Estatuto Prof
Estatuto Prof
Estatuto Prof
§ 1º Este Estatuto organiza o Magistério Público estadual, da estrutura à respectiva carreira, dispõe
quanto à sua profissionalização e aperfeiçoamento, estabelecendo normas gerais e especiais
pertinentes.
III - A remuneração salarial fixada de acordo com a maior habilitação específica para o exercício da
função e jornada de trabalho, independentemente do campo de atuação;
II - O exercício das funções de Magistério exige responsabilidade pessoal e coletiva para com a
educação e o bem estar dos alunos e da comunidade.
III - O exercício das funções de Magistério deve proporcionar ao educando a formação de cidadão
capaz de compreender criticamente a realidade social e conscientizá-lo de seus direitos e
responsabilidade, buscando o desenvolvimento de valores éticos, o aprendizado da participação e
sua qualificação para o trabalho;
IV - A efetivação dos ideais e dos fins da educação recomenda que o profissional desfrute de
situação econômica justa e respeito público.
DA ESTRUTURA DO QUADRO DO MAGISTÉRIO
DO CONCURSO
Art. 11. A investidura em cargo de Magistério dependerá da aprovação prévia em concurso público
de provas e títulos, observadas, para inscrição, as exigências de habilitação específica e as demais
previstas em regulamento.
A Secretaria de Estado da Educação poderá exigir como etapa integrante do concurso público,
participação e aprovação em curso intensivo de formação de caráter eliminatório e/ou
classificatório.
Art. 12. Das instruções para o concurso público, que serão objeto de regulamento pelo Chefe do
Poder Executivo, constarão obrigatoriamente:
II - O prazo de validade de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
Art. 13. A investidura em cargo de carreira do Magistério dar-se-á sempre na referência inicial do
nível correspondente à maior habilitação comprovada pelo professor.
CAPÍTULO IV
DA VACÂNCIA E DAS VAGAS
I – Exoneração;
II - Demissão;
III - Aposentadoria;
V - Falecimento;
Art. 15. A vacância ocorrerá na data do fato ou da publicação do ato previsto no artigo anterior.
Em razão dos objetivos a serem alcançados e de conformidade com a tipologia da escola, fixada
segundo sua complexidade administrativa, poderá haver, na unidade escolar, as seguintes funções
técnicas:
Parágrafo único. As funções referidas nos incisos I, II e III deste artigo constarão de legislação
específica e serão gratificadas.
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Art. 44. As escolas públicas do Estado desenvolverão as suas atividades de ensino dentro do
espírito democrático e participativo, sem preconceito de raça, sexo, cor, idade, e quaisquer outras
formas de discriminação, incentivando a participação da comunidade na elaboração e execução da
proposta pedagógica.
Art. 45. As escolas públicas do Estado obedecerão ao princípio de gestão democrática através de:
III - gerência dos recursos financeiros repassados pela Secretaria de Estado da Educação;
SEÇÃO I
DOS DIREITOS ESPECIAIS
II - Receber remuneração de acordo com o maior nível de habilitação adquirida, o tempo de serviço
e a jornada de trabalho, conforme o estabelecido nesta Lei, independentemente do grau ou série em
que atue;
e) Ter liberdade de escolha e aplicação dos processos didáticos e das formas de avaliação de
aprendizagem, observadas as diretrizes do Sistema Estadual de Ensino;
V - Sindicalizar-se, garantida sua liberação do exercício do cargo, se eleito para cargo de direção de
entidade de classe e sindicato, observadas as disposições constantes da Lei Complementar n.º 46/94
e legislação posterior;
VI - Usufruir dos direitos e aposentadoria nos termos do artigo 57 desta Lei, a promoção e a
mudança de nível, ainda quando ocupante de cargo em comissão em órgãos da Secretaria de Estado
da Educação ou outros, cujas funções sejam compatíveis com a área educacional;
VII - Participar de fóruns que tratem dos seus interesses profissionais, quando reconhecidos ou
autorizados pela Secretaria de Estado da Educação.
SEÇÃO II
DA ASSOCIAÇÃO DE CLASSE
Art. 47. O profissional da educação poderá associar-se para fins de estudo, defesa e coordenação de
seus interesses.
Parágrafo único. O profissional da educação posto a disposição de sua entidade de classe não
sofrerá prejuízos em seus vencimentos, vantagens e direitos, sendo assegurado seu retorno à função
ou local de origem, após o término do mandato.
SEÇÃO III
DAS FÉRIAS
Art. 48. Os professores, quando em exercício das atribuições de regência de classe nas unidades
escolares gozarão de 45 menos 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 49. Os demais profissionais da educação em exercício nas escolas ou nas unidades
administrativas da Secretaria de Estado da Educação terão direito a 30 (trinta) dias consecutivos de
férias por ano, de acordo com a escala organizada pelo chefe da repartição.
Art. 51. Na zona rural, os períodos letivos poderão ser organizados com fixação das férias
escolares nas épocas de plantio e colheita das safras, conforme plano aprovado pela secretaria de
Estado da Educação, nas mesmas condições do artigo 49.
SEÇÃO IV
DAS CONCESSÕES ESPECÍFICAS
Art. 52. Ao profissional da educação estudante poderá ser concedido horário especial, desde que
respeitada a carga horária a que estiver sujeito e o cumprimento dos quantitativos mínimos de aula
no período próprio, no ano letivo.
§ 1º Para utilizar-se dos benefícios deste artigo, o interessado deverá instruir requerimento ao chefe
da unidade administrativa onde tem exercício, com atestado firmado pelo secretário do
estabelecimento de ensino em que estiver matriculado e o respectivo horário de atividades;
Art. 53. O professor de disciplina extinta do currículo poderá ser removido para outra unidade
escolar que ofereça a disciplina ou será aproveitado na própria escola em atividades de recuperação
da aprendizagem dos alunos, acompanhamento pedagógico a alunos, atividades específicas da
proposta pedagógica da escola e outras atividades educativas da escola, sem perda dos direitos e
vantagens previstos nesta Lei.
Art. 55. Será cassada a concessão de que trata o art. 54, mediante inquérito administrativo, se o
professor cientificado expressamente do seu aproveitamento não entrar em exercício no prazo de 30
(trinta) dias, contados da publicação do edital de que trata o Artigo 54 desta Lei, salvo por doença
comprovada em inspeção médica oficial.
SEÇÃO V
DA APOSENTADORIA
III - Voluntariamente:
a) Aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco, se
professora, com proventos integrais;
b) Aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta anos, se mulher, com proventos
integrais;
c) Aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco anos, se mulher, com proventos
proporcionais a esse tempo de serviço;
d) Aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
Parágrafo único. O tempo de serviço exercido no desempenho das funções de diretor e
coordenador escolar é computado, até o dia 30 de junho de 1999, para efeito da contagem de tempo
para concessão de aposentadoria, conforme previsto na alínea “a” do inciso III deste artigo, como
de efetivo exercício em regência de classe. (Redação dada pela Lei Complementar nº 156, de 22 de
junho de 1999). (Dispositivo com eficácia suspensa em 05.04.2001 e declarado inconstitucional em
07.05.2005 pela ADIN nº 2253).
Art. 57. Os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data,
sempre que se modificar a remuneração dos profissionais da educação em atividade, estendendo-se
aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos ao profissional em
atividade, inclusive, quando decorrer de transformação ou reclassificação do cargo em que se deu a
aposentadoria na forma da Lei.
SEÇÃO VI
DAS LICENÇAS
SEÇÃO VII
DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL
§ 4º Nos casos dos afastamentos para eventos que se realizarem fora do Estado, a autorização
especial dependerá de ato do Governador do Estado.
Art. 61. O afastamento com ônus para freqüentar curso somente será autorizado quando a
Secretaria de Estado da Educação considerar o curso necessário para a melhoria do ensino e por
tempo nunca superior à duração do curso, assegurado o vencimento, os direitos e vantagens
permanentes do cargo, acrescidos das vantagens pecuniárias estabelecidas em Lei.
§ 1º O profissional da educação, quando afastado com ônus, fica obrigado a prestar serviços ao
magistério público estadual por prazo correspondente ao período do afastamento, sob pena de
restituir aos cofres do Estado, devidamente corrigido, o que tiver recebido quando de sua ausência
do exercício do cargo.
§ 3º Concluído o estudo, o profissional da educação não poderá requerer exoneração, nem ser
afastado do cargo por licença para trato de interesses particulares inclusive para freqüentar novo
curso, enquanto não decorrer o período de obrigatoriedade de prestação de serviços fixada no
parágrafo primeiro.
Art. 62. O afastamento para freqüentar qualquer curso fora do Estado e curso de habilitação,
aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado dentro do Estado e privativo de profissional
da educação efetivo estável, que não exerça cargo em comissão ou função de confiança.
Art. 63. Os afastamentos sem ônus para o Estado para freqüentar curso, terão a mesma duração
prevista pela instituição de ensino para a realização do curso.
CAPÍTULO II
DOS VENCIMENTOS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 65. O valor do vencimento é determinado a partir do piso profissional estabelecido para o
cargo de magistério de menor referência, conforme a carga horária.
Parágrafo único. Para os fins do que estabelece este Artigo, considera-se piso profissional a
referência sobre a qual incidem os coeficientes que irão determinar o valor do vencimento.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 67. O profissional da educação tem o dever de considerar a relevância de suas atribuições em
razão do que deverá:
III - Manter organizado o arquivo pessoal de todos os atos oficiais e registros da experiência
profissional que lhe dizem respeito;
SEÇÃO II
DO APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
Art. 68. Para que o profissional da educação amplie seu desenvolvimento profissional, o Estado
promoverá e/ou apoiará a sua participação em cursos na área de educação.
§ 3º O calendário escolar deverá prever períodos para as modalidade de atualização de que trata o
parágrafo anterior, a nível de escola ou escolas da mesma localidade.
Art. 69. Visando ao aprimoramento do profissional da educação, o Estado observará quanto aos
aspectos dos estímulos:
I - Gratuidade de cursos, concessão de bolsa e/ou diária para que tenham sido expressamente
designados ou convocados;
SEÇÃO III
DOS PRECEITOS ÉTICOS ESPECIAIS
XII - A prática do zelo e conservação do patrimônio público, por toda a comunidade escolar;
CAPÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
SEÇÃO I
DA ACUMULAÇÃO
Art. 71. O ocupante de dois cargos efetivos de Magistério em regime de acumulação legal, quando
investido em cargo de provimento em comissão ficará afastado de ambos os cargos efetivos,
podendo optar pelo vencimento de ambos os cargos, acrescido da gratificação pelo exercício de
cargo em comissão.
Art. 72. O ocupante de 02 (dois) cargos efetivos de Magistério em regime de acumulação legal
quando em exercício de Função Gratificada de Direção ou de Adjunto de Direção em escola que
funcione em regime de 02 (dois) ou 03 (três) turnos, poderá optar pelo vencimento dos dois cargos,
mais o valor percentual de gratificação atribuída a função calculada sobre o vencimento de maior
referência.
§ 1º Aos períodos necessários para o deslocamento será adicionado um espaço de tempo de, no
mínimo, uma hora, para refeição;
SEÇÃO II
DAS PROIBIÇÕES
I - Licença médica;
II - Nomeação para exercício de cargo em comissão ou designação para função gratificada, desde
que sem ônus para o Estado e pelo prazo máximo de cinco anos, prorrogável a critério do
Governador, salvo situações especificadas em Lei; (Redação dada pela Lei Complementar nº 179,
de 5 de junho de 2000).
III - Freqüentar ou ministrar curso considerado de interesse para o ensino, identificado por ato da
Secretaria de Estado da Educação;
§ 1º Nos casos especificados nos incisos anteriores, o profissional da educação será afastado sem
prejuízo dos seus direitos e vantagens pessoais. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
179, de 5 de junho de 2000).
§ 2º A cessão do profissional da educação de um lado para outro Poder do próprio Estado, somente
poderá ocorrer, para o exercício do cargo em comissão e sem ônus para o Poder cedente.
(Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 179, de 5 de junho de 2000).
§ 3º Findo o prazo da cessão, o profissional da educação retornará ao seu lugar de origem, sob pena
de incorrer em abandono de cargo. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 179, de 5 de
junho de 2000).
SEÇÃO III
DA FALTA AO TRABALHO
I - dia letivo;
II - hora-aula;
III - hora-atividade.
b) 1/100 (um centésimo) do vencimento mensal, por hora-aula ou hora-atividade não cumprida;
c) um terço do valor previsto na alínea b quando chegar atrasado por mais de 15 (quinze) minutos
ou retirar-se antes do término da hora-aula ou hora-atividade.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, aplica-se o conceito de hora-atividade às exercidas na escola, nas
unidades administrativas da Secretaria de Estado da Educação que não se caracterizam como hora-
aula.
TÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 78. É considerado feriado nas escolas estaduais o dia 15 de outubro, “Dia dos Professores”.
Art. 81. A Secretaria de Estado da Educação poderá convocar profissional da educação para
atuação em atividades pedagógicas essenciais, por tempo determinado, sem prejuízo de seus direitos
e vantagens.
Art. 82. O pessoal do Magistério estabilizado no serviço público por força de disposições
constitucionais integrará um quadro especial.
Parágrafo único. Após aprovação em concurso público e cumprimento dos requisitos do estágio
probatório, serão os servidores de que trata o "caput" deste artigo, enquadrados na referência
respectiva, considerando-se o tempo de serviço de magistério anteriormente prestado.