Relatorio
Relatorio
Relatorio
Dados Básicos
Campos adicionais:
Campo Valor
UF MA
Portaria 85
Defeso 23
Informe o CPF do Representante Legal ou Procurador 018.214.193-40
Você possui inscrição no Registro Geral de Pesca - RGP? B) Não
Você possui protocolo de solicitação de inscrição no Registro Geral de Pesca - RGP? A) Sim
Qual número da inscrição que você realizou a contribuição - CEI? 800060825082
Tipo da Conta: Conta Poupança - PP
Banco 104 – Caixa Econômica Federal
Agência 2063
DV Agência 0
Número da Conta 00103848
DV Conta 7
Interessados
Instituidores
A tarefa não possui instituidores.
Anexos
Despacho (143962405)
Enviado em 27/04/2021 22:59
Unidade: 0950112 - SEÇÃO DE RECONHECIMENTO DE DIREITOS
1482033457 - Seguro Defeso - Pescador Artesanal (Tarefa principal)
Despacho (145109783)
Enviado em 30/04/2021 23:05
1482033457 - Seguro Defeso - Pescador Artesanal (Tarefa principal)
Para apresentar estes documentos para o INSS e obter mais informações, ligue de segunda a sábado das 07:00h
as 22:00h para o 135, a central de atendimento do INSS, ou acesse o site do INSS pelo link inss.gov.br.
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Despacho (193391549)
Enviado em 17/11/2021 22:19
Unidade: 151509 - DIVISÃO DE ATENDIMENTO
1482033457 - Seguro Defeso - Pescador Artesanal (Tarefa principal)
Despacho (193434906)
Enviado em 18/11/2021 07:08
Unidade: 0950112 - SEÇÃO DE RECONHECIMENTO DE DIREITOS
1482033457 - Seguro Defeso - Pescador Artesanal (Tarefa principal)
Despacho (193434960)
Enviado em 18/11/2021 07:09
Unidade: 0950112 - SEÇÃO DE RECONHECIMENTO DE DIREITOS
1482033457 - Seguro Defeso - Pescador Artesanal (Tarefa principal)
Prezado(a) Senhor(a), Para dar andamento ao processo 1482033457, solicitamos o envio eletrônico dos
documentos descritos abaixo: -Produto explorado e Área de atuação declarado no cadastro do RGP incompatíveis
com o defeso requerido.É necessário constar como produto explorado “PEIXE” e área de atuação “LAGO - RIO”
para requerer esse defeso. Caso seja essa área de atuação e produto que seja explorado pelo requerente
regularizar a situação junto ao RGP/MAPA.Caso contrário o requerente está requerendo defeso errado, pois existe
defeso especifico para os demais produtos explorados e áreas de atuação.Para comprimento desta exigência, é
possível a apresentação de um Relatório de Exercício de Atividade Pesqueira assinado e carimbado por servidor do
Escritório Federal da Aquicultura e da Pesca do seu estado devidamente identificado, inclusive com matrícula
SIAPE. O cumprimento de exigência por meio eletrônico é feito diretamente pelo aplicativo ou site do Meu INSS.
Basta digitalizar ou fotografar os documentos originais e anexá-los ao processo. A digitalização ou foto deve ser
colorida e legível, permitindo a correta visualização de todo o documento, inclusive o verso, se for o caso. Após
digitalizados/fotografados e salvos, siga os passos abaixo para anexar no aplicativo ou pelo site MEU INSS: 1. Faça
login no MEU INSS;2. Clique na opção Cumprimento de Exigência;’3. Selecione o requerimento desejado clicando
em cima dele;4. Clique no botão “Anexar arquivo”, depois em “Anexar” e selecione os arquivos que deseja
anexar;5. Clique em “Confirmar”;6. Escreva um comentário no campo “Responda Aqui”;7. Clique em Enviar. Saiba
mais utilizando o link: https://www.youtube.com/watch?v=We1vdKP-dB8 Se preferir, agende o serviço
"Cumprimento de Exigência" para apresentar os documentos em uma Agência da Previdência Social. O
agendamento poderá ser feito pelo Meu INSS (meu.inss.gov.br) ou Central 135 de segunda a sábado, das 7h às
22h (horário de Brasília). O não atendimento desta exigência ou a ausência de manifestação até o dia 20/12/2021
(30 dias de prazo) poderá acarretar desistência do processo, o que não prejudica a apresentação de novo
requerimento pelo interessado, conforme disposto no §9º do art. 678 da IN nº 77, de 2015.
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Anexo ID: 220183145
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Despacho (200883346)
Enviado em 21/12/2021 14:07
1482033457 - Seguro Defeso - Pescador Artesanal (Tarefa principal)
ANA CAROLINA AGUIAR COSTA (CPF 002.781.663-00) adicionou ANA CAROLINA AGUIAR COSTA DA
FONSECA (CPF 002.781.663-00) como procurador(a) do processo pelo canal Entidade Conveniada.
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Anexo ID: 229140885
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Anexo ID: 229140885
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Anexo ID: 229140885
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Anexo ID: 229140906
Justiça Federal da 1ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico
11/12/2019
Número: 1012072-89.2018.4.01.3400
Classe: AÇÃO CIVIL PÚBLICA CÍVEL
Órgão julgador: 9ª Vara Federal Cível da SJDF
Última distribuição : 20/06/2018
Valor da causa: R$ 50.000,00
Assuntos: Concessão
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO (AUTOR)
UNIÃO FEDERAL (RÉU)
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (RÉU)
CONFEDERACAO NACIONAL DOS PESCADORES E
AQUICULTORES (TERCEIRO INTERESSADO)
Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
63083 19/06/2019 09:53 Decisão Decisão
579
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Anexo ID: 229140906
PROCESSO: 1012072-89.2018.4.01.3400
CLASSE: AÇÃO CIVIL PÚBLICA CÍVEL (65)
AUTOR: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
DECISÃO
Pois bem.
Analisando os documentos colacionados pela DPU, resta claro que o INSS tem
descumprido a decisão que deferiu em parte a tutela de urgência.
“(...)
Assinado eletronicamente por: RENATO COELHO BORELLI - 19/06/2019 09:53:13 Num. 63083579 - Pág. 1
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19061909531307700000062471162
Número do documento: 19061909531307700000062471162
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Anexo ID: 229140906
Intimem-se.
Brasília-DF.
Assinado eletronicamente por: RENATO COELHO BORELLI - 19/06/2019 09:53:13 Num. 63083579 - Pág. 2
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19061909531307700000062471162
Número do documento: 19061909531307700000062471162
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Anexo ID: 229140906
Assinado eletronicamente por: RENATO COELHO BORELLI - 19/06/2019 09:53:13 Num. 63083579 - Pág. 3
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19061909531307700000062471162
Número do documento: 19061909531307700000062471162
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Anexo ID: 229140906
Justiça Federal da 1ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico
11/12/2019
Número: 1012072-89.2018.4.01.3400
Classe: AÇÃO CIVIL PÚBLICA CÍVEL
Órgão julgador: 9ª Vara Federal Cível da SJDF
Última distribuição : 20/06/2018
Valor da causa: R$ 50.000,00
Assuntos: Concessão
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO (AUTOR)
UNIÃO FEDERAL (RÉU)
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (RÉU)
CONFEDERACAO NACIONAL DOS PESCADORES E
AQUICULTORES (TERCEIRO INTERESSADO)
Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
68321 23/07/2018 18:39 Decisão Decisão
46
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Anexo ID: 229140906
PROCESSO: 1012072-89.2018.4.01.3400
CLASSE: AÇÃO CIVIL PÚBLICA (65)
AUTOR: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RÉU: UNIÃO FEDERAL, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
DECISÃO
Trata-se de ação civil pública ajuizada pela DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO – DPU contra a
UNIÃO e o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, em que postula a concessão de tutela de urgência
para que: “a) o INSS recepcione, processe e defira (art. 2º da Lei 10.779/2003), todos os pleitos de concessão do atual
seguro-defeso (2016/2017), bem como, os vindouros pleitos de recebimento de seguros-defesos, desde que ainda em
vigor os efeitos deste pedido antecipatório, que preencham os requisitos exigidos pela Lei Federal nº 10.779 de 25 de
novembro de 2003 (Lei do Seguro Defeso Pescador Artesanal), reconhecendo a ilegalidade e inconstitucionalidade do
art. 3º da Portaria Nº 1.275-SEI, de 26 de julho de 2017, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços-MDIC,
que afastou a aplicabilidade para fins de requerimento de seguro defeso dos registros validados pelo próprio ato
normativo impugnado, bem como do art. 2º da Portaria 2.546/18 da Secretaria de Agricultura e Pesca, na parte em que
restringe temporalmente a validade de protocolos de pesca; b) sejam suspensos os efeitos do art. 3º da Portaria Nº
1.275-SEI, de 26 de julho de 2017, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a fim de que não se restrinja
os direitos decorrentes da validade dos registros outorgados legalmente; c) sejam oportunizados aos pescadores o
processamento de pedidos de registro e fixado prazo que Vossa Excelência repute razoável para a apreciação e
decisão administrativa; d) seja fixado prazo que Vossa Excelência reputar razoável para o INSS comprovar nos autos da
presente ação civil pública o cumprimento de vossa decisão, através de juntada aos autos de Memorando Circular ou
cópia de publicação de ato normativo interno determinando a todas as suas agências o cumprimento da medida” (fls.
26).
Afirma a autora que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio de sua
Secretaria Nacional de Agricultura e Pesca – SAP, editou a Portaria nº. 1.275, de 27/07/2017, com o fito de suprir
omissão da Administração na emissão de Registro Geral de Atividade Pesqueira – RGP.
Acrescenta que, a despeito de o art. 1º da Portaria nº. 1.275/2017 ter previsto a validação de todos
os registros suspensos ou ainda não analisados, pendentes do Sistema de Registro Geral de Atividade Pesqueira –
SISRGP, para possibilitar o exercício da atividade de pesca, vedou, em seu art. 3º, a emissão de seguro-desemprego
(seguro-defeso), previsto pela Lei nº. 10.779/2003, em favor desses pescadores.
Esclarece que, para a concessão do seguro-defeso, faz-se necessário que o pescador possua o
RGP válido. Sendo assim, não poderia a norma administrativa impedir a concessão do benefício, uma vez preenchidos
Assinado eletronicamente por: LIVIANE KELLY SOARES VASCONCELOS - 23/07/2018 18:39:36 Num. 6832146 - Pág. 1
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072318393672500000006810671
Número do documento: 18072318393672500000006810671
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Anexo ID: 229140906
Alega que “uma infinidade de pescadores que pediram nos anos anteriores e ainda aguardam
resposta (a partir de 2009) ficaram descobertos” (fls. 6).
Aduz que, em virtude das normas editadas pela Secretaria de Agricultura e Pesca, o INSS teria
entendido que “quem tem protocolo antes de 2014 não tem direito a acessar benefício previdenciário porque não está
abrangido pela portaria” (fls. 6).
Defende a inexistência de fundamento juridicamente válido para o tratamento desigual conferido aos
pescadores, bem como para a vedação à concessão de seguro-defeso.
Sustenta que as portarias em epígrafe afrontariam o disposto pelo art. 195, §8º, da CF/1988, que
prevê o direito de o pescador artesanal receber os benefícios da seguridade social previstos em lei, o que garantiria o
pagamento do seguro-defeso, previsto pela Lei nº. 10.779/2003, bem como a proteção ao trabalhador em situação de
desemprego involuntário, segundo regra do art. 7º, III, da CF/1988.
O INSS manifestou-se às fls. 140/170. Como preliminares, arguiu: a) sua ilegitimidade passiva; b) a
ilegitimidade ativa da DPU; c) a impossibilidade de utilização da ACP como sucedâneo de ação direita de
inconstitucionalidade; d) a inadequação da via eleita, por impossibilidade de uso da ACP para a defesa de direitos
individuais homogêneos; e) falta de interesse de agir parcial, ante a revogação da Portaria nº. 1.275/2017 pela Portaria
nº. 2.078/2017. Defendeu, ainda, a imposição de limites territoriais aos efeitos da decisão, e a ausência de requisitos
para a concessão da tutela de urgência.
É o breve relatório.
Decido.
________________Preliminares:
i) Da legitimidade passiva do INSS:
Inicialmente, destaco que a legitimidade do INSS decorre do fato de o pedido da DPU alcançar
Assinado eletronicamente por: LIVIANE KELLY SOARES VASCONCELOS - 23/07/2018 18:39:36 Num. 6832146 - Pág. 2
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072318393672500000006810671
Número do documento: 18072318393672500000006810671
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Anexo ID: 229140906
documentação que deverá ser aceita pela autarquia previdenciária como válida, para fins de atendimento de um dos
requisitos necessários para a obtenção de seguro-defeso, pelo segurado pescador, segundo previsão da Lei nº.
10.779/2003.
ii) Da legitimidade ativa da Defensoria Pública da União-DPU:
Acerca do tema, o STF, ao apreciar o RE nº. 733.433/MG, da relatoria do Ministro Dias Toffoli, com
repercussão geral reconhecida, fixou o seguinte entendimento:
Logo, seguindo entendimento do Pretório Excelso, em recurso extraordinário com repercussão geral
reconhecido, reconheço a legitimidade da Defensoria Pública da União para propor a presente ação civil pública, pois
ainda que não se possa comprovar que todos os pescadores representados são hipossuficientes, a grande maioria
desses trabalhadores integra as camadas mais necessitadas da sociedade.
A esse respeito, transcrevo e precedente do TRF1:
Assinado eletronicamente por: LIVIANE KELLY SOARES VASCONCELOS - 23/07/2018 18:39:36 Num. 6832146 - Pág. 3
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072318393672500000006810671
Número do documento: 18072318393672500000006810671
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Anexo ID: 229140906
iii) Da utilização da ação civil pública como sucedâneo de ação direta de inconstitucionalidade:
Embora a DPU defenda que as Portarias SAP nºs. 1275/2017 e 2.546/2017 afrontariam normas
constitucionais, não requer, dentre seus pedidos, a declaração de inconstitucionalidade das referidas normas, mas sim a
declaração de nulidade do art. 3º da primeira portaria, e do art. 1º da segunda.
Do mesmo modo, não busca a parte autora a declaração de inconstitucionalidade do art. 16 da Lei
nº. 7.347/1985, mas apenas que os efeitos da decisão não sejam limitados ao território do Distrito Federal.
Logo, ainda que a alegação de inconstitucionalidade esteja presente como causa de pedir, não
integra os pedidos diretamente formulados pela autora, razão pela qual rejeito a referida preliminar.
iv) Da inadequação da via eleita:
A hipótese dos autos trata da defesa de direitos individuais homogêneos, de uma coletividade de
pessoas determinadas ou determináveis que compartilham prejuízos divisíveis e de origem comum, decorrentes da
mesma situação fática, o que legitima a atuação da Defensoria Pública da União.
Conforme sustentou Teori Zavascki no artigo "O Ministério Público e a Defesa de Direitos Individuais
Homogêneos" (Separata da Revista de Informação Legislativa nº 117/173), "há certos interesses individuais - de
pessoas privadas e de pessoas públicas - que, quando visualizados em seu conjunto, em forma coletiva e impessoal,
têm a força de transcender a esfera de interesses puramente individuais e passar a representar, mais do que a soma de
interesses dos respectivos titulares, verdadeiros interesses da comunidade como um todo”.
Outrossim, é cabível o ajuizamento de ação civil pública para a defesa de direitos individuais
homogêneos, mormente se socialmente relevantes, como é no caso concreto, que alcança uma ampla classe de
Assinado eletronicamente por: LIVIANE KELLY SOARES VASCONCELOS - 23/07/2018 18:39:36 Num. 6832146 - Pág. 4
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072318393672500000006810671
Número do documento: 18072318393672500000006810671
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Anexo ID: 229140906
trabalhadores, que supostamente estariam sendo impedidos, tanto de obter documento necessário para o exercício de
atividade econômica de subsistência, quanto de obter benefício assistencial garantido por lei.
Nesses termos, já decidiu o STF:
O artigo 16 da Lei nº. 7.347/85 determina que “A sentença civil fará coisa julgada ‘erga omnes’, nos
Assinado eletronicamente por: LIVIANE KELLY SOARES VASCONCELOS - 23/07/2018 18:39:36 Num. 6832146 - Pág. 5
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072318393672500000006810671
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Anexo ID: 229140906
limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de
provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova
prova”.
De todo modo, o Distrito Federal é foro nacional, razão pela qual todo o país deve ser considerado
como território de competência do órgão judicante.
________________Mérito:
Assinado eletronicamente por: LIVIANE KELLY SOARES VASCONCELOS - 23/07/2018 18:39:36 Num. 6832146 - Pág. 6
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072318393672500000006810671
Número do documento: 18072318393672500000006810671
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Anexo ID: 229140906
Assim, o pescador depende de um ato estatal para se habilitar ao recebimento de um benefício que
existe para assegurar sua própria subsistência. Ante o caráter do benefício em questão, é de se supor que a
Administração atuará com eficiência na emissão dos respectivos registros. Entretanto, restou plenamente demonstrado
que não foi o que ocorreu, e que a omissão/ineficiência da Administração tem causado aos pescadores prejuízos
irreparáveis, ameaçando sua própria sobrevivência, ao impedir o acesso ao seguro legalmente garantido.
Com efeito, o INSS, em sua manifestação, admite que "devido a dificuldades operacionais na
realização dos cadastramentos de solicitação de Registros de Pescadores, especialmente em virtude de reformas
administrativas que implicavam na modificação de competências, bem como em razão do reduzido quadro de
servidores, diversas ações relativas ao registro ficaram com análise pendente".
Por essa razão, segundo alega, "buscando resguardar a própria subsistência dos pescadores, foi
editada a Portaria de nº 1275, de 26 de julho de 2017, que através de seu Art. 1º, tornou válido os pedidos de registro
ainda não analisados e os suspensos".
Por outro lado, também não se justifica o novo critério adotado pela Portaria SAP nº. 2.546/2018,
que estabeleceu novo regramento sobre a matéria, estabelecendo que "seriam válidos os protocolos de solicitação de
Registro Inicial para Licença de Pescador Profissional Artesanal entregues a partir do ano de 2014", além de manter a
restrição relativa ao seguro defeso.
Ora, não faz o menor sentido procurar beneficiar aqueles que aguardam desde o ano de 2014 a
manifestação da Administração, e deixar de atender àqueles que esperam ainda há mais tempo! Sem dúvida, o disposto
no mencionado artigo viola frontalmente o princípio da isonomia. Comprovada a existência de protocolo de solicitação
de Registro Inicial para Licença de Pescador Profissional Artesanal e inexistindo análise por parte da Administração,
resta demonstrada a ilegal omissão estatal, cabendo ao Estado tomar as providências cabíveis para que a mencionada
omissão não impeça o exercício de direitos fundamentais pelos administrados.
Ante o exposto, defiro parcialmente a tutela de urgência, para afastar a aplicação do limite
temporal previsto no art. 2º da Portaria SAP nº. 2.546-SEI/2017, bem como a restrição prevista no art. 4º, §2º, da
mesma portaria.
Assevero que, para a concessão do seguro-defeso pelo INSS, deverão ser observados todos os
demais requisitos legalmente previstos, razão pela qual a presente decisão apenas possibilita a habilitação dos
pescadores que possuam protocolos de solicitação de Registro Inicial para Licença de Pescador Profissional Artesanal,
ainda que anteriores ao ano de 2014, ao recebimento do benefício, ou seja, apenas se considera que os mencionados
protocolos deverão ser considerados como documento equivalente ao registro a que se refere o art. 2º, inciso I, da Lei
nº. 10.779/2003.
Assinado eletronicamente por: LIVIANE KELLY SOARES VASCONCELOS - 23/07/2018 18:39:36 Num. 6832146 - Pág. 7
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072318393672500000006810671
Número do documento: 18072318393672500000006810671
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Anexo ID: 229140906
No que tange ao pedido para que "sejam oportunizados aos pescadores o processamento de
pedidos de registro e fixado prazo que razoável para a apreciação e decisão administrativa", observo que este Juízo não
detém elementos no presente momento para fixação do mencionado prazo. Assim, postergo a apreciação deste pedido
para depois da contestação, ocasião em que a União deverá fornecer maiores subsídios sobre a quantidade de pedidos
pendentes e sobre a previsão de prazo para a sua análise.
Citem-se os réus.
Assinado eletronicamente por: LIVIANE KELLY SOARES VASCONCELOS - 23/07/2018 18:39:36 Num. 6832146 - Pág. 8
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072318393672500000006810671
Número do documento: 18072318393672500000006810671
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Anexo ID: 229140907
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Anexo ID: 229140908
Justiça Federal da 1ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico
04/06/2020
Número: 1012072-89.2018.4.01.3400
Classe: AÇÃO CIVIL PÚBLICA CÍVEL
Órgão julgador: 9ª Vara Federal Cível da SJDF
Última distribuição : 20/06/2018
Valor da causa: R$ 50.000,00
Assuntos: Concessão
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO (AUTOR)
UNIÃO FEDERAL (RÉU)
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (RÉU)
CONFEDERACAO NACIONAL DOS PESCADORES E GUSTAVO MORENO DE MEDEIROS MIRANDA E FIGUEIRO
AQUICULTORES (TERCEIRO INTERESSADO) (ADVOGADO)
LEONARDO TORRES FIGUEIRO (ADVOGADO)
ROGERIO MAYER (ADVOGADO)
Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
24646 03/06/2020 19:18 Sentença Tipo A Sentença Tipo A
1882
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL
Seção Judiciária do Distrito Federal
9ª Vara Federal Cível da SJDF
SENTENÇA
Trata-se de ação civil pública ajuizada pela DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO contra a
UNIÃO e o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, objetivando “declarar a nulidade do art. 3º
da Portaria Nº 1.275-SEI, de 26 de julho de 2017, bem como do art. 2º da Portaria 2.546/18 da Secretaria de
Agricultura e Pesca, na parte em que restringe temporalmente a validade de protocolos de pesca”.
Ante o exposto, HOMOLOGO o acordo pactuado entre as partes e, por consequência, julgo
extinto o processo, com resolução do mérito, com base no art. 487, III, “b”, do CPC.
Brasília-DF.
Assinado eletronicamente por: RENATO COELHO BORELLI - 03/06/2020 19:18:08 Num. 246461882 - Pág. 1
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20060319180752500000242431065
Número do documento: 20060319180752500000242431065
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Assinado eletronicamente por: RENATO COELHO BORELLI - 03/06/2020 19:18:08 Num. 246461882 - Pág. 2
http://pje1g.trf1.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20060319180752500000242431065
Número do documento: 20060319180752500000242431065
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1
Portaria SAP nº 2.546 em anexo.
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E, portanto, sujeito a pena demissão do serviço publico (art. 132, IV, da LEI 8.112).
Ademais, também configura crime capitulado no art. 330, do código penal.
Nestes Termos,
Nacionalidade:
Profissão:
Estado Civil:
Endereço:
Testemunha 1:
Nome:
CPF:
Testemunha 2:
Nome:
CPF:
justusadv1gmaiI.com.
(98) 3246-3519 / (98) 99115-1300
Rua das Andirobas, n°40,salas 1007 e 1008,
Edf. Executive lake'Center, Jardim Renascença
São Luis/MA, CEP: 65075-040
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SINDICATO DOS PESCADORES (AS) PROFISSIONAIS, ARTESANAIS, MARISQUEIROS E 229141185
CRIADORES DE PEIXE E MARISCO DO MUNICIPIO DE PINHEIRO - MA. SINPAMPI -
MA / FILIADA À FESPEMA
CNPJ: 07.590.329/0001-07 Rua Dom Afonso, nº. 1305 – Alcântara
Fundado em 31/07/2005 – Registrado em 14/09/2005
CEP: 65.200-000 / Pinheiro-Ma.
SINPAMPI “Pescador Consciente Respeita e Preserva o Meio Ambiente”
PRESIDENTE
Despacho (205960791)
Enviado em 21/01/2022 16:13
Unidade: 0950112 - SEÇÃO DE RECONHECIMENTO DE DIREITOS
1482033457 - Seguro Defeso - Pescador Artesanal (Tarefa principal)
Indeferido. Não possui RGP ou protocolo de registro inicial assinado e carimbado pela Secretaria da
Pesca/MAPA.Dessa forma, não cumpre os requisitos básicos para fazer jus ao seguro desemprego do pescador
artesanal que é ter o Registro Geral de Pescador ou, em conformidade com a Portaria Conjunta n° 14, ter o
protocolo de registro inicial com, no mínimo, um ano. Requerimento não criado no sistema SD, por falta de
informações básicas para habilitação do benefício que é o n° do RGP e a data da criação.Lei 10.779/2003. § 2o
Para se habilitar ao benefício, o pescador deverá apresentar ao INSS os seguintes documentos: (Incluído pela Lei
nº 13.134, de 2015). I - registro como pescador profissional, categoria artesanal, devidamente atualizado no
Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), emitido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura com antecedência
mínima de 1 (um) ano, contado da data de requerimento do benefício;Caso discorde dessa decisão, poderá ser
agendado recurso à Junta de Recursos da Previdência Social em até 30 dias contados da comunicação.
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