Aulas 07-11 A 19-11-22 - ESTILO DE VIDA

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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR DAVID PROCÓPIO

Disciplina: PRÁTICAS COMUNICATIVAS E CRIATIVAS Bimestre: 4º Ano: 2022

TURMAS: 1º ano do EM Professora: Consolinha Macêdo

TEMA: MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA: UMA ABORDAGEM FÍSICA, MENTAL E EMOCIONAL.

Aluno(a):

OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTILO DE VIDA

ESTILO DE VIDA ➟ conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na vida
das pessoas
Pesquisas em diversos países, inclusive no Brasil, têm mostrado que o estilo de vida, mais do que nunca,
passou a ser um dos mais importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades. Até o início
do século XX, vimos passar um período em que, predominantemente, a saúde pública se assentava em ações de
melhoria ambiental, causa principal da mortalidade. Foi somente em 1829, em Londres, que se desenvolveu um
filtro de carvão para purificar a água que abastecia a população daquela cidade. A água limpa diminuiu em 80% as
mortes por tifo e outras doenças transmissíveis. Infelizmente, nas regiões mais pobres do planeta, ainda temos
doenças como o cólera e a difteria, decorrentes das más condições da água ingerida e da inexistência de sistemas
decentes de tratamento de esgoto. Mas, para a grande maioria dos habitantes deste planeta, o ambiente já não é
o principal agente na mortalidade do ser humano.
Paralelamente às ações de saúde pública no século XX, especialmente a partir dos anos 40, tivemos um
desenvolvimento impressionante na medicina. Este avanço teve início com as descobertas da microbiologia no
século XIX, que permitiram o controle, ou mesmo a erradicação, de diversas doenças infectocontagiosas. As
descobertas de cientistas como Louis de Pasteur e Robert Koch (microbacilos) e Alexander Fleming (penicilina),
no início do século passado, são exemplos de desenvolvimentos que possibilitaram um aumento significativo na
qualidade e na expectativa de vida média dos seres humanos.
Apesar de ainda existirem muitos locais com problemas ambientais e de assistência médica, observa-se
uma verdadeira revolução na saúde pública nos países mais desenvolvidos e em desenvolvimento, com destaque
para a prevenção e a promoção de hábitos de vida
saudáveis.
O estilo de vida ativo passou a ser
considerado fundamental na promoção da saúde e
redução da mortalidade por todas as causas. De fato,
para grande parte da população, os maiores riscos
para a saúde e o bem-estar, têm origem no próprio
comportamento individual, resultante tanto da
informação e vontade da pessoa, como também das
oportunidades e barreiras presentes na realidade
social.
Um documento da OMS (Preventing Chronic
Diseases – A Vital Investment, 2005) chama a
atenção das nações, particularmente aquelas em vias de desenvolvimento (como Brasil) sobre o papel da
prevenção de doenças crônicas na economia desses países. Os especialistas destacam a relevância dos
chamados fatores de risco modificáveis, como se pode ver na figura a seguir.
Estima-se que dois terços das
mortes provocadas por doenças que podem
ser prevenidas sejam decorrentes de quatro
comportamentos: tabagismo, alimentação
inadequada, inatividade física e consumo
exagerado de bebidas alcoólicas. Existem,
assim, fatores positivos e negativos no
nosso estilo de vida que comprovadamente
afetam nossa saúde e bem-estar, a curto ou
longo prazo. Principalmente a partir da
meia-idade (40-59 anos), a mobilidade, a
autonomia e a qualidade de vida das
pessoas estão diretamente associadas aos
fatores do estilo de vida, como os
mencionados na figura do Pentáculo do
Bem-Estar.
No final deste capítulo apresenta-se um instrumento para avaliação do estilo de vida individual construído
a partir deste modelo.

Estilo de Vida: Fatores Negativos Modificáveis

Existem fatores do nosso estilo de vida que


afetam negativamente nossa saúde e sobre os quais
podemos ter controle. Por exemplo:

 fumo
 álcool
 drogas
 alimentação inadequada
 estresse
 isolamento social
 sedentarismo
 esforços intensos ou repetitivos

A decisão de consumir ou não o fumo, álcool e


outras drogas, não depende apenas da nossa
vontade, mas é muito mais fácil decidir sobre o uso ou não desses elementos do que quebrar tais hábitos
indesejáveis. Quer dizer, é muito mais fácil prevenir – dizer um sonoro NÃO, mesmo quando nos parece que todos
os nossos “amigos” dizem sim. Isto é particularmente delicado na adolescência.
Quanto ao fumo, os dados recentes (VIGITEL, 2016) são positivos: a proporção de fumantes (adultos) em
nosso país caiu para 10,2% (12,7% entre os homens; 8% entre as mulheres). Há algumas décadas essa
proporção superava os 40%. Educação e legislação rigorosa, a exemplo de muitos países, têm feito a diferença.
Entre os trabalhadores da indústria brasileira, dados do SESI (2009) mostraram que a média de fumantes ficava
próxima a apenas 13%.
Já o consumo excessivo de bebidas alcoólicas não mostra a mesma tendência positiva do tabagismo, com
indicadores que têm se mantido ou se agravado nos últimos anos. Na população adulta das capitais brasileiras
(VIGITEL, 2016), 19,1% das pessoas referem consumo exagerado de bebidas alcoólicas (27,3% entre os homens
e 12,1% entre as mulheres).
O estresse é, geralmente, decorrente do estilo de vida que adotamos e da forma como enfrentamos as
adversidades. Talvez não sejamos capazes de eliminar as situações de estresse, mas podemos mudar as
maneiras de responder a essas situações.
A fadiga crônica, por sua vez, decorre de esforços excessivos ou repetitivos, de ordem mental ou física, sendo
mais comum do que se pensa entre estudantes, trabalhadores e donas de casa. Pode-se aliviar ou superar um
quadro crônico de fadiga de três maneiras: reorganizando nossas vidas para diminuir as exigências impostas
sobre nós; valorizando o lazer ativo; ou aumentando nossa resistência orgânica à fadiga. Isto pode ser feito
incluindo uma melhor alimentação e um programa de condicionamento físico, enfatizando os aspectos
cardiorrespiratório, muscular, e a capacidade de relaxamento. Isto será discutido mais adiante.
Existem, também, outros fatores negativos sobre os quais podemos ter algum controle preventivo, como no
caso de algumas doenças infecciosas, como a AIDS, e doenças degenerativas que afetam de maneira progressiva
o sistema cardiovascular, pulmões, músculos e articulações, pele, visão e audição. Particularmente, as chamadas
doenças crônico-degenerativas ou doenças crônicas não-transmissíveis, como a hipertensão, a obesidade, o
diabetes, o câncer e as doenças cardiovasculares, têm sido fortemente associadas ao estilo de vida negativo:
alimentação inadequada, estresse elevado e inatividade física.
Fatores negativos que interferem na saúde e sobre os quais temos pouco – ou nenhum – controle, incluem
características herdadas, efeitos naturais do envelhecimento, certos acidentes imprevisíveis e algumas doenças
infecciosas.
A figura a seguir procura resumir esta combinação
de fatores que influenciam as escolhas individuais. Por
sociedade entende-se: governos, empresas, meios de
comunicação, comunidade em geral (instituições e
pessoas) que podem facilitar ou dificultar nossas
escolhas pessoais. Seria fácil, mas injusto, atribuir-se
exclusivamente ao indivíduo a responsabilidade por
todos os aspectos do seu estilo de vida e de sua saúde.
Ter boa condição de saúde não representa apenas
um objetivo importante; isto é um meio para a realização
de todos os outros objetivos na vida.
As pesquisas têm demonstrado que uma nutrição
adequada, controle do estresse, atividades físicas
moderadas e suporte social são fundamentais para um
coração saudável. As pessoas precisam incorporar esses elementos no seu dia a dia; precisam entender o grande
poder de pequenas mudanças no estilo de vida.
Portanto, tome a iniciativa! Envolva-se, divirta-se e trabalhe por sua saúde positiva. É o melhor seguro para
uma vida com qualidade. Procure entender as diferenças entre os fatores da saúde que podem e os que não
podem ser controlados. Acentue o positivo, reduza ou elimine o negativo e aprenda a viver com o que não se pode
mudar. Este equilíbrio entre tudo o que gostaríamos e o que deveríamos fazer em nossa vida parece ser o melhor
caminho para uma vida com mais qualidade, agora e, principalmente, nos anos futuros.
E lembre-se: mudanças no estilo de vida não são fáceis de realizar e dependem da nossa vontade, do
apoio de familiares e amigos, e das informações e oportunidades que nos são oferecidas.
Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Jr8AceLZp1Y

Vamos Responder algumas questões relacionadas ao conhecimento sobre Estilo de vida após a leitura do
texto? (Use o espaço abaixo das questões para registrar suas respostas)

1. Conceitue Qualidade de Vida e cite exemplos de fatores individuais e de fatores socioambientais que podem
influenciá-la.

2. Alguns indicadores estatísticos são utilizados para caracterizar o grau de qualidade de vida de grupos e
populações. Cite dois desses indicadores.

3. Conceitue “estilo de vida” e “condições de vida”, e descreva objetivamente a relação desses fatores com a
saúde.

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