A História Da Eletricidade - 22.3Y
A História Da Eletricidade - 22.3Y
A História Da Eletricidade - 22.3Y
FÍSICA
24/03/2019
Introdução
Para a luz elétrica competir com o gás, ela precisaria ser subdividida
em lâmpadas menores, menos potentes e mais suaves. E no início da década
de 1880, o mais famoso, mais prodigioso, e mais competitivo inventor do
mundo assumiu o desafio: o norte-americano Thomas Alva Edison.
Pode parecer óbvio para nós hoje, mas na Nova York do início da
década de 1880, a ideia de enterrar cabos elétricos no solo parecia um gasto
desnecessário.
Edison sabia que essa situação perigosa tinha que mudar, e para ele
ganhar o máximo de dinheiro possível, a eletricidade precisava de uma nova
imagem. Precisava ser considerada segura. Edison defendia a maior
segurança de seu sistema de baixa tensão e fiação subterrânea. Ele defendia
ter um sistema mais seguro que o arco de luz elétrica para as ruas, ou
iluminação a gás para a iluminação interior.
Mas alguém que tinha as respostas para tais problemas estava prestes
a entrar na história. Alguém que ajudaria a criar o mundo moderno e que teria
papel crucial em uma das maiores disputas da história científica. Seu nome era
Nikola Tesla e ele estava bem debaixo do nariz de Edison. Nikola Tesla foi um
inventor sérvio, nascido na Croácia, e trabalhou por pouco tempo para Edison
após chegar a Nova York, aos 28 anos.
Por outro lado, Tesla mesmo estando na casa dos 20 anos, pensava
em sua aparência, em como abordar as pessoas. Preocupava-se com suas
roupas, seus modos. Preocupava-se até em como sua foto era tirada. Sempre
queria foto de perfil para que não vissem que seu queixo era pontudo. A vida e
a morte de Nikola Tesla é umas das histórias mais fascinantes e trágicas de
genialidade científica, competição impiedosa e golpes publicitários chocantes.
Tesla, como inventor, gostava de dizer que a primeira coisa a fazer não
é construir algo, mas imaginá-lo, pensar, planejá-lo. E ele tinha o que os
psicólogos modernos chamariam de memória fotográfica. Ele conseguia
lembrar-se de tudo que via e, depois, visualizá-lo em três dimensões. Muitas
vezes dizem que quem tem essa habilidade visualiza isso a um braço de
distância, bem aqui, e que o vê em três dimensões nesse espaço. E tudo indica
que Tesla tinha essa habilidade.
Está claro para nós hoje que, à época, o sistema de CA era um método
melhor de transmissão de energia elétrica. Era de se esperar que com os
avanços de Tesla, nada poderia ficar no caminho do êxito da CA contra a CC.
Mas um homem ainda acreditava totalmente em suas invenções de corrente
contínua. Dos filamentos das lâmpadas aos interruptores, bocais, geradores, e
ele não estava prestes a perder milhões de dólares ao alterá-los: Edison. As
linhas de batalha estavam definidas. Westinghouse e Tesla disputavam com
Edison os lucrativos contratos de iluminação de Nova York. Dois sistemas
completamente diferentes disputando um cobiçado objetivo, a chance de
iluminar os EUA e depois o mundo. Isso ficaria conhecido como a Guerra das
Correntes.
Edison estava tentando outra vez definir seu sistema CC como seguro.
Era melhor do que os arcos de luz elétrica, melhor do que o gás, e melhor que
a iluminação incandescente de alta tensão da CA. Era o sistema seguro. Ao
adotar-se o sistema de Edison, sabia-se que era seguro.
Edison afirmava que a CA era um tipo mais perigoso de corrente do
que a CC e destacava os acidentes com os operários de Westinghouse e os
incêndios causados por curtos-circuitos. Era uma propaganda potente pois na
década de 1880, muitos ainda estavam aterrorizados com a eletricidade. Ela
podia dar choque, até matar em um instante e a razão para isso ainda não era
compreendida. Para muitos, a ideia de canalizar essa assassina invisível para
suas casas era totalmente ridícula.
http://www.oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/IENG/HISTORIA.ELETRICID
ADE.1.pdf - Acesso em 28/03/2019
http://www.oficinadapesquisa.com.br/APOSTILAS/IENG/HISTORIA.ELETRICID
ADE.2.pdf - Acesso em 28/03/2019
https://portaldaengenharia.com/historia-da-eletricidade/ - Acesso em
23/03/2019