Aulas Práticas - Mariana Geraldo (Sem Nome)

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Prazo para inscrição conforme for identificado no e-mail da docente.

Ler o manual é importante! – façam resumos ao longo do semestre.

As apresentações não são suficientes. Serão disponibilizados no inforestudanes

Reuniões através da plataforma!

Nas provas podemos levar legislação desde que não documentada.

Síntese de legislação do tratado de Lisboa – elaborada pelos serviços da EU

PLATAFORMAS: site do TJUE – uma parte muito significativa do direito da EU deve-se ao papel
do TJUE – não importa considerar se funcionam como precedente – mas foram eles que e
estabeleceram a relação entre o Direito da UE e o direito nacional.

Acordão e as conclusões do Advogado Geral [não dispomos na nossa ordem jurisdicional] mas
vai apresentar uma proposta de solução para aquele caso – possibilidades da respetiva solução.

A posição do TJUE nem sempre pronuncia sobre os argumentos das partes, mas o advogado
geral faz uma exposição sobre os argumentos das partes, pelo que enriquece a nossa
compreensão obre o Acórdão!

A UE é próxima de um estado federal – direito da EU prevaleça sobre o direito nacional, mas


não temos uma entidade que resulta de instrumentos de DI que têm de ser ratificados pelos
Estados membros e os poderes da EU são limitados pelo principio da atribuição – poderes
atribuídos pelos Tratados.

Relação que existe entre a EU e as comunidades e o que é isto do Tratado de Lisboa.

Após 1945, houve uma série de tentativas e movimentos que procuraram assegurar um certo
grau de integração que visavam a manutenção da paz.

E neste contexto que temos a assinatura do Tratado de Paris que institui a CECA – 1951
(Constituição da CECA) e 1952 - esta OI teria uma duração de 50 anos.

Em 1957 temos 2 comunidades cujos tratados (de Roma) foram assinados no mesmo dia –
Tratado de criação do EUROTOM Energia atómica para fins não militares no quadro da Europa e
a CEE.

3 Tratados diferentes: PARIS E 2 DE ROMA

Declaração de Shuman - ideia da construção das comunidades de natureza económica –


integração com pequenos passos de integração económica isso é uma garantia de que os
países europeus se manterão em paz.

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No caso desta 3 comunidades temos mais que isso - Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, RFA A
Itália e a França

Partilha organizacional desta s três comunidades: partilha da Assembleia (parlamento) e do


@
Tribunal Qual tratado ?

E depois do tratado de fusão que foi assinado em 1956 teremos a partilha da comissão e do
conselho.

3 comunidades distintas, mas os órgãos são os mesmos.

Tratado de Maastricht – tratado da EU porque no seu artigo A que as altas partes contratantes
instituem uma EU –

Disposições de revisão que instituem a CEE, a CECA e a EURATOM

Disposições relativas à cooperação na defesa, no domínio da justiça e assuntos internos

Criação ainda que um pouco ambígua de uma nova OI – instituição da EU – Nova OI ou arranjo
que não goza de personalidade jurídica, porque o que temos são as comunidades
pré-existentes e que funcionam com uma logica já bastante aprofundada e que vão agrupar
esta nova realidade. Temos ainda a criação da cidadania europeia. Passo ainda simbólica de
integração politica. Com este tratado a CEE, passa a ser designada como Comunidade Europeia
– denotando que esta comunidade não de natureza exclusivamente económica.

Tratados de revisão – tratado de Amesterdão e tratado de Nice, tratado de Lisboa

Tratado que instrui uma constituição para a Europa – processo de integração muto
aprofundado – do ponto de vista simbólico a ideia da constituição de um estado – este tratado
foi assinado pelos representantes os estados membros, mas caiu o processo da sua ratificação.

Sendo necessário proceder a uma revisão dos tratados essa recuperação foi feita no Tratado de
Lisboa – no entanto retirou-lhe a carga simbólica da instituição de uma constituição.

O que se tem com o TL é um tratado que altera a CEE e institui a EU – é ele próprio um tratado
de revisão – que corresponde àquelas partes autónomas do tratado de Maastricht e temos a
revisão do tratado de Roma que instituiu a CEE e que passou a chamar-se CE

Tratado sobre o funcionamento da EU – tratado de Roma com as revisões todas que ele já
sofreu incluindo o Tratado de Lisboa.

O TL veio simplificar toda a estrutura de OI

A UE que substitui a CEE a EUROTOM continua com vida própria.

A CECA foi absorvida pela CEE que nessa altura – duração de 50 anos, extinguiu-se em 2002 –
já se chamava CE.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Temos hoje uma integração mais aprofundada do que em 1992 mas em matéria de politica
externa e segurança comum o nível de integração é muito menor do que em matérias
económicas.

Ver as alterações introduzidas por cada um destes tratados.

Ver também os novos órgãos que vão sendo criados e os novos poderes atribuídos a estes
órgãos e instituições.

Quadro institucional que existe atualmente na UE

UE – necessita de um dispositivo orgânico que lhe permita tomar decisões.

O quadro institucional procura responder não só ao principio democraticpo mas também ao


principio da separação de poderes.

Ela apresenta muitos traços que permitem que muitos autores reconheçam um projeto com
verdadeiras dimensões constitucionais.

Assim este quadro institucional não tem a mesma natureza de uma pessoa coletiva de natureza
privada.

Ma nem um nem outro principio se traduzem no plano comunitário da mesma forma que
costumam traduzir-se nos estados nacionais – principalmente para nos que temos um estado
unitário com uma assembleia parlamentar única.

Estabelece o art.º 13.º

Parlamento Europeu – legitimidade democrática direta – eleito pelos cidadãos da UE

Conselho Europeu

Conselho [da União Europeia] – membros dos governos dos estados membros – Legitimidade
democrática indireta

Comissão Europeia – sujeita às escolhas do parlamento europeu quer do CE e do Conselho -


legitimidade democrática indireta – por força da intervenção do PE

Exercício do poder politico e gozam de legitimidade democrática, ainda que diferente para cada
uma delas. – Ver site do parlamento europeu

Tribunal de Justiça da UE

Tribunal de Contas – outros órgãos

Banco Central Europeu

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Os cidadãos europeus são aqueles que são nacionais dos estados membros.

O PE era composto por representantes dos povos dos estados membros – inicialmente – até
1979 o PE era composto por membros designados pelos parlamentos nacionais.

Depois da saída do Reino Unido, o PE é composto por 705 membros, desde 2020 – antes tinha
751 contando com o Presidente - que são escolhidos em cada um dos estados membros – cada
estado membro funciona como um circulo eleitoral.

O n.º de deputados de cada estado membro é definido por um sistema de proporcionalidade


regressiva - relação entre o n.º de eleitos e a população doe estados – mas não podia ser
proporcionalidade direta porque senão alguns países - isto significa que os estados mais
populosos elegem menos deputados do que deveriam eleger - a Alemanha mais populosa e
malta menos populosa logo o voto em malta vale mais do que na Alemanha.

21 – 10.000.000

96 – População na Alemanha

Nenhum estado pode eleger menos de 6 e mais de 96 deputados.

Desde 79 que existem eleições diretas para o PE.

As eleições são disciplinadas pelo direito interno dos estados membros, mas que respeitem as
exigências da EU:

sufrágio livre secreto e direto [Áustria]

regras democráticas

o cidadão vota numa lista de eurodeputados e não numa lista de representante que vão
escolher eurodeputados

não podemos ter um sistema maioritário – isto é o partido que ganha as eleições não pode
preencher todos os lugares.

Podem votar e ser leitos os cidadãos da EU, sendo que os cidadãos podem participar ou no seu
estado de nacionalidade ou no seu estado de residência – o que não pode é votar e ser leita
nos 2 territórios – 2 acórdãos link nas apresentações [casos excecionais Gibraltar para poderem
participar nas eleições ou no caso com estatuto de estados associados – países baixos que
residiam em Aruba mas os países baixos não atribuíam essa participação mas o TJUE veio a
permitir essa possibilidade]

Ainda que a eleição decorra em cada um dos estados membros – os eleitos são organizados de
acordo com as afinidades politicas – ideologias politicas, grupos políticos do PE (os grupos

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

políticos têm de ser pelo menos compostos por 1/4 dos deputados dos estados membros].
Construção de uma vontade politica europeia.

23/10/2020

O Parlamento Europeu

A inscrição de grupos políticos europeus – criação de um novo partido europeu é possível. Uma
questão que ainda mereceu aprovação tem a ver com a criação de listas transnacionais –
circulo eleitoral único para eleição de um determinado número de eurodeputados e essas
seriam listas transnacionais.

A ideia seria ter uma lista A mais à direita e com candidatos de diversos países e outra lista
mais à esquerda que também teria deputados de vários países, estas candidaturas não teriam
assim uma ligação especifica com o estado de origem, pois cada uma delas teria deputados de
vários países, desligar os candidatos do seu estado no qual são eleitos – criar uma consciência
europeia mais desligada dos estados membros.

Alguns aspetos da organização e funcionamento do PE:

Mesa do PE – Eleição da mesa do PE – presidente + 14 vice-presidentes por um mandato de 2,5


anos, eleitos

- Visa zelar pelo bom financiamento do PE

O PE pode apreciar certas situações em que se suspeite do desrespeito da EU , seja imputável


aos estados membros ou dos deputados – sendo que os seus poderes são relativamente
limitados. Há no fundo uma tomada de posição que tem uma natureza politica.

- As comissões de inquérito são de criação eventual.

- As decisões no PE são tomadas DA SEGUINTE FORMA:

1.º - Quórum constitutivo – são 705 deputados e é necessa´rio que esteja reunido 1/30 para
que possa estar constituído o PE. Porem este quórum so é relevante se antes de se proceder à
votação se verifique se está presente o quórum constitutivo.

2.º quórum deliberativo – a regra é da maioria dos votos expressos – art.º 251.º - que se traduz
numa maioria absoluta dos votos expressos. Não houve alterações na maioria exigida.

Temos a proposta de ato que vai ser adotado e temos o momento de quem vota a favor, quem
vota contra e quem se abstém – as abstenções não contam como votos expressos. Logo a
posição que tem a maioria dos votos terá de ter maioria de 50+1 logo maioria absoluta.

Mas há matérias que exigem maiorias mais qualificadas – orçamentais e censura à Comissão
europeia.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

A função legislativa cabe normalmente aos parlamentos nacionais, mas o PE não goza de
iniciativa legislativa, em regra.

Logo não pode ser o PE a desencadear um processo legislativo – se quiserem criar algo novo
têm os eurodeputados (ainda que estejam todos de acordo) iniciar o processo legislativo. Mas
podem requerer à Comissão Europeia que apresente a proposta de ato legislativo nessa
matéria – art.º 225 TFUE. A Comissão não fica obrigada a apresentar essa proposta – podendo
não querer faze-lo por oportunidade ou por não concordar. Caso a Comissão decida não
apresentar tem o dever de fundamentar essa recusa, o que tem um papel importante para a
luta politica.

Não nos podemos esquecer que o parlamento pode apresentar uma moção de censura á
comissão, pelo que a comissão não fica numa posição confortável.

Para além disso, o poder legislativo é partilhado entre o Conselho e o Parlamento Europeu, isto
significa que para a aprovação de um ato legislativo tem ambas de intervir e em regra no
processo legislativo ordinário, o ato tem de ser aprovado pelo PE e pelo Conselho.

Há ainda atos legislativos especiais em que o poder só é atribuído a uma delas, e nesse caso
pode ter de haver consulta ao outro órgão.

Antes não havia eleição direta para o PE, mas agora há – ver datas!

O PE tem uma função orçamental:

- no processo legislativo relativo a matérias relacionadas com o orçamento,

- na aprovação do orçamento

- na verificação da execução do orçamento – contas e balanço~

O PE neste momento pode desencadear ações junto do Tribunal de Justiça da EU, se considerar
que há um ato vinculativo que é incompatível com os tratados o PE pode desencadear uma
ação de anulação, não sendo a única ação que que tem legitimidade processual ativa, mas é
talvez a mais importante – zelar pela manutenção da legalidade no quadro da EU.

Outro órgão muito relevante e que exerce a sua função junto do PE - Provedor de justiça da EU
- muito similar a do nosso provedor - recebe queixas relativas a situações de desrespeito da EU
que digam respeito a órgãos ou instituições comunitárias – isto significa que não aprecia a
conduta do estados membros - mas quanto a instituições e órgãos pode pronunciar-se

Face à existência de uma situação de desrespeito do direito da EU o provedor vai averiguar e


depois toma uma posição sobre a existência ou não de incumprimento e pode dar propostas
para a resolução da situação de incumprimento.

Quem pode apresentar queixas ao provedor de justiça:

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qualquer cidadão e ainda qualquer pessoa física independentemente da sua nacionalidade que
resida em territórios dos estados membros por uma pessoa coletiva que tenha a sua sede no
território dos estados membros.

Tripla dependência da Comisão Europeia face ao PE

DEPENDENCIA GENETICA – quanto à génese da Comissão Europeia – só pode formar-se se o PE


der o seu aval a essa formação art.º 17 do TUE - vários passos para a constituição da Comissão
Europeia – este processo começas nas eleições para o PE – coincide com o mandato do PE que
é de 5 anos – O PE pode chegar ao fim e recusar aquela Comissão, possibilidade de controlar
quem são os membros da Comissão – o conselho europeu designa um candidato a presente da
CE mas só fica aprovado se este for eleito pelo PE. Se o Candidato a presidente não for eleito
pelo PE, o Conselho tem de escolher outro candidato.

O PE exerce de facto o poder de verificar não só a idoneidade e o seu empenhamento no


processo de construção europeia – avaliação de existência de conflitos de interesses – mas há
também uma apreciação de competência desse sujeito para assumir uma determinada pasta
na Comissão. O PE frequentemente rejeita a indicação de um candidato para determinada
pasta. O PE rejeitou uma comissária proposta por Emanuel Macron.

Logo, a Comissão só pode desempenhar funções apos uma aprovação global da Comissão pelo
PE

DEPENDENCIA FUNCIONAL – A Comissão tem de elabprar relatórios quanto á atividade


desenvolvida e que pretende vir a desenvolver. Deve submeter ao PE propostas legislativas
que este pedir e se não fizer deve justiça-lo

DEPENDENCIA EXTINTIVA – O PE pode conduzir à demissão da Comissão através da adoção de


uma moção de censura – 17.º /8 TUE e 234.º TFUE – este poder está rodeado de cautelas.

Ciclo políticos são de 5 anos com coincidência entre o PE e a Comissão – não decorre da
aprovação de uma moção de censura a necessidade de novas eleições são PE. Em principio, a
Comissão será representativa das forças politicas da Comissão, logo a eleição de uma nova
comissão para o cumprimento do tempo remanescente.

2/3 dos votos expressos para a aprovação da moção de censura e têm de votar a maioria dos
deputados eleitos – logo não basta a reunião de 1/3 dos deputados eleitos.

Duas maiorias cumulativas são exigidas – 234.º /22 TFUE 2/30 dos votos expressos + maioria
dos deputados eleitos:

- Existem 705 deputados se se verificar a votação da maioria dos votos a favor, implica que
ficam automaticamente cumpridas as duas condições.

- 2/3 dos votos, mas não a totalidade dos votos expressos a moção pode não ser aprovada.

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Conselho Europeu

Chefe de estados ou chefes dos governos dos Estados Membros – estes chefes da estado e de
governo e o Preidente da VComissão – começaram a reunir com alguma regularidade para
taratr de detriminadas temáticas – e foi com esta regularidade de reuniões que passamos a ter
o Conselgo Europeu.

O Conselho Europeu no AUE não estava previsto - nem nontrataod e roma nem no tratado de
paris. Vom o tratardo de Maastricht passa ater cometidas algumas competência no quadro da
EU mas em sentido estrito – sói com o tratado de LISBOA É QUE TEMOS O Conselho como uma
verdadeira instituiºão europeia e co m transversalidade em todas as matérias e ainda das
competência do Conselho Europeu.

O conselho é hoje em dia constituído pelos chefes de estado e de governo dos estados
membros.

Há dois EM que podem ter mais do que um membro no Conselho – presidente do conselho e
da comissão que fazem parte formalmente do Conselho Europeu não dispõem de direito de
voto, Assim ainda que o mesmo pais esteja representado com mais do que uma pessoa, não
tem mais votos.

O Conselho Europeu é um órgão de cúpula – porque reúne as mais altas instancias dos EM,
mas pelos próprios tratados é cometida uma muito relevante atuação: definir as orientações
politicas e as prioridade politicas gerais - a EU não pode ser construída contra a vontade dos
Estados.

- O Conelho tem este poder de orientação politica que é mais forte em determinadas matérias
-
politica externa e de defesa e segurança comum.

- No âmbito do PESC o Conselho europeu aprova atos vinculativos – o Conselho europeu não
adota atos legislativos.

r
O Conselho europeu tem uma constituição fixa.

Os poderes das varias instituições não são os mesmos nas varias matérias.
-
Cabe-lhe ao Conselho o poder de discutir certos assuntos relativamente a assuntos nos quais
se tenha chegado a um impasse no quadro de outras instituições, mas que precisam de ser
tomadas – aí é requerida a atuação do Conselho para solucionar a questão – caso de matérias
de segurança social.

O Conselho europeu é diferente do Conselho.

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n No quadro de revisão dos tratados – apresentada a propria de revisão, cabe ao conselho


europeu saber se essa proposta pode continuar – dar seguimento ao processo de revisão
parece não ser muito relevante. Todavia quem tem assento no Conselho europeu são os
reprenetentae dos estados membros - chefes de estado ou de governo – por isso não mudando
o ciclo politico, caso não seja dado andamento a esta revisão é porque não há interesses em
prosseguir e por isso não fara sentido continuar com o processo.

As regras de funcionamento do Conselho Europeu, reúne-se 2 x por semestre – 4 reuniões –


mas pode reunir-se um maior numero de vezes.

Delibera por consenso, sem que seja necessária uma votação formal naquele sentido – o
principal ato do conselho não tem natureza vinculativa. Mas em certas matérias o tratado exige

-
votação e determina também o tipo de aprovação. As ABSTENÇOES SÃO ABSTENÇÕES
CONSTRUTIVAS. Podem haver decisões com a abstenção de um chefe de estado ou de governo.

28 estados membros, logo 15 votos.

30/10/2020

Conselho

Não confundir o conselho da União europeia é diferente do Conselho Europeu e do Conselho


da europa

Este conselho é composto apenas por um representante de cada estado membro ao nível
ministerial e que tenha poder para vincular o respetivo governo – logo será um ministro do gov
daquele estado. Pode acontecer que esteja presente um secretario de estado desde que tenha
poderes para vincular esse governo.

Diferença significativa face ao Conselho Europeu – Tem uma composição variável em


conformidade com a matéria que se vai discutir naquela reunião – se for ambiente será o
ministro do ambiente. 2009/878 e 2010/594.

Em principio estas formações são respeitadas ou então podem reunir em conselhos mais
alargados.

Questão do Eurogrupo – reúne apenas os ministros das finanças uja moeda seja o euro,
representante da Comissão europeia, representante do BCE e o próprio presidente do
Eurogrupo.

No Conselho europeu – charles michel – eleito

No Conselho neste momento é a presidência da Alemanha e a segui será portugal

A presidência do conselho é assegurada de forma rotativa por cada estado membro – 6 meses-
há grupos de 3 estados membros que são pré estabelecidos e devem criar um programa mais
ou menos conjunto e decvem auxiliar-se.

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O conselho da EU relativo aos negócios estrangeiros é o presidente do Conselho na sua


formação de negócios estrageiros, é membro da comissão participa enquanto observador

Em caso de moção de censura à Comissão europeia, o alto representante da comissão deve


apresentar a sua comissão conforme acontece com os outros comissário, mas exercera o seu
mandato até que seja substituído. Havendo esta demissão e definida uma nova comissão só
exerce pelo período remanescente.

Até ao tratado de lisboa a presidência do conselho era

Cabe à presidência do conselho o funcionamento do conselho, mas também cabe determinar a


agenda das reuniões do conselho

A formação dos assuntos gerais visa assegurar a coerência e o desenrolar do varios temas que
têm de ser discutidos no conselho e preparar as reuniões do Conselho europeu – mas esta não
é presidida pelo ministro da nacionalidade que esteja a presidir à presidência do conselho. Não
é exercida pelo alto representante.

? Nas reuniões não exerce a presidência

Existência de vários comités que vão preparando e discutindo as reuniões – nomeadamente o


comité dos representantes permanentes e que fazem todas as discussões previas – votações de
decisões que devem ser tomadas pelo conselho e se for possível cheagar a um adecisão a
materia é inserida na ordem do dia e nessa faz.se so a votação dauqlea materia.

Nas matérias que não seja possível chegar a um sentido de decisão e esses são ainda alvo de
discussão pelo ministros antes d ehaver a respetiva votação.

Regras de votação do conselho são variáveis: a maioria não é sempre a mesma

A regra estabelecida desde o tratado de lisboa é por maioria qualificada (embora


anteriormente já era esta a votação que estava mais prevista, mas a MENÇÃO votação regra so
no TL)

Estabelece ainda uma votação por maioria simples ou a da unanimidade – 1 estado um voto –
27 estados membros – implica 14 votos e 27 votos (embora a abstenção não obste à tomada
de decisão.

Como funciona o sistema da maioria qualificada:

Há uma calculadora de votos disponível na internet –

Desde o TL :

As votações por maioria qualificada - a cada estado corresponde um voto

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A maioria qualificada corresponde uma dupla maioria:

1.º temos de obter 55% dos votos dos estados membros e nunca menos 15.

2.º os votos favoráveis correspondam a 65% da população europeia, e para isso temos de
considerar o peso demográfico dos vários estados membros.

Se votarem contra Alemanha, França, Itália e Espanha (corresponde a 57,65% da população


europeia)

Significa que votando 23 a favor e 4 contra – só 42, 35 % da população votou a favor.

Se a Espanha vota a favor – ainda assim 3 estados representam 47,16% da população europeia.

Porém o tratado estabelece que a minoria de bloqueio tem de corresponder a mais de 3


estados.

A minoria de bloquei fosse composta pelo menos por 4 estados.

As maiorias são mais exigentes em determinadas situações - 72%.

Houveram momentos de impasse e a forma de superar foi seguir umas orientações que não
estavam previamente estabelecidas – compromisso do Luxemburgo e de joanina

Compromisso do Luxemburgo – cadeira vazia – França não queria assinar acordos sobre a PAC
– compromisso cujo o valor jurídico ainda hoje é discutível – quando houver uma matéria que
um estado considere que é muito relevante para os seus interesses próprios, esse estado pode
exigir que não seja aprovada uma decisão sobre essa matéria sem o seu aval. Em termos
políticos sempre terá algum valor.

Compromisso de Joanina agora para satisfazer a pretensões do reino Unido (2.º estado mais
populoso) – quando temos as votações no conselho a logica é de que todos os estados tem
direito a um voto. Mas a verdade +é que os estados grandes fiacam prejuduicadaos, e como
com este sistema o reino unido para não ficar prehjudicado

Declaração n.º 7 – um grupo de estados que não queira que uma decisão seja aditada e não
forma a minoria de bloqueia – 55% dos estados ou 55% da população conforme necessário a
obter a minoria de bloqueio – no inglês a tradução é só necessário que se reúnam os 55% para
criar uma minoria de bloqueio.

O que faz o Conselho:

Atribuições:

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1. O conselho intervém no processo de criação da Comissão europeia


2. Função legislativa – que se trata de uma função que apresenta algumas especificidades
em relação aquilo que vemos no desempenho desta função ao nível dos estados
membros – porque não tem poder de iniciativa legislativa.
3. O conselho pode dirigir à comissão para que esta apresenta proposta de ato legislativo
– se a comissão não o fizer deve justiça-lo
4. O Conselho tem um poder grande no quadro do procedimento legislativo – ordinário
(adotado pelo parlamento e pelo conselho) e temos os processos legislativo especiais
(parlamento ou conselho)
5. A função orçamental - aprovação das regras gerais e depois as aprovações do
orçamento em conjunto com o PE.
6. Em termos de vinculação internacional o conselho tem uma atividade relevante
7. A grande função do Conselho é a legislativa – e aqui também se nota uma grande
diferenço face ao Conselho Europeu - o Conselho europeu dá as orientações politicas,
mas quem decide é o Conselho da União europeia.

Comissão Europeia:

É a instituição que representa o interesse geral da União.

Inicialmente o PE não tinha uma eleição direta, o PE, o Conselho e o CE estavam ligados
umbilicalmente aos estados membros e a Comissão aparecia como um órgão mais
independente.

Podemos pensar na comissão em sentido estrito – colégio de comissários

E em sentido mais amplo – com as direções gerai e direções de serviços mais a colégio de
comissários.

O colégio de comissário – quantos membros? Isto é importante porque é uma forma simples
de vermos se abrem o tratado - 17º TFUE – numero de membros correspondente a 2/3 do
numero de estados membros – a comissão europeia representa o interesse geral da União e
não os interesses dos estados membros não é necessário que a comissão seja composta por
um nacional de cada estado membro – temos uma comissão europeia que tem 27 membros.

Logo tem de haver pastas repartidas entre os estados membros – nem sempre com a mesma
visão sobre os assuntos, logo a sugestão do TL era reduzir o n.º de comissários europeus.

Logo em 2008 para facilitar o processo de ratificação do TL o conselho europeu deliberou que
por enquanto não se aplica a regra do art.º 17.º, salvo se houver uma decisão em contrario do
conselho europeu. – são 27 porque são 27 os estados membros – os que só forem abrir o
tratado vão dizer que são 2/3 do numero dos estados membros. No entanto, como houve
decisão contraria do Conselho Europeu os membros são 27 - Decisão do Conselho Europeu
2013/272 de 23 maio de 2013.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Os Comissários têm de manter:

Independência face a governos nacionais – os comissários não devem dizer que estão lá para
defender os interesses nacionais. E esta independência deve dar-se após o mandato – não
pode ter nenhum cargo nacional, não pode receber ordens desse estado membros, não pode
desempenhar qualquer função publica ou privada ainda que não remunerada. Neste momento
tem de haver uma autorização de exercício de funções após a cessação do seu mandato
–Decisão da Comissão com base num parecer de comité de ética independente – sem este
parecer positivo poderá perder os direitos de reforma.

Empenhamento europeu – alguém que tenha espirito conforme o processo de integração


europeia.

Competentes - devem ser pessoas competentes

Como são designados:

Iniciam-se com as eleições para o PE, de pois o CE deliberando por maioria qualificada vai
propor uma personalidade e essa personalidade há-de ser votada pelo PE pela maioria dos
votos. Se rejeitada o CONSELHO EUROPEU TEM DE INDICAR OUITRA.

Antes destas eleições para o PE nos tivemos nas anteriores em que acabou per ser leito o
presidente Junker – tivemos a existência de candidatos A presidência da comissão europeia -

Nas eleições houveram no ano passado foram apresentados os candidatos, mas como depois
como o PE ficou com uma constituição mais fragmentada foi-se buscar uma candidata que não
era candidato – esclarecer e fomentar a ligação dos cidadãos ao processo eleitoral – para que
os cidadãos entendem que quando estão a escolher a composição do PE estão também a
escolher o presidente da comissão europeia.

alto representante – este é um membro cuja nomeação foge um pouco a regra, mas também
há de estar presente na comissão europeia e que depende do conselho europeu que também
pode demitir o alto representante.

Escolher uma lista de candidatos a comissários europeus vão ser escrutinados pelo PE.

O mandato é de 5 anos quase coincidente com o mandato do PE.

Pode terminar o mandato:

1- Cessação coletiva no caso de emoção de censura à Comissão pelo PE


2- cessação individual do mandato dos comissários europeu e 247.º TFUE
3- demissão por vontade do comissário, morte do comissário,
4- a pedido do presidente da comissão europeia – 17/6 TUE – não pode ser nomeado
comissário sem o parecer do presidente da comissão europeia - também é o
presidente que faz a distribuição das pastas e responsável pela orientação politica do
presidente da Comissão europeia. 17/6 TUE

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

5- demissão compulsiva – decretada pelo Tribunal de Justiça a pedido da comissão ou do


conselho no caso de deixar de preencher determinados requisitos necessários ao
exercício das suas funções – como seja o requisito da independência.

Note-se que, caso a demissão se verifique no fim do mandato, poderá não ser substituído o
comissario.

Esta matéria não se presta a casos práticos.

06/11/2020

Nomeação dos membros da Comissão:

Em principio compete ao Conselho de Assuntos Gerais – a nomeação dos membros que se


pretendem que sejam comissários, porem no ultimo processo de designação da comissão foi
aprovado primeiro por este conselho e depois pelo conselho de negócios estrangeiros – alto
representante que preside ao conselho de negócios estrageiros – federica mogherini – situação
excecional. O facto de uma decisão que aparentemente foi tomada sem ser a mais adequada
não invalida o ato – porque em qualquer das situações estamos sempre a falar do Conselho.

Quais são as funções da Comissão Europeia:

Instituição muito relevante:

função de iniciativa – traçar os grandes planos de ação da EU, e ainda a

função de iniciativa legislativa – acontece na generalidade das matérias

função de revisºao dos tradados . inicio do processo mas com poder mais limitado ou diluído,
porque este processo vai depender sempre os EM e estes têm sempre o poder de iniciar o
processo de revisão

função orçamental – o orçamento é aprovado pelo PE e pelo Conselho mas o projeto de


orçamento é elaborado pela Comissão que também participa nos trabalhos de preparação do
orçamento

A execução do orçamento é cometida à Comissão

Função normativa – os tratados preveem certas normas que devem ser adotadas pela
Comissão, é uma função não legislativa, fundem-se num próprio tratado e não legislativo. A
comissão naõ adota atos legislativos.

Adoção de atos normativos de dois tipos:

delegados art.º 290.º - parlamento e conselho entendem por razões praticas, que
determinada matéria passe a ser disciplinada pela Comissão Europeia – o Parlamento e o
Conselho que têm a função legislativa consideram que deveriam adotar uma lei sobre a

14
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

matéria x, mas delegam na Comissão (não se confunde com uma autorização legislativa da AR
ao Governo, pois esta esgota-se com a sua utilização).

atos normativos de execução 291.º - são regulamentos administrativos em sentido mais


habitual, em principio quem tem de adotar os atos legislativos da UE são os Estados Membros
– logo se este poder de execução for deixado aos EM teríamos soluções distintas – assim
sempre que é necessária a uniformidade é delegada à Comissão que pode a dotar esses atos –
direito terciário.

direito primário - dos tratados – no fundo equivale à constituição da EU em sentido material


(formal nem sempre) – direito originário

direitos secundário – atos legislativos

direito terciário – atos normativos – destacam os tais atos normativos delegados e os de


execução

A EU constituída por tratados internacionais – não é um estado – só pode atuar nas matérias e
como poderes que os EM - principio da atribuição - este principio esta para a EU como o
princípio da especialização está para as pessoas coletivas.

O parlamento tem o mecanismo da moção de censura: se o PE considera que a comissão não


esta a dar os impulsos necessários pode aprovar a moção de censura.

Função executiva da Comissão: a comissão pode adotar atos administrativos – politica da


concorrência, será a comissão que vai apreciar se pode haver concentração de empresas no
mercado.

Execução dos fundos comunitários.

A União desde o TL gozavam de personalidade jurídica internacional – quando falamos de ação


externa da União europeia falamos em sentido lato – politica comercial da união – preço da
banana do brasil quando entre na União.

Politica externa e de segurança comum – tem normas especificas onde a preponderâncias cabe
ao conselho e ao Conselho europeu, e ao alto-representante (GARANTE DA COERENCIA DA
AÇÃO EXTERNA DA UNIÃO EUROPEIA) presidente do conselho nos negócios estrageiros (figura
hibrida – participa nos trabalhos do conselho … e é Vice presidente da Comissão (matérias
gerais – convecções

Em principio nos termos do art.º 18 quem autoriza é o conselho quem negoceia é a comissão.

15
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Função do controlo – muito relevante – a Comissão europeia é a guardiã dos tratados –

Em que é que se analisa: poder de vigiar económica e orçamental dos EM suspensão ou


derrogação da aplicação de regras de liberdade de circulação

Ao longo do processo de integração europeia o vetor principal era essencialmente económico –


ver declaração de Shuman – criando solidariedades de facto, de forma que se gerem tantas
interdependências entre os EM. Neste quadro de uma politica económica num sentido muito
amplo temos o direito da concorrência, onde termos normas especificamente dirigidas às
empresas – proibição do abuso da posição dominante.

Compete à comissão ir fiscalizando o comportamento das empresas para verificar se estas


regras são cumpridas.

A comissão também tem um poder de controlo de outras instituições – na verdade a Comissão


não controla as instituições, pode controlar os atos das outras instituições – legitimidade
processual ativa para impugnar os atos adotados pelo parlamento e pelo conselho – junto do
tribunal de justiça da união europeia.

Não menos importante – temos a ação por incumprimento – a comissão também goza de
legitimidade processual ativa como tem ainda um poder de dirigir a fase pré contenciosa –
pode investigar se o estado esta ou não a assegurar o direito da união europeia – atraso na
transposição de uma diretiva – a resposta dos estados é apreciada e se se for o caso de
considerar um incumprimento recorre ao tribunal de justiça da união europeia o qual pode
adotar sanções contra o EM

16
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

O conselho é responsável por definir as orientações politicas da União Europeia.

1. Questão
Que instituições eram partilhadas inicialmente pelas 3 comunidades pela CECA CEE e
EUROTOM
ASSEMLBLEIA E TRIBUNAL - V
CONSELHO E TRIBUNAL
CONSELHO E A ALTA AUTORIDADE so com a trtado de 65

2. QUEM FORAM OS FUNDADORES da CECA –


Reino unido Itália frança Espanha e RFA
RDA ITALIA FRANCÇA JUXEMBURGO OAISES BAIXOS E BELGICA
RFA ITALIA FRANÇA LUXEMBURGO PAISES BAIXOS E BELGICA V

3 – ANO DE ADESAO DE PORTUGAL – 1986


4 A ANA +E PORTIGUESA E RESIDE EM ESPANHA
PODE VOTAR EM PORTUGAL? Sim
Pode ser eleita por Portugal? Pode
Pode votar em Espanha? Pode desde que não vote em Portugal
Pode ser eleita por Espanha? Sim desde que não seja eleita por Portugal
Ela é portuguesa, reside em Espanha e esta de ferias em Itália – não pode votar em
Itália – o no estado de nacionalidade ou no estado de residência

A EU surgiu com i tratado de Maastricht quanto a personalidade jurídica? Não, as


comunidades tinham personalidade jurídica a EU ficou um pouco no limbo.
Que tratado atribui poder legislativo ao PE?
Tratado Maastricht

A cidadania europeia foi atribuída pelo Tratado Maastricht

17
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

O tratado de Amesterdão vigorou por muito tempo. Não, só vigorou entre 1997 a
2003
O TA foi importante para a EU porque atribuiu força vinculativa à carta dos direitos
fundamentais: não
Foi importante para os direitos fundamentai porque consagrou pela primeira vez a
vinculação da UE aos direitos fundamentais

A carta dos direitos fundamentais foi proclamada pelo tratado de Nice mas não lhe
foi atribuída com força vinculativa
Só teve força vinculativa com o tratado de lisboa

O conselho europeu não pode adotar atos vinculativos – o conselho europeu esta
proibido de adotar atos legislativos, mas não atos vinculativos – quando nomeia uma
personalidade o ato é vinculativo.

O Comité das regiões é composto por quaisquer pessoas designadas pelo conselho –
não têm de ser membros eleitos das autarquias locais.

Frequência às 14:15h

A pirâmide jurídica da EU

As Fontes

Direito originário ou primário - vértice superior da pirâmide normativa – alguna autores


chamam-lhe a constituição –

1. Tratados constitutivos – Paris, Roma e Maastricht


2. Mas também os tratados de revisão (global- AUE – OU Nice) como sejam os parcelares
– (tratado de Bruxelas – tratado de fusão).

Bem assim os protocolos e anexos aos tratados – art.º 51.º

3. Com o TL a carta passa a ter força vinculativa e a ter a mesma força vinculativa dos
tratados.

Artigo 51. o
Os Protocolos e Anexos dos Tratados fazem deles parte integrante.
Art.º 6.º n.º 1 TUE

18
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

4. A Carta de direitos fundamentais


Artigo 6. o
(ex-artigo 6. o TUE)
1. A União reconhece os direitos, as liberdades e os princípios enunciados
na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, de 7 de dezembro
de 2000, com as adaptações que lhe foram introduzidas em 12 de
dezembro de 2007, em Estrasburgo, e que tem o mesmo valor jurídico que
os Tratados.
De forma alguma o disposto na Carta pode alargar as competências da
União, tal como definidas nos Tratados.
Os direitos, as liberdades e os princípios consagrados na Carta devem ser
interpretados de acordo com as disposições gerais constantes do Título VII da Carta
que regem a sua interpretação e aplicação e tendo na devida conta as anotações a
que a Carta faz referência, que indicam as fontes dessas disposições.

5. Art.º 341.º TUE – as sedes das instituições comunitárias são fixadas de comum acordo
pelos governos de estados membros – também é um ato de direito originário

6. Decisões do Conselho Europeu quanto ao número de membros da EU.

Como se soluciona o conflito entre normas de direito originário – será o tratado posterior a
afastar as normas do tratado anterior – n.º de juízes do tribunal de justiça.

Direito derivado ou direito secundário

A distinção faz-se por fonte formal – normas criadas por estados membros através de tratados

O derivado é o criado pelas instituições comunitárias nos termos previstos no direito originário

No direito da EU vigora o principio da atribuição – art.º 5.º do TUE

Artigo 5. o
(ex-artigo 5. o TCE)
1. A delimitação das competências da União rege-se pelo princípio da atribuição. O
exercício das competências da União rege-se pelos princípios da subsidiariedade e
da proporcionalidade.

2. Em virtude do princípio da atribuição, a União acua unicamente dentro dos


limites das competências que os Estados-Membros lhe tenham atribuído nos

19
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Tratados para alcançar os objetivos fixados por estes últimos. As competências


que não sejam atribuídas à União nos Tratados pertencem aos Estados-Membros.

Este princípio da atribuição permite aferir que a EU ainda não é um Esatdo, porque o estado
fica os seus direitos.

Assim, cada ato de direito derivado só pode existir se encontrar previsão nas normas do
tratado – bases jurídicas ou bases legais – daí a aparecer nos atos derivados a remissão à base
jurídica por ex.: “ considerando o artigo do Tratado, estabelecem o seguinte:….”

Indicam nomeadamente:

Indicam a matéria em que podem agir

Que órgão ou instituições podem atuar

O tipo de ato que a EU pode adotar.

Mas nem todas as normas do tratado são bases jurídicas.

Artigo 47. o
(ex-artigo 41. o TCE)
Os Estados-Membros devem fomentar, no âmbito de um programa comum,
o intercâmbio de jovens trabalhadores.

Não temos aqui uma competência da União temos aqui uma definição de
conduta pelos estados membros.

Artigo 48. o
(ex-artigo 42. o TCE)
O Parlamento Europeu e o Conselho, deliberando de acordo com o
processo legislativo ordinário, tomarão, no domínio da segurança social, as
medidas necessárias ao estabelecimento da livre circulação dos
trabalhadores, instituindo, designadamente, um sistema que assegure aos
trabalhadores migrantes, assalariados e não assalariados, e às pessoas que
deles dependam:

Aqui já temos uma base jurídica

Artigo 18. o
Os juízes e os advogados-gerais não podem exercer funções em causa em
que tenham intervindo anteriormente como agentes, consultores ou
advogados de uma das partes, ou sobre que tenham sido chamados a
pronunciar-se como membros de um tribunal, de uma comissão de
inquérito, ou a qualquer outro título.

20
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Se, por qualquer razão especial, um juiz ou um advogado-geral considerar


que não deve intervir em determinada causa, deve comunicar o facto ao
Presidente. Se o Presidente considerar que um juiz ou um advogado-geral
não deve, por qualquer razão especial, intervir em determinada causa ou
nela apresentar conclusões, disso informa o interessado.
Em caso de dificuldade na aplicação deste artigo, o Tribunal de Justiça
decide.
As partes não podem invocar a nacionalidade de um juiz, nem o facto de
nenhum juiz da sua nacionalidade integrar o Tribunal ou uma das suas
secções, para pedir a alteração da composição do Tribunal ou de uma das
suas secções.

O primeiro paragrafo deste artigo:

Norma do tratado com sentido material, mas não base jurídica.

Mas o 2.º parágrafo do artigo 18.º já é uma base jurídica.

Nem sempre a União tem os poderes necessário para agir -

O conselho tomando por base o artigo 48.º do TFUE, adotou um regulamento que modifica O
SISTEMA DE CONTRIBUIÇÕES DE segurança social, proíbe os cidadãos polacos de receber as
prestações sociais no seu país de origem. Quid iuris.

Um dos aspetos a que temos de atender do ponto de vista material ou substancial desrespeita
o direito previsto no tratado – como seja o principio da discriminação em função da
nacionalidade.

Seja relativamente a aspetos formais - competência da união e das instituições o processo de


decisão e a forma do ato

Mas também quanto aos aspetos ,materiais e substancias – este ato desrespeito principio da
discriminarão consagrado no at.º 18.º do TFUE e 45.º do TFUE

Assim o direito originário também é parâmetro de validade do direito derivado, vala também
quanto aso aspetos materiais – daí o ato seria inválido – art,º 18.º e 45.º do TFUE

Também o Conselho não poderia atuar sozinho.

Devemos verificar sempre a competência, o processo a forma, a decisão (maioria,


unanimidade…) e aspetos materiais

21
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Temos por um aldo limites que suavizam os limites do tratado:

O TJUE enm regra utiliza uma interpretação teleológica que facilita a abertura a uma extensão
das competências comunitárias – entende que estamos num processo de integração e como
processo que é enetende que as bases jurídicas sejam entendidas num senido amplo.

Temos tambe mecanismos de integração de lacunas do direito originário.

- atribuição de poderes á União Europeia

1.º na verdade +parece hoje pacific admin«ir-se a integração de lacunas – permite-se a atuação
da unão em ceros docinios:

3 mecanismos distinto

Unidade de sentido imanente aos tratados – já não é muito aplicado – tratava-se de considerar
que tínhamos 3 comunidades distintas baseadas em 3 tratados distintos, mas que se
complementavam.

A CEE podia intervir em determinada matéria mas que a CECA não podia intervir – Ex.
circulação de trabalhadores – mas considerou-se que havia uma unidade entre os dferentes
tratados constitutivos, logo podemos procurara uma base jurídica de um tratado que nos
permita atuar no âmbito do outro tratado.

De qualquer forma, hoje não há muto sentido neste sentido de integração de lacunas – porque
a CECA já se extinguiu e também não faz sentido integrar os tratados da união europeia que já
esta muito desenvolvido com o tratado da EUROTOM.

Principio da competência de poderes implícitos – Esta em causa um principio que merece um


acolhimento mais generalizado e que dispõe que uma organização deve dispor dos meios mais
convenientes á prossecução dos seus fins.

Está implicitamente contido neste mesmo tratado

AETR. C-20/70 – admitiu o principio das competências implícitas e o acolheu nu paralelismo de


competências – ao tempo as comunidades tinham competências para intervir ao nível dos
transportes. A EU quis celebrara um tratado internacional sobre esta mesma materia – estamos
em 1970, camião de Espanha para França – o que se discuti aera se a EU podia intervir nesta
matéria, porque não estava consagrada a competência para celebrara os acordos
internacionais nesta matéria – a decisão do TJUE veio admitir que para que se pudesse avançar
com esta matéria em termos internos era necessário obviar que cada estado membro fosse
celebrara tratados individualmente sobre essa matéria. Assim a união para que possa ter esta

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

competência interna é necessário que tenha também esta competência externa – assim estaria
lá implícita a competência externa.

O TL veio acolher - art.º 3.º

Artigo 3. o
(ex-artigo 2. o TUE)
1. A União tem por objetivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar
dos seus povos.
2. A União proporciona aos seus cidadãos um espaço de liberdade,
segurança e justiça sem fronteiras internas, em que seja assegurada a livre
circulação de pessoas, em conjugação com medidas adequadas em matéria
de controlos na fronteira externa, de asilo e imigração, bem como de
prevenção da criminalidade e combate a este fenómeno.
3. A União estabelece um mercado interno. Empenha-se no
desenvolvimento sustentável da Europa, assente num crescimento
económico equilibrado e na estabilidade dos preços, numa economia social
de mercado altamente competitiva que tenha como meta o pleno emprego e
o progresso social, e num elevado nível de proteção e de melhoramento da
qualidade do ambiente. A União fomenta o progresso científico e
tecnológico.
A União combate a exclusão social e as discriminações e promove a justiça
e a proteção sociais, a igualdade entre homens e mulheres, a solidariedade
entre as gerações e a proteção dos direitos da criança.
A União promove a coesão económica, social e territorial, e a solidariedade
entre os Estados-Membros.
A União respeita a riqueza da sua diversidade cultural e linguística e vela pela
salvaguarda e pelo desenvolvimento do património cultural europeu.

Os poderes subsidiários- art.º 352 – Base especial ou especialissima – Tem carater geral mas
não vale para a PESC.

Artigo 352. o
(ex-artigo 308. o TCE)
1. Se uma ação da União for considerada necessária, no quadro das
políticas definidas pelos Tratados, para atingir um dos objetivos
estabelecidos pelos Tratados, sem que estes tenham previsto os poderes
de ação necessários para o efeito, o Conselho, deliberando por

23
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

unanimidade, sob proposta da Comissão e após aprovação do Parlamento


Europeu, adotará as disposições adequadas. Quando as disposições em
questão sejam adotadas pelo Conselho de acordo com um processo
legislativo especial, o Conselho delibera igualmente por unanimidade, sob
proposta da Comissão e após aprovação do Parlamento Europeu.

2. No âmbito do processo de controlo do princípio da subsidiariedade


referido no n. o 3 do artigo 5. o do Tratado da União Europeia, a Comissão
alerta os Parlamentos nacionais para as propostas baseadas no presente
artigo.
3. As medidas baseadas no presente artigo não podem implicar a
harmonização das disposições legislativas e regulamentares dos
Estados-Membros nos casos em que os Tratados excluam tal
harmonização.
4. O presente artigo não pode constituir fundamento para prosseguir
objetivos do âmbito da política externa e de segurança comum e qualquer
ato adotado por força do presente artigo deve respeitar os limites
estabelecidos no segundo parágrafo do artigo 40. o do Tratado da União
Europeia.

Temos de olhar para os aspetos procedimentais – exigência de intervenção da comissão, PE e


Conselho – decorre do processo legislativo ordinário, mas neste caso o conselho tem de
deliberar por unanimidade, mas não há regra para a votação pelo PE – O Conselho espelha os
interesses do estado daí a unanimidade mas o art.º 352.º não é uma revisão dos tratados mas
fica próximo – o respeito pelo direito não se faz só nos tribunais, os tribunais não são as
instancias adequadas para aspetos procediemntais e políticos.

O art.º 352.º expõe um poder que não esta nos tratados mas expõe uma lacuna – assim os
estados membros que são os donos dos tratados, tenham de concordar com o ato que se baeia
no art.º 352.º - daí a exigência do conselho mas já não a mesma exigência para o PE.

Este artigo 352.º tem limites materiais:

1.º a ação da EU tem de ser considerada necessária, para atingir um dos objetivos previstos nos
tratados, isto significa que eu não posso através do artigo 352.º alargar as politicas da EU. Não
pode ser realizado para os fins previstos no n.º 1 doa artigo 3.º TUE, uma vez que este é um
objetivo demasiado genérico.

Artigo 3. o
(ex-artigo 2. o TUE)
1. A União tem por objetivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos
seus povos

2.ºmão pode servir para a PESC

3.º Não pode servir para alterar normas do tratado, só se aplica quando não há previsão no
tratado

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

O tribunal de justiça da EU veio dizer quanto aos limites materiais – que a sua utilização tem
sempre de …

Quando estes mecanismos de integração de lacunas não são suficientes só resta a possibilidade
de revisão dos tratados.

Atribuição dos vistos GOLD – ganha o direito de residência em Portugal – e por força disso pode
circular na EU

Assim a EU quer adotar um regulamento de atribuição de nacionalidade do estado membros –


pode atuar? Não porque a atuação da EU esta limitada pelo principio da atribuição. a eu só
atua se os estados através do tratados lhe tenham atribuído esses poderes. não há nada nos
tratados que lhes permite inetrgfr na nacionalidade

O MECANISMO DOS PODERES SUBSIDIARIOS NÃO SERVE porque olhando para o 352.º - porque
se a EU passasse a definir os nacionais dos estados membros teríamos um aprofundamento do
processo de integração.

Os mecanismos de revisão do tratado – artigo 48.º do TUE

N.º 1 A 5 – processo de revisão ordnario

n.º 6 um dos processos de revisão simplificada

n.º 7 poutro processo de revisão simplificada

O dr. Gorjão identifica 4 fases:

Fase de iniciativa – momento da proposta de revisão dos tratados. pode ser apresentado por
um governo de um EM pelo PE ou pela Comissão e apresentam-no ao Conselho

O conselho envia ao Conselho europeu e enviar ao EM

Os parlamentos nacionais mais cedo ou mais tarde vão pronunciar-se sobre ele

Fase institucional - conselho consulta PE e Comissão e toma uma decisão preliminar se a


revisão avança ou não avança

Se avançar . Cria uma convecção onde participam…

Fase convencional – até chegarem ao texto final do tratado

Se conseguirmos chega ao acordo – previste n.º 4 doa artigo 48.º

Fase estadual – cada estado membro tem de ratificar o tratado de revisão – n.º 5 do artigo 48.º

25
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

So entra em vigor se todos os estados membros ratificarem o tratado. O conselho europeu não
pode obrigar os em a ratificar os tratados.

Neste momento a revisão pode ser no sentido de integração, mas também pode ser no sentido
de regredir as competências atribuídas à União.

Se haverá certas matérias que não possam ser modificadas – discute-se também se pode haver
revisão dos tratados que não siga este artigo 48.º?

Na verdade, pode haver alteração mesmo em desrespeito dos tratados anteriores .de qualquer
forma os estados não terão muto interesse em fugir às regras do artigo 48.º. eventualidade de
serem sancioanados – o poder das instituições é um poder de consulta

20/11/2020

Direito originário

Revisão simplificada dos tratados

n.º 6 art.º 48 decisão do conselho europeu – ou sej anao basta a fase comunitário depoisha
uma fase de aprovação em cada um dos estados membros

n.º 7 do art.º 48 – alteração da regra de votação do conselho – de unanimidade para


qualificada ou alteração do processo de decisão – (ato legislativo especial passe para ato
leislaivo ordinário)

a decisão cabe ao Conselho europeu deliberando por unanimidade, após aprovação pelo PE -
Maioria dos membros que os compõem e não maioria dos votos expressos como é mais
comum). Necessita que não haja oposição por parte do parlamentos nacionais – espécie de
decisão provisoria e apenas se nunhum dos parlamentos nacionais se opuser a decisão pode
tornar-se definitiva e a revisão operar. Se houver oposição od parlmanetos nacionais ela já não
poderá operar.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

n.º 6 e n.º 7 nestes processo temos sempre a intervenção dos espados membros e sempre
uma intervenção das instancias nacionais (n.º 7 parlamentos e n.º 6 normas internas requeiram
a intervenção dos parlamentos nacionais proque o que vai disciplinar é o direito)

Direito derivado – quando pensamos na Ordem jurídica pensamos nos tratados e depois no
direito derivado – desde o TL que se estabeleceu um critério entre atos legislativos e atos não
legislativos – processo de decisão – atos legistlativos os que foram aprovados atrvés de um
processo legislativo prdinario ou especial e atos naõ legislativos os que dofrem adotados por
outra forma.

Olhando para regulamento diretiva ou decisão – podem ser legislativas ou não legislativas

Quando pensamos na ordem jurídica interna, uma lei é sempre um ato legislativo.

O critério a nível nacional é a forma, na EU é o processo de decisão.

Ato legislativo – ato de natureza regulamentar (regulamento enquanto forma pode ser
legislativo ou não legislativo) que o complementa de natureza não legislativa

Em matéria de ambiente temos uma diretiva relativa à proteção de zonas húmida, depois
temos um ato de execução para que determinada zona seja digna de proteção e depois vamos
ter o ato administrativo – decisão individual e concreta a ser tomada.

Quando pensamos na OJ interna há um critério de validade, regulamento tem de respeitar a lei


e a lei a CRP

Na EU temos atos não legislativos que se baseiam imediatamente no tratado – não precisamos
de ter uma lei pelo meio como no direito interno.

Entre os atos não legislativos que se baseiam diretamente no tratado e os atos legislativos que
se baseiam no tratado, será menos frequente as situações de conflito – em regra eles não
incidirão sobre a mesma matéria porque é o próprio tratado que evita grande parte do conflito,
porque menciona quem vai intervir e de que forma. Por força do principio da atribuição o
legislador comunitário, porque qualquer ato tem de estar previsto nos tratados e os estados
membros têm de estar de acordo quanto a isso. O legislador comunitário tem sempre de se
basear nos tratados, se não tiver determinada matéria nos tratados como passível ser objeto
de legislação, o legislador europeu não pode legislar.

Caso 2 – bases jurídicas do tratado e ver se estabelecem a adoção de um ato legislativo ou não
legislativo

Art.º 78 n.º 3 TFUE

3. No caso de um ou mais Estados-Membros serem confrontados com uma


situação de emergência, caracterizada por um súbito fluxo de nacionais de

27
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

países terceiros, o Conselho, sob proposta da Comissão, pode adotar


medidas provisórias a favor desse ou desses Estados-Membros. O
Conselho delibera após consulta ao Parlamento Europeu.

O que o tratado estabelece é este processo de decisão –parece muito próximo a um processo
legislativo especial.

Se virmos o 289.º n.º 2 -


2. Nos casos específicos previstos pelos Tratados, a adoção de um
regulamento, de uma diretiva ou de uma decisão pelo Parlamento Europeu,
com a participação do Conselho, ou por este, com a participação do
Parlamento Europeu, constitui um processo legislativo especial.

O tjue só são atos legislativos aqueles que sejam identificados como atos legislativos

2. Para efeitos do n. o 1, o Parlamento Europeu e o Conselho,


deliberando de acordo com o processo legislativo ordinário,
adotam as medidas relativas a um sistema europeu comum de asilo
que inclua:

Neste sim temos a referência a to legislativo

Se o tratado não referir que é um ato legislativo, logo não é um ato legislativo.
Resolver as outras hipóteses para a próxima aula.

Caso 1
Regulamento 492/2011

28
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Qual foi o processo de decisão – onde procurar – dever de referir a base jurídica (art.º 296.º 2.º
paragrafo). nos tratados, temos de ir à base jurídica – dever de referir sempre a base jurídica –
“tratado art.º 46.º TFUE) – O PE e o conselho deliberando com base em processo legislativo
ordinário.

Logo é um ato legislativo.

Processo legislativo ordinário – disciplinado no TFUE – 289.º

Artigo 289. o
1. O processo legislativo ordinário consiste na adoção de um
regulamento, de uma diretiva ou de uma decisão conjuntamente pelo
Parlamento Europeu e pelo Conselho, sob proposta da Comissão.
Este processo é definido no artigo 294.º.

Artigo 294. o
(ex-artigo 251. o TCE)
1. Sempre que nos Tratados se remeta para o processo legislativo
ordinário para a adoção de um ato, aplicar-se-á o processo a seguir
enunciado.
Aspetos mais pertinentes – processo legislativo ordinario – proposta da Comissão sem
necessidade de auscultar outras entidades.

“pedido de parecer do Comité Economico soaci – para já vamos esquecer esta parte do
exercício)

29
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

A Comissão elabora proposta de ato legislativo e proposta esta que tem se r fundamentada
– proque é que a união deve legislar sobre aquela materioa.

Esta proposita é enviada aos parlamentos nacionais – em 1º lugar os parlamentos


nacionais devem acompanhar o processo legislativo da EU.
Mas também cabe aos parlamentos nacionais verificar o principio da subsidiariedade –
temos competências exclusivas, partilhadas ou concorrentes (competências paralelas,
competência de coordenação.
Nas competências exclusivas só a EU pode agir – para os estados membros que a moeda é
euro os estados perderam a intervenção neste domínio e o EM só podem atuar se
permitido pela EU.
Depois temos as competências de coordenação em que essencialmente existem
mecanismos que permitem que os EM comuniquem entre si e com a EU as politicas que
cada um deles decidiu implementar – de tal modo que a politica de um seja contraditória
com a politica de outro EM.

Competências partilhadas pertencem tanto aos EM quanto à EU, Tanto a EU como EM


podem intervir – se a EU e EM pudessem agir ao mesmo tempo seria grade confusão com
vários conflitos normativos. Assim o seu exercício em cada momento só vai caber a um
deles. Daí que nestas competências partilhadas ou atua em determinado momento a EU
ou o EM.
Se quisermos saber o ruido que cada carro pode fazer, ou atua a EU ou atua o EM.
O principio da subsidiariedade vem precisamente solucionar esta situação. – art.º 5.º n.º 3
do TUE
Tem de ser expectável que a atuação da EU beneficie com a sua atuação face aos estados
membros.

Este principio da subsidiariedade tem 2 pressupostos:

1. A ação dos EM não é suficiente .


2. A atuação da UE tem de trazer algum beneficio.
Assim a EU só atua se for necessário. Caberá em regra aos Estado fazê-lo.

Este principio é juridico!


O TJ reconhece uma apreciação ás instituições comunitárias –
Por os tribunais a controlar um determinado principio jurídico é complicado, assim criam-se
procedimentos nos atos.
Por isso os parlamentos nacionais são chamados a ser ouvidos sobre uma proposta de atos
legislativo da EU – Para que possam dizer se é ou não a intervenção comunitária sobre aquela
matéria, se consideram que os EM não estão a conseguir a alcanças os objetivos e se a atuação
da EU é necessária para conseguir alcançar este objetivo.

30
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Os parlamentos recebem a proposta e têm 8 semanas para avaliarem se respeita o principio da


subsidiariedade.

Se considerarem que há um desrespeito os parlamentos nacionais têm de elaborar um parecer


fundamentado - este parecer tem direito a um voto (no caso português só temos a AR mas há
países que têm 2 camaras (pode haver um voto contra e um voto a favor, uma formula parecer
fundamentado e outra não formula, por isso é que cada estado tem 2 votos)

A partir das 8 semanas contam-se os pareceres formulados e se este numero for significativo
não implica a não adoção do ato.

Se 1/3 for contra, a proposta tem de ser reanalisada pela Comissão. Que pode retirar a
proposta, alterá-la ou mante-la – tem é de fundamentar)

Porém se o numero de pareceres fundamentados corresponder à maioria simples dos votos – a


Comissão tem novamente de reanalisar a sua proposta e pode uma vez mais pode manter a
proposta tal como inicialmente (também pode altera-la ou retira-la). Mas se a proposta se
mantiver á uma tramitação especial eles têm de analisar se o principio da subsidiariedade está
a ser respeitado. Se a proposta for incompatível com o principio da subsidiariedade o processo
legislativo decorre com normalidade – parlamentos nacionais não têm direito de veto sobre o
processo legislativo da EU.

Notem ainda que estas decisões que a comissão toma tem também com ponderações politicas.

A Comissão formula a sua proposta e envia também ao PE e ao Conselho, mas a Comissão não
perde a sua iniciativa relativamente à proposta que formulou quando a envia:

1.º o conselho só pode desviar-se da proposta da comissão deliberando por unanimidade (a


regra é a da maioria qualificada, mas aqui não sucede assim – protegendo os estados que estão
minoria)

31
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Antes que o Conselho vá deliberar a Comissão pode modificar a sua proposta – porque só
quando houver acordo entre o PE e o Conselho é que o ato esta aprovado.

Podemos ter um consenso entre o PE e o Conselho, mas que não condiz com a proposta da
Comissão.

O PE considera a proposta da comissão excessiva e na verdade todos os membros do Conselho


com a exceção da Itália, concordam com a medida – acontece que a proposta da comissão
aplicava-se a todo o dia e o conselho quer que seja só durante a manha, mas como Itália esta
contra o ato não seria adotado.

A proposta do Conselho já pode ser aprovada por maioria qualificada – se não houver alteração
da proposta da Comissão.

Se a Comissão retira a sua proposta o ato já não vai ser adotado.

Mas se pode retirar a sua proposta porque não concorda com o sentido legislativo que o ato
esta a tomar? O TJUE que este poder de retirar a proposta não pode significar um direito de
veto. Se retira a proposta a posição tem de ser fundamentada. Refere ainda que, se a alteração
do PE e conselho contraria a proposta a Comissão tem o direito de retirar a proposta.

Estabelece ainda uma outra nota importante – o TJUE não diz que a Comissão não pode retirar,
mas dá nota de que as instituições devem cooperar.

Fases que visam o acordo entre o PE e o Conselho:

Fase da primeira leitura pelo PE – aprova a proposta ou propõe alterações ou rejeita

Primeira leitura pelo Conselho – o conselho vai ler a proposta da comissão mas vai ler a
proposta do PE na primeira leitura – logo vai atender sobretudo á posição do PE, de todo o
modo o conselho vai também poder não concordar com a proposta do PE e pode ainda rejeitar
a proposta, mas pode aprovar a posição do PE (com ou sem alterações do PE à proposta da
Comissão)

Se houver divergência com a proposta da Comissão tem de ser aprovada pelo Conselho por
unanimidade, se for sem alterações à proposta da Comissão o ato é adotado por maioria
qualificada.

Se o Conselho não concorda com a +proposta da comissão vai propor alterações que vai enviar
para o PE.

Se o PE em segunda leitura concordar com as alterações do conselho o ato é adotado.

O PE também pode propor propostas de alterações à proposta do Conselho e esta nova


proposta é submetida ao Conselho e à Comissão

32
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Fase do Comité de conciliação – vão reunir-se representantes do Conselho e do PE – 27


deputados ao PE, Este comité vai discutir o ato no máximo de 6 semanas, se este comité
conclui que as posições estão muito distantes, não adota o projeto comum e termina o ato
legislativo.

Se for aprovado o projeto Comum, esta proposta é remetida para o Conselho e PE para a
terceira leitura – e aqui o Conselho já vota por maioria qualificada.

27/11/2020

33
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Caso 1

- Os regulamentos (288º) são atos de natureza geral, aplicando-se a todos os sujeitos


de direito internacional dentro do seu âmbito, sejam eles estados, pessoas coletivas ou pessoas
singulares.

- O regulamento é obrigatório em todos os seus elementos - os EM não gozam de


adaptar o regime do regulamento às suas especificidades, deve ser adotado da mesma forma
em todos os EM.

- O regulamento em princípio terá um grau de densidade normativa que já discipline o


setor sobre o qual se debruça. Isto não significa que não possa remeter para os EM ou para
outras instituições ou atos de DUE a adoção de algumas normas que o
complementem/desenvolvam, mas, em regra, o regulamento já estabelece toda a disciplina
daquele regime jurídico, por contraposição àquilo que se verifica com as diretivas. Esta
característica não é posta em causa no caso prático, mas a própria norma do regulamento tem
densidade suficiente para nos dar solução ao caso.

- Os regulamentos gozam de aplicabilidade direta - significa que a partir do momento


em que o regulamento vigora na ordem jurídica comunitária, ele vigora também, sem
necessidade de qualquer ato de receção, na ordem jurídica interna e pode, e deve, por isso
mesmo, ser aplicado pelos tribunais e pode e deve ser respeitado pelos sujeitos jurídicos, sem
que seja necessário que a questão seja discutida em tribunal.

Esta aplicabilidade direta dos regulamentos é admitida pela nossa constituição no art.º
8º, nº3.

Regulamento de carater geral – vinculam todos os sujeitos – estados ou pessoas coletivas ou


individuais de direito publico ou de direito privado – esta característica do regulamento é
pertinente para a resolução do caso, porque para que o Senhor se possa defender tem de
justificar que o sindicato e a empresa tem de respeitar o regulamento, estão vinculados ao seu
cumprimento.

Os EM não gozam do poder de adaptar o regime do regulamento às suas especificidades, deve


ser respeitado por todos os sujeitos em todos os EM.

O regulamento em principio terá um grau de densidade normativa que já discipline o setor


sobre o qual se debruce, isto não significa que o regulamento não possa remeter para outras
instituições ou para o EM algo que o complemente ou execute.

SÃO caraterística não esta em causa nesta situação.

O que podemos perceber é que o regulamento já tem em si a sITUAÇÃO do nosso caso – são
nulas as clausulas …

Os regulamentos gozam de aplicabilidade direta – vigoram na OJ comunitária sem necessidade


de qualquer receção na ordem jurídica interna, pode e deve ser respeitado pelos sujeitos
jurídicos e pelos tribunais. Esta aplicabilidade dos regulamentos é admitida no art.º 8.º da CRP.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Caso 2

a) ato legislativo - diz que é processo legislativo especial;

b) ato legislativo

c) ato legislativo

d) ato não legislativo - a base jurídica não diz que é legislativo;

e) ato legislativo - decisão tomada pelo parlamento europeu, embora após aprovação
do conselho e da comissão.

Só há ato legislativo se a base jurídica referir que assim tem de ser – segurança jurídica.

O envio dos atos aos Parlamentos nacionais diz respeito aos atos legislativos.

No 78 n.º 3 é um ato não legislativo porque a base jurídica não diz que ele é legislativo.

226.º processo legislativo especial menor comum, é o PE que adota o ato embora após
aprovação do ato pela Conselho e PE.

35
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Caso 3

Em princípio o ato não legislativo não pode contrariar o ato legislativo. No entanto,
este ato adotado nos termos do art.º 78º é um ato que se baseia diretamente no tratado e o TJ
veio afirmar neste caso que na verdade temos duas bases jurídicas distintas - estas duas bases
jurídicas permitem à UE adotar medidas diferentes no quadro da mesma política comum - só
na medida em que este ato não legislativo esteja contido dentro dos limites previstos na
respetiva base jurídica. A medida provisória não pode modificar o regime geral, mas se
estivermos de facto apenas a adotar uma medida temporária e que visa muito cirurgicamente
responder a uma situação de emergência, nessa medida o ato adotado ao abrigo do 78º, nº3
pode contrariar o ato legislativo que tenha sido adotado ao abrigo do 78º, nº2 - não tem de se
conformar - falamos de atos não legislativos que são adotados com base direta no tratado, o
próprio tratado atribui às instituições o poder de adotarem para aquelas situações medidas
excecionais.

Temos um conflito entre dois atos de direito derivado.

A que grau hierárquico de cada caso:

78.º n.º ato legislativo – processo ordinário

78 n.º 3 – ato não legislativo,

Mas no DUE temos atos não legislativos que se baseiam nos tratados.

78 n.º 2 e 3 são duas bases jurídicas previstas no direito comunitário – que permitem á EU
adotar medidas diferentes no quadro da politica de asilo. E o TJUE defendeu que o 78 n.º 3 não
tem de estar em consonância com o 78.º 2 até porque tem outra função, que é criar medidas
provisorias – assim as medidas provisorias podem derrogar atos legislativos.

Em principio não poderia um ato não legislativo derrogar um ato legislativo, mas o 78.º 3 serve
para estabelecer medidas provisorias face a situações de emergência.

Assim o TJUE veio dizer que estes atos não legislativos podem contrariar atos legislativos.

78.º 2 serve para o regime geral e o 78.º 3 medidas provisorias – eu não posso querer com as
medidas provisorias querer a afastar o regime geral, mas se estiver a adotar uma medida

36
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

provisoria e de emergência então o ato não legislativo pode alterar as medidas do ato
legislativo. Notem que estamos sempre a falar de ato não legislativo que é adotado com base
no tratado, o próprio tratado atribui para aquelas situações da adoção de um ato não
legislativo.

37
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Isto porque temos ato legislativos que se baseiam nos tratados e temos atos não legislativos
que também se baseiam no tratado. Se o ato não legislativo esta diretamente enquadrado pelo
tratado, logo o critério de validade é o tratado. Mas há muitos outros atos não legislativos qu
não se baseiam nos tratados – todos os atos delegados estão referidos no tratado e são atos
não legislativos e que devem obediência aos atos legislativos que as baseiam.

O TJUE chamou à atenção que o ato não legislativo tinha de ficar circunscrito ao previsto no
tratado.

Interpretação sistemática – facto de não haver esta hierarquia não significa que este ato não
legislativo não deva obedecer também ele a uma interpretação sistemática – embora admita
que possa haver esse desvio, isso não significa que não haja uma interpretação sistemática e
para essa interpretação um outro ato legislativo pode ser também convocado.

Caso 4

Caso 4

a) a forma como menciona o TFUE indicia que não encontra neste a base jurídica. Esta
decisão não é um ato legislativo, porque não foi adotada de acordo com o processo legislativo.
A base jurídica direta é o regulamento, que faz mediação entre o tratado e a decisão. Sendo de
2002, não interessa avaliar se é legislativo ou não legislativo porque, à data, não existia essa
hierarquia das fontes na UE. Mas este regulamento, ele sim, há de se ter baseado no tratado.
Esta decisão é um ato não legislativo que se baseia naquele regulamento de 2002 que, por sua
vez, se baseava nos tratados.

b) a decisão (288º) pode ser legislativa ou não legislativa, não variando as suas
características próprias com essa diferenciação - obrigatória em todos os seus elementos e,
quando designa destinatários, só é obrigatória para estes.

Antes do tratado de Lisboa, a decisão indicava os seus destinatários, eram ou


determinados ou determináveis a partir da própria decisão - esta era, portanto, sempre, um

38
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

ato individual - isto porque a decisão regulava situações específicas. Era, no fundo, o ato
administrativo do DUE.

No caso, Portugal, Espanha e Itália requisitaram o desbloqueio de fundos, e foi


decidido, face às circunstâncias que passavam aqueles sujeitos, que lhes seriam atribuídos
aqueles montantes. Compreende-se, então, que seja uma decisão - não existe uma regra geral
a justificar que fosse um regulamento, nem que ordene aos Estados que adotem outro ato
jurídico, caso em que se trataria de uma diretiva.

Sobretudo quanto aos atos desfavoráveis (não era o caso), as decisões, nos termos do
297º devem, em princípio, ser publicadas.

A decisão pode, ou não, indicar destinatários e, portanto pode, hoje em dia,


corresponder a um ato geral. Isto permite enquadrar no quadro das decisões vários atos com
natureza sui generis que existiam antigamente, e que agora são reconduzidos às decisões.

Esta decisão 2017/899 é muito diferente da que vimos anteriormente - desde logo
estamos em presença de um ato que encontra a sua base direta no tratado. Não era necessário
que assim fosse, mas, mais do que isso, é um ato adotado de acordo com o processo legislativo
ordinário - é uma decisão que é um ato legislativo.

Esta decisão não corresponde a um ato individual. É certo que vincula os EM, mas
vincula-os a todos e, portanto, vemos aqui que a decisão funciona aqui com outro tipo de
lógica, esta quase que equivale a uma diretiva. A diferença face a esta é que não há margem de
apreciação para os Estados - a decisão é vinculativa em todos os seus elementos. Esta norma
podia constar de um regulamento e, segundo o art.º 114º, não se estabelece qual é a forma do
ato.

Tendo em conta o tratado – não o art.º x ou y do tratado, tendo em conta o regulamento


2012/2002

O regulamento diz que a comissão vai receber propostas de candidatura ao fundo, quando
aferir que todos requistos estaõ preenchido e o PE e o Conselho adpotam a decisão.

Aqui o que temos no plano da hierarquia da fotes:

Tratado

Ato de direito derivado – em 2002 não havia distinção enytre atos legislativos e não legislativos
como é feita hoje.

A base desta decisão é o regulamento logo temos aqui um ato não legislativo.

Porque é uma decisão?

Temos de atender à forma agora: art.º 288.º - a decisão é obrigatoria em todos os seus
elementos e uqndo designa destinatarios só é obrigatoria para estes. – esta redação foi
introduzida pelo TL – a decisao antes era um ato individual, equivalia até essa data ao ato
administrativo. As decisões podem ter comodestinatarios todos ou alguns EM, quer outros

39
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

sujeitos – empresas com grandes dimensões quiserem fundir-se, esta questão tem de ser
apreciada pela Comissão, o ato final que resulta daqui é uma decisão. Com o TL a decisão
perdeu o seu carater individual.

Significa que a decisão terá em principio um conteud normativo com alguma densidade, sem
deixar uma parte relevante para os EM – Tudo o que estiver na decisão tem de ser respeitado –
no fundo estamos a distingui-los das diretivas.

Mas o tratado não prevê todas as materias em que a União vai agir.

Atos de natureza individual – as decisões

Atos delegados, de execução são sempre atos não legislativos. Pode basear-se no tratado mas o
mais comum é baser-se num ato legislativo.

Ato legislatovo baseia-se sempre no tratado.

Aqui temos uma decisão de carater geral – dirigida ao EM – que não tem o mesmo sentido ou a
mesma função da decisão anterior.

Esta decisão baseia-se no tratado – aproxima-se muito de uma diretiva – determina uma
atuação juridica que os etados devem adotar.

O espaço de decisão do estado não consta aqui, logo não é uma diretiva.

A única indicação que nos temos aqui sobre a adoção do ato, quando o memso objetivo é
paasivek de ser obtido entre a decisão e a diretiva escolhemos a diretiva. No resto não temos
essas exigencias.

O art.º 114 n.º 1 diz que o PE e o Conselho adotam as medidas – não diz qual a forma do ato.

40
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Caso 5

A figura da delegação está disciplinada no art.º 290º do TFUE. Este art.º admite de
forma geral que o legislador possa delegar na comissão o poder de delegar a adoção de atos
legislativos que completem ou alterem elementos não essenciais do ato legislativo - reserva de
ato legislativo - os aspetos essenciais do regime jurídico têm necessariamente de ser
disciplinados por ato legislativo e, portanto, o C e o P não podem delegar todos os aspetos do
ato à comissão. O que se permite é que este ato legislativo não tenha que legislar todos os
aspetos desse regime jurídico e que, ou a adoção desses atos necessários a complementar o
regime jurídico estabelecido no ato legislativo ou quando seja previsível que haja necessidade
de fazer modificações a aspetos não essenciais do ato, que esse poder possa ser delegado à
comissão europeia. Esta delegação justifica-se por razões de praticabilidade/celeridade. O ato
em que está estabelecida a delegação é um ato que já tem uma grande densidade normativa.
Este ato onde se estabelece a delegação não é como a nossa autorização legislativa, aqui já
temos o regime jurídico no essencial previsto no ato legislativo.

Esta questão dos elementos essenciais é um conceito indeterminado. O TJUE veio dizer
que são aqueles elementos que se refiram a escolhas políticas que devem estar a cargo do
legislador, não adiantando muito quando à sua concretização. O que é importante reterem é
que o grosso tem que estar no ato legislativo. Como esses aspetos têm que estar
necessariamente no ato legislativo e não podem ser alterados, a reserva de ato legislativa é
relativa a esses aspetos essenciais.

A delegação de poderes pode servir dois objetivos: (i) permitir que sejam
alterados/modificados aspetos não essenciais do ato legislativo; (ii) permitir que a comissão
complete o ato legislativo e, neste caso, temos alguma aproximação aos atos de execução,
disciplinados no 291º. A ideia é de que o ato de execução vai apenas especificar/concretizar
aquilo que já está previsto no ato legislativo, enquanto que, nesta delegação, a comissão ainda
tem o poder de decidir - mais espaço discricionário para intervir ao completar o ato legislativo.

41
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

No caso em análise, em primeiro lugar temos que ver a previsão da delegação - no 2º


parágrafo do nº1 do art.º 290º define-se que o ato legislativo não pode delegar o ato em
abstrato. Este poder tem que ser circunscrito, tem de se indicar o que está a ser delegado.

No art.º 17º da diretiva, que remete para o Anexo II, temos as indicações do sentido
dos requisitos essenciais de competência, indicações específicas do conteúdo e dos objetivos a
observar pela Comissão.

Note-se ainda que no ato de delegação, para além destes aspetos que estabelecem o
âmbito da delegação, deve estar previsto o prazo da delegação - que está definido no art.º 31º,
nº2. A delegação não se esgota com o seu exercício como acontece com as nossas autorizações
legislativas - a comissão pode adotar vários atos dentro desse prazo.

O último aspeto que tem de estar previsto no ato de delegação são os poderes de
controlo - 290º, nº2 - por um lado, a revogação (no caso no art.º 31º). Porem, como de resto é
explicitado nesta norma, a revogação não afeta os atos delegados já em vigor - nada impede
que posteriormente o C e o P adotem posteriormente um ato que revogue a diretiva delegada.

Nestas decisões sobre o exercício destes poderes de controlo, quer o poder de


revogação quer o de oposição, o P delibera por maioria simples, o C delibera por maioria
qualificada.

a) pode porque estamos ainda no prazo que foi estabelecido para a delegação e esta
não se esgota com o seu exercício.

b) uma diretiva delegada é sempre um ato não legislativo e que tem sempre por base
um ato legislativo. i) é possível se for permitido pelo ato de delegação, e se não contrariar os
elementos essenciais do ato legislativo.

c) o exercício da delegação está sujeito às condições estabelecidas pelo ato de


delegação. Pode ser estabelecido o poder de revogação ou de oposição, seria mais pertinente a
oposição (art.º 290, nº2 b). Metade dos Estados não era suficiente - o Conselho delibera por
maioria qualificada.

a) Delgação é possivel mesmo nºao estando prevista no art.º 91.º - estamos perante a
figura da delegação: serão adotados atos delegados, resulta daqui que os atos
delegados têm sempre de fazer menção a essa circunstancia.
O artigo 290,º reconhece – reconhecimento de carater geral – que o legislador
comunitario pode delegar na comissão o poder de adotar atos nao legislativos de
carater geral desde que não alterem elemntos essenciais. Esta possibilidade prende-se
com o facto de ser mais simples para a comissão alterar, sem ser por ato legislativo.
Este poder delegado pode envolver a competência para alterar aspetos não essenciais
do ato legislativo ou para completar o ato legislativo. O que são elementos essenciais –
o TJ disse que são elementos essenciais aqueles que devam obedecer a escolhas que
devam ser adotadas pelo legislador. Assim as escolhas principais de um detrminado
regime jjuridocp constituem os seus elemnetos essenciais. Pode ainda o ato delegado
alterar os elementos não esenciais e completar – pode haver uma aproximaçãoe entre
o ato delegado e o ato de execução.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Aqui a comissão vai completar o ato legislativo.

n.º 2 art.º 290.º - os atos legislativos limitam especificamente o conteúdo e o perido de


vigência de poderes, não pode haver uma delegação generica do poder legislativo – os
elemntos essenciais so podem ser alterados por ato legislativo. Quais os poderes que
atribuir à comissão, o modo como devem ser exercidos e o prazo de delegação.
Tem de estar previstos os poderes de controlo (n.º 2 do art.º 290.º - estabelecem as
condições a que a delegação fica sujeita.
Estabelece

Excerto de uma diretiva que ostra como os poderes são atribuidos de forma
especificada:

Caso 6

Atos de execução (291º) - quando o legislador decide atribuir o poder de execução à


comissão, não estamos perante uma decisão completamente livre. Só pode acontecer se for
necessário. Porque este era um poder que em princípio pertencia aos Estados, foram
desenvolvidos mecanismos que permitem aos Estados membros controlar a atuação da União
na adoção destes atos de execução. Especificidades na adoção destes atos - comitologia -
procedimento de comité - regulamento 182/2011 estabelece dois procedimentos de comité
distintos - procedimento consultivo (2º e 4º) e de exame (2º, 5º e 6º) - em princípio teremos
um procedimento de exame. Esse processo é estabelecido pelo ato vinculativo que carece de
execução. No caso específico está em causa o procedimento de exame.

No procedimento consultivo, a comissão transmite a um comité, composto por um


representante de cada Estado membro (não nec. permanente) e presidido por um elemento da
comissão, estabelece o ato que pretende adotar e o comité discutirá o ato proposto, podendo
adotar um parecer (favorável ou desfavorável). No quadro do procedimento consultivo a
Comissão deve ter a maior preocupação quanto às opiniões do comité, isto significa que deve
fundamentar o seu ato mas não tem de seguir a posição do comité.

No procedimento de exame a comissão apresenta o projeto ao comité. Se houver


parecer favorável, a comissão deve adotar o ato. Se o comité der um parecer negativo, o ato

43
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

não pode ainda ser adotado. Ou (i) a comissão deixa cair o ato; (ii) altera o ato de execução e
volta a apresentar uma proposta ao comité; (iii) a comissão apresenta o ato ao comité de
recurso, que tem a mesma estrutura (não a mesma composição) - se este der parecer
favorável, o ato deve ser adotado, caso contrário o ato não pode ser adotado.

Quer o comité, quer o comité de recurso podem não chegar a tomar decisão, ficar em
silêncio. Face ao silêncio, a comissão goza de maior poder para decidir, pode adotar o ato ou
não adotar o ato ou pode até modificá-lo.

b) o ato de execução é um ato não legislativo, não existe possibilidade de alterar o ato
que lhe serve de base.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

CASO 5

Diretiva delegada –

A Comissão pode alterar uma diretiva delegada que foi autorizada por si, a delegação é
atribuída +por um determinado período de tempo e durante esse período de tempo pode fazer
vários atos delegados que completem o ato legislativo – não há limitações a este respeito.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

b) Enquadrar no quadro de fontes: ato não legislativo que tem por base um ato legislativo
que estabelece a delegação.
c) É possível que o ato não legislativo estabeleça uma disciplina diferente do ato
legislativo – sim desde que isso não contenda com os elementos essenciais do ato
legislativo
d) Imagine que metade dos EM discordavam da diretiva delegada – como poderiam reagir
– aqui temos de atender aos poderes de controlo que o legislador pode exercer sobre
os atos delegados.
Esses poderes – 290.º n.º 2 – poder revogação ou poder de oposição mas têm de estar
previsto no ato de delegação – estabelecem explicitamente as condições a que a
delegação fica sujeita – normalmente na pratica são estabelecidas as duas – pode ser
revogada a qualquer momento pelo PE ou pelo Conselho – isto significa que a
comissão deixa de poder exercer aquele poder delegado, mas isso não contende com a
vigência dos atos já adotados – sem prejuízo do legislador poder legislar no sentido de
revogar os atos delegados.

Artigo 290. o
1. Um ato legislativo pode delegar na Comissão o poder de adotar atos não
legislativos de alcance geral que completem ou alterem certos elementos
não essenciais do ato legislativo.
Os atos legislativos delimitam explicitamente os objetivos, o conteúdo, o
âmbito de aplicação e o período de vigência da delegação de poderes. Os
elementos essenciais de cada domínio são reservados ao ato legislativo e
não podem, portanto, ser objeto de delegação de poderes.
2. Os atos legislativos estabelecem explicitamente as condições a que a
delegação fica sujeita, que podem ser as seguintes:
a) O Parlamento Europeu ou o Conselho podem decidir revogar a
delegação;
b) O ato delegado só pode entrar em vigor se, no prazo fixado pelo ato
legislativo, não forem formuladas objeções pelo Parlamento Europeu ou
pelo Conselho.

Para efeitos das alíneas a) e b), o Parlamento Europeu delibera por


maioria dos membros que o compõem e o Conselho delibera por maioria
qualificada.

Ainda, no âmbito destes poderes de controlo a alínea b) O ato delegado só pode entrar em
vigor se, no prazo fixado pelo ato legislativo, não forem formuladas objeções pelo Parlamento
Europeu ou pelo Conselho – poder de oposição, controlo prévio por parte do legislador, aqui o
ato tem de ser comunicado ao PE e ao Conselho e é estabelecido um prazo no ato de
delegação, e o ato delegado só entra em vigor se o PE e Conselho não objetarem o ato. O facto
de haver objeção a um ato delegado não quer dizer que seja revogada a delegação. Assim a
Comissão pode a seguir apresentar outro ato.

Neste caso é ou pelo PE e pelo Conselho – para haver delegação têm de estar em acordo o PE e
o Conselho, para a revogação e objeção basta que uma destas instituições o faça.

46
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

e) Se metade dos EM estão em desacordo – exercício de oposição, porque o ato de


oposição pode ser exercido porque a delegação prevê a possibilidade. Metade dos EM
não chega 55% dos EM que representam 65% da população. (conselho – EM)
Caso 6

Regulamento da EU – do PE e do Conselho – Comissão define por meios de atos de execução as


especificações técnicas, normas e procedimentos que vão distinguir os três níveis de segurança
– temos um ato legislativo que nos estabelece uns níveis de garantia…

A comissão será assistida por um Comité – aqui vamos ter uma intervenção da comissão já só a
especificar as normas que já constam do regulamento, o ato de execução já não vai
complementar o ato legislativo, vai só concretizá-lo. O ato legislativo vai ser aplicado nos 27
estados membros. A regra é que temos a decisão do ato legislativo comunitário e em regra a
execução caberá aos EM - n.º 1 do art.º. 291.º

Artigo 291. o
1. Os Estados-Membros tomam todas as medidas de direito interno
necessárias à execução dos atos juridicamente vinculativos da União.

Contudo há necessidade do regime ser aplicado de forma uniforme em todos os EM.

Assim o ato vinculativo pode conferir à Comissão competências de execução – permite que seja
a comissão a concretizar o regime legislativo. – 291.º n.º 2

3. Quando sejam necessárias condições uniformes de execução dos


atos juridicamente vinculativos da União, estes conferirão
competências de execução à Comissão ou, em casos específicos
devidamente justificados e nos casos previstos nos artigos 24. o e 26.
o do Tratado da União Europeia, ao Conselho.
Em respeito pelos princípios da proporcionalidade e da subsidiariedade.

47
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Estes atos de execução não são atos legislativos.


Em principio esta execução competiria aos EM, dai estar previsto o controlo pelos EM,
através de Comités - um representante da cada estado membro (não é um comité
permanente, que é presidido por um representante da comissão que não vota)

Têm que se encontrar disciplinado o procedimento a que a Comissão tem de atender:


Procedimento consultivo - a comissão tem de apresentar ao comité a proposta de ato
de execução o comité vai apreciar e emite um parecer e a comissão devera tomar em
maior considerarão as observações do comité, pode assim a comissão fazer o que quer
desde que fundamente
procedimento de exame – art.º 5.º - regra geral, mas há exceções (em principio não
serão questionadas as exceções)

b)O ato de execução não pode alterar o ato de base.

04/12/2020

Caso 7

48
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Este caso pratico implica que se perceba como funcionam as diretivas comunitárias – atos
vinculativos e atos típicos do direito da EU – disciplinadas no art.º 288.º

Competência quanto à forma e quanto aos meios para os EM – instrumento d elegislação


indireta, destinada a promover a harmonização do direito dos diferentes EM – vincula apenas
EM, apenas e só, impondo a consecução de um determinado objetivo, mas permitindo ao EM
face às circunstancias jurídicas e economias desse mesmo EM quais as medidas e qual a forma
mais adequada à realização desse objetivo.

Os regulamentos vinculam todos os sujeitos do amabito da sua aplicação. As diretivas vinculam


s+o EM.

Pode acontecer que a diretiva inclua apenas uma disciplina geral, as normas previstas
pretendam estabelecer regimes jurídicos de carater geral.

Efeitos imediatos da diretiva:

1 – obrigação de transposição

2 – o dever de stand still

49
Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Quando a diretiva entra em vigor, a diretiva pode ser mobilizada para a interpretação conforme
– estado enquanto aplicador do direito. A partir do momento em que entra em vigor surgem
dois efeitos jurídicos que vinculam apenas os estados membros – dever de transposição e
dever de stand still.

O que é a transposição da diretiva - não é uma copia do texto da diretiva para a OJ interna, faz
parte da própria natureza da diretiva que ela careça em alguma medida da atuação do estado,
portanto estas margens deixadas pela diretiva têm de ser preenchidas quando o estado a
transpõe. – art.º 40.º do TFUE

A Data limite para a transposição é mencionada na diretiva – 30/04/2006, mas entra em vigor
no dia da sua publicação.

Não só os EM têm de adotar a transposição, mas têm também, o dever de comunicar à


Comissão quais as medidas que adotaram, permitindo o acompanhamento à Comissão
Europeia.

Os EM têm ainda liberdade quanto à forma, isto é, podem escolher à forma que entenderem
mais adequada.

Mas não podem escolher uma mera circular, facilmente modificável, dificilmente cognoscível
pelos cidadãos.

Tem de ser escolhida uma forma que permita a adequada divulgação. Não pode uma circular
realizar esta função.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

A diretiva fixa o fim e deixa ao estado a escolha dos meios, mas os EM devem abster-se de
adotar disposições suscetíveis de comprometer gravemente o resultado prescrito pela diretiva.

O TJ afirmou que pode ser dispensado de transposição desde que reúna os pressupostos
(C-29/84):

1- O regime jurídico previsto já esta a ser aplicado pelo EM

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

a. Garantir que o regime jurídico esta efetivamente a ser aplicado


b. Tem de existir princípios que garantam essa aplicação, e a adoção agora de um
ato de transposição fosse inútil
c. O ato interno tem de permitir que as posições legais dos particulares sejam
claras e precisas, os beneficiários do regime previsto na diretiva possam
conhecer e efetivar os direitos que as diretivas pretendam atribuir-lhes
d. É necessário que o estado comunique à comissão porque é que emende que
não necessita de transpor.

Assim os Países Baixos apenas têm de comunicar que já dispõem de um regime jurídico que
estabelece o regime da diretiva e que esta transposição se torna supérflua. Dai que podem ser
dispensados da transposição.

A Comissão pode por isso compreender se o regime está a ser cumprido.

Os EM têm de adotar um ato de direito interno que diga o que dispõe a diretiva – impacto
ambiental quanto se paga, quem esta obrigado.

Estudo de impacto ambiental – definido na diretiva, como não tem aplicabilidade direta, não
vigoram na ordem interna sem qualquer ato de receção e, portanto, o estudo só será
obrigatório quando for realizada a transposição. Não será a diretiva a vincular os particulares o
que será aplicado é o ato de transposição.

A situação normal, é que formalmente vamos aplicar a lei nacional, ainda que a lei nacional do
ponto de vista do seu conteúdo corresponda à diretiva.

Nas situações em que não tenha sido transposta a diretiva, ela pode, desde que cumpridos
certos requisitos, pode acontecer que os particulares possam invocar uma norma da diretiva
perante a administração e contra o estado – efeito direito vertical – só pode ser invocado
contra o estado.

No caso de Portugal foi transposto por via de um decreto-regulamentar, para a EU não há


problema, porem a nossa CRP veio estabelecer uma reserva de ato legislativa – 112.º /8 da CRP
– todo o ato de transposição fica logo no 2.º lugar , abaixo da nossa constituição.

Pode ser lei, DL e DLR, assim não podia ser um DR porque a CRP não o permite – DR é um ato
administrativo com obrigação de publicação, mas a nossa CRP não permite que seja esta a
forma.

No caso da Espanha – tinha uma lei e mais exigente que o DUE em vigor. A nova diretiva vinha
estabelecer uma exigência próxima da prevista na lei espanhola. Mas a Espanha baixou o seu
nível de exigência, continua a cumprir o que estava previsto no restante direito comunitário,
mas cria um regime transitória menos exigente do que o que já tinha.

A questão tem controvérsia –

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Se o estado não dispõe de nenhuma norma – tem de ter essa lei quando terminar o prazo de
transposição.

Assim o prazo de transposição deveria ser para adotar esse ato.

O Acórdão de Inter-Wallonie (C-129/96) – veio dizer que os EM não podem adotar nenhum ato
que comprometa gravemente os objetivos da diretiva. O EM pode não fazer nada, mas não
pode afastar-se do sentido previsto pela diretiva.

O Prof Gorjão Henriques diz que os EM estão proibidos de criar medidas que provoquem uma
impossibilidade pratica. Neste caso podemos cogitar que se se cria um regime simplificado que
fica dispensado de avaliação de impacto ambiental, parece que neste caso estamos a
comprometer gravemente o objetivo previsto na diretiva.

Afirma o principio de cooperação – assistem-se mutuamente, resultantes dos tratados ou dos


atos das instituições. Abstêm-se de qualquer medida que seja suscetível de por em causa os
objetivos da EU – principio da cooperação leal.

Os EM podem adotar regimes transitórios – pode começar por prever que nos 1.ºs seis meses
só vai sujeitar a avaliação os grandes projectos, alargando o âmbito deste regime durante o
período de transposição, mas isto quando não tem nada na ordem jurídica intrena.

Caso 8:

a) Norma relativa ao direito de renuncia – tinha de ser através de um ato legislativo – Lei
ou DL neste caso, uma vez que não tem natureza regional.
Não pode ser cópia da diretiva.
Visa proteger os consumidores – e aproximar os consumidores em todo o espaço
comunitário. A diretiva já define alguns meios – os EM devem consagrar aos direitos de
renunciar fora do estabelecimento comercial.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

A diretiva estabelece um mínimo de 7 dias para efeito de renuncia, daí compete ao


estado definir o prazo que não pode ser inferior a 7 dias. A lógica da diretiva, é que
quando o estado transpõe o estado tem de escolher a medida concreta:

b) Mas o estado português não disse o que entendia por consumidor. A Ana comunicou
em 5 dias por escrito e quer desvincular-se do contrato e a empresa não aceita a Ana
como consumidora, mas sim uma profissional.
Este litigio chega a tribunal – qual é a norma a mobilizar para resolver o caso
A diretiva não goza de aplicabilidade direta e por isso não basta estar em vigor na OJ
comunitária e com isso estar vigente na OJ interna. Daí a diretiva carecer de
transposição.
Portanto quando a diretiva é transposta e é corretamente transposta a norma que
aplicamos à resolução de um litigio é a norma interna.
O que é consumidor, duvida de interpretação – é a parte mais frágil porque não tem
conhecimento da matéria ou pode também ser alguém que age fora do seu âmbito
profissional.
Principio da interpretação conforme – principio de âmbito geral, não vale apenas para
interpreta atos de transposição, e é um subprincípio da efetividade.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Considerando os elementos de interpretação do seu direito interno, o interprete deve


atribuir à norma o sentido compatível com o DUE.
Modelo positivista de interpretação – mínimo de atinência com a letra da lei,
resultados de interpretação admissível – compatibilizar a norma nacional co o DUE –
Não permite fundamentar uma norma de direito nacional com uma norma que não
seja compatível com o direito interno nesse estado membro.

Neste caso a lei nacional não diz o que é consumidor – daí que faz sentido considerar
que é alguém que esta a agir fora do âmbito da sua atividade profissional, e nesse
sentido vai no sentido compatível da diretiva – o juiz que esta a resolver o litigio aplica
a lei nacional fazendo uma interpretação conforme com o direito comunitário.
Em consequência considerando que a Ana é consumidora e comunicou no prazo de 5
dias o interesse em exercer o seu direito de renuncia, logo o seu direito será protegido.

c) Admitam agora que o Estado português não transpôs a diretiva


Se o EM não transpôs as soluções que existem são:
1. Se não há transposição há incumprimento do estado
2. Pode desencadear uma ação de incumprimento contra o estado, movida pela
Comissão, dando lugar ao pagamento de uma sanção pecuniária

3. Quando propuser uma ação no Tribunal ao abrigo do artigo 258. o , por


considerar que o Estado-Membro em causa não cumpriu a obrigação de
comunicar as medidas de transposição de uma diretiva adotada de acordo
com um processo legislativo, a Comissão pode, se o considerar adequado,
indicar o montante da quantia fixa ou da sanção pecuniária compulsória, a
pagar por esse Estado, que considere adaptado às circunstâncias.
Se o Tribunal declarar o incumprimento, pode condenar o Estado-Membro
em causa ao pagamento de uma quantia fixa ou de uma sanção pecuniária
compulsória, no limite do montante indicado pela Comissão. A obrigação de
pagamento produz efeitos na data estabelecida pelo Tribunal no seu
acórdão.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Mas isto não resolve a situação da Ana.


Vamos ver se se resolve pelo efeito direto que consiste na possibilidade de
um particular invocar perante um tribunal ou administração um direito que
lhe é concedido por uma norma de direito comunitário (diferente da
aplicabilidade direta, não precisa de ato de transposição)

Este acórdão veio dizer que resultava das próprias especificidades do Tratado que os
particulares tinham a possibilidade de invocar direitos mesmo que essas normas vinculassem
apenas estados.

Resulta do mecanismo de reenvio prejudicial que

Decorre daqui que o direito comunitário também atribui direitos aos particulares que entram
na esfera jurídica dos particulares – efeito direto. Havendo esse direito ele pode ser invocado
perante os tribunais. – Van Gend an Loos C-26/62

O TJ esquece se o ato foi ou não incorporado na OJ interna.

Se estiver a existir uma discussão entre particulares que não tenha chegado nem aos tribunais
nem à administração, dirige-se ás entidades com capacidade para aplicar o direito.

Efeito Vertical – particular contra o estado

Efeito Horizontal – particular contra particular

No caso das diretivas elas em principio não gozariam de efeito direito, porque faz parte de que
apena vinculam EM. logo não se reconhece que possam ser invocadas contra particulares.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Mas entendeu-se que o EM podia não transpor a diretiva e depois tirar beneficio dessa não
transposição. Daí que para retirar a possibilidade do EM tirar beneficio, admite-se o efeito
direto vertical.

Mas nem todas as normas gozam de efeito direito. Existem requisitos para que sej apossivel
este efeito direto: Clara, Precisa e Incondicional

A norma não deve suscitar graves duvidas de interpretação.

Deve ter a densidade suficiente para permitir recortar o direito dos particulares, a quem se
destina

Incondicional não deve permitir que lhe estejam apostas exceções.

Não deixam aos estados membros qualquer margem de apreciação ou conformação na sua
administração e densificação.

Esta norma em concreto que define um mínimo de 7 dias a contar da data em que o
comerciante o informou desse direito. – este direito a diretiva já consagra – para estes 7 dias,
se for 15 dias eu já não tenho esse direito na norma da diretiva.

Normas que não gozam de efeito direto – os estados esforçar-se-ão, farão o possível,…

Assim cumpre os efeitos direitos a nível material.

No nosso caso pratico a Ana quer invocar a norma contra a empresa XPTO –

As normas têm de cumprir mais dois pressupostos – depois de passado o prazo de transposição
ou essa transposição não seja correta

E só posso invocar a diretiva contra o estado.

Neste caso, o efeito direito não pode ser invocado contra esse particular, que é a empresa
XPTO – porque estamos numa relação horizontal.

11/12/2020

CASO 8

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Aplicabilidade direta – regulamentos

Efeito direto qualquer norma exceto normas de regulamento porque gozam de aplicabilidade
direta.

Para ter efeito direto a norma tem de ser clara, precisa e incondicional

Para uma norma gozar de efeito direto a verificação tem de ser apreciada à luz do caso
concreto.

Daqui resulta que se se quiser aplicar a norma da diretiva para exercer o direito de renuncia
nos 7 dias da diretiva a norma por si só é precisa clara e incondicional, mas se quisermos
renunciar aos efeitos do contrato ao fim de 15 ou 20 dias a norma já não gozaria de efeito
direto.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Requisito da incondicionalidade – significa que a norma não está sujeita a exceções ou reservas
– trata-se de saber se há margem de decisão para os EM ou outras instituições comunitárias.

Quando a exceção já esta na própria norma, não invalida que esta goze de efeito direto – o que
importa é se há poder discricionário dos EM.

A norma da diretiva cumpria estes requisitos – a Ana queria desvincular-se n prazo de 5 dias.

O problema é que as diretivas têm menos efeito direto do que as outras normas – mas estas
são os atos do direito comunitário que têm menos efeito direto, o que resulta das próprias
características da diretiva porque vincula apenas os EM.

O regulamento é que goza de aplicabilidade direta – as diretivas à partida em rigor não


deveriam gozar de efeito direto, mas o problema é que o estado membro incumpridor que não
transpunha a diretiva podia depois tirar vantagens desse seu não incumprimento.

Dai que o acórdão de Van Duyn veio admitir o efeito direto das diretivas.

Este efeito vertical das diretivas rapidamente se foi alargando, tanto que hoje em dia discute-se
de também não deveríamos reconhecer às diretivas efeito horizontal.

O conceito de Estado – é uma forma de alargar este efeito horizontal

O TJ adotou um conceito amplíssimo do estado – os seus 3 poderes públicos, mas também


engloba o estado enquanto ele age com base na sua capacidade de direito privado, engloba a
administração direta, indireta, independente e autonoma – tudo o que for poder publico.

O TJUE vai mais longe e refere que são ainda considerados estado qualquer organismo desde
que estejam encarregadas da realização de um serviço publico e que por força desse encargo
estejam sujeitas a um controlo por parte do estado – estado tem de influenciar as decisões
tomadas por essas empresas.

A empresa XPTO não cabe no conceito de estado.

Se a empresa xpto tivesse o seu capital detido pelo estado – aí teríamos estado para esta
questão do efeito direto das diretivas – s eo estado tem estas ações todas, o estado tem desde
logo a possibilidade de nomear os respetivos órgãos sociais.

Isto significa que não se aplicaria o efeito direto.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Ação contra o estado membro por não transposição da diretiva, mas isto não resolveria o
problema da Ana.

Responsabilidade civil dos Estados com a sua atuação que desrespeita do DUE:

Vamos avaliar agora uma das dimensões do principio da efetividade da EU.

1.ºesta responsabilidade não esta consagrada nos tratados - acórdão Francovich

A ideia que a responsabilidade do estados é inerente aos tratados e ao dever de garantir a


proteção dos particulares – não serve apenas para vincular os estado no plano internacional.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Quando o acórdão em 1991 foi proferido nós tínhamos já uma informação bastante suficiente
de que era um principio do direito dos EM – comum aos EM – que os EM têm de respeitar o
DUE e têm de indemnizar os danos quando não atuam de acordo com as normas jurídicas –
não podemos dizer que era um principio natural (o estado no exercício dos poderes públicos
não erra, logo não tinha de respeitar o direito (esta conceção em 1991 já estava ultrapassada) –
esta responsabilidade resulta de uma OJ que pretende ser efetiva, independentemente da
fonte do Direito tem de indemnizar esses danos.

Brasserie du Pêcheur – afirmou

Kobler – principio da imparcialidade dos juízes – dever de indemnizar para as violações do


direito interno – logo fazia sentido esta equivalência-

Tambem não há base jurídica para que seja adotado este regime de responsabilidade dos
estados – o que temos são certas exigências qu o TJJUE já disse que Os EM

RC dos em por violação do DUE

Quando se verifiquem determinados pressupostos previstos no acórdão de Brasserie du


Pêcheur

Principio da equivalência e da efetividade que valem num quadro de equivalência do DUE –


não podem ser estabelecidas condições que tornem demasiado oneroso obter a indemnização
– se se reúnem os pressupostos de responsabilidade tem de ser possível obter a indemnização

não pode ser mais difícil obter uma indemnização para obter indemnização por incumprimento
do direito nacional

Não há uma ação de responsabilidade civil que corra nos TJUE – mas tem de estar de acordo
com as exigências da EU e a lei aplicada será a dos tribunais nacionais

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

A regras que foi violada deve ter por objeto conferir direitos para os particulares – violação de
uma norma de proteção referida por alguns autores

1 - Tem de haver uma violação suficientemente caracterizada do DUE – não pode ser uma qq
violação do DUE – esta violação tem ser grave e manifesta – não há o pressuposto da culpa mas
tem de ser grave e manifesta como diz o TJUE.

2 – violação Grave e manifesta:

clara e precisa tem de ser a norma, e mais fácil sera afirmar que a violação é grave e
manifesta

Intencionalidade de causar prejuízos – o estado em ultima analise pode afirmar que


não quer transpor a diretiva, outra que ainda não conseguiu traspor,

gravidade diferente tem o comportamento de um estado que transpôs, mas o fez


incorretamente (consagrou uma solução que se revelou incompatível com a norma
comunitária) – desculpabilizada de erro de direito – pode precludir o efetivo dever de
indemnizar

contributo dos órgãos da união para o incumprimento

3 – Dano e nexo de causalidade

No caso da Ana podemos dizer que se verificavam todos estes pressupostos, mas teríamos
dificuldade no calculo dos danos – no entanto poderia dar direito o dever de indemnizar.

Podemos não conseguir revogar a sentença nacional, mas isso não prejudica o direito de
indemnizar. – sentença Silva Brito

Este principio da efetividade é um principio geral.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Esta responsabilidade dos estados não é um remedio apenas para a falta de efeito direto das
normas – por ex. vinha um camião com queijos franceses que foram barrados pelo estado, foi
levado a tribunal, metade dos queijos estragaram-se – por força do efeito direto ainda
podemos obter autorização para serem vendidos, relativamente aos demais posso obter efeito
direto pelos danos dos restantes queijos. – cumular o efeito direto com a responsabilidade

Caso 9

Qual o efeito direto da diretiva?

Suscetibilidade dos particulares invocarem um direito concedido por uma norma do DUE.

Esta norma que previa a proibição da substancia x – Esse direito existe

O Efeito horizontal não é possivel – empresa contra a empresa

No entanto tendo a empresa um poder de autoridade administrativa – podemos ter aqui a


noção de estado alargada.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

A empresa tem de invocar a diretiva contra o estado e anular o ato que praticou que visavam
permitir a outra empresa de vender os cigarros com a substancia X.

Invoca a norma contra o estado para que o estado anule o ato administrativo. Quem sofre os
efeitos desta anulação é a outra empresa – outro particular

O TJUE admite esta situação, admite que se repercuta negativamente nos direitos de terceiros.

____________

Empresa A teve autorização para importar um medicamento.

A empresa B fabrica noutro estado membro outro medicamento equivalente - obteve


autorização utilização dos argumentos e estudos apreciados pela empresa A – o TJUE disse que
se de facto corresponde ao apresentado pela empresa A, então o estado não podia ter
autorizado a empresa B e logo o estado deve anular o ato que autorizava a empresa B a vender
o medicamento – a empresa B vai sofrer essa limitação.

Invoco a diretiva contra o estado mas o que eu quero é que o estado imponha uma obrigação
contra uma outra empresa - O TJUE não admite é isto, que não posso invocar uma diretiva
contra o estado para que o estado adote uma norma contra um particular.

Caso 10

Se cada estado estabelece regras e essas regras são diferentes, isto implica que em termos de
liberdade de circulação de mercadorias coloca um entrave – daí existem normas que
imponham a comunicação à Comissão das regras técnicas – mesmo criando alguma dificuldade
à liberdade de circulação de mercadorias

O que sucede neste caso foi que a Bélgica não a comunicou à Comissão.

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

A empresa C tem um alarme que não obedece a esta regra, a empresa B pretende que C seja
proibida de exercer a atividade.

C defende-se afirmando que a norma X não é aplicável porque não respeita a diretiva.

Diretiva estabelece de forma clara precisa e incondicional dever do estado que adote uma
regra técnica ter de a comunicar à Comissão.

A empresa C quer dizer ao estado que não tem de cumprir a norma belga porque não respeitou
a diretiva.

O TJUE acolheu esta argumentação – o estado belga criou uma norma que padece de um vicio
procedimental que a torna inaplicável à empresa C – o que há aqui é um mero efeito de
exclusão da norma interna, não podendo ser aplicada, mas o TJ não afirmou que a norma era
invalida, disse apenas que não podia ser aplicada. A dra. Sofia Oliveira Pais – refere este efeito
como sendo o efeito incidental das diretivas, outros falam do efeito triangular.

No caso das diretivas que consagrem princípios fundamentais da EU:

1.º As diretivas não gozam de aplicabilidade direta

2.º quando a diretiva consagra um principio geral de DUE – mangold – o TJUE não afirmou que
a diretiva tivesse efeito direto horizontal, o principio da discriminação em razão da idade é que
tem este efeito direto horizontal (carta dos direitos fundamentais) – proibição de discriminação
em razão da idade, >55 anos os contratos podiam ser renovados sem nunca se transformarem
em contratos sem termo.

O EM Y pretende adotar uma

Convocar a repartição de competências eentre a EU e os EM.

A uniºao so pode agir se esse poder lhe tiver sido atribuído pelos EM.

A uniãio tem competnbcias exclusivas – quem atua é a União, os EM podem ter alguma
intervenção mas esa intervenção tem de ser definida pela EU

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Competencias partilhadas – ou concorrentes – quer a Uniao quer os EM podem agir, mas não
ao memso tempo ou atua um ou atua outro – em principio atuam os EM por força do principio
da subsidiariedade (2 requisitos do principio) e também o principio da proporcionalidade

Se a EU agir a partir desse momento vamos ter limitada a possibilidade de atuar dos EM –
PRINCIPIO DA PREEMPÇÃO.

Neste caso especifico a EU estava a exercer logo o EM não podia adotar aquela lei.

O EM só não pode ocupar o espaço que esta a ser ocupado pela EU.

CASO 11

.EM AMATERIAS PARALELAS É POSSIVEL AGIR A EU e depois agir o estado.

b) o estado Y mesmo não podendo adotou a lei

a empresa pode ou não pode vender?

o regulamento pode aplicar-se na ordem jurídica interna – aplicabilidade direta.

Outros atos também podem – norma do tratado que goze de aplicabilidade direta.

Principio do primado, prevalência do DUE, em caso de conflito aplica-se a norma de DUE


afastando a norma de direito nacional – esta norma nacional não é invalida simplesmente não
vai ser aplicada ao caso concreto.

Invocar o acórdão Costa contra ENEL – este principio foi acolhido pela nossa CRP art.º 8.º n.º 4
– DUE se aplica com valor que o próprio DUE DETERMINAR desde que sejam respeitados os
princípios do Estado de direito democrático – esta é solução que resulta na pratica na
generalidade dos EM – pelo que quando temos um conflito entre um ato de D comunitário E O
ato legislativo nacional, prevalece o ato de D comunitário.

O conflito coloca-se entre uma norma de direito comunitário e de direito constitucional – para
o TJUE é necessário garantir a efetividade e uniformidade da aplicação do DUE pelo que
prevalece mesmo sobre as normas constitucionais.

Os tribunais nacionais - Os princípios do estado de direito têm de ser respeitados – no caso


português

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Mariana Geraldo – Direito da União Europeia

Ambos tribunais de justiça e tribunais constitucionais andam a arrogar-se ter a ultima palavra
sobre esta matéria e encontram soluções que permitem nunca partir a corda.

Se interpretarmos o DUE, tribunal italiano vou desrespeitar um principio da constituição – na


pratica disse que não vai desaplicar a sua lei constitucional – o TJUE não discutiu o primado
(realiza uma espécie de dança), interpretando a norma e o principio da segurança jurídica
também é um principio do DUE e se interpretar a norma como interpretei antes vou
desrespeitar o principio da EU - esta desenvolvida no manual.

Há uma tensão entre os vários tribunais, mas na pratica temos tido soluções que mitigam esta
tensão.

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