DL N.º 268 - 94, de 25 de Outubro
DL N.º 268 - 94, de 25 de Outubro
DL N.º 268 - 94, de 25 de Outubro
º 268/94, de 25 de Outubro
[ Nº de artigos:14 ]
DL n.º 268/94, de 25 de Outubro (versão actualizada)
Artigo 2.º
Documentos e notificações relativos ao condomínio
1 - Deverão ficar depositadas, à guarda do administrador, as cópias autenticadas dos documentos
utilizados para instruir o processo de constituição da propriedade horizontal, designadamente do
projecto aprovado pela entidade pública competente.
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2 - O administrador tem o dever de guardar e dar a conhecer aos condóminos todas as notificações
dirigidas ao condomínio, designadamente as provenientes das autoridades administrativas.
Artigo 3.º
Informação
1 - Na entrada do prédio ou conjunto de prédios ou em local de passagem comum aos condóminos
deverá ser afixada a identificação do administrador em exercício ou de quem, a título provisório,
desempenhe as funções deste.
2 - Os condóminos devem informar o administrador do condomínio do seu número de contribuinte,
morada, contactos telefónicos e endereço de correio eletrónico e atualizar tais informações sempre
que as mesmas sejam objeto de alteração.
3 - A alienação das frações deve ser objeto de comunicação ao administrador do condomínio pelo
condómino alienante, por correio registado expedido no prazo máximo de 15 dias a contar da mesma,
devendo esta informação conter o nome completo e o número de identificação fiscal do novo
proprietário.
4 - A falta de comunicação indicada no número anterior responsabiliza o condómino alienante pelo
valor das despesas inerentes à identificação do novo proprietário e pelos encargos suportados com a
mora no pagamento dos encargos que se vencerem após a alienação.
Artigo 6.º
Dívidas por encargos de condomínio
1 - A ata da reunião da assembleia de condóminos que tiver deliberado o montante das contribuições
a pagar ao condomínio menciona o montante anual a pagar por cada condómino e a data de
vencimento das respetivas obrigações.
2 - A ata da reunião da assembleia de condóminos que reúna os requisitos indicados no n.º 1 constitui
título executivo contra o proprietário que deixar de pagar, no prazo estabelecido, a sua quota-parte.
3 - Consideram-se abrangidos pelo título executivo os juros de mora, à taxa legal, da obrigação dele
constante, bem como as sanções pecuniárias, desde que aprovadas em assembleia de condóminos ou
previstas no regulamento do condomínio.
4 - O administrador deve instaurar ação judicial destinada a cobrar as quantias referidas nos n.os 1 e
3.
5 - A ação judicial referida no número anterior deve ser instaurada no prazo de 90 dias a contar da
data do primeiro incumprimento do condómino, salvo deliberação em contrário da assembleia de
condóminos e desde que o valor em dívida seja igual ou superior ao valor do indexante dos apoios
sociais do respetivo ano civil.
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- Lei n.º 8/2022, de 10 de Janeiro Outubro
Artigo 7.º
Falta ou impedimento do administrador
O regulamento deve prever e regular o exercício das funções de administração na falta ou
impedimento do administrador ou de quem a título provisório desempenhe as funções deste.
Artigo 8.º
Publicitação das regras de segurança
O administrador deve assegurar a publicitação das regras respeitantes à segurança do edifício ou
conjunto de edifícios, designadamente à dos equipamentos de uso comum.
Artigo 9.º
Dever de informação a terceiros
O administrador, ou quem a título provisório desempenhe as funções deste, deve facultar cópia do
regulamento aos terceiros titulares de direitos relativos às fracções.
Artigo 10.º
Obrigação de constituição da propriedade horizontal e de obtenção da licença de utilização
Celebrado contrato-promessa de compra e venda de fracção autónoma a constituir, e salvo
estipulação expressa em contrário, fica o promitente-vendedor obrigado a exercer as diligências
necessárias à constituição da propriedade horizontal e à obtenção da correspondente licença de
utilização.
Artigo 10.º-A
Administração provisória
1 - Sempre que, por ato ou omissão dos condóminos, a assembleia de condóminos não reúna ou não
sejam tomadas as decisões necessárias ao cumprimento das obrigações legais de elaboração do
regulamento do condomínio, de contratação do seguro obrigatório ou de constituição do fundo de
reserva, e se não existir administrador, qualquer condómino pode assegurar o cumprimento das
mesmas como administrador provisório, devendo, nesse caso, dar cumprimento ao disposto no artigo
3.º
2 - Uma vez cumpridas as obrigações previstas no número anterior, o administrador provisório deve
convocar a assembleia de condóminos para eleição do administrador e para prestar informação e
contas sobre a sua administração.
3 - Se, apesar de regularmente convocada, a assembleia de condóminos não reunir ou não eleger
administrador, o condómino que exerceu provisoriamente as funções de administração, nos termos
dos números anteriores, pode comunicar aos outros condóminos o propósito de continuar a exercer o
cargo de administrador provisório, nos termos do artigo 1435.º-A do Código Civil, ou requerer ao
tribunal a nomeação de um administrador, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
4 - Quando o condómino que exerce as funções de administração provisória, nos termos do artigo
1435.º-A do Código Civil, for uma entidade pública com atribuições na área da gestão habitacional e
for necessário promover a realização de obras nas partes comuns do edifício, esta pode recorrer à
execução coerciva das mesmas, nos termos do artigo seguinte, sempre que não seja possível uma
decisão da assembleia de condóminos para o efeito.
Artigo 11.º
Obras
1 - Para efeito de aplicação do disposto nos artigos 89.º a 91.º do Regime Jurídico da Urbanização e
Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, relativamente a obras
necessárias nas partes comuns do edifício, é suficiente a notificação ao administrador do condomínio.
2 - No caso do número anterior, se houver lugar à execução coerciva das obras, cada condómino é
responsável pelos encargos com a realização das mesmas na proporção da sua quota, sendo o
respetivo pagamento assegurado nos termos dos artigos 108.º e 108.º-B do RJUE.
3 - No caso de edifício em que um dos condóminos é uma entidade pública com atribuições na área
da gestão habitacional, as obras necessárias nas partes comuns podem ser determinadas e
promovidas por essa entidade nos termos do regime a que se referem os números anteriores, caso em
que a notificação e, se necessário, os elementos referidos no n.º 4 do artigo 89.º são por esta
remetidos ao município competente, estando a correspondente operação urbanística sujeita a
parecer prévio da câmara municipal nos termos do n.º 2 do artigo 7.º do RJUE.
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Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Julho de 1994. - Aníbal António Cavaco Silva -
Luís Francisco Valente de Oliveira - Álvaro José Brilhante Laborinho Lúcio - Luís Filipe Alves Monteiro -
Joaquim Martins Ferreira do Amaral - Fernando Manuel Barbosa Faria de Oliveira.
Promulgado em 7 de Outubro de 1994.
Publique-se.
O Presidente da República, MÁRIO SOARES.
Referendado em 10 de Outubro de 1994.
O Primeiro-Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.
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