EPCAR Apostila Português - Edição 2019
EPCAR Apostila Português - Edição 2019
EPCAR Apostila Português - Edição 2019
EPCAR
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PARTE I - FONOLOGIA – MORFOLOGIA-ORTOGRAFIA
Substantivo........................................................................................................................
Artigo.............................................................................................................................
Adjetivo..........................................................................................................................
Numeral.........................................................................................................................
Advérbio.........................................................................................................................
Preposições....................................................................................................................
Pronomes.......................................................................................................................
Verbos ...........................................................................................................................
Conjunções.....................................................................................................................
Interjeições......................................................................................................................
Não se esqueça:
O guerreiro que vai à luta temendo o adversário já tem meia batalha em desvantagem.
Confie em Deus e em você mesmo ,e siga em frente com coragem e sabedoria.
Estaremos a seu lado sempre.
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FONOLOGIA
A palavra falada é formada por combinações de unidades mínimas de som (fonemas). Na escrita, a
representação do fonema ocorre através de letras. Por isso, o fonema não pode ser confundido com a letra.
Letra é a representação gráfica dos sons da fala, cuja função é representar o fonema de acordo com as
normas da língua.
Fonema é a menor unidade de som capaz de fazer distinção entre duas palavras.
A correspondência entre letra e som não ocorre em todas as situações, pois uma mesma letra pode
representar fonemas distintos, como o x nas palavras: próximo, exato e feixe.
Mas, há casos em que letras distintas representam o mesmo som, como acontece com as palavras seco,
cedo, laço e próximo.
Por fim, nota-se que uma letra pode representar mais de um fonema, como fixo, cuja leitura é "fikso",
enquanto existe letra que não tem som, como o h em hora. Temos ainda os sons ora representados por uma
só letra, ora por duas como xícara/chinelo, gato/guitarra e rabo/carro.
Tipos de Fonemas:
As vogais são sons produzidos sem obstáculos para a passagem de ar, que passa livremente pela boca,
oriundo do pulmão. Sua emissão é independente de outro fonema, por isso constitui a base da sílaba. Em
nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas.Em toda sílaba há necessariamente uma única
vogal.
Os sons das vogais produzem-se a partir do diferentes posicionamentos dos músculos da boca, constituídos
pela língua, pelos lábios e pelo véu palatino. Para o estudo em questão, estudaremos apenas as vogais
produzidas pela modificação do véu palatino:
• vogais orais: a corrente de ar vibrante passa pela cavidade bucal, formando sete fonemas vocálicos orais:
i, e, é, a, ó, o, u (fica, veja, vela, pá, bola, coma, pula).
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• vogais nasais: corrente de ar vibrante passa pelas cavidades bucal e nasal, formando cinco fonemas
vocálicos nasais: Exemplo:
SEMIVOGAIS
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela
uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais. Observe a
palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o
a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semivogal.
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da sílaba, devendo, portanto, associar-se a
uma vogal para formarem uma sílaba.Portanto, só faz sentido falar-se em semivogal , se houver mais de uma
letra do grupo a-e-i-o-u na mesma sílaba. Nesses casos, a mais forte será a vogal, e a mesi fraca será a
semivogal.
As semivogais sempre acompanham uma vogal, formando sílaba com ela. Deve-se observar também que o
A é sempre vogal e se estiver acompanhada de uma outra letra do grupo a-e-i-o-u na mesma sílaba , a que a
acompanha, certamente será mais fraca e será semivogal
Em português, somente os fonemas (sons) representados pelas letras "i" e "u" em ditongos e tritongos são
considerados semi-vogais. Lembre-se de que não pode haver mais de uma vogal por sílaba; logo,um
ditongo sempre será formado por uma vogal mais uma Semivogal. Quando a semivogal vier antes da vogal, o
ditongo é dito "crescente" (como em "jaguar"). Quando a semivogal vier depois, o ditongo é dito "decrescente"
(como em "demais").
Nos ditongos "ui" e "iu", uma das letras é sempre considerada vogal e a outra é semivogal. No caso dos
tritongos, todos eles são formados por uma vogal intercalada entre duas semivogais. As letras m e n, nos
grupos AM, EM e EN, em final de palavra -somente em final de palavra serão consideradas semivogais.
Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m".
Quando a semivogal possuir som de i, será representada foneticamente ( usaremos / / para isso) pela letra
Y; com som de u, pela letra W.
3 vogais = a, e, o;
3 consoantes = k (c), x, r;
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Na palavra artilheiro, ar-ti-lhei-ro, serão: 4 vogais = a, i, e, o; 4 consoantes = r, t, lh, r;
1 semivogal = (i).
Como as letras que representam as semivogais são as mesmas que representam as vogais, pode haver certa
dificuldade para diferenciá-las, mas para isso basta atentar para o seguinte:
Se na sílaba só há uma letra que representa vogal (a, e, i, o, u), esta é necessariamente uma vogal, pois as
semivogais não aparecem sozinhas na sílaba, mas apenas acompanhadas por uma vogal.
Outra dica simples é observar se na mesma sílaba houver uma letra “a” e outra letra que representa semivogal,
pois dessa forma, esta outra será semivogal, pois o “a” sempre será vogal.
As vogais sempre possuem som mais forte em relação às semivogais. Assim, se na mesma sílaba houver duas
ou três letras que representam semivogais (e, i, o, u), a vogal será sempre a que tiver som de “e” ou “o” (som
mais forte), enquanto as semivogais serão as que tem som de “i” ou “u” (som mais fraco).
Caso haja uma sequência de letras que representam vogais e os sons de “i” e “u” sejam tão fortes como os
outros sons (“a”, “e”, “o”), estas letras não estarão na mesma sílaba, formando um hiato.
http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=7531
Ainda: Para fazer a distinção entre vogal e semivogal, é preciso levar em consideração as três condições
básicas para existência de uma semivogal:
Se uma dessas três condições falhar, então não haverá semivogal e sim uma vogal.
• Dia = - v-v
• Caiu = v+v+sv
• joia,= v+sv+v
• fluir = v+v
• chegaram = v, sv
• coração = v+ sv
• arguei = sv+v+sv
• quais,= v+v+sv
• álcool, = v+v
• Deus= v+sv
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• açaí,= v+v
• Perdoe = _____________
• Poeira = ______________
• Rua = ________________
• História = _____________
• Leal= ________________
Conforme o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, as letras K, W e Y foram incluídas no alfabeto e
obedecem às regras gerais que caracterizam consoantes e vogais. Do ponto de vista fonético-fonológico,
consoante é um fonema pronunciado com a interrupção do ar feita por dentes, língua ou lábios. Já a vogal é
um fonema pronunciado com a passagem livre do ar pela boca. Outra distinção entre um grupo e outro de
letras recai sobre a pronúncia: a consoante precisa de uma vogal para formar sílabas e ser pronunciada, e a
vogal, não. Ela se basta.
Seguindo essas regras, o Y é uma vogal, já que foi traduzido do alfabeto grego como I e mantém esse som
nas palavras em que é usado, como em ioga. Quando aportuguesada, a palavra originalmente grafada com Y
passa a ser grafada com I - como em iene, moeda japonesa. O K corresponde, em português, ao som do C
ou QU - como vemos em Kuait -, sendo considerado consoante. Já o W deve ser empregado de acordo
com sua pronúncia na língua original, isto é, ora com som de V, quando proveniente do alemão (como Wagner),
ora com som de U, quando de origem inglesa (caso de web). Com isso, a letra W é considerada consoante
ou vogal, conforme o uso.
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/letras-k-w-y-sao-consideradas-
consoantes-ou-vogais-476431.shtml
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono4.php
ENCONTROS VOCÁLICOS
1) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
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c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.
Exemplos: PAI, SÉRIE
2) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só
sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Exemplos: PARAGUAI - Tritongo oral
QUÃO - Tritongo nasal
3) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca
há mais de uma vogal numa sílaba.
Exemplo: SAÍDA - SA-Í-DA
POESIA - PO-E-SI-A
Saiba que:
- Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em palavras como
amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes.
- É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal e uma
semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em ge-lei-a, io-iô.
ENCONTROS CONSONANTAIS
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro
consonantal.
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3. Encontro Consonantal Misto
Agrupamentos consonantais que misturam os dois modos descritos, exemplo: FIL-TRO, DIS-PLI-CEN-TE,
DES-TRO
DÍGRAFOS
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra.
Por Exemplo:
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.
Por Exemplo:
Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h.
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo
= letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los
em dois tipos: consonantais e vocálicos.
Dígrafos Consonantais
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Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais.Também chamados de ressôo nasal,
acontece quando a letra M e N funcionam como nasalizador.
AM campo, tampa
Ã
AN cantor
EM membro, templo
E
EN lenda
IM lindo
I
IN lindo
OM bombom,tombo
O
ON conto,tonto
UM bumbum,chumbo
U
UN corcunda
Observação:
"Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra,
aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u"
representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero...) Nesse caso, "gu" e "qu" não são
dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/difonos
DÍFONOS
(di = dois + fono = som) uma letra que representa dois fonemas.
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AS LETRAS M e N
As letras M e N são um caso particular, vejamos as diferentes formas de interpretá-la, tendo a função de:
a) CONSOANTE
b) SEMIVOGAIS
Quando formarem os grupos AM, EM, EM e ENS em final de palavra sendo representado foneticamente
por Y e W.
Quando estiverem após vogal, na mesma sílaba que ela, excetuando os dois grupos acima.
Exemplo de classificação: na palavra manchem, terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo
manchar, teremos o seguinte: man-chem, 2 vogais = a, e; 2 consoantes = o 1º m, x(ch); 1 semivogal = y (o 2º
m); 1 ressôo nasal = an (ã). mãxẽy.
SÍLABA
Observe:
A - MOR
A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada um
desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da
sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba.
Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem
essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar semivogais.
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4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas.
Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta
DIVISÃO SILÁBICA
Na língua portuguesa, a divisão das sílabas deve ser feita a partir da soletração, usando o hífen para
marcar as sílabas.
c) Não há sílaba sem vogal. Portanto, os grupos consonatais no início da palavra, ou que iniciem
sílabas, não podem ser separados.
g) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda
consoante é l ou r.
h) Separam-se grupos formados por ditongo decrescente + vogal (aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie,
aio, eio, oio, uio, uiu)
j) Separam-se as letras r e s dos prefixos, quando a palavra a que eles se ligam começam por vogal.
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Exemplos: su-pe-ra-bun-dan-te, bi-sa-vô, porém: su-per-mer-ca-do, bis-ne-to
l) Separa-se a letra b do prefixo sub quando a palavra a que ele se liga começa por vogal
• Observação 1: na palavra sublinhar, sub está seguido da consoante L. Há uma tendência a pronuncia
bl, tendência essa que leva a pessoa a não separar o grupo, o que é errado, pois l é consoante. A
separação ficaria assim: SUB-LI-NHAR
• Observação 2: em sublime (e derivado) sub não é prefixo, pertence ao radical da palavra. A separação
correta é: SU-BLI-ME, SU-BLI-MAR
• Observação 3: A palavra Abrupto separa-se da seguinte forma: AB-RUP-TO
Os encontros consonantais ocorridos em sílabas internas diferentes são separados Exemplos: em-pre-gar
Exercícios
2. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas?
a) Caderno
b) Chapéu
c) Flores
d) Livro
e) Disco
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3. Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos:
a) um ditongo
b) um tritongo
c) um trissílabo
d) um oxítono
e) um proparoxítono
5. Assinale a alternativa que inclui palavras da frase abaixo que contêm, respectivamente, um ditongo oral
crescente e um hiato. As mágoas de minha mãe, que sofria em silêncio, jamais foram compreendidas por
mim e meus irmãos.
a) foram - minha
b) sofria - jamais
c) meus - irmãos
d) mãe - silêncio
e) mágoas - compreendidas
7. Segundo as normas do vocabulário oficial, a separação silábica está corretamente efetuada em ambos os
vocábulos das opções:
a) to-cas-sem, res-pon-dia b) mer-ce-ná-ri-o, co-in-ci-di-am
c) po-e-me-to, pré-dio d) ru-i-vo, pe-rí-o-do
e) do-is, pau-sas
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8. Assinale a alternativa que não apresenta todas as palavras separadas corretamente.
a) de-se-nho, po-vo-ou, fan-ta-si-a, mi-lhões
b) di-á-rio, a-dul-tos, can-tos, pla-ne-ta
c) per-so-na-gens, po-lí-cia, ma-gia, i-ni-ci-ou
d) con-se-guir, di-nhei-ro, en-con-trei, ar-gu-men-tou
e) pais, li-ga-ção, a-pre-sen-ta-do, au-tên-ti-co
10. Dadas as palavras: tung-stê-nio / bis-a-vô / du-e-lo, constatamos que a separação silábica está correta:
a) apenas nº 1
b) apenas nº 2
c) apenas nº 3
d) em todas as palavras
e) n. d. a.
13. Todas as palavras abaixo possuem um encontro vocálico e um encontro consonantal, exceto:
a) destruir.
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b) magnésio.
c) adstringente.
d) pneu.
e) autóctone.
16. A alternativa que apresenta certa dificuldade de distinção entre ditongo crescente e hiato é:
a) pai-saúde-mau-juízo.
b) Saara-preencher-cruel-doer
c) faísca-degrau-chapéu-vôo.
d) piada-miolo-poente-miudeza.
e) frear-foi-saída-rei.
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18. A alternativa em que as letras sublinhadas nas palavras constituem, respectivamente, dígrafo e encontro
consonantal é:
a) exceção / étnico
b) banho / desça
c) seguir / nascimento
d) aquático / psicologia
e) occipital / represa
21. O vocábulo cujo número de letras é igual ao número de fonemas está em:
a) sucedida.
b) habitando.
c) grandes.
d) espinhos.
e) ressoou.
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23. Só não existe hiato em:
a) atoleiros.
b) miaram.
c) ruído.
d) defendiam.
e) haviam.
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GABARITO: FONOLOGIA/ SEPARAÇÃO SILÁBICA
1 E / 2 B / 3 A / 4 C / 5 E / 6 C / 7 C / 8 C / 9 d / 10 C / 11 C / 12 E / 13 C / 14 A / 15 A / 16 D / 17 D / 18 A / 19
B / 20 C / 21 A / 22 E / 23 A / 24 D / 25 E / 26 A / 27 B
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Antes de passarmos às regras de acentuação gráfica, é necessário que você esteja em dia com as
normas de separação sílaba . Também vamos rever alguns conceitos a respeito da sílaba.
O acento tônico é um fato fonético e não deve ser confundido com o acento gráfico (agudo ou circunflexo)
que às vezes o assinala.
Certos vocábulos derivados, geralmente polissílabos, além da sílaba tônica (onde recai o acento principal ou
tônico), possuem uma sílaba subtônica, com acento secundário.
Nos exemplos seguintes, as sílabas subtônicas são destacadas: cafezinho; indiazinha; rapidamente;
comodamente
Já os Monossílabos átonos são os que não têm autonomia fonética, se apoiando em outro vocábulo.
Os monossílabos átonos são palavras vazias de sentido: artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação
(preposições, conjunções).
Ex: o; a; os; as; um; uns; me; te; se; lhe; nos; de; em; e; que etc.
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CLASSIFICAÇÃO DA SÍLABA QUANTO À INTENSIDADE
1 - TÔNICA
É a sílaba mais forte de uma palavra. Só existe uma sílaba tônica em cada palavra, exemplo: ce-lu-lar, li-
vro, me-sa, a-mor
2 - ÁTONA
Todas as outras sílabas que não são tônicas são denominadas de átonas, ce-lu-lar, li-vro,me-sa, a-mor
3 - SUBTÔNICA
É a sílaba de intensidade intermediária, nem tão intensa como a tônica, nem tão fraca como a átona.
Geralmente ocorre nas palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva, exemplo: café -
cafezinho.
1 – OXÍTONAS : São as palavras cuja sílaba tônica é a última, exemplo: fu-zil, co-ra-ção, ba-lão, ci-pó,ca-
lor
2 – PAROXÍTONAS:São as palavras cuja sílaba tônica é a penúltima, exemplo: ca-sa, ca-ma, car-ro, es-
ca-da
3 – PROPAROXÍTONAS: São as palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima, exemplo: ár-vo-re, e-xér-
ci-to, o-xí-to-na
1º - Divida-a em sílabas;
2º - Classifique-a quanto à tonicidade (oxítona, paraxítona ...);
3º - De acordo com sua terminação, encaixe-a nas regras abaixo
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REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA
a(s) pá - pás - má - dá
o(s) pó - dó - jó – só, vô
ATENÇÃO:
Não se acentuam os monossílabos tônicos terminados em I ou U. Exemplo: si, ti, cru, pus. Porque, apesar
de serem monossílabos, não terminam com as letras selecionadas.
Fique atento: Para ser acentuadas, é necessário que as palavras sejam oxítonas E terminarem com uma
das letras acima. Se forem oxítonas, MAS não terminarem com uma dessas letras, NÃO serão acentuadas, e
se terminarem com as letras selecionadas MAS não forem oxítonas, também não serão acentuadas.
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Portanto, não se acentuam as oxítonas caju, urubu, siri.
Nem se acentuam as palavras nuvem ou jovens.
L AMÁVEL, AUTOMÓVEL
R AÇÚCAR, REPÓRTER
N HÍFEN, PÓLEN
X TÓRAX, CLÍMAX
ps BÍCEPS, FÓRCEPS
ATENÇÃO:
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NÃO se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em:
Algumas palavras podem perder acento gráfico no plural. Por exemplo: a palavra hífen é acentuada por ser
uma paroxítona terminada em “n”.No entanto, seu plural ‘hifens’ não poderá ser acentuado, uma vez que, ao
se acrescentar o “s” ao “n”, somou-se automaticamente ao “e” anterior (= ens); logo, como só as oxítonas
terminadas em “ens” podem ser acentuadas, hífen, no plural, perderá o acento gráfico.
_______________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________
-REGRAS ESPECIAIS
Antes do acordo ortográfico a regra era: acentuam-se todos os ditongos abertos éu, éi, ói
Acentuam-se apenas os ditongos de pronúncia aberta (éi, ói, éu), quando oxítonos ou monossílabos,
seguidos ou não de "S".
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ATENÇÃO:
Estes mesmos ditongos abertos não serão mais acentuados quando tônico e estiverem em posição
de paroxítonas.
VI-REGRA DO HIATO
Acentua-se o "i" ou o "u" quando for a segunda vogal do hiato, tônica, sozinha na sílaba ou formando sílaba
com s.
Sa-í-da Ba-la-ús-tre
Sa-ú-de Fa-ís-ca
Ca-ís-te Ba-ú
OBSERVAÇÃO 01
Se o "i" ou o "u" estiver na sílaba seguinte acompanhado de qualquer outra letra que não o "s", então não
leva acento.
Ca - ir Ju - iz
Ca - iu Lu - iz
OBSERVAÇÃO 02
Se na sílaba seguinte houver "nh", então não haverá acento, da mesma forma se a vogal for repetida.
Ra - i - nha Ta - i - nha Xi - i - ta
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Regra Geral do Hiato
Acentua-se o "i" ou o "u" quando for a segunda vogal do hiato, tônica, sozinha na sílaba ou formando sílaba
com s.
Sa-í-da Ba-la-ús-tre
Sa-ú-de Fa-ís-ca
Ca-ís-te Ba-ú
O Novo Acordo Ortográfico aboliu o acento das vogais "i" e "u" tônicas isoladas na sílaba, formando
vocábulos paroxítonos, quando precedidas de ditongo. Exemplo: BAIUCA,FEIURA,BOCAIUVA
OBSERVAÇÃO
• Permanecem acentuadas as suas ocorrências que formam vocábulos oxítonos, exemplo: Tui-ui-ú, Pi-au-í.
Então, A REGRA DO HIATO ficou assim: Acentua-se o "i" ou o "u" quando for a segunda vogal do hiato,
tônica, sozinha na sílaba ou formando sílaba com s, desde que na sílaba seguinte não haja "nh", que a vogal
seguinte não seja repetida, nem o hiato esteja em posição de paroxítona precedida de ditongo.
De acordo com as novas regras ortográficas, não se acentuam mais o primeiro "o" ou "e" dos hiatos ee(s),
oo(s) no final das palavras.
Ter e vir na 3ª pessoa plural recebem acento: ele tem, eles têm, ele vem, eles vêm
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Prosódia
Alguns problemas de acentuação devem-se a vícios de fala ou pronúncia inadequada de algumas palavras.
Nos nomes compostos, considera-se a tonicidade da última palavra para efeito de classificação. As demais
palavras que constituem o nome composto são ditas átonas.
São oxítonas:
cateter, Cister, condor, masseter, mister (=necessário), negus (soberano etíope), Nobel, obus (peça de
artilharia), novel (novato), ruim (hiato), sutil, ureter, xerox
São paroxítonas:
alanos (povo bárbaro), alcácer (fortaleza), ambrosia (manjar delicioso), avaro, avito, aziago, barbaria, batavo
(holandês), caracteres, celtiberos, cartomancia, ciclope, decano, diatribe (crítica), edito (lei, decreto), efebo
(rapaz que chegou à puberdade), estrupido (grande estrondo), êxul (exilado), filantropo, fortuito (ditongo),
gratuito (ditongo), homizio (refúgio), hosana, ibero, imbele (não belicoso), inaudito, látex, libido, luzidio,
Madagáscar, maquinaria, matula (súcia; farnel), mercancia (mercadoria), misantropo, necropsia, nenúfar
(planta), Normandia, onagro (jumento), ônix, opimo (excelente, abundante), penedia (rochedo), policromo,
poliglota, pudico, quiromancia, recorde, refrega (peleja), rócio (orgulho), rubrica, ubíquo
São proparoxítonas:
ádvena (forasteiro), aeródromo, aerólito, ágape (refeição dos antigos), álacre, álcali, amálgama, anátema,
andrógino, anêmona, antífona, antífrase, aríete, arquétipo, azáfama, bátega, bávaro, brâmane, crisântemo,
édito (ordem judicial), égide, elétrodo, etíope (hiato), fagócito, férula, gárrulo, hégira (j), idólatra, ímprobo, ínclito,
ínterim, leucócito, lêvedo, ômega, périplo, plêiade, prófugo, protótipo, quadrúmano, revérbero, trânsfuga,
vermífugo, zéfiro, zênite.
acróbata ou acrobata, anídrido ou anidrido, Bálcãs ou Balcãs, hieróglifo ou hieroglifo, homília ou homilia,
Oceânia ou Oceania, ortoépia ou ortoepia, projétil ou projetil, réptil ou reptil, sáfari ou safari, sóror ou soror,
homília ou homilia, zângão ou zangão
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EXERCÍCIOS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA
c) Não se deve colocar trema em palavras como vocábulo deve receber acento gráfico:
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a) viúvo, ônibus, pastéis c) liquem, simbiose
b) vírus, hífen, ciência d) líquen, simbióse
c) tatuí, Garibáldi, caí e) líquem, simbióse
d) egoísmo, Quéops, escarcéu
e) lápis - vôlei - girassóis 13. Assinale o item em que as palavras estão
acentuadas segundo a mesma regra:
9. Das alternativas abaixo, aquela em que as
demais não se acentuam com base na mesma a) miúdo, pêndulo
a) líquen, simbiose
b) liquen, simbiose
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16. Por serem proparoxítonos, deveriam estar 20. Marque a alternativa em que pelo menos um
acentuados os vocábulos da opção: vocábulo não seja acentuado:
17. Qual dentre as palavras abaixo deve ser 21. A alternativa em que somente uma das
necessariamente acentuada: palavras deve receber acento gráfico é:
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24. Há erro de acentuação em: 27. Assinale a alternativa em que nenhum
vocábulo seja acentuado.
a) O repórter havia afirmado que a canoa da
República andava órfã. a) abençoo, refens, polen, cipos
b) Ontem você não pode vir por água nas plantas b) tenis, esplendido, voce, portatil
e souberam disso através dos colegas. c) heroico, rubrica, feiura , urubu
c) Rui vem de ônibus, lê o jornal e sempre procura d) compo-la, leem, Tamanduatei, armazem
saber o nome dos partidos que retêm o uso do e) apos, climax, sape, saude
poder.
d) Ainda não soube do porquê de sua desistência 28. Analisando as palavras: 1. apóiam, 2. bainha,
a) assembléia, caracóis, solidéu e jibóia 30. Há erro de acentuação num dos conjuntos
b) Tambaú, Camalaú, Tambaí e açaí seguintes:
c) série, pátio, área e tênue
d) imóveis, pênseis, pudésseis e mísseis a) grátis, jibóia, juriti, altruísmo
29
31. A única alternativa que possui, pelo menos, 35. A alternativa em que todas as palavras estão
uma palavra indevidamente acentuada é: corretamente acentuadas:
32. As palavras que são acentuadas tendo em 36. A alternativa em que nenhuma palavra possui
vista a mesma regra de acentuação são; acento gráfico é:
33. O acento gráfico desempenha a mesma 37. Todas as palavras abaixo admitem dupla
função em: prosódia, exceto:
34. A palavra que pode ser enquadrada na regra 38. A única palavra indevidamente acentuada é:
de acentuação de “paciência” é:
a) álcali.
a) estratégia. b) azáfama.
b) abençoo. c) bátega.
c) límpido. d) azíago.
d) refém. e) crisântemo.
e) pajé.
30
39. Assinale a palavra que não se acentua 41. A alternativa em que nenhuma palavra tem
segundo a regra das demais: acento gráfico é:
a) também. a) cadaver-modelo-todo-vezes
b) espécies. b) toda-flui-orgão-fossil
c) início c) governo-juri-juriti-cutis
d) centenárias. d) garoa-armazens-polen-caju
e) mistério. e) item-polens-rubrica-erro
40. A alternativa que possui duas palavras 42. A alternativa em que todas as palavras têm
indevidamente acentuadas é: acento gráfico é:
1 A / 2 D / 3 B / 4 E / 5 D / 6 B / 7 C / 8 D / 9 D / 10 C / 11 E / 12 A / 13 B / 14 D / 15 D / 16 C / 17 D / 18 B / 19
A / 20 C / 21 A / 22 E / 23 B / 24 B / 25 C / 26 C / 27 C / 28 D / 29 D / 30 D / 31 D / 32 B / 33 B / 34 A / 35 A /
36 A / 37 C / 38 D / 39 A / 40 D / 41 E / 42 D
31
ORTOGRAFIA
Ortografia
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no
padrão culto da língua.
O FONEMA S:
As palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.
Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir
aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir -
repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual
1-Os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por
tir ou meter
Exemplos: agredir – agressivo / imprimir – impressão / admitir – admissão / ceder – cessão / exceder – excesso
/ percutir – percussão / regredir – regressão / oprimir – opressão / comprometer – compromisso / submeter –
submissão
2-Quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
32
ESCREVEM-SE COM C OU Ç E NÃO COM S E SS:
3-Os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço
5-Após ditongos
O FONEMA Z
1-Os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos.
33
4-Nomes derivados de verbos com radicais terminados em D.
6-Após ditongos
9-Os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)
O FONEMA J:
ESCREVEM-SE COM G E NÃO COM J:
34
2-Estrangeirismo, cuja letra G é originária.
3-As terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)
Observação
Exceção: pajem
35
O FONEMA CH:
ESCREVE-SE COM X E NÃO COM CH
3-Depois de ditongo.
4-Depois de EN.
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch –
Exemplo : Cheio - enchente
AS LETRAS E E I:
1-Os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra.
2-Os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue. 3-Escrevemos com
i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
Atenção
Existem palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia com e pela grafia com i: área
(superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) /
peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
36
A FIM OU AFIM?
A PAR OU AO PAR?
A expressão AO PAR significa sem ágio no câmbio. A PAR significa estar ciente. Exemplo: Fiquei a par dos
fatos.
37
AO ENCONTRO DE OU DE ENCONTRO A?
Este ato desagradou aos funcionários, porque veio de encontro às suas aspirações.
HÁ OU A?
Quando nos referimos a um determinado espaço de tempo, podemos escrever há ou a, nas seguintes
situações:
HAVER OU TER?
Embora usado largamente na fala diária, a gramática não aceita a substituição do verbo haver pelo ter.
De acordo com a norma culta, deve-se dizer, portanto, não havia mais leite na padaria no lugar de não
tinha mais leite na padaria.
38
SE NÃO OU SENÃO?
1-SE NÃO: Emprega-se quando se pode ser substituído por caso não ou na hipótese de que.
Exemplo: Se não chover, viajarei amanhã = caso não chova / ou na hipótese de que não chova, viajarei
amanhã.
Se não se tratar dessa alternativa, a expressão sempre se escreverá com uma só palavra: SENÃO
Exemplo: Vá de uma vez, senão você vai se atrasar. (senão = caso contrário).
Nada mais havia a fazer senão conformar-se com a situação (senão = a não ser).
3- SENÃO = MAS
Exemplo: "As pedras achadas pelo bandeirante não eram esmeraldas, senão turmalinas, puras turmalinas"
Apenas a primeira opção é correta, porque a palavra "vista", nessa expressão, é invariável.
39
2-AO INVÉS DE significa ao contrário de.
I-POR QUE
a) Utilizada em orações interrogativas (diretas e indiretas), a forma por que é a sequência de uma
preposição (por) e um pronome interrogativo (que). É equivalente a "por qual motivo", "por qual razão",
vejamos:
Por que você não viaja para descansar? (por qual motivo)
Gostaria de saber por que você não ligou ontem. (por qual razão)
Não sei por que você acha isso. (Não sei por qual motivo você acha isso./Não sei por qual razão você acha
isso.)
b) Por que também pode ser a sequência de uma preposição (por) e um pronome relativo (que). Dessa
forma poderá ser substituído pela sequência por qual, pelo qual ( e flexões).
Parece que este não é o caminho por que passamos. (pelo qual passamos)
2- POR QUÊ
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto: final, de interrogação ou exclamação,
ou um ponto de reticências, a seqüência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o
monossílabo que passa a ser tônico. Essa forma também deverá ser empregada quando ela estiver sozinha
na frase.
Não sei por quê!
Ainda não terminou? Por quê?
Por quê?
40
3- PORQUE
A forma porque corresponde à conjunção explicativa pois e deverá ser usada em respostas, justificativas
ou explicações.
Existem casos em que por que representa uma seqüência preposição + pronome relativo, equivalendo a
pelo qual, pelos quais, pelas quais, pela qual. Em outros contextos por que equivale a "para que":
4- PORQUÊ
A forma porquê representa um substantivo. Significa causa, razão, motivo e normalmente surge
acompanhado de uma palavra que o determinando, um artigo, por exemplo. Pode aparecer no plural.
Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez não vieram à luz.
O porquê dessa discussão só pode ser ciúme. Mas ela deve ter seus porquês para agir assim.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
a) I, II e III certas.
b) II, III e IV certas.
c) I, II e V certas.
d) todas estão certas
41
2- Escolha a alternativa correta
42
1-b / 2- b / 3-b/ 4-c / 5-c / 6-a
43
EXERCÍCIOS DE ORTOGRAFIA
a) hidrólise - hidrolisar.
b) comércio - comercializar.
c) ironia - ironizar.
d) catequese - catequisar.
e) análise - analisar.
5. Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que não há erro de grafia:
44
6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) duquesa.
b) magestade.
c) gorjeta.
d) francês.
e) estupidez.
9. Dos pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda não se escreve com a mesma letra sublinhada
na primeira é:
a) vez / reve___ar.
b) propôs / pu__ eram.
c) atrás / retra __ ado.
d) cafezinho/ blu __ inha.
e) esvaziar / e___ tender.
45
10. Indique o item em que todas as palavras devem ser preenchidas com x:
a) dejeto.
b) ogeriza.
c) vadear.
d) iminente.
e) vadiar.
46
15. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) omeopatia.
b) umidade.
c) umor.
d) erdeiro.
e) iena.
a) céu - seu
b) paço - passo
c) eminente - evidente
d) descrição - discrição
18. (CFS/95) Assinalar a alternativa em que todas as palavras devem ser escritas com "j".
19. (CFC/95) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas do seguinte período: "Em _____
plenária, estudou-se a _____ de terras a _____ japoneses."
47
20. (CFC/95) Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia:
a) bandeija
b) mendingo
c) irrequieto
d) carangueijo
24. (CESD/97) Assinalar a alternativa que completa as lacunas da frase abaixo, na ordem em que aparecem.
"O Brasil de hoje é diferente, _____ os ideais de uma sociedade _____ justa ainda permanecem".
a) mas - mas
b) mais - mas
c) mas - mais
d) mais - mais
48
25. (CESD/98) Cauda/rabo, calda/açúcar derretido para doce. São, portanto, palavras homônimas. Associe
as duas colunas e assinale a alternativa com a seqüência correta.
a) 5-4-1-3-6-2
b) 5-3-2-1-6-4
c) 4-2-6-1-3-5
d) 1-4-6-5-2-3
a) pavor - pânico
b) pânico - susto
c) dignidade - indecoro
d) dignidade - integridade
a) tempo quente
b) tempo de ventania
c) estação chuvosa
d) estação florida
28. (CFS/96) Quanto à sinonímia, associar a coluna da esquerda com a da direita e indicar a seqüência
correta.
a) 2-4-3-1 b) 3-4-2-1
c) 4-3-1-2 d) 3-2-4-1
49
29. (ITA/SP) Em que caso todos os vocábulos são grafados com "x" ?
PARTE I- MORFOLOGIA
ELEMENTOS MÓRFICOS
O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma palavra. Alguns vocábulos são constituídos
apenas por radical (lápis, mar, hoje). Os radicais permitem a formação de famílias de palavras, são as
chamadas palavras cognatas : menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho, menin-ona.
A vogal temática é a vogal que, em alguns casos, une-se ao radical, preparando-o para receber as
desinências: com-e-r.
O tema é o acréscimo da vogal temática ao radical, pois na língua portuguesa é impossível a ligação do
radical com, com a desinência r, por isso é necessário o uso do tema e.
As desinências estão apoiadas ao radical para marcar as flexões gramaticais. Podem ser nominais ou
verbais:
Os Afixos são morfemas derivacionais (gramaticais) agregados ao radical para formar palavras novas. Os
afixos da língua portuguesa são o prefixo, colocado antes do radical (infeliz) e o sufixo, colocado depois do
radical (felizmente)
A vogal e consoante de ligação são elementos mórficos insignificativos que surgem para facilitar ou até
possibilitar a pronúncia de determinadas construções (silv-í-cola, pe-z-inho, pobre-t-ão, rat-i-cida, rod-o-via)
50
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS:
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um fenômeno vivo que
acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem
(neologismos) e outros mudam de significado com o passar do tempo.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos a seguinte divisão:
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de
formação:
COMPOSIÇÃO - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois tipos de composição.
DERIVAÇÃO - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de afixos. São cinco tipos
de derivação.
51
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para formação de palavras,
como:
HIBRIDISMO: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos originários de línguas
diferentes (automóvel e monóculo, grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide,
alcoômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino / sambódromo - africano e
grego / burocracia - francês e grego);
ABREVIAÇÃO VOCABULAR (REDUÇÂO): redução da palavra até o limite de sua comprensão (METRÔ,
MOTO, PNEU, EXTRA, DR., OBS.)
SIGLAS: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma sequência de palavras (Academia Brasileira de
Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
NEOLOGISMO: nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras que adquirem um
novo significado.
O neologismo pode surgir também com um fim pejorativo (palavrões, gírias, ironias, etc) ou para fins
comunicativos simplesmente. Ele passa a ser parte do léxico da língua quando é dicionarizado e admitido na
linguagem padrão. Isto acontece frequentemente, pois a língua se adapta ao uso que a comunidade linguística
faz dela, e não o contrário. Da mesma forma, observa-se que há palavras que antigamente faziam parte do
léxico da língua e que hoje são consideradas arcaísmos, pois deixaram de ser utilizadas.
A neologia do português existe porque a língua é viva, ou seja, é passível de mudanças constantes que
podem vir a ser determinantes.
AMPLIANDO:
Existem várias formas de classificar os neologismos de acordo com diferentes estudiosos da área, eis aqui
algumas delas:
NEOLOGISMO SEMÂNTICO: a palavra já existe, mas ganha uma nova conotação, um novo significado.
Ex:
Estou a fim de Fulano. (estou interessado).
Beltrano, não vai dar, deu zebra. (algo não deu certo).
Vou fazer um bico. (trabalho temporário).
NEOLOGISMO LEXICAL: é criada uma palavra nova, com um novo conceito.
Ex: deletar (eliminar),
abobado (aquele que é “bobo”, sonso),
internetês (a língua da internet).
NEOLOGISMO SINTÁTICO: são resultados da organização de um novo vocábulo. Supõem a combinatória
de elementos já existentes na língua como a derivação ou a composição.
Ex: “A não-informação conduz o homem à caverna”.
“João Paulo II reinventa a Igreja papalizando com exito”.
“A operação-desmonte é uma invenção política mentirosa”
Disponível em: http://www.infoescola.com/linguistica/neologismo/
52
PRINCIPAIS PREFIXOS LATINOS:
• a-, ab-, abs- (indica afastamento; separação = • intra- (posição interior = intravenoso,
aberrar, abdicar, abster, abstrair, amovível, intrapulmonar, intramedular);
aversão); • intro- (movimento para dentro = introduzir,
• a-, ad-, ar-, as- (movimento para; aproximação; intrometer, intróito, introspecção);
direção = adjunto, adnominal, adjetivo, adventício, • justa- (posição ao lado, perto de = justaposto,
advogado, abordar, apurar, arribar, arraigar, justafluvial, justalinear);
associar, assimilar); • ob-, o-, os- (posição em frente, diante de,
• ante- (anterioridade; precedência = antepor, oposição = objeto, obstáculo, ofuscar, opor,
anteceder, antebraço, antecâmara); ocupar, ostentar);
• circu-, circum- (movimento em torno, posição em • per- (movimento através = perpassar, permeável,
redor = circumpolar, circum-ambiente, perfurar, pernoitar);
circunavegação, circunferência); • pos- (ação posterior = posdatar, postergar,
• cis- (posição aquém = cisplatino, cisandino); postônica, posposto);
• co-, com-, con-, cor- ([da preposição latina cum] • pre- (anterioridade = predatar, prefixo, preliminar,
concomitância, companhia, ação conjunta = prefácio, pré-tônica);
competir, companheiro, concorrer, congregar, • pro- (movimento para a frente, diante de =
cooperar, coerente, corroborar, corrosivo); prosseguir, progredir, profano, proclamar);
• contra- (oposição, ação conjunta = contradizer, • re- (movimento para trás, repetição = regredir,
contraveneno, contrapeso); reagir, reiterar, recomeçar);
• de- (movimento de cima para baixo = declive, • retro- (movimento mais para trás = retroceder,
débil, decrescente, decapitar); retrospectiva, retrocesso, retroagir);
• des- (separação, ação contrária, negação = • soto-, sota- (posição inferior = sotopor, soto-
desviar, desleal, desfazer, desprotegido); mestre, sota-capitão);
• di-, dir-, dis- (dualidade, divisão, separação, • sub-, sus-, su-, sob-, so- (movimento de baixo
movimento em muitos sentidos = disforme, para cima, estado inferior, redução = sublevar,
discutir, disseminar, dirimir, dilacerar, difundir); subir, subalterno, suspender, suspeitar, sufocar,
• entre- (posição intermediária = entreato, sobpor, sopé, sonegar, soerguer, soterrar);
entrelinha, entretela, entremeio); • super-, sobre-, supra- (posição em cima, posição
• ex-, es-, e- (movimento para fora, afastamento, acima, excesso, intensidade = superpor,
estado anterior = extrair, expectorar- exportar, supercílio, supérfluo, sobrecarga, sobreviver,
escorrer, esquecer, emigrar, emergir); supra-renal, supramencionado);
• extra- (posição exterior = extraordinário, • trans-, trás-, tres- (movimento para além de;
extravasar, extramuros); posterioridade, posição excedente =
• in-, im-, i-, ir-, em-, en- (movimento para dentro, transmontano, transpor, transportar, transbordar,
tendência, mudança de estado = incrustar, ingerir, trasladar, trespasse, tresmalhar);
investigar, impressão, imigrar, irromper, enterrar, • ultra- (posição além de, excesso = ultramar,
embarcar, enformar); ultrapassar, ultra-som);
• in-, im-, i-, ir- (sentido exclusivamente negativo, • vice-, vis- (substituição, em lugar de = vice-
de privarão [é de etimologia diferente do in- presidente, vice-rei, visconde).
anterior] = indecente, inerte, impróprio, imberbe,
ilegal, imoral, ignorar, irrestrito, irregular);
53
PRINCIPAIS PREFIXOS GREGOS:
• an-, a- (sentido exclusivamente negativo, privação = anarquia, anônimo, ateu, acéfalo, afônico);
• aná- (ação ou movimento contrário, repetição = anagrama, anáfora, análise);
• anfi- (de um e outro lado, em torno de = anfiteatro, anfíbio);
• anti- (oposição = antípoda, antipatia, antiaéreo, anticlerical);
• apó- (afastamento, separação = apogeu, apócrifo, apóstolo);
• arqui-, arc-, arque-, arce-, arci- (procedência, superioridade = arquipélago, arquiteto, arcanjo, arquétipo,
arcebispo, arcipreste)
• catá- (movimento de cima para baixo, posição superior, oposição = catástrofe, catapulta, catálogo, catacrese);
• diá-, di- (movimento através de, passagem, afastamento = diagonal, diâmetro, diagnóstico, diocese, diurético);
• dis- (dificuldade, falta, privação = dispneia, disenteria, dissimetria);
• ec-, ex- (movimento para fora, separação = eclipse, eclético, êxodo, exorcismo);
• en-, em-, e- (posição interna, posição sobre = encéfalo, energia, entusiasmo, emplasto, elipse);
• endo-, end- (posição interior, movimento para dentro = endotérmico, endoscopia, endosmose);
• epi- (posição superior, movimento pura, cm direção a = epiderme, epílogo, epitáfio, epístola, epíteto);
• eu-, ev- (bem, bom, felizmente = eucaristia, eufonia, eufemismo, evangélico);
• hiper- (posição superior, excesso = hipérbole, hipertrofia, hipertensão);
• hipo- (posição inferior = hipotenusa, hipótese, hipocrisia);
• meta-, met- (movimento de um lugar para outro, mudança = metamorfose, metáfora, meteoro, metonímia);
• para-, par- (proximidade, comparação = paradigma, paradoxo, parasita, paródia, paralelo);
• peri- (em torno de, ao redor de = perímetro, perífrase, peripécia);
• pró- (posição em frente, movimento para frente = problema, prólogo, prognóstico, programa);
• sin-, sim-, si- (simultaneidade, reunião, companhia = sinfonia, sincronia, síncope, símbolo, simpatia, silepse,
sílaba).
SUFIXOS
• sufixo nominal: aquele responsável pela formação de nome (substantivo ou adjetivo): pad-eiro, favel-ado.
• sufixo verbal: aquele responsável pela formação de um verbo: computador + izar.
• sufixo adverbial: aquele responsável pela formação de advérbio; em português apenas o sufixo -mente: feliz-
ment
• Sufixos aumentativos:
54
• -aça (barcaça, barbaça);
• -aço (estilhaço, ricaço);
• -alhão (brincalhão, vagalhão);
• -anzil (corpanzil);
• -ão (chorão, sapatão);
• -aréu (fogaréu, povaréu);
• -arra (naviarra, bocarra);
• -arrão (canzarrão, homenzarrão);
• -astro (poetastro, medicastro);
• -az (voraz, cartaz);
• -ázio (copázio, gatázio);
• -eirão (vozeirão, asneirão);
• -orra (cabeçorra, beiçorra);
• -aça (dentuça, carduça)
• Sufixos diminutivos:
55
Sufixos diminutivos eruditos:
• -aco(a) (relação íntima, estado íntimo, origem = • -ano(a) (proveniência, origem, semelhança,
austríaco, maníaco, cardíaco, demoníaco, sectário ou partidário de = italiano, sergipano,
amoníaco, zodíaco); paulistano, republicano, parnasiano, camoniano,
quantidade = barbado, avermelhado, bispado, • -ão(ã) (forma popular do sufixo -ano(a) = alemão,
paulada, cacetada, bananada, laranjada, boiada, aldeão, beirão);
noitada, temporada, sensato, cordato); • -aria, -eiro(a) (atividade, estabelecimento
• -agem (ação, resultado de ação, relação íntima = comercial, coleção = pizzaria, padaria, estrebaria,
viagem, miragem, imagem, homenagem, folhagem, tesouraria, livraria, pedraria, bruxaria, livreiro,
selvagem); galinheiro, caseira);
• -aico (referência, pertinência = prosaico, judaico, • -ário(a) (profissões, lugares onde -se guardam
arcaico, incaico, hebraico); coisas = operário, mandatário, escriturário,
vegetais = genial, mortal, areal, pantanal, curral, • -ção, -são (ação, resultado da ação = condição,
tribunal, arrozal, bananal, familiar, militar); traição, extensão, prisão, visão);
• -alha (quantidade pejorativa = canalha, gentalha, • -dade (qualidade, modo de ser, estado = dignidade,
parentalha); bondade, maldade, castidade, crueldade,
esperança, lembrança, ignorância, vigilância, • -dura, -tura, -sura (resultado da ação, instrumento
tolerância); de uma ação = assadura, armadura, ditadura,
• -ando(a) (ação furtiva aplicada a um indivíduo = criatura, abertura, tintura, mensura, clausura);
56
• -el (formador de adjetivos = cruel, fiel); • -ício(a), -iço(a) (relação, referência = alimentício,
• -ença, -ência (ação ou resultado da ação = crença, natalício, adventício, patrício, movediço,
doença, presença, diferença, violência, falência, quebradiço);
ocorrência, prudência); • -il (semelhança, referência = pueril, senil, hostil,
• -engo(a) (relação, pertinência, posse = civil, febril, canil);
mulherengo, flamengo, realengo); • -ino(a) (relação, semelhança, origem, natureza =
• -eno(a) (referência, origem = terreno, chileno, divino, latino, cristalino, londrino, marroquino,
nazareno, obsceno); matutino, peregrino);
• -ense, -ês(a) (origem, procedência, relação = • -io(a) (relação = vazio, estio, sadio, sombrio, tardio,
parisiense, piauiense, fluminense, português, fugidio);
francês, cortês, burguês, inglesa); • -ismo (doutrina, escola, teoria, sistema, modo de
• -ente, -ante, -inte (agente, ação, qualidade, estado proceder ou pensar, ação = socialismo,
= doente, poente, agente, navegante, pedinte, capitalismo, comunismo, romantismo, ostracismo,
ouvinte, constituinte); realismo, anarquismo, terrorismo, exorcismo);
• -ento(a) (agente, cheio de, que tem o caráter de = • -ista (partidário ou sectário de doutrina, sistema,
barulhento, poeirenta, ciumento, avarento, teoria, principio, agente, ocuparão, origem =
lamacento); socialista, capitalista, comunista, simbolista,
• -esco(a), -isco(a) (relação, semelhança, qualidade realista, anarquista, dentista, artista, pianista,
• -estre (relação = pedestre, campestre, silvestre, • -ite (inflamação = amigdalite, bronquite, gastrite,
terrestre); estomatite);
• -eu (origem, procedência, relação = hebreu, judeu, • -mento(a) (instrumento, coleção, ação ou resultado
• -ez, -eza (formam substantivos abstratos = altivez, ferimento, casamento, sentimento, armamento);
surdez, palidez, riqueza, beleza, safadeza, • -onho(a) (propriedade hábito constante = risonho,
• -ia (qualidade, estado, propriedade, profissão = • -or (qualidade, propriedade = sabor, amargor,
• -iça, -ícia (formam substantivos abstratos = justiça, • -(d)or, -(t)or, -(s)or (agente, profissão, instrumento
• -ice, -ície (formam substantivos abstratos = velhice, leitor, agressor, professor, confessor);
57
• -tério (instrumento, lugar onde se faz algo = • -ugem (semelhança, quantidade = ferrugem,
saltério, cemitério, necrotério, batistério); penugem, rabugem);
• -tico(a) (relação = rústico, aromático, aquático, • -ulho (quantidade, coleção = pedregulho, marulho,
fanático, lunático); barulho);
• -tório(a) (lugar, resultado da ação = refeitório, • -ume (resultado de ação, coleção = azedume,
laboratório, imigratório, vitória); queixume, negrume, cardume);
• -tude, -dão (formador de substantivos abstratos = • -ura (formador de substantivos abstratos = alvura,
amplitude, juventude, similitude, magnitude, candura, formosura, ternura);
solidão, gratidão, retidão); • -urno(a) (duração = diurno, noturno, taciturna);
• -udo(a) (provido ou cheio de = peludo, barbudo, • -vel (possibilidade ou posse = impagável,
carnuda, narigudo, pontudo); inestimável, indelével, cabível, perecível)
RADICAIS GREGOS
58
• gine, gineco (mulher) = andrógino, • pato (doença, sofrimento) = patologia,
ginecocracia patogenia
• gono, gonio (ângulo) = polígono, goniômetro • pedia (educação) = ortopedia, pediatria
• grafia (escrita) = ortografia, caligrafia • pole, polis (cidade) = metrópole, acrópole,
• helio (sol) = heliocentrismo, heliografia Florianópolis
• hemo (sangue) = hemorragia, hemograma • poli (muito) = poligamia, polígono, politeísmo
• hepato (fígado) = hepatite, hepático • potamo (rio) = Mesopotâmia, hipopótamo
• hetero (outro, diferente) = heterossexual, • pneumato (ar, gás, espírito) = pneumatologia,
heterogêneo pneumatólise
• hidro (água = hidrografia, hidrófilo); • pneum(o) (pulmão) = pneumonia,
• higro (umidade) = higrômetro, higrófilo pneumotórax
• hipno (sono) = hipnose, hipnotismo • proto (primeiro) = protozoário, protótipo
• hipo (cavalo) = hipódromo, hipopótamo • pseudo (falso) = pseudônimo
• homeo, homo (semelhante = homeopatia, • psico (alma, espírito) = psicologia, psiquiatria
homossexual); • quiro ( mão) = quiromancia
• iso (igual) = isóbaro, isósceles • rino (nariz) = rinite, rinoceronte
• latria (culto) = idolatria, alcoólatra • rizo (raiz) = rizotônico, rizófago
• lito (pedra) = litografia, aerólito • scopio (o que faz ver) = telescópio,
• log, logia (estudo) = ginecologia, astrologia microscopia
• macro (grande) = macrocosmo, macrobiótica • sema, semio (sinal) = semáforo, semiótica
• mancia (adivinhação) = quiromancia, • sidero (ferro, aço) = siderurgia, siderografia
cartomancia • sismo (terremoto) = sísmico, sismógrafo
• mani, mania (loucura) = manicômio, • sofo (sábio) = filosofia, sofomaníaco
cleptomania • soma, somo, somato (corpo, matéria) =
• mega, megalo (grande) = megalomaníaco cromossomo, somatologia
• meso (meio) = Mesopotâmia, mesóclise • stico (linha, verso) = dístico, hemistíquio
• metro (que mede, medição) = barômetro, • tanato (morte) = eutanásia, tanatofobia
termômetro • taqui (rápido) = taquicardia, taquigrafia
• micro (pequeno) = microcosmo, microfone • teca (coleção) = fonoteca, filmoteca, discoteca
• miso (ódio, aversão) = misantropia, misossofia • tecno (arte, ofício) = tecnologia, tecnocracia
• mito (fábula) = mitologia, mitomania • tele (ao longe, distância) = telefone,
• mnemo (memória) = amnésia, mnemônico telescópio, telégrafo
• mono (único, sozinho) = monarquia, • teo (deus, divindade) = teocentrismo,
monobloco teocracia
• morfo (forma) = zoomórfico, amorfo, • termo (calor, temperatura) = termômetro,
morfologia térmico, termostato
• necro (morte, cadáver) = necrotério, necrofilia • topo (lugar, localidade) = topografia, topônimo
• neo (novo, moderno) = neologismo, neolatino • xeno (estranho) = xenofobia, xenofilia
• neuro (nervo) = neurite, neuralgia • xer, xero (seco, secura) = xerófilo, xerografia
• nomo (regra, lei) = nomologia, agrônomo • xilo (madeira) = xilogravura, xilófago
• odonto (dente) = odontologia, odontalgia • zoo (animal) = zoologia, zoomorfo.
• oftalmo (olho) = oftalmologista, oftalmia
59
RADICAIS LATINOS
60
I – Substantivo
nomear os seres em geral. Ou seja, a palavra ‘fome’ é um substantivo, pois dá nome à sensação que se tem
quando se quer comer, que é diferente da palavra ‘sono’, que é outro substantivo, pois nomeia uma outra
sensação.
Além de objeto, pessoa e fenômeno, um substantivo dá nome a outros seres: -lugares (Belo
Horizonte,praia),sentimentos(raiva,amor...),-estados (alegria,tristeza...),qualidades (honestidade,
sinceridade...), ações (corrida, pescaria...)
SUBSTANTIVAÇÃO
Ocorre quando palavras de qualquer outra classe gramatical passam a funcionar como substantivos. A
substantivação é feita através da anteposição de artigos ou de alguns pronomes, como os possessivos, os
demonstrativos ou os indefinidos.
Sendo assim, palavra classificadas como verbo , adjetivo ou advérbio torna-se substantivo, tendo em vista o
contexto comunicativo em que se encontram inseridas, ao serem precedidas por um artigo: o alto, o belo,
o moderno. Neste caso dizemos que houve uma substantivação.
Exemplo:
• "Ele disse um não com toda a força de seu pulmão." (advérbio substantivado)
• Os persistentes sempre vencem. (adjetivo, passa a representar substantivo- substantivação)
• O eu deseja ser reencontrado. (Tornou-se substantivado o que em termos gerais se classifica
como pronome pessoal do caso reto (eu).)
• Milhões foram gastos naquela obra. (De numeral se transformou numa palavra também
substantivada.)
• O porquê de tal atitude não se sabe.( conjunção funcionando como substantivo.)
ATENÇÃO
- Não devemos confundir substantivos acompanhados de artigos com palavras substantivadas, uma vez que
nesse último caso o artigo tem a função de modificá-las e não de
acompanhá-las, determinando-as. Verifiquemos, pois, um exemplo no qual o
artigo apenas acompanha o substantivo:
O aluno é estudioso.
- Quando substantivados, muitos vocábulos, na condição de átonos (sem autonomia fonética), tornam-se
tônicos, observe: O quê da problemática foi desvendado recentemente.
- Palavras geralmente invariáveis, quando substantivadas, podem perfeitamente receber flexão: Os sete de
todo o baralho foram descartados.
61
- O vocábulo substantivado pode ocupar funções sintáticas distintas, como, por exemplo, a de sujeito e a de
complemento:
CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO
1-COMUM OU PRÓPRIO:
a- Comum - é aquele que indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie. Ex:criança, rio, cidade,
estado, país...
2-PRIMITIVO OU DERIVADO:
a- Primitivo : é aquele que não se origina de outra palavra da língua portuguesa . Ele dá origem a outras
palavras.
3- SIMPLES OU COMPOSTO:
Atenção: para ser composto, o substantivo precisa ter mais de um radical, não
necessariamente mais de uma palavra.Observe: corrimão, aguardente, fidalgo Todos esses
são exemplos de substantivos compostos, apesar de serem formados por um única palavra.
4- CONCRETO OU ABSTRATO:
• Antes de definir substantivos concretos e abstratos, é preciso caracterizá-los como seres de natureza
dependente ou independente.
Ter natureza independente significa não precisar de nada nem ninguém que sirva ao substantivo de veículo
para que ele possa existir. Ex: cadeira, parede avião. A partir do momento em que esses seres foram
inventados, eles existem por si só, ou seja, possuem natureza independente.
62
No entanto, há seres que possuem natureza dependente, quer dizer, dependem de outros seres pra que
possam existir.
Ex: amor (Só há amor, se houver alguém para sentir para servir de veículo para esse amor existir); Sonho (só
existe sonho se houver alguém para sonhar.)
Não existe amor nem sonho andando sozinhos por aí. Logo, os substantivos amor e sonho têm natureza
dependente
a- Concreto: é o substantivo que indica seres, reais ou imaginários, que possuem existência independente
de outros seres.
AMPLIANDO
b- Abstratos: são substantivos que possuem natureza dependente, que não existem por si só.
5-COLETIVOS: são substantivos coletivos, que, embora no singular, indicam uma multiplicidade de seres da
mesma espécie.
AMPLIANDO:Todo substantivo possui pelo menos quatro classificações, sendo uma de cada
um dos cinco grupos acima:
• EXERCÍCIOS ESTRUTURAIS
1. Cadeira: __________________________________________________
2. Mariana:___________________________________________________
3. Girassol:___________________________________________________
4. Erva- doce:_________________________________________________
5. Sapataria:__________________________________________________
6. Elenco:____________________________________________________
7. Papelaria:__________________________________________________
63
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
1- SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são substantivos que possuem uma única forma para designar o gênero
feminino e o masculino.
a) Sobrecomuns: são os substantivos que têm a mesma forma genérica para o masculino ou feminino, não
variando nem mesmo o artigo, o adjetivo ou outro determinante que os acompanham.
Ex: A vítima.
Observe que, embora tenha sido usado o artigo “a”, não é possível saber se se trata de alguém do gênero
masculino ou feminino.A vítima pode ser um homem ou uma mulher.
b) Comuns-de-dois-gêneros:
Neste caso, o substantivo é o mesmo para os dois gêneros, porém, seu determinante indicará se a palavra
refere-se ao gênero masculino ou feminino.
c) Epicenos:
São substantivos uniformes usados para animais e algumas plantas. O gênero será indicado através das
palavras macho ou fêmea.
Ex: a cobra macho / a cobra fêmea; A onça macho / a onça fêmea; O mamoeiro macho/ O mamoeiro fêmea.
2- SUBSTANTIVOS BIFORMES:
São os substantivos que apresentam duas formas para identificar o gênero do ser, uma para o feminino e outra
para o masculino.
Ex: Menino/menina
Aluno/aluna
Observe que os exemplos acima mantêm o mesmo radical. Quando há mudança de radical, os substantivos
soa chamados de heterônimos .
64
AMPLIANDO
Fique atento: embora os substantivos tenham classificação de gênero para indicar se o ser
se refere ao sexo feminino ou masculino, nem sempre a ideia de sexo está associada à
palavra. A palavra “cadeira”, por exemplo, é uma palavra feminina, que será acompanhada
por determinantes femininos , mas , como todos sabemos, cadeira não tem sexo.
abdômen- abdomens ou
abdômenes,
hífen - hifens ou hífenes,
gérmen - germens ou gérmenes,
formam plural pelo acréscimo de -s
-n líquen - liquens ou líquenes,
ou -es:
cânon - cânones,
espécimen - espécimens ou
especímenes.
anéis, faróis
-el, -ol muda para -éis, -óis
funis, barris
-il (tônico) muda o l em s
répteis, fósseis
-il (átono) muda para -eis
gases, franceses
-ás, -ês acrescenta es
lápis, pires, pirex, inox
-s, -x não mudam
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• Plural de palavras com terminação –ão:
Há palavras com esta terminação que admitem mais de uma forma de plural, como:
PLURAL DIMINUTIVO:
A formação do plural deve ser feita tanto no substantivo primitivo quanto no sufixo (-zinho ou –zito):
66
PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
• Palavras Repetidas: se os elementos são formados por palavras repetidas ou por onomatopeias,
só o segundo elemento varia:
• Compostos de verbo+verbo:
Bel-prazer: bel-prazeres
Recém-nascido: recém-nascidos
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Compostos ligados por preposição: Só o primeiro elemento vai para o plural:
pão-de-ló ; pães-de-ló
pimenta-do-reino ; pimentas-do-reino
pé de moleque (adequando-se ao novo acordo) ; pés de moleque
água-de-colônia: águas-de-colônia ; camisa-de-força : camisas-de-força;
CASOS ESPECIAIS
• Substantivo + substantivo:
Variam os dois elementos ou apenas o primeiro, se o segundo funcionar como limitador ou determinante do
primeiro.
• Casos Especiais
lusco-fusco- lusco-fuscos
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QUADRO RESUMITIVO DE PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
Por aglutinação
Por justaposição
A PALAVRA GUARDA
• Os nomes próprios, quando designam vários indivíduos com o mesmo nome ou empregados
figuradamente, admitem o plural como os nomes comuns. Veja alguns exemplos:
"A poesia vulgar, mormente na pátria dos Junqueiras, dos Álvares de Azevedo, os Casimiros de Abreu e dos
Gonçalves Dias, é um pecado publicá-las." (Camilo Castelo Branco)
"Estas angústias que às vezes me laceram as vísceras, devo-as à peçonha dos Mascarenhas." (Camilo Castelo
Branco)
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• Plural de substantivos estrangeiros:
• Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos como na língua original,
acrescentando-lhes um s (exceto quando terminam em s ou z). Exemplos: os shorts, os dancings, os
shows, os deficits, os superavits, os habitats, os jazz.
AMPLIANDO
Metafonia é o que ocorre quando a pronúncia do “o” é fechada no singular e passa a ser aberta no plural.
acordo / acordos; adorno / adornos; almoço / almoços;arroto / arrotos; boda / bodas; bolo / bolos;choro /
choros; colosso / colossos; conforto / confortos;
contorno / contornos; dorso / dorsos; encosto / encostos;endosso / endossos; engodo / engodos; esboço /
esboços; esgoto / esgotos; esposo / esposos; estojo / estojos;ferrolho / ferrolhos; globo / globos; gosto /
gostos;gozo / gozos; repolho / repolhos; rolo / rolos; soro / soros; toldo / toldos / torno / tornos; transtorno /
transtornos;
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EXERCÍCIOS ESTRUTURAIS
1-anel ________________________________________________
2-colher ________________________________________________
3-avião___________________________________________________
4-flor_____________________________________________________
5-caminhão ________________________________________________
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação, exagero, atenuação, diminuição ou
mesmo deformação de seu significado.
• GRAU AUMENTATIVO
• GRAU DIMINUTIVO
71
• Também pode ser formado de modo sintético ou analítico
AMPLIANDO
Observe que muitas vezes as formas do aumentativo e diminutivo dos substantivos relacionam-se com o
sentido que se quer produzir, o que não se relaciona necessariamente com o tamanho do ser.
• Outras possibilidades...
AMPLIANDO I- SUBSTANTIVO
2. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:
a) vulcão, abaixo-assinado;
b) irmão, salário-família;
c) questão, manga-rosa;
d) bênção, papel-moeda;
e) razão, guarda-chuva.
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3. Assinale a alternativa em que está correta a formação do plural:
a) cadáver – cadáveis;
b) gavião – gaviães;
c) fuzil – fuzíveis;
d) mal – maus;
e) atlas – os atlas.
6. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm um significado; e no feminino têm outro, diferente.
Marque a alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao seu significado:
a) O capital = dinheiro;
A capital = cidade principal;
d) O cabeça = o chefe;
A cabeça = parte do corpo;
e) A cura = o médico.
O cura = ato de curar.
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9. Dados os substantivos “caroço”, “imposto”, “coco” e “ovo”, conclui-se que, indo para o plural a vogal tônica
soará aberta em:
10. Marque a alternativa que apresenta os femininos de “Monge”, “Duque”, “Papa” e “Profeta”:
14. Assinale a alternativa que contiver todos os termos com plural correto:
15. Entre os substantivos aqui relacionados, assinale a alternativa que indica um que é do gênero masculino.
______________________________________________________________________
74
AMPLIANDO I(a) -SUBSTANTIVOS
MAIS EXERCÍCIOS
75
II-ARTIGO
O Artigo é uma palavra variável que acompanha os substantivos e tem a função de determiná-lo, indicando-
lhe ainda gênero e número. Isoladamente, o artigo não possui nenhum significado.
• Definido : quando determinam o substantivo de modo particular e preciso. Os artigos definidos são as
palavras: o, a, os, as
Ex: Preciso falar com o médico que me atendeu ontem. (médico específico)
• Indefinidos: quando determinam o substantivo de forma geral, vaga e imprecisa.Os artigos indefinidos
são: um, uma, uns, umas.
Ex: Rápido! Preciso de um médico. (qualquer médico)
Servem para:
• Substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente a outra classe. Ex.: calça verde
(adjetivo)/ o verde (substantivo) da camisa, não (advérbio) quero/ "Deu um não (substantivo) como
resposta".
• Evidenciar o gênero do substantivo. Ex.: o colega/ a colega, o dó, o cônjuge
EMPREGO DO ARTIGO:
• Não é obrigatório seu uso como determinante diante da maioria dos substantivos, podendo ser substituído
por outra palavra determinante .
Ex: o rapaz ≠ este rapaz / Lera numa revista que mulher (sem artigo) fica mais gripada que homem(sem
artigo).
Nesse sentido, convém omitir o uso do artigo em provérbios e máximas para manter o sentido generalizante
• Não se deve usar artigo depois do pronome relativo cujo e suas flexões.
• outro, em sentido determinado, é precedido de artigo; caso contrário, dispensa-o Ex: Fiquem dois aqui; os
outros podem ir ≠ Uns estavam atentos; outros conversavam.
• Não se usa artigo diante de expressões de tratamento iniciadas por possessivos,
• É obrigatório o uso do artigo definido entre o numeral ambos (ambos os dois) e o substantivo a que se
refere (ambos os cônjuges).
• Diante do possessivo adjetivo, o uso é facultativo; mas se o pronome for possessivo substantivo, torna-
se obrigatório.
• (Os) seus planos foram descobertos, mas os meus ainda estão em segredo).
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• Antes de nomes próprios personativos, não se deve utilizar artigo. O seu uso denota familiaridade, por isso
é geralmente usado antes de apelidos. Os antropônimos são determinados pelo artigo se usados no plural.
• Não se usa artigo diante das palavras casa (=lar, moradia), terra (=chão firme) e palácio a menos que
essas palavras sejam especificadas.
• Na expressão uma hora, significando a primeira hora, o emprego é facultativo Ex: era perto de / da uma
hora.
• Usa-se o artigo se for indicar hora exata.
Ex: à uma hora encerrarei a sessão. (como qualquer expressão adverbial feminina)
• Diante de alguns nomes de cidade não se usa artigo, a não ser que venham modificados por adjetivo,
locução adjetiva ou oração adjetiva.
Ex: (Aracaju, Sergipe, Curitiba, Roma, Atenas- Em Curitiba faz frio no inverno
Voltei de Roma.
• Não se combinam com preposições os artigos que fazem parte de nomes de jornais, revistas e obras
literárias.
Ex: Está na hora de a onça beber água ( errado: da onça beber água)
• Depois da palavra todo, emprega-se o artigo para conferir ideia de totalidade. Ex: Toda a sociedade
poderá participar / toda a cidade ≠ toda cidade.
• Todo sem artigo,dará a ideia de generalidade, sem exclusão.
• "Todos" exige artigo a não ser que seja substituído por outro determinante
• Repete-se artigo:
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AMPLIANDO I I– ARTIGOS A
2) Nas frases que seguem, há um artigo (definido ou indefinido) grifado. Indique o seu valor, de acordo com
ocódigo que segue:
1 - O artigo está especificando o substantivo.
2 - O artigo está generalizando o substantivo.
3 - O artigo está intensificando o substantivo.
4 - O artigo está designando a espécie toda do substantivo.
5 - O artigo está conferindo maior familiaridade ao substantivo.
6 - O artigo está designando quantidade aproximada.
3) Coloque o artigo nos espaços vazios conforme o termo subsequente o aceite ou não. Quando necessário,
faça a contração da preposição com o artigo.
4) "Ele é o homem , eu sou apenas uma mulher.” .Nesses versos, reforçava-se a oposição entre os termos
homem e mulher.
a) Identifique os recursos linguísticos utilizados para provocar esse reforço.
5) A palavra homem aparece duas vezes na frase que segue, com significados diferentes. Explique essa
diferença."Suponho que nunca teria visto um homem e não sabia, portanto, o que era o homem."(Machado
de Assis)
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7) Assinale a alternativa em que há erro.
a) Li a noticia no Estado de S. Paulo.
b) Li a noticia em O Estado de S. Paulo.
c) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta.
d) Vi essa notícia em A Gazeta.
e) Foi em O Estado de S. Paulo que li a notícia
8-__________________ Em uma das frases, o artigo definido está empregado erradamente. Em qual?
a) A velha Roma está sendo modernizada.
b) A “Paraíba” é uma bela fragata.
c) Não reconheço agora a Lisboa do meu tempo.
d) O gato escaldado tem medo de água fria.
e) O Havre é um porto de muito movimento.
____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
A – artigo definido
B – artigo indefinido
2- (FMU) Procure e assinale a única alternativa em que há erro quanto ao problema do emprego do artigo:
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4-Como sabemos, um sinal de pontuação, um termo atribuído intencionalmente, muda todo o sentido de uma
frase. Diante dessa afirmativa, analise as orações abaixo e explicite a diferença que há na mensagem quanto
ao emprego do artigo indefinido:
5-Das orações ora retratadas, explique a diferença de sentido existente entre elas, no que se refere ao artigo
que acompanha o substantivo:
• Resposta Questão 4
A diferença que há entre as orações reside no fato de que o artigo indefinido “uma” retrata o sentido de uma
obra qualquer. Já o sinal de pontuação revelado pelos dois pontos, específica que a obra refere-se ao
escritor Machado de Assis.
• Resposta Questão 5
III-ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que acompanha o substantivo dando a ele uma característica ( qualidade, estado,
condição...)
Ex: homem bom, rapaz maluco, mulher doida...
Só podemos dizer que uma palavra é realmente um adjetivo se ela vier acompanhada de um substantivo.
Observe a palavra rápido, por exemplo, nas sentenças abaixo:
80
Experimente escolher uma palavra tradicionalmente tomada como um adjetivo e faça aplicações na oração.
Que tal a palavra bonita?
CLASSIFICAÇÃO DO ADJETIVO
Ex : triste , pequeno .
• LOCUÇÃO ADJETIVA
Em Gramática , chamamos de locução à reunião de duas ou mais palavras com o valor de uma só. Locução
adjetiva é, portanto, a união de duas ou mais palavras que quivalem a um adjetivo. Em geral, a locução adjetiva
resulta do encontro de preposição + substantivo (como em teor de açúcar , expressão de macaco ), ou
preposição + advérbio ( como em: cardápio de hoje , pneus de trás ) . Observe:
AMPLIANDO
Algumas locuções adjetivas possuem um adjetivo correspondente; outras, não.
Como em rua com árvores = rua arborizada. Mas, e em rua sem saída = ????
Muitas locuções adjetivas equivalem a adjetivos eruditos , que significam "relativo a", "próprio de ", "da cor
de ", semelhante a ". Veja alguns exemplos:
de estômago = gástrico ,
de abdômen = abdominal de orangotano = pitecal
estomacal
81
de aluno = discente de fêmur = femural de palato = palatal
de amígdalas = tonsilar de fera = beluíno , feroz , ferino de pântano = palustre
de amor = erótico de ferro = férreo de papa = papal
de anel = anular de filho = filial de parede = parietal
de anjo = angelical de fogo = ígneo de páscoa = pascal
de pele = cutâneo ,
de aranha = aracnídeo de formiga = formicular
epidérmico
ADJETIVOS PÁTRIOS
São adjetivos que indicam a origem de um determinado ser. É o adjetivo que dá a ideia de lugar.
82
FLEXÕES DO ADJETIVO:
1-FLEXÕES DE GÊNERO
• O ADJETIVO UNIFORME é o que apresenta uma única forma para os dois gêneros
Ex: produção agrícola / investimento agrícola ,
gesto suave , paisagem suave .
• O ADJETIVO BIFORME é o que apresenta uma forma , diferente para cada gênero
Ex: belo /bela , esperto/ esperta, judeu /judia .
• Nos adjetivos compostos , formado por dois adjetivos , somente o segundo elemento é variável :
guerra franco-alemã , roupa azul-escura .
• Porém são invariáveis os adjetivos compostos cujo segundo elemento é substantivo : os ternos
verde-garrafa , as blusas amarelo-limão .
- Faremos a análise do último elemento isoladamente: se for adjetivo, vai para o plural. Se ele, sozinho,
não for adjetivo, permanecerá no singular;
Exemplos:
Lutas greco-romanas
Turistas luso-brasileiros
Entidades sócio-econômicas
Olhos verde-claros; blusa verde-clara, produto anglo-brasileiro.
• Blusa verde-bandeira – blusas verde-bandeira (o elemento bandeira que forma o adjetivo composto
é um substantivo)
• tecido verde-abacate – tecidos verde-abacate (abacate é substantivo)
• batom vermelho-paixão – batons vermelho-paixão
83
3. Também são invariáveis os adjetivos composto por COR+DE+SUBSTANTIVO:
• Substantivos simples que , empregados como adjetivos , designam cor são invariáveis também.
Ex: blusa laranja / blusas laranja .
• Não são compostos , mas derivados , os adjetivos ultravioletas (invariável) e infravermelho ( variável )
. Ex: raios infravermelhos
I-GRAU COMPARATIVO
Cuidado!
Em: ela é mais feia do que a irmã, temos um comparativo de superioridade!!!
No grau comparativo não se flexiona o adjetivo (exceto em raríssimos casos) mas utilizam-se expressões
intensificadoras como mais ... ( do ) que , tão ...quanto (como) e menos ..(do) que para as gradações
comparativas de superioridade , igualdade e superioridade , respectivamente .
• Os adjetivos grande , pequeno , bom e mau têm formas sintéticas na gradação comparativa de
superioridade : maior , menor , melhor e pior , respectivamente . Porém , as formas analíticas mais
grande , mais pequeno , mais bom e mais mau são corretas quando se comparam características
distintas atribuídas ao mesmo substantivo
Ex.: Ele é o mais inteligente da classe. (um ser -ele- em relação ao grupo-classe)
84
2. ABSOLUTO – quando a qualidade de um ser é intensificada sem a relação com outros seres. Pode ser
analítico ou sintético:
o Analítico: quando o adjetivo é modificado pelo advérbio muito, extremamente, etc. Ex:Wanda é
muito inteligente - grau superlativo absoluto analítico .
Paula é extremamente bela.
o Sintético: quando se acrescenta o sufixo –íssimo, -imo ou -rimo ao radical do adjetivo. Ex:
Wanda é inteligentíssima - grau superlativo absoluto sintético .
AMPLIANDO
85
manso = mansuetíssimo ,
cru = cruíssimo sério=seriíssimo
mansíssimo
delével = delebilíssimo mau = péssimo , malíssimo tenro = teneríssimo
dissímil = dissílimo miúdo = minutíssimo terrível = terribilíssimo
doce = dulcíssimo , docíssimo miserável = miserabilíssimo tenaz = tenacíssimo
dócil = docílimo mísero = misérrimo tolo = tolíssimo
dúctil =ductílimo , ductilíssimo módico = modicíssimo úbere = ubérrimo
eficaz = eficacíssimo móvel = mobilíssimo veloz = velocíssimo
fácil = facílimo negro = nigérrismo visível = visibilíssimo
feio = feíssimo nobre = nobilíssimo volúvel = volubilíssimo
feliz = felicíssimo notável = notabilíssimo voraz = voracíssimo
feroz = ferocíssimo parco = parcíssimo vulnerável = vulnerabilíssimo
pequeno = mínimo ,
fiel = fidélissimo vão = vaníssimo
pequeníssimo
frágil = fragílimo , fragilíssimo perspicaz = perspicacíssimo
• O grau comparativo de superioridade dos adjetivos grande, bom, pequeno, mau usam-se as
formas sintéticas maior, melhor, menor e pior.
• Quando comparamos duas qualidades do mesmo ser, usa-se a forma analítica:
• Ex: A casa é mais grande do que confortável.
• Algumas palavras são adjetivos quando pospostas ao substantivo e pronomes indefinidos adjetivos
quanto antepostos.
o superior tem superlativo supremo e sumo, inferior tem superlativo ínfimo / apresentam formas
sintéticas especiais os adjetivos bom, mau, grande e pequeno
• Quando esses adjetivos se referem a características de um mesmo ser, usam-se as formas analíticas
mais bom que, mais mau que, mais grande que e mais pequeno que. (Ele é bonito e inteligente; alguns o
consideram mais bom que inteligente.)
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AMPLIANDO III - ADJETIVO
PRIMEIROS EXERCÍCIOS-ADJETIVOS
a) português, cristão.
b) feliz, espanhol.
c) ateu, judeu.
d) comum, feliz.
e) corajoso, brincalhão.
1 – Olhos castanho-claros
2 – Vestidos azuis-celestes
3 – Meninos surdos-mudos
4 – Ternos azul-marinho
5 – Camisas verde-musgo
a) 1,2,4,5.
b) 2,3,4,5.
c) 1,3,4,5.
d) apenas 3 e 4.
3 – Assinale a alternativa que o adjetivo está flexionado no grau superlativo absoluto sintético:
87
4 – Marque a 2ª coluna de acordo com a 1ª coluna.
1) amargo ( ) docílimo
2) semelhante ( ) simílimo
3) doce ( ) amaríssimo
4) dócil ( ) dulcíssimo
5) frágil ( ) fragílimo
a) 4,2,1,3,5
b) 2,1,3,5,4
c) 4,2,3,1,5
d) 3,2,4,1,5
e) 1,5,3,4,2
a) más-línguas, bananas-maçã
b) cachorros-quentes, pombos-correio
c) grão-duques, tico-ticos
d) bananas-maçãs, altos-falantes
e) terças-feiras, pés-de-moleque
______________________________________________________________________
1-Resposta1-D
2-Resposta: 2-C .Geralmente, flexionamos apenas o último elemento para se formar o plural dos adjetivos.
Mas, existem as exceções: surdo-mudo – flexiona os dois elementos; azul-marinho e azul-celeste ficam
invariáveis. Os adjetivos compostos que se referem a cores, quando o segundo elemento é um substantivo,
são invariáveis.
3- Resposta: C .No grau superlativo absoluto sintético a qualidade do ser é intensificada através do
acréscimo de sufixos.
4- Resposta: A -Tal questão prima pelo conhecimento de alguns superlativos absolutos sintéticos. Não há o
que comentar, apenas saber que superlativo absoluto sintético é formado através do acréscimo de sufixo.
5-Resposta: D-Substantivos compostos separados por hífen fazem o plural variando os dois ou apenas um
dos elementos. Na alternativa D a palavra banana-maçã varia apenas o primeiro elemento, pois o segundo
elemento limita a ideia do primeiro; alto-falante varia apenas o segundo elemento porque o primeiro elemento
é uma palavra invariável (advérbio).
6-E
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IV- ADVÉRBIO
Um advérbio designa uma classe de palavras invariáveis em gênero , e número , que modificam o verbo
exprimindo a circunstância (modo , tempo , lugar etc) em que seu processo ocorre . Podem ainda modificar
um adjetivo (indicando intensidade ou modo) , um advérbio (indicando intensidade) ou mesmo toda uma
oração .
O ônibus chegou.
A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma circunstância de tempo: ontem é um advérbio.
A criança é linda.
A palavra muito intensificou a qualidade contida no adjetivo linda: muito, nessa frase, é um advérbio.
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a
avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração.
Por exemplo:
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como:
89
Observações:
- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias do processo verbal,
podendo assim, ser classificados como determinantes.
mandar: verbo
- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados a substantivos:
LOCUÇÃO ADVERBIAL
Chamamos de locução adverbial quando duas ou mais palavras juntas terão o valor de advérbio. As locuções
adverbiais são geralmente constituídas de preposição + substantivo. Como :à direita, à frente, à vontade, de
cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em
breve, em mão (em vez de "em mãos") etc. As locuções adverbiais são classificadas, também, em função da
circunstância que expressam.
Ex.: Mariana estava morrendo de medo. → locução adverbial que expressa a circunstância de modo.
A bela mulher apareceu na porta. → locução adverbial que expressa a circunstância de lugar.
90
CLASSIFICAÇÃO DE ALGUNS ADVÉRBIOS
Ainda que sejam fornecidas aqui algumas classificações de referência, é necessário que se verifiquem, no
contexto em que são apresentadas, as circunstâncias que o advérbios oferecem à informação dada.
CIRCUNSTÂNCIA ADVÉRBIO
sim , certamente , efetivamente , realmente ,seguramente,
AFIRMAÇÃO indubitavelmente , inquestionavelmente ; sem dúvida , de certo , por certo
, com certeza, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente...
de medo, de fome ,de pavor , à míngua , com o calor , com a escassez , com
CAUSA
a aprovação etc .
acaso , por ventura , possivelmente , provavelmente , quiçá , talvez , quem
DÚVIDA
sabe, etc .
FINALIDADE para + substantivo ( para o exame , para o sucesso etc . )
mui , muito , pouco , assaz , bastante , deveras , mais , menos , tão , tanto ,
demasiado , demasiadamente , meio , todo , completamente , profundamente
INTENSIDADE , excessivamente , extremamente , demais , nada ( Isto não é nada fácil ) ,
ligeiramente , levemente , que (Que fácil é este exercício!) quão , como (
Como reclamam ! ) , quanto , bem , mal , quase etc .
LUGAR Aqui,lá, longe, junto, acima, ali, atrás, alhures...
Amavelmente, rapidamente, bem, mal, melhor, pior, devagar,
MODO apressadamente, timidamente, lindamente + a maioria, não todos, os adv.
com sufixo –mente
NEGAÇÃO não , absolutamente , tampouco ; de modo algum, qual nada, etc .
TEMPO Nunca, sempre, breve,cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda...
91
de muito; de pouco; de todo com certeza; com efeito; de fato; de forma alguma; de maneira
na verdade; sem dúvida nenhuma; de modo algum
AMPLIANDO Atenção novamente!!!O quadro acima apenas lhe servirá como referência.
Não procure decorar os advérbios ou locuções adverbiais e a circunstância que eles
indicam. O que faz com que uma palavra pertença a uma classe é a relação que ela
estabelece com as outras.
Ela mora bem longe daqui. → →oferece uma circunstância de intensidade ( é igual a dizer que ela mora
muito longe daqui).
• A PALAVRA MEIO:
A palavra meio pode ser advérbio, mas nem sempre o será. Para fazer a classificação correta , é preciso
observar a qual termo ela se refere. Observe.
"Estava meio atrasado" (advérbio, pois refere-se a atrasado e não varia de gênero)
"Tomei meia garrafa de água" (numeral adjetivo, pois indica “metade “ e refere-se ao substantivo garrafa ,
variando em gênero.)
"O meio universitário era favorável para a disseminação daquelas ideias" (substantivo, está determinado pelo
artigo ‘o’)
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EXERCÍCIOS
1- “No meio do caminho tinha uma pedra.Tinha uma pedra no meio do caminho.” C.D.A.)
2- Com certeza havia meios melhores de se resolver o problema.
3- Eu bem que avise que em meia hora ela não estaria pronta.
4- Você me parece meio cansada. Tem certeza de que está bem?
5- Disseram a ele que meio dia e meia o resultado já teria sido.
6- Odeio meias palavras.
7- Cuidado! Fale baixo porque a porta está meio aberta.
8- Não sente aqui. Esta cadeira está meio molhada.
9- Comprei meio quilo de chocolate para fazer bombom.
10- Você está meio bobo por quê?
ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS:
São os advérbios onde (?) aonde (?) donde (?) quanto (?) quando (?) como (?) por quê(?) quando ocorrem
em orações interrogativas diretas e indiretas .
Por que você não veio ? diga por que você não veio . (adv. causa )
Embora se considere o advérbio como invariável em número e gênero. Alguns advérbios - sobretudo os de
modo, de lugar, de tempo e de intensidade- apresentam variação de grau semelhante a dos adjetivos .
GRAU COMPARATIVO
• de superioridade:
o Analítico: mais + advérbio + que (do que)
Em outras palavras:
GRAU COMPARATIVO
Comparativo
Normal
Superioridade Igualdade Inferioridade
muito mais - -
pouco menos -
• Os advérbios bem e mal possuem formas sintéticas para a gradação comparativa de superioridade :
Ex: Agimos melhor /pior (do) que eles . (superioridade)
• Diante de particípios com valor de adjetivos , usam-se as formas analíticas mais bem e mais mal .
Ex: Aquela empresa é mais bem / mais mal administrada (do) que a nossa .
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• Quando pospostos aos adjetivos particípios , usam-se tais advérbios na forma sintética :
Ex: Aquela empresa é administrada melhor/ pior (do) que a nossa .
GRAU SUPERLATIVO
Superlativo
Absoluto Relativo
o mais o menos
rapidamente rapidissimamente muito rapidamente
rapidamente rapidamente
• A forma analítica ocorre por meio de acréscimo de advérbio de intensidade : muito , pouco, bem, mal,
muitíssimo etc.
AMPLIANDO :a linguagem coloquial são comuns as repetições e os diminutivos com valor superlativos.
Observe:
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EMPREGO DO ADVÉRBIO:
• Três advérbios-pronominais indefinidos de lugar estão caindo em desuso: são eles algures, alhures e
nenhures. Estão sendo substituídos por em algum, em outro e em nenhum lugar.
• Como vimos anteriormente,na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o
advérbio assume valor superlativo absoluto sintético
• muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável), adjetivo ou pronome indefinido (variável -
determina substantivo). Observe:
Muito aluno já está estudando pra valer desde cedo. → não se sabe exatamente de qual aluno se está
falando, logo ‘muito’ é pronome indefinido.
Bastantes pessoas estavam presentes. → apesar de soar estranho, ‘bastante’ vai para o plural porque
relaciona-se a pessoas ,que é substantivo.
PALAVRAS DENOTATIVAS
As palavras denotativas são séries de palavras que se assemelham ao advérbio. A Norma Gramatical Brasileira
considera-as apenas como palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais.
Classificam-se em função da ideia que expressam:
• adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais);
• afastamento: embora (Foi embora daqui);
• afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano);
• aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a pé);
• designação: eis (Eis nosso carro novo);
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• exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc.
(Todos saíram, menos ela / Não me descontou sequer um real);
• explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. (Li vários livros, a saber, os clássicos);
• inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive etc. (Eu também vou / Falta tudo, até água);
• limitação: só, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa);
• realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você lá sabe essa questão?);
• retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro);
• situação: então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?).
EXERCÍCIOS ESTRUTURAIS
I- Identifique a classe gramatical das palavras em destaque abaixo. Indique através de setas a qual termo ela
se referem.
1- O homem é alto.
6- O carro é caro.
11- No verão, é aconselhável que se tome bastante água. Eu tomo bastante, por isso não me desidrato.
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PRIMEIROS EXERCÍCIOS –ADVÉRBIO
7) Marque o exemplo em que ambas as palavras em negrito estão na mesma classe gramatical:
a) O seu talvez deixou preocupado o professor.
b) Respondeu-nos simplesmente com um não.
c) Boas notícias duram pouco.
d) Nossa irmã é mais nova que a sua.
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9) Em todas as opções há dois advérbios, exceto em:
a) Ele permaneceu muito calado.
b) Amanhã, não iremos ao cinema.
c) O menino, ontem, cantou desafinadamente.
d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
e) Ela falou calma e sabiamente.
Observe o texto da charge: “Idosos já são 10% no país”. O advérbio já, indicativo de tempo, atribui à frase o
sentido de mudança.
II. Entende-se pela frase da charge que a população de idosos atingiu um patamar inédito no país.
III. Observando a imagem, tem-se que a fila de velhinhos esperando um lugar no banco sugere o aumento de
idosos no país.
Está correto o que se afirma em
a) I apenas.
b) II apenas.
c) I e II apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.
11. Assinale a alternativa em que não há locução adjetiva.
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14- Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto em:
_____________________________________________________________________
1-b;/ 2-c; /3-d; /4-b;/ 5-c;/ 6-e;/ 7-d;/ 8-b,/ 9-a;/ 10-e;/ 11-B/ ;/ 12- A ;/ 13- A;/ 14-A
______________________________________________________________________
PARTE II A- TEXTO-TEXTUALIDADE
SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA
http://www.professorafrancinetecel.com/dicas/item/9-portugu%C3%AAs-para-concurso-dicas-sobre-
sem%C3%A2ntica.html
A semântica estuda basicamente os seguintes aspectos: famílias de idéias, sinonímia, antonímia, homonímia
e paronímia, palavras em sentido denotativo e conotativo, polissemia e ambigüidade.
1) Famílias de idéias: casa, residência, lar, moradia, sobrado. Todas estas palavras representam a mesma
idéia: lugar onde se mora.
4) Homonímia: é a relação que se estabelece entre palavras da mesma estrutura fonológica. As palavras
homônimas podem ser:
4.1 homógrafas heterofônicas: são iguais na escrita e diferentes na pronúncia: colher (verbo) – colher
(substantivo); jogo (verbo) e jogo (substantivo).
4.2 homófonas heterográficas: são iguais na pronúncia e diferentes na escrita: conserto – concerto; censo –
senso.
4.3) homófonas homógrafas ou homônimas perfeitas: são iguais na pronúncia e na escrita.
Ex.: Todos somem quando precisamos de ajuda. (verbo sumir)
100
5) Paronímia: é a relação que se estabelece entre palavras semelhantes na pronúncia e na escrita, mas
diferentes no significado.
Ex.: a) O presidente ratificou a sua visita à França este mês. (confirmou)
b) Com a obra, o governo retificou a estrada num longo trecho. (corrigiu)
6) Polissemia: é a propriedade que algumas palavras têm de apresentar vários significados, mantendo
inalterada a escrita e a pronúncia.
Ex.: a) O técnico deslocou o jogador na linha para a defesa.
b) A costureira, de tão idosa, não conseguia mais enfiar a linha na agulha.
c) O conferencista, apesar da agressividade, não perdeu a linha.
Ambigüidade é a propriedade de certas frases que apresentam vários sentidos. A ambigüidade pode ser do
léxico, quando certos morfemas léxicos têm vários sentidos. Assim, na frase:
há pelo menos dois sentidos, porque companhia, no caso, pode ter dois sentidos, o de empresa ( Ele estava
na minha empresa), ou de uma pessoa ( Ele estava comigo). Fala-se então de ambigüidade léxica.
A ambigüidade pode se originar do fato da frase ter uma estrutura sintática suscetível de várias
interpretações. Assim, na frase a seguir há duas interpretações:
corresponde a:
Do mesmo modo, a frase a seguir é sintaticamente ambígua, podendo corresponder a duas interpretações:
Eles se olham
http://acd.ufrj.br/~pead/tema11/oqueeambiguidade.html
101
8) Hiperônimo: é um termo que mantém com outro uma relação do tipo contém/ está contido. (apresenta
sentido abrangente)
Vestimenta é hiperônimo de: casaco, paletó, blusa, camisa, jaqueta.
9) Hipônimo: é a palavra que tem com outra uma relação do tipo está contido / contém. (Sentido restrito)
Ex.: geladeira é hipônimo de eletrodoméstico.
EXERCÍCIOS I
1) Preencha as lacunas com a forma adequada das palavras abaixo.
a) Era ______________ a queda da barreira.
b) O ______________ senador era esperado na festa.
Eminente / iminente
a) O juiz decidira ____________ o réu.
b) _____________ pessoas pela cor ou religião é crime.
Descriminar/ discriminar
a) Armazenava a comida na __________________ .
b) Pedro queria___________________ de trabalho.
Dispensa/ despensa
a) Todos queriam ver o barco _______________ das profundezas.
b) Pretendiam fazer _____________ o submarino a fim de escapar da perseguição inimiga.
Emergir/ imergir.
3) Leia: “Café é como ônibus só serve no ponto.” O fenômeno lingüístico que ocorre com o vocábulo ponto é:
a) Hiponímia c) Sinonímia
b) Ambigüidade d) Polissemia
Atividade II
2) Analise o diálogo:
Cebolinha pergunta:
- Mônica, ônibus tem acento?
- Depende da hora que você apanhar.
A resposta da Mônica justifica-se:
a) através da sinonímia criada pela palavra acento.
b) através da polissemia da palavra acento.
c) através da paronímia daa palavras acento e assento
d) através da homonímia da palavra acento.
102
Atividade III
2) Compare as frases:
I. A confiança no técnico ajudou o tenista a superar os problemas.
II. A confiança do técnico ajudou o tenista a superar os problemas.
Explique a diferença de sentido entre elas.
a) Qual dos dois falantes deixa subentendida a intenção de, no futuro, vir a ter um carro?
b) Qual é a palavra responsável pela diferença de sentido entre as duas frases?
Gabarito SEMÂNTICA
Exercício I
Questão Nº 01
a) Iminente
b) Eminente
a) Descriminar
b) Discriminar
a) Despensa
b) Dispensa
Questão Nº 02
Questão Nº3
d) Polissemia
Atividade II
Questão Nº 01
103
Questão Nº 02
Atividade III
Questão Nº 01
Questão Nº 02
Na sentença I, a superação dos problemas se dá em função da confiança que o tenista tem no técnico; na
sentença II, é a confiança do técnico no tenista que faz com que este supere os problemas.
Questão Nº 03
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Qualquer produção discursiva, linguística (oral ou escrita) ou extralinguística (pintura, música, fotografia,
propaganda, cinema, teatro etc.) apresenta funções da linguagem.
• ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Ao elaborarmos uma redação, precisamos ter em mente que estamos escrevendo para alguém. Enquanto a
redação literária destina-se à publicação em jornal, livro ou revista, e seu público é geralmente heterogêneo,
a redação para vestibular tem em vista selecionar os candidatos cuja habilidade discursiva toma-os aptos a
ingressar na vida acadêmica.
Seja um texto literário ou escolar, a redação sempre apresenta alguém que o escreve, o emissor, e alguém
que o lê, o receptor. O que o emissor escreve é a mensagem. O elemento que conduz o discurso para o
receptor é o canal (no nosso caso, o canal é o papel). Os fatos, os objetos ou imagens, os juízos ou
raciocínios que o emissor expõe ou sobre os quais discorre constituem o referente. A língua que o emissor
utiliza (no nosso caso, obrigatoriamente, a língua portuguesa) constitui o código.
Assim, através de um canal, o emissor transmite ao receptor, em um código comum, uma mensagem,
que se reporta a um contexto ou referente.
104
Nesse mecanismo, temos:
Num CONTEXTO,
o EMISSOR (codificador) elabora uma MENSAGEM,
através de um CÓDIGO,
veiculada por um CANAL
para um RECEPTOR (decodificador).
• FUNÇÕES DA LINGUAGEM
A ênfase num elemento do circuito de comunicação determina a função de linguagem que lhe corresponde:
ELEMENTO FUNÇÃO
contexto → referencial
emissor → emotiva
receptor → conativa
canal → fática
mensagem → poética
código → metalingüística
Cada um desses seis elementos determina uma função de linguagem. Raramente se encontram mensagens
em que haja apenas uma; na maioria das vezes o que ocorre é uma hierarquia de funções em que
predomina ora uma, ora outra. Observe este trecho:
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se
reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo, enquanto lá fora
a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda natureza, inclusive a simples claridade
da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se
reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário.
(Carlos Drummond de Andrade)
No exemplo acima, predomina a função metalingüística (volta-se para a própria produção discursiva) e a
poética (produz efeito estético através da linguagem metafórica); porém, menos evidentes, aparecem as
funções referencial (evidencia o assunto) e emotiva (revela emoções do emissor).
A classificação das funções da linguagem depende das relações estabelecidas entre elas e os elementos do
circuito da comunicação. Esquematicamente, temos:
105
• FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA
Certamente a mais comum e mais usada no dia-adia, a função referencial ou informativa, também
chamada denotativa ou cognitiva, privilegia o contexto. Ela evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os
juízos. É a linguagem da comunicação. Faz referência a um contexto, ou seja, a uma informação sem
qualquer envolvimento de quem a produz ou de quem a recebe. Não há preocupação com estilo; sua
intenção é unicamente informar. E a linguagem das redações escolares, principalmente das
.dissertações, das narrações não- fictícias e das descrições objetivas. Caracteriza também o discurso
científico, o jornalístico e a correspondência comercial. Exemplo:
Todo brasileiro tem direito à aposentadoria. Mas nem todos têm direitos iguais. Um milhão e meio de
funcionários públicos, aposentados por regimes especiais, consomem mais recursos do que os quinze
milhões de trabalhadores aposentados pelo INSS. Enquanto a média dos benefícios aos aposentados do
INSS é de 2,1 salários mínimos, nos regimes especiais tem gente que ganha mais de 100 salários mínimos.
(Programa Nacional de Desestatização)
Quando há ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes, temos a
função emotiva, também chamada expressiva ou de exteriorização psíquica. Ela é lingüisticamente
representada por interjeições, adjetivos, signos de pontuação (tais como exclamações, reticências) e
agressão verbal (insultos, termos de baixo calão), que representam a marca subjetiva de quem fala.
Exemplo:
Observe que em “Luís, você é mesmo um burro!”, a frase perde seu caráter informativo (já que Luís não é
uma pessoa transformada em animal) e enfatiza o emotivo, pois revela o estado emocional do emissor..
As canções populares amorosas, as novelas e qualquer expressão artística que deixe transparecer o estado
emocional do emissor também pertencem à função emotiva. Exemplos:
Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera ficar horas sentada fl1mando, apenas sendo. Ser às vezes
sangra. Mas não há como não sangrar pois é no sangue que sinto a primavera. Dói. A primavera me dá
coisas. Dá do que viver E sinto que um dia na primavera é que vou morrer De amor pungente e coração
enfraquecido.
(Clarice Lispector)
106
• FUNÇÃO CONATIVA OU DE APELO
A função conativa é aquela que busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma
ordem. Pode ser volitiva, revelando assim uma vontade (“Por favor, eu gostaria que você se retirasse.”), ou
imperativa, que é a característica fundamental da propaganda. Encontra no vocativo e no imperativo sua
expressão gramatical mais autêntica. Exemplos:
• FUNÇÃO FÁTICA
Se a ênfase está no canal, para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes,
temos a função fática. Nas fórmulas ritualizadas da comunicação, os recursos fáticos são comuns.
Exemplos:
Bom-dia!
Oi, tudo bem?
Ah, é!
Huin... hum...
Alô, quem fala?
Hã, o quê?
Observe os recursos fáticos que, embora característicos da linguagem oral, ganham expressividade na
música:
Atente para o fato de que o uso excessivo dos recursos fáticos denota carência vocabular, já que des
titui a mensagem de carga semântica, mantendo apenas a comunicação, sem traduzir informação. Exemplo:
• FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
A função metalinguística visa à tradução do código ou à elaboração do discurso, seja ele linguístico (a
escrita ou a oralidade), seja extralinguístico (música, cinema, pintura, gestualidade etc. — chamados códigos
complexos). Assim, é a mensagem que fala de sua própria produção discursiva. Um livro convertido em filme
apresenta um processo de metalinguagem, uma pintura que mostra o próprio artista executando a tela, um
poema que fala do ato de escrever, um conto ou romance que discorre sobre a própria linguagem etc. são
igualmente metalingüísticos. O dicionário é metalingüístico por excelência. Exemplos:
107
— Foi assim que sempre se fez. A literatura é a literatura, Seu Paulo. A gente discute, briga, trata de
negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo,
ninguém me lia.
(Graciliano Ramos)
Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.
(Carlos Drummond de Andrade)
A palavra é o homem mesmo, Estamos feitos de palavras. Elas são a única realidade ou, ao menos, o único
testemunho de nossa realidade.
(Octávio Paz)
“Anuncie seu produto: a propaganda é a arma do negócio.” Nesse exemplo, temos a função metalingüística
(a propaganda fala do ato de anunciar), a conativa (a expressão aliciante do verbo anunciar no imperativo) e
a poética (na renovação de um clichê, conferindo-lhe um efeito especial).
• FUNÇÃO POÉTICA
Quando a mensagem se volta para seu processo de estruturação, para os seus próprios constituintes,
tendo em vista produzir um efeito estético, através de desvios da norma ou de combinatórias inovadoras da
linguagem, temos a função poética, que pode ocorrer num texto em prosa ou em verso, ou ainda na
fotografia, na música, no teatro, no cinema, na pintura, enfim, em qualquer modalidade discursiva que
apresente uma maneira especial de elaborar o código, de trabalhar a palavra. Exemplos:
Observe, entretanto, que o discurso desviatório necessita de um contexto para produzir sensação estética,
como no poema abaixo, cujo nonsense é altamente poético no contexto de Alice no País das Maravilhas:
108
AMPLIANDO-EXERCÍCIOS SOBRE FUNÇÕES DE LINGUAGEM
Questões:
a) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem rompidas,
mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito
covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o
que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade
desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o
conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer." (O
Estado de São Paulo)
b) O verbo infinitivo
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
c) "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o
nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da
respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca."
(Matoso Câmara Jr.)
e) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights."
f) "Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer
acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão?
Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?...
Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas
porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando
as pernas dos transeuntes." (Graciliano Ramos)
109
02. No texto abaixo, identifique as funções da linguagem:
"Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do cego
desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, há dois meios de
granjear a vontade das mulheres: o violento, como o touro da Europa, e o insinuativo, como o cisne de Leda
e a chuva de ouro de Dânae, três inventos do padre Zeus, que, por estarem fora de moda, aí ficam trocados
no cavalo e no asno." (Machado de Assis)
a) "O homem letrado e a criança eletrônica não mais têm linguagem comum." (Rose-Marie Muraro)
b) "O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e em
seguida a demonstração. (...) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova." (Aristóteles)
c) "Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho até o dia
em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer."
Poética
Que é poesia?
uma ilha
cercada
de palavras
por todos os lados
Que é um poeta?
um homem
que trabalha um poema
com o suor do seu rosto
Um homem
que tem fome
como qualquer outro
homem.
(Cassiano Ricardo)
05. Aponte os elementos que integram o processo de comunicação em Poética, de Cassiano Ricardo.
110
06. Historinha I
Historinha II
07. (CESUPA - CESAM - COPERVES) Segundo o lingüísta Roman Jakobson, "dificilmente lograríamos (...)
encontrar mensagens verbais que preenchem uma única função... A estrutura verbal de uma mensagem
depende basicamente da função predominante".
"Com esta história eu vou me sensibilizar, e bem sei que cada dia é um dia roubado da morte. Eu não sou
um intelectual, escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida. As palavras são sons
transfundidos de sombras que se entrecruzam desiguais, estalactites, renda, música transfigurada de órgão.
Mal ouso clamar palavras a essa rede vibrante e rica, mórbida e obscura tendo como contratom o baixo
grosso da dor. Alegro com brio. Tentarei tirar ouro do carvão. Sei que estou adiando a história e que brinco
de bola sem bola. O fato é um ato? Juro que este livro é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este livro
é um silêncio. Este livro é uma pergunta." (Clarice Lispector)
A obra de Clarice Lispector, além de se apresentar introspectiva, marcada pela sondagem de fluxo de
consciência (monólogo interior), reflete, também, uma preocupação com a escritura do texto literário.
111
09. (FATEC) O senão do livro
COMEÇO a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir
alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. mas o livro é
enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica, vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior
defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração
direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à
esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem...
Este trecho revela o estilo de:
c) MACHADO DE ASSIS, ao questionar o leitor quanto à linha lógica e impositiva do tempo velho da
obra literária e, ao mesmo tempo, conscientizá-lo de um novo modo de ler.
d) LIMA BARRETO, ao retratar o estilo incoerente de suas personagens em seus atos de loucura.
08. Nesse fragmento de Clarice Lispector, além da preocupação introspectiva em fisgar elementos interiores,
profundos, beirando uma revelação epifânica transcendental, há também a preocupação constante com
a própria escritura do texto literário, usando-se a função metalingüística.
A discussão ou abordagem da tessitura narrativa aparece em passagens como: "As palavras são sons
transfundidos de sombras que se entrecruzam desiguais, estalactites, renda, música transfigurada de órgão.
Mal ouso clamar palavras a essa rede vibrante e rica (...)", "Sei que estou adiando a história e que brinco de
bola sem bola. O fato é um ato? Juro que este livro é feito sem palavras (...)" e "Eu não sou um intelectual,
escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida".
09. C
112
AMPLIANDO
• SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
A lingüística, além da parte sonora, está carregada de um significado, uma idéia. Portanto, o signo lingüístico
constitui-se de duas partes: o Significante que é o lado material (os sons da língua falada ou as letras na língua
escrita), e o Significado que é o lado imaterial, ou seja, a idéia que é transmitida pelos fonemas (sons ou pelas
letras).
Note que o mesmo signo (geladeira) tem dois significados diferentes dependendo do contexto em que aparece,
na frase a, geladeira significa um móvel destinado a manter seu interior em baixa temperatura, na frase b,
geladeira pode significar frieza, desprezo, ausência de sentimentos. Deduzimos então, que o significante
geladeira tem mais de um significado. No caso a, o signo está empregado em sentido denotativo.
DENOTAÇÃO - consiste em utilizar o signo no seu sentido próprio e único, não permite outra interpretação.
No caso b, a palavra está empregada em sentido conotativo, porque ao signo foi atribuído um novo significado.
CONOTAÇÃO - consiste em dar novos significados ao valor denotativo do signo. O valor denotativo ou
conotativo do signo depende do contexto em que este signo se encontra. Ex1: João da Silva é negro. Ex2: Seu
futuro será negro.
POLISSEMIA - Propriedade que uma mesma palavra tem de assumir vários significados dependendo do
contexto em que ela ocorre. veja os exemplos que seguem:
Reinaldo Dias - Adaptado do livro Língua e Literatura - Carlos Faraco e Francisco Moura - editora ática
PREPOSIÇÕES
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa relação é do
tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado,
separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os
elementos que a preposição vincula.
Exemplos:
113
1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir.
de: preposição
Com: preposição
Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos.
A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação
denominado regência.
Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento –
chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez –
chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente.
Exemplos:
de + as = das: preposição
por: preposição
As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em grau
como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em
diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e,
assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam.
Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se
funde.
114
Por exemplo: de + o = do
por + a = pela
em + um = num
a) Complementos Verbais
b) Complementos Nominais
c) Locuções Adjetivas
d) Locuções Adverbiais
e) Orações Reduzidas
As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são chamadas
preposições essenciais. São elas:
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás
Observações:
1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a significação de atrás, depois.
2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca frequência em autores modernos.
3) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas: por trás, para trás, para trás de.
Como preposição simples, aparece, por exemplo, no antigo ditado:
115
Por exemplo: Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo.
Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar como preposições.
São, por isso, chamadas preposições acidentais:
como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= conforme),
durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (=por).
Saiba que:
As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua tônica dos pronomes
pessoais:
Por exemplo: Não vá sem mim à escola.
As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta desses mesmos
pronomes: Por exemplo: Todos, exceto eu, preferem
sorvete de chocolate.
Locução Prepositiva
É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções
é sempre uma preposição.
Quando as preposições a, de, em e per unem-se a certas palavras, formando um só vocábulo, essa união
pode ser por:
Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fonemas.
116
Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua estrutura fonológica ao unir-se a outra
palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes.
Veja:
a ao à aos às - - - -
de + aquela = daquela
de + onde = donde
Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da contração da antiga preposição per com os artigos
definidos.
Encontros Especiais
A contração da preposição a com os artigos ou pronomes demonstrativos a, as ou com o "a" inicial dos
pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo resulta numa fusão de vogais a que se chama de crase
- que deve ser assinalada na escrita pelo uso do acento grave.
Por exemplo: a + a = à
117
Por exemplo: As igrejas são lugares sagrados.
• Preposições Essenciais : são palavras que sempre foram preposições e só funcionam como tal .
• PREPOSIÇÕES ACIDENTAIS : são chamadas assim as palavras que, embora pertençam a outras
classes gramaticais, podem exercer o papel de preposições.
Ex: afora, durante , como , conforme , segundo , feito , exceto , salvo , visto , consoante , mediante ,
tirante , fora , afora etc .
Fiz os exercícios / segundo você mandou ( segundo= conforme= conjunção→ separa orações)
118
▪ Preposição COM:
▪ Preposição DE:
▪ Preposição EM:
• Preposição PERANTE:
119
AMPLIANDO : O que caracteriza uma palavra como pertencente
a uma classe não é a sua forma e sim a função que
desempenha dentro da oração. Os exemplos citados servem
como roteiro, mas não devem limitar sua visão do assunto.
Analise cada caso, você descobrirá palavras funcionando como
preposição que não estão nessa lista, assim como perceberá as
inúmeras possibilidades de relações entre as palavras que
podem ser estabelecidas por elas.
EXERCÍCIOS DIRIGIDOS
3. O homem morre como nasce: sem cabelos, sem dentes,sem roupas e sem ilusões.
PRONOME
120
3. o substitui "o livro de matemática"
4. ele substitui "o livro de matemática"
121
FLEXÃO DO PRONOME:
Quanto à forma, o pronome varia em gênero, número e pessoa:
• Gênero (masculino/feminino)
Ele cortou o cabelo / Ela amarrou os sapatos
Meu carro/Minha casa
• Número (singular/plural)
Eu cortei o cabelo / Nós amarramos os sapatos
• Pessoa (1ª/2ª/3ª)
FUNÇÃO DO PRONOME
O pronome tem duas funções fundamentais:
• Substituir o nome
Nesse caso, classifica-se como pronome substantivo e constitui o núcleo de um grupo nominal.
Ex.: Quando cheguei, ela se calou. →→ ela é o núcleo do sujeito da segunda oração e se trata de um
pronome substantivo porque está substituindo um nome.
• Referir-se ao nome
Nesse caso, classifica-se como pronome adjetivo e constitui uma palavra dependente do grupo nominal.
Assim como o adjetivo , o pronome adjetivo acompanhará um substantivo
Ex.: Meus amigos precisam de atenção. → meus é pronome adjetivo porque acompanha o substantivo
amigo.
122
Ex: Nós temos uma proposta (sujeito)
AMPLIANDO :
Não se pode contrair as preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos,
pois não existe sujeito preposicionado.
É inadequada a forma que combina a preposição ao artigo que antecede o sujeito em
É hora da onça beber água (errado). Está na hora de a onça beber água. ( correto)
O mesmo erro ocorre em - Agora é a vez da meninada chegar * /
Agora é a vez de a meninada chegar = é a forma correta
Ex: Em vez de ele continuar, desistiu (≠ Vi as botas dele bem aqui . Nesse caso, dele indica posse)
É o pronome que, na sentença, exerce a função de complemento verbal, ou seja, objeto direto ou
objeto indireto.
Sendo um pronome ele carrega consigo as características próprias a essa classe gramatical, ou seja, é
uma palavra que pode substituir um nome, qualificar um nome ou determinar a pessoa do discurso
Em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação
na forma do pronome indica tão somente a função diversa que eles desempenham na oração: pronome
reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento verbal da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem. Dessa
forma eles podem ser classificados como pronomes oblíquos átonos ou pronomes oblíquos tônicos.
Pronomes pessoais
Pessoas do Pronomes oblíquos
discurso pessoais retos
Átonos Tônicos
1ª pessoa eu me mim, comigo
2ª pessoa tu te ti, contigo
Singular
se, o, a,
3ª pessoa ele/ela si, ele, consigo
lhe
1ª pessoa nós nos nós, conosco
2ª pessoa vós vos vós, convosco
Plural
se, os, as, si, eles,
3ª pessoa eles/elas
lhes consigo
123
Eu a encontrei
Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando associados a verbos terminados em -r, -s, -z, assumem as
formas -lo, -la, -los, -las.
Os pronomes oblíquos o, a, os, as quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em,
-ão, -õe), assumem as formas -no, -na, -nos, -nas.
Para quebrar a ambigüidade entre ‘prendam-nos’, para prender os ladrões(eles), de ‘prendam-nos’ para
prender a nós, será preciso verificar o contexto da oração.
2- Se o pronome oblíquo substituir objeto indireto, a substituição deverá ser feita com o uso do pronome
lhe :
Ex: Contei meus planos a você. ( objeto indireto) → contei-lhe meus planos.
Sempre obedeço a meu pai. .→ sempre lhe obedeço ( quem obedece, obedece A alguém)
2.1- Se a substituição o pronome substituir um objeto indireto referente a coisas, instituições ou a outro ser
que não seja pessoas, deve-se usar a forma a ele ou a ela, no lugar de lhe.
Ex: Paguei ao meu amigo o que devia .→ paguei-lhe o que devia ( usa-se o lhe, pois trata-se de pessoa)
Paguei ao banco o que devia .→ paguei a ele o que devia ( não se usa lhe, pois não é pessoa; deve- se,
pois, usar a ele.
3- Em pouco uso, porém vigente, as formas mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão de dois
objetos, representados por pronomes oblíquos
Ex: O gato gostava de jogar futebol. (quem gosta, gosta de algo. O complemento de jogar futebol, que é o
objeto indireto, aparece precedido da preposição de)
124
EXERCÍCIOS DIRIGIDOS
Substitua a expressão em negrito pelo pronome pessoal adequado: (Use os pronomes O, A, OS, AS, - e
variações - ou LHE, LHES.)
Quando a Reitoria da Universidade informou aos candidatos que suas inscrições seriam canceladas,
os candidatos apressaram-se pôr em ordem sua documentação.
Quando a Reitoria da Universidade lhes informou que suas inscrições seriam canceladas, os
candidatos apressaram-se em pôr em ordem sua documentação.
1. Devemos ser os primeiros a praticar a educação cívica, a meditar a educação cívica e a aprender a
educação cívica.
3. O relatório foi elaborado com muita cautela, para que o chefe não criticasse o relatório novamente.
4. O chefe ordenou a paralisação das atividades, e apenas três dos empregados não obedeceram ao chefe.
5. A peça deveria ser realmente boa. Quando eles relataram a peça para nós, ficamos com vontade de ver a
peça.
6. Aquele locutor é teimoso como uma peste. Precisamos sempre lembrar àquele locutor que ele não é dono
da verdade.
7. Apesar de o escritor não ter sido premiado, a Câmara dos Vereadores de sua cidade natal enviou ao
escritor um telegrama, de congratulações pela magnífica obra apresentada.
8. O fazendeiro mudou-se, por isso o carteiro não pôde entregar a carta ao fazendeiro.
10. Depois de analisar alguns pontos do setor de seguros, o Ministro da Indústria e do Comércio concluiu que
era necessário dinamizar o setor de seguros.
125
USO DE OUTROS PRONOMES:
4-O/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo ou verbo no gerúndio, junto ao
verbo fazer, deixar, mandar, ouvir e ver.
• alguns pronomes átonos são partes integrantes de verbos como suicidar-se, apiedar-se, condoer-se,
ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se etc.
Ex: : eu me queixei a minha mãe das atitudes da minha irmã. E ela se queixou das minhas atitudes.
• pode-se usar alguns pronomes oblíquos como expressão expletiva , ou seja, são usados apenas para
dar realce à informação, podendo ser retirados da oração sem que haja prejuízo de sentido.
• Você hoje é usado no lugar das 2as pessoas (tu/vós), mas é um pronome de tratamento e o verbo deve
ser usado na 3ª pessoa.
• Quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como oblíquos
Ex: Eu trouxe as caixas para entregar a ele → eu: pronome reto (sujeito) → a ele : pronome oblíquo
(precedido por preposição ‘a’ → objeto indireto)
• pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta e podem funcionar
como objeto direto
Conosco e convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós) quando vierem com
modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou oração adjetiva)
Ex:A outra turma vai se reunir com a gente às 10h. Não se preocupe se a gente chegar tarde.
Em textos formais, que exijam uma linguagem mais cuidada, devemos usar as formas “nós” e "conosco".
Ex:Os pais dos alunos querem uma reunião conosco.Nós os atenderemos com muito prazer.
Os diretores irão conosco ver o prefeito.
126
• Alguns pronomes átonos serão partes integrantes de verbos , em verbos pronominais ,como em
suicidar-se, apiedar-se, condoer-se, ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se etc.Nesses casos, o
pronome faz parte das flexões dos verbos também.
• USO DE EU X MIM E TU X TI
Os pronomes "eu" e "tu" só podem figurar como sujeito de uma oração. Assim, não podem
vir precedidos de preposição funcionando como complemento. Para exercer esta
função, devem-se empregar as formas "mim" e "ti".
eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um verbo
no infinitivo . Ex: isto é para eu fazer
Já te falei mil vezes que nunca haverá nada entre mim e ti!!!!!
Perante mim e vós, aquelas criaturas são bem mais felizes. (certo)
Perante eu e vós, aquelas criaturas são bem mais felizes. (errado)
Antes do infinitivo precedido de preposição, o pronome usado deverá ser o reto, pois será sujeito do
verbo no infinitivo.
127
• EU x MIM e TU x TI E AS ORAÇÕES SUBJETIVAS.
Ex: É importante para mim acreditar que o amor existe.(acreditar que o amor existe é importante para mim)
Nunca foi fácil para mim sair de madrugada.(Sair de madrugada nunca foi fácil para mim)
Será importante para ti conhecer novas pessoas. (Conhecer novas pessoas será importante para ti)
128
Exercícios Dirigidos
PRONOMES REFLEXIVOS
Os pronomes me,te, se,si,consigo, nos e vos são considerados reflexivos quando um sujeito de um verbo
e seu e seu objeto pronominal ( objeto representado por um pronome) referem-se a mesma pessoa
gramatical.)
Ex: Nunca mais fico com esse menino! – ela jurou para si mesma.
Eu me considero honesto.
Resumindo: o mesmo sujeito que praticou a ação,recebeu a ação também. Ex: Eu me pintei no Carnaval.
→ quem pintou ? Eu. Quem foi pintado? Eu, também
• PRONOMES RECÍPROCOS
Os pronomes nos, vos e se são considerados pronomes recíprocos quando indicam que a ação expressa
pelo verbo é mútua, isto é, realiza-se entre dois ou mais indivíduos.
AMPLIANDO: A forma: “preciso falar consigo ” está em desacordo com a norma culta padrão. Deverá
ser substituída por Use: preciso falar com você ou preciso falar contigo
• me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e
recíproco
129
Ex: cortei-me com o papel ( cortei a mim mesmo→ reflexivo)
Ela entregou-me a caixa de chocolate que prometera. (ela entregou a mim → não é reflexivo, nem recíproco.)
Nós nos sujamos de terra enquanto brincávamos. (cada um de nós sujou a si mesmo→ reflexivo)
Exercícios Dirigidos
• PRONOMES DE TRATAMENTO
São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e
outros em situações de intimidade.
Conheça alguns:
PRONOMES DE TRATAMENTO
ABREVIATURAS
PRONOME EMPREGO
SINGULAR PLURAL
você V. ------ Tratamento informal
Senhor , SEnhora Sr. , Sr. a Sr. as Tratamento formal
mulheres solteiras (
Senhoria Sr. ta Sr. tas
tratamento formal)
correspondência comercial
Vossa Senhoria V.S. a V.S. as
; autoridade
Vossa Excelência V.Ex. a V.Ex. as altas autoridades
príncipes , princesas ,
Vossa Alteza V.A. VV.AA.
duques
Vossa Eminência V. Em. a V. cardeais
Vossa Magnificência V.Mag. a V . Mag. as reitores de universidades
Vossa Majestade V.M. VV.MM. reis , imperadores
Vossa Meritíssima -------- --------- juízes de direito
Vossa Santidade V.S. --------- Papa
Vossa Reverendíssima V.Reg.ma V.Rev. mas sacerdotes
Vossa Ex.a Reverendíssima V.Ex.a Rev. ma V.Ex.as Rev.mas bispos e arcebispos
abades superiores de
Vossa Paternidade V.P. VV.PP.
conventos
130
USO DE VOSSA X SUA
• As formas de tratamento serão precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à pessoa e
de Sua, quando fizermos referência a ela.
Sua Majestade, o rei da Musicolândia, manda avisar que chegará amanhã. → → Falando a respeito do
rei.
• Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a elas, o pronome
"vossa" se transforma no possessivo "sua".
Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindo a pergunta à
autoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso)
• Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa.. Para facilitar,
lembre-se de que você , que é um pronome que você está acostumado a usar, também é um pronome
de tratamento.
• PRONOMES POSSESSIVOS
São aqueles que indicam idéia de posse. Além de indicar a coisa possuída, indicam a pessoa gramatical
possuidora.
Masculino Feminino
Singular Plural Singular Plural
meu meus minha minhas
teu teus tua tuas
seu seus sua suas
nosso nossos nossa nossas
vosso vossos vossa vossas
seu seus sua suas
São essencialmente pronomes adjetivos e funcionam como : adjuntos adnominais equivalem às expressões
preposicionadas : de mim , de ti , de si , de nós , de vós e de si . Por vezes são empregados como pronomes
substantivos
131
• O pronome seu (a/s) pode causar ambigüidade; para melhor entendimento do texto, deve-se preferir
o uso do dele (a/s).
AMPLIANDO
- Juliana, vi Aninha e seu namorado no cinema.
-Como? Você viu Aninha com meu namorado no cinema?
-Não!Eu disse que vi Aninha e o namorado dela no cinema.
-Ah,bom...
Usa-se o pronome possessivo com a intenção de indicar aproximação numérica Ex: ele tem lá seus 40 anos
Também se usa o possessivo com a finalidade de indicar valor de indefinição. Nesse caso, possessivo terá o
mesmo valor de “algum”.
Nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem valor de posse por ser uma alteração fonética de Senhor
Flexionam-se em gênero e número conforme o substantivo que designa o elemento possuído , mas concordam
com a pessoa do elemento possuidor :
Ao determinar dois ou mais substantivos , concordará com o que lhe estiver mais próximo : Exemplo = Sempre
recordarei tuas palavras , gestos ,olhares .
Pode-se pospor o pronome possessivo ao substantivo , desde que este esteja determinado por pronomes
demonstrativos ou indefinidos , por numeral ou por artigo indefinido.
O uso dos possessivos seu , sua , seus , suas exige muita cautela de quem produz um texto ou articula o
discurso oral . Para evitar ambiguidades ou multiplicidade de sentido , você pode recorrer , por exemplo :
132
• Quando substantivados , os possessivos adquirem o sentido de parentes , família , entes queridos e ,
no singular , designam o que pertence a um indivíduo
Observe:
“...então ele beijou-me os lábios vagarosamente.” (R.S) .Nessa oração, o pronome em destaque é um
pronome oblíquo, no entanto , o sentido que ele oferece para a oração é de um pronome possessivo. A
informação que se quer dar é ele beijou os meus lábios vagarosamente.
Ex: entregou-me o livro → entregou o livro a mim. → o pronome ‘me’ não oferece idéia de posse.
133
Formas simples
Variáveis
o a os as
tal tais
EXERCÍCIOS DIRIGIDOS
Em quais dos exercícios abaixo a idéia de posse foi indicada pelo pronome oblíquo:
134
• PRONOMES DEMONSTRATIVOS
São os pronomes que situam o ser no espaço, no tempo e no contexto linguístico, tomando como referência
as três pessoas gramaticais (1º, 2º e 3º pessoas.).
Os pronomes demonstrativos atuam na sentença para localizar coisas , pessoas , fatos , em relação às
pessoas do discurso . Podem ter função anafórica, retomando o que já se mencionou, ou catafórica, quando
anuncia concisamente o que será mencionado.
Ex : foi esta a mochila que eu escolhi. / Aquilo era tudo o que eu queria.
a àquele(s) àquela(s)
135
USO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Ex.: Não gostei Ex.: Neste ano, Ex.: Esta afirmação Ex.: O homem e a
ESTE, ESTA, ISTO, deste livro aqui na tenho realizado bons me deixou surpresa: mulher são
ESTES, ESTAS minha mão. negócios. gostava de química massacrados pela
Esta blusa que Tomara que este dia O que eu quero é cultura atual, mas
estou usando é se repita sempre. isto: passar esta é mais
nova. noconcurso oprimida.(esta= a
mulher)
Além dos demonstrativos do quadro acima, algumas outras palavras podem exercer o papel e pronomes
demonstrativos.
• Os pronomes o(s), a(s) : têm o valor de isto, isso, aquilo, aquela, aquele.
136
• Mesmo e Próprio: sempre precedido de artigo , a palavra significa “idêntico”, “igual,” “exato”
• Semelhante: será pronome demonstrativo quando equivaler a “mesmo”, “idêntico”, “igual”. Virá sempre
anteposto a substantivo:
• Tal: será pronome demonstrativo quando equivaler a “este”, “esta”, “isto”. Virá sempre anteposto a substantivo:
Ex: até hoje não recebi nenhuma resposta. Tal demora é só pra fazer com que eu fique mais apaixonado.
• Nisso e Nisto (em + pronome) podem ser usados com valor de "então" ou "nesse momento"
PRIMEIROS EXERCÍCIOS
d) Vês ........ quarda-chuva, aí? É o meu. O teu é ........ que aqui está.
e) Wilson e Marlene divertiam-se a valer enquanto ........ (Marlene) batia palmas e ........ (Wilson) dançava
loucamente.
f) Amigo, ........ paletó que veste, é seu? Não; ........ paletó é do meu amigo Celso. Celso é ........ amigo que o
ajudou a vencer na prova.
h) ........ respostas são ..... problemas que resolvemos em casa, respondeu o colega, mostrando-as.
137
GABARITO
c)
a) este. e)esta-aquele g) essa
este
d)
b) essa. esse- f) esse-este-aquele h) estas-destes
este
PRONOMES INDEFINIDOS
Pronomes indefinidos são pronomes que acompanham o substantivo, mas não o determinam de forma
precisa. Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico,
representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de conjunto ou quantidade
indeterminada.
138
EMPREGO DE PRONOMES INDEFINIDOS
Os pronomes indefinidos , com os quais os interrogativos mantêm estreita relação , referem-se de modo
impreciso ou genérico à terceira pessoa do discurso . Alguns são variáveis em gênero e número - poucos têm
flexão de grau - e outros são invariáveis . Podem ser adjetivos , atuando como adjunto adnominal , ou
substantivos , desempenhando vários papéis sintáticos .
Quando depois do substantivo a que se refere, assume valor negativo , dá idéia de negação
"Dinheiro algum terá sido deixado por ela."
Obs.: O uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção do enunciador.
• Cada : possui valor distributivo e significa todo, qualquer dentre certo número de pessoas ou de coisas.
Ex.: "Cada homem tem a mulher que merece."
Este pronome indefinido não pode anteceder substantivo que esteja em plural (cada férias), a não ser
que o substantivo venha antecedido de numeral (cada duas férias).
O pronome cada pode, às vezes, ter valor intensificador: "Mário diz cada coisa linda!"
• Alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome a que estiverem se referindo, passam a ser
adjetivos.
Ex: Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos → antes de pessoas : pronome indefinido; depois
de lugares →adjetivo
Comprei várias balas de sabores vários → antes de balas: pronome indefinido; →depois de sabores:
adjetivo.
• Bastante pode vir como adjetivo se estiver determinando algum substantivo, unindo-se a ele por verbo de
ligação .
Ex: Isso é bastante para mim
• O pronome outrem equivale a "qualquer pessoa"
• O pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio.
Ex: Ele não está nada contente hoje.
• todo com valor indefinido antecede o substantivo, sem artigo.
• Toda cidade parou para ver a banda → todas as cidades pararam
≠ Toda a cidade parou para ver a banda → a cidade inteira parou
139
AMPLIANDO : Todo pode significar inteiro ou não quando colocado junto de
um substantivo.A diferença será dada pelo uso do artigo.
• Os indefinidos: alguém , ninguém, outrem, algo, nada, tudo, só se usam como pronomes substantivos.
Os demais são pronomes adjetivos que, em certos casos, podem funcionar como pronomes
substantivos.
• Demais
Este pronome indefinido, muitas vezes, é confundido com o advérbio "demais" ou com a locução adverbial
"de mais".
Ex.:" Maria não criou nada de mais além de uma cópia do quadro de outro artista." (locução adverbial que
faz oposição a de menos.)
"Maria esperou os demais." (pronome indefinido = os outros)
"Maria esperou demais." (advérbio de intensidade)
• PRONOMES RELATIVOS
Pronomes relativos são os pronomes que representam nomes que foram citados anteriormente e com os
quais estão relacionados. O nome citado denomina-se antecedente do pronome relativo.
FORMAS
FORMAS VARIÁVEIS
INVARIÁVEIS
Masculino Feminino
o qual / os a qual / as
quem
quais quais
quanto / quanta /
que
quantos quantas
Observe:
• Eu conheço o menino. O menino saiu da sala. → Eu conheço o menino que saiu da sala.
140
Os pronomes relativos, na maioria das vezes, funcionam como conectivos, permitindo-nos unir duas
orações em um só período.
O pronome que substitui o antecedente a cidade, no entanto há uma preposição (em) no advérbio na cidade ;
logo, essa preposição deverá ser anteposta ao pronome que , uma vez que ele está no lugar do termo a
cidade.
Ex: Em um acampamento, todo mundo tem que fazer.→ antecedente implícito : alguma coisa. → ...todo
mundo tem alguma coisa que fazer.
Ex: Quem não presta fica vivo e quem é bom mandam matar. → antecedente implícito: a pessoa , o ser
humano→ ... a pessoa que não presta fica viva...
Em alguns contextos pode ser substituído por aquele que, aquela que.
Quando aparecem sem referentes expressos , os relativos que e onde são chamados relativos indefinidos.
QUE: o pronome relativo quem sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas personificadas; vem
sempre antecedido de preposição e possui o significado de "o qual” Ex.: "Aquela menina de quem lhe falei
viajou para Paris."
Antecedente: menina
Pronome relativo antecedido de preposição: de quem
141
A pessoa com quem eu falei foi muito gentil. (quem: a pessoa)
Exemplo = É inviável o país que não investe em Educação . = O país ( = que ) não investe em
Educação . (sujeito ) .
• CUJO (a/s) é empregado exclusivamente para dar a idéia de posse. Não concorda com o antecedente
e sim com seu consequente.Ou seja, concorda com a coisa possuída, não com o possuidor.
Ex: Aquele é o carros cujas rodas tem modelo arrojado. → as rodas pertencem ao carro, por isso usa-
se o pronome cujas. (e no plural para concordar com rodas)
D. Maria é a senhora cujo marido ganhou um prêmio → o marido (coisa possuída) é da mulher (
possuidora).
O pronome cujo tem sempre valor adjetivo e não pode ser acompanhado de artigo.
Exercícios Dirigidos
I-Junte as duas sentenças, subordinando a segunda à(s) palavras (s) em negrito na primeira. (Use o
conectivo CUJO e flexões.)
142
3. Ele é um velho. Sua lucidez nos causa espanto.
8. Gostaria de que todos reconhecessem o escritor. Considero sua obra um verdadeiro artesanato de
palavras.
9. Um dia hei de encontrar a pessoa. Beijei seus lábios com muito amor.
II-Junte as duas sentenças, subordinando a segunda à(s) palavra(s) em destaque na primeira. (Atente
para a presença de preposições antes do CUJO e flexões!)
Exemplo: Machado de Assis é um dos escritores brasileiros mais conhecidos . Sempre fazemos
referência a seus romances em nossas aulas.
Machado de Assis, a cujos romances sempre fazemos referência em nossas aulas, é um dos escritores
brasileiros mais conhecidos.
4. Muito devo ao meu tio. Abriguei-me em sua casa na época das vacas magras.
9. Serão conhecidos hoje os nomes das empresas. O governo vai contar com seus serviços durante os
obras.
143
• USO DE OUTROS PRONOMES RELATIVOS:
O pronome relativo ONDE tem sempre como antecedente palavra que indica lugar físico.
O pronome relativo QUE é o relativo mais frequente. Admite diversos tipos de antecedentes: nome
de uma coisa ou pessoa, pronome demonstrativo ou outro pronome.
Ex.: "Quero agora aquilo que ele me prometeu."
• O QUAL, OS QUAIS , AS QUAIS são empregados no lugar do que, caso o antecedente dele seja um
substantivo.
Ex: A sociedade no seio da qual me eduquei, fez de mim um homem a sua feição.(J.Alencar)
01- Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: "O controle biológico
de pragas, ............ o texto faz referência, é certamente o mais eficiente e adequado recurso ............ os
lavradores dispõem para proteger a lavoura sem prejudicar o solo."
a) do qual, com que d) ao qual, cujos
b) de que, que e) a que, de que
c) que, o qual
02- Assinale a opção em que o verbo exige a mesma preposição que se referir em "...
a boneca de pano a que me referi":
a) O homem .......... quem conversei há pouco.
b) O livro .......... que lhe falei há pouco.
c) A criança .......... quem aludi há pouco.
d) O tema .......... que escrevi há pouco.
e) A fazenda .......... que estive há pouco.
03- Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas da frase: "As mulheres, .......... olhos as
lágrimas caíam, assistiram a uma cena .......... não gostavam."
a) cujos - que d) cujos - de que
b) em cujos - que e) de cujos - que
c) de cujos - de que
144
05- O funcionário ...... ele se referiu é pessoa ...... se pode confiar.
a) que - da qual d) do qual - que
b) a que - quem e) o qual - em que
c) a quem - em que
06-Assinale a única frase cuja lacuna não deve ser preenchida por um pronome relativo
preposicionado:
a) O relator da emenda constitucional apresentou proposições ..... todos
simpatizavam.
b) Recordaram com carinho a ponte ..... trocaram o primeiro beijo.
c) Fui ver hoje o filme ..... mais gosto.
d) Guimarães Rosa é o escritor brasileiro ..... mais gosto.
e) Esta é a região ......... fronteira agrícola deve ser aplicada.
07- Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases abaixo:
I. Não foi essa a pessoa ............ aludi.
II. Há certos acontecimentos ............ nunca nos esquecemos.
III. Itaipu foi uma das obras ............ construção mais se comprometeu o orçamento nacional.
IV. A conclusão ............ chegou não tem o menor fundamento.
V. O conferencista, ............ conhecimentos desconfiávamos, foi infeliz em suas colocações.
a) à qual /de que/ em cuja/ a que de cujos
b) à que/ que/ cuja /à que /em cujos
c) a qual/ dos quais/ com cuja/ a qual/ dos quais
d) a quem/ que /em cuja/ à qual/ em cujos
e) a que/ de que/ cuja /à que /de cujos
145
13-. A preposição nos parênteses não preenche corretamente a lacuna do período em:
a) O perigo ......... o qual informaram a mulher era conhecido de quase todos. (sobre)
b) A menina .......... que ele deparou trouxe-lhe muita esperança. (com)
c) O triste acontecimento .......... que lembramos esclareceu a verdade. (de)
d) O jovem .......... que chamamos de imprudente saiu às pressas. (a)
e) A verdade ......... que ansiávamos surgiria a qualquer momento. (por)
18- Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles ....... o diretor se referia.
a) de que - que d) cujos - cujo
b) a cujos – cujos e) a que - a que
c) por que – que
19- As mulheres da noite ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de
noite, no silêncio.
A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
a) as quais / de cujo d) às quais / cujo
b) a que / no qual e) que / em cujo
c) de que / o qual
20-É tal a simplicidade ....... se reveste a redação desse documento, que ele não comporta as
formalidades ....... demais.
a) que - os d) em que - nos
b) de que – aos e) a que - dos
c) com que - para os
GABARITO
01.E / 02.C / 03.C / 04-.A / 05 –C / 07-E / 08- A 09.C / 10.D/ 11-B / 12-C 13-C / 14-C / 15.C / 16.C 17.B
/ 18.C / 19.E / 19.D / 20.B /
146
• PRONOMES INTERROGATIVOS
Pronomes interrogativos são os pronomes interrogativos que levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em
frases interrogativas diretas ou indiretas.
Não existem pronomes exclusivamente interrogativos e sim que desempenham função de pronomes
interrogativos, como por exemplo: QUE, QUANTOS, QUEM, QUAL, etc.
O Pronome Você
Informação disponível em http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/pron-vc.htm.
Os pronomes átonos são geralmente empregados depois do verbo (Ênclise), muitas vezes antes (Próclise) e,
mais raramente, no meio (Mesóclise).
• USO DA ÊNCLISE
As formas verbais do infinitivo impessoal (precedido ou não da preposição "a"), do gerúndio e do imperativo
afirmativo pedem a ênclise pronominal.
Exemplos:
Não se inicia um período pelo pronome átono nem se inicia uma oração principal precedida de pausa,
assim como as orações coordenadas assindéticas (orações sem conjunções) .
Exemplos:
147
Permanecendo aqui, se corre o risco de ser assaltado. (errado)
Permanecendo aqui, corre-se o risco de ser assaltado. (certo)
Observação: A ênclise não pode ser empregada com verbos no futuro e no particípio passado.
• USO DA PRÓCLISE:
Deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele houver uma palavra pertencente a um
dos seguintes grupos:
Exemplos:
B) pronomes relativos;
Exemplos:
C) pronomes indefinidos;
Exemplos:
148
D) conjunções subordinativas;
Exemplos:
E) advérbios;
Exemplos:
Observação: O pronome átono pode ser colocado antes ou depois do infinitivo impessoal, se,
antecedendo o infinitivo, vier uma das palavras ou expressões mencionadas acima.
Exemplos:
• USO DA MESÓCLISE
Emprega-se o pronome átono no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presente ou
no futuro simples do pretérito do indicativo.
Exemplos:
Observação: Se antes dessas formas verbais houver uma palavra ou expressão que provocam a próclise,
não se empregará, consequentemente, o pronome átono na posição mesoclítica.
Exemplos:
149
• EMPREGO DO PRONOME ÁTONO EM LOCUÇÕES VERBAIS PERFEITAS
E EM TEMPOS COMPOSTOS
São locuções verbais perfeitas aquelas formadas de um verbo auxiliar modal (QUERER, DEVER, SABER,
PODER, ou TER DE, HAVER DE), seguido de um verbo principal no infinitivo impessoal. Neste caso, o
pronome átono pode ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou ainda depois do infinitivo.
Exemplos:
Observação: No entanto, se no caso acima mencionado as locuções verbais vierem precedidas de palavra
ou expressão que exija a próclise, só duas posições serão possíveis para empregar-se o pronome átono:
antes do auxiliar ou depois do infinitivo.
Exemplos:
• TEMPOS COMPOSTOS
Nos tempos compostos, formados de um verbo auxiliar (TER ou HAVER) mais um verbo principal no
particípio, o pronome átono se liga ao verbo auxiliar, nunca se liga ao particípio.
Exemplos:
Observação: Quando houver qualquer fator de próclise, esta será a única posição possível
Os pronomes indefinidos , com os quais os interrogativos mantêm estreita relação , referem-se de modo
impreciso ou genérico à terceira pessoa do discurso . Alguns são variáveis em gênero e número - poucos
têm flexão de grau - e outros são invariáveis . Podem ser adjetivos , atuando como adjunto adnominal , ou
substantivos , desempenhando vários papéis sintáticos .
150
EXERCÍCIOS DE PRONOME
01- (IBGE) Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em
relação ao uso culto da língua:
c) Vossa Excelência
03- (TFT-MA) "O individualismo não a alcança." A colocação do pronome átono está em desacordo com
a norma culta da língua, na seguinte alteração da passagem acima:
151
05- (UC-MG) Encontramos pronome indefinido em:
06) (SANTA CASA) Do lugar onde ......., ....... um belo panorama, em que o céu ...... com a terra.
07) (UF-RJ) Numa das frases, está usado indevidamente um pronome de tratamento. Assinale-a:
09) (CARLOS CHAGAS) "Se é para ....... dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ....... ."
c) eu, mim e ti
152
10) (MACK) A única frase em que há erro no emprego do pronome oblíquo é:
c) Faltava-lhe experiência.
11) (BRÁS CUBAS) "Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito." Os
pronomes assinalados dispõem-se nesta ordem:
12) (PUC) Na frase: "Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela", o pronome possessivo está reforçado para:
a) ênfase d) clareza
c) figura de harmonia
13) (FUVEST) Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado corretamente:
153
14) (FMU) Suponha que você deseje dirigir-se a personalidades eminentes, cujos títulos são: papa, juiz,
cardeal, reitor e coronel. Assinale a alternativa que contém a abreviatura certa da "expressão de
tratamento" correspondente ao título enumerado:
c) Cardeal ..V.M.
15) (FGV) Assinale o item em que há erro quanto ao emprego dos pronomes se, si ou consigo:
16) (PUC) Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas da frase ao lado:
"............................ da terra natal, ....................... para as antigas sensações adormecidas."
c) Lembrando-nos - despertamos-nos
e) Lembrando-nos - despertamo-nos
e) n.d.a
154
18) (FATEC) Assinale o mau emprego do pronome:
a) Aquela não era casa para mim, comprá-la com que dinheiro?
19) (UM-SP) Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que
consideram tal atitude um privilégio dado pela existência. Os pronomes destacados no período acima
classificam-se, respectivamente, como:
20) (UEPG-PR) "Toda pessoa deve responder pelos compromissos assumidos." A palavra destacada é:
21) (CESGRANRIO) Assinale a opção que completa as lacunas da seguinte frase: Ao comparar os
diversos rios do mundo, defendia com azedume e paixão a proeminência .................. sobre cada um
................. .
c) deste, daqueles
155
22) 64. (UEPG-PR) Assinale a alternativa em que a palavra onde funciona como pronome relativo:
23) (UEPG-PR) "Toda pessoa deve responder pelos compromissos assumidos." A palavra destacada é:
24) (UNIRIO) Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do trecho: A maxila e os dentes
denotavam a decrepitude do burrinho; .........., porém, estavam mais gastos que .......... .
c) estes, esses
25) . (LONDRINA-PR) Foram divididos .......... próprios os trabalhos que .......... em equipe.
156
26) (CARLOS CHAGAS-PR) Se ninguém .......... a verdade, e se precisei lutar para .........., nada .......... a
respeito.
29) (ETF-SP) Estamos certos de que V. Exa. .......... merecedor da consideração que......... dispensam
.......... funcionários.
g) é - vos - vossos
157
. 31) (UFP-CURITIBA) Complete com os pronomes e indique a opção correta, dentre as indicadas
abaixo:
(MACK) "Este inferno de amar - como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n’alma ... quem foi? / Esta chama
que alenta e consome, / Que é a vida - e que a vida destrói - / Como é que se veio a atear, / Quando - ai
quando se há-de apagar? (Almeida Garret)
33) (TRE-SP) O auxiliar judiciário discutiu .......... mesmos a respeito de possíveis desentendimentos entre
.......... e .......... .
a) conosco - eu - ti
b) com nós - mim -tu
c) com nós - mim - ti
d) conosco - eu – tu
e) conosco - mim - ti
158
34) (TRE-SP) V. Excelência ......... fazer o que ......... for possível, para que .......... prestígio se mantenha.
35) (TRE-SP) Traga os relatórios ainda hoje, para .......... com vagar.
c) mim; lê-los
36). (TRE-MT) A alternativa em que o emprego do pronome pessoal não obedece à norma culta
brasileira é:
37). (TRE-MT) Segundo a norma culta, há erro (de uso ou de colocação) na substituição do termo
sublinhado por um pronome, em:
a) O ministro não teve muitos escrúpulos naquela hora. / O ministro não teve-os naquela hora.
b) Ele estava pronto para salvar a Itália. / Ele estava pronto para salvá-la.
d) Todos queriam que o professor entregasse o livro ao melhor aluno. / Todos queriam que o
professor lhe entregasse o livro.
e) Ele nunca perdoaria ao irmão aquela omissão. / Ele nunca lhe perdoaria aquela omissão.
38) . (ETF-SP) Em "O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas
aos convidados", temos:
41) (ITA) O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos
períodos. Qual?
a) Isto me não diz respeito! respondeu-me ele, afetadamente.
b) Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-se na hora conveniente.
c) Me entenda! Lhe não disse isto!
d) O conselho que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais tarde.
e) Amanhã contar-te-ei por que peripécias consegui não envolver-me.
42). (LONDRINA-PR) Foram divididos .......... próprios os trabalhos que .......... em equipe.
a) conosco - se devem realizar
b) com nós - devem-se realizar
c) conosco - devem realizar-se
d) com nós - se devem realizar
e) conosco - devem-se realizar
GABARITO
160
VERBOS
É a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno natural e outros processos
I- QUANTO A FUNÇÃO :
Verbo auxiliar é aquele que, perdendo seu significado próprio ,é utilizado para auxiliar na conjugação de
outro, o principal.
- Não parece que ele está rindo? → parece = auxiliar / rindo = principal
Ela tem escrito muito ultimamente → tem = verbo auxiliar que apóia o particípio escrito
b) Regulares:
São aqueles que seguem um paradigma, ou seja, seguem um modelo de conjugação. O radical desses verbos
permanecem inalterado em todas as formas. Ex: amar,falar, vencer, partir.
c) Irregulares: São aqueles que não seguem um paradgma de conjugação, sofrendo alterações no radical
ou na terminação.são irregulares, por exemplo,os verbos, fazer,dar, ir,etc.
Posso, podes
161
b.1) Anômalo: são verbos que apresentam muitas irregularidades nas suas flexões, como os
verbos ser, haver, estar, ir, ver e ter
Quase sempre, a irregularidade surgida no tempo primitivo passa para os respectivos tempos
derivados.
Um verbo pode ser irregular apenas em algumas de suas flexões, ou seja, ele poder se portar como regular
em alguns tempos e como irregular em outros.Ex.:O verbo pedir possui no presente do indicativo uma
irregularidade que só caracteriza a primeira pessoa do singular (peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem).
d) Defectivos: são aqueles que não são conjugados em todos os tempos, modos e pessoas, como, por
exemplo, os verbos abolir,colorir, explodir, falir, reaver, precaver, etc.
e) Abundantes: São verbos que possuem duas ou mais formas equivalentes.Geralmente essa formas
aparecem no particípio.
AMPLIANDO : Está gramaticalmente errada a oração: "Até ontem, a loja não tinha entregue o
aparelho"
Entregar é verbo abundante,portanto, usaremos a palavra entregue somente com ser ou estar. Por
exemplo, as orações A encomenda foi entregue; O aparelho já está entregue. Com ter ou haver,
deveremos usar a palavra entregado. Por exemplo, na oração Ele não tem entregado as encomendas em
dia.
Deveremos corrigir a oração para: Até ontem, a loja não tinha entregado o aparelho.
162
expelir expelido expulso
INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR
expressar expressado expresso
exprimir exprimido expresso
expulsar expulsado expulso
extinguir extinguido extinto
findar findado findo
fixar fixado fixo
fritar fritado frito
ganhar ganhado ganho
gastar gastado gasto
imergir imergido imerso
imprimir imprimido impresso
incluir incluído incluso
isentar insentado isento
juntar juntado junto
limpar limpado limpo
malquerer malquerido malquisto
matar matado morto
misturar misturado misto
morrer morrido morto
murchar murchado murcho
ocultar ocultado oculto
omitir omitido omisso
pagar pagado pago
pegar pegado pego
prender prendido preso
romper rompido roto
salvar salvado salvo
secar secado seco
segurar segurado seguro
soltar soltado solto
submergir submergido submerso
sujeitar sujeitado sujeito
suprimir suprimido supresso
suspender suspendido suspenso
tingir tingido tinto
vagar vagado vago
1- Deve-se usar o particípio regular com os verbos TER e HAVER e o particípio irregular com os verbos SER
e ESTAR. Exemplos:
Maria havia acendido a lâmpada.
A lâmpada foi acesa por Maria.
Entretanto essa regra nem sempre é seguida rigorosamente pela língua contemporânea.
Veja: O rapaz havia aceitado ou aceito o cheque.
Logo, algumas observações se fazem necessárias.
163
1ª) Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir e seus derivados possuem apenas o particípio
irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto, vindo.
Não se deve dizer: “se eu soubesse , teria trago sombrinha” A forma correta é “Se eu soubesse, eu teria
trazido sombrinha”.
2ª) As formas irregulares dos verbos ganhar, gastar e pagar podem ser usadas com os verbos
SER, ESTAR, TER e HAVER. Observe:
Porém as formas regulares só podem ser usadas com os verbos TER e HAVER. Exemplos:
Deve-se observar ainda que na língua contemporânea, quase não se usa ganhado, gastado e pagado.
Prefere-se o emprego de ganho, gasto e pago.
3ª) Quanto a chegado, convém usá-lo com os verbos SER, ESTAR, TER e HAVER.
O particípio chego é da língua popular.Não existe na língua culta.Portanto, não se deve usra: se eu
soubesse ,eu teria chego mais cedo.
AMPLIANDO: Para Resumir: Particípio regular Forma locução verbal na voz ativa com o
verbo ter ou com o verbo haver; é terminado em -ado ou em -ido.
Particípio irregular Forma locução verbal na voz passiva com o verbo ser ou com o verbo
estar; possui várias terminações: -go ,-to,-so, -po...
17) Pessoal: são aqueles que se referem a qualquer sujeito, implícito ou explícito.
18) Impessoal: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou explicito.Esses verbos são
utilizados sempre na 3º pessoa do singular.
São impessoais os verbos que indicam fenômenos da natureza, o verbo haver, no sentido de existir,ocorrer
e acontecer, e o verbo fazer indicando tempo transcorrido ou fenômeno da natureza.
1. simples - constituído por um só verbo que conserva sua significação pela na frase
Ex : Falo Português .
Irão comigo .
2.composto - quando formado por ter ou haver seguidos do particípio do verbo que se quer conjugar
V-QUANTO A FORMAÇÃO
Há três tempos primitivos em Português: infinitivo impessoal , presente do indicativo e pretérito perfeito
simples do indicativo . Deles derivam outros tempos .
1.Do infinitivo impessoal : temos o pretérito imperfeito do indicativo , o futuro do presente do indicativo , o
futuro do pretérito do indicativo , o infinito pessoal , o gerúndio e o particípio .
3.Da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito simples do indicativo , temos o pretérito mais-que-
perfeito do indicativo , o pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo .
CONJUGAÇÃO VERBAL
http://www.profabeatriz.hpg.ig.com.br/gramatica/classes/verbo.htm
É o uso sistemático de todas as formas em que o verbo pode ser conjugado . Os verbos em Português são
distribuídos por três conjugações , cuja terminação é formada do -r , desinência do infinito impessoal , precedido
de uma vogal que caracteriza a conjugação , a saber
Essas vogais , chamadas temáticas , aparecem sistematicamente em várias formas verbais , seja o verbo
regular ou não . Em Português , apenas o verbo pôr ( e seus compostos ) não apresenta sua vogal temática e
na terminação do infinito impessoal ; apresentava-a na língua antiga poer e a mantém em algumas formas
atuais : põe , põem , pusera etc .
Observação : Desinências são elementos que se agregam ao final de uma palavra , servindo para
diferenciar , no caso do verbo , a pessoa , o número , o tempo e o modo .
165
• RADICAL é a parte invariável do verbo tal qual nos é dado no infinitivo impessoal menos a desinência -r
e a vogal temática.
Ao radical acrescido da vogal temática , própria de cada conjugação , dá-se o nome de tema : Estudamos
francês . Estudas muito .
a) Rizotônicas : são as que têm a vogal tônica, com ou sem acento gráfico , no radical do verbo : bebo ,
vinha , môo etc .
b) Arrizotônicas : são as que têm a vogal tônica , com ou sem acento gráfico , na desinência do verbo :
bebemos , viriam , moeríamos etc .
Conforme visto nos elementos mórficos, os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal
temática, podem-se criar três paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com esses
paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:
FLEXÕES VERBAIS :
O verbo apresenta variações de número, pessoa, modo, tempo e voz. a essas variações dá-se o nome de
flexão verbal .
1. NÚMERO E PESSOA
O verbo admite dois números: singular (quando se refere a uma só pessoa ou coisa) e plural (quando se
refere a mais de uma pessoa ou coisa).
A terceira pessoa é aquela de quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais ele, ela (singular) e eles,
elas (plural):
3ª pessoa singular: ele fala
3ª pessoa plural: eles falam
166
2. FLEXÃO DE MODO
Os modos indicam as diferentes atitudes da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia e são três:
São chamadas formas nominais, porque podem desempenhar as funções próprias dos nomes (substantivos,
adjetivos ou advérbio) e caracterizam-se por não indicarem nem o tempo nem o modo. São elas: o
INFINITIVO, o GERÚNDIO e o PARTICÍPIO.
"Navegar é preciso
Viver não é preciso" (Fernando Pessoa)
Os verbos navegar e viver ocupam a função de um sujeito gramatical e por isso equivalem a um substantivo.
• Particípio - exerce as funções próprias de um adjetivo e por isso pode, em certos casos, flexionar-se
em número e em gênero:
167
Para formar o particípio, acrescentamos diretamente ao tema do infinitivo a desinências -ADO para os verbos
de 1ª conjugação e -IDO para os verbos de 2ª e 3ª conjugação:
ISATISFAZER SATISFEITO
VER VISTO
PÔR POSTO
FAZER FEITO
INCLUIR INCLUÍDO ou INCLUSO
5. FLEXÃO DE TEMPO
O tempo verbal indica o momento em que acontece o fato expresso pelo verbo.
São três os tempos básicos: presente, passado (pretérito) e futuro, que designam, respectivamente, um
fato ocorrido no momento em que se fala, antes do momento em que se fala e que poderá ocorrer após o
momento em que se fala.
O presente é indivisível, mas o pretérito e o futuro subdividem-se no modo indicativo e no subjuntivo.
INDICATIVO
Presente : estudo
PRETÉRITOS
Pretérito Imperfeito: estudava
Pretérito Perfeito simples: estudei
Pretérito Perfeito composto: tenho estudado
Pretérito Mais-que-perfeito simples: estudara
Pretérito Mais-que-perfeito composto: tinha (ou havia) estudado
FUTUROS
Futuro do presente simples: estudarei
Futuro do presente composto: terei (ou haverei) estudado
Futuro do pretérito simples: estudaria
Futuro do pretérito composto: teria (ou haveria) estudado
168
SUBJUNTIVO
Presente: estude
Pretéritos
Pretérito Imperfeito: estudasse
Pretérito Perfeito composto: tenha (ou haja) estudado
Pretérito mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado
Futuros
Futuro simples : estudar
Futuro composto: tiver (ou houver) estudado
IMPERATIVO
Presente: estuda (tu)
5-FLEXÃO DE VOZES
Voz Verbal : é a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. Tal relação
pode ser de atividade, de passividade ou de atividade e passividade ao mesmo tempo. Dessa forma, são três
as vozes verbais: ativa,passiva e reflexiva.
1-VOZ ATIVA - sujeito é agente da ação verbal. Ex: eu penteei os meus cabelos.
2-VOZ PASSIVA - sujeito é paciente da ação verbal. Ex: os meus cabelos foram penteados. Pode ser
analítica ou sintética:
ESTRUTURA:
Estrutura
No caso de “Precisa-se de empregados”, o verbo deve ficar no singular porque a oração não está na voz
passiva, já que o verbo precisar é transitivo indireto e, para ser voz passiva, só poderia ser transitivos
diretos.
Procedimento para transformação de uma oração na voz ativa em uma oração na voz passiva
169
Voz Ativa/ Voz Passiva
Maria fez uma boa prova./ Uma boa prova foi feita por Maria.
Maria (sujeito ativo) /Uma boa prova (sujeito paciente)
fez (verbo ativo) /foi feita (verbo passivo)
uma boa prova (objeto direto) /por Maria (agente da passiva)
Note-se que:
O que era sujeito ativo transformou-se em agente da passiva
O verbo que era simples passou a composto
O complemento do verbo transformou-se em sujeito paciente
Surgiu, na voz passiva, uma preposição por (em alguns casos aparecerá no lugar de "por" a preposição
"de"(rodeado de várias pessoas)
Então, para ser possível transformar uma oração da voz ativa em voz passiva temos que ter alguns
elementos essenciais na voz ativa:
1. Um sujeito
2. Um verbo transitivo
3. Um complemento verbal (verbos intransitivos impossibilitam a existência da voz passiva)
Ex.: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido o pretérito perfeito do
indicativo) / O vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas
(mantido o gerúndio do verbo principal)
Observação: os verbos obedecer e desobedecer são potencialmente transitivos indiretos, mas admitem voz
passiva.
170
Exercícios Dirigidos
9. São apresentados todas as noites pela televisão as cenas mais chocantes do dia-a- dia.
12. Ainda que fossem homologadas essas decisões, não nos restaria muito tempo.
14. São diariamente ouvidos pelo rádio inúmeros apelos de pessoas aflitas.
15. Tão logo seja mencionado o plano, iniciarei contra ele forte campanha.
3-VOZ REFLEXIVA
Na voz reflexiva o sujeito é agente e paciente da ação verbal. Também pode ser recíproca ao mesmo tempo
(acréscimo de SE = pronome reflexivo, variável em função da pessoa do verbo).
171
A voz reflexiva é formada de um verbo mais um pronome reflexivo (ME, TE, SE, NOS, VOS, SE). Muitas
vezes, para se evitar ambiguidade, temos que, ao usar a voz reflexiva empregar outro recurso além do uso
desses pronomes, como ocorre no exemplo seguinte:
João e Paulo feriram-se.
Para que o verbo possa ser considerado reflexivo nesse exemplo, sem ambiguidades, temos que acrescentar
alguma expressão de reciprocidade:
Nos verbos reflexivos, vai sempre aparecer um pronome oblíquo, da mesma pessoa que o sujeito, sem o
qual o verbo não poderá indicar reflexibilidade;
Ex: Eu me pintei no carnaval./ Nós nos enrolamos nos lençóis / eles não se machucaram nos acidente.
Por isso os verbos reflexivos chamam-se também pronominais, dividindo-se em dois grupos: pronominais
essenciais e pronominais acidentais.
Pronominais essenciais - são aqueles que vêm sempre acompanhados de pronome oblíquo: arrepender-
se, queixar-se, indignar-se, abster-se, etc, e o pronome oblíquo que os acompanha nunca terá uma função
sintática.
Ex.: Ele se queixa sempre.
Eu me queixo sempre.
Tu te queixas sempre.
Pronominais acidentais - são os verbos transitivos diretos que, para indicar reflexibilidade da ação, vêm
acompanhados do pronome oblíquo.
Ex.: O bandido escondeu o dinheiro (verbo transitivo)
O bandido escondeu-se (verbo reflexivo - escondeu a si próprio)
Exercícios Dirigidos
Pluralize a expressão em destaque e, caso esta funcione como sujeito, faça o ajuste da forma verbal:
Exemplo 1:
172
Exemplo 2:
1. Precisa-se de pedreiro.
O ASPECTO VERBAL
Além das flexões mencionadas, o verbo também pode indicar aspecto,que é a expressão das várias fases de
desenvolvimento do processo verbal, isto é , o começo, a duração, ou o resultado da ação.
173
Valor dos tempos verbais
• PRESENTE DO INDICATIVO - indica um fato real situado no momento ou época em que se fala
• PRESENTE DO SUBJUNTIVO - indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento
ou época em que se fala
• PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO - indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no
passado
• PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO - indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado,
mas não foi concluída ou era uma ação costumeira no passado
• PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO - indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja
ação foi iniciada mas não concluída no passado
• PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO - indica um fato real cuja ação é anterior a
outra ação já passada
• FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO - indica um fato real situado em momento ou época
vindoura
• FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO - indica um fato possível, hipotético, situado num
momento futuro, mas ligado a um momento passado
• FUTURO DO SUBJUNTIVO - indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou
época futura
Modo é a propriedade que tem o verbo de enunciar a atitude de quem fala ao relatar o fato que comunica , as
condições em que o fato se passa , o estado da ação etc. São três os modos em Português : o indicativo , o
subjuntivo e o imperativo .
MODO INDICATIVO :
O Indicativo expressa um fato de maneira definida , real , no presente , no passado ou no futuro , quer esteja
na afirmativa , na negativa ou na interrogativa : Estudo . Não foi . Irão ? Ainda não foram ? O indicativo é , em
essência , o modo da oração principal . Encontra-se subdividido nos seguintes tempos :
PRESENTE :
Emprega-se o presente do indicativo para indicar um fato que se realiza no momento em que se fala : Ele
estuda Português . A lição não é fácil .
Nem sempre , porém , indica fato ou ação contemporânea ao momento em que se fala . Pode-se ainda
empregá-lo para :
a) descrever um fato ou estado permanente : O sol aquece a Terra . Maria é mãe de Jesus . As leis do
Universo são imutáveis .
b) indicar ação habitual ou que se pratica constantemente : Maria fuma demais . Vou ao cinema todos os
domingos .
c) dar realismo a fatos passados : Cabral descobre o Brasil em 1500 . Os bandeirantes abrem o sertão
brasileiro e conquistam à terra .
d) indicar futuro próximo ( nesse caso , é geralmente acompanhado de um adjunto adverbial ) : Termine
meus negócios e sigo amanhã para Nova Iorque .
e) substituir o imperativo , quando se deseja denotar mais um pedido do que uma ordem : Você me faz isso
amanhã ( - faça-me isso amanhã ) .
174
O presente dos verbos regulares é formado adicionando-se ao radical as seguintes terminações :
Observação : A formação do presente dos verbos irregulares deve ser estudada verbo
por verbo .
PRETÉRITO IMPERFEITO :
O pretérito imperfeito indica uma ação passada em relação ao momento em que se fala , porém presente em
relação a outro fato passado . Emprega-se o pretérito imperfeito para :
Ex: Quando era criança ia sempre à casa de vovó , onde brincava com Maria .
Ex: As diversas tribos que habitavam o continente americano eram de culturas diferente ; algumas caçavam
e pescavam , ao passo que outras já tinham conhecimento de agricultura .
Ex : Ela parecia inteligente . O rio fazia uma pequena curva antes de cair em catarata .
Ex: Era época da seca quando José deixou o Nordeste . Eram seis horas da tarde quando Ana telefonou .
e) indicar , entre suas ou mais ações simultâneas , qual estava ocorrendo quando sobreveio a outra ( nesse
caso , o segundo verbo é geralmente usado no pretérito perfeito simples )
Observação : O verbo estar no pretérito imperfeito mais o gerúndio do verbo principal indicam a
mesma situação : Pedro estava entrando quando eu saí . Estávamos conversando quando a criança
caiu .
f) expressar frequência , repetição ,causa e consequência ( nesse caso , os verbos vêm ambos no pretérito
imperfeito ).
Observação : O exemplo dado tanto pode indicar que eu saía todas as vezes que ele entrava , assim
como minha saída coincidiu exatamente , no tempo , com sua entrada .
Ex : Eu ia passear , mas começou a chover e desisti . Pretendíamos falar com ele , mas não tivemos tempo .
175
h) narrar fábulas , lendas ou contos , situando-os no passado ( nesse caso , usa-se o pretérito imperfeito do
verbo ser ).
Ex : Era uma vez um príncipe . . . Era uma vez , há muito tempo , uma índia velha que se comunicava com o
espírito das plantas e dos animais . . . Era uma vez um rapaz que colecionava borboletas , mas só as azuis . .
.
i)indicar um só fato preciso no passado , quando a época ou a data em que ocorreu a ação vem claramente
mencionada.
Ex : Duas horas depois de receber o telegrama , Geraldo partia do aeroporto de Congonhas . Passado o
tempo exigido por lei , João se naturalizava .
Observação : Aplica-se essa regra a todos os verbos , exceto ser , ter , vir e pôr .
O pretérito perfeito simples indica uma ação , geralmente não habitual , concluída antes do ato de falar ; o
fato começou e terminou no passado , seja passado remoto ou próximo : Fui ao mercado hoje de manhã .
Estive com ele em 1980 .
O pretérito perfeito simples dos verbos regulares é formado adicionando-se ao radical as seguintes
terminações :
Observação : A formação do pretérito perfeito simples dos verbos irregulares deve ser estudada verbo
por verbo .
O pretérito perfeito composto indica a repetição ou a continuidade de um fato iniciado no passado e que
ainda se realiza no presente , vindo acompanhado de adjuntos adverbiais como desde , ultimamente , esses
dias etc . : Tenho feito tudo por ele desde que quebrou o braço . Não temos tido sorte ultimamente .
O pretérito perfeito composto é formado com o presente do indicativo do verbo ter ( ou , ainda , haver ) mais
o particípio do verbo principal .
176
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES :
O pretérito mais-que-perfeito simples expressa um fato já concluído antes de outro também no passado .
Emprega-se :
O pretérito mais-que-perfeito simples dos verbos é formado substituindo-se a terminação -ram da terceira
pessoa do plural do pretérito perfeito simples pelas seguintes terminações para as três conjugações : -ra, -ras
, -ra , -ramos , -reis , -ram .
O pretérito mais-que-perfeito composto é empregado , como o simples , para expressar um fato já concluído
antes de outro também no passado . É usado na língua falada e , em geral , também na escrita : Tinha vindo
especialmente para o concerto .
O pretérito mais-que-perfeito composto é formado com o pretérito imperfeito do indicativo do verbo ter ( ou ,
ainda , haver ) mais o particípio do verbo principal .
O futuro do presente simples é usado para indicar um fato futuro em relação ao momento em que se fala :
Irei à praia neste fim de semana . Emprega-se também para :
a) indicar fatos de realização provável , pois estão mediante certa condição : Se ele vier , falarei com ele .
b) indicar incerteza , dúvida , suposição : Será possível uma coisa dessas ? Estarei eu aqui pela providência
divina ?
Observação: O futuro do presente simples é comumente substituído , na língua falada , por locuções
verbais ( conjunto inseparável formado de um verbo auxiliar e de um principal usado no infinitivo ou no
gerúndio )
a) o presente do indicativo do verbo haver , mais preposição de , mais infinitivo impessoal do verbo
principal para exprimir intenção : Hei de falar com ele antes do fim do mês .
b) o presente do indicativo do verbo ter , mais que , mais infinito impessoal do verbo principal para
indicar obrigatoriedade : Tenho que falar com ele antes do fim do mês .
c)o presente do indicativo do verbo ir , mais infinitivo impessoal do verbo principal ( que pode ser
qualquer verbo da língua , exceto o verbo ir mesmo e o vir ) para indicar próximo ou imediato : Estou
com fome , vou almoçar . Corra, o ônibus vai partir !
177
O futuro do presente simples dos verbos é formado adicionando-se ao infinitivo impessoal as seguintes
terminações para as três conjugações : -ei , -ás , -ás , -emos , -eis , -ão .
Observação : Aplica-se essa regra a todos os verbos exceto fazer , dizer e trazer , cujo -z- do radical
muda-se em -r- antes de receber essas terminações .
Ex : Já terão saído ?
O futuro do presente composto é formado com o futuro do presente simples do verbo ter ( ou , ainda , haver )
mais o particípio do verbo principal .
b)quando a oração subordinada revela um fato não realizado ou que talvez não se realize : Ex:Iríamos se ele
permitisse .
O futuro do pretérito simples dos verbos é formado adicionando-se ao infinitivo impessoal as seguintes
terminações para as três conjugações.
Observação : Aplica-se essa regra a todos os verbos , exceto fazer , dizer e trazer , cujo -z- do
radical muda-se em -r- antes de receber essas terminações .
178
FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO :
O futuro do pretérito composto é formado com o futuro do pretérito simples do verbo ter ( ou , ainda , haver )
mais o particípio do verbo principal
MODO SUBJUNTIVO
O subjuntivo expressa um fato incerto , duvidoso , eventual ou mesmo irreal , dependendo da vontade e
sentimento de quem o emprega . A noção de tempo que encerra não é tão precisa quanto a indicada nos
tempos do modo indicativo . Em princípio , verbos de ordem , de proibição , de desejo , de vontade , de
súplica e outros correlatos exigem o modo subjuntivo . É usado especialmente em orações subordinadas.
Ex : Duvido que Maria venha sozinha . Gostaria que Maria viesse sozinha . Será melhor se Maria vier
sozinha .
AMPLIANDO : Há casos em que , por questão de eufonia ou de estilo , não se emprega o subjuntivo ;
quando isso acontece,usa-se uma forma equivalente . Os substitutos mais usados são:
a) o infinitivo : Pediu para estudarmos mais ( =que estudássemos mais ) .
b) o gerúndio( principalmente em orações condicionais): Falando inglês seriam promovidos.
(= se falassem inglês ), seriam promovidos .
c)um subjuntivo abstrato : Não acredito em sua inocência (=que seja inocente) .
d)imperativo : Façam a lição (=preferia que fizessem a lição) sozinhos .
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
O presente do subjuntivo indica presente ou futuro , dependendo do conteúdo semântico do verbo : É pena
que elas estejam doentes (presente) .Espero que eles venham (futuro) .
179
Observações :
1- Aplica-se essa regra a todos os verbos , exceto dar, ir, ser, estar, querer, saber e haver .
2- Os verbos defectivos, cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo caiu em
desuso , não têm o presente do subjuntivo .
O pretérito imperfeito do subjuntivo indica uma ação simultânea ou futura em relação ao tempo do verbo da
oração principal ( que pode ser o pretérito perfeito simples , o pretérito imperfeito ou o futuro do pretérito do
indicativo ).
Ex: Duvidei que ele terminasse o trabalho . Eu queria que ela fosse logo . Gostaríamos que eles trouxessem
as crianças .
O pretérito imperfeito do subjuntivo dos verbos é formado substituindo-se a terminação -ram da terceira
pessoa do plural do pretérito perfeito simples do indicativo pelas seguintes terminações para as três
conjugações : -sse , -sses , -sse , -ssemos, -sseis , -ssem .
O pretérito perfeito do subjuntivo é formado com o presente do subjuntivo do verbo ter ( ou ainda , haver )
mais o particípio do verbo ter ( ou , ainda , haver ) mais o particípio do verbo principal
Ex : Talvez ele já tenha feito o trabalho . Duvido que ele tenha ido , sozinho .
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO :
O pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo expressa uma ação anterior a outra ação passada , em relação ao
tempo do verbo da oração principal ( que pode ser o pretérito perfeito simples , o pretérito imperfeito ou o
futuro do pretérito do indicativo). Existe a relação com dois passados, sendo que um deles ocorreu antes do
outro.
Ex : Se tivessem lido o romance pedido , poderiam discutir melhor sobre esse período de nossa história .
O pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo é formado com o pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo ter (
ou , ainda , haver ) mais o particípio do verbo principal
180
FUTURO SIMPLES DO SUBJUNTIVO:
O futuro simples do subjuntivo indica eventualidade no futuro , sendo que o verbo da oração principal pode
estar no presente ou no futuro do presente do indicativo.
O futuro simples do subjuntivo dos verbos é formado substituindo-se a terminação -ram da terceira pessoa do
plural do pretérito perfeito simples do indicativo pelas seguintes terminações para as três conjugações : -r , -
res , -r , -rmos , -rdes , -rem .
FUTURO COMPOSTO :
O futuro composto do subjuntivo é formado com o futuro simples do subjuntivo do verbo ter / , haver + o
particípio do verbo principal .
O futuro composto do subjuntivo indica uma ação futura que se passa anteriormente a outra ação também
futura , sendo que o verbo da oração principal deve estar , de regra , no futuro do presente do indicativo.
MODO IMPERATIVO
181
Emprego do Imperativo
Observações: Quando a pessoa que fala associa-se ao(s) ouvinte(s) ,usa-se a primeira pessoa do plural
(nós ) .
Podemos atenuar o imperativo usando :
a) o presente do indicativo : Você me paga amanhã ( = pague-me amanhã ) .
b) o futuro do presente simples do indicativo : Não fará isso ( = não faça isso ) .
c) o pretérito imperfeito do subjuntivo , transformando o imperativo numa sugestão.
Ex Se você ficasse quieto ? ( = fique quieto).
d) a perífrase formada do verbo ir no imperativo mais o verbo principal do infinitivo impessoal : João perdeu
o dinheiro ; não vá ficar zangado com ele ( = não fique zangado com ele ) .
e) expressões como por favor , por gentileza etc . : Abra a porta , por favor .
f) o verbo querer no presente ou no pretérito imperfeito do indicativo ( nesses dois casos a oração assume
a forma interrogativa ) , ou , até mesmo , no imperativo mais o verbo principal no infinitivo impessoal.
Ex : Quer abrir a porta ? Queria abrir a porta ? Queira abrir a porta ?
Podemos ainda dar ao imperativo um calor impessoal , substituindo-o pelo infinitivo impessoal : Preencher os
claros com o pronome indefinido adequado ( =preencha os claros com o pronome indefinido adequado ) .
Ex : Venha aqui ! Repito outra vez , fique quieto ! Suma-se seu covarde !
1- IMPERATIVO AFIRMATIVO :
a) tu ( segunda pessoa do singular ) e vós ( segunda pessoa do plural ) vêm das correspondentes do
presente do indicativo , mediante supressão do -s final : fica (tu) , ficai ( vós ) .
Observações :
- Aplica-se essa regra a todos os verbos , exceto ao verbo ser , cuja segunda pessoa do singular é sê
(tu) e a segunda pessoa do plural é sede ( vós ) .
-A segunda pessoa do singular do presente do indicativo do verbo dizer e dos terminados em -azer e
em -uzir pode perder o -es final ou apenas o -s , dando-nos duas formas para o imperativo afirmativo :
diz/dize (tu) , traz/traze (tu) , traduz /traduze (tu ).
b) você ( terceira pessoa do singular ) , nós ( primeira pessoa do plural ) e vocês ( terceira pessoa do plural )
vêm do presente do subjuntivo sem nenhuma alteração.
182
Observações : Os verbos cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo caiu em desuso
apresentam apenas a segunda pessoa do singular e a segunda pessoa do plural no imperativo
afirmativo : abole(tu) , aboli (vós) , são as únicas pessoas do verbo abolir .
Os verbos que no presente do indicativo apresentam apenas a primeira e a segunda pessoas do
plural possuem somente a segunda pessoa do plural no imperativo afirmativo : adi (vós) do verbo
adir .
IMPERATIVO NEGATIVO:
O imperativo negativo tem a conjugação de suas pessoas exatamente igual à do presente do subjuntivo ,
acrescentando-se apenas a negativa antes da forma verbal.
Ex : não fiques tu , não fique você ,não fiquemos nós , não fiqueis vós , não fiquem vocês .
Observações :
As formas nominais do verbo não exprimem , por si , nem o tempo nem o modo que dependem do contexto
em que aparecem . Seu próprio nome advém das funções de substantivo e adjetivo que ora desempenham .
São três : infinitivo , gerúndio e particípio .
INFINITIVO
O infinitivo apresenta o processo verbal em potência , exprime a idéia da ação . Pode ser :
1. INFINITIVO IMPESSOAL
O infinitivo é impessoal quando não se refere a uma pessoa gramatical , não representando , portanto , um
sujeito . É a forma nominal essencialmente substantiva e não se flexiona : É agradável passar as férias no
campo . Pude falar com Maria quando a vi no teatro . Usa-se :
a) como forma nominal ( nesse caso , exerce as funções próprias de substantivo ) . Pode ser empregado
como :
183
b) com valor verbal :
e) antecedido da preposição de mais adjetivos como fácil , difícil , bom e outros semelhantes(nesse caso,tem
sentido passivo ):
a) simples (presente) =
O infinitivo impessoal simples é a forma tal qual a encontramos nos dicionários ; usa-se para representar
ações de aspecto não concluído.
Ex : Apresentar um trabalho em Português é muito difícil para José . Perder no jogo o irrita .
b) composta ( pretérito ) =
Ex : Ter apresentado um trabalho em Português foi muito difícil para José . Ter perdido no jogo causou-lhe
sério problema financeiro . Forma-se com o infinitivo impessoal do verbo ter ( ou , ainda , haver ) mais o
particípio do verbo principal .
2-INFINITIVO PESSOAL
O infinitivo pessoal refere-se a uma pessoa gramatical e apresenta , portanto , sujeito próprio cujas flexões
pessoais adota , exceto nas primeira e terceira pessoas do singular : Não vim por estar doente ( primeira
pessoa do singular ) . Não veio por estar doente ( terceira pessoa do singular ) . Não viemos por estarmos
doentes ( primeira pessoa do plural ) .
a) quando o sujeito do infinitivo é o mesmo da oração principal e vem claramente expresso antes do infinitivo.
b) quando o sujeito do infinitivo não é o mesmo da oração principal e vem clara e diretamente antes do
infinitivo : Ouvi os meninos dizerem isso .
c) quando o infinitivo vem precedido de uma preposição e seu sujeito não está expresso : Não lhes demos
isso por sermos amigos ( nós é o sujeito do infinitivo ) . Nós lhes demos isso por serem amigos ( eles é o
sujeito do infinitivo ) .
184
d) quando se deseja indicar a indeterminação do sujeito ( nesse caso , o verbo fica a terceira pessoa do
plural ).
a) simples ( presente)
É formada adicionando-se ao infinitivo impessoal as seguintes terminações para as três conjugações : ø(eu) ,
-és (tu) , ø (ele) , -mos ( nós ) , -des (vós ) , -em ( eles ) .
b) composta ( pretérito )
Ex : Por termos falado Português somos compreendidos , Por termos falado Português fomos
compreendidos .
Forma-se com o infinitivo pessoal do verbo ter ( ou , ainda, haver ) mais o particípio do verbo principal .
Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessário dar à frase maior clareza e ênfase.
Usa-se o impessoal:
Usa-se o pessoal:
• quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal - Eu não te culpo por saíres
daqui
• quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar a pessoa do sujeito - Foi um erro responderes
dessa maneira.
• quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª pessoa do pl.) - Escutei baterem à porta
185
GERÚNDIO:
- uma ação iniciada antes da indicada na oração principal e que ainda continua.
b) ao lado do verbo principal para indicar uma ação simultânea , como a de um adjunto adverbial de modo.
c) após a oração principal , para expressar uma ação posterior ( nesse caso , equivale a uma oração
coordenada introduzida pela conjunção e ).
Ex : A neve caía há dois dias , cobrindo ( = e cobria ) as montanhas de um espesso tapete branco .
a) simples ( presente) =
Ex: Sorrindo , olhava as moças na praia . Ignorando os conselhos do pai, recusava-se a estudar .
b) composta ( pretérito ) =
Forma-se com o gerúndio do verbo ter ( ou , ainda , haver ) mais o particípio do verbo principal
186
Particípio :
a) com ter ou haver , na formação dos tempos compostos da voz ativa ( nesse caso , não leva a desinência
feminina -a, nem a plural -s , terminando sempre em -o ).
Ex : A polícia tem prendido muitos ladrões ultimamente . Já havíamos falado com ela quando você telefonou .
b) com ser ou estar , na formação dos tempos da voz passiva ( nesse caso , o particípio concorda em gênero
e número com a palavra a que se refere.
Quando usado sem auxiliar , o particípio exprime, essencialmente , o estado resultante de uma ação
concluída.
O particípio é formado substituindo-se o -r final do infinitivo impessoal por -do , observando-se que , nos
verbos da 2ª conjugação , a vogal temática -e- passa a -i- : beber (bebido ) , aparecer ( aparecido ) etc .
Observações :
4- Há vezes em que o particípio pode ser usado como substantivo ( nesses casos , vem precedido de
um artigo ou de uma outra palavra que o classifique como substantivo).
Ex : A morta tinha apenas vinte anos./ Muitos mortos na gurra foram homenageados .
187
CONJUGAÇÃO DE VERBOS NOTÁVEIS.
Encontram-se listados aqui alguns verbos que podem apresentar problemas de conjugação.
• Abolir (defectivo) - não possui a 1a pessoa do sing. do pres. do indicativo, por isso não possui pres.
do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, descomedir-se,
emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)
• Acudir (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - acudo, acodes... e / pretérito perf do
indicativo - com u (=bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir)
• Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no pres. do indicativo
• Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir,
diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir)
• Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir,
refulgir, restringir, transigir, urgir)
• Agredir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos,
agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir)
• Aguar (regular) - presente do indicativo - águo, águas..., / pretérito perf do indicativo - aguei,
aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar)
• Aprazer (irregular) - presente do indicativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretérito perf do indicativo -
aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram
• Arguir (irregular com alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), argúis, argúi,
arguimos, arguis, argúem / pretérito perf - argui, arguiste... (com trema )
• Atrair (irregular) - presente do indicativo - atraio, atrais... / pretérito perf - atraí, atraíste... (=abstrair,
cair, distrair, sair, subtrair)
• Atribuir (irregular) - presente do indicativo - atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem /
pretérito perfeito - atribuí, atribuíste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, excluir, , instruir, possuir,
usufruir)
• Averiguar (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - averiguo (ú), averiguas (ú), averigua
(ú), averiguamos, averiguais, averiguam (ú) / pretérito perfeito - averiguei, averiguaste... / presente do
subjuntivo - averigúe, averigúes, averigúe... (= apaziguar)
• Cear (irregular) - presente do indicativo - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam / pretérito perfeito
indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: falsear,
passear... - alguns apresentam pronúncia aberta: estréio, estréia...)
• Coar (irregular) - presente do indicativo - côo, côas, côa, coamos, coais, coam / pretérito perfeito -
coei, coaste, coou... (= abençoar, magoar, perdoar)
• Comerciar (regular) - presente do indicativo - comercio, comercias... / pretérito perfeito - comerciei...
(= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)
• Compelir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - compilo, compeles... / pretérito perfeito
indicativo - compeli, compeliste...
• Compilar (regular) - presente do indicativo - compilo, compilas, compila... / pretérito perfeito
indicativo - compilei, compilaste...
• Construir (irregular e abundante) - presente do indicativo - construo, constróis (ou construis),
constrói (ou constui), construímos, construís, constroem (ou construem) / pretérito perfeito indicativo -
construí, construíste...
• Crer (irregular) - presente do indicativo - creio, crês, crê, cremos, credes, crêem / pretérito perfeito
indicativo - cri, creste, creu, cremos, crestes, creram / imperfeito indicativo - cria, crias, cria, críamos,
críeis, criam
• Falir (defectivo) - presente do indicativo - falimos, falis / pretérito perfeito indicativo - fali, faliste... (=
aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir)
• Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - frijo, freges, frege,
frigimos, frigis, fregem / pretérito perfeito indicativo - frigi, frigiste...
• Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, vais, vai, vamos, ides, vão / pretérito perfeito indicativo -
fui, foste... / pres. subj. - vá, vás, vá, vamos, vades, vão
• Jazer (irregular) - presente do indicativo - jazo, jazes... / pretérito perfeito indicativo - jazi, jazeste,
jazeu...
• Mobiliar (irregular) - presente do indicativo - mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais,
mobíliam / pretérito perfeito indicativo - mobiliei, mobiliaste...
188
• Obstar (regular) - presente do indicativo - obsto, obstas... / pretérito perfeito indicativo - obstei,
obstaste...
• Pedir (irregular) - presente do indicativo - peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem / pretérito
perfeito indicativo - pedi, pediste... (= despedir, expedir, medir)
• Polir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem /
pretérito perfeito indicativo - poli, poliste...
• Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente do indicativo - precavemo-nos, precaveis-vos /
pretérito perfeito indicativo - precavi-me, precaveste-te...
• Prover (irregular) - presente do indicativo - provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem /
pretérito perfeito indicativo - provi, proveste, proveu...
• Reaver (defectivo) - presente do indicativo - reavemos, reaveis / pretérito perfeito indicativo - reouve,
reouveste, reouve... (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais com a letra v)
• Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos, remis / pretérito perfeito indicativo - remi,
remiste...
• Requerer (irregular) - presente do indicativo - requeiro, requeres... / pretérito perfeito indicativo -
requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo dele na 1ª pessoa do singular do
presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e derivados, sendo regular)
• Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, ri, rimos, rides, riem / pretérito perfeito indicativo - ri,
riste... (= sorrir)
• Saudar (alternância vocálica) - presente do indicativo - saúdo, saúdas... / pretérito perfeito indicativo
- saudei, saudaste...
• Suar (regular) - presente do indicativo - suo, suas, sua... / pretérito perfeito indicativo - suei, suaste,
sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar)
• Valer (irregular) - presente do indicativo - valho, vales, vale... / pretérito perfeito indicativo - vali,
valeste, valeu...
• Pronominais
• Caber
189
• Dar
presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos, deis, dêem pretérito perfeito do indicativo: dei, deste,
deu, demos, destes, deram
• Dizer
• Estar
190
• Fazer
os particípios desse verbo e seus derivados são irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, etc.
• Haver
• Ir
191
• Poder
• Pôr
• Querer
• Ser
• Ter
Observação: seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, entreter, manter, reter.
193
• Trazer
• Ver
Observação: seguem esse modelo os derivados antever, entrever, prever, rever. Prover segue o
modelo acima apenas no presente do indicativo e seus tempos derivados; nos demais tempos,
comporta-se como um verbo regular da segunda conjugação
• Vir
194
Observação: seguem esse modelo os verbos advir, convir, desavir-se, intervir,
provir, sobrevir.
Exercícios Dirigidos
GABARITO
01-Precavesse; 02-Cuide-se; 03-Reajam e Recuperem; 04 –dispersado; 05- dispersas; 06- extinta.
CONJUNÇÕES
195
Conjunção é a palavra variável que liga orações ou termos de mesma função sintática .
Locução conjuntiva: são duas ou mais palavras com valor de uma conjunção.
São elas: sempre que, à proporção que, desde que, já que, depois que, sempre que, tantas vezes que, uma
vez que, se bem que, ainda que, a fim de etc.
2. Adversativas: exprimem essencialmente ressalva de pensamentos, ressalva essa que pode indicar
idéia de oposição, de contraste, restrição, advertência.
AMPLIANDO
Atenção !Em dormi muito e não descansei ,apesar de a conjunção e ser classificada como
aditiva, ela está sendo usada com valor adversativo, uma vez que equivale a mas.→ dormi
muito,mas não descansei.
ou ... ou , ora ....ora , quer .... quer , seja..... seja , já .......já , umas vezes...outras vezes.
Muito dinheiro umas vezes trás felicidade, outras vezes traz desgraça. È você quem comanda.
196
4. Conclusivas : exprimem a idéia de conclusão lógica.
logo , pois (depois do verbo) , portanto , por conseguinte , assim , então , por isso , em vista disso,etc.
etc.
5. Explicativas : ligam duas orações, a segunda das quais justifica o conteúdo da primeira;exprimem a
idéia de explicação, motivo, razão.
porque , pois ( antes do verbo), porquanto , que, senão (quando equivaler a porque)
“Pois” será conclusiva, quando equivaler a portanto, e será explicativa quando equivaler a “porque.”
A conjunção coordenativa não se altera com a mudança de construção, pois liga elementos independentes
,estabelecendo, entre eles, relação de adição no primeiro caso e de alternância, no segundo. Observe :
Observe que a mesma situação não ocorrerá nas conjunções subordinativas, que ligam termos
dependentes.
Dancei tanto que cansei →cansei é consequêcia de dancei tanto # cansei que dancei tanto → dancei
tanto não é consequência de dancei.
197
1-Integrantes :
É preciso rever o conceito de pronome relativo para não confundi-lo com conjunção integrante
2- As conjunções Causais :
Iniciam uma oração que indicam uma circunstância de causa de um fato expresso na oração anterior.
São elas: porque, como (=porque), JÁ QUE, uma vez que, visto que, visto como, pois que, por isso que,
porquanto, pois, etc
Fui embora porque estava cansada → estar cansada foi o motivo que desencadeou a ação de ir embora.
Não fui admitido, visto que seus documentos não estavam em ordem.
AMPLIANDO
Introduzem orações que estabelecem comparação em relação àquela que é denominada de principal. Ou
serve para exprimir idéia de comparação entre dois elementos de orações diferentes.
que, do que (relacionado a mais), menos, maior, menor, melhor, pior, qual (relacionado a tal) , quando
(relacionado a tanto), como (relacionado a tal, tão, tanto), como, se, assim, como, bem como.
Nos exemplos abaixo, encontramos entre parênteses expressões que vêm geralmente subentendidas, por
serem comuns em ambas as orações:
198
O inverno é mais agradável que o verão.( é agradável )
4- As conjunções CONCESSIVAS :
Servem para exprimir idéia de concessão, consentimento ou hipótese ao modificar a oração e ela
subordinada, ou
Nas concessivas é indicado um fato que possui uma razão possível para não ocorrer, mas que a despeito de
tudo, ocorre assim mesmo.
A chuva não impede a ação de ir à praia, mesmo que esse fosse o esperado.
ainda que, apesar de que, EMBORA, bem que, posto que, ainda, mesmo que, quando mesmo, quando,
posto que, por pouco que, dado que, mesmo que, conquanto, dado que, mesmo que, nem que, posto mais
que, suposto que, que, se bem que, ainda quando, etc.
Ainda que distribuíssem todos os seus bens, não conseguiriam só por isso as suas salvações
199
5- As conjunções CONDICIONAIS:
Introduzem uma oração subordinada exprimindo condição mediante a qual é realizada a ação enunciada na
oração principal
São elas: se, caso, salvo se, uma vez que, contanto que, dado que, desde que, exceto se, a não ser que, a
menos que, que, sem que, no caso de.
Exemplos:
7- As conjunções CONSECUTIVAS:
Introduzem uma oração subordinada cujo sentido é consequência do pensamento expresso pela oração
principal.
São elas: que (relacionado com os intensificadores tão, tal, tanto ,tamanho) de modo que, de maneira que,
de sorte que , de forma que, sem que(= que não), de tal forma que, de tal jeito que, de tal maneira que.
Exemplos:
Dei aos alunos todas as explicações, de sorte que já não há motivo para aborrecimentos.
Fique atento!
200
8- As conjunções FINAIS:
Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade, objetivo para a ação citada na oração principal.
São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que - hoje é raro).
Exemplos:
"Façamos porque o sonho seja agradável e não triste."(Porque = para que) (Machado de Assis)
9- As conjunções PROPORCIONAIS:
São aquelas que introduzem uma oração subordinada, mostrando a proporção em que se exercita a ação
da oração principal.
São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto maior, quanto mais... mais, quanto menor,
quanto melhor, quanto mais... tanto mais, tanto mais, quanto mais...menos, quanto mais...tanto menos,
quanto menos...menos, etc.
São aquelas que introduzem orações que exprimem o tempo da realização do fato expresso na oração
principal
São elas: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as
vezes que, cada vez que, apenas, mal, que (= desde que), enquanto, desde que, senão quando, ao tempo
que, ao passo que, agora que , primeiro que.
Exemplo:
201
Exercícios Dirigidos
Reescreva a oração em destaque introduzindo-a por conectivo de um dos dois tipos abaixo: (Faça
as modificações necessárias.)
1º tipo: PORQUE, UMA VEZ QUE, JÁ QUE, COMO, EM VIRTUDE DE, EM CONSEQÚÊNCIA DE,
VISTO QUE;
2º tipo: EMBORA, MESMO QUE, AINDA QUE, SE BEM QUE, APESAR DE, A DESPEITO.
Exemplos:
1. A explicação do corretor foi clara, mas alguns clientes ainda tinham dúvidas.
2. A maioria dos senadores era a favor do divórcio; por conseguinte, o Senado aprovou o projeto de lei.
4. O diretor da empresa tinha idéias arrojadas; não conseguia, contudo, pôr a maioria delas em prática.
5. Nossa firma não dispunha de infra-estrutura necessária à realização da obra; não ganhou, pois, a
concorrência.
6. O Secretário Geral da ONU fez várias propostas; não conseguiu, porém, que os países litigantes
chegassem a um acordo.
7. O espetáculo foi muito elogiado pela crítica especializada; não chegou, entretanto, a construir-se em
sucesso de bilheteria.
8. Havia muito movimento na rua; os ladrões não consumaram, pois, o assalto ao banco.
10.O goleiro vinha jogando muito bem no campeonato; mas seu nome não foi lembrado pela Comissão
Técnica da CBD.
11. Nós não tínhamos todo o dinheiro para a compra do apartamento; conseguimos, no entanto, a
preferência do vendedor.
12. Muitos navios lançam detritos na baia de Guanabara; por conseguinte, ela fica cada vez mais poluída.
202
Primeiros Exercícios
14-Convidamos o José para ir conosco, se bem que não possamos oferecer-lhe conforto.
17-"Fiquei quieto no quarto para que não suspeitassem de minha presença"(José L.do "Rego)
18-"Tio Cosme vivia com minha mãe, desde que ele enviuvou"(Machado de Assis)
21-" Tire essa venda, para que aos horrores possas fugir: (Guimarães Passos) .
203
26-Quando o vejo, lembro-me do que me pediu.
45-"Perfeita também seria a ventura do Belinha , caso o marido não existisse" (E. Frieiro)
46- Ainda que distribuíssem todos os seus bens não conseguiriam só por isso as suas salvações
48- Posto que sejam tão ricos, nada fazem pelos necessitados.
204
53- Desejei que ele me amasse como eu o amo.
55- fiz tudo como você mandou fazer para não ter problemas.
GABARITO
1-condicional;2-integrante; 3- Condicional;
4-concessiva;5- concessiva;6-conformativa
205
EXERCÍCIOS SOBRE CONJUNÇÃO
Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) oposição
b) condição
c) consequência
d) comparação
e) união
2. (FCC – 2012 – TCE-AP – Técnico de Controle Externo) Preços mais altos proporcionam aos agricultores
incentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de alimentar o mundo. Mas eles também
impõem custos aos consumidores, aumentando a pobreza e o descontentamento. (início do 2o parágrafo)
A 2a afirmativa introduz, em relação à 1a , noção de
a) condição.
b) temporalidade.
c) consequência.
d) finalidade.
e) restrição.
“Contudo, se o roubo é comumente o crime da miséria e da aflição, se esse crime apenas é praticado por
essa classe de homens infelizes, para os quais o direito de propriedade (direito terrível e talvez
desnecessário) apenas deixou a vida como único bem, [.......] as penas em dinheiro contribuirão tão-somente
para aumentar os roubos, fazendo crescer o número de mendigos, tirando o pão a uma família inocente para
dá-lo a rico talvez criminoso.” (parágrafo 5)
A palavra ou locução que, usada no espaço entre colchetes deixado no período, fortalece a conexão lógica
entre as orações adverbiais condicionais e o que ele afirma a seguir é:
a) inclusive.
b) além disso.
c) então.
d) por outro lado.
e) mesmo.
a) Causa.
b) Consequência.
c) Condição.
d) Conformidade.
e) Concessão.
206
5. (FUMARC – 2011 – PRODEMGE – Analista de Tecnologia da Informação) No trecho “Ao tempo de
Pilatos e de James Joyce, a linguagem virtual estava longe”. Mas, além da realidade física, da palavra
impressa, ela servia de símbolo da identidade e da perenidade da comunicação”.
b) “Um tecido comum pegaria fogo se fosse exposto diretamente a essa radiação.”
c) “Sabe-se também que a alimentação materna pode ter impacto na chance de a criança vir a desenvolver
câncer.”
d) “Marilyn Monroe morreu aos 36 anos de forma trágica, vítima de uma overdose de medicamentos que até
hoje não se sabe se foi intencional, acidental ou provocada por alguma misteriosa conspiração política.”
e) “Não fale rápido demais. Se sua dicção não for boa, ninguém irá entender o que você diz.”
7. (CONSULPLAN – 2006 – INB – Analista de Sistemas) “Já a produção de petróleo não é suficiente para
atender à demanda, embora a dependência externa no setor tenha conhecido…” O termo “embora”, nesse
fragmento, estabelece relação lógico-semântica de:
a) Condição.
b) Adição.
c) Conformidade.
d) Concessão.
e) Tempo.
“- Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro…” a palavra destacada anteriormente
exprime ideia de:
a) Escolha.
b) Contraste, oposição.
c) Finalidade.
d) Explicação.
e) Soma, adição.
9. (NCE-UFRJ – 2010 – UFRJ – Contador) “Dicas para acelerar sem perder o ritmo”. Nessa frase, os
dois conectivos sublinhados indicam, respectivamente:
a) direção e negação;
b) comparação e ausência;
c) finalidade e concessão;
d) modo e condição;
e) movimento e modo.
207
10. (FUMARC – 2011 – Prefeitura de Nova Lima – MG – Procurador Municipal) No Texto lê-se: “A língua
que falamos é um bem, se considerarmos “bens” “as coisas úteis ao homem”.
O termo negritado, segundo Cunha e Cintra (2009), tem o valor de um (a):
GABARITO CONJUNÇÕES
NUMERAL
Exemplo:
Reparem que neste caso ele se opõe a dois, três, quatro, etc.
Podemos portanto dizer que: sempre em dada frase, pudermos passar para o plural as palavras um - uma e
exigir o emprego de uns ou umas, trata-se de artigo indefinido e não de numeral. E se o plural de um , uma
for dois, duas, ou melhor, se opõe a dois, três, quatro, é um numeral
208
“Um” é numeral quando indicar quantidade e puder ser substituído por outro numeral,como em
• A leitura será ordinal de 1 a 10: volume X- volume décimo; página XX- página vigésima
A leitura será cardinal de 11 em diante: pauta XII- pauta doze; século XX- século vinte
D. Pedro primeiro; Luís quinze.;D.. Henrique Oitavo; Papa Pio Nono; Papa Pio Doze; Papa João Oitavo;
Papa João Vinte Três; Quarto século
Números Números
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fraccionários Colectivos
(árabes) (romanos)
1 I um primeiro
meio ou
2 II dois segundo duplo ou dobro duo, dueto
metade
209
9 IX nove nono nónuplo nono novena
dezena,
10 X dez décimo décuplo décimo
década
undécimo ou undécimo ou
11 XI onze undécuplo
décimo primeiro onze avos
duodécimo ou duodécimo ou
12 XII doze duodécuplo dúzia
décimo segundo doze avos
treze avos,
13 XIII treze décimo terceiro
etc.
vigésimo vinte e um
21 XXI vinte e um
primeiro avos
trinta avos,
30 XXX trinta trigésimo
etc.
40 XL quarenta quadragésimo
50 L cinquenta quinquagésimo
60 LX sessenta sexagésimo
90 XC noventa nonagésimo
centena,
100 C cem centésimo cêntuplo cem avos
cento
210
400 CD quatrocentos quadrigentésimo
100 000 C (1) cem mil cem milésimos cem mil avos
1 000
M (1) um milhão milionésimo milionésimo
000
1 000
M (2) mil milhões
000 000
1 000
000 000 um bilião bilionésimo bilionésimo
000
(1)
As letras têm um traço por cima
(2)
As letras têm dois traços por cima. Que eu não sei colocar
Flexão do Numeral
• Variam em gênero:
b) todos os ordinais:
211
• Variam em número:
Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os multiplicativos, quando têm função adjetiva; os
fracionários, dependendo do cardinal que os antecede
Os cardinais, quando substantivos, vão para o plural se terminarem por som vocálico (Tirei dois dez
e três quatros)
• O numeral MEIO flexiona em gênero e número com o substantivo a que ele se refere; passa a ser
numeral adjetivo.
Exemplo:
Casal, dezena, centena, cento, par, milhar, dúzia, grosa, ambos, quarteirão (= grupo de 25), semana,
quinzena, quarentena. Estes numerais flexionam-se em número como
X- INTERJEIÇÃO
alívio (Ufa!); dor (Ai!); espanto (Quê!); medo (Credo!); satisfação (Viva!)...
• Locução interjetiva
AMPLIANDO
Uma palavra pertencente à outra classe pode transformar-se em interjeição, tudo depende do
contexto e da expressividade com que é falada.
212
AMPLIANDO
SIMULADO I
01-(EFOMM) Assinale a opção em que se errou no emprego da forma verbal destacada:
02) UERJ - Preencha as lacunas da 1ª parte de acordo com a 2ª (no tocante ao emprego de pronomes
relativos) e assinale na 3ª a letra que convém como solução:
2ª parte
1) que
2) cujo
3) com quem
4) a que
5) a cujo
6) às que
3ª parte
a) 1 - 2 - 3 - 4 - 1 - 6;
b) 1 - 4 - 1 - 6 - 4 - 4;
c) 4 - 5 - 3 - 4 - 1 - 6;
d) 4 - 2 - 1 - 1 - 4 - 4;
e) 1 - 5 - 3 - 6 - 1 - 6.
“A noite chegou fria. “ e “Não confie nele.”, os verbos, quanto à predicação, são, respectivamente:
213
d) transitivo direto / intransitivo.
05) CESGRANRIO - Assinale a opção em que o pronome lhe está empregado com valor possessivo:
06) CESGRANRIO - “O ideal seria que esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país,
por todas as cidades, que tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos
brasileiros do Oiapoque ao Chuí, mostrando àqueles que não podem ler jornais nem freqüentar as
discussões universitárias o que foi um dos períodos mais tenebrosos da história do Ocidente.”
07) ESPCEX - “Ao preencher um envelope não deve-se esquecer de por, alem do nome e endereço do
destinatário, o número do CEP. Isso evitará que a carta se perca ou que seja entregue com atrazo.”
Notam-se aqui algumas incorreções de linguagem. Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela(s) que
apresenta(m) tipos de incorreção encontrados no trecho acima e na quantidade indicada:
214
08) ESPCEX - Identifique, entre as alternativas abaixo, aquela(s) que se apresenta(m) totalmente correta(s)
quanto aos seguintes aspectos.
a) Colocação Pronominal
Aquilo aborreceu-me demais.
Nunca contar-lhe-ia tudo o que sei.
Não os querendo mais aqui, mandei-os embora.
Como é que os encontrou?
b) Emprego da Crase
Chegamos à fazenda à uma da tarde e logo saímos a cavalo, dirigindo-nos a Americana (cidade do Estado
de São Paulo), onde ficamos, a tarde inteira, à espera do resto do pessoal. Completamos o percurso, de
ponta à ponta, em duas horas.
c) Ortografia
berinjela, analisar, jibóia, estupidez, através, talvez, rixa, chuchu, pesquisa, compreensão, aprendiz,
aspereza, princesa, ansioso, ficha, misto, hipnotizar, rodízio, ressuscitar, espontaneidade, extensão,
estender.
09) ITA - Cada uma das questões propostas apresenta três frases, que podem ser corretas ou incorretas.
Verifique quais que apresentam, ou não, infração de regras gramaticais e, observando cuidadosamente o
número de cada questão, assinale
1) Antecipei o meu regresso por motivos que não interessam expor agora.
2) Ali, onde raream os pequenos animais, deviam existir matas, de onde já haviam desaparecido as onças.
3) Esforço-me por que se conheçam e remedeiem os erros.
a()b()c()d()e()
10) ITA
1) Notavam-se-lhe no gesto alguns ressentimentos.
2) Que diria o pai se lhe confessassem que não lhe socorreu o filho, embora o pudessem?
3) Por negar a verdade, não tenho o direito de vos espancar
a()b()c()d()e()
GABARITO SIMULADO I
215
AMPLIANDO
SIMULADO II
RELATÓRIO
Jorge Miguel
http://www.analisedetextos.com.br/2010/04/exercicios-de-interpretacao-de-textos.html
Senhor Superintendente
Tendo sido designado por Vossa Senhoria para apurar as denúncias de irregularidades ocorridas no
aeroporto de Marília, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que nesse sentido
efetuei.
No dia 23 de julho de 1988 dirigi-me ao senhor Raimundo Alves Correia, encarregado do aeroporto daquela
cidade, para que permitisse fosse interrogado o funcionário João Romão, acusado de ter furtado uma
máquina de escrever Olivetti n. 146.801, pertencente ao patrimônio do aeroporto. O acusado relatou-nos que
realmente havia levado a máquina para casa na sexta-feira - 18 de março de 1988 - apenas para executar
alguma tarefa de caráter particular. Não a devolveu na segunda-feira, dia 21 de março, porque faltou ao
serviço por motivo de doença. Quando retornou ao serviço dia 28 de março, devolveu a máquina. A doença
do acusado está comprovada pelo atestado que segue anexo ao presente relatório; a devolução da máquina
no dia 28 de março foi confirmada pelo senhor Raimundo Alves Correia.
Do exposto conclui-se que me parece infundada a acusação. Não houve vontade de subtrair a máquina, mas
apenas negligência do acusado em levar para casa um bem público para executar tarefa particular. Foi
irresponsável. Não cometeu qualquer ato criminoso.
Não me convence seja necessário impor-se a instauração de processo administrativo. O funcionário deve ser
repreendido pela negligência que cometeu. É o que me cumpre levar ao conhecimento de Vossa Senhoria.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe protestos de minha distinta consideração.
São Paulo, 25 de julho de 1988 Cláudio da Costa
1. O relatório é um texto de tipo:
a. descritivo;
b. narrativo;
c. argumentativo;
d. poético;
e. dramático.
4. ''Tendo sido designado por Vossa Senhoria...''; esta oração inicial do texto tem valor:
a. concessivo;
b. temporal;
c. conclusivo;
d. causal;
e. consecutivo.
216
6. ''...submeto à apreciação de Vossa Senhoria...''; o acento grave indicativo da crase neste segmento se
deve a que:
a. ocorre a união da preposição a com o artigo definido feminino singular;
b. a regência do verbo submeter exige o uso da preposição a;
c. há a obrigatoriedade do emprego do artigo definido feminino singular;
d. faça parte de uma locução adverbial;
e. faça parte de uma locução prepositiva.
7. O estilo burocrático se caracteriza, entre outras coisas, pelo emprego de palavras desnecessárias; no
primeiro parágrafo do texto são exemplos desse caso:
a. denúncias; ocorridas; apreciação;
b. ocorridas; apreciação; relatório;
c. apreciação; relatório; nesse sentido;
d. relatório; denúncias; ocorridas;
e. nesse sentido; ocorridas; apreciação.
9. ''... que se anexa ao presente relatório.'' ; o item abaixo em que a concordância do vocábulo anexo está
correta é:
a. Vai anexa o atestado médico;
b. Vão anexo o atestado e a foto do funcionário;
c. Estão em anexas as fotografias pedidas;
d. Está em anexo a declaração do réu;
e. Está anexo os documentos solicitados.
GABARITO SIMULADO II
217
AMPLIANDO
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
SIMULADO III
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=6459387707805191110 questões imediatas de
interpretação de textos.
Cada um dos períodos abaixo foi redigidos de cinco formas diferentes. Leia-os todos com a tenção e
selecione a letra que corresponde ao período que tem melhor redação, considerando correção, clareza,
concisão , elegância.
01 - (SJRP-JUNDIAÍ)
a) Um sentimento pungente me dominava, abafando uma vaga, uma imprecisa sensação de sarcasmo.
b) Eu sentia duas coisas: uma imprecisa sensação de sarcasmo e um sentimento pungente que, ao dominar-
me, abafava o mesmo.
d) O sarcasmo impreciso e vago era abafado pelo sentimento que eu sentia, pungente dentro de mim.
e)Tão pungente que era, denominava-me um sentimento que abafava a sensação de sarcasmo, por sua vez,
vaga e imprecisa.
02 - (SJRP-JUNDIAÍ)
a)A pouco a pouco, eis que vão desaparecendo do nosso litoral do Ceará as dunas, que restavam como
derradeiro recurso natural doa últimos que o homem não tocou.
b)As constas Cearenses estão perdendo aos poucos as dunas, que o homem deixou em último lugar, dos
recursos naturais que ele mesmo vai destruindo.
c)As dunas que representam um dos últimos recursos naturais intocados pelo homem, estão desaparecendo
pouco a pouco da costa cearense.
d)No Ceará, vão sumindo pouco por pouco os recursos naturais de que as dunas são um deles, mas o
homem vai pondo a perder, o litoral
e)Por obra do homem, os recursos naturais entre os quais as dunas da costa do Ceará, vão sendo
destruídas aos poucos.
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03 - (SJRP)
a)A política externa americana, depois da guerra, precisa fornecer aos seus presidentes um triunfo
ribombante, para que em política interna os mesmos criem uma boa imagem de si.
b)As imagens dos presidentes americanos, como se viu depois da guerra, só ficam boas internamente
quando um sucesso enorme externamente contribui para tal melhoria.
c)Após a guerra, o exemplo que se vê é esse, que todos os presidentes americanos melhorem sua imagem
interna às custas de uma política externa capaz de fazê-lo.
d)Em termos de imagem interna, sucede aos presidentes americanos que, no período de pós-guerra, só uma
política externa favorável consegue melhorar a mesma.
e)A julgar pelos exemplos de pós-guerra, todo presidente americano precisa de um triunfo retumbante em
política externa para firmar a sua imagem no plano interno
04 - (SJRP-)
a)Empurradas por ventos de mais de 60 quilômetros horários, as dunas, em alguns trechos, chegaram a
avançar até 300 metros.
b)Os ventos, de até mais de 60 quilômetros por hora, empurraram as dunas, avançando-as em certos pontos
de até 300 metros.
c)As dunas que são empurradas por ventos que ultrapassam 60 quilômetros à hora , ocuparam trechos que
avançam até 300 metros.
d)A velocidade de mais de 60 quilômetros à hora imprimem um impulso nas dunas em alguns trechos,
cobrindo uma faixa de até 300 metros, devido ao vento.
e)Cerca de 300 metros de certos trechos, foram cobertos pelas dunas que avançavam; tendo sido
empurradas pelo vento de mais de 60 quilômetros horários.
05 - (SJRP)
a)Impossível dizer, no que tange ao atual movimento poético, a extensão e sua persistência.
c)É impossível determiná-los, com relação à persistência e extensão do movimento poético contemporâneo.
d)Não é possível determinar nem a extensão nem a persistência do atual movimento poético.
e)É impossível determinar a extensão como a persistência da atualidade da poesia que nele se faz.
06 - (SJRP-JUNDIAÍ)
a)Esta presente geração hodierna, se guardar o entusiasmo, terá o futuro em suas mãos.
c)Contando que lhe não afrouxe o entusiasmo, a geração atual tem nas mãos o futuro.
d)Se não lhe afrouxar o entusiasmo, o futuro pertence à mão do jovem atual.
e)Guardando o entusiasmo, será esta a condição par que a geração atual tenha ao futuro nas mãos.
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Instruções para as questões de número 7 a 10.
Essas questões referem-se à compreensão de leitura. Leia atentamente cada uma delas e assinale a
alternativa que esteja de acordo com o texto. Baseie-se exclusivamente nas informações nele contidas.
Segundo o texto:
c)A pedagogia moderna, para interpretar o comportamento do adulto, tem que reportar-se à infância.
d)Para a corrente pedagógica moderna, a não ser por uma questão de grau, a motivação intrínseca da
criança é a mesma que a do adulto.
e) O comportamento humano é explicado por fatores que são os mesmo tanto par a criança quanto para o
adulto.
08 - (UEMT-LONDRINA) “Para vendermos produtos, mesmos mais baratos, os salários das classes mais
baixas precisariam ser maiores.”
a)As classe pobres podem comprar apenas os produtos cujo preço foi sensivelmente reduzidos.
b)O fato de os salários serem baixos induz as classes pobres à indiferença diante de suas necessidade do
consumo..
c)As calasses pobres, em face de seus baixos vencimentos, não se importam com a qualidade dos produtos
que consomem.
d)As classes pobres se endividam demasiadamente, já que, por força dos baixos salários que recebem, têm
poder aquisitivo muito reduzido.
e)A redução do preço dos produtos não é suficiente para colocá-los ao alcance dos salários das classes mais
baixas.
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09 - (UEMT-LONDRINA) “A idéia de que diariamente, cada hora, a cada minuto e em cada lugar se realizam
milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu deveria certamente tomar
conhecimento e que, entretanto, jamais me serão comunicadas – basta par tirar o sabor a todas as perspectivas
de ação que encontro a minha frente. O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito
perdido.”
b)O interesse que o indivíduo manifesta em participar dos acontecimentos é maior que sua capacidade par
dirigi-los.
c)O mundo ganha valia com o conjunto das ações humanas, mas destrói o sabor que a vida possa,
individualmente, oferecer aos homens.
d)O mundo não se resolve nos gestos individuais, mas resulta do conjunto da ação harmoniosa dos
indivíduos.
e)A impotência de participar dos acontecimentos de seu tempo traz, como conseqüência, o descaso pela
ação humana.
10 - (UEMT-LONDRINA) “Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas,
farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores,
importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem
quietação, peguei de uma página de anúncios (...)".
Dizendo-se farto "de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação”, o cronista permite-nos concluir
que ele vê o mundo como:
a)incompreensível
b)contraditório
c)autoritário
d)Indiferente
e)Inatingível
GABARITO
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO SIMULADO III
01) B 02) E 03) A 04) C 05) A
06) D 07) D 08) C 09) B 10) A
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PARTE II
TEXTO E TEXTUALIDADE
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao conhecimento, portanto precisamos aprender a ler e
não apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é dar sentido à vida e ao mundo, é
dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, enfim possibilidades
que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de
captar ideias, de investigar as palavras... Para isso, devemos entender primeiro algumas definições
importantes:
• O que é texto?
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e
informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um símbolo, um sinal de trânsito,
uma foto, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais.
• O que é interlocutor?
TEXTO-MODELO:
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo
mundo sente. Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. Quem agüenta ver o namorado
conversando todo animado com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (...)
É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a
parte mais importante da sua vida.”
(Revista Capricho)
• A interação com o mundo que nos cerca, através da leitura de jornais, revistas, livros etc..., é fator
relevante para compreender alguns textos, pois a falta de informação do que acontece ao nosso
redor, torna-se impedimento para compreensão de determinados textos.
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Dicas para uma melhor leitura:
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes;
04) Inferir;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
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Algumas técnicas podem ajudar o candidato a ter um bom desempenho na prova e até
mesmo compensar a pouca leitura durante a formação educacional.
Lembre-se :“Não existe texto difícil, existe texto mal interpretado”
Apesar de muitos textos serem extraídos de jornais e revistas, no exame, o candidato, por
mais que esteja habituado a ler artigos e reportagens, tende a sentir-se pressionado a acertar
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a questão e acaba criando uma barreira que o impede de ver o texto como algo comum. Por isso, muitos ficam
"apavorados" na hora da prova.
É preciso lembrar que o o texto é como uma colcha de retalhos. Por isso, o candidato deve dividi-lo em partes,
ver as idéias mais importantes em cada uma e enxergar a coerência entre elas.
Outra técnica que ajuda é procurar dentro do texto as respostas para as expressões "o que", "quem", "quando",
"onde", "por que", "como", "para que", "para quem", entre outras. Essa busca por respostas é uma forma de o
candidato interagir com o texto e deixar a leitura mais clara.
No concurso, o candidato muitas vezes não consegue enxergar que na alternativa correta está escrito de forma
diferente o mesmo conteúdo do texto. Isso pode decorrência da falta de hábito de leitura. Por isso, é
fundamental que o candidato faça exercícios de interpretação todos os dias durante o estudo. Só errando é
que ele vai aprender.
O treino pode ser feito com livros e apostilas ou com provas anteriores, de preferência da mesma organizadora
responsável pelo concurso que o candidato irá prestar.
O candidato deve ficar atento ao enunciado das questões e à forma como devem ser respondidas. As questões
de interpretação são de múltipla escolha ou de certo e errado. E, no enunciado, a organizadora pode pedir que
seja assinalada a alternativa incorreta. Se estiver distraído, o candidato condicionado a procurar sempre a
resposta pode acabar errando.
É recomendado, ainda, que os candidatos leiam as questões antes do texto, dessa forma, ele define uma linha
de raciocínio e, à medida que lê o texto, já busca as respostas. É preciso, no entanto, ficar atento no tempo
que será usado para essa parte da interpretação. A primeira leitura das questões é apenas para direcionar a
interpretação, portanto, não se deve usar muito do tempo disponível nessa etapa.
É conhecida a idéia de que os organizadores sabem que interpretação de texto é o ponto fraco de muitos
candidatos. Por isso, quanto mais treino o candidato obtiver, mais 'maldoso' o candidato fica.
AMPLIANDO
DEFINIÇÕES DE TERMOS DO ENUNCIADO
Vejamos alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões
relacionadas a textos. Iniciemos por algumas definições básicas.
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras, mantendo seu sentido original.
225
AMPLIANDO
PROCURE RELACIONAR:
Para interpretar de forma adequada, dependendo do texto, fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto),
leitura e prática;
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é
um conjunto de idéias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição: Não raro, o texto apresenta idéias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
equivocadas e, conseqüentemente, errando a questão.
RESUMINDO: ALGUMAS DICAS PARA UMA BOA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;
(Procure, através do contexto, entender o sentido da palavra)
09. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa,
verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o
que se perguntou e o que se pediu;
10. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;
11. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva;
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12. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
13. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no
sentido do texto;
15. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;
TIPOLOGIA TEXTUAL
Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo um Editorial, no qual o autor expõe seu
ponto de vista sobre determinado assunto, uma descrição de um ambiente e um texto literário escrito em
prosa.
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se conceituam como gêneros textuais as
diversas situações sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Como exemplo, temos:
uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma monografia, e assim por diante. Respectivamente,
tais textos classificar-se-iam como: instrucional, correspondência pessoal (em meio eletrônico), texto do ramo
jornalístico e, por último, um texto de cunho científico.
TIPOS DE TEXTO
• TEXTO NARRATIVO
• TEXTO DISSERTATIVO
• TEXTO DESCRITIVO
• TEXTO INJUNTIVO
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TEXTO NARRATIVO
Narrar é contar uma história. Sendo assim, a narração tem como centro a ação, o fato. Um texto narrativo é
uma seqüência de ações que se sucedem através do tempo e do espaço.
A narrativa pode ser ficcional ou não ficcional. A narrativa não ficcional (ou real), conta os fatos reais, sem
recriá-los, limitando-se a mostrá-los como realmente aconteceram. A narrativa ficcional (ou fictícia) cria ou
recria fatos. Sobre um fato real, por exemplo, a história da Segunda Guerra Mundial, podem ser criados
milhares de textos fictícios (basta lembrar de filmes como “Os doze condenados”, “Os canhões de Navarone”,
“A lista de Schlinder”, “Uma luz na escuridão”, “Um canto de esperança”, entre outros.). Veja abaixo os tipos
de narrativas não ficcionais e ficcionais:
Biografia: É a narrativa da vida de alguém. Pode ser escrita pelo próprio autor (autobiografia) ou por outra
pessoa.
Relato: Texto narrativo curto, essencialmente informativo como, por exemplo, o relatório, carta, e-mail, entre
outros.
Resenha: Trata-se de um resumo crítico com juízo de valor, uma síntese de um texto que visa impressionar
o leitor em relação às qualidades desse texto.
Artigo: Texto normalmente divulgado pela imprensa, elaborado com base em fatos atuais. Difere da
reportagem pelo grau de isenção do autor, porque no artigo o autor tem liberdade de expor sua opinião.
Ensaio: Texto científico ou técnico que deixa clara a opinião do autor sobre determinado assunto,
geralmente mostrando ao leitor o processo de reflexão pelo qual passou o autor até chegar à conclusão que
é tema do texto.
Reportagem: Texto narrativo essencialmente informativo, sem limite de tamanho. Em princípio, deve limitar-
se a narrar os acontecimentos, sem juízo de valor. Seu objetivo é retratar literalmente a realidade, com o
objetivo único de informar os fatos.
Narrativa ficcional
Romance: em geral é um tipo de texto que possui um núcleo principal, mas não possui apenas um núcleo.
Outras tramas vão se desenrolando ao longo do tempo em que a trama principal acontece. O Romance se
subdivide em diversos outros tipos: Romance policial, Romance romântico, etc. É um texto longo, tanto na
quantidade de acontecimentos narrados quanto no tempo em que se desenrola o enredo.
Novela: muitas vezes confundida em suas características com o Romance e com o Conto, é um tipo de
narrativa menos longa que o Romance, possui apenas um núcleo, ou em outras palavras, a narrativa
acompanha a trajetória de apenas uma personagem. Em comparação ao Romance, se utiliza de menos
recursos narrativos e em comparação ao Conto tem maior extensão e uma quantidade maior de
personagens.
OBS: A telenovela é um tipo diferente de narrativa. Ela advém dos folhetins, que em um passado não muito
distante eram publicados em jornais. O Romance provém da história, das narrativas de viagem, é herdeiro da
epopéia. A novela, por sua vez, provém de um conto, de uma anedota, e tudo nela se encaminha para a
conclusão.
Conto: É uma narrativa curta. O tempo em que se passa é reduzido e contém poucos personagens que
existem em função de um núcleo. É o relato de uma situação que pode acontecer na vida das personagens,
porém não é comum que ocorra com todo mundo. Pode ter um caráter real ou fantástico da mesma forma
que o tempo pode ser cronológico ou psicológico.
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Crônica: por vezes é confundida com o conto. A diferença básica entre os dois é que a crônica narra fatos
do dia a dia, relata o cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e já até prevemos o desenrolar dos
fatos. A crônica também se utiliza da ironia e às vezes até do sarcasmo. Não necessariamente precisa se
passar em um intervalo de tempo, quando o tempo é utilizado, é um tempo curto, de minutos ou horas
normalmente.
Fábula: É semelhante a um conto em sua extensão e estrutura narrativa. O diferencial se dá, principalmente,
no objetivo do texto, que é o de dar algum ensinamento, uma moral. Outra diferença é que as personagens
são animais, mas com características de comportamento e socialização semelhantes às dos seres humanos
Parábola: é a versão da fábula com personagens humanas. O objetivo é o mesmo, o de ensinar algo. Para
isso são utilizadas situações do dia a dia das pessoas.
Apólogo: é semelhante à fábula e à parábola, mas pode se utilizar das mais diversas e alegóricas
personagens: animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas, humanas ou não. Da mesma forma que as
outras duas, ilustra uma lição de sabedoria.
Anedota: é um tipo de texto produzido com o objetivo de motivar o riso. É geralmente breve e depende de
fatores como entonação, capacidade oratória do intérprete e até representação. Nota-se então que o gênero
se produz na maioria das vezes na linguagem oral, sendo que pode ocorrer também em linguagem escrita.
Lenda: é uma história fictícia a respeito de personagens ou lugares reais, sendo assim a realidade dos fatos
e a fantasia estão diretamente ligadas. A lenda é sustentada por meio da oralidade, torna-se conhecida e só
depois é registrada através da escrita. O autor, portanto é o tempo, o povo e a cultura. Normalmente fala de
personagens conhecidas, santas ou revolucionárias.
Sabendo que os textos não ficcionais são apenas o relato de fatos reais, trataremos apenas dos textos
ficcionais, que criam ou recriam histórias e fatos do cotidiano.
ELEMENTOS DA NARRATIVA
O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito.Seus elementos
são:
1.Foco narrativo
1.1 Primeira pessoa: quando o narrador conta a história utilizando a primeira pessoa do singular ou do
plural. Neste caso, ele participa da história (narrador-personagem);
1.2. Terceira pessoa: quando o narrador não faz parte da história e fala do personagem na terceira pessoa
do singular ou do plural (narrador-observador). Obs.: Muitas vezes o autor fala de si mesmo na terceira
pessoa. Como se um aluno contasse o seu dia na escola, referindo-se a si mesmo como ele, o aluno.
2. Personagens
2.1. Protagonista – É o personagem principal, o herói (heroína), aquele por quem todos torcem.
2.2.Antagonista - É o personagem que se coloca contra o protagonista, geralmente, nas novelas, aquela
pessoa que vive armando situações para prejudicar o personagem principal.
2.3. Coadjuvante – Personagem menos importante, secundário, que faz parte do cotidiano do protagonista
ou do antagonista.
2.4. Figurante – Personagem terciário, que apenas aparece para compor a cena, não desempenhando
nenhum papel significativo no enredo. Pode até nem ser percebido pelos personagens principais e
secundários.
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3.Narrador
3.1. Narrador-personagem – É aquele que faz parte da história e, por isso mesmo, relata os fatos em
primeira pessoa.
3.2. Narrador-observador – É o narrador que, estando diante dos fatos, observa-os e relata o que vê.
3.3. Narrador onisciente – É aquele que, além de observar e saber de tudo o que acontece, tem o poder de
conhecer o pensamento, os sentimentos e emoções de cada personagem, como também tudo o que
aconteceu e o que está por acontecer.
4. Tempo
4.2. Psicológico – O relógio e o calendário perdem seu sentido linear. No tempo psicológico o personagem
ou o narrador vai à infância e avança à velhice em segundos.
Complicação ou desenvolvimento - Parte do texto que traz o conflito, problema ou situação que é o ponto
central da narrativa.
Clímax - É o auge, o ponto culminante do conflito, seja ele dramático ou cômico.
Desfecho É a resolução ou a saída do conflito , ou ainda – no caso de uma anedota – o final que faz com que
o leitor perceba o sentido cômico da narrativa.
O DISCURSO NA NARRATIVA
1. Discurso direto
O narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que acontece
em lugar de simplesmente contar. Veja o exemplo a seguir:
“Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, apontando para os entulhos: “Alá minha
frigideira, alá meu escorredor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali meu outro tênis.”
( Jornal do Brasil, 29 de maio 1989)
Obs. Vale ressaltar que, embora, no exemplo acima, a fala do personagem esteja reproduzida dentro do texto,
separada da fala do narrador por aspas, é mais comum o discurso direto aparecer com as falas introduzidas
por um travessão e pelos verbos dicendi ( disse, respondeu, falou, afirmou etc.)
2. Discurso indireto
O narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que o personagem disse, mas conta em
3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador.
“Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo
até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada,
ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os
lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque”.
Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1964.
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3. Discurso indireto livre
É uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos personagens. É
uma forma de narrar econômica e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.
“Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa
eu ficar grande!... Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel
nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da
pintada... Que raiva!... Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção, escutando a
conversa de boi Brilhante”.
Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.
Observe que o discurso indireto livre representa o “pensar alto”, a exposição do pensamento no meio da
narrativa. No discurso direto, o personagem fala. No discurso indireto, a fala do personagem é reproduzida
pelo narrador ou por outro personagem. E o discurso indireto livre mostra o pensamento do personagem.
0S OUTROS TIPOS TEXTUAIS SERÃO ESTUDADOS NOS OUTROS MÓDULOS DESTA APOSTILA
Exercícios Dirigidos
TEXTO I
“RIO - Com dois gols de um iluminado Robinho, que entrou na segunda etapa, o Real Madrid
derrotou o Recreativo por 3 a 2, fora de casa, em partida da 26ª rodada do Campeonato
Espanhol. Raúl fez o outro gol do time de Madri, com Cáceres e Martins marcando para os
anfitriões. O Real vinha de duas derrotas consecutivas na competição, justamente as partidas em que o
craque brasileiro, machucado, esteve fora.”
(O Globo on line – 02/03/08)
1) Qual é o interlocutor preferencial e as informações que permitem você identificar o interlocutor preferencial
do texto?
TEXTO II
“O cantor Jerry Adriani interpreta sucessos do disco Forza Sempre, além de versões em italiano de canções
do grupo Legião Urbana e do cantor Raul Seixas. O show acontece hoje no palco da Sala Baden Powell.”
(O Globo on line – 02/03/08)
TEXTO III
O problema ecológico
Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que
neste planeta não habita uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais.
Essas são palavras de um renomado cientista americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda
não descobriu os valores fundamentais da existência. O que chamamos orgulhosamente de civilização nada
mais é do que uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a devastação das
florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a deterioração da qualidade do ar. O que
chamamos de progresso não passa de uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem
promovendo há muito tempo, uma autêntica guerra contra a natureza. Afrânio Primo. Jornal
Madhva (adaptado).
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3) Da maneira como o assunto é tratado no Texto II, é correto afirmar que o meio ambiente está degradado
porque:
4) A afirmação: “Essas são palavras de um renomado cientista americano.” (l. 4 - 5) quer dizer que o cientista
é:
(A) inimigo. (B) velho. (C) estranho. (D) famoso. (E) desconhecido.
RELATÓRIO
Jorge Miguel
Senhor Superintendente
Tendo sido designado por Vossa Senhoria para apurar as denúncias de irregularidades ocorridas no
aeroporto de Marília, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que nesse sentido
efetuei.
No dia 23 de julho de 1988 dirigi-me ao senhor Raimundo Alves Correia, encarregado do aeroporto daquela
cidade, para que permitisse fosse interrogado o funcionário João Romão, acusado de ter furtado uma
máquina de escrever Olivetti n. 146.801, pertencente ao patrimônio do aeroporto. O acusado relatou-nos que
realmente havia levado a máquina para casa na sexta-feira - 18 de março de 1988 - apenas para executar
alguma tarefa de caráter particular. Não a devolveu na segunda-feira, dia 21 de março, porque faltou ao
serviço por motivo de doença. Quando retornou ao serviço dia 28 de março, devolveu a máquina. A doença
do acusado está comprovada pelo atestado que segue anexo ao presente relatório; a devolução da máquina
no dia 28 de março foi confirmada pelo senhor Raimundo Alves Correia.
Do exposto conclui-se que me parece infundada a acusação. Não houve vontade de subtrair a máquina, mas
apenas negligência do acusado em levar para casa um bem público para executar tarefa particular. Foi
irresponsável. Não cometeu qualquer ato criminoso.
Não me convence seja necessário impor-se a instauração de processo administrativo. O funcionário deve ser
repreendido pela negligência que cometeu. É o que me cumpre levar ao conhecimento de Vossa Senhoria.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe protestos de minha distinta consideração.
São Paulo, 25 de julho de 1988 Cláudio da Costa
1. O relatório é um texto de tipo:
a. descritivo;
b. narrativo;
c. argumentativo;
d. poético;
e. dramático.
232
4. ''Tendo sido designado por Vossa Senhoria...''; esta oração inicial do texto tem valor:
a. concessivo; b. temporal; c. conclusivo; d. causal; e. consecutivo.
6. ''...submeto à apreciação de Vossa Senhoria...''; o acento grave indicativo da crase neste segmento se
deve a que:
a. ocorre a união da preposição a com o artigo definido feminino singular;
b. a regência do verbo submeter exige o uso da preposição a;
c. há a obrigatoriedade do emprego do artigo definido feminino singular;
d. faça parte de uma locução adverbial;
e. faça parte de uma locução prepositiva.
7. O estilo burocrático se caracteriza, entre outras coisas, pelo emprego de palavras desnecessárias; no
primeiro parágrafo do texto são exemplos desse caso:
a. denúncias; ocorridas; apreciação;
b. ocorridas; apreciação; relatório;
c. apreciação; relatório; nesse sentido;
d. relatório; denúncias; ocorridas;
e. nesse sentido; ocorridas; apreciação.
9. ''... que se anexa ao presente relatório.'' ; o item abaixo em que a concordância do vocábulo anexo está
correta é:
a. Vai anexa o atestado médico;
b. Vão anexo o atestado e a foto do funcionário;
c. Estão em anexas as fotografias pedidas;
d. Está em anexo a declaração do réu;
e. Está anexo os documentos solicitados.
GABARITO
233
AMPLIANDO – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Nesta fase ,o treinamento com texto será feito apenas com textos pequenos, para exercitar a habilidade
com as questões.
Em vez do médico do Milan, o doutor José Luiz Runco, da Seleção, é quem deverá ser o responsável pela
cirurgia de Cafu. Foi ele quem operou o volante Edu e o atacante Ricardo Oliveira, dois jogadores que
tiveram problemas semelhantes no ano passado.
O termo “ele”, em destaque no texto, refere-se:
a) ao médico do Milan.
b) a Cafu.
d) ao volante Edu.
IV. B: Não sei o porquê. Tentei acabar com as causas da crise por que passávamos.
a) IV somente.
b) I, III e V somente.
c) II e IV somente.
d) I, II, III, IV e V.
e) II e V somente.
234
03. “Você só precisa comprar a pipoca. O DVD é grátis.”
Assinale a alternativa que apresenta a forma correta para juntar os dois períodos da propaganda acima num
só.
04. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO está de acordo com a norma culta.
Caindo na gandaia
O ex-campeão mundial dos pesos pesados Mike Tyson se esbaldou na noite paulistana. Em duas noites, foi
ao Café Photo e ao Bahamas, casas freqüentadas por garotas de programa. Na madrugada da quinta-feira,
foi barrado com seis delas no hotel onde estava hospedado, deu gorjeta de US$ 100 a cada uma e foi
terminar a noite na boate Love Story. Irritado com o assédio, Tyson agrediu um cinegrafista e foi levado para
a delegacia. Ele vai responder por lesões corporais, danos materiais e exercício arbitrário das próprias
razões.
(Época, nº 391, nov. 2005.)
c) Tyson foi liberado da delegacia por demonstrar exercício arbitrário de suas razões.
235
06. Considere as seguintes sentenças:
a) III e IV somente.
b) II e V somente.
c) I, II e III somente.
d) II e IV somente.
e) I, IV e V somente.
Assinale a alternativa cujos termos completam as lacunas de acordo com a norma culta.
I. Tanto a Lua como Vênus _______ a semana mais propícia a negociações. (deixar)
III. Discussões, contratempos financeiros, problemas sentimentais, nada o ________ nesta semana.
(atrapalhar)
Assinale a alternativa em que os verbos entre parênteses completam o texto do horóscopo acima de acordo
com a norma culta.
236
09. Considere o seguinte anúncio de jornal:
No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla sertaneja Antenor e
Secundino, onde excursionaram pela Europa, que fizeram grande sucesso se divulgando a nossa música
sertaneja.
Assinale a alternativa que reescreve o texto acima de acordo com a norma culta.
a) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e
Secundino,
que excursionou pela Europa, com grande sucesso na divulgação da nossa música sertaneja.
b) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e
Secundino,
onde excursionaram pela Europa, em que fizeram grande sucesso e divulgando a nossa música sertaneja.
c) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e
Secundino,
cujos excursionaram pela Europa e fizeram grande sucesso, onde divulgaram a nossa música sertaneja.
d) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e
Secundino, os quais excursionaram pela Europa com grande sucesso, se divulgando a nossa música
sertaneja.
e) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e
Secundino, que excursionaram pela Europa, inclusive que fizeram grande sucesso, onde divulgou a nossa
música sertaneja.
10. Enquanto na fala muitas vezes nem todos os verbos e substantivos são flexionados, na escrita
isso pode ser considerado um erro. Considere as seguintes sentenças:
I. Saíram os resultados.
a) I, IV e VI apenas.
b) II, III e V apenas.
c) I, II e III apenas.
d) IV, V e VI apenas.
e) I, III e V apenas.
237
11. Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com a norma culta.
Assinale a alternativa em que os verbos entre parênteses foram empregados de acordo com a norma culta.
Cinco novos casos de febre maculosa foram identificados no Rio de Janeiro depois que a doença foi
confirmada como causa da morte do superintendente da Vigilância Sanitária Fernando Villas-Boas. A doença
também provocou a morte do jornalista Roberto Moura e a internação de um professor aposentado, um
menino de 8 anos e uma turista. Em São Paulo, uma garota de 12 anos morreu em decorrência da doença.
Ela foi picada por um carrapato quando passeava em um parque.
(Época, nº 391, nov. 2005.)
a) O texto não aponta a forma provável como a vítima paulista contraiu a febre maculosa.
e) O texto inclui Fernando Villas-Boas na contagem de casos de febre maculosa no Rio de Janeiro.
238
14. O Projeto Genoma, que envolve centenas de cientistas de todos os cantos do globo, às vezes tem
de competir com laboratórios privados na corrida pelo desenvolvimento de novos conhecimentos
que possam promover avanços em diversas áreas.
Assinale a alternativa em que o termo “privado” foi usado no mesmo sentido que apresenta acima.
a) Muitos laboratórios acabam privados de participar da concorrência pelos obstáculos legais que se impõem
aos participantes.
b) Nem sempre os projetos que envolvem ciência básica podem contar com a injeção de recursos privados,
que privilegiam as pesquisas com perspectivas de retorno econômico no curto prazo.
c) Mesmo alguns dos grandes laboratórios que atuam no mercado vêem-se privados de condições materiais
para investir em pesquisa de ponta.
d) Os laboratórios privados da licença para desenvolver pesquisas com clonagem de seres humanos
prometem recorrer da decisão.
15. Assinale a alternativa cujo sentido NÃO está de acordo com o sentido que a expressão “pode virar
um enorme tiro pela culatra” apresenta no texto.
239
16. Assinale a alternativa cuja afirmativa mantém relações lógicas de acordo com o texto.
a) o aquecimento global.
c) a formação de nuvens.
d) as doenças respiratórias.
a) temperaturas.
b) pessoas.
c) influências.
d) estimativas.
e) barreiras.
240
19. De acordo com o texto, é correto afirmar:
a) O funcionário tem assegurado o direito de faltar ao serviço, sem necessidade de comprovação, três vezes
por mês.
b) Os funcionários deverão ser encaminhados à Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional da empresa toda
vez que justificar faltas apresentando atestados médicos emitidos por profissionais particulares ou SAS.
c) Os chefes de Departamento têm até três dias para apurar com rigor as faltas de funcionários.
d) Deverão ser encaminhados à Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional os funcionários que apresentarem
três atestados médicos no período de um mês e os que apresentarem mais de nove faltas durante o ano.
20. O termo “relevadas”, em destaque no texto, pode ser substituído, sem perda do sentido, por:
a) perdoadas.
b) punidas.
c) confirmadas.
d) impostas.
e) reexaminadas.
II. Com otimismo, os aquarianos poderão conseguir grandes conquistas no campo econômico durante a
semana.
Assinale a alternativa que identifica as sentenças que estão de acordo com a norma culta.
a) I, II e III.
b) I e II somente.
c) I e III somente.
d) II somente.
e) II e III somente.
241
22. Considere as seguintes sentenças:
I. Falava tão alto
se você me ajudar.
IV. Estava triste
Reunidos altas horas da madrugada, cinco governadores debatiam a distribuição da verba que caberia aos
seus estados naquele plano orçamentário. O deputado da Bahia prontamente se manifestou:
─ Tendo em vista que os recursos foram reduzidos pela metade, proponho que eles sejam divididos entre
três de nós, ficando dois estados sem recursos neste semestre.
O governador do Piauí concordou, acrescentando que a proposta parecia justa e que fazia tempo que não
recebia nenhum recurso. Lembrou ainda aos colegas que, na reunião anterior, o presidente da comissão
orçamentária, o governador do Rio de Janeiro, havia dito que os estados mais carentes teriam garantida sua
parte na próxima distribuição de verbas.
O governador de Minas dirigiu-se ao colega capixaba, que na reunião anterior dissera que não tinha nenhum
projeto em desenvolvimento que necessitasse de apoio financeiro:
─ Fico com a sua parte!
─ O momento é outro ─ tornou-lhe o governador do Espírito Santo. ─ Agora estou precisando de recursos
para investir na malha viária estadual.
242
Em 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou a Declaração Universal dos
Direitos dos Seres Humanos. Essa declaração é composta por trinta (30) artigos que representam os desejos
e anseios dos seres humanos de viverem em igualdade, fraternidade e liberdade no planeta Terra.
24. Sobre o conceito de seres humanos contido na Declaração dos Direitos Humanos, é correto
afirmar:
25. “[...] uma sociedade somente poderá existir plenamente se respeitar os anseios de todos os seus
cidadãos e respeitar seus direitos fundamentais, incluindo aí o direito de se ter uma vida digna.”
(SANTOS, Antonio Silveira Ribeiro dos. Dignidade humana e reorganização social. Disponível em: . Acesso
em 25 mar.2004).
Com base nos conhecimentos sobre dignidade, direitos e deveres fundamentais, é correto afirmar:
Com os resultados obtidos, a redução média da demanda por energia no horário de pico foi de
aproximadamente 4,5% em toda a área de abrangência da medida [...]. A redução da demanda conseguida
equivale ao consumo, no horário de pico, de cidades do porte de Belo Horizonte, Contagem, Betim e Porto
Alegre somadas, ou à energia produzida pelas usinas nucleares de Angra 1 e 2. [...]
A economia média de energia seria suficiente para atender a metade do consumo de cidades do porte de
Florianópolis e Belo Horizonte. A adoção da medida significou ainda uma economia de 0,4% no nível de água
dos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 1% nos reservatórios da região
Sul. A medida também tem efeito na tarifa de energia, evitando reajustes ainda maiores.
(Adaptado de: Horário de verão termina hoje sem atingir a meta. Jornal de Londrina, Londrina, 14 fev. 2004.
Economia. p. 6 A).
243
26. Assinale a alternativa em que a frase “Na região Sul, a redução de demanda foi de 5%, mas o
governo esperava 6%” está reescrita de acordo com as normas de pontuação.
a) A região Sul, teve redução de demanda de 5%, mas o Governo esperava 6%.
b) Embora, o governo esperasse 6% de redução de demanda, na região Sul, a redução foi de 5%.
c) A redução de demanda na região Sul, foi de 5%, mas o governo esperava 6%.
d) O governo esperava 6%, mas a redução de demanda na região Sul, foi de 5%.
e) A redução de demanda, na região Sul, foi de 5%, mas o governo esperava 6%.
27. Observe a frase “A medida também tem efeito na tarifa de energia, evitando reajustes ainda
maiores”. Assinale a alternativa que apresenta a conjunção adequada ao sentido que se pretendia
expressar na frase original.
a) A medida também tem efeito na tarifa de energia, se evitar reajustes ainda maiores.
b) A medida também tem efeito na tarifa de energia, embora evite reajustes ainda maiores.
c) A medida também tem efeito na tarifa de energia, pois reajustes ainda maiores são evitados.
d) A medida também tem efeito na tarifa de energia, quando reajustes ainda maiores forem evitados.
e) A medida também tem efeito na tarifa de energia, porém reajustes ainda maiores são evitados.
28. Na reportagem sobre o término do horário de verão, são fornecidas equivalências de consumo
para o leitor ter a dimensão dos gastos e da economia alcançados durante o período em que a
medida vigorou.
Com base nessas comparações, considere as afirmativas a seguir.
I. Belo Horizonte, Contagem, Betim e Porto Alegre são cidades que apresentam o mesmo consumo no
horário de pico.
II. A energia produzida pelas usinas nucleares de Angra 1 e 2 é maior do que o consumo das cidades de
Belo Horizonte e Porto Alegre no horário de pico.
III. O consumo de cidades como Florianópolis e Belo Horizonte, durante a vigência do horário de verão, é o
dobro do que é economizado no mesmo período no Brasil.
IV. As usinas nucleares de Angra 1 e 2 produzem a mesma quantidade de energia que as cidades de Belo
Horizonte, Contagem, Betim e Porto Alegre economizaram no horário de pico, durante o horário de verão.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
244
29. Na frase: “Antes, a Hotelaria era vinculada à área de Turismo, mas hoje o setor se desdobrou.”, a
conjunção sublinhada indica a idéia de:
a) Tempo.
b) Conseqüência.
c) Causa.
d) Adição.
e) Contrariedade.
30. Indique a alternativa que expressa adequadamente a idéia veiculada na frase citada na questão
anterior:
d) O desdobramento do setor de Hotelaria aponta para a valorização de atividades específicas da área, que
deixam de estar restritas ao Turismo.
e) O profissional formado pelos cursos de Hotelaria deixará de estar habilitado para exercer atividades no
âmbito turístico.
GABARITO
1. C 2. D 3. B 4. D 5. D 6. E
245
SINTAXE
Segundo Faraco & Moura (1999), “sintaxe é a parte da gramática que estuda a estrutura formal das frases,
isto é, as combinações e relações entre as palavras”.
1- FRASE: é a unidade mínima de comunicação linguística. Na língua falada, uma simples palavra proferida
com entoação própria, pode tornar-se uma frase. Por exemplo, a palavra fogo, no dicionário,não constitui uma
frase se não tiver uma intenção comunicativa; no entanto,se alguém proferir a palavra com entonação de pavor
, ou susto, comunicando um incêndio (fogo!) a palavra constituirá uma frase.
2- ORAÇÃO: é a frase ou parte de uma frase que se organiza em torno de um verbo ou locução verbal.
A oração é constituída, geralmente de dois elementos: sujeito e predicado, ou pelo menos, de predicado. Ex:
Chamamos de termos essenciais da oração aos termos que compõem a estrutura básica da oração, ou seja,
que são necessários para que a oração tenha significado. São eles: sujeito e predicado.
I- SUJEITO
Não há uma definição única a respeito do que seja o sujeito. Só não vale dizer que apenas é quem pratica a
ação verbal, uma vez que na voz passiva o sujeito recebe a ação expressa pelo verbo.
Núcleo do sujeito
No sujeito podem aparecer certas palavras ou expressões secundárias que não são fundamentais ao
entendimento da frase. Geralmente são artigos, adjetivos, numerais, pronomes etc. , que gravitam em torno de
um termo-chave. Esse termo-chave é chamado núcleo.
246
Então: núcleo do sujeito é a palavra (substantivo ou pronome) central do sujeito, isto é, a palavra com a qual
concordam as demais palavras existentes no sujeito.
TIPOS DE SUJEITO
2-INDETERMINADO
Quando a identidade do sujeito não pode ser determinada - realmente ou propositadamente.
Ex: Ontem, na festa, falaram mal de você. ( quem falou? Não é possível identificar.)
Pode-se indeterminar o sujeito de duas maneiras: Com o verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência ao
pronome eles, nem a outro substantivo anteriormente expresso.
Ex: Mandaram o pintor concluir o serviço.
Trouxeram um presente pra você.
1-Com verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome SE.
• AMPLIANDO: O verbo NÃO pode ser transitivo direto, caso contrário teremos um caso de voz
passiva.
• O pronome SE recebe o nome de Índice de Indeterminação do sujeito.
247
3-ORAÇÕES SEM SUJEITO
São orações constituídas apenas pelo predicado, pois a informação fornecida não se refere a nenhum sujeito.
Essas orações trazem verbos impessoais.
3.1-Verbos Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e se apresentam sempre na terceira pessoa do
singular. Os principais são:
a- Haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Ex: Havia poucos ingressos à venda ( haver = existir) / Houve duas guerras mundiais ( haver=
acontecer)
Haverá reuniões aqui ( haver= realizar-se) / Não vejo meu namorado há dias (haver=fazer)
Houve sérios problemas na rede da empresa
Obs: Na língua popular observa-se o uso do verbo ter como impessoal.
Ex: Tinha poucos ingressos à venda.
b- Fazer, ser e estar, quando indicam tempo.
4- SUJEITO ORACIONAL:
É aquele representado por uma oração. Ocorre quando o verbo é unipessoal
Verbo Unipessoal: é o verbo que, tendo sujeito, só se usa nas terceiras pessoas do singular ou do plural.
Os principais são:
• Cumprir, importar, convir, parecer ,ser, aprazer
• Todos os onomatopaicos: miar, latir,cacarejar
• Fazer e ir, indicando tempo
Convém / que você volte cedo (sujeito = que você volte cedo
Parece / que vai chover (sujeito = que vai chover)
248
II- PREDICADO
NÚCLEO DO PREDICADO: é o termo que contém uma declaração maior sobre o sujeito.
Para estudar o predicado é necessário conhecer o verbo que o forma, ou seja, é preciso conhecer a predicação
verbal.
PREDICAÇÃO VERBAL
Chama-se predicação verbal ao resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo e entre o
verbo e o complemento
I- VERBOS SIGNIFICATIVOS:
São verbos que não exigem complemento, pois têm sentido completo. O sentido do verbo não transita do
sujeito para o complemento. Ex:
2-VERBO TRANSITIVO
São verbos que exigem complemento. Dividem-se em: transitivo direto, transitivo indireto e transitivo
direto e indireto (bitransitivo).
É aquele que,para ter sua significação completa, necessita de uma complemento ligado a ele SEM preposição
obrigatória. Esse complemento é chamado OBJETO DIRETO (OI).
Polícia encontra uma lista suspeita no banco centra VTD objeto direto
Comeram todos os chocolates brancos.
VTD objeto direto
249
VERBO TRANSITIVO INDIRETO (VTI) :
É o verbo cujo sentido é completado por um termo que se liga a ele de maneira indireta, isto é, liga-se a ele
através de preposição obrigatória. O complemento do verbo transitivo indireto é chamado OBJETO INDIRETO.
250
Ex: Antônio anda preocupado. (anda é verbo de ligação- preocupado é uma qualidade de Antônio)
Antônio anda depressa (depressa não é uma qualidade de Antônio; refere-se ao verbo) v significativo
EXERCÍCIOS DIRIGIDOS:
251
2-(TJ-SP)
TIPOS DE PREDICADO
Há três tipos de predicado: predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo-nominal.
1-PREDICADO NOMINAL
Expressa o estado do sujeito. O núcleo é um nome ou expressão de valor nominal. Sempre traz um verbo
de ligação.
Ex: O dia continua quente. (núcleo:quente)
Todos permaneciam apreensivos. (núcleo:apreensivo)
Marisa continua sem fala (núcleo: sem fala)
Observação: o núcleo do predicado nominal é chamado predicativo. Pode haver predicativo do sujeito e
predicativo do objeto. Nos exemplos acima , só temos predicativo do sujeito, pois só a ele os termos ( que
são os núcleos destacados) se referem.
2-PREDICADO VERBAL
O núcleo do predicado verbal é um verbo significativo ou expressão de valor verbal, pois sua mensagem
principal é a ação praticada ou recebida pelo sujeito.
Ex: Os professores receberam o prêmio.
(núcleo: receberam)
Os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho. (núcleo: exigem)
Apenas dois cientistas puderam observar o eclipse.
( núcleo: a expressão verbal puderam observar)
3-PREDICADO VERBO-NOMINAL
252
EXERCÍCIO DIRIGIDO
Classifique o predicativo:
O comprador saiu da loja estressado.
Aquela água foi considerada imprópria para beber.
A juíza julgou a ré inocente.
Os alunos estudaram animados.
São termos que servem para complementar o sentido de certos verbos ou nomes, pois seu significado só se
completa com a presença de tais termos.
Os termos integrantes da oração são:
• Complemento verbal : Objeto direto / Objeto indireto
• Complemento nominal
• Agente da passiva
I-COMPLEMENTO VERBAL
1- OBJETO DIRETO
Termo não regido por preposição que completa o sentido do verbo transitivo direto.
Ex: Eles esperavam o ônibus.
VTD Obj. dir.
D. Dulce vendia doces .
VTD Obj. dir.
1.1- OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO (ODp)
Mesmo não sendo regido de preposição, há casos em que o objeto direto necessita de uma preposição :
Quando é formado por pronomes oblíquos tônicos:
Ex: Assim, prejudicas a ti . ODp
Quando é formado por substantivos próprios ou referente a pessoas:
253
Quando a construção for idiomática:
Ex: Pedir por socorro / Puxar da faca
Saber do caso / Cumprir com o dever
Esperar por alguém / Gozar de liberdade
Acabar com o trabalho / Chamar por alguém
1.2- OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO
Quando se quer dar ênfase à idéia ou, o objeto direto aparece repetido na oração.
Ex: Este livro, eu o comprei ontem.
O = OD pleon.
2- OBJETO INDIRETO
Completa o sentido do verbo transitivo indireto. È regido por preposição obrigatória.
Ex: Aline gosta de frutas . O I.
Não confio em políticos . OI
2.1- OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO
É quando o objeto indireto aparece duplamente na oração para se dar ênfase à idéia.
Ex: A mim ensinaram-me muito bem .
Obj. ind. Obj. ind. Pleon .
AMPLIANDO: diferença entre objeto indireto e objeto direto preposicionado
O objeto indireto , além de ter preposição obrigatória ,só pode completar um verbo Transitivo Indireto. Já o
objeto direto preposicionado só completará um verbo Transitivo Direto, não importa que venha com
preposição. No fim, quem decide é o verbo.
II-COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo que completa o sentido de nomes (substantivos, adjetivos e advérbios), ligando-se a esses nomes
por meio de preposição.
Ex: Tenho a certeza de sua culpa
Compl. Nominal.(completa o sentido de certeza, que é nome- substantivo,e não
verbo).
A árvore está cheia de frutos .
Compl. Nominal .(completa o sentido de cheia ,que é adjetivo , e não verbo)
Nós chegamos perto dos gorilas. Compl. Nominal
Ele é perito em computação Complemento nominal
AMPLIANDO:
Eu cheiro chocolate =a palavra chocolate completa o sentido do Verbo cheirar, então é complemento
verbal ( objeto direto)
Ter cheiro de chocolate = o termo de chocolate completa o sentido do Nome cheiro, logo é complemento
do nome, ou seja, complemento nominal.
254
III-AGENTE DA PASSIVA
Ocorre em orações cujo verbo se apresenta na voz passiva a fim de indicar o elemento que executa a ação
verbal. Vem precedido geralmente pele preposição por, mas também pode aparecer antecedido pela
preposição de.
Ex: As terras foram invadidas pelos sem-terra.
Agente da passiva
A cidade estava cercada de belezas naturais. Agente da passiva
AMPLIANDO: O agente da passiva, o objeto indireto e o complemento nominal são regidos por preposição,
muitas vezes há dúvidas na diferenciação dos três. Quando isso acontecer, basta observar o sujeito da oração.
Para ser agente da passiva o sujeito precisa ser paciente.
Ex: A jangada havia sido levada pelos pescadores Agente da
passiva
Sentia-se livre de qualquer responsabilidade. Complemento nominal
Vamos precisar de sua compreensão. Objeto indireto
São aqueles que não são indispensáveis para o entendimento do enunciado. No entanto, acrescentam-lhe
uma informação nova a um nome ou a um verbo, determinando-lhe o significado.
Os termos acessórios da oração são:
Adjunto Adnominal
• Adjunto Adverbial
• Aposto
I- ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo que delimita ou especifica o significado de um substantivo.Gira em torno de um núcleo de uma
função sintática (sujeito, objeto direto ou indireto, complemento nominal, etc.)
Ex: Os meus dois lindos vasos de porcelana quebraram. Sujeito
Retirando-se a palavra vaso, que é o núcleo, todos os outros termos que compõem o sujeito são adjuntos
adnominais, que irão delimitar esse núcleo.
O adjunto Adnominal pode ser expresso por:
a- Artigo
O menino chegou. (Adj adn)
b- Adjetivo
A rua terá vigilância eletrônica (adj adn )
c- Locução adjetiva:
Lustres de cristal enfeitavam o ambiente.(adj adn.)
d- Pronome adjetivo:
Suas histórias são sempre interessantes.(adj adn)
e- Numeral:
Três tigres trouxeram o trigo.(adj. adn)
f- Oração:
Os filhotes, que sempre fazem muito bagunça, são protegidos pelos adultos. (adj adn. (oração adjetiva)
AMPLIANDO: DIFERENÇA ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL.
1.ª diferença:
255
2.ª diferença:
3.ª diferença:
Note que de terra refere-se ao nome ruas, que é um substantivo concreto (considerando a classe
gramatical). Pelo 1.º critério, podemos concluir que de terra só pode ser adjunto adnominal, pois o
complemento nominal não se refere a substantivo concreto. Então, de terra é adjunto adnominal.
O termo AO RIO está se referindo a PARALELA, que é um adjetivo (considerando a classe gramatical).
Usando o 1.º critério, podemos concjuir eu ao rio só pode ser complemento nominal, já que o adjunto
adnominal nunca se refere a adjetivo.
Observe que críticas expressa uma ação (ação de criticar). O termo ao diretor é que recebe as críticas (o
diretor é criticado). Usando o segundo critério, podemos concluir que ao diretor é um complemento nominal.
Então, o termo do diretor é adjunto adnominal, pois ele pratica a ação expressa pelo nome críticas.
256
AMPLIANDO:
• O Adjunto adnominal aceita a substituição por uma locução adjetiva. (quando existente)
• O Complemento nominal tem para o nome a mesma relação que o complemento verbal tem para o
verbo; logo, com elementos da mesma raiz podemos perceber essa simetria.
ADJUNTO ADVERBIAL (o que está junto ao VERBO) é o termo que indica uma circunstância do fato expresso
pelo verbo ou intensifica o sentido expresso pelo verbo ou intensifica o sentido do verbo, do adjetivo e do
advérbio. É a função exercida por uma palavra ou expressão que denota circunstância em referência ao verbo,
substantivo, adjetivo ou a outro advérbio e, às vezes, a todo um enunciado:
EX: O trem partiu às pressas. adj. Adv. de modo.
Ela é muito sentimental.
Adj.Adv. de intensidade
O adjunto adverbial pode vir representado por:
• Um advérbio:
O alpinista subiu cautelosamente a montanha.
III- APOSTO
Aposto é o termo que se junta a um substantivo, a um pronome ou a uma oração , esclarecendo-os,
desenvolvendo-os ou resumindo-os. Pode ser isolado por vírgula, dois pontos, travessão ou parêntese.
Um aposto pode ser representado por:
• substantivo: Paulo, meu irmão, tem uma bela casa.
• pronome: Festas, viagens, nada o aborrecia.
• oração subordinada substantiva (apositiva) : Dei-lhe um conselho: que não se familiarize com estranhos.
257
AMPLIANDO:
Observe:
O termo só será aposto se apresentar uma relação de equivalência com o termo a que se refere:
Minha cidade, Belo Horizonte, é rodeada de montanhas. (Belo Horizonte = minha cidade)
Seu primo mais velho, Pedro, é muito romântico.
( Pedro= primo mais velho)
O Aposto pode vir precedido de expressões explicativas: isto é, a saber, ou da preposição acidental como:
O resto, isto é, as louças, os cristais e os talheres, irá nas caixas menores.
Este advogado, como representante da comunidade, é imprescindível.
VOCATIVO
Vocativo é um termo classificado à parte, pois não pertence nem ao sujeito nem ao predicado.
É o termo utilizado para chamar, interpelar algo ou alguém real ou imaginário. Pode iniciar a frase, terminá-la
ou intercalá-la. Pode ser precedido de interjeições de chamamento (Ó).
Ex: Você viu, Sabrina, que notícia agradável?
AMPLIANDO: o vocativo geralmente ocorre isolado; quando se inclui num período, ele não se anexa à
estrutura do sujeito ou do predicado:
O Aposto, por ter uma função esclarecedora, terá sempre uma relação de equivalência com seu
referente, ou seja, significará a mesma coisa do termo ao qual se refere. Já o vocativo indicará a quem se
dirige o discurso, ou seja, indica com quem se fala.
Pessoal, os exercícios estão fáceis. (“pessoal” é com quem se fala, logo é vocativo)
O que é que eu faço agora, meu Deus? “Meu Deus” é com quem se fala.
• A seleção brasileira, a melhor seleção de futebol do mundo, acabou de vencer a Copa das
Confederações. Aposto
Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de períodos compostos:
1) Período composto por coordenação: quando as orações não mantêm relação sintática entre si, ou seja,
quando o período é formado por orações sintaticamente independentes entre si.
2) Período composto por subordinação: quando uma oração, chamada subordinada, mantém relação
sintática com outra, chamada principal.
Ex. Sabemos que eles estudam muito. (Oração que funciona como objeto direto)
258
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
Um período composto por coordenação é formado por orações coordenadas, que são orações independentes
sintaticamente, ou seja, não há qualquer relação sintática entre as orações do período.
São cinco tipos de orações sindéticas: três que começam com A (aditiva, adversativa e alternativa),uma com
C (conclusiva) , e outra com E (explicativa).
São cinco as orações coordenadas, que são iniciadas por uma conjunção coordenativa.
1- ADITIVA: Exprime uma relação de soma, de adição de ações ocorridas, ou não ocorridas, entre as
orações.
Ex. Não só reclamava da escola, mas também atazanava os colegas.( duas ações realizadas)
Nós não dormimos à tarde, nem estudamos no domingo. (duas ações não realizadas)
Ex. Sempre foi muito estudioso, no entanto não se adaptava à nova escola.
Estudou japonês por muitos meses, porém ainda não aprendeu. ( existe idéia de oposição, pois a
expectativa )
Quer você viaje, quer você fique em casa, você deve descansar.
Observe que, nas orações alternativas, as ações não podem ocorrer simultaneamente.
259
4- CONCLUSIVA: Exprime uma conclusão que surge a partir da análise de um fato descrito na outra oração.
Conjunções: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois ( após o verbo).
Ex. Estudou como nunca fizera antes, por isso conseguiu a aprovação.
No período subordinado, existem pelo menos uma oração principal e uma subordinada. A oração principal é
sempre incompleta, ou seja, precisa de que lhe completem alguma função sintática que está faltando. As
orações subordinadas desempenham a função sintática que falta na oração principal, que pode ser a de objeto
direto, objeto indireto, de sujeito, de predicativo, de complemento nominal, de aposto, de adjunto adnominal
ou de adjunto adverbial.
A oração principal está incompleta, falta objeto indireto para o verbo gostar. A oração subordinada
desempenha a função de objeto indireto da oração principal.
260
A uma oração principal podem relacionar-se sintaticamente três tipos de orações subordinadas:
• Substantivas
• Adjetivas
• Adverbiais.
É a oração que funciona como sujeito da oração principal. Para encontrar o sujeito de qualquer verbo, deve-
se perguntar a ele “Que é que...?”
Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva:
2- Com os verbos
CONVIR, CONSTAR, PARECER, IMPORTAR, INTERESSAR,SUCEDER, ACONTECER + ORAÇÃO
SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA
Ex: Convém / que façamos nossos deveres.(isso)
Or. principal oração subordinada subjetiva
Em que “Convém” tem como sujeito “que façamos nossos deveres", pois, se perguntarmos a ele “Que é que
convém?”, obteremos como resposta “que façamos nossos deveres”.
Consta / que ninguém se interessou pelo cargo.
Or. Princ. oração subordinada subjetiva
Parece / ser ela a pessoa indicada.
Or. Princ. oração subordinada subjetiva
261
3- Com VERBO NA VOZ PASSIVA + ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
SUBJETIVA.
Ex: Foi afirmado / que você subornou o guarda
Oração principal oração subordinada subjetiva
Em que “Foi afirmado” é locução verbal passiva, que tem como sujeito “que você subornou o guarda”, pois se
perguntarmos à locução verbal “Que pé que foi afirmado?”, obteremos como resposta “que você subornou o
guarda”.
É a oração que funciona como objeto direto da oração principal. O objeto direto é o complemento do verbo
transitivo direto.
262
4- ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL
É a oração que funciona como complemento nominal de um termo da oração principal, que será um
substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio. O complemento nominal é sempre antecedido de uma
preposição, logo, todas as orações subordinadas substantivas completivas nominais são iniciadas por
preposição, que provenha de substantivo abstrato, de adjetivo ou de advérbio.
Tenho a impressão / de estar sempre no mesmo lugar. Oração principal oração subordinada
completiva nominal
5- ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA:
É a oração que funciona como aposto da oração principal. Em geral vem após dois pontos ou, mais raramente,
entre vírgulas. Explica o sentido da oração principal que deve estar completa sintaticamente.
De você espero apenas uma coisa: / que me deixe em paz. oração subordinada
apositiva
Só resta uma alternativa:/ que se encontre o remédio. oração apositiva
Atenção: o uso de dois pontos (:) não é pontuação exclusiva de orações apositivas.
Em: Eu quero: que você viaje, vá estudar fora e seja feliz ,teremos orações objetivas diretas,
pois constituem complementos do verbo viajar (VTD).
É a oração que funciona como predicativo do sujeito da oração principal. Sempre surgirá com a seguinte
estrutura:
(SUJEITO) + VL + /ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA.
263
PONTUAÇÃO DAS SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
A pontuação dos períodos compostos em que surgem orações subordinadas substantivas segue os mesmos
princípios que se adotam no período simples para as funções sintáticas a que essas orações equivalem:
• A vírgula não deve separar da oração principal as orações subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas,
completivas nominais e predicativas - afinal, sujeitos, complementos verbais e nominais não são separados
por vírgula dos termos a que se ligam. O mesmo critério se aplica para o predicativo, nos predicados nominais.
• A oração subordinada substantiva apositiva deve ser separada da oração principal por vírgula ou dois-pontos,
exatamente como ocorre com o aposto:
O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se rapidamente.
Imponho-lhe apenas uma tarefa: que administre bem o dinheiro público.
II- ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS:
São chamadas orações subordinadas adjetivas aquelas que têm o valor de um adjetivo e modificam um termo
(substantivo) da oração principal. Funcionam como adjunto adnominal.
Características:
• Ligam-se sempre a um substantivo da oração principal.
• Iniciam-se por um pronome relativo
Observe a relação entre o período simples (PS) e o período composto (PC).
P.S.= As árvores frutíferas são podadas todos os anos. Adjetivo (ligado ao substantivo árvore)
P.C = As árvores que dão frutos são podadas todos os anos. Adjetivo ( oração adjetiva, já que tem verbo,
ligada ao substantivo árvore)
264
Meus cachorros, que eu crio desde pequenos, ficam tristes quando viajo.
• oração principal = meus cachorros ficam tristes quando viajo.
• oração subordinada adjetiva explicativa = que eu crio desde pequenos
Elas parecem iguais, mas não são. A vírgula faz a diferença. Em ambos os casos, o "que" pode ser substituído
por "a qual". Em ambos os casos, o "que" é pronome relativo e, por isso, introduz uma oração adjetiva.
A diferença está na extensão do termo que vem antes do "que" (irmã). Sem a vírgula (irmã que mora na
Itália), cria-se um limite. Certamente, ele tem mais de uma irmã. Pelo menos duas, uma das quais mora na
Itália. Não fosse assim, não faria sentido a restrição imposta pela oração que mora na Itália.
Com a vírgula, a oração que mora na Itália não restringe. Deixa de ser restritiva e passa a ser explicativa.
Nosso amigo só tem uma irmã, e ela mora na Itália.
O que acontece quando se coloca vírgula depois de funcionários? Muda tudo. Sem a vírgula, a empresa tem
mais de cem funcionários, dos quais cem moram em Campinas.
Com a vírgula depois de funcionários, a empresa passa a ter exatamente cem funcionários, e todos moram
em Campinas.
Mostre a diferença que há entre as orações:
• Teus filhos que são bonitos serão fotografados e
• Teus filhos, que são bonitos, serão fotografados.
265
III- ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS:
São orações que funcionam como adjunto adverbial da oração principal, indicando circunstâncias de realização
de ações da oração principal. São introduzidas por conjunções subordinativas, exceto a integrante (que
introduz as orações substantivas). São nove as orações subordinadas adverbiais.
AMPLIANDO:
Atenção a oração subordinada, que é a que você irá analisar na maioria das vezes, é a que será introduzida
pela conjunção. Nem sempre ela virá depois da principal no período. Muitas vezes ela virá iniciando a oração.
Como você está com fome, faremos uma pausa. Oração subord. causal oração principal
1- ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL: funciona como adjunto adverbial de causa. Exprimem
a causa do que se declara na oração principal.
Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.
Funciona como adjunto adverbial de comparação entre termos das duas orações. Geralmente, o verbo fica
subentendido na subordinada.
Funciona como adjunto adverbial de concessão. Exprimem um fato contrário ao da oração principal, mas não
o suficiente para anulá-lo. A idéia de concessão está diretamente ligada à idéia de contraste, de quebra de
expectativa. De fato, quando se faz uma concessão, não se faz o que é esperado, mas sim o diferente da
.expectativa
Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto
que, ainda que, em que pese.
(não se saí sem terminar a prova, mas todos saíram assim mesmo)
266
(Você irá à festa, mas continua de castigo. Não anulou o fato )
Funciona como adjunto adverbial de condição. È a condição para que o fato da oração principal se realize.
(A ação de ajudar, só ocorrerá com a condição expressa na adverbial, que é “não me aborrecer.”
Funciona como adjunto adverbial de conformidade. Indica que a ação da oração principal ocorreu de acordo
com o que foi anunciado na oração subordinada.
Funciona como adjunto adverbial de consequência de uma ação praticada na oração principal.
267
7- ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL:
Funciona como adjunto adverbial de tempo, ou seja, indica em que momento se realiza o fato da oração
principal.
Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal.
Ex. Fico triste, / sempre que vou à casa de Juvenildo. Temporal ( o momento em que o fato ocorre)
Funciona como adjunto adverbial de finalidade.Indica o objetivo para realização do fato da oração principal
Por finalidade, entenda, também, algo que irá acontecer a partir da ação indicada na oração principal.
Funciona como adjunto adverbial de proporção, ou seja, a partir de um ponto de equilíbrio, se um fato acorre
na oração principal, afetará diretamente ( ou inversamente) a oração subordinada.
A pontuação dos períodos em que há orações subordinadas adverbiais obedece aos mesmos princípios
observados em relação aos adjuntos adverbiais. Isso significa que a oração subordinada adverbial sempre
pode ser separada por vírgulas da oração principal. Essa separação é optativa quando a oração subordinada
está posposta à principal e é obrigatória quando a oração subordinada está intercalada ou anteposta.
Exemplos:
268
Diferença entre oração subordinada adverbial causal e coordenada sindética explicativa
É difícil, às vezes, distinguir uma oração subordinada adverbial causal de uma oração
coordenada sindética explicativa. Eis alguns artifícios que podem auxiliar na distinção desses dois tipos de
oração:
a) Geralmente, a oração que antecede a oração coordenada explicativa tem o verbo no modo imperativo.
b) A oração subordinada adverbial causal pode ser colocada no início do período, introduzida pela conjunção
como, o que não ocorre com a coordenada sindética explicativa:
A menina chorou, porque seus olhos estão vermelhos. = Não existe relação de causa /efeito e sim de
explicação. Os olhos vermelhos não foi a causa do choro.
A menina chorou porque perdeu o brinquedo:Há uma relação de causa/efeito. Perder o brinquedo foi a causa
do choro.
Disponível em http://exercicios.brasilescola.com/gramatica/exercicios-sobre-oracoes-subordinadas.htm
269
2-Referindo-nos aos períodos abaixo, analise-os de acordo com o que se pede:
Mariana está à espera de notícias desde que amanheceu.
Mariana mudaria para São Paulo desde que conseguisse um bom emprego.
a – Procurando manter o mesmo sentido, atribua uma outra conjunção para as que encontram-se em
destaque.
b – De acordo com sua análise, as orações subordinadas possuem a mesma classificação?
c – Caso sua resposta tenha sido negativa, justifique, levando em consideração o modo como são
classificadas.
3-Reescreva os períodos acrescentando no lugar da indicação entre parênteses uma oração de sentido
correspondente:
a – (oração subordinada adverbial proporcional) que o tempo passa, tornamo-nos mais experientes.
b – (oração subordinada adverbial causal) estava chovendo, não fomos ao passeio combinado.
c – Devemos sempre acreditar em um mundo melhor (oração subordinada adverbial concessiva) a paz
pareça estar longe do nosso alcance.
d– (oração subordinada adverbial temporal) você chegar, avise-me, pois precisamos conversar sobre um
assunto de seu interesse.
e – Precisamos nos qualificar sempre (oração subordinada adverbial final) possamos acompanhar as
novas exigências do mercado de trabalho.
4-Procurando se ater ao código ora exposto, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
270
5-(Uberlândia) Na frase: “Suponho que nunca teria visto um homem”, a subordinada é:
a – ( ) substantiva objetiva direta
b – ( ) substantiva completiva nominal
c – ( ) substantiva predicativa
d – ( ) substantiva apositiva
e – ( ) substantiva subjetiva
GABARITO
Questão 1
b) Não, pois mesmo sendo idênticas, tais orações recebem classificações diferentes.
c) Nesse caso, o que deve ser levado em consideração é o sentido por elas expresso, visto que a primeira se
classifica como uma oração subordinada adverbial temporal e a segunda como uma adverbial condicional.
271
ORAÇÕES REDUZIDAS
Quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome relativo e com o verbo em uma
das formas nominais (gerúndio, particípio ou infinitivo), dizemos que ela é uma oração reduzida,
acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio ou de gerúndio.
Uma das melhores maneiras de amar e odiar as pessoas é esta: convivendo com elas. (subst. apositiva)
272
Serão sempre adverbiais e substantivas; raramente adjetivas.
Ex.: Quem gosta de mim sou eu mesmo; caranguejo, por ser camarada, ficou sem pescoço. (adv. Causal:
como/ já que era camarada)
AMPLIANDO-EXERCÍCIOS DE SINTAXE
1. (UFMG) Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto
em:
a) Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho?
b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.
c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas.
d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.
e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.
2.Em "Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado.", os termos da oração grifados são respectivamente,
do ponto de vista sintático:
a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito
b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do objeto
c) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeito
d) adjunto adverbial, vocativo, objeto direto
e) adjunto adnominal, aposto, predicativo do sujeito
3. (PUC) "O homem está imerso num mundo ao qual percebe ..." A palavra em negrito é:
a) objeto direto preposicionado
b) objeto indireto
c) adjunto adverbial
d) agente da passiva
e) adjunto adnominal
5. Todos os itens abaixo apresentam o pronome relativo com função de objeto direto, exceto:
a) "Aurélia não se deixava inebriar pelo culto que lhe rendiam."
b) "Está fadigada de ontem? perguntou a viúva com a expressão de afetada ternura que exigia o seu cargo."
c) "... com a riqueza que lhe deixou seu avô, sozinha no mundo, por força que havia de ser enganada."
d) "... O Lemos não estava de todo restabelecido do atordoamento que sofrera."
e) "Não o entendiam assim aquelas três criaturas, que se desviviam pelo ente querido."
273
6. (UFMG) A oração sublinhada está corretamente classificada, EXCETO em:
a) Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa / oração subordinada adverbial condicional
b) Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa / oração subordinada substantiva objetiva direta
c) Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis / oração subordinada adjetiva restritiva
d) Via-se muito que D. Glória era alcoviteira / oração subordinada substantiva subjetiva
e) A idéia é tão santa que não está mal no santuário / oração subordinada adverbial consecutiva
7. (UFMG) Na frase: "Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser mãe", a oração destacada é:
a) subordinada substantiva objetiva indireta
b) subordinada substantiva completiva nominal
c) subordinada substantiva predicativa
d) coordenada sindética conclusiva
e) coordenada sindética explicativa
9."Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter
sido na realidade." A oração sublinhada é:
a) adverbial conformativa
b) adjetiva
c) adverbial consecutiva
d) adverbial proporcional
e) adverbial causal
11. Na oração "Pássaro e lesma, o homem oscila entre o desejo de voar e o desejo de arrastar", Gustavo
Corção empregou a vírgula:
a) por tratar-se de antíteses
b) para indicar a elipse de um termo
c) para separar vocativo
d) para separar uma oração adjetiva de valor restritivo
e) para separar aposto
12. (EPCAR) "Bem-aventurado, pensei eu comigo, aquele em que os afagos de uma tarde serena de
primavera no silêncio da solidão produzem o torpor dos membros."
No período em apreço, usaram-se vírgulas para separar:
a) uma oração pleonástica
b) uma oração coordenada assindética
c) um adjunto deslocado
d) elementos paralelos
e) uma oração intercalada
274
13. (EPCAR) A partícula apassivadora está exemplificada na alternativa:
a) Fala-se muito nesta casa.
b) Grita-se nas ruas.
c) Ouviu-se um belo discurso.
d) Ria-se de seu próprio retrato. e) Precisa-se de um dicionário.
14. Classifique o "se" na frase: "Ele queixou-se dos maus tratos recebidos".
a) partícula integrante do verbo b) conjunção condicional
c) pronome apassivador d) conjunção integrante
e) símbolo de indeterminação do sujeito
17.A palavra "se" é conjunção integrante (por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em
qual das orações seguintes?
a) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
c) O aluno fez-se passar por doutor.
d) Precisa-se de operários.
e) Não sei se o vinho está bom.
18. (EPCAR) Em relação à função da partícula se, numere a segunda de acordo com a primeira e depois
assinale a numeração correta:
1. Partícula apassivadora
2. Índice de indeterminação do sujeito
3. Objeto direto reflexivo
4. Objeto indireto
5. Conjunção
6. Partícula de realce.
( ) Veja se falta alguém.
( ) "Vai-se a primeira pomba despertada..."
( ) Daqui se assiste ao desfile.
( ) Ele arroga-se o direito de reclamar.
( ) Ainda se ouvem gemidos.
( ) A jovem olhava-se no espelho.
a) 5, 4, 2, 6, 1, 3
b) 5, 6, 2, 4, 1, 3
c) 2 ,6, 5, 1, 4, 3
d) 5, 6, 2, 1, 3, 4
e) 2, 6, 5, 4, 1, 3
275
19-.No período "Avistou o pai, que caminhava para a lavoura", a palavra que classifica-se morfologicamente
como:
a) conjunção subordinativa integrante
b) pronome relativo
c) conjunção subordinativa final
d) partícula expletiva
e) conjunção subordinativa causal
20. Das expressões sublinhadas abaixo, com as idéias de tempo ou lugar, a única que tem a função sintática
do adjunto adverbial é:
a) "Já ouvi os poetas de Aracaju"
b) "atravessar os subúrbios escuros e sujos"
c) "passar a noite de inverno debaixo da ponte"
d) "Queria agora caminhar com os ladrões pela noite"
e) "sentindo no coração as pancadas dos pés das mulheres da noite"
22. (EFOA-MG) "Quando vejo certos colegas mostrando com orgulho aquela rodela imbecil no pescoço ..." O
período que apresenta uma oração com a mesma classificação da sublinhada na citação acima é:
a) "Mal o sol fugia, começavam as toadas das cantigas."
b) "Caso o encontre, dê-lhe o recado."
c) "Dado que a polícia venha, prenderemos o assassino."
d) "Uma vez que cheguem os reforços, atacaremos a praça."
e) "Contar-lhe-ei o caso, conquanto você guarde segredo."
23. No trecho "Cecília ... viu do lado oposto do rochedo Peri, que a olhava com uma admiração ardente", a
oração grifada expressa uma:
a) causa d) lugar
b) oposição e) explicação
c) condição
276
Reduza a oração em destaque segundo o modelo
-O contato direto das torcidas causou os distúrbios que foram observados ontem no estádio.
Gabarito
01. d 02. c 03. a 04. c 05. e 06. a 07. b 08. e 09. a 10. d
11. e 12. e 13. c 14. a 15. b 16. b 17. e 18.b 19. b 20. d
21. c 22. a 23. e 24. d 25. d
Referência http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/oss.shtmls
http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/ora-sub.htm
http://www.portugues.com.br/sintaxe/periodocomp.asp
PONTUAÇÃO
SINAIS DE PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação representam os recursos atribuídos à escrita. Dentre suas muitas finalidades,
está a de reproduzir pausas e entonações da fala.
1-VÍRGULA:
é um sinal que liga orações, separa termos das orações e indica a ocorrência de certos fenômenos tais
como: inversão, omissão ou intercalação de termos em uma oração:
INVERSÃO
- de orações subordinadas adverbiais. Ex: Embora não pensassem assim, era a mesma coisa.
277
COORDENAÇÃO:
Usa-se vírgula
- Entre termos de mesmo valor sintático. Ex: Deu-me de presente livros, revistas de arte e discos.
-Entre orações assindéticas: Foi à porta, espiou, correu para dentro assustada.
- Entre orações sindéticas, com exceção das aditivas. Ex: Talvez seja engano meu, mas acho que eles
faltaram ontem.
Obs.: deve ser usada antes da conjunção aditiva e apenas quando esta aparecer repetida várias vezes e
quando ligar orações com sujeitos diferentes:
INTERCALAÇÃO:
- de termos da oração. Ex: A aniversariante, meiga, atenciosa com todos, parecia feliz.
- de expressões explicativas, como: - isto é, - ou melhor, - por exemplo, - etc. Ex: Chegaram ontem à noite,
ou melhor, hoje de madrugada.
- de orações subordinadas adverbiais. Ex: Antigamente, quando eu era menino, ouvia histórias deste lugar.
SUPRESSÃO DE TERMOS:
Ex: Nós moramos no campo, e vocês, na cidade. (zeugma do verbo morar. = e vocês moram na cidade)
ISOLAMENTO:
- de orações subordinadas adjetivas explicativas. Ex: Até ele, que é o melhor da turma, não quis participar do
torneio.
278
NÃO SE DEVE COLOCAR VÍRGULA ENTRE:
- o sujeito e o predicado,
- Não é recomendável o uso da vírgula quando o adjunto adverbial for um simples advérbio.
Há que se ressaltar que a vírgula mantém uma estreita relação com a intencionalidade discursiva, ou seja,
sua existência, ou não, depende muitas vezes da intencionalidade do falante. Observemos, pois, os
seguintes enunciados:
Leia e divirta-se:
A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO
"Deixo a minha fortuna para o meu irmão não para o meu sobrinho jamais para o meu
advogado nada para os pobres."
Como se vê, ninguém entendeu, porque não há nenhuma pontuação e houve enorme confusão entre os
interessados na herança.
"Deixo minha fortuna para o meu irmão; não para o meu sobrinho, jamais para o meu advogado, nada para
os pobres."
"Deixo a minha fortuna: para o meu irmão, não; para o meu sobrinho; jamais para o meu advogado, nada
para os pobres."
"Deixo a minha fortuna: para o meu irmão, não; para o meu sobrinho, jamais; para o meu advogado, nada
para os pobres."
279
Finalmente, um defensor dos pobres disse que o certo na realidade era:
"Deixo a minha fortuna: para o meu irmão, não; para o meu sobrinho, jamais; para o meu advogado, nada;
para os pobres."
2-PONTO-E-VÍRGULA
Ex: “Homem ativo é aquele que sabe realizar aquilo que para outros constitui simples aspiração; que cumpre
o seu dever; que tem iniciativa; que não espera as ocasiões, mas as cria.”
c) Para separar orações quando houver zeugma (ou elipse = ocultação) na segunda:
I- Nomeação;
II- Promoção;
III- Transferência;
IV- Reintegração;
V- Readmissão;
VI- Reversão;
VII- Aproveitamento.
3-DOIS PONTOS:
Introduzem palavras, expressões, orações ou citações que servem para enumerar ou esclarecer o que se
afirmou anteriormente: “Lembrem-se do nome e do tipo: era João, caboclo robusto, desconfiado.”
4-ASPAS (“”)
a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição,
os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line,
30/01/09)
5-RETICÊNCIAS (...)
280
São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao que se estava
falando:
6- PARÊNTESES ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o predomínio de
vírgulas).
7-TRAVESSÃO (–)
Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada.
281
b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa diante de uma determinada
situação:
Ex: O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)
Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino? (expectativa)
a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, surpresa, súplica,
ordem, horror, espanto:
AMPLIANDO
De modo informal
* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro sentimento, não há problema
algum em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note:
282
AMPLIANDO - EXERCÍCIOS DE PONTUAÇÃO
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAemssAA/analise-sintatica?part=10
01) EPCAR - “Bem-aventurado, pensei eu comigo, aquele em que os afagos de uma tarde serena de
primavera no silêncio da solidão produzem o torpor dos membros.” (Herculano)
c) um adjunto deslocado;
d) elementos paralelos;
a) Solteiro; foi um menino turbulento; casado, era um moço alegre; viúvo, tornara-se uma pessoa de
semblante sombrio.
b) Solteiro; foi um menino turbulento, casado; era um moço alegre, viúvo; tornara-se uma pessoa de
semblante sombrio.
c) Solteiro, foi um menino; turbulento, casado; era um moço alegre viúvo, tornara-se uma pessoa de
semblante sombrio.
d) Solteiro foi um menino turbulento, casado era um moço alegre, viúvo; tornara-se uma pessoa de
semblante sombrio.
e) Solteiro, foi um menino turbulento, casado; um moço alegre, viúvo; tornara-se uma pessoa de semblante
sombrio.
283
a) Uns trabalhavam, esforçavam-se, exauriam-se; outros gozavam, não pensavam no futuro.
b) “E agora José?”
05) EPCAR
06) EPCAR
a) “Aprendi, desde bem cedo, a compreender e a perdoar. De vez em quando por muito compreender perdoar
se torna difícil, porém sempre tenho arranjado um jeitinho.”
b) “Aprendi, desde bem cedo, a compreender e a perdoar. De vez em quando, por muito compreender, perdoar
se torna difícil, porém sempre tenho arranjado um jeitinho.”
c) “Aprendi desde bem cedo, a compreender e a perdoar, de vez em quando por muito compreender;perdoar
se torna difícil, porém sempre tenho arranjado um jeitinho.”
d) “Aprendi desde bem cedo a compreender e a perdoar; de vez em quando por muito compreender perdoar
se torna difícil porém, sempre tenho arranjado um jeitinho.”
e) “Aprendi, desde bem cedo, a compreender e a perdoar. De vez em quando por muito compreender perdoar
se torna difícil porém, sempre tenho arranjado um jeitinho.”
284
07) EFOMM - Assinale a única alternativa que apresenta pontuação não justificável:
d) A caridade, que é virtude cristã, agrada mais a Deus que aos homens.
08) AMAN - “Para meu desapontamento, nasceu um ser raquítico e feio, pesando um quilo.”
c) marcar o deslocamento do adjunto adverbial e separar uma oração adjetiva explicativa da principal;
e) separar uma oração subordinada anteposta à principal e separar uma oração subordinada posposta à
principal.
09) Escola Naval - Cada número está no lugar de um sinal de pontuação. Marque a sequência que
“Desde que parti (1) duas coisas não me saem da cabeça (2) uma era o pedido de casamento que
recebi (3) a outra (4) a maneira como tal atitude foi tomada (5)”
a) ; , : , ? b) , . ; : . c) : ; , : !
d) , ; , , . e) , : ; , .
285
10) AMAN - “Éramos alunos, e rapidamente se estabeleceu intimidade entre nós.”
12) Escola de Medicina e Cirurgia - RJ - Assinale o exemplo em que a vírgula foi usada para denotar
e) O tempo, que não existe, é geralmente o que mais nos atormenta ou nos recreia. (M. de Maricá).
286
13) ESPCEX- Leia o texto abaixo e coloque as vírgulas necessárias.
8 - A influência da novela na vida da cidade vai contudo muito além das discus-
16 - sões em torno do sotaque. Na verdade desde 1959 quando uma revista carioca
64 - tem vivido à sombra de Gabriela. Agora com a novela a cidade passou a se descobrir”
Na frente de cada linha existe um número. Some os números correspondentes às linhas nas quais você
colocou uma ou mais vírgulas.
Resposta: __________
14) ESPCEX - Dando continuidade ao seu raciocínio sobre o emprego dos sinais de pontuação, leia cada
uma das frases apresentadas abaixo. Some os números correspondentes às frases que estiverem corretas
quanto ao emprego dos sinais de pontuação. A resposta da questão será a soma encontrada.
16 Volte, Raul; e, até fevereiro, teremos dela, certamente, uma resposta definitiva.
32 Não queria que a irmã viajasse, pois Carlos, seu cunhado, estava enfrentado dificuldades.
Resposta: __________
287
15) ESPCEX- Leia o texto abaixo, colocando as vírgulas necessárias.
4 dores. Por estes e outros motivos as borboletas são cada vez mais procura-
8 das. Mas a imagem bucólica do caçador tradicional com sua rede e seu cha-
Na frente de cada linha existe um número. Some os números correspondentes às linhas nas quais você
colocou uma ou mais vírgulas. A resposta da questão será a soma encontrada.
Resposta: __________
a) “A população está crescendo 90 milhões de pessoas por ano, o que significa que a cada 16 meses
17) Universidade Federal do Pará - No trecho: “Vi um jaguar e pensei: será muito difícil viver no planeta se
meus filhos não puderem ver um jaguar.”, a pontuação usada demonstra que os dois pontos servem para
anunciar uma:
a) citação; b) enumeração;
c) concessão; d) complementação;
e) exemplificação.
288
18) UFRRJ - Marco Túlio Cícero, tão famoso quanto Demóstenes na área da retórica, sempre dizia:
e) reticência.
19) AFA - A vírgula é usada obrigatoriamente para isolar o aposto, ou qualquer elemento de valor
meramente explicativo. Em qual das alternativas a colocação da vírgula obedece a esse princípio?
b) “(...) erguendo os olhos do trabalho em que se aplicava, um mancal de madeira para o moinho, viu Nestor
de pé sobre o talude (...)”
e) Disse o mestre:
289
21) CESGRANRIO - Assinale a opção em que a explicação para o emprego das vírgulas está errada:
b) “E, para adiantar o expediente, vestir a aniversariante logo depois do almoço.” (destacam a oração
adverbial)
d) “O ponche foi servido, Zilda suava, nenhuma cunhada ajudava propriamente.” (separam orações
coordenadas assindéticas)
e) “e de costas para a aniversariante, que não podia comer frituras, eles riam inquietos.” (isolam a oração
adjetiva explicativa)
c) “Há duas diferenças. A primeira, é que nela o mal é puro e confessado reumatismo.”
24) UNIRIO - No trecho “D. Tonica tinha fé em sua madrinha, Nossa Senhora da Conceição, e investiu a
fortaleza com muita arte e valor.” - o emprego das vírgulas justifica-se porque a expressão que elas limitam é:
d) aposto de madrinha;
290
25) UFRRJ - No período,“A fé, que é a mola do crente, sustenta e impulsiona a máquina do mundo”, a oração
“que é a mola do crente” está entre vírgulas, porque:
a) equivale a um aposto;
26) ITA - Qual das sequências abaixo jamais admitirá, de acordo com as nossas gramáticas, o emprego de
duas vírgulas?
b) Mesmo que tu chegues atrasado José não deixes de trazer as revistas que te emprestei sábado último.
d) Jamais lhe poderei dizer que isto se passou na casa de uma das mais tradicionais famílias da região os
Mesquitas.
e) A muito custo após algumas horas disseram que não haviam chegado os impressos para formalizar a
petição.
27) EPCAR - “Ao homem, deu-lhe Deus a sensibilidade para amar o bem.” Empregou-se a vírgula para:
d) separar um aposto;
291
28) ITA - Assinale a opção cujos sinais, indicados entre parêntese, não permitem pontuação correta para as
frases abaixo:
a) Se a felicidade é proporcional à renda é irrespondível a causa das máquinas se não a questão toda
precisa ser examinada. (2 vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
b) “O mau médico encarece a enfermidade e não lhe dá remédio o mau conselheiro exagera os
inconvenientes e não dá meio com que os melhorar.” (3 vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
c) “O beijo das mulheres sérias é frio faz a gente espirrar o das mulheres ardentes gasta-nos os lábios... e o
dinheiro.” (1 dois pontos e 1 ponto-e-vírgula)
e) “Depois dos pais que recebem o nosso primeiro grito o solo pátrio recebe os nossos primeiros passos é
um duplo receber que é duplo dar.” (3 vírgulas e 1 dois pontos)
b) está incorreto, pois não se separa objeto direto que segue imediatamente ao seu verbo transitivo;
292
30) EPCAR - Assinale a alternativa que pontua correta e ordenadamente o texto que segue.
Paulo não gosta de estudar ao contrário só pensa em divertir-se saindo seguidamente seu irmão contudo é
preocupado com o futuro não deixando de estudar jamais.
a) , , , ; , , , b) , , ; , , ;
c) , , ; , , , , , d) , , , , ,
e) , , ; , , ; ,
31) EFOMM - Assinale o único exemplo em que ocorreu erro quanto à pontuação:
a) Os termos essenciais e integrantes da oração ligam-se uns com os outros sem pausa; não podem,assim,
ser separados por vírgula.
b) Emprega-se o ponto, pois, fundamentalmente, para indicar o término de uma oração declarativa, seja ela
absoluta, seja a derradeira de um período composto.
d) Para se saber onde deve colocar os sinais de pontuação, habitue-se a ouvir a melodia da frase que
escreve e quando hesitar, leia a frase em voz alta: as pausas que será obrigado a observar e as mudanças
de entonação lhe indicarão, geralmente, a escolha e o lugar dos sinais, que nela terá de introduzir.
e) Não se deve abusar dos sinais de pontuação. Escritores há que empregam vírgulas em demasia, com o
que travam o enunciado, prejudicando o seu ritmo natural e, às vezes, tornando-o obscuro.
32) ITA - Assinale a alternativa cujos sinais, indicados entre parênteses, não permitem uma pontuação
correta:
a) Uns trabalham esforçam-se cansam-se outros folgam dormem descuidam-se e não pensam no futuro. (4
vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
b) A sua volta tudo lhe parece chorar as árvores o capim os insetos. (3 vírgulas e dois pontos)
c) Campinas Santos Guarulhos são cidades do Estado de São Paulo Caxias Canoas Uruguaiana do Rio
Grande do Sul. (5 vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
d) Prometeu-nos quando dele precisássemos que embora suas atividades fossem múltiplas jamais deixaria
de atender-nos. (3 vírgulas)
293
33) ITA - A sequência “Solteiro foi um menino turbulento casado era moço alegre viúvo tornara-se
e) Qualquer bebida que, contenha álcool, não deve ser tomada por você.
a) Usa-se a vírgula no interior da oração para separar elementos que exercem a mesma função sintática.
b) O ponto-e-vírgula denota em geral uma pausa suspensiva, suficiente para indicar que o período está
concluído.
c) As conjunções conclusivas, quando pospostas a um dos termos da oração, podem vir entre vírgulas.
d) Usa-se o ponto-e-vírgula para separar orações de um período, das quais um dos seus termos já esteja
subdividido por vírgula.
e) Usa-se a vírgula para separar as orações subordinadas adverbiais, principalmente quando antepostas à
principal.
294
GABARITO
5. PRONOME INDEFINIDO
Que houve com você?( equivale a que coisa)
6. CONJUNÇÃO
A) SUBORDINATIVA INTEGRANTE
Espero que você tenha mais sorte hoje.
B)CONJUNÇÃO COORDENATIVA EXPLICATIVA
Venha logo, que eu preciso de você.
C) ADVERBIAL CONSECUTIVA
Falou tanto que incomodou a classe toda.
CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA SE
295
4.Parte integrante do verbo:
Faz parte integrante dos verbos pronominais (ajoelhar-se, apaixonar-se, queixar-se...).
5.Pronome apassivador:
É ligado a verbo TRANSITIVO DIRETO, com a oração na voz passiva sintética. É também chamada de
partícula apassivadora.
8. Objeto indireto:
Ex: Ele se atribui muito valor.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Note que as inadequações referem-se aos desajustes entre as palavras que a constituem.
Fazendo-se os ajustes necessários a frase ficará assim: Aqueles dois meninos estudiosos leram os
livros antigos .
Assim, concordância nominal consiste na adaptação de uns nomes aos outros, harmonizando-se nas
suas flexões com as palavras de que dependem.
296
REGRA GERAL
Observação:
Quando os substantivos são do mesmo gênero as duas concordâncias podem ser usadas, embora a
primeira seja mais adequada porque mostra que a característica é atribuída aos dois substantivos.
Observação: No caso de substantivos de gêneros diferentes o adjetivo irá para o masculino plural, se o
adjetivo tiver a função de predicativo.
297
2. Um adjetivo anteposto a vários substantivos
Observação: Quando o adjetivo exerce a função de predicativo, ele pode concordar só com o primeiro ou ir
para o plural.
AMPLIANDO
a) Quando o substantivo estiver no plural, não se usa o artigo antes dos adjetivos.
b) Se o substantivo estiver no singular, o uso do artigo será obrigatório a partir do segundo adjetivo.
Essas expressões concordam obrigatoriamente com o substantivo a que se referem, quando for precedido de
artigo. Caso contrário, serão invariáveis.
298
6. Anexo, incluso, apenso, próprio, obrigado
7. Mesmo, bastante
Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for advérbio permanece invariável. Quando é pronome
concorda com a palavra a que se refere.
9. Meio
299
Ele anda meio cabisbaixo.
Quando essas palavras funcionam como adjetivo variam de acordo com a palavra a que se referem. Se
funcionarem como advérbio são invariáveis.
11. Só
a) Quando tem o significado de sozinho(s) ou sozinha(s) essa palavra vai para o plural.
Observação:
12. Possível
Quando acompanhada de expressões superlativas (o mais, a menos, o melhor, a pior) varia conforme o artigo
que integra as expressões.
300
13. Pronomes de tratamento
CONCORDÂNCIA VERBAL
Concordância verbal consiste no estudo do verbo quanto à maneira como ele deverá surgir na frase (singular
ou plural), dependendo de qual elemento seja o sujeito da oração, ou até dependendo da própria existência do
sujeito. Se o sujeito for um substantivo singular, o mesmo ocorrerá com o verbo; se for um termo no plural, o
verbo também o será. Por exemplo: "O prédio ruiu"; "Os bombeiros chegaram".
Fique atento:
Uma boa maneira de usar o verbo convenientemente, em relação à concordância, é raciocinar, encontrar o
sujeito a que o verbo se refere, a fim de deixar este no mesmo número e pessoa que aquele.
Sigamos as dicas do professor Dílson Catarino, especial para o Fovest Online ,Folha de São Paulo.(texto
adaptado)
CASOS ESPECIAIS:
Verbo SER:
A frase "O vestibular são as esperanças dos estudantes" nos parece está inadequada, de acordo com a
norma culta padrão.
No entanto,está correta, pois o verbo ser, quando tiver como sujeito e como predicativo do sujeito
elementos numericamente diferentes (um no singular, outro no plural), deverá concordar com o plural, não
importando a sequência em que os elementos se encontrem na oração.
Essa concordância só NÃO ocorrerá, se o sujeito for um nome próprio ou indicar pessoa; nesse caso, o
verbo ser concordará com a pessoa.
Outro caso especial do verbo ser ocorre em frases que indicam quantidade: Qual é o certo? "Trezentos
gramas de carne é (ou são) o suficiente para esse prato"? A resposta é "Trezentos gramas de carne é o
suficiente", porque o verbo ser ficará no singular, quando o predicativo for uma expressão como
"muito, pouco, o bastante, o suficiente, uma fortuna, uma miséria, demais...".
Ex.Duzentos mil reais é muito para essa casa; Quatro voluntários é o bastante para realizar o serviço.
O verbo ser também pode ser impessoal, ou seja, pode apresentar-se sem sujeito. Isso ocorrerá quando
indicar horas, datas ou distâncias.Ao indicar horas ou distâncias, o verbo ser concordará com o
numeral a que se refere; ao indicar datas, tanto poderá ficar no singular, quanto no plural, com
exceção do primeiro dia do mês; nesse caso, ser ficará no singular.
301
É um quilômetro daqui até lá; São dois quilômetros daqui até lá;
É vinte e nove de agosto; São vinte e nove de agosto.
"Viva os jogadores!" Quem nunca gritou frase desse tipo algum dia? Quem nunca cometeu esse erro? Erro,
porque o verbo VIVER, nas orações optativas, deve concordar com o sujeito, que sempre estará
posposto ao verbo.
Vivam as borboletas que parece bailarem quando voam! Quê?! "parece bailarem"? Exatamente.Tanto se
pode dizer "parece bailarem" quanto "parecem bailar".
Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo e o sujeito for um elemento no
plural, ou flexiona-se o verbo parecer, ou o infinitivo.
Já em "As borboletas parece bailarem" o sujeito de "parece" é "as borboletas bailarem", denominado de
oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, e o verbo parecer é intransitivo.
Essa última construção é equivalente a "Parece que as borboletas bailam", retirando-se a conjunção "que" e
colocando-se o verbo no infinitivo.
EXERCÍCIOS DE CONCORDÂNCIA
1. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma culta:
a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
302
2. (IBGE) Assinale a frase em que há erro de concordância verbal:
a) 1 - 2 - 1 - 1 - 2
b) 2 - 2 - 1 - 1 - 2
c) 2 - 1 - 1 - 1 - 1
d) 1-2-2-2-2
e) 2-1-1-1-2
303
8. (BB) Verbo deve ir para o plural:
GABARITO
1. C / 2. D/ 3. D / 4. D / 5. D /6. C /
7. A/ 8. D / 9. C / 10. B
REGÊNCIA
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma preposição ou
não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser
empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos da frase (Na rua dos
Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela deve ser empregada antes do verbo, o que
acontece nas orações iniciadas pelos pronomes relativos (O ideal a que aspira é nobre).
É de interesse da regência verbal o estudo entre a relação que o verbo estabelece com os termos que
o complementam (objeto direto e objeto indireto) ou caracterizam (adjunto adverbial). É graças a
esse estudo que é possível inteirar-se sobre as possíveis significações de um verbo apenas com a
presença ou não da preposição.
304
Verbo quanto à Complemento Pronome Exemplos
predicação oblíquo
Intransitivo - - Ela
morreu.
Tra Direto Sem o, os, a, Minha
n (VTD) preposição as mãe
sitivo comprou
o vestido.
305
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de algo.
Observação:Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for um substantivo feminino (que exija
o artigo)
Certifico-o de sua posse / Certifico-lhe que seria empossado / Certificamo-nos de seu êxito no concurso /
Certificou o escrivão do desaparecimento dos autos
CHAMAR
TD, quando significar convocar.
Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.
TI, com a prep. POR, quando significar invocar.
Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.
TD e I, com a prep. A, quando significar repreender.
Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula / Chamei-o à atenção.
Observação :A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado (O
cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam)
Pode ser TD ou TI, com a prep. A, quando significar dar qualidade. A qualidade (predicativo do objeto) pode
vir precedida da prep. DE, ou não.
Ex.: Chamaram-no irresponsável / Chamaram-no de irresponsável / Chamaram-lhe irresponsável / Chamaram-
lhe de irresponsável.
CHEGAR, IR (Intransitivo)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. Porém a
indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não complementação.
Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de destino, e DE, na indicação de procedência.
Observação :quando houver a necessidade da prep. A, seguida de um substantivo feminino (que exija o artigo
a), ocorrerá crase (Vou à Bahia)
no emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EM
Ex.: Cheguei tarde à escola. / Foi ao escritório de mau humor.
Se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-se da preposição PARA.
Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília.
Quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM.
Ex.: Cheguei no ônibus da empresa. / A delegação irá no vôo 300.
COGITAR
Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep. DE.
Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral / Hei de cogitar no caso / O diretor cogitou de demitir-se.
COMPARECER (Intrans.)
Ex.: Compareceram na sessão de cinema. / Compareceram à sessão de cinema.
COMUNICAR (TD e I)
Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.
Ex.: Comunico-lhe meu sucesso / Comunico meu sucesso a todos.
CUSTAR
No sentido de ser difícil será TI, com a prep. A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a
pessoa, que será objeto indireto.
Ex.: Custou-me acreditar em Hipocárpio. / Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.
No sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a prep. A.
Ex.: Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família
No sentido de ter preço será intransitivo
Ex.: Estes sapatos custaram R$50,00.
DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)
Ex.: Desfrutei os bens de meu pai / Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam
ENSINAR - TD e I
Ex.: Ensinei-o a falar português / Ensinei-lhe o idioma inglês
ESQUECER, LEMBRAR
quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.
Ex.: Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da caneta no bolso do paletó
constroem-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome
Ex.: Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o namorado distante
FALTAR, RESTAR E BASTAR
Podem ser intransitivos ou TI, com a prep. A.
Ex.: Muitos alunos faltaram hoje / Três homens faltaram ao trabalho hoje / Resta aos vestibulandos estudar
bastante.
306
IMPLICAR
TD e I com a prep. EM, quando significar envolver alguém.
Ex.: Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência, acarretar.
Ex.: Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade / Suas palavras implicam denúncia contra o
deputado.
TI com a prep. COM, quando significar antipatizar.
Ex.: Não sei por que o professor implica comigo.
Observação: Emprega-se preferentemente sem a preposição EM (Magistério implica sacrifícios)
INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Ex.: Informei-o de que suas férias terminou / Informei-lhe que suas férias terminou
MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intransitivo)
Seguidos da preposição EM e não com a preposição A, como muitas vezes acontece.
Ex.: Moro em Londrina / Resido no Jardim Petrópolis / Minha casa situa-se na rua Cassiano.
NAMORAR (TD)
Ex.: Ela namorava o filho do delegado / O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.
OBEDECER, DESOBEDECER (TI)
Ex.: Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?
Observação : verbos TI que admitem formação de voz passiva
PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Ex.: Paguei a conta ao Banco / Perdôo os erros ao amigo
Observação : as construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas agramaticais
PEDIR (TD e I)
Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.
Ex.: Pediram-lhe perdão / Pediu perdão a Deus.
PRECISAR
No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).
Ex.: O mecânico precisou o motor do carro.
No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).
Ex.: Preciso de bom digitador.
PREFERIR (TD e I)
Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
Ex.: Preferia um bom vinho a uma cerveja.
PROCEDER
TI, com a prep. A, quando significar dar início ou realizar.
Ex.: Os fiscais procederam à prova com atraso. / Procedemos à feitura das provas.
TI, com a prep. DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.
Ex.: O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. / Esta madeira procede do Paraná.
Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fundamento.
Ex.: Suas palavras não procedem! / Aquele funcionário procedeu honestamente.
QUERER
No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD)
Ex.: Quero meu livro de volta Sempre quis seu bem
No sentido de querer bem, estimar (TI - prep. A)
Ex.: Maria quer demais a seu namorado. / Queria-lhe mais do que à própria vida.
RENUNCIAR
Pode ser TD ou TI, com a prep. A.
Ex.: Ele renunciou o encargo / Ele renunciou ao encargo
RESPONDER
TI, com a prep. A, quando possuir apenas um complemento.
Ex.: Respondi ao bilhete imediatamente / Respondeu ao professor com desdém.
Observação:nesse caso, não aceita construção de voz passiva.
TD com OD para expressar a resposta (respondeu o quê?)
Ex.: Ele apenas respondeu isso e saiu.
REVIDAR (TI)
Ex.: Ele revidou ao ataque instintivamente.
307
SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)
Com a prep. COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se.
Ex.: Sempre simpatizei com Eleonora, mas antipatizo com o irmão dela.
SOBRESSAIR (TI)
Com a prep. EM. Não é pronominal, portanto não existe sobressair-se.
Ex.: Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias.
VISAR
No sentido de ter em vista, objetivar (TI prep. A)
Ex.: Não visamos a qualquer lucro. / A educação visa ao progresso do povo.
No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)
Ex.: Ele visava a cabeça da cobra com cuidado / Ele visava os contratos um a um.
Observação :se TI não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele (a/s)
RESUMO
São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como complemento, estando em seu
lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e I,
admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados do pronome se, não admitem plural.
É que, neste caso, o se indica sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.
(Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)
Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em), almejar
(por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar
(com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a),
satisfazer (a), versar (sobre)
AMPLIANDO: Nos momentos de dúvidas, recorrer ao dicionário pode ser de grande ajuda.
Assim como, pensar sobre o significado que a palavra assume no contexto da frase, pois
dessa forma você encontrará a preposição e os complementos adequados.
Há verbos que admitem duas construções, um a transitiva direta, outra indireta, sem que isso
implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos:
Almejar : Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações.
Anteceder: Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma série de
fatos estranhos.
Atentar: Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma de digitar.
Cogitar: Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos de umanova estratégia. / Cogitávamos em uma
nova estratégia.
Deparar: Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa
trilha.
308
Gozar: Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde.
Necessitar: Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de algumas horas
para preparar a apresentação.
Renunciar :Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta.
Versar: Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas.
REGÊNCIA NOMINAL
A regência nominal ocupa-se da relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio e o seu complemento
nominal, respectivamente.
Exemplos:
• alheio a, de • habituado a
• acessível a • incompatível com
• acostumado a; com • junto a; de
• alusão a • maior de
• ansioso por; para; de • natural de
• atenção a; para • necessidade de
• ambicioso de • posterior a
• compatível com • preferência por; por a
• curioso a; de • próximo a; de
• desfavorável a • sensível a
• estranho a • simpatia por
• fiel a • útil a; para
1-Diante das orações que seguem, analise-as e indique aquela que não se adéqua ao uso da preposição “a”:
309
2-Tendo em vista a relação de dependência manifestada entre um nome (termo regente) e seu respectivo
complemento (termo regido), reescreva as orações a seguir, atribuindo-lhes a devida preposição.
GABARITO
310
c – Este rapaz é bacharel em direito.
d – A aluna era alheia a todas as informações.
e – Tenha obediência às leis de trânsito.
Questão 5 : Alternativa “a”.
6) Assinale a frase que não pode ser completada com o que vai nos parênteses.
a) Pagarei......alguns empregados hoje à noite. (a)
b) Naquela época, meu sobrinho assistia......Belo Horizonte. (em)
c) Não implique......o colega. (com)
d) Quando morava no campo, aspirava.......ar puro e sentia-se bem. (ao)
8) Nas frases seguintes, todas com o pronome CUJO, há uma com erro de regência
verbal. Assinale-a.
a) Esta é a criança cujo pai deseja falar-nos.
b) Paulo, por cujas atitudes não me responsabilizo, deixou a firma.
c) Luís, contra cujas idéias sempre lutei, hoje é meu amigo.
d) Está lá fora o homem cujas ideias jamais acreditei.
311
9) Está correta a regência da frase:
a) O filme que assistimos é excelente.
b) O emprego que aspirávamos era apenas um sonho.
c) O documento que visei era falso.
10) Marque a alternativa em que ocorre erro na substituição por pronome átono.
a) Obedeci ao professor. / Obedeci-lhe.
b) Encontrei os animais na rua. / Encontrei-os na rua.
c) Toquei o seu braço. / Toquei-lhe o braço.
d) Visitou a amiga no hospital. / Visitou-lhe no hospital.
1- b / 2- c / 3- c / 4- a / 5- b / 6- d /7- c 8- d
QUEM ACREDITA, ACREDITA EM ALGUÉM / 9- c / 10- d
Letra D
Na opção a, ao professor é objeto indireto, correspondendo a lhe. Na b, os animais
é objeto direto, correspondendo a os. Na c, o pronome lhe substitui não o complemento
(o seu braço), mas apenas o possessivo seu; nesse caso, a palavra lhe é adjunto
adnominal, e não objeto indireto. Na d, a amiga é objeto direto, a substituição é por a, e não “lhe” : Visitou-a
no hospital.
11- a / 12- a / 13 – c / 14- a / 15- b
312
CRASE
Crase é a fusão entre artigo e preposição, portanto um fenômeno. É claro que não é restrito somente a estas
classes, há também ocorrência de crase entre preposição e pronome, por exemplo:
Entreguei o livro àquela aluna.
Observamos, neste exemplo, a fusão entre preposição e o "a" inicial do pronome demonstrativo. Vejamos
mais alguns casos em que se dá o acento grave:
Usa-se o acento grave, indicativo de crase:
1. Quando houver palavra feminina que admita o artigo “a” e que dependa, por sua vez, de outra palavra
que exija a preposição”a”.
Ficou junto à porta e não saiu.
Entreguei o envelope à diretora.
a) adverbiais:
à esquerda, à direita, às vezes, às escuras, às claras, às pressas, à toa, às escondidas, às seis horas, à
meia-noite
b) prepositivas: à beira de, à moda de, à maneira de, à frente de
Foi ferido a bala (à bala).
Fecharam a porta a chave (à chave).
c) conjuntivas
à medida que, à proporção que
AMPLIANDO: Dica 01- diante de palavras masculinas há crase, desde que estejam ocultas as
expressões à moda de, à maneira de.
Vestia-se à Luís XV (à moda de).
Churrasco à gaúcha (à moda).
NÃO OCORRE CRASE:
1. Diante de palavras masculinas.
Andei a cavalo,
Não conseguiu chegar a tempo
Ele passeou a pé
2. Diante de verbos.
Ficava a contemplar o céu.
Estava a percorrer as ruas.
3. Diante de pronomes de tratamento.
O que direi a Vossa senhoria?
Já escrevi à senhorita.
313
7. Diante da palavra “terra”, quando esta designar chão firme.
1. (FCC/TST/2012) Considere:
___ angústia de imaginar que o homem pode estar só no universo soma-se a curiosidade humana, que se
prende ___ tudo o que é desconhecido, para que não desapareça de todo o interesse por pistas que dariam
314
2. (FCC/TRF - 5ª REGIÃO/2012) O detetive Gervase Fen, que apareceu em 1944, é um homem de face corada,
muito afeito ___ frases inteligentes e citações dos clássicos; sua esposa, Dolly, uma dama meiga e sossegada,
fica sentada tricotando tranquilamente, impassível ___ propensão de seu marido ___ investigar
assassinatos.(Adaptado de P.D.James, op.cit.)
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) à - à – a b) a - à - a
c) à - a – à d) a - à - à
e) à - a – a
3. (FCC/TRF-3R/2007) É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:
a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer atentar para o que está vendo.
b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por impulsos que, em sua
verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.
c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a matéria de que são feitos,
às vezes à revelia de nós mesmos.
d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se todas as homenagens àquele
que cultiva seus sonhos.
e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo não está à salvo de ser o
responsável pela frustração de toda uma geração.
4. (FCC/TRT - 24ª REGIÃO/2011) Considere as frases seguintes:
I. As inovações no ramo da estética permitem ___ um grande número de pessoas se sentirem mais belas.
II. Sempre existiu preocupação com a beleza, embora mudem os critérios ___ que ela obedece.
III. A beleza, ___ parte alguns exageros, deve ser buscada até mesmo com intervenções cirúrgicas.
As lacunas das frases acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) à - a – à b) a - a - a
c) a - à – à d) à - à - a
e) a - a - à
5. (FCC/TRT - 24ª REGIÃO/2011) Justifica-se plenamente o emprego de ambos os sinais de crase em:
a) Ela pode voltar à qualquer momento, fiquemos atentos à sua chegada.
b) Dispôs-se à devolver o livro, à condição de o liberarem da multa por atraso.
c) Postei-me à entrada do cinema, mas ela faltou também à esse compromisso.
d) Àquela altura da velhice já não assistia à filmes trágicos, apenas aos de humor.
e) Não confie à priminha os documentos que obtive à revelia do nosso advogado.
6. (FCC/TRE-RN/2011)
Graças ___ resistência de portugueses e espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio imposto por Napoleão e
deu início ___ campanha vitoriosa que causaria ___ queda do imperador francês.
Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,
a) a - à – a b) à - a - a
c) à - à – a d) a - a - à
e) à - a – à
7. (FCC/TRT - 1ª REGIÃO/2011)
315
O avanço rumo ___ um desenvolvimento sustentável depende de diversos fatores, entre os quais estão o
estímulo ___ novas tecnologias e o compromisso ético de empresas que tenham como prioridade o respeito
___ causas ambientais.
a) a - à - as
b) a - a - às
c) à - a - as
d) a - à - às
e) à - à - as
Gabriel García Marquez cresceu em meio ___ plantações de banana de Arataca, situada ___ poucos
quilômetros do vilarejo de Macondo, que ele se dedicou ___ retratar na obra Cem anos de solidão.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) as - à – a b) as - à - à
c) às - a – a d) às - à - à
e) as - a - à
9. (FCC/Banco do Brasil/2011)
Quando comparado ___ outras aves, os tucanos parecem ser bem maiores ___ quem os observa, ___ voar
na natureza.
Os espaços pontilhados da frase acima estarão correta- mente preenchidos, na ordem, por:
a) às - a – a b) às - à - a
c) as - a – a d) às - a - à
e) as - à - à
10. FCC/TRE-PE/2011) Ainda que riqueza [...] à custa do trabalho escravo ... A sociedade colonial no Brasil
[...] desenvolveu-se [...] à sombra das grandes plantações de açúcar ...
Do mesmo modo que nas frases acima, está correto o emprego da crase em:
GABARITO
1. A / 2.B / 3.E / 4. E / 5. E / 6. C / 7. B / 8. C / 9. A /10. A
316
EXERCÍCIOS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Para as perguntas de 01 a 28 você deverá assinalar com “C “ o que estiver correto e com “I” os incorretos:
GABARITO
01.C / 02.C / 03.C / 04.C / 05.C / 06.I / 07.C / 08.C / 09.I / 10.C / 11.C / 12.C / 13.C / 14.C /
15.I / 16.C 17.C / 18.I / 19.I / 20.I / 21.C / 22.C / 23.C / 24.I / 25.C / 26.I/ 27.I / 28.I / 29.B /
30.D
317
PARTE II
TEXTO E TEXTUALIDADE
FIGURAS DE LINGUAGEM
FIGURAS DE LINGUAGEM
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a
linguagem mais expressiva. É um recurso linguístico para expressar experiências comuns de formas
diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
a) figuras de palavras;
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.
disponível em http://www.algosobre.com.br/gramatica/figuras-de-linguagem.html
Aliteração
Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características marcantes do Simbolismo, assim
como a sinestesia.
Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices
velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza)
Assonância
Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral." (Caetano Veloso)
(E, O) - "O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
Paranomásia
Ex: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre Antonio Vieira)
318
Onomatopéia
Ex: A língua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com
alguém. / E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-
nhem..." (Cecília Meireles)
A gramática normativa, partindo de aspectos lógicos e gerais observados na língua culta, aponta princípios
que presidem às relações de dependência ou interdependência e de ordem das palavras na frase. Ensina-
nos, entretanto, que aqueles aspectos lógicos e gerais não são exclusivos; ocasionalmente, outros fatores
podem influir e, em função deles, a concordância, a regência ou a colocação (planos em que se faz o estudo
da estrutura da frase) apresentam-se, às vezes, alteradas. Tais alterações denominam-se figuras de
construção também chamadas de figuras sintáticas
Também é considerada como figura de construção a "Inversão", aonde ocorre a mudança da ordem direta
dos termos na frase (sujeito + predicado + complementos).
Exs.:"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante" (Hino Nacional
Brasileiro) (ordem direta: As margens do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.)
Elipse
a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: iremos depois, compraríeis a casa?
c) preposição - estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar de: estar bêbado, com a camisa
rota, com as calças rasgadas.
d) conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero que você me entenda.
e) verbo - queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho que queria à filha.
E o rapaz disse:
Zeugma
Omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode necessitar adaptações de número e
pessoa verbais. Utilizada, sobretudo, nas orações comparativas.
Ex: Alguns estudam, outros não, por: alguns estudam, outros não estudam. "O meu pai era paulista / Meu
avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque) - omissão de era
319
Hipérbato
Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período. São determinadas
por ênfase e podem até gerar anacolutos.
Anástrofe
Pleonasmo
"E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius de Moraes),
Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro - decorre da ignorância, perdendo o caráter enfático (hemorragia de
sangue, descer para baixo)
Assíndeto
Ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. Ocorre muito nas orações
coordenadas.
Ex: "Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios."
Polissíndeto
Ex: O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata. "E sob as ondas ritmadas / e sob as
nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (...)" (Carlos Drummond
de Andrade)
320
Anacoluto
Termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Normalmente, inicia-se uma determinada construção
sintática e depois se opta por outra.
Ex: Eu, parece-me que vou desmaiar. / Minha vida, tudo não passa de alguns anos sem importância (sujeito
sem predicado)
Quem ama o feio, bonito lhe parece (alteraram-se as relações entre termos da oração)
Anáfora
Ex: "Olha a voz que me resta Olha a veia que salta Olha a gota
que falta Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico Buarque)
Obs.: repetição em final de versos ou frases é epístrofe; repetição no início e no fim será símploce.
Classificações propostas por Rocha Lima.
Silepse
É a concordância com a idéia, e não com a palavra escrita. Existem três tipos:
V. Sª é lisonjeiro
c) Silepse de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3ª pess - os brasileiros, mas quem fala ou escreve
também participa do processo verbal)
Antecipação
321
Metáfora
Emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de comparação implícita, sem
termo comparativo.
Comparação
Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam,
ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem
- e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos:
"Amou daquela vez como se fosse máquina.
"As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, negros xales nos ombros, pareciam aves
noturnas paradas..."
(Jorge Amado)
A menininha era tão delicada quanto uma flor.
AMPLIANDO
Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante
da subjetividade de quem a cria. Para ser comparação, deve haver um termo de comparação expresso.
Exemplo:
Catacrese
Uso impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou na ausência de termo específico.
Ex.: Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha) / "Distrai-se um deles a enterrar o dedo no tornozelo
inchado." - O verbo enterrar era usado primitivamente para significar apenas colocar na terra.
Modernamente, casos como pé de meia e boca de forno são considerados metáforas viciadas.
Perderam valor estilístico e se formaram graças à semelhança de forma existente entre seres.
322
Metonímia
Substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado, por algum grau
de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa
relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
323
Antonomásia, perífrase
substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expressão que facilmente o identifique.
Fusão entre nome e seu aposto.
Ex: O mestre = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das selvas = o leão, Escritor Maldito = Lima Barreto
Sinestesia
Interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão, audição, gustação e tato). A
sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser
físicas ou psicológicas (subjetivas).
Exemplo: "A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias
feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia
[sensações táteis], quase irreal." (Augusto Meyer)
"Mais claro e fino do que as finas pratas O som da tua voz deliciava ... Na
dolência velada das sonatas Como um perfume a tudo perfumava. Era um
som feito luz, eram volatas Em lânguida espiral que iluminava Brancas
sonoridades de cascatas ... Tanta harmonia melancolizava." (Cruz e Souza)
Anadiplose
É a repetição de palavra ou expressão de fim de um membro de frase no começo de outro membro de frase.
Ex: "Todo pranto é um comentário. Um comentário que amargamente condena os motivos dados."
FIGURAS DE PENSAMENTO
Antítese
Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios" (Vinicius de Moraes)
Obs.: Paradoxo - idéias contraditórias num só pensamento, proposição de Rocha Lima ("dor que desatina
sem doer" Camões)
Eufemismo
Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou), Você não foi feliz nos exames. (foi reprovado)
Obs.: a autora Rocha Lima propõe uma variação chamada litote - afirma-se algo pela negação do
contrário. (Ele não vê, em lugar de Ele é cego; Não sou moço, em vez de Sou velho
324
Hipérbole
Ironia
Utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico.
Gradação
Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça
perfeitamente."
Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao Bosco / Aldir Blanc)
FIGURAS DE PALAVRA
a) comparação b) catacrese
c) metáfora d) sinestesia
e) metonímia f) antonomásia
g)sinédoque h) alegoria
Sinédoque
Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do
sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
de seu cavalo."
(J. Cândido de Carvalho)
1 O povo.
325
• o singular pelo plural e vice-versa:
O paulista 3 é tímido; o carioca 4, atrevido.
3 Todos os paulistas.
4 Todos os cariocas.
Catacrese
A catacrese é um tipo de especial de metáfora, "é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não
se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico,
já fora do âmbito estilístico."
(Othon M. Garcia)
Antonomásia
Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a
distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto
(descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.
Exemplos:
"E ao rabi simples 1, que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
(Raimundo Correia)
1 Cristo
326
Alegoria
A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que
consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado.
Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois
sentidos completos e perfeitos - um referencial e outro metafórico
Exemplo:
"A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do
baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do
mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente..."
(Machado de Assis)
FIGURAS DE HARMONIA
a) aliteração c) assonância
b) paronomásia d) onomatopéia
Aliteração
Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente
em posição inicial da palavra.
Exemplo:
"Toda gente homenageia Januária na janela."
(Chico Buarque)
Assonância
Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema. Exemplo:
"Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
(Chico Buarque)
Paronomásia
Ocorre paronomásia quando há reprodução de sons semelhantes em palavras de significados
diferentes.
Exemplo:
"Berro pelo aterro pelo desterro
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe."
(Caetano Veloso)
327
Onomatopéia
FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao
seu aspecto semântico
São figuras de pensamento:
a) antítese d) apóstrofe g) paradoxo
b) eufemismo e) gradação h) hipérbole
c) ironia f) prosopopéia i) perífrase
Antítese
Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Exemplo:
"Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-
nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa)
Apóstrofe
Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode
estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à
expressão. Exemplo:
"Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro Alves)
Paradoxo
Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na
de idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com
aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo:
"Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;" (Camões)
Eufemismo
Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade
tida como penosa, desagradável ou chocante. Exemplo: "E pela paz derradeira /que enfim vai nos
redimir / Deus lhe pague". (Chico Buarque ( paz derradeira: morte)
Gradação
Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.
Exemplo: "Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves)
Ironia
Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o
contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica
Exemplo: "Moça linda, bem tratada, / três séculos de família,/burra como uma porta: um
amor." (Mário de Andrade)
328
Prosopopéia
Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação,
fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopéia o
que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: "O peixinho (...)
silencioso e levemente melancólico..."
Exemplos: "... os rios vão carregando as queixas do caminho." (Raul Bopp)
Um frio inteligente (...) percorria o jardim..."
(Clarice Lispector)
Perífrase
Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente
geográfico ou situação que não se quer nomear.
Exemplo:
"Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil/ Cidade maravilhosa/ coração do meu
Brasil." (André Filho)
FIGURAS DE SINTAXE
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação à concordância
entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Elas podem ser construídas por: a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
c) inversão: anástrofe, hipérbato,
d) ruptura: anacoluto;
e) concordância ideológica: silepse.
Assíndeto
Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções
coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas rítmicas
(vírgulas).
Exemplo:
"Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se,
apertando-se, fundindo-se." (Machado de Assis)
Elipse
Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou
subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou
verbos. É um poderoso recurso de concisão e dinamismo.Exemplo:
"Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas." 1
1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)
Zeugma
Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida sua
repetição.
Exemplo: "Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes." 1 (Camilo Castelo
Branco) 1 Zeugma do verbo: "e foram assassinados..."
Anáfora
Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou
verso. Exemplo:
"Depois o areal extenso...Depois o oceano de pó... Depois no horizonte imenso Desertos...
desertos só..."(Castro Alves)
329
Pleonasmo
Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto é, redundância de significado.
a) Pleonasmo literário
É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia, tanto do ponto de vista semântico
quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando
ênfase à mensagem. Exemplo:
"Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
"Morrerás morte vil na mão de um forte."
(Gonçalves Dias)
"Ó mar salgado, quando do teu sal São lágrimas de
Portugal" (Fernando Pessoa)
b) Pleonasmo vicioso
É o desdobramento de idéias que já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas.
Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma idéia, sendo apenas
fruto do descobrimento do sentido real das palavras.
Exemplo: subir para cima; entrar para dentro; repetir de novo; ouvir com os
ouvidos; hemorragia de sangue; monopólio exclusivo; principal protagonista
Polissíndeto
Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que
exige a norma gramatical ( geralmente a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos
ininterruptos ou vertiginosos.
Exemplo:
"Vão chegando as burguesinhas pobres, e as criadas das burguesinhas ricas as mulheres do povo, e
as lavadeiras da redondeza." (Manuel Bandeira)
Anástrofe
Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas ( determinante/determinado).
Exemplo: "Tão leve estou que nem sombra tenho." (Mário Quintana)
Estou tão leve...
Hipérbato
Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.
Exemplo: "Passeiam à tarde, as belas na Avenida. " (Carlos Drummond de Andrade)
1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
Anacoluto
Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase,
alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos - que não
apresentam função sintática definida - desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa
sensível.
Exemplo:"Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas." (Alcântara Machado)
330
SILEPSE
Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a elas associada.
a) Silepse de gênero
Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).
Exemplo: "Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito." (Guimarães Rosa)
b) Silepse de número
Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural).
Exemplo:Corria gente de todos lados, e gritavam." (Mário Barreto)
c) Silepse de pessoa
Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou
escreve se inclui no sujeito enunciado.
Exemplo: "Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas." (Machado de Assis)
02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele suscita e
esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.
03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá
faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja"
encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopéia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.
04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:
a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número
331
05.(ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
06. Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:
a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita
força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais
satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a
qualquer tratamento.
07. Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos
abaixo:
I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."
III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."
IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."
a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)
c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector)
d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário Quintana)
e) N.d.a.
332
09. Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há
gradação em:
10. "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de
linguagem que há na frase acima:
GABARITO:01. E/ 02. A/ 03. E 04. E/ 05. C/ 06. C/ 07. B/ 08. B / 09. E /10.C
2-(FMU) Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e que
serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de figura de linguagem denominada:
A) metonímia
B) antítese
C) paródia
D) alegoria
E) catacrese
A) sinestesia
B) eufemismo
C) onomatopéia
D) antonomásia
E) catacrese
333
4-(FAU-Santos) Nos versos:
“Bomba atômica que aterra
Pomba atônita da paz
Pomba tonta, bomba atômica…”
A) 4,3,5,2,1 B) 3,4,2,1,5
C) 3,4,2,5,1 D) 3,4,5,2,1
E) 1,3,2,5,4
334
8-Identifique os recursos estilísticos empregados no texto:
“Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos, os modernos”. (Machado de Assis)
A) anáfora – antítese – silepse
B) metáfora – antítese – elipse
C) anástrofe – antítese – zeugma
D) pleonasmo – antítese – silepse
E) anástrofe – comparação – parábola
9-(Mack) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças co conflito de duas visões antagônicas:
335
12-Em cada um dos períodos abaixo ocorre uma silepse. Marque a alternativa que classifica
corretamente cada uma delas.
1.“Está uma pessoa ouvindo missa, meia-hora o cansa e atormenta e faz romper em murmurações”.
2.“E todos assim nos distraímos nesses preparativos”. (Aníbal Machado)
3.“A multidão vai subindo, subiram, subiram mais”. (Murilo Mendes)
336
PROVAS ANTERIORES
PROVA DE 2012
Texto I
Fui criado com princípios morais comuns. Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios,
vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos,
05 mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou
autoridades... Confiávamos nos adultos, porque todos eram pais, mães ou familiares da nossa rua, do
bairro ou da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos,
10 dos filmes de terror...
Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Tudo que os meus netos um dia
enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos velhos, dos jovens e dos adultos. Direitos humanos
para
15 os criminosos, deveres ilimitados para os cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa
ser idiota. Trabalhador digno e cumpridor dos deveres virou otário. Pagar dívidas em dia é ser tonto -
anistia para corruptos e sonegadores.
20 O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula; comerciantes ameaçados
por traficantes; grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais
que abraços. Filhas querendo uma cirurgia como
25 presente por passarem de ano. Filhos esquecendo o respeito no trato com pais e avós. No lugar de
senhor, senhora, ficou “oi cara”, ou “como está, coroa”? Celulares nas mochilas de crianças. “O que
vais querer em troca de um abraço?” – “A diversão vale mais que
30 um diploma.” – “Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa.” – “Mais vale uma maquiagem
do que um sorvete.” - “Aparecer do que ser.” Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero arrancar as grades da minha janela para
35 poder tocar nas flores… Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de
verão. Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar
“olho no olho”. Quero sair de casa sabendo a hora em que estarei de volta,
40 sem medo de assaltos ou balas perdidas. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Onde a palavra
valia mais que um documento assinado. Quero a esperança, a alegria, a confiança de volta. Quero calar
a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de” ao falar
45 de uma pessoa.
E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como
a brisa da manhã. E definitivamente bela como cada amanhecer.
50 Quero ter de volta o meu mundo simples e comum, onde existam o amor, a solidariedade e a
fraternidade como bases. Vamos voltar a ser gente. A ter indignação diante da falta de ética, de moral,
de respeito. Construir um mundo melhor, mais justo e mais humano, onde as
55 pessoas respeitem as pessoas.
Utopia?
Quem sabe.
Precisamos tentar.
Arnaldo Jabor
http://www.pensador.uol.com.br/textos_de_arnaldo_jabor/2/ Data de acesso: 30/04/2011
1 - Em relação à postura do locutor do (no) texto, NÃO se pode inferir que
337
a) acredita nos valores éticos e morais como base para a manutenção de uma sociedade justa e solidária.
b) deseja que a sociedade se espelhe no modelo do passado para recuperar a dignidade e a simplicidade
humanas.
c) critica o modo de vida da sociedade moderna, considerando-a fútil e superficial.
d) expressa um ponto de vista coletivo, embora inicie o texto com o verbo na 1ª pessoa do singular.
I - O texto está organizado numa sequência temporal, apresentando como era a vida no passado, como
é agora e como será no futuro.
II - O primeiro parágrafo são lembranças de um tempo passado; o segundo e terceiro são constatações
da realidade atual e os parágrafos restantes são a proposta de solução para os problemas da atualidade.
III - No terceiro parágrafo, linhas 23 a 26, os três períodos que seguem à interrogação poderiam estar
coordenados entre si, mas foram construídos dessa forma para dar ênfase à informação dada em cada
um.
IV - O pronome relativo “onde” (l. 41) não possui um antecedente explícito no período. Sua retomada
é extratextual.
V - A expressão “ao nível de” (l. 44), segundo alguns gramáticos, deve ser evitada, pois é uma
construção inadequada do ponto de vista da norma culta padrão.
a) Das seis interrogações presentes no texto, (l. 20, 23, 27, 29, 33, 56), apenas duas delas são
meramente retóricas, ou seja, visam induzir o leitor a uma reflexão.
b) As reticências (l. 10 e l. 35), em ambas as ocorrências, têm a mesma função: indicar a supressão de
elementos que não são citados devido a sua irrelevância.
c) As aspas que aparecem nas linhas 27 a 32 indicam citação direta e expressões estranhas à língua,
respectivamente.
d) O ponto e vírgula, nas linhas 21 e 22, é usado para enumerar constatações feitas pelo locutor em
relação à realidade atual.
a) “Apenas” (l. 9) é um operador argumentativo que denota, ao mesmo tempo, realce e exclusão.
b) “Definitivamente” (l. 48) é um advérbio de intensidade que modifica “bela” (l. 48) que, por sua vez,
caracteriza “vida” (l. 46).
c) Em “vale mais” (l. 30) e “mais vale” (l. 31) a mudança de ordem das palavras alterou a classificação
morfológica da palavra “mais”.
d) Em “Aparecer do que ser.” (l. 32) a locução sublinhada é usada para estabelecer uma relação de
superlatividade entre os termos.
338
“Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Tudo que os meus netos um dia
enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos velhos, dos jovens e dos adultos. Direitos humanos
para os criminosos, deveres ilimitados para os cidadãos honestos.” (l. 11 a 16)
a) o segundo e terceiro períodos poderiam ser reescritos como coordenados ao primeiro, já que,
semanticamente, estão relacionados ao termo “tristeza infinita”.
b) O último período, semântica e discursivamente, apresenta-se como uma conclusão crítica e
resumitiva da ideia anteriormente expressa.
c) O sujeito da primeira oração do primeiro período é classificado como sujeito simples e está
representado pelo pronome “me”.
d) Em ambas as ocorrências o “que” é um pronome relativo que introduz orações subordinadas
adjetivas restritivas.
6 - Assinale a alternativa em que o comentário entre parênteses está adequado ao trecho apresentado.
a) “Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades...” (l. 5
e 6). (O conectivo sublinhado estabelece uma relação de inclusão entre os termos.)
b) “Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares da nossa rua...” (l. 7 e 8). (O
conectivo sublinhado foi empregado para estabelecer uma relação de explicação entre as orações.)
c) “Trabalhador digno e cumpridor dos deveres virou otário” (l. 17 e 18). (O verbo da oração é
transitivo e exige um complemento ligado a ele diretamente.)
d) “Filhas querendo uma cirurgia como presente por
passarem de ano.” (l. 24 e 25). (O conectivo sublinhado estabelece uma relação de comparação entre
cirurgia e presente.)
a) a função emotiva prevalece embora esteja também em evidência a função fática da linguagem.
b) os filhos apresentam como características marcantes a vaidade, o consumismo e o imediatismo.
c) o locutor perdeu a confiança na humanidade que parece a seus olhos como sem caráter e sem
humanidade.
d) a linguagem utilizada pelos jovens é também indício de desrespeito aos mais velhos.
339
9 - Assinale a alternativa em que a reescrita proposta está em acordo com a norma padrão da língua.
a) Não é possível nos imaginar respondendo aos mais velhos, aos professores ou às autoridades com
malcriadez. (l. 5 e 6)
b) Quero de volta o meu mundo simples e comum em que
hajam bases como o amor, a solidariedade e a fraternidade. (l. 50 a 52)
c) Voltemos a ser gente! Diante da falta de ética, moral e
respeito, indignemos-nos! (l. 52 e 53)
d) Tínhamos confiança para com os adultos, não obstante fossem pais, mães e familiares da nossa rua,
do bairro ou da cidade. (l. 7 a 9)
a) os princípios morais comuns ficaram restritos ao passado; hoje, os poucos que restam são
complexos e não respeitados.
b) O modo de vida atual exige que as pessoas estejam mais atentas aos direitos do outro, o que torna
as relações mais informais.
c) Há um tom de saudosismo, mas ao mesmo tempo de convite à mudança de comportamento das
pessoas ao longo do texto.
d) A vida simples, comum, pautada em valores básicos como a justiça e a fraternidade, é um desejo
irrealizável.
Texto
II Eu acuso
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)
Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio.
Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando
05 que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o
alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).
A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes (...). O ápice desta escalada
10 macabra não poderia ser outro.
O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua
esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem
tomando
15 conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao
bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo
de
20 convivência supostamente democrática.
No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração
do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas
difíceis, pois
25 “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno
“construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar
o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...
30 E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida
de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da
sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter
340
35 conhecimento é ser ‘crítico’.” (...)
Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de
adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar
com
40 conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.
Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de
lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo
45 o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.
Ao assassino, corretamente, deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao
tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a
prevista
50 em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia,
a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do
promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de
55 Émile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:
EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao
errado e vice-versa; (...)
60 EU ACUSO os burocratas da educação (...)
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno- cliente, (...), cujo boleto hoje vale muito mais do
que seu sucesso e sua felicidade amanhã; (...)
EU ACUSO os alunos que protestam contra a
65 impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores
que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.
Uma multidão de filhos tiranos, que se tornam
70 alunos-clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente
despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os
conflitos, desafios e decepções do dia a dia.
75 Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram
cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível
que podemos chamar de “o outro”.
80 A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas
crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a
culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é
85 do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. (...) Quando eu era criança, eu batia os
pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
Qualquer um de nós pode ser o próximo, por
90 qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor
Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação
brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova
95 cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons
e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.
Igor Pantuzza Wildmann, Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário. Fonte: Jornal
Impacto.
341
a) A geração atual foi concebida a partir da crença de que é necessário mudar o comportamento da
sociedade na qual está inserida, pois ela deve a essa geração uma nova forma de viver.
b) os três primeiros períodos do texto, ao introduzir o tema a ser desenvolvido, apresenta-o através de
uma gradação, preparando o leitor para o absurdo dos fatos que se seguem.
c) a enumeração presente em “... pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e
filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe...” tem a intenção de enfatizar as consequências do fato
apresentado.
d) o excesso de adjetivos de cunho negativo se justifica pela necessidade de o locutor expressar sua
indignação perante os fatos, o que é corroborado pela epígrafe no texto.
a) o locutor deseja que o criminoso tenha um julgamento em consonância com as leis do nosso país,
já que considera o assassino vítima de uma sociedade repleta de adultos mimados.
b) ao acusar diversas camadas da sociedade, o locutor as vê como co-autoras do crime, porque
ajudaram a construir pessoas como o homicida.
c) os alunos-clientes serão adultos mal preparados técnica e pessoalmente para vida, pois as escolas do
país se preocupam mais com o boleto relativo ao aluno do que com seus professores.
d) o modo de vida democrático no qual o bom senso, o respeito às diferenças, a construção do saber e
o respeito à individualidade imperam é prejudicial à formação de cidadãos maduros, éticos e
responsáveis.
13 - Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho abaixo mantém a correção gramatical, o sentido
original presente no texto, a coesão e a coerência.
“... um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas...”
a) A escola e o professor é processado por um aluno que recebeu nota baixa deles.
b) O professor de uma escola foi processado por um estudante porque dera a ele notas baixas.
c) A escola e o professor que dava notas baixas ao aluno fora por aquele processado.
d) A escola e o professor são processados por um estudante porque este recebeu notas baixas daquele.
14 - Ao substituir a palavra sublinhada por aquela que se encontra entre parênteses, mantém-se a
significação original do texto em
342
15 - Assinale a afirmativa correta.
a) Em “A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça.” (l. 52 a 54)
pode-se trocar o tempo verbal pelo futuro do pretérito, pois o sentido original ficará mantido.
b) O pronome relativo cujo em “... aluno-cliente cujo boleto hoje vale muito mais...” (l. 61 e 62) tem
como antecedente aluno-cliente, mas está no masculino singular porque concorda com o seu
consequente,
boleto.
c) Ao passar para o plural o trecho das linhas 30 a 32, tem- se: E como as estupidezes humanas não
tem limites, as avacalhações gerais epidêmicas, travestida de novos paradigmas (Irc!) prosseguiram...
d) Devemos consideração e respeito à mãe, pai, professor e avós. Esse período atende à norma padrão
da Língua Portuguesa em relação à sintaxe de regência.
a) Nas linhas 23, 24, 25, 26 e 27, as aspas foram utilizadas para expressar discordância do autor em
relação às tendências pedagógicas.
b) “Irc! (l. 32) é uma interjeição que foi utilizada para expressar incredulidade em relação aos
paradigmas.
c) O verbo reprovar (l. 24) está corretamente flexionado na 2ª pessoa do singular do Imperativo
negativo.
d) “Aliás” (l. 25) é um elemento coesivo que estabelece, ao mesmo tempo, uma relação de concessão
e esclarecimento.
17 - Assinale a alternativa em que a flexão de número proposta NÃO está de acordo com a norma
padrão da língua.
a) Uma multidão de filhos tiranos será despejada na vida como adultos eternamente infantilizados.
b) Tudo isso e muito mais farão parte do devido processo legal.
c) Qualquer um de nós podemos ser os próximos por quaisquer motivos.
d) Milhares de casos de desrespeito parecia anunciarem fartamente a tragédia.
18 - Assinale a alternativa em que a substituição proposta entre parênteses para o termo em destaque
está adequada.
a) “Estamos criando gerações em que uma parcela considerável...” (l. 36 e 37) – (onde).
b) “E como a estupidez humana não tem limite...” (l. 30) – (conforme).
c) “Pelo Brasil afora, ameaças constantes...” (l. 8 e 9) – (em diante).
d) “Portanto, você pode ser o próximo.” (l. 87 e 88) – (assim).
19 - Some as afirmativas que dizem respeito às acusações feitas à escola no texto II.
343
20 - Observe os aspectos de ortografia e acentuação nos enunciados abaixo.
I - A opnião dos autores de ambos os textos é pessimista em ecesso no que diz respeito aos dicentes
em geral.
II - Apartir do momento em que permitimos aos jovens que nos tratem de forma desrespeitosa, estamos
insentivando a irresponsabilidade e até mesmo o crime.
III - Derrepente, a sociedade se vê diante de uma inversão de valores dificil de ser superada.
IV - A análize cuidadosa do que acontece dentro das escolas leva-nos à obvia conclusão de que algo
precisa mudar urgentemente.
V - Concerteza a familia possue uma enorme parcela de culpa na falta de preparo e na infantilização
dos jovens de hoje.
PROVA DE 2013
Texto 1
Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. Quem foge da
folia ganha o rótulo de antissocial, depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa
confusão de
05 conceitos. Uma festa alegre não significa que você esteja plenamente feliz. E forçar uma
situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependimento e frustração.
Aliás, você reconhece a felicidade quando ela
10 chega? Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um pouco antes de responder. Pense
de novo.
Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é a diferença? Bem,
descrever a felicidade não é fácil. Ela é muito recatada. Não fica ali
15 posando para foto, sabe? Mas um Manual de Reconhecimento da felicidade diria mais ou menos o
seguinte: ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta. Quando chega, ocupa um espaço
danado. Apesar disso, você quase não repara que ela
20 está ali. Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Alegria. A licenciosidade de uma noite de
Carnaval. Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.
A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito tranquila. Ela o faz dormir melhor. E olha, vou lhe contar
25 uma coisa: a felicidade é inimiga da ansiedade. As duas não podem nem se ver. Essa é a
melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade. Se você se apaixonou e está
naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é felicidade. É
30 excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas
ninguém garante.
É temperamental a felicidade. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então... hi, não conheço
35 nenhum caso de alguém que a tenha tido por perto a vida inteira. Por isso é tão importante
reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora por que a minha pergunta? Será que você sabe mesmo
quando está feliz?
344
40 Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou?
Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima
fisionomista. Ou porque ela seja muito mais esperta do
45 que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho para o passado e
reconheço: “Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira.
Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por isso
50 aproveito menos do que poderia a graça que é ter assim, tão pertinho, a tal felicidade.
Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro
que esses momentos devem durar um certo período de
55 tempo. Um episódio isolado feliz como quatro dias de Carnaval, por exemplo não significa
felicidade. A felicidade, quando vem, não vem de passagem. Não dura para sempre, mas dura um
tempinho. Gosta de uma certa estabilidade, [...] Sabendo quando você foi
60 feliz, é mais fácil descobrir por que foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista
seja cronológica. Lendo a minha, constato que fico cada vez mais feliz e por mais tempo.
Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. Mas
65 a paz de que desfruto agora é um sintoma dela. E isso não tem nada a ver com a tal obrigação
de ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. Já tenho certeza de que hoje sou mais
amiga da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo.
1 - O texto é, predominantemente,
a) a obrigação de ser feliz no carnaval ou em outras festas pode causar insatisfações e outros
incômodos.
b) é senso comum que quem não gosta de carnaval é infeliz, antipático e mal-humorado.
c) uma festa alegre garante felicidade por algum tempo.
d) a opção de fugir do carnaval implica vida social limitada, tristeza e chatice.
345
4 - Só NÃO se pode afirmar a respeito do texto que a/o
a) felicidade possui características contraditórias.
b) ansiedade é antagônica à felicidade.
c) ser humano tem obrigação de ser feliz.
d) paz e a sabedoria são indicativos de felicidade.
6 - Assinale a alternativa em que a palavra entre parênteses pode substituir a destacada sem que
haja prejuízo do sentido
a) “Ela é muito recatada.” (l. 14) (resignada)
b) “A licenciosidade de uma noite de carnaval.” (l. 21) (autoridade)
c) “Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.” (l. 21 e 22) (entusiasmo)
d) “Um episódio isolado feliz – como quatro dias de carnaval...” (l. 55 e 56) (trama)
8 - A reescrita dos trechos abaixo provoca alteração sintática, mas mantém a ideia original do texto
em
a) “[...] ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta.” (l. 17 e 18)
Ela é mansa, mas não faz barulho e ao mesmo tempo é
farta.
b) “Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Alegria.” (l. 20 e 21)
Caso chame a atenção, não é ela, todavia é euforia
como também alegria.
c) “Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é
felicidade.” (l. 27 a 29)
Quando você se apaixona, está naquela fase de pura
ansiedade, embora estando superfeliz, não é felicidade.
d) “Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima
fisionomista.” (l. 42 a 44)
Eu estudo muito a felicidade, todavia não consigo
reconhecê-la, já que sou péssima fisionomista.
346
9- Assinale a alternativa em que a vírgula é empregada pelo mesmo motivo da utilizada no exemplo
abaixo.
a) “Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado.” (l. 48 e 49)
b) “Não dura para sempre, mas dura um tempinho.” (l. 57 e 58)
c) “Nossa, como eu fui feliz naquela época!” (l. 47)
d) “Se chamar a atenção, não é ela.” (l. 20)
a) “Apesar disso, você quase não repara que ela está ali.” (Além disso, você quase não repara que ela
está ali.)
b) “Essa é a melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade.”
(Esta é a maior pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade.)
c) “Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega.”
(Entretanto é muito importante reconhecê-la quando ela chega.)
d) “Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica.”
(A fim de ser mais funcional, é bom que a lista seja cronológica.)
Texto 2
A Felicidade
A minha felicidade
está sonhando nos olhos da minha namorada
347
É como esta noite, passando, passando em busca da madrugada Fale baixo por favor
pra que ela acorde alegre com o dia
oferecendo beijos de amor.
MORAES, Vinicius e JOBIM, Tom. As mais belas serestas brasileiras. 9ª ed. Belo Horizonte: Barvalle
Indústria Gráfica
Ltda, 1989.
13 - Nas duas primeiras estrofes, há uma tentativa de se definir a felicidade, para isso o eu-lírico vale-
se de
a) comparações. c) metonímias.
b) metáforas. d) hipérboles.
Texto 3
Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio
em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque
05 esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se
extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente, pois a
alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece
10 que só se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é
muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio
só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere.
15 Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que
a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a
humildade da alegria-sem- motivo. Em troca oferece-se também uma casa com
20 todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da
cozinha, e da sala de estar. P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio
a dilacerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até
25 mesmo divina para dar.
Clarice Lispector
(http://pensador.uol.com.br/frase Acesso dia 30/05/2012, 17h 03 min)
348
15 - A leitura global do texto permite inferir que
a) a busca de um homem ou uma mulher é puramente de caráter solidário, pois deseja-se compartilhar
um bom sentimento.
b) é necessário encontrar o que se procura rapidamente, uma vez que sair à noite, aos domingos,
pode ser perigoso.
c) a expressão “...implora-se com a humildade da alegria- sem-motivo” (l. 18 e 19) revela sentimentos
da pessoa que precisa da ajuda de um homem ou de uma mulher.
d) perpassa pelo texto um único tom: imperativo, alegre e feliz.
“Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere.”
a) A palavra fugaz, no contexto, está sendo empregada no sentido de “que passa rapidamente; de pouca
duração; transitório, efêmero, fugidio, fugitivo”.
b) Em “reparti-la” (l. 6), o pronome “la” retoma o antecedente “alegria”.
c) A preposição a em “Essa pessoa que atenda ao anúncio [...]” (l. 13) é justificada pela regência do
verbo “atender”.
d) O verbo haver na última frase do texto iria para o plural,
caso o sujeito dele fosse substituído, por exemplo, por “em meu rosto e em meus olhos”.
349
19 - Leia atentamente a charge e, a seguir, assinale a alternativa INCORRETA.
PROVA DE 2014
TEXTO I
DO FUNDO DO BAÚ
Eu tenho uma amiga que, todos os anos, me enviava um belo cartão de Natal, às vezes
desenhado por ela. Este ano, em vez de cartão, chegou uma gentil mensagem eletrônica. Eu entendo,
ficou mais fácil. E
5 dessa maneira, você manda para quantas pessoas quiser. Mas não há comparação entre um cartão
(que você custa a jogar fora) e uma mensagem eletrônica.
Isso ainda é mais verdade para essa maravilhosa forma de comunicação que é a carta. É
350
10 difícil imaginar o que a carta representa na história da humanidade. Primeiro, como laço afetivo.
Certo, pode-se pôr sentimento numa mensagem eletrônica. Mas ela tem um caráter menos pessoal que
uma carta. Recebendo a carta, você sabia que era só para você. Que uma
15 determinada pessoa, num cantinho do universo, sentou- se numa mesa, escolheu o papel, uma
caneta, e começou a escrever para você. A emoção podia começar na caixa do correio – pelo formato
do envelope, pela letra que você conhecia.
20 Isso pelo lado afetivo. Havia outro, enorme: a carta como documento histórico, ou literário,
ou sociológico. Aqui no Brasil, começou com a carta de Pero Vaz, o primeiro documento da
nacionalidade. Pouquíssimo tempo depois, as cartas do padre Manoel
25 da Nóbrega prestam informações preciosas sobre um país recém-nascido.
Não há nenhuma certeza de que as pessoas vão guardar e-mails. É uma coisa mais precária e a
própria pressa da vida moderna conspira contra isso.
30 Assim, talvez deixem de se repetir coisas como:
1. As cartas de São Paulo, básicas para a história do cristianismo.
2. Dois conjuntos de cartas romanas: as de Cícero e as de Sêneca, que, sozinhas,
garantiam um
35 conhecimento quase íntimo de uma época grandiosa. As de Cícero, mais pictóricas, tecidas com as
histórias do dia a dia. As de Sêneca, o retrato de um filósofo que foi o Montaigne dos romanos.
3. As cartas de Fénelon. Esse grande bispo
40 francês foi um incomparável diretor de consciências na França de Luís XIV. Sua correspondência
é uma combinação única de beleza literária e finura espiritual.
4. As cartas de Flaubert, talvez sua obra-prima (tenho uma preciosa edição francesa em
sete volumes).
45 O caso de Flaubert é um bom exemplo. Como ele vivia isolado, totalmente dedicado aos seus
(poucos) romances, a carta era o seu meio de comunicação com o mundo. Sendo ele o escritor que
era, surgiram maravilhas literárias. Mas o tom é absolutamente íntimo.
50 Não vai muito bem com a eletrônica.
5. A correspondência entre Machado de Assis e Joaquim Nabuco. Este é um tesouro
bem nosso. Nabuco era dez anos mais moço que Machado, e foi seu parceiro na formação e
consolidação da Academia
55 Brasileira de Letras. Para além do puramente literário, o que essas cartas revelam é o encontro, o
diálogo, entre dois espíritos superiores. Tem o sabor de um velho vinho do Porto.
A lista poderia ir longe. Na literatura romântica,
60 por exemplo, as cartas de amor entre Elizabeth Barret Browing e seu futuro marido Robert Browing,
todos dois grandes poetas. No século XX, as cartas que tanto enriquecem a estante kafkiana. Sem
serem famosas, as cartas de Thomas Mann são um dos melhores meios de
65 aprofundar o conhecimento desse grande romancista alemão.
Isto não é para ser um exercício de saudosismo. Cada época tem suas coisas boas – ou más.
Normalmente, nesses casos, ganha-se por um lado
70 e perde-se pelo outro. O ideal é quando se pode conservar tudo – ou quase tudo. (...)
351
2 - Da fala do enunciador do texto I, pode-se depreender que, para ele,
I. Mesmo que o cartão seja descartado, tal qual normalmente acontece com a mensagem eletrônica,
seu valor é ainda maior que o desta.
II. Os recursos eletrônicos, de certa forma, cerceiam o tom íntimo que caracteriza as cartas.
III. Montaigne foi um grande filósofo, um exemplo de excelência nessa área do saber, para os romanos.
a) I apenas. c) I, II e III.
b) II e III apenas. d) III apenas.
a) “Sendo ele o escritor que era, surgiram maravilhas literárias.” (l. 48 e 49)
b) “Recebendo a carta, você sabia que era só para você.”
(l. 13 e 14)
c) “Para além do puramente literário, o que essas cartas revelam é o encontro, o diálogo...” (l.55 e 56)
d) “Sem serem famosas, as cartas de Thomas Mann são
um dos melhores meios de aprofundar o conhecimento desse grande romancista alemão.” (l. 63 a 66)
5 - Os verbos abaixo destacados são, muitas vezes, utilizados de forma coloquial, infringindo assim a
norma culta da língua portuguesa. Pode-se afirmar que, levando em conta o contexto, esse fato ocorreu
em
I. Uma pessoa, num cantinho do universo, sentou-se numa mesa, escolheu o papel, uma caneta, e
começou a escrever para você.
II. Não há comparação entre um cartão que você custa a jogar fora e uma mensagem eletrônica.
III. Na literatura romântica, por exemplo, tem as cartas de amor entre Elizabeth Barret Browing e seu
futuro marido Robert Browing.
352
6 - Ao referir-se à correspondência entre Machado de Assis e Joaquim Nabuco, o locutor afirma que
o diálogo nas cartas entre ambos “Tem sabor de um velho vinho do Porto.” (l.57 e 58)
Essa frase assume, nesse parágrafo, a função de uma figura de linguagem denominada
a) metonímia. c) metáfora.
b) hipérbole. d) sinestesia.
7 - Em um texto, o locutor vai deixando pistas de seu ponto de vista em relação ao que diz. Essas pistas
desempenham um importante papel na coerência argumentativa e são conhecidos como elementos
modalizadores. Assinale a alternativa em que NÃO há elementos de modalização.
9 - Observando os trechos, numerados ordinariamente, marque a opção que traz uma afirmativa
correta.
353
10 - Sobre os verbos da tirinha a seguir, é INCORRETO afirmar que
a) “seria” e “poderia” exprimem um futuro hipotético, que talvez nem venha a ocorrer.
b) a locução “está escrito” se encontra na voz passiva.
c) “saber ler” e “vai saber” são locuções verbais que estão no presente do indicativo.
d) No período “Se você não sabe ler e recebe uma carta”, percebe-se correlação entre os tempos
verbais.
11 - Ainda, com base na análise dos quadrinhos acima, só NÃO se pode afirmar que
TEXTO II
Machado de Assis tinha 65 anos quando Carolina, sua mulher, morreu em 1904;
viveria ainda quatro anos. Joaquim Nabuco, um de seus melhores amigos, era dez
anos mais moço, e correspondia-se com Machado, desde a adolescência.
Tão longe, e em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e você expressou
a sua simpatia por um telegrama. A única palavra com que lhe agradeci é a mesma que ora lhe
mando, não
5 sabendo outra que possa dizer tudo o que sinto e me acabrunha. Foi-se a melhor parte da minha vida
e aqui estou só no mundo. Note que a solidão não me é enfadonha, antes me é grata, porque é um modo
de viver com ela, ouvi-la, assistir aos mil cuidados que essa
10 companheira de 35 anos de casados tinha comigo; mas não há imaginação que não acorde, e a
vigília aumenta a falta da pessoa amada. Éramos velhos, e eu contava morrer antes dela, o que seria
um grande favor; primeiro, porque não acharia a ninguém que melhor me ajudasse
354
15 a morrer; segundo, porque ela deixa alguns parentes que a consolariam das saudades, e eu não
tenho nenhum. Os meus são amigos, e verdadeiramente são os melhores; mas a vida os dispersa, no
espaço, nas preocupações do espírito e na própria carreira que a
20 cada um cabe. Aqui me fico, por ora na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos adornos
seus. Tudo me lembra a minha meiga Carolina.
Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recorda-la. Irei vê-la, ela
me
25 esperará.
Não posso, caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro; recebi-a dias depois do
falecimento de minha mulher, e você compreende que apenas posso falar deste fundo golpe.
30 Até outra e breve; então lhe direi o que convém ao assunto daquela carta que, pelo afeto e
sinceridade, chegou à hora dos melhores remédios. Aceite este abraço do triste amigo velho
35 Machado de Assis
12 - Assinale a alternativa que revela o sentimento de Machado de Assis em relação à morte de sua
esposa.
a) o texto II exemplifica a ideia exposta no texto I de que a carta possui valor “como documento
histórico, ou literário, ou sociológico.”
b) o texto II comprova a argumentação apresentada no texto I, de que gêneros como carta ou cartão
“... você custa a jogar fora”.
c) A ideia de que a carta tem um caráter mais pessoal é ratificada no seguinte trecho do texto II:
“Joaquim Nabuco,(...) correspondia-se com Machado, desde a adolescência”
d) no início do século XX, as cartas eram escritas em linguagem formal; já, no século XXI, elas são
redigidas informalmente e só através de e-mails.
14 - As alternativas que se seguem são trechos modificados da carta de Machado de Assis. Em apenas
um deles, manteve- se a concordância verbal de acordo com a norma padrão da língua. Assinale-o.
I. “Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-la.”
II. “Não posso, caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro.”
355
III. “...então, lhe direi o que convém ao assunto daquela carta que (...) chegou à hora dos melhores
remédios.”
“Não posso amigo, caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro; recebi-a dias depois do
falecimento de minha mulher, e você compreende que apenas posso falar desse fundo golpe. Até outra
e breve; então lhe direi o que convém ao assunto daquela carta que, pelo afeto e sinceridade, chegou à
hora dos melhores remédios. Aceite este abraço do triste amigo velho.”
a) falecimento e sinceridade são palavras formadas pelo processo de sufixação; enquanto convém e
daquela por prefixação.
b) o ponto e vírgula (2ª linha) pode ser substituído por uma conjunção conclusiva, mantendo o sentido
original do trecho.
c) A reescrita da expressão triste amigo velho para velho amigo triste não altera o sentido original do
período.
d) o pronome pessoal oblíquo a só deve ser usado na posição enclítica.
PROVA DE 2015
AS FERIDAS ABERTAS DA ESCRAVIDÃO
Mais de um século após abolir a escravatura, Brasil e EUA apenas agora começam a
reconstruir a história de seus heróis negros.
Doze anos de escravidão, produção do diretor britânico Steve McQueen, entrou para a história
do cinema ao ganhar o Oscar de Melhor Filme, na premiação do último dia 2. É o primeiro filme de
um
5 diretor negro a ganhar a estatueta. (…)
Antes do filme, lançado no ano passado, quase ninguém conhecia a história de Salomon
Northup, negro livre e bem-educado de Nova York. Em 1842, ele foi sequestrado e forçado à
escravidão, por 12 anos, em
10 fazendas no sul dos Estados Unidos. Resgatado por seus amigos brancos, Northup lutou pela
abolição da escravatura e contou sua história a um escritor de livros, David Wilson. O texto foi
encontrado e reeditado em 1960, sem grande repercussão, até chegar às mãos de
15 McQueen. “Minha ideia era transformar Northup num herói, porque ele é um verdadeiro herói
americano”, disse o cineasta.
A consagração do filme, ao mesmo tempo, serviu para realçar como a escravidão de negros,
abolida nos
356
20 Estados Unidos há 148 anos e no Brasil há 125, ainda é pouco conhecida. No Brasil, por mais de
um século, prevaleceu a crença de que seria improdutivo vasculhar o passado dos negros.Os arquivos
sobre a escravidão, dizia-se, perderam-se em 1890. (…)
25 “A carência e a imprecisão de registros históricos reduziu o brilho de heróis nacionais”, diz
Patrícia Xavier, mestre em história social pela PUC, SP. Em sua tese de mestrado, Patrícia estudou a
vida de Francisco José do Nascimento, O Chico da Matilde, líder abolicionista
30 morto em 6 de março de 1914 – portanto, há 100 anos. Sua vida também daria um filme. Negro
livre, Chico trabalhava como prático no porto da província do Ceará. Segundo relatos da época, em
1881, Chico liderou os jangadeiros, ao se recusar transportar escravos.
35 Influenciado pela insurreição dos jangadeiros, o Ceará aboliu a escravidão em 1884, quatro anos
antes da Princesa Isabel assinar a Lei Áurea. (...)
O resgate histórico do período de escravidão ganha força à medida que documentos são
descobertos e que
40 a sociedade ganha distanciamento. Um século e meio de abolição é pouco tempo, mesmo para
países jovens como EUA e Brasil. O diretor Steve McQueen pôde usar, em seu filme, fazendas do
Mississippi onde houve a escravidão. O tronco onde dois escravos são
45 espancados, na obra de ficção, foi usado para o chicoteamento, um século atrás. “Aquelas árvores
viram tudo”, diz McQueen. Método de trabalho largamente empregado na Europa, na Ásia e na África,
a escravidão foi extinta apenas na década de 1980 em países como
50 Serra Leoa. Suas feridas continuam abertas.
“Minha ideia era transformar Northup num herói, porque ele é um verdadeiro herói americano.” (l.15
e 16)
a) os heróis americanos, como Northup, são fabricados pela mídia; suas vidas e feitos são retratados
de modo a torná-los o que eles não são.
b) os heróis americanos criados até então nunca foram verdadeiros como Northup.
c) Northup é um herói americano porque consegue agregar em si as condições autênticas para tal.
d) os americanos sempre ansiaram por um herói verdadeiro e Northup mostrou capaz de sê-lo.
357
03 - Pode-se perceber traços de preconceito e pouca valorização de um povo que ajudou a construir a
nação nos trechos abaixo, EXCETO:
a) “... prevaleceu a crença de que seria improdutivo vasculhar o passado dos negros.”
b) “É o primeiro filme de um diretor negro a ganhar a estatueta.”
c) “Os arquivos sobre a escravidão, dizia-se, perderam-se em 1890.”
d) “A carência e a imprecisão de registros históricos reduziu o brilho de heróis nacionais.”
“Resgatado por seus amigos brancos, Northup lutou pela abolição da escravatura e contou sua
história a um escritor de livros, David Wilson.” (l.10 a 13)
06 - Ao término de cada trecho, foi indicada a função sintática da oração sublinhada. Assinale a
alternativa correta.
a) “No Brasil, por mais de um século, prevaleceu a crença de que seria improdutivo vasculhar o
passado dos negros.” - Subordinada substantiva objetiva indireta
b) “O resgate histórico do período de escravidão ganha força à medida que documentos são
descobertos...” -
Subordinada adverbial causal
c)“Os arquivos sobre a escravidão, dizia-se, perderam-se em 1890.” - Subordinada substantiva
subjetiva
d)“Minha ideia era transformar Northup num herói, porque ele é um verdadeiro herói americano...” -
Coordenada sindética conclusiva
a) em “Sua vida também daria um filme.”, o verbo dar expressa um futuro hipotético.
b) em “Suas feridas continuam abertas.”, há uma locução verbal cujo verbo principal é abrir.
c) no trecho “...O Chico da Matilde, líder abolicionista morto em 6 de março de 1914 – portanto, há
100 anos.”, o verbo haver é impessoal.
d) em “O diretor Steve McQueen pôde usar”, o verbo poder foi acentuado para fazer distinção temporal
entre pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo.
358
08 - Assinale a opção que traz uma justificativa correta para o uso da(s) vírgula(s) nos trechos abaixo.
a) “Antes do filme, lançado no ano passado, quase ninguém conhecia a história de Salomon
Northup...” - As vírgulas são obrigatórias já que foram utilizadas para separar um adjunto adverbial de
tempo.
b) “Um século e meio de abolição é pouco tempo, mesmo para países jovens como EUA e Brasil.”
- A vírgula é facultativa, pois separa uma circunstância adverbial de lugar que se encontra ao final de
um período.
c) “...Patrícia estudou a vida de Francisco José do Nascimento, O Chico da Matilde, líder abolicionista
morto em 6 de março de 1914...” As vírgulas foram usadas para separar um aposto.
d) “Influenciado pela insurreição dos jangadeiros, o Ceará aboliu a escravidão em 1884...” - A
vírgula marca a separação de uma oração reduzida substantiva de sua principal.
TEXTO II
ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA
O trabalho escravo de hoje pouco lembra aquele de outrora – com trabalhadores acorrentados
ou castigados sob desmandos vários. Mas nem por isso ele é menos cruel. Senzalas foram
substituídas por
5 barracos imundos. Correntes foram trocadas por regimes inescapáveis de servidão. O próprio sítio
do MPT - Ministério Público do Trabalho – traz uma página especialmente dedicada ao assunto; “
trabalho forçado, servidão por dívidas, jornadas exaustivas ou condições
10 degradantes como alojamento precário, água não potável, alimentação inadequada, falta de registro,
maus-tratos e violência” são alguns dos itens elencados pelo órgão.
(Kugler, Henrique: Ciência Hoje, número 309/vol 52/ novembro de 2013, pág.37)
a) o trabalho escravo de hoje é mais cruel que o do passado, mantendo regimes inescapáveis de
servidão.
b) os barracos imundos que substituem as senzalas mantêm os negros acorrentados da mesma forma
que outrora.
c) as condições de vida de pessoas escravizadas hoje são iguais às do passado, segundo o encontrado
no sítio do MPT.
d) o tratamento sub-humano e degradante dado a trabalhadores é equivalente ao dado aos escravos no
passado.
359
10 - Assinale a opção cuja reescrita preservou o sentido original do fragmento retirado do texto II e/ou
manteve a norma padrão da linguagem.
a) Nas palavras “página” (l.7) e “precário” (l.10), o uso do acento gráfico pode ser justificado pela
mesma regra.
b) “itens elencados” (l.12) significam “itens ignorados.”
c) “desmandos vários.” (l. 3) significam “intensos desmandos”.
d) “maus-tratos e violência”, (l.12), são palavras formadas, respectivamente, por aglutinação e
sufixação.
TEXTO III
“A moradia e o local de trabalho se confundiam. A casa que servia de base para a oficina de
Mário chegou a abrigar, no início de 2010, onze pessoas divididas em apenas três quartos. Além do
trabalho de costura, eram
5 forçadas a preparar as refeições e a limpar a cozinha. E, devido ao controle rígido de Mário, tinham
exatamente 1 hora para fazer todos esses serviços (das 12h às 13h) e voltar ao trabalho de costura. (…)
Até o tempo e a forma do banho dos empregados que era
10 com água fria seguiam as regras estabelecidas pelo dono da oficina. Obrigatoriamente, o
banho era tomado em duplas (junto com outra colega de trabalho), durante contados 5 minutos para
poupar água e energia.”
(Disponívelem.http://reporterbrasil.org.br/2010/11/costureiras-sao-resgatadas-de-escravidao-em-
acao-inedita/ Acesso em 22/05/2013.)
360
12 - Do trecho anterior (Texto III), pode-se inferir que
a) as costureiras bolivianas foram atraídas para São Paulo com falsas promessas e, ao chegarem lá,
depararam-se com uma realidade igual à da Bolívia.
b) Mário era uma pessoa extremamente preocupada com a economia da empresa, reservando para as
costureiras apenas uma hora de almoço e descanso.
c) os banhos eram organizados em duplas para melhor atender às necessidades das jovens
trabalhadoras.
d) O fato de a moradia das costureiras ser o seu próprio local de trabalho facilitava o controle de Mário
sobre elas.
13 - Assinale a alternativa que, a partir do Texto III, apresenta uma inferência adequada.
14 - Nas alternativas abaixo, trechos do Texto III foram reescritos. Analise-os e assinale a alternativa
cuja reescrita fere o padrão culto da língua portuguesa.
TEXTO IV
VOZES-MULHERES
361
A minha voz ainda ecoa versos perplexos com rimas de sangue e
20 fome.
(EVARISTO, Conceição. “Poemas”. In: Cadernos negros – Poemas. São Paulo: Quilombhoje/ Edição
dos autores, nº13, 1990, p.32-33.)
a) à medida que as mulheres da família vão sendo apresentadas, o contexto vivido por elas vai sofrendo
alterações históricas.
b) as estrofes revelam cinco gerações de mulheres que, literalmente, viveram a escravidão.
c) na “voz da filha”, vê-se o reflexo de vozes ancestrais.
d) o eu-lírico é uma voz ressentida com a violência que a escravidão representou.
16 - Assinale a alternativa correta quanto à classificação das figuras de linguagem presentes nos versos
abaixo.
PROVA DE 2016
TEXTO I
O BOM HUMOR FAZ BEM PARA SAÚDE
362
10 culturais e varia de acordo com a personalidade e a formação de cada um. Mas, mesmo sendo o
resultado de uma combinação de ingredientes, pode ser ajudado com uma visão otimista do mundo.
“Um indivíduo bem- humorado sofre menos porque produz mais endorfina,
15 um hormônio que relaxa”, diz o clínico geral Antônio Carlos Lopes, da Universidade Federal de
São Paulo. Mais do que isso: a endorfina aumenta a tendência de ter bom humor. Ou seja, quanto mais
bem-humorado você está, maior o seu bem-estar e, consequentemente,
20 mais bem-humorado você fica. Eis aqui um círculo virtuoso, que Lopes prefere chamar de
“feedback positivo”. A endorfina também controla a pressão sanguínea, melhora o sono e o
desempenho sexual. (Agora você se interessou, né?)
25 Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do
mau humor sobre o corpo já seriam suficientes para justificar uma busca incessante de motivos para
ficar feliz. Novamente Lopes explica por quê: “O indivíduo mal-humorado fica
30 angustiado, o que provoca a liberação no corpo de hormônios como a adrenalina. Isso causa
palpitação, arritmia cardíaca, mãos frias, dor de cabeça, dificuldades na digestão e irritabilidade”. A
vítima acaba maltratando os outros porque não está bem, sente-se culpada e fica
35 com um humor pior ainda. Essa situação pode ser desencadeada por pequenas tragédias cotidianas
– como um trabalho inacabado ou uma conta para pagar -, que só são trágicas porque as encaramos
desse modo.
Evidentemente, nem sempre dá para achar
40 graça em tudo. Há situações em que a tristeza é inevitável – e é bom que seja assim. “Você precisa
de tristeza e de alegria para ter um convívio social adequado”, diz o psiquiatra Teng Chei Tung, do
Hospital das Clínicas de São Paulo. “A alegria favorece a
45 integração e a tristeza propicia a introspecção e o amadurecimento.” Temos de saber lidar com a
flutuação entre esses estágios, que é necessária e faz parte da natureza humana.
O humor pode variar da depressão (o extremo
50 da tristeza) até a mania (o máximo da euforia). Esses dois estados são manifestações de doenças
e devem ser tratados com a ajuda de psiquiatras e remédios que regulam a produção de substâncias no
cérebro. Uma em cada quatro pessoas tem, durante a vida, pelo menos
55 um caso de depressão que mereceria tratamento psiquiátrico.
Enquanto as consequências deletérias do mau humor são estudadas há décadas, não faz muito tempo
que a comunidade científica passou a pesquisar os
60 efeitos benéficos do bom humor. O interesse no assunto surgiu há vinte anos, quando o editor norte-
americano Norman Cousins publicou o livro Anatomia de uma Doença, contando um impressionante
caso de cura pelo riso. Nos anos 60, ele contraiu uma doença degenerativa
65 que ataca a coluna vertebral, chamada espondilite ancilosa, e sua chance de sobreviver era de apenas
uma em quinhentas.
Em vez de ficar no hospital esperando para virar estatística, ele resolveu sair e se hospedar
num
70 hotel das redondezas, com autorização dos médicos. Sob os atentos olhos de uma enfermeira,
com quase todo o corpo paralisado, Cousins reunia os amigos para assistir a programas de
“pegadinhas” e seriados cômicos na TV. Gradualmente foi se recuperando até poder voltar
75 a viver e a trabalhar normalmente. Cousins morreu em 1990, aos 75 anos. Se Cousins saiu do
hospital em busca do humor, hoje há muitos profissionais de saúde que defendem a entrada das risadas
no dia a dia dos pacientes internados.
80 Uma boa gargalhada é um método ótimo de relaxamento muscular. Isso ocorre
porque os músculos não envolvidos no riso tendem a se soltar – está aí a explicação para quando as
pernas ficam bambas de tanto rir ou para quando a bexiga se esvazia
85 inadvertidamente depois daquela piada genial. Quando a risada acaba, o que surge é uma calmaria
geral. Além disso, se é certo que a tristeza abala o sistema imunológico, sabe-se também que a
endorfina, liberada durante o riso, melhora a circulação e a eficácia das
363
90 defesas do organismo. A alegria também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças
também à endorfina.
Evidências como essa fundamentam o trabalho dos Doutores da Alegria, que já visitaram 170.000
crianças em hospitais. As invasões de quartos e UTIs
95 feitas por 25 atores vestidos de “palhaços-médicos” não apenas aceleram a recuperação das
crianças, mas motivam os médicos e os pais. A psicóloga Morgana Masetti acompanha os Doutores
há sete anos. “É evidente que o trabalho diminui a medicação para os
100 pacientes”, diz ela.
O princípio que torna os Doutores da Alegria engraçados tem a ver com a flexibilidade de pensamento
defendida pelos especialistas em humor – aquela ideia de ver as coisas pelo lado bom. “O clown
105 não segue a lógica à qual estamos acostumados”, diz Morgana. “Ele pode passar por um balcão
de enfermagem e pedir uma pizza ou multar as macas por excesso de velocidade.” Para se tornar um
membro dos Doutores da Alegria, o ator passa num curioso teste de
110 autoconhecimento: reconhece o que há de ridículo em si mesmo e ri disso. “Um clown não tem
medo de errar – pelo contrário, ele se diverte com isso”, diz Morgana. Nem é preciso mencionar quanto
mais de saúde haveria no mundo se todos aprendêssemos a fazer o mesmo.
(super.abril.com.br/saúde/bom-humor-faz-bem-saude-441550.shtml -
acesso em 11 de abril de 2015, às 11h.)
01 - A expressão “em qualquer livro de auto-ajuda” (l.02) e “saído de algum filme ruim” (l.04), revela,
segundo o autor, a concepção de que
a) é possível receber aconselhamentos sobre bom humor e saúde somente através de estudos
feitos por especialistas.
b) os livros de auto-ajuda e os filmes, mesmo os considerados de má qualidade, utilizam-se, com
seriedade, do tema do ‘bom humor versus saúde’.
c) os gêneros de qualidade duvidosa, também se apropriam de temas como “bom humor versus
saúde.
d) os livros e filmes ruins se apropriam de temas sérios como “humor e saúde” para terem mais
credibilidade junto ao mercado consumidor.
2 - Segundo o texto, sobre os efeitos do mau humor no corpo, é correto afirmar que
364
4 - Assinale a opção cuja expressão em destaque introduz um juízo de valor (julgamento) do locutor
do texto.
a) “Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau humor
sobre o corpo já seriam suficientes...”
b) “Há situações em que a tristeza é inevitável – e é bom que seja assim.”
c) “A alegria também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças também à endorfina.”
d) “Ou seja, quanto mais bem-humorado você está, maior o seu bem-estar e, consequentemente,
mais bem- humorado você fica.”
“O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem.” (l.08 e 09)
Sobre ele é correto afirmar que
365
9 - Assinale a opção cuja palavra entre parênteses NÃO
substitui corretamente a destacada nas alternativas.
a) “Enquanto as consequências deletérias do mau humor são estudadas há décadas...” (l.57 e 58)
- (NOCIVAS)
b) “Eis aqui um círculo virtuoso, que Lopes prefere chamar de “feedback positivo” (l.20 e 21)
(EFICAZ)
c) “Nos anos 60, ele contraiu uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral, (...)”(l.64 e
65) (FATAL)
d) “A alegria favorece a integração e a tristeza propicia a introspecção e o amadurecimento.” (l.44
a 46) – (INTERIORIZAÇÃO)
10 - Assinale a alternativa que NÃO apresenta infrações no que diz respeito à regência e à
concordância.
a) Grande parte das pessoas prefere lamentar do que buscar soluções para complexos problema e
situação.
b) Os doutores da alegria já assistiram a 170.000 mil crianças nas UTIs, noventa por cento delas
apresentou melhoras.
c) Não agrada ninguém um trabalho inacabado ou uma conta a pagar, mas encará-los como
tragédia cotidiana desencadeia o mau humor.
d) Aversões ao erro e ao ridículo são fatores favoráveis para o surgimento do mau humor.
11 - Observando os trechos a seguir, assinale aquele que apresenta uma correta análise sintática da
oração adverbial sublinhada.
a) “Mas, segundo os especialistas que estudam o humor a sério, trata-se do maior segredo para
viver bem. (Adverbial Conformativa)
b) “Mas, mesmo sendo o resultado de uma combinação de ingredientes, pode ser ajudado com
uma visão otimista do mundo...” (Adverbial Consecutiva)
c) “Para se tornar um membro dos Doutores da Alegria, o ator passa num curioso teste de
autoconhecimento:...” (Adverbial Causal)
d) “Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau humor
sobre o corpo...” (Adverbial Condicional)
366
TEXTO II
a) trazem como único assunto o bom humor e suas consequências na vida das pessoas.
b) exploram, como forma de argumentação, os aspectos curativos do bom humor para a saúde de
todos.
c) dialogam com os leitores na medida em que se utilizam de termos voltados para a 2ª pessoa.
d) estão voltados para questões de valorização dos sentimentos positivos para a obtenção de uma
vida mais saudável.
367
14 - Sobre figuras de linguagem é correto afirmar que, no período
a) “Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão.”, a metáfora corrobora a ideia de que
pensamento negativo não soluciona problemas.
b) “A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.”, a metonímia traduz a ideia
de que quem está feliz é capaz de levar esse sentimento a outras pessoas do seu convívio social.
c) “O diálogo, a fala, a palavra é um poderoso remédio e excelente terapia.”, a gradação e o
eufemismo reforçam a ideia de que emoções e sentimentos reprimidos causam doenças possíveis de
serem tratadas.
d) “O bom humor nos salva das mãos do doutor”, a catacrese explicita a ideia de que quem não
se previne com atitudes positivas diante da vida acaba por precisar de atendimento médico.
15 - Observe as formas verbais empregadas nos enunciados abaixo e assinale V para as proposições
verdadeiras e F para as falsas. A seguir, marque a sequência correta.
a) F, V, F, F, V c)V, F, V, F, F
b) V, F, V, V, F d) F, F, F, V, V
368
16 – Analise as afirmativas abaixo.
I) A vírgula utilizada depois da palavra “contente” separa um vocativo, enquanto os dois pontos
empregados depois de “doente” introduzem apostos.
II) Na frase “Eu estaria sendo hipócrita”, há dois verbos e duas orações.
III) O vocábulo “Aí” marca a coloquialidade do diálogo e poderia ser substituído, em um registro
mais formal, pela expressão “desse modo”, sem modificação do sentido.
IV) Em “analisar o que me deixa”, o pronome “que”, sintaticamente, exerce a função de objeto
direto.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
a) II. c) I e III.
b) I, II e IV. d) III e IV.
PROVA 2017
TEXTO I
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao
presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia
comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem
uma incrível atualidade.
“(...) De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus
é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa
terra.
5 Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco.
A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco
também vai desaparecer, talvez mais depressa do que
10 as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios
dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas
misteriosas federem à gente, quando as colinas
15 escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias?
Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo da luta
pela sobrevivência. (...)
20 Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças
transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam
ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos
25 selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o
369
nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez
possamos viver os nossos últimos dias como
30 desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de
uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias,
porque nós as amamos como um recém-nascido ama o
35 bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como
nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força,
o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os
40 seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta
terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."
(www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016)
a) julga que o homem vermelho seja melhor e mais digno da piedade divina que o branco, porque ele respeita
a natureza e as criaturas de Deus.
b) acredita que o homem branco terá um futuro bem pior que o dele, pois tem certeza de que a vida na reserva
será do jeito como ele deseja.
c) preocupa-se com o destino da terra, mesmo quando ela deixar de ser sua propriedade, uma vez que a
ama incondicionalmente.
d) discorda da visão de mundo e da perspectiva de futuro que o homem branco passa às gerações futuras,
pois sabe que elas se baseiam em ideias consumistas.
2 - Percebe-se que, nas linhas 02, 03, 09 e 20, ocorre enfaticamente o uso da expressão “talvez”. Esse reiterado
uso leva o leitor a inferir que o autor
3 - Observe os trechos destacados e as análises apresentadas. Assinale a alternativa que contém uma
classificação e/ou uma análise INCORRETA da(s) figura(s) de linguagem.
a) “Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos.” (l. 10
a
12) – a metonímia e a metáfora contribuem para
construir uma forte imagem de destruição provocada pelo homem branco.
b) “...quando as matas misteriosas federem à gente...” (l.13 e 14) – a prosopopeia ajuda na construção da
ideia de superpovoamento e consequente destruição das matas até então preservadas.
c) “...porque nós as amamos como um recém-nascido ama
o bater do coração de sua mãe.” (l. 34 e 35) – a comparação e a metonímia realçam a intensidade do amor
que o homem vermelho sente pela terra.
d) “...o fim da vida e o começo da luta pela sobrevivência.” (l. 18 e 19) – o uso da antítese enfatiza a degeneração
da vida humana que será acarretada pela atitude predatória do homem branco.
a) O acento utilizado em “compreendêssemos” justifica-se por se tratar de uma palavra proparoxítona; já o utilizado
em “protegíamos” justifica-se pela regra do hiato tônico.
b) Os acentos graves utilizados em “causar dano à terra” e “federem à gente” justificam-se por se tratar de
complementos verbais intransitivos.
c) Justifica-se o uso da ênclise em “Protege-a” (l.36), por iniciar período; e, em “conserva-a” (l.39), por iniciar
uma oração antecedida de vírgula.
d) Em “o nosso Deus é o mesmo Deus” (l. 02 e 03) o adjetivo “mesmo” foi utilizado no sentido de “próprio”.
5 - Assinale a opção que contém uma análise correta dos períodos abaixo.
a) “O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças.” – Período composto,
no qual se verifica que há entre a oração principal e a subordinada uma relação de comparação.
b) “De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo
Deus.” – Período composto por subordinação, no qual identificamos duas orações substantivas apositivas.
370
c) “Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador.” – Período simples, constituído por objeto direto,
verbo de ligação e complementos nominais.
d) “Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos.” – Período composto por uma oração
principal, intermediada, respectivamente, por uma condicional e outra conformativa.
371
TEXTO II
Carta da Terra (excerto)
A Carta da Terra é um documento produzido no final da década de 1990 com a participação de 46 países.
“Ela representa um grito de urgência face às ameaças que pesam sobre a biosfera e o projeto planetário
humano. Significa também um libelo em favor da esperança de um futuro comum da Terra e Humanidade.”
(Leonardo Boff)
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA
(...)
4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
5
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações
futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e
10 instituições que apoiem, em longo prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.
a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a
informação científica for incompleta ou não conclusiva.
40 (...)
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de
substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas. (...)
(Ministério do Meio Ambiente. www.mma.gov.br/estruturas/ agenda21/_arquivos/carta-terra.pdf. Acesso em 20/05/2016)
06 - De acordo com os princípios apresentados nesse excerto da “Carta da Terra”, é correto afirmar que
a) os organismos não-nativos ou modificados geneticamente são daninhos à integridade ecológica e devem ser
combatidos.
b) a quantidade de substâncias radioativas ou tóxicas deve ser controlada, quando houver possibilidade de
sérios danos ambientais.
c) a capacidade de regeneração dos recursos renováveis é critério básico a ser observado no seu uso, visto que
ela deve ser sempre maior que a exploração.
d) o homem tem a liberdade de agir no meio ambiente de acordo com suas necessidades; são elas que devem
balizar suas ações em todos os tempos.
07 - Dá-se o nome de coesão à conexão interna entre os vários enunciados de um texto, a qual é fruto das relações
de sentido entre eles. Essas relações são manifestas por certa categoria de palavras as quais chamamos
elementos de coesão. A partir dessa definição e da leitura atenta do texto, considere os fragmentos abaixo e as
análises apresentadas.
I. “Orientar ações (...) mesmo quando a informação científica for incompleta...” (l. 37 a 39) – a expressão
coesiva mesmo quando serve para evidenciar uma exceção em relação à prática de as ações serem
pautadas em conhecimentos científicos conclusivos.
II. “Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental...” (l. 32 e 33) – a palavra como
introduz um termo com função adverbial e estabelece um sentido de conformidade.
III. “...quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.” (l. 33 a 35) – É possível afirmar
que a conjunção quando além de veicular uma ideia de tempo, sugere também uma condição.
372
IV. “Manejar o uso de recursos renováveis (...) de forma que não excedam as taxas de regeneração...” (l. 27 a
29) o pronome relativo que introduz uma oração adjetiva que está subordinada ao substantivo “forma”,
especificando-o.
Está correto o que se afirma nos enunciados
a) I, II, III e IV. c) I, II e III apenas.
b) II e IV apenas. d) I e III apenas.
8 - Assinale o item que contém uma análise correta sobre a palavra QUE sublinhada.
a) “Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, em longo prazo (...)” – classifica-
se como pronome relativo e refere-se ao termo “gerações”.
b) “(...) especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.” –
classifica-se como pronome relativo e refere-se aos termos “diversidade biológica” e “processos naturais”.
c) “Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies
(...)” – classifica-se como conjunção integrante e introduz oração adjetiva.
d) “produtos florestais e vida marinha (....) de forma que não excedam as taxas de regeneração e que protejam
a sanidade dos ecossistemas.” – classifica-se como conjunção integrante e introduz oração substantiva.
9 - Alguns trechos do texto II foram reescritos. Assinale a única alternativa cuja reescrita mantém a correção gramatical
e preserva o sentido da informação no contexto de que foi extraída.
a) “Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras”.
– Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração condiciona as necessidades das gerações futuras.
b) “Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, em longo prazo, a prosperidade
(...)” – Transmitir às futuras gerações e instituições valores e tradições que apoiem, em longo prazo, a
prosperidade (...)
c) “Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for
limitado, assumir uma postura de precaução.” – Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção
ambiental, assumindo, nos casos em que o conhecimento seja limitado, uma postura de precaução.
d) “Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas,
tóxicas ou outras substâncias perigosas.” – Minimizar a poluição de qualquer parte do meio ambiente, além
de não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras perigosas.
10 - A seguir, propõe-se a substituição de determinados trechos por estruturas pronominais. Assinale a única alternativa
em que se mantém a correção gramatical e o sentido do enunciado.
a) “Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem (...)” – Transmiti-las valores,
tradições e instituições que apoiem (...)
b) “Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra (...)” – Proteger e restaurar-lhes a
integridade (...)
c) “(...) organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas (...)” –
organismos não-nativos ou modificados geneticamente aos quais causem danos as espécies nativas.
d) “(...) não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.” – não excedam as
taxas de regeneração e que as protejam.”
TEXTO III
O Sal da Terra
05 Tempo!
Quero viver mais duzentos anos Quero não ferir meu semelhante Nem por isso quero
me ferir
Terra!
373
20 És o mais bonito dos planetas Tão te maltratando por dinheiro Tu que és a nave
nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
25 E nos alimenta com seus frutos Tu que és do homem, a maçã
Vamos precisar de todo mundo Um mais um é sempre mais que dois Pra melhor juntar
as nossas forças
30 É só repartir melhor o pão Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
I. O locutor esboça sua preocupação com as gerações futuras e considera fundamental pautar suas ações
no sentido de construir-lhes um lugar melhor para viver.
II. A “paz na terra” depende tanto do cuidado com a natureza quanto do fim da ganância e das desigualdades
sociais.
III. O emissor da mensagem em “Quero não ferir meu semelhante/Nem por isso quero me ferir” argumenta que
pensar no bem-estar alheio é prejudicial ao indivíduo.
IV. A necessidade de mudanças na preservação do planeta não é uma novidade, mas o locutor exorta todos a
realizá-las o mais rápido possível.
a) I, II e IV. c) I e IV.
b) II, III e IV. d) II e III.
12 - Percebe-se que o compositor Beto Guedes, em seu texto, faz referência a elementos da simbologia cristã. Isso
é percebido no próprio título da canção, que remete a Mateus 5,13: “Vós sois o sal da terra”. Essa contextualização
com elementos cristãos é demonstrada em outras passagens da música, EXCETO em:
13 - Assinale a opção que contém uma informação correta sobre a canção “O Sal da Terra”.
374
15 - Assinale a alternativa que apresenta uma análise sintática ou morfológica INCORRETA.
a) A palavra “que”, no verso “Tu que és do homem, a maçã” (v. 26), classifica-se como partícula denotativa
de realce.
b) Em “Tão te maltratando por dinheiro” (v. 21), há uma locução verbal cujo verbo no gerúndio aponta para
uma ação continuada e repetitiva.
c) O pronome “quem”, em “Para merecer quem vem depois” (v. 32), é sujeito da segunda oração e compõe o
objeto direto da oração principal.
d) A conjunção “e”, em “E quem não é tolo pode ver” (v. 14) e em “E nos alimenta com seus frutos” (v. 25), possui
valor adversativo.
16 - Considerando que todo texto produzido tem um objetivo comunicativo, isto é, pretende atingir pelo menos um
objetivo junto ao(s) leitor(es), analise as afirmativas a seguir.
a) I e III. c) I e II.
b) II. d) III.
PROVA DE 2018
TEXTO I
O PODER DA LITERATURA
José Castello
Em um século dominado pelo virtual e pelo instantâneo, que poder resta à literatura? Ao contrário
das imagens, que nos jogam para fora e para as superfícies, a literatura nos joga para dentro. Ao contrário
5 da realidade virtual, que é compartilhada e se baseia na interação, a literatura é um ato solitário, nos aprisiona na
introspecção. Ao contrário do mundo instantâneo em que vivemos, dominado pelo “tempo real” e pela rapidez,
a literatura é lenta, é indiferente às pressões do tempo,
10 ignora o imediato e as circunstâncias.
Vivemos em um mundo dominado pelas respostas enfáticas e poderosas, enquanto a literatura se
limita a gaguejar perguntas frágeis e vagas. A literatura, portanto, parece caminhar na contramão
do
15 contemporâneo. Enquanto o mundo se expande, se reproduz e acelera, a literatura contrai, pedindo que
paremos para um mergulho “sem resultados” em nosso próprio interior. Sim: a literatura – no sentido prático
– é inútil. Mas ela apenas parece inútil.
20 A literatura não serve para nada – é o que se pensa. A indústria editorial tende a reduzi-la a um
entretenimento para a beira de piscinas e as salas de espera dos aeroportos. De outro lado, a universidade
– em uma direção oposta, mas igualmente improdutiva –
25 transforma a literatura em uma “especialidade”, destinada apenas ao gozo dos pesquisadores e dos doutores.
Vou dizer com todas as letras: são duas formas de matá-la. A primeira, por banalização. A segunda, por um
esfriamento que a asfixia. Nos dois casos, a literatura perde sua
30 potência. Tanto quando é vista como “distração”, quanto quando é vista como “objeto de estudos”, a literatura
perde o principal: seu poder de interrogar, interferir e desestabilizar a existência. Contudo, desde os gregos,
a literatura conserva um poder que não é de mais ninguém.
35 Ela lança o sujeito de volta para dentro de si e o leva a encarar o horror, as crueldades, a imensa instabilidade
e o igualmente imenso vazio que carregamos em nosso espírito. Somos seres “normais”, como nos
orgulhamos de dizer. Cultivamos nossos hábitos, manias e padrões.
40 Emprestamos um grande valor à repetição e ao Mesmo. Acreditamos que somos donos de nós mesmos!
Mas leia Dostoievski, leia Kafka, leia Pessoa, leia Clarice – e você verá que rombo se abre em
seu espírito. Verá o quanto tudo isso é mentiroso. Vivemos
45 imersos em um grande mar que chamamos de realidade, mas que – a literatura desmascara isso – não passa
de ilusão. A “realidade” é apenas um pacto que fazemos entre nós para suportar o “real”. A realidade é
norma, é contrato, é repetição, ela é o conhecido e o previsível. O
50 real, ao contrário, é instabilidade, surpresa, desassossego. O real é o estranho.
(...)
A literatura não tem o poder dos mísseis, dos exércitos e das grandes redes de informação. Seu
375
poder
55 é limitado: é subjetivo. Ao lançá-lo para dentro, e não para fora, ela se infiltra, como um veneno, nas pequenas
frestas de seu espírito. Mas, nele instalada pelo ato da leitura, que escândalos, que estragos, mas também
que descobertas e que surpresas ela pode deflagrar.
60 Não é preciso ser um especialista para ler uma ficção. Não é preciso ostentar títulos, apresentar
currículos, ou credenciais. A literatura é para todos. Dizendo melhor: é para os corajosos ou, pelo menos,
para aqueles que ainda valorizam a coragem.
(...)
(http://blogs.oglobo.globo.com/jose-castello/post/o-poder-da-literatura-
444909.html - Acesso em: 21 fev 2017)
2 - Na afirmativa “Mas ela apenas parece inútil.” (l. 19) , o advérbio “apenas” e o verbo “parece” reiteram o juízo
de valor do autor sobre a importância da literatura, que para ele
a) é um entretenimento para a beira de piscinas e para as salas de espera dos aeroportos.
b) conserva um poder que não é de mais ninguém, com sua capacidade de lançar o sujeito de volta para dentro
de si.
c) é uma especialidade destinada ao gozo dos pesquisadores e dos doutores.
d) caminha na contramão do contemporâneo, se contraindo, enquanto o mundo expande.
I. “...o igualmente imenso vazio que carregamos em nosso espírito.” (l. 37 e 38)
II. “... nele instalada pelo ato da leitura, que escândalos...”
(l. 57 e 58)
III. “Em um século dominado pelo virtual e pelo instantâneo, que poder resta à literatura?” (l. 1 e 2)
IV. “...e você verá que rombo se abre em seu espírito.”
(l. 43 e 44)
Assinale a alternativa que apresenta a sua classificação correta.
a) I. pronome relativo; II. advérbio; III. partícula de realce;
IV. pronome adjetivo.
b) I. conjunção subordinativa; II. pronome relativo;
III. pronome interrogativo; IV. interjeição.
c) I. pronome relativo; II. pronome adjetivo; III. pronome interrogativo; IV. conjunção subordinativa.
d) I. conjunção coordenativa; II. partícula de realce; III. pronome relativo; IV. pronome adjetivo.
376
a) Em “Tanto quando é vista como distração, quanto quando é vista como objeto de estudos...” (l. 30 e 31),
os termos em destaque estabelecem uma relação de comparação entre as duas situações relacionadas.
b) Os dois pontos foram utilizados no excerto “...a literatura perde o principal: seu poder de interrogar, interferir
e desestabilizar...” (l. 31 a 33) para introduzir ideias que foram resumidas em um termo anterior.
c) A vírgula presente em “...a literatura é um ato solitário, nos aprisiona na introspecção.” (l. 06 e 07) foi utilizada
para marcar a elipse de um termo.
d) No período “...mas também que descobertas e que surpresas ela pode deflagrar.” (l. 58 e 59) , se o sujeito
fosse para o plural, a locução verbal ficaria: pode deflagrarem.
a) “Não é preciso ostentar títulos, apresentar currículos, ou credenciais.” – A oração apresenta sujeito composto
e passivo.
b) “A literatura não serve para nada” – é o que se pensa.” –
O artigo “o” introduz o sujeito da oração.
c) “Vou dizer com todas as letras: são duas formas de matá-la.” – O período apresenta adjunto adverbial
de instrumento.
d) A “realidade” é apenas um pacto que fazemos entre nós para suportar o “real”. – O pronome relativo “que”
exerce a função de objeto direto.
377
importante da economia, há pouca oportunidade para que os objetos
65 de arte cessem de obedecer à sentença de Steiner... (...)
(Revista Época nº 819, 10 de fevereiro de 2014, p.68 – 70)
“Com a ideia de “liquidez”, ele tenta explicar as mudanças profundas que a civilização vem sofrendo com a
globalização e o impacto da tecnologia da informação”. (l. 2 a 5)
Observe as reescritas sugeridas para esse trecho e assinale aquela que está correta.
10 - Assinale a opção cuja análise da pontuação NÃO está de acordo com a regra gramatical da Língua Portuguesa.
a) “Não parece haver esforço na parcela on-line, virtual, de nossa experiência de vida.” – separar termos de
função sintática semelhante.
b) “No mundo interligado, porém, as interações sociais ganharam a aparência de brinquedo de crianças rápidas.”
– Indicar a omissão de um termo.
c) “Como e se forem capazes de pôr isso em prática, dependerá da imaginação e da determinação deles.” –
Isolar orações adverbiais deslocadas.
d) “Hoje, as elites medem sua superioridade cultural pela capacidade de devorar tudo”. – Isolar adjunto
adverbial.
TEXTO III
11 - Jana Lauxen, ao utilizar a expressão metafórica “genro que a mamãe pediu a Deus”, comparando-a à Literatura
de nosso tempo, esclareceu que essa literatura é para ela
a) provocativa e reflexiva.
b) desconcertante e relevante.
c) inofensiva e obediente.
378
d) reflexiva e desconstrutora.
13 O estilo textual do gênero blog admite o uso da linguagem figurada. Marque a alternativa em que NÃO há esse tipo
de linguagem.
a) “...a nossa produção literária cortou o cabelo, fez a barba, colocou sapatos de couro, terno, gravata ...” (l.
5 a 7)
b) “Porque, em minha opinião, a literatura que não lhe
sacode ...” (l. 9 e 10)
c) “(...) que não coloca o dedo na ferida e chafurda ...” (l. 12 e 13)
d) “(...) tenho observado um fenômeno desconcertante
acometer a literatura nacional ...” (l. 2 e 3)
TEXTO IV
(https://www.google.com.br/search?q=tirinhas+mafalda+%22ate+quando+vamos+s
er+os+frangos+da+literatura&tbm=isch&imgil=YVkPNJp5rbxYqM%253A%253BOQx
esxEICap-HM%253Bhttp%25253A. Acesso em: 27 abr 2017).
379
14- Sobre o Texto IV, assinale a alternativa que apresenta uma análise INCORRETA.
a) O segundo quadrinho apresenta uma quebra de expectativa em relação ao que expressa o adjetivo
presente no primeiro.
b) O uso do pronome demonstrativo “este”, no primeiro quadrinho, justifica-se por se referir a algo que ainda
vai ser apresentado no próximo quadrinho.
c) O vocábulo “droga”, terceiro quadrinho, passou pelo processo de derivação imprópria e, no contexto,
apresenta-se como interjeição.
d) Se substituirmos o pronome “nós”, no sexto quadrinho, por “as crianças”, o verbo poderá ser flexionado na
primeira pessoa do plural.
15 Aquilo que motiva a indignação de Mafalda (Texto IV) foi também, de certa forma, abordado por Bauman na
entrevista (Texto II). Assinale a alternativa em que o entrevistado fala de um aspecto que resultou na literatura
que tanto desagrada à personagem Mafalda.
a) “...esses produtos se comportam como o resto do mercado. Voltam-se para as vendas de produtos na
sociedade dos consumidores.” (l. 60 a 62)
b) “...os jovens precisam resistir às pressões da
fragmentação e recuperar a consciência da responsabilidade compartilhada...” (l. 39 a 41)
c) “Hoje, as elites medem sua superioridade cultural pela
capacidade de devorar tudo.” (l. 52 e 53)
d) “... não há mais autoconfiança quanto ao valor intrínseco das ofertas culturais disponíveis. (l. 47 a 49)
16 - Considerando a relação existente entre a linguagem verbal e a não verbal no Texto IV, assinale a alternativa correta.
PROVA DE 2019
TEXTO I
Rap: uma linguagem dos guetos
Entre as vozes que se cruzam na cacofonia urbana da sociedade globalizada, há uma que se
sobressai pela sua radicalidade marginal: o rap. A moderna tradição negra dos guetos norte-americanos é,
5 hoje, cantada pelos jovens das periferias de todos os quadrantes do globo. Mas diferentemente das
estereotipias produzidas pela nação hegemônica e difundidas em escala planetária, a cultura hip-hop
costuma ser assimilada como uma fala histórica
10 essencialmente crítica por uma juventude com tão
escassas vias de fuga ao sempre igual. Quando, por exemplo, jovens de uma favela brasileira incorporam
esta linguagem tornada universal, por mais que a sua realidade seja diferente daquela dos marginalizados do
15 país de origem, a forma permanece associada a um conteúdo crítico – uma visão de mundo subalterna e
frequentemente subversiva.
O rap é hoje uma forma de expressão comunitária, por meio da qual se comunicam e afirmam
20 sua identidade habitantes dos morros e comunidades populares. /.../
O surgimento do movimento hip-hop nos remete ao contexto no qual estavam inseridos os
Estados Unidos dos anos 60 e 70, no auge da Guerra
25 Fria. Foram anos de tensão e muita agitação política. O descontentamento popular com a guerra do Vietnã somava-se
à pressão das comunidades negras segregadas, submetidas a leis similares às do apartheid
sul-africano. O clima de revolta e inconformismo tomava
30 conta dos guetos negros.
Na trilha da agitação política ocorriam inovações culturais. Nos guetos, o que se ouvia era o
soul, que foi importante para a organização e
35 conscientização daquela população. /.../ No mesmo
período surge uma variedade de outros ritmos, como o funk, marcados por pancadas poderosas que causavam
estranhamento aos brancos, letras que invocavam a valorização da cultura negra e denunciavam as
40 condições às quais eram submetidas as populações dos guetos. O soul e o funk foram as bases musicais que
permitiram o surgimento do rap, que virá a ser um dos elementos do movimento hip-hop.
Por essa época ou um pouco antes, jovens
45 negros já dançavam [o break] nas ruas ao som do soul e do funk de uma forma inovadora, executando passos
que lembravam ao mesmo tempo uma luta e os movimentos de um robô. /.../
Finalmente, além da música e da dança,
50 propagava-se pelos guetos, ainda, o hábito de desenhar
380
e escrever em muros e paredes. /.../ Nesse contexto de efervescência político-cultural, grafiteiros, breakers e
rappers começaram a se reunir para realizar eventos juntos, afinal suas artes estavam relacionadas a uma
55 experiência comum, a cultura de rua. /.../
Por volta de 1982, o rap chegou ao Brasil, fixando-se, sobretudo, em São Paulo. /.../
Nos últimos anos da década de 90, o rap
brasileiro ultrapassou os limites da periferia dos grandes
60 centros e chegou à classe média. /.../ O rap de caráter
mais comercial passou então a ser amplamente difundido pelo país, ao mesmo tempo em que, em sua
forma marginal, a linguagem continuava a se desenvolver nos espaços populares.
65 Há que se destacar o caráter inovador do rap nacional, que reelabora, de forma criadora, a partir de
tradições populares brasileiras, a linguagem dos guetos norte-americanos, mesclando o ritmo do Bronx a
gêneros como o samba e a embolada.
70 /.../
Não se trata, no entanto, de idealizar o hip-hop como forma de conhecimento. O movimento,
seguramente, não é homogêneo: possui tendências mais ou menos politizadas, mais ou menos engajadas e
75 críticas. Há, por assim dizer, uma vertente cuja tônica é a denúncia, a agitação e o protesto. Outra, espontânea,
sem uma linha política coerente e definida. E outra ainda, talvez hegemônica, já assimilada pelo mercado,
que reproduz o modelo de comportamento, aspirações e
80 ideais dominantes (consumismo, individualismo e
exaltação da vida privada), como a maioria das canções ditas "de massa".
(COUTINHO, Eduardo Granja, ARAÚJO, Marianna. Rap: uma linguagem dos guetos. In: PAIVA, Raquel, TUZZO, Simone Antoniaci (Orgs.).
Comunidade, mídia e cidade: possibilidades comunitárias na cidade hoje. Goiânia: FIC/UFG, 2014.)
01 - Nota-se, no primeiro parágrafo do texto, que os autores enfatizam a informação presente no título, isto é, a relação
do rap com o gueto, com espaços desprestigiados. Assinale a única palavra que NAO foi empregada para reforçar esse
aspecto no parágrafo.
a) Marginal
c) Favela
b) Periferias
d) Subversiva
02 - De acordo com as informações do texto e o modo como ele está organizado, é correto afirmar que os autores
a) defendem os ditos movimentos de rua, utilizando-se de argumentos sólidos que valorizam o rap.
b) apresentam dados temporais e espaciais para defender a divulgação do rap na sociedade.
c) são preconceituosos com relação à cultura de massa, que, segundo eles, é hegemônica em aspectos como
exaltação da individualidade.
d) expõem o tema rap, contextualizando-o em sua origem e desenvolvimento ao longo dos anos.
03 - Considerando o contexto em que foi empregada, a expressão “cultura de rua” (l. 55) pode ser definida como:
a) conjunto de ritmos musicais típicos dos guetos negros dos anos de 1960 e 1970.
b) dança apresentada nas ruas, cujos movimentos lembram os passos de um robô.
c) conjunto de artes (música, dança e grafite) que se expressa no espaço público, na rua.
d) linguagem artística que mistura vários ritmos, como o funk, o samba e a embolada.
a) A juventude marginalizada, em todos os quadrantes do globo, tem no rap uma solução para a sua situação
de criminalidade.
b) O rap alcançou a classe média fora das comunidades populares e atua, hoje, como um importante
instrumento de conscientização dessa classe, devido a sua linguagem rebelde e marginal.
c) A raiz histórica do rap está na tensão e na insatisfação geradas pela Guerra Fria, as quais tomaram conta
dos guetos ao redor do mundo nas décadas de 60 e 70.
d) Embora seja a incorporação de uma linguagem surgida em outra realidade, extremamente diferente da
deles, o rap transformou-se em uma espécie de voz dos jovens dos morros e das comunidades brasileiras.
381
05 - Assinale a alternativa cuja palavra ou expressão entre parênteses NAO substitui corretamente a anterior a ela.
06 - Assinale a alternativa em que a reescrita proposta NÃO está de acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa.
a) “O rap é hoje uma forma de expressão comunitária, por meio da qual se comunicam...” (l. 18 e 19) => O rap
é
hoje uma forma de expressão comunitária, com à qual se comunicam.
b) “O descontentamento popular com a guerra do Vietnã somava-se à pressão das comunidades negras...” (l.
25
a 27) => Ao descontentamento popular com a guerra do Vietnã somava-se a pressão das comunidades negras.
c) “...submetidas a leis similares às do apartheid...” (l. 28) => ...submetidas a leis similares àquelas do
apartheid.
d) “...denunciavam as condições às quais eram submetidas as populações dos guetos.” (l. 39 a 41) =>
enunciavam as condições a que eram submetidas as populações dos
guetos.
07 - Há, em um dos fragmentos abaixo, uma marca evidente da presença dos autores no texto. Assinale-o.
a) “O surgimento do movimento hip-hop nos remete ao contexto no qual estavam inseridos os Estados Unidos
dos anos 60 e 70, no auge da Guerra Fria.”
b) “Há, por assim dizer, uma vertente cuja tônica é a denúncia, a agitação e o protesto.”
c) “E outra ainda, talvez hegemônica, já assimilada pelo mercado...”
d) “Finalmente, além da música e da dança, propagava-se 0pelos guetos, ainda, o hábito de desenhar e
escrever, em muro,s e paredes.”
08 - Assinale a alt,ernativa que aponta o sentido INCORRETO das expressões c,onectoras destacadas abaixo.
a) “...alé,m da música e da dança, propagava-se pelos guetos, ,ainda, o hábito de desenhar e escrever em
muros e, paredes.” (l. 49 a 51) - Adição
b) “Por e,ssa época ou um pouco antes, jovens negros já dançava,m nas ruas ao som do soul e do funk de
uma forma in,ovadora...” (l. 44 a 46) – Proporcionalidade
c) “...afin,al suas artes estavam relacionadas a uma experiên,cia comum, a cultura de rua.” (l. 54 e 55) -
Explicaç,ão
d) “E out,ra, ainda, talvez hegemônica, já assimilada pelo mercado,, que reproduz o modelo de
omportamento...” (l. 77 a 7,9) - Inclusão
TEXTO II
A Marselhesa do suburbio
Sérgio Martins
Tchudum, tchá, tchá, tchá, tchá, tchudum, tchá, tchá, tchá, tchá, tchudum\ São 2 horas da manhã
numa casa noturna de São Paulo e os frequentadores estão dançando uma batida eletrônica repetitiva. Dali a
5 uma hora e meia, MC Guimê, o principal nome do funk ostentação, fará seu show, acompanhado de um DJ e
de duas dançarinas, e com a participação especial do rapper Emicida. /.../ Encontram-se ali jovens de bairros
suburbanos – os meninos com correntes douradas, as
10 meninas com saia bem curtinha, e todos com roupas de
382
grife – e também os chamados “playboys”. Quando Guimê finalmente sobe ao palco, a temperatura da casa
parece subir. Por quarenta minutos, ele intercala canções de seu repertório com sucessos de outros
15 funkeiros, canta o rap do quarteto Racionais MC’s e cita o Salmo 23 (“O senhor é meu pastor / Nada me
faltará”). Nada falta mesmo: suas letras carregam uma tal profusão de marcas – carros, roupas, perfumes,
bebidas – que até se poderia suspeitar de vultosos contratos de
20 merchandising. Não é o caso. Para Guimê, natural da periferia de Osasco, cidade da Grande São Paulo, falar
desses objetos de consumo – e, acima de tudo, adquirilos – é uma aspiração realizada, uma senha para a
entrada na sociedade. O público não só entende como
25 compartilha o sonho de Guimê: muitos fãs, no meio da dança, erguem garrafas de uísque escocês como se
fossem troféus. Festas e shows assim se repetem por outras cidades e clubes. Como tantos gêneros musicais
que vieram das áreas urbanas mais pobres, o funk já
30 conquistou parte da classe média. Mas é sobretudo entre a garotada da periferia que ele tem a ressonância de
uma Marselhesa: um hino de cidadania e identidade para os jovens das classes C, D e E. /.../
(Revista Veja, 29 de janeiro de 2014, p. 73 e 74)
10 - De acordo com o texto, o funk possui uma conotação de Marselhesa para os jovens das classes C, D e E porque
reafirma a identidade deles ao
11 - Após a leitura atenta do texto, analise as afirmativas abaixo e assinale aquela que contém comentários adequados
em relação a ele.
a) O texto se divide em duas partes: a primeira é narrativa, iniciando-se na (l. 1) e terminando na (l. 24); a
segunda é dissertativa e se inicia na (l. 24), indo até a (l. 33).
b) Não só o funk, mas outros gêneros musicais advindos das periferias conquistaram a classe média.
Entretanto, é ainda para as classes urbanas mais pobres que esse gênero musical constitui um hino de
cidadania e identidade.
c) O texto se constrói narrando como acontece um evento musical direcionado para as classes C,D,E que os
“playboys”, jovens de bairros suburbanos, frequentam ostentando correntes douradas, roupas curtas e de grife,
imitando os seus ídolos.
d) A aquisição de bens de consumo caros realizada pelos MCs, dos quais Guimê é o maior representante, se
dá em função da propagação de marcas famosas em suas letras, por meio de contratos milionários para tal.
12 - Observe os termos sublinhados em cada alternativa e assinale aquela cuja análise, entre parênteses, está
adequada.
a) “... MC Guimê, o principal nome do funk ostentação, fará seu show...” – (Aposto)
b) “Por quarenta minutos, ele intercala canções de seu repertório com sucessos de outros funkeiros...” –
(Oração Subordinada Adverbial de Tempo)
c) “Para Guimê, natural da periferia de Osasco, cidade da grande São Paulo...” – (Adjunto Adverbial de Lugar)
d) “Como tantos gêneros musicais que vieram das áreas urbanas mais pobres...” – (Oração Subordinada
djetiva Explicativa)
13 - As conjunções e preposições, além de ligarem palavras ou orações de um texto, estabelecem entre eles relações de
sentido. Assinale a alternativa em que a relação de sentido apontada está INCORRETA.
a) “O público não só entende como compartilha o sonho...” (l. 24 e 25) => Adição
b) “...os meninos com correntes douradas...” (l. 09) => Companhia
c) “Por quarenta minutos, ele intercala canções de seu repertório...” (l. 13 e 14) => Duração
d) ”Festas e shows assim se repetem por outras cidades e clubes.” (l. 27 e 28) => Extensão
14 - Leia com atenção o trecho a seguir. “Contando os plaquê de 100, dentro de um Citroën / Aí nóis
convida, porque sabe que elas vêm / De transporte nóis tá bem, de Hornet ou 1100 / Kawasaki, tem Bandit, RR tem
também / Nóis mantém a humildade Mas nóis sempre para tudo” (Plaquê de 100, de MC Guimê) Pela leitura desse
trecho da canção de MC Guimê, só NÃO se pode inferir que esse gênero musical
a) “...como tantos gêneros musicais que vieram das áreas urbanas mais pobres, conquistou parte da classe
média.”
b) “...é hoje uma forma de expressão comunitária, por meio da qual se comunicam e afirmam sua identidade
habitantes dos morros e comunidades populares.”
c) “...reproduz o modelo de comportamento, aspirações e ideais dominantes (consumismo, individualismo e
exaltação da vida privada)...”
d) “...carrega uma tal profusão de marcas – carros, roupas,perfumes, bebidas – que até se poderia suspeitar de
vultosos contratos de merchandising.”
383
TEXTO III
LADO BOM
Ferréz
Periferia tem seu lado bom
Manos, vielas, e futebol no campão.
Meninas com bonecas e não com filhos
Planejando assim um futuro positivo
384
16 - Segundo a canção, só NAO é apontado como indicador de intranquilidade nas favelas a/o
a) gravidez na adolescência.
b) uso de álcool
c) busca pela fama.
d) falta de estudo.
385
GABARITOS
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1 D 1 D 1 B 1 C 1 C 1 C 1 D
2 B 2 A 2 A 2 A 2 D 2 C 2 B
3 D 3 B 3 A 3 D 3 B 3 B 3 B
4 B 4 C 4 A 4 C 4 B 4 C 4 D
5 C 5 C 5 D 5 D 5 A 5 A 5 C
6 A 6 C 6 C 6 C 6 C 6 C 6 D
7 C 7 B 7 B 7 B 7 C 7 D 7 D
8 A 8 ANULADA 8 A 8 C 8 D 8 B 8 C
9 A 9 D 9 C 9 D 9 C 9 C 9 A
10 C 10 C 10 C 10 B 10 D 10 B 10 B
11 A 11 D 11 ANULADA 11 A 11 A 11 A 11 C
12 B 12 D 12 C 12 D 12 D 12 D 12 C
13 D 13 A 13 D 13 A 13 A 13 A 13 D
14 C 14 D 14 A 14 ANULADA 14 A 14 D 14 B
15 B 15 C 15 C 15 B 15 B 15 D 15 A
16 A 16 A 16 D 16 A 16 C 16 B 16 A
17 C 17 D
18 D 18 D
19 B 19 C
20 ANULADA 20 B
2019
1 D
2 D
3 C
4 D
5 C
6 A
7 A
8 B
9 D
10 C
11 B
12 A
13 B
14 A
15 B
16 C
386