Aula Aposentadoria Portadores Deficiencia

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Aposentadorias Portadores

de Deficiência
Antonio Linhares – UNIRITTER 2016
Antonio

Aposentadorias Portadores de
Deficiência
Base Legal :
• CF art 201
• LC 142/2013
• Dec 3048/99 – Art 70ª a 70I
• IN 77/2015- art 413 a 432

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e
de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá,
nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos


beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados
portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 47, de 2005)

LC 142 de 08/05/2013

Art. 1o Esta Lei Complementar regulamenta a concessão de aposentadoria da pessoa


com deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social - RGPS de que trata o § 1o
do art. 201 da Constituição Federal.

Art. 2o Para o reconhecimento do direito à aposentadoria de que trata esta Lei


Complementar, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas.

Art. 3o É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com


deficiência, observadas as seguintes condições:

I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se


mulher, no caso de segurado com deficiência grave;

II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 (vinte e


quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada;

III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 (vinte e oito)
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve; ou

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IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade,


se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de
contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual
período.

Parágrafo único. Regulamento do Poder Executivo definirá as deficiências grave,


moderada e leve para os fins desta Lei Complementar.

Art. 4o A avaliação da deficiência será médica e funcional, nos termos do


Regulamento.

Art. 5o O grau de deficiência será atestado por perícia própria do Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos para esse fim.

Art. 6o A contagem de tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência


será objeto de comprovação, exclusivamente, na forma desta Lei Complementar.

§ 1o A existência de deficiência anterior à data da vigência desta Lei Complementar


deverá ser certificada, inclusive quanto ao seu grau, por ocasião da primeira avaliação,
sendo obrigatória a fixação da data provável do início da deficiência.

§ 2o A comprovação de tempo de contribuição na condição de segurado com


deficiência em período anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar não será
admitida por meio de prova exclusivamente testemunhal.

Art. 7o Se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou


tiver seu grau de deficiência alterado, os parâmetros mencionados no art. 3o serão
proporcionalmente ajustados, considerando-se o número de anos em que o segurado
exerceu atividade laboral sem deficiência e com deficiência, observado o grau de deficiência
correspondente, nos termos do regulamento a que se refere o parágrafo único do art. 3o
desta Lei Complementar.

Art. 8o A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com deficiência será


calculada aplicando-se sobre o salário de benefício, apurado em conformidade com o
disposto no art. 29 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, os seguintes percentuais:

I - 100% (cem por cento), no caso da aposentadoria de que tratam os incisos I, II e III do
art. 3o; ou

II - 70% (setenta por cento) mais 1% (um por cento) do salário de benefício por grupo
de 12 (doze) contribuições mensais até o máximo de 30% (trinta por cento), no caso de
aposentadoria por idade.

Art. 9o Aplicam-se à pessoa com deficiência de que trata esta Lei Complementar:

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I - o fator previdenciário nas aposentadorias, se resultar em renda mensal de valor


mais elevado;

II - a contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado com


deficiência relativo à filiação ao RGPS, ao regime próprio de previdência do servidor público
ou a regime de previdência militar, devendo os regimes compensar-se financeiramente;

III - as regras de pagamento e de recolhimento das contribuições previdenciárias


contidas na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;

IV - as demais normas relativas aos benefícios do RGPS;

V - a percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria estabelecida na Lei nº


8.213, de 24 de julho de 1991, que lhe seja mais vantajosa do que as opções apresentadas
nesta Lei Complementar.

Art. 10. A redução do tempo de contribuição prevista nesta Lei Complementar não
poderá ser acumulada, no tocante ao mesmo período contributivo, com a redução
assegurada aos casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física.

Art. 11. Esta Lei Complementar entra em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua
publicação oficial.

TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO IDADE
HOMEM MULHER HOMEM MULHER
GRAVE 25 20 IDADE 60 55
MODERADO 29 24 TC 15 15
LEVE 33 28

Dec 3048/99
Art. 70-A. A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que
tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS,
grau de deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição
de pessoa com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da
implementação dos requisitos para o benefício.

Art. 70-B. A aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência,


cumprida a carência, é devida ao segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador
avulso, contribuinte individual e facultativo, observado o disposto no art. 199-A e os
seguintes requisitos:

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Art. 199-A. A partir da competência em que o segurado fizer a opção pela exclusão do direito ao benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição, é de onze por cento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do
salário-de-contribuição, a alíquota de contribuição: (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

I - do segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou
equiparado; (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

II - do segurado facultativo; e (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

III - do MEI de que trata a alínea “p” do inciso V do art. 9o, cuja contribuição deverá ser recolhida na forma
regulamentada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

§ 1o O segurado, inclusive aquele com deficiência, que tenha contribuído na forma do caput e pretenda contar o
tempo de contribuição correspondente, para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou de
contagem recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal. (Redação dada pelo
Decreto nº 8.145, de 2013)

§ 2o A complementação de que trata o § 1o dar-se-á mediante o recolhimento sobre o valor correspondente ao limite
mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a ser complementada da diferença entre o percentual
pago e o de vinte por cento, acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3o do art. 5o da Lei no 9.430, de 27 de
dezembro de 1996. (Redação dada pelo Decreto nº 8.145, de 2013)

§ 3o A contribuição complementar a que se refere os §§ 1o e 2o será exigida a qualquer tempo, sob pena do
indeferimento ou cancelamento do benefício.

• é devida aos segurados especiais que contribuam facultativamente, de


acordo com o disposto no art. 199 e no § 2o do art. 200.
(Facultativos 20% e Segurado Especial contribui 20%)

§ 2o Aplica-se ao segurado especial com deficiência o disposto nos §§ 1o a 4o do art.


51, e na hipótese do § 2o será considerada a idade prevista no caput deste artigo, desde que
o tempo exigido para a carência da aposentadoria por idade seja cumprido na condição de
pessoa com deficiência.

Art. 51. ...

§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural,
ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o caso, ao
mês em que cumpriu o requisito etário, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do
benefício pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 8o do art. 9o.

entressafra ou do defeso, mandato eletivo de dirigente sindical, vereador, parceria ou


meação outorgada, atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima

§ 2o Os trabalhadores rurais de que trata o caput que não atendam ao disposto no § 1o, mas que satisfaçam essa
condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao
completarem sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos, se mulher.

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§ 3o Para efeito do § 2o, o cálculo da renda mensal do benefício será apurado na forma do disposto no inciso II do
caput do art. 32, considerando-se como salário-de-contribuição mensal do período como segurado especial o limite mínimo
do salário-de-contribuição da previdência social.

§ 4o Aplica-se o disposto nos §§ 2o e 3o ainda que na oportunidade do requerimento da aposentadoria o segurado


não se enquadre como trabalhador rural.

Art. 70-D. Para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência,


compete à perícia própria do INSS, nos termos de ato conjunto do Ministro de Estado Chefe
da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, dos Ministros de Estado da
Previdência Social, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Advogado-Geral
da União:
I - avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o seu grau; e
II - identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos
períodos em cada grau.
§ 1o A comprovação da deficiência anterior à data da vigência da Lei Complementar
no 142, de 8 de maio de 2013, será instruída por documentos que subsidiem a avaliação
médica e funcional, vedada a prova exclusivamente testemunhal.
§ 2o A avaliação da pessoa com deficiência será realizada para fazer prova dessa
condição exclusivamente para fins previdenciários.
§ 3o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 4o Ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, dos Ministros de Estado da Previdência Social, da Fazenda, do
Planejamento, Orçamento e Gestão e do Advogado-Geral da União definirá impedimento de
longo prazo para os efeitos deste Decreto.

(PORTARIA INTERMINISTERIAL SDH/MPS/MF/MOG/AGU Nº 1, DE 27 DE


JANEIRO DE 2014)

Art. 70-E. Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com
deficiência, ou tiver seu grau alterado, os parâmetros mencionados nos incisos I, II e III do
caput do art. 70-B serão proporcionalmente ajustados e os respectivos períodos serão
somados após conversão, conforme as tabelas abaixo, considerando o grau de deficiência
preponderante, observado o disposto no art. 70-A:

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§ 1o O grau de deficiência preponderante será aquele em que o segurado cumpriu


maior tempo de contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o
tempo mínimo necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com
deficiência e para a conversão.
§ 2o Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem
deficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação
da conversão de que trata o caput.

Art. 70-F. A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá
ser acumulada, no mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de
contribuição relativos a atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física.
§ 1o É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa
com deficiência, para fins da aposentadoria de que trata o art. 70-B, se resultar mais
favorável ao segurado, conforme tabela abaixo:

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§ 2o É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para


fins de concessão da aposentadoria especial de que trata a Subseção IV da Seção VI do
Capítulo II.
§ 3o Para fins da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência é assegurada a
conversão do período de exercício de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem
a saúde ou a integridade física, cumprido na condição de pessoa com deficiência,
exclusivamente para efeito de cálculo do valor da renda mensal, vedado o cômputo do
tempo convertido para fins de carência.

Art.70-G. É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de qualquer


outra espécie de aposentadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa.
Art. 70-H. A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo,
submeter-se a perícia própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.
Parágrafo único. Após a concessão das aposentadorias na forma dos arts. 70-B e 70-
C, será observado o disposto nos arts. 347 e 347-A.
Art. 347. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário
para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da
primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no
âmbito administrativo. (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005)
Art. 347-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé. (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de 2005)
Art. 70-I. Aplicam-se à pessoa com deficiência as demais normas relativas aos
benefícios do RGPS.

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