plano estabelecido em função dos riscos da empresa, para definir a melhor utilização dos
recursos materiais e humanos em situação de emergência.
219.plataforma de carregamento: Local onde são carregados a granel caminhões ouvagões-tanques.
220.poder calorífico: Energia calorífica total por unidade de massa, que poderia ser liberada através da combustão completa
de um material.
221.ponto de combustão: Menor temperatura na qual um combustível emite vapores em quantidade suficiente para formar uma
mistura com o ar na região imediatamente acima da sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em contato com uma
chama, e manter a combustão após a retirada da chama.
222.ponto de fulgor: Menor temperatura na qual um combustível emite vapores em quantidade suficiente para formar uma mistura
com o ar na região imediatamente acima da sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em contato com uma chama, e não
mantê-la após a retirada da chama. 223.ponto de ignição: Ver 2.33.
224.porta corta-fogo: Dispositivo móvel que, vedando aberturas em paredes, retarda a propagação do incêndio de um
ambiente para outro, sob condições de ensaio.
225.porta corta-fogo dupla: Conjunto de duas portas corta-fogo instaladas uma em cada face da abertura de uma parede
resistente ao fogo e separadas pelo espaço correspondente e espessura da parede.
226.porta corta-fogo simples: Porta corta-fogo instalada em uma face de uma parede resistente ao fogo.
227.prevenção de incêndio: Medidas para prevenir a eclosão de um incêndio e/ou para limitar seus efeitos. 2.228
princípio de incêndio: Período inicial da queima de materiais, compostos químicos ou equipamentos, enquanto o
incêndio é incipiente.
229.procedimento de segurança: Conjunto de normas e procedimentos de conhecimento geral na empresa, adequados ao
risco desta, utilizados na prevenção e combate a incêndios.
230.produtos voláteis da combustão: Substância desenvolvida em forma de vapores na queima de materiais.
231.progressão de chama: Propagação de uma frente de chama.
232.propagação total do incêndio: Transição para um estado de envolvimento pleno de materiais combustíveis em um
fogo.
233.proporcionador: Equipamento destinado a misturar em quantidades proporcionais preestabelecidas de água e líquido
gerador de espuma.
234.proteção contra exposição ao calor: Aplicação de água nebulizada sobre estrutura ou equipamentos próximos ao fogo,
para limitar a absorção de calor a um nível que evite danos, falhas e a propagação do incêndio.
235.proteção estrutural: Característica construtiva que evita ou retarda a propagação do fogo e auxilia no trabalho de salvamento
de pessoas em uma edificação.
236.queimada: Prática agropastoril ou florestal onde o fogo é utilizado de forma controlada para viabilizar a agricultura. Deve ser
autorizado pelo IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente. A queimada deve ser regida pela aplicação controlada de fogo à
vegetação natural ou plantada, sob determinadas condições ambientais que permitam que o fogo se mantenha confinado à área
determinada, dentro de uma intensidade de calor e uma velocidade de propagação compatíveis com os objetivos do manejo.
237.queimar: Sofrer combustão.
238.radiação térmica: Transferência de energia por ondas eletromagnéticas, sem a necessidade de um meio propagante.
239.razão de desenvolvimento do calor: Quantidade de calor desenvolvida por um material em combustão na unidade de
tempo.
240.razão de progressão de chama: Distância percorrida por uma frente de chama durante sua propagação por unidade detempo
e sob condições de ensaio especificadas.
241.reação ao fogo: Resposta de uma matéria sob condições de ensaios especificadas, em termos de contribuição ao fogo ao qual é
exposta por sua própria decomposição.
242.recipientes transportáteis: Aparelhos sob pressão, construídos de acordo com as especificações técnicas de normas brasileiras,
que contenham gases inflamáveis e possam ser transportados de forma manual (não fixo). Os recipientes transportáveis, de acordo
com a massa líquida, classificam-se em: a) botijão portátil: com capacidade máxima de até 5 kg; b) botijão: com capacidade máxima
de até 13 kg; c) cilindro:com capacidade de 45 kg ou 90 kg.
Página 101
243.rede de detecção, sinalização e alarme: Conjunto de dispositivos de atuação automática, destinados a detectar calor, fumaça ou
chama, e atuar equipamentos de proteçãoe dispositivos de sinalização e alarme.
244.registro de paragem (válvula de bloqueio): Dispositivo hidráulico manual destinado a interromper o fluxo de água das instalações
hidráulicas de prevenção e combate a incêndios.
245.registro de recalque (válvula de recalque):Hidrante que permite o abastecimento da redede incêndio por uma fonte externa.
246.requinte ou boca móvel: Peça adaptada a extremidade do esguicho, destinada a dar forma ao jato.
247.reserva de incêndio: Quantidade de água exclusiva para combate a incêndios.
248.resistênciaàchama:Propriedadedeummaterial,atravésdaqualacombustãocom chamaéretardada,encerradaouimpedida. A
resistência à chama pode ser uma propriedade do material básico, ou então imposta por tratamento específico.
249.resistência ao fogo: Propriedade de um elemento de construção em resistir à ação do fogo por determinado período de tempo,
mantendo sua integridade e/ou características de vedação aos gases e chamas e/ou de isolação térmica.
250.retardante de chama: Substância adicionada a um material ou um tratamento a ele aplicado, com a finalidade de suprimir, reduzir
ou retardar o desenvolvimento de chamas.
251.retardantede fogo: Substânciaadicionadaa um materialou um tratamentoa ele aplicado, com a finalidadede suprimir,reduzir ou
retardar a sua combustão.
252.risco de incêndio: Probabilidade de ocorrência de incêndio.
253.rota de fuga: Saídas e caminhos devidamente sinalizados e protegidos, a serem percorridos pelas pessoas para um rápido e seguro
abandono do local em emergência.
254.saída de emergência: Saída devidamente sinalizada para um local seguro.
255.selecionador de fechamento: Dispositivo destinado a selecionar a ordem de fechamento das folhas de uma porta
de duas folhas, evitando sobreposição.
256.sinalização de emergência: Sinalização que fornece uma mensagem geral de segurança obtida por uma
combinação de cor e forma geométrica, fornecendo uma mensagem específica de segurança pelo símbolo
gráfico executado com a cor de segurança sobre a cor de controle.
257.sistema automático: Equipamento que, mediante um impulso ocasionado por uma queda de pressão, fluxo de
água, variação de temperatura, evolução de fumaça, presença de chama, etc., entra em funcionamento sem
interferência do ser humano.
258.sistema automático de detecção: Conjunto de dispositivos destinados a detectar o calor, chama e fumaça, e ativar
dispositivos de sinalização, alarme e equipamentos de proteção.
259.sistema de ação prévia: Sistema de chuveiro automático de tubo seco complementado por um sistema de detecção
do fogo para liberar a água.
260.sistema de acionamento manual: Equipamento que, para entrar em funcionamento, necessita de interferência do ser
humano.
261.sistema de água nebulizada: Sistema de tubulações fixas, equipado com bicos de nebulização (spray), cuja descarga é comandada
por uma válvula de dilúvio ou manualmente.
262.sistema de chuveiro automático de tubo seco: Rede de tubulação fixa, permanentemente seca, mantida sob pressão
do ar comprimido ou nitrogênio, em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos.
263.sistema de chuveiro automático para extinção de incêndio: Sistema automático de proteção contra incêndio, destinado a
projetar água em forma de chuva, integrado por tubulação, conexões, válvula de governo, alarme e bicos dotados de elementos
termossensíveis, que acionam o sistema por ação do calor, desencadeando o funcionamento automático do sistema.
264.sistema de dilúvio: Rede de tubulação fixa, permanentemente seca, dotada de bicos para aspergir ou nebulizar água por meio
manual (válvula de abertura rápida) ou ligada a uma válvula de dilúvio, acionada por um sistema de detecção.
265.sistemafixo de espuma:Sistema constituídode um reservatórioe dispositivode dosagemdo LGE(líquido geradorde espuma) e uma
tubulação de fornecimento da solução que abastece os dispositivos formadores de espuma.
266.sistema semifixo de espuma: Equipamento destinado à proteção de tanque de armazenamento de combustível,
cujos componentes, permanentemente fixos, são complementados por equipamentos móveis para sua operação.
267.solução de espuma: Pré-mistura de água com líquido gerador de espuma.
268.substância tóxica: Aquela capaz de produzir danosà saúde, através do contato, inalação ou ingestão.
269.taxa de aplicação: Vazão de um agente extintor por unidade de área a ser protegida.
270.taxa de combustão de massa: Massa de material queimado por unidade de tempo, sob condições de ensaio especificadas.
271.taxa de combustão superficial: Área de material queimado por unidade de tempo, sob condições de ensaioespecificadas.
272.taxa de liberação de calor: Energia calorífica liberada por unidade de tempo ou por um material em combustão, sob condições
de ensaio especificadas.
273.torre de observação: Construção situada em local privilegiado, que possibilita a visão total de uma determinada área, viabilizando
a detecção de focos de incêndio.
274.trama: Conjunto de fios que constituem o reforço têxtil disposto no sentido transversal da mangueira.
275.união: Acessório acoplado às extremidades de equipamentos hidráulicos flexíveis ou fixos, que possibilita a
sua interconexão.
276.unidade extintora: Extintor que atende a capacidade extintora mínima prevista em norma, em função do risco e natureza do fogo.
277.válvula de dilúvio: Válvula de descarga de água sob pressão, de abertura total, normalmente fechada, de acionamento manual
ou automático, ativado por um sistema de detecção, destinada a permitir o fluxo de água para o sistema de proteção.
278.válvula direcional: Dispositivo fixo instalado na tubulação, que permite o direcionamento do agente extintor para um setor de
risco múltiplo.
Página 102
279.viaturas de combate a incêndio, salvamento e resgate:
1.AB: Autobomba, equipada com bomba de incêndio com capacidade mínima de 2 850 L/min, reservatório auxiliar de sucção e
acomodação para transporte de material.
2.ABE: Autobomba de escada, equipada com escada elevatória, bomba de incêndio, acomodação para material e tubulação
para torred’água.
3.ABP: Autobomba de plataforma, equipada com plataforma elevatória, bomba de incêndio, acomodação para material
e tubulação para torre d’água.
4.ABQ: Autobomba química, equipada com bomba de incêndio, agente extintor, sistema de combate a incêndio, acomodação de
material com ou sem tanque de água.
5.ABS: Autobomba de salvamento, equipada com bomba de incêndio com capacidade mínima de 945 L/min, tanque com
capacidade máxima de 2 000 L de água, acomodação para material de combate a incêndio, material de salvamento e cabine especial
para transporte de pessoal.
6.ABT: Autobomba de tanque, equipada com bomba de incêndio com capacidade mínima de 2 850 L/min, acionada pelo motor
da viatura, tanque com capacidade máxima de 6 000 L de água, acomodação para material e cabine especial para transporte de
pessoal.
7.ACA: Autocomando de área, equipado com material de exploração, com ou sem bomba de incêndio e com tanque de água.
8.AE: Auto-escada, equipada com escada elevatória, com acomodação para material e com ou sem tubulação para torre de água.
9.AG: Autoguincho, equipado com material de guindagem e arrastamento.
10.AI: Auto-iluminação, equipada com material de iluminação com ou sem gerador.
11.AM: Ambulância, equipada com material para transporte de enfermos sem risco de vida.
12.AP: Autoplataforma, equipada com plataforma elevatória, com acomodação para material e com ou sem tubulação para torre
de água.
13.APP: Autoprodutosperigosos, equipados com material especializado para atuação em ocorrências envolvendo produtos
perigosos.
14.AQ: Autoquímico, equipado com sistema de combate a incêndio, agente extintor e acomodação para transporte de material.
15.AS: Auto-salvamento, equipado com material para atuação em salvamento terrestre, aéreo e aquático e com cabine
especial para acomodação de pessoal.
16.ASE: Auto-salvamento especial, equipado com material especializado para atuação em salvamento terrestre, aéreo
e aquático.
17.ATB: Autotanque de bomba, equipado com tanque com capacidade superior a 6 000 L de água, bomba de incêndio
e acomodação para material.
18.ATR: Autotanque de reboque, equipado com tanque de água sob reboque, com acomodação para material e com
ou sem bomba de incêndio.
19.UR: Unidade de resgate, equipada com material para prestar atendimento de emergência pré-hospitalar de pacientes
com risco de vida.
20.URSA: Unidade de resgate e salvamento aquático, equipada com material para salvamento aquático e transporte de vítimas
de afogamento.
21.2.279.21 USA: Unidade de suporte avançado, equipado com material médico especializado para atendimento de emergência
pré-hospitalar de pacientes com risco de vida.
Página 103
ADUTORA: canal, galeria ou encanamento que leva água de um manancial para um reservatório; diz-se da linha de mangueira principal para o
combate a um incêndio (a que leva água para as linhas de ataquedireto).
AERODUTO: duto de ar nas instalações de ventilação.
AFERIR: medir; conferir;calibrar.
AGENTE EXTINTOR: que age, que exerce, que produz efeito sobre o fogo, extinguindo-o.
ÁGUA: líquido formado de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, sem cor, cheiro ou sabor, transparente em seu estado de pureza; agente
extintor universal.
AGULHETA: tipo de esguicho de jato sólido e único, sem regulagem de proporções ou demanda.
ALAGAMENTO: enchente de água; inundação de terras.
ALARME: aviso de algum perigo; dispositivo usado para alertar ou acionar alguém sobre um perigo.
ALASTRAR: estender; espalhar (o fogo).
ALAVANCA: barra inflexível, reta ou curva, apoiada ou fixa num ponto de apoio fora de sua extensão, e destinada a mover, levantar ou sustentar
qualquer corpo.
ALAVANCA CYBORG: espécie de alavanca multiuso, possuindo uma extremidade afilada e chata formando uma lâmina, cuja lateral estende-se
um punção, e em seu topo predomina uma superfície chata. Na outra extremidade há uma unha afiada com entalhe em “V”. É também conhecida
como “Quic-bar”.
ALCATRÃO: substância obtida pela destilação da madeira, turfa ou carvãomineral.
ALICATE: pequena ferramenta torquês, geralmente terminada em ponta mais ou menos estreita, com variadas utilidades como prender, segurar ou
cortar objetos.
ALICERCE: maciço de alvenaria que serve de base às paredes de umedifício.
ALVARÁ: documento passado por uma autoridade judiciária ou administrativa, que contém ordem ou autorização para a prática de determinados
atos.
ALVENARIA: obra feita de pedras e tijolos ligados por argamassa, cimento,etc.
AMIANTO: silicato refratário ao fogo e aos ácidos; asbesto. AMÔNIA:
solução aquosa do gás amoníaco.
AMONÍACO: gás incolor, de odor intenso e picante, muito solúvel em água, resultante de uma combinação de nitrogênio e hidrogênio, de fórmula
NH2.
ANCORAGEM: ato ou efeito de se ancorar; amarra feita com o intuito de pendurar algo, ou manter a segurança de algo ou alguém. ANDAIME:
estrado de madeira ou metal, provisório, de que se utilizam os pedreiros para erguerem umedifício.
ANEMÔMETRO: aparelho de medir a velocidade e a força dos ventos.
ANTEPARO: peça que se põe diante de alguma coisa ou de alguém para resguardar.
APARELHO DE HIDRANTE: artefato para expedição de água, geralmente em forma de “T”, usado sempre em hidrante do tipo subterrâneo,
com rosca em sua extremidade de acoplamento, para fácil e rápido manuseio.
AQUEDUTO: canal, galeria ou encanamento destinado a conduzir água de um lugar para outro.
AR COMPRIMIDO: ar engarrafado em cilindro, sob pressão, usado por bombeiros para proteção respiratória em casos de incêndio. ARCO
VOLTAICO: ocorre quando a energia elétrica procura um caminho para “terra” e “salta” de um ponto energizado para um condutor em contato
com o solo.
ARVORAR: ato de erguer, levantar ou elevar a escada de bombeiros.
ATAQUE: diz-se do ato do bombeiro que avança sobre o incêndio, com o intuito de exterminá-lo; denomina-se linhas de ataque as mangueiras
que são usadas para o extermínio do incêndio.
BACKDRAFT: através de uma queima lenta e pobre em oxigênio, o fogo fica confinado por algum tempo, sem alimentação do comburente. Quando
o comburente entra no local, ocorre uma explosão, onde é dada esta denominação para o fenômeno.
BALACLAVA: gorro justo de malha de lã, em forma de elmo, que cobre a cabeça, o pescoço e os ombros.
BANDÓ: espécie de protetor posterior da nuca, usado junto ao capacete, de material refratário.
BANZO: cada uma das duas peças longitudinais principais da escada, onde de encaixam os degraus.
BARBARÁ: espécie de hidrante, também conhecido como “de coluna”, cuja abertura é feita por um registro tipo gaveta, possuindo uma expedição
de 100 mm e duas de 63 mm.
BLEVE: sigla de “Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion”, acerca de um fenômeno que ocorre em recipientes com líquidos inflamáveis sob pressão,
explodindo devido a queda de resistência das paredes do cilindro.
BLOCO CONTRA FRICÇÃO: peça destinada a eliminar o atrito das mangueiras com quinas ou cantos abrasivos.
BOIL OVER: fenômeno que ocorre devido ao armazenamento de água no fundo de um recipiente, sob combustíveis inflamáveis, sendo que a água
empurra o combustível quente para cima, durante um incêndio, espalhando-o e arremessando-o a grandes distâncias. BOLSÃO: tem por finalidade
carregar escombros durante o rescaldo ou servir de recipiente para imersão de materiais em brasa. BOMBA DE INCÊNDIO: equipamento constituído
de bomba d’água hidráulica acoplada a motor próprio (motobomba). Pode ser fixa, transportável por veículo ou portátil. BOMBA FLUTUANTE:
motobomba utilizada para drenagem de água de pavimentos subterrâneos, alagamentos, etc.
BOTA: um dos itens do Equipamento de Proteção Individual do bombeiro, podendo ser de borracha ou couro.
CABEÇA: denominação dada a parte do incêndio florestal que se propaga com maior rapidez, caminhando no sentido do vento. O fogo ali queima
com maior facilidade.
CABO DA VIDA: cabo solteiro feito de material sintético, de 12 mm de diâmetro e 6 metros de comprimento, destinado à proteção individual
do bombeiro.
CALOR: forma de energia que se transfere de um sistema para outro graças à diferença de temperatura entre eles. Um dos quatro itens do tetraedro
do fogo, indispensável para o incêndio.
CANHÃO: esguicho constituído de um corpo tronco de cone montado sobre uma base coletora por meio de junta móvel. É empregado quando
de necessita de jato contínuo de grande alcance e volume.
CAPA DE PINO: peça metálica em forma trapezoidal, com uma tomada quadrada, que tem por finalidade acoplar a chave “T” no registro do hidrante,
para que este não gire em falso.
CAPACETE: um dos itens do Equipamento de Proteção Individual do bombeiro.
CHAVE “T”: ferramenta que consiste em uma barra de ferro com unhões em forma de “T”, e em sua parte inferior, uma tomada
quadrada para o acoplamento ao registro do hidrante. CHUVEIRO: forma de jato d’água, ideal para resfriamento.
Página 104
CHUVEIRO AUTOMÁTICO: também conhecido como “sprinkler”, é um sistema de proteção contra incêndio que, através de uma rede de distribuição
de água, por tubulação, é acionado por meio automático.
COLETOR: peça que se destina a conduzir, para uma só linha, água proveniente de duas ou mais linhas, ocasionando, então, mais pressão. COLUNA
D’ÁGUA: linha de mangueira que consiste em recalcar água até um esguicho na extremidade superior da edificação.
COMBATE: técnica de extinção do incêndio, formada por linhas de ataque.
COMBURENTE: um dos quatro itens do tetraedro do fogo, fundamental para se obtê-lo. É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a
combustão. O exemplo mais comum é o oxigênio.
COMBUSTÃO: reação química de oxidação, auto-sustentável, com liberação de luz, calor, fumaça e gases.
COMBUSTÍVEL: um dos quatro itens do tetraedro do fogo. É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão, sendo o elemento
que serve para a propagação dofogo.
CONDUÇÃO: forma de propagação de calor. É a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. CONFINAMENTO:
cercar o fogo, delimitá-lo em ambiente fechado para esgotar a reserva de oxigênio, e, conseqüentemente, extingui-lo. CONVECÇÃO: forma de
propagação de calor. É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases ou de líquidos dentro de si próprios.
CORRETOR DE FIOS: conhecido também como “troca-fios”, é utilizado na correção de padrões de fios diferentes entre duas juntas do tipo rosca,
sendo empregado na rosca macho.
CORTA-A-FRIO: ferramenta para cortar telas, correntes, cadeados e outras peças metálicas.
COSTAS OU RETAGUARDA: parte do incêndio florestal que situa-se em posição oposta à cabeça. Queima com pouca intensidade e pode se propagar
contra o vento ou em declives.
CROQUE: ferramenta constituída de uma haste comprida, geralmente de madeira ou plástico rígido, tendo na sua extremidade uma peça metálica
com ponta e fisga.
DEDO: parte do incêndio florestal, que se predomina por faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco principal.
DERIVANTE: peça metálica destinada a dividir uma linha de mangueira em outras de igual diâmetro ou de diâmetro inferior.
DESABAMENTO: queda ou desmoronamento de estrutura sólida.
EDUTOR: peça metálica com introdução de 38mm e expedição de 63mm, possuindo uma válvula de retenção que impede o alagamento do
compartimento, caso haja queda de pressão na introdução ou alguma obstrução no tubo de descarga.
EMPATAÇÃO: nome dado à fixação, sob pressão, da junta de união de engate rápido no duto da mangueira.
ENTRELINHAS: equipamento acoplado numa linha de mangueira para adicionar o líquido gerador de espuma à água para o combate ao incêndio.
ENXADA: ferramenta de sapa que consiste em uma lâmina de metal, com um orifício em sua parte oposta em que se encaixa um cabo de madeira
no sentido perpendicular. Usada para revolver ou cavar a terra e rescaldos.
ENXADÃO: parente da enxada, com variação no tamanho.
EPI: sigla de “Equipamento de Proteção Individual”.
EPR: sigla de “Equipamento de ProteçãoRespiratória”.
ESCADA: os tipos de escadas que os bombeiros utilizam são: simples, de gancho, prolongável (constituída de dois corpos ligados entre si), crochê
(dobrável) e de bombeiro (leve e com um único banzo).
ESCORA: peça geralmente de madeira ou de metal, utilizada para proteger estruturas em colapso.
ESCORAMENTO: operação emergencial para impedir o processo de desarticulação ou desabamento de uma construção.
ESGUICHO: peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueira, destinada a dar forma e controlar o jato d’água. Os bombeiros utilizam os tipos
agulheta, regulável, universal, canhão, monitor, pescoço de ganso, proporcionador de espuma e lançador de espuma.
ESPUMA: agente extintor e uma das formas de aplicação de água, sendo constituída por um aglomerado de bolhas de ar ou gás, formada por solução
aquosa, apagando o fogo por abafamento e resfriamento.
ESTRANGULADOR: utilizado para permitir contenção do fluxo da água que passa por uma linha de mangueira, sem que haja necessidade de parar o
funcionamento da bomba de incêndio ou de fecharregistros.
EXPLOSÃO: arrebentação súbita, violenta e ruidosa provocada pela libertação de um gás ou pela expansão repentina de um corpo sólido que, no
processo, se faz em pedaços.
EXTINÇÃO: fase do combate ao incêndio em que o fogo é completamente apagado, para posteriormente dar-se início ao rescaldo.
EXTINTOR DE INCÊNDIO: aparelho portátil de fácil manuseio, destinado a combater princípios de incêndio.
FACÃO: ferramenta semelhante a faca, porém maior que esta, utilizada principalmente em vegetações.
FILTRO: peça metálica acoplada nas extremidades de admissões de bombas de incêndio, para evitar que nelas entrem corpos estranhos.
FLANCO: a lateral do incêndio florestal que separa a cabeça das costas ou retaguarda. A partir do flanco, forma-se o dedo.
FLASHOVER: fenômeno apresentado quando, na fase de queima livre de um incêndio, o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente.
Quando determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima instantânea desses produtos, o que poderá
acarretar uma explosão ambiental.
FOCO: ponto central de onde provém o fogo.
FOCO SECUNDÁRIO: provocado por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por materiais incandescentes, durante o incêndio florestal.
FOGO: fenômeno que consiste no desprendimento de calor e luz produzidos pela combustão de um corpo.
FRANCALETE: cinto de couro estreito e de comprimento variado dotado de fivela e passador, utilizado na fixação de mangueiras e outros
equipamentos.
FUMAÇA: porção de vapor resultante de um corpo em chamas.
GADANHO: espécie de “garfo” de sapa com dentes de ferro, utilizado no rescaldo para arrastar ou remover materiais.
GLP: sigla de “Gás Liquefeito de Petróleo”, mais conhecido como “gás de cozinha”.
GOLPE DE ARÍETE: força ocasionada quando o fluxo da água, através de uma tubulação ou mangueira, é interrompido de súbito. A súbita interrupção
do fluxo determina a mudança de sentido da pressão, sendo instantaneamente duplicada, acarretando sérios danos aos equipamentos hidráulicos e à
bomba de incêndio. Tal acidente pode ser evitado com o uso da válvula de retenção.
HALON: agente extintor de compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo).
HIDRANTE: dispositivo colocado na rede de distribuição de água, permitindo sua captação pelos bombeiros para combate a incêndio. Pode ser
encontrado nas versões de coluna (barbará) e subterrâneo.
HT: sigla para “hand-talk”, rádio portátil com bateria recarregável usado pelo bombeiro.
INCÊNDIO: fogo de origem acidental, geralmente sem controle.
IRRADIAÇÃO: uma das formas de propagação de calor, transmitida por ondas de energia calorífica que se deslocam através do espaço.
ISOLAMENTO: método cercar o fogo, impedindo sua propagação; manter a integridade de um local.
Página 105
JATO: forma da água ao sair do esguicho. Pode ser sólido ou contínuo, chuveiro e neblina.
JUNTA DE UNIÃO: peça metálica utilizada para efetuar a conexão de mangueiras, mangotes e mangotinhos entre si e a outros equipamentos
hidráulicos.
LANÇADOR DE ESPUMA: espécie de esguicho que tem por finalidade produzir espuma por baixa pressão, através de um dispositivo que arrasta o ar
para seu interior, adicionando-o à mistura por meio de batimento, que dará como resultado a espuma.
LANCE: fração de mangueira que vai de uma a outra junta de união. LANÇO:
corpo da escada, compreendido geralmente por dois banzos. LGE: sigla de
“Líquido Gerador de Espuma”.
LINGA: cabo curto de aço com alças em suas extremidades, que tem por objetivo laçar algum objeto para transporte, içamento ou arrasto. LINHA:
conjunto de mangueiras acopladas, que formam um sistema para conduzir água. Subdivide-se em adutora, ataque e siamesa. LUVAS: item do
“Equipamento de Proteção Individual” do bombeiro. Pode ser de raspa, PVC, nitrílica e de borracha. Também há a luva de procedimentos, usadas
em primeiros socorros, compostas de látex.
MACETE DE BORRACHA: martelo de borracha maciça e cabo de madeira, que tem por finalidade auxiliar o acoplamento de peças com junta de
união de rosca, através de batidas nos munhões, sem, contudo,danificá-las.
MACHADO: instrumento constituído de cunha de ferro em um dos lados, com cabo de madeira, destinado ao corte de árvores ou arrombamento.
MALHO: grande martelo, de cabeça pesada, sem unhas e sem orelhas, usado em arrombamentos.
MANANCIAL: lago, nascente ou fonte d’água.
MANGOTE: duto de borracha, reforçado com armação interna de arame de aço, para resistir, sem se fechar, quando utilizado em sucção de água.
MANGOTINHO: tubo flexível de borracha, reforçado para resistir a pressões elevadas e dotado de esguicho próprio. Geralmente é préconectado à
bomba de incêndio, e utilizado em pequenosfocos.
MANGUEIRA: equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível dotado de juntas de união, destinado a conduzir água sob
pressão. Seu revestimento interno é um tubo de borracha, e o externo uma capa de lona confeccionada de fibras naturais.
MANGUEIROTE: mangueira especial utilizada para o abastecimento de viaturas em hidrantes. Em suas extremidades observa-se juntas de união de
rosca fêmea, dotadas de munhões para fácil acoplamento.
MANILHA: peça de metal em forma de “U”, com furos em suas extremidades, por onde passa uma espécie de ferrolho, destinada a prender
amarras.
MARRETA: espécie de pequeno malho.
MARTELETE: ferramenta utilizada para cortar ou perfurar metais e alvenaria. É encontrado nas versões hidráulico e pneumático. MÁSCARA
AUTÔNOMA: equipamento constituído de máscara facial, válvula de demanda e traquéia, acoplados a um cilindro de arcomprimido
respirável, utilizados em ambientes com alta concentração de fumaça.
MONITOR: esguicho de grande vazão, abastecido por duas ou mais linhas siamesas.
MOTO-ABRASIVO: aparelho com motor dois tempos que, mediante fricção, produz cortes em materiais metálicos e em alvenarias. MOTOBOMBA:
equipamento constituído de bomba d’água hidráulica acoplada a motor próprio. Pode ser fixa, transportável por veículo ou portátil.
MOTO-EXPANSOR: aparelho com motor próprio, constituído com uma tela onde é lançada a pré-mistura, e de uma hélice, que funciona como
ventilador, projetando uma corrente de ar também sobre a tela e a pré-mistura, formando a espuma.
MUNHÃO: haste que tem por objetivo facilitar a pegada manual para diversos fins.
NEBLINA: forma de jato d’água gerado por fragmentação da mesma em partículas finamente divididas, através do mecanismo do esguicho.
OXIGÊNIO: elemento químico mais abundante na crosta terrestre, indispensável à vida dos animais e vegetais. É o comburente mais comum.
PÁ: utensílio de sapa que consiste numa folha de metal larga ou grande colher, adaptado a um cabo comprido, utilizado para escavar ou remover
terra e rescaldo.
PÁ DE ESCOTA: pequena pá que pode se transformar em pequena enxada, destinada a trabalhos que exigem cuidado, como soterramento.
PASSADEIRA: lona de grande proporção destinada a proteger materiais durante a operação de rescaldo.
PASSAGEM DE NÍVEL: equipamento confeccionado de metal ou madeira que possui um canal central para a colocação de mangueira, protegendo-
a e permitindo o tráfego de veículos sobre as linhas de mangueiras dispostas nosolo.
PÉ-DE-CABRA: espécie de alavanca que em uma de suas extremidades apresenta uma unha curva em forma de gancho, e à outra extremidade
uma unha chata.
PESCOÇO DE GANSO: espécie de esguicho longo em forma de “L”, com jato de chuveiro, que tem objetivo proteger a linha de ataque durante o
combate ao incêndio.
PICARETA: instrumento que consiste em uma peça de ferro com duas pontas aguçadas, da qual se estende um cabo de madeira, que tem por
objetivo cavar terra ou remover pedras.
PIROFÓRICO: metal combustível.
PIRÓLISE: transformação por aquecimento de uma mistura ou de um composto orgânico em outras substâncias.
PITOT: aparelho constituído de manômetro que serve para medir a pressão de cilindros.
PÓ QUÍMICO SECO: agente extintor formado por substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio.
PORÃO: esguicho próprio para extinguir incêndios em pavimentos inferiores de difícil acesso, que produz jato chuveiro.
PRESSÃO: é a força que se aplica na água para esta fluir através de mangueiras, tubulações e esguichos, de uma extremidade a outra.
PROPORCIONADOR DE ESPUMA: espécie de esguicho que reúne o lançador de espuma e o entrelinhas em uma única peça.
RALO: peça metálica que situa-se na introdução da bomba de incêndio para impedir a entrada de detritos em suspensão na água.
REAÇÃO EM CADEIA: um dos itens do tetraedro do fogo, que torna a queima auto-sustentável.
REDUÇÃO: peça metálica utilizada para a conexão de juntas de união de diâmetros diferentes.
REGISTRO DE RECALQUE: extensão da rede hidráulica, constituído de uma conexão (introdução) e registro de paragem em uma caixa de alvenaria
fechada por tampa metálica, situando-se abaixo do nível do solo (no passeio), junto à entrada principal da edificação.
REIGNIÇÃO: nova ignição de incêndio já combatido e extinto, que dá-se devido à brasas e focos escondidos não encontrados no rescaldo.
RESCALDO: fase do serviço de combate a incêndio em que se localizam focos de fogo escondidos ou brasas que poderão tornar-se novos focos.
RESFRIAMENTO: método de extinção de incêndio que consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando,
diminuindo, conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis.
SALVATAGEM: conjunto de ações que visa diminuir os danos causados pelo fogo, pela água e pela fumaça durante e após o combate ao incêndio.
SAPA: conjunto de ferramentas usadas em escavações ou remoções (pá, enxada, gadanho, etc.).
Página 106
SIAMESA: espécie de linha composta por duas ou mais mangueiras adutoras, destinadas a conduzir água da fonte de abastecimento para um coletor,
e deste, em uma única linha, aumentando o volume de água a ser utilizada.
SINISTRO: acontecimento que causa dano, perda, sofrimento ou morte; acidente; desastre; incêndio.
SPRINKLER: também conhecido como chuveiro automático.
SUPLEMENTO DE UNIÃO: peça metálica utilizada na correção de acoplamentos de juntas de rosca, quando há encontro de duas roscas macho ou
duas roscas fêmea.
SUPORTE DE MANGUEIRA: peça metálica com uma tira de couro ou nylon, utilizada para fixar a linha de mangueira na escada. TAMPÃO: peça
metálica que destina-se a vedar as expedições desprovidas de registro que estejam em uso, e a proteger as extremidades das uniões contra
eventuais golpes que possam danificá-las.
TETRAEDRO DO FOGO: esquema de quatro faces para exemplificar os quatro elementos essenciais do fogo: calor, combustível, comburente e
reação em cadeia.
TORRE D’ÁGUA: linha de mangueira ou tubulação que consiste em recalcar água até um esguicho na extremidade superior da viatura aérea.
VÁLVULA DE RETENÇÃO: peça metálica utilizada para permitir uma única direção do fluxo da água, possibilitando que se forme coluna d’água em
operações de sucção e recalque. Impede o golpe de aríete.
VASSOURA-DE-BRUXA: denominação popular do “abafador”, utilizado em incêndio florestal.
VENTILAÇÃO: remoção e dispersão sistemática de fumaça, gases e vapores quentes de um local confinado, proporcionando a troca dos produtos
da combustão por ar fresco, facilitando, assim, a ação dos bombeiros durante o combate ao incêndio.
Página 107