3.º Domingo Do Tempo Comum-Convocados Pela Palavra

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A Liturgia de hoje lembra-nos a importância

da Palavra de Deus na vida do Povo de Deus.


Na 1ª Leitura, encontramos o Povo reunido em
assembleia lendo e estudando a Palavra de Deus.
(Ne 8,2-4.5-6.8-10)

No retorno do exílio da Babilónia,


Esdras e Neemias tentam reconstruir o
país, recuperar a memória do passado e
conservar a própria identidade como
povo.
O instrumento para essa obra foi a Palavra de Deus.
O texto mostra a importância que a Palavra de Deus
deve assumir na vida de uma comunidade.
- Toda a comunidade é convocada para escutar a Palavra.
- O local da leitura é cuidadosamente preparado.
- O Livro é acolhido de pé, de forma solene e respeitosa.
- A Palavra é aclamada pela assembleia, é proclamada
pelos levitas e explicada numa linguagem compreensível .
- A Palavra interpela
e provoca no povo
uma atitude de
conversão.
- Tudo termina
numa grande festa:

A Palavra é geradora
de alegria e festa.
* É um Manual
de como deve
ser uma
"Celebração da Palavra".
Na 2ª Leitura Paulo,
falando dos carismas
no "Corpo de
Cristo" (Igreja), sublinha
que a
Comunidade cristã
No Evangelho, Cristo proclama e actualiza a PALAVRA DE DEUS,
num sábado, na sinagoga de Nazaré. (Lc 1,1-4;4,14-21)
É o início do evangelho de Lucas, próprio deste ano litúrgico.
São dois textos diferentes:
- Uma introdução ao Evangelho de Lucas.
- O início da Pregação de Jesus, anunciando a sua MISSÃO:
É o profeta ungido por Deus para a missão libertadora.
A NOSSA MISSÃO
Nós também fomos ungidos
pelo Espírito Santo e
enviados para anunciar
uma Boa Nova de
Esperança
e levar os oprimidos
a gozar a vida
plena...

- FONTE: Palavra de Deus,


que devemos conhecer

e anunciar...
- ONDE: Na comunidade...
- MODELO: Cristo:

"O espírito do Senhor

Ungiu-me e enviou-me..."
+ A Bíblia é
a Palavra de Deus para nós.
- O Povo de Deus serviu-se
da Palavra de Deus
para reconstruir o
país,
quando voltou enfraquecido
do exílio.
- Cristo com a Palavra de Deus
iniciou a sua Missão e
apresentou o seu programa.
- O Salmo diz:

“A tua Palavra, Senhor,


é um facho a iluminar
os meus
passos,
uma luz a guiar-me
nos caminhos da vida".
- Paulo afirma: "Toda a Escritura inspirada por Deus é útil

para instruir e refutar, para corrigir e formar na justiça,


a fim de que o homem de Deus seja perfeito,
qualificado para toda a espécie de boas obras". (2Tm 15,4)
- Em todas as épocas da história, em épocas de crise,
os homens voltaram a alimentar-se da Bíblia,
procurando nela um sentido para a sua vida.
- A própria Igreja,

no Concílio Vaticano II,


redescobriu o valor
da Bíblia e fez dela
a fonte
de inspiração
para um profundo
trabalho de renovação.
Além de um documento
dedicado à "Palavra de
Deus", propôs maior
espaço para a Bíblia
na Liturgia,
na
Catequese,
nas Comunidades,
nos grupos e na
- O Compêndio do Catecismo
da Igreja Católica
afirma:
"A Sagrada escritura dá
suporte e vigor à vida da Igreja.
É para seus filhos firmeza
da fé, alimento e fonte de vida
espiritual.
É a alma da teologia e
da pregação pastoral...
A Igreja exorta por isso
à frequente leitura da
Sagrada Escritura, porque a
O sentido da Bíblia ignorância das escrituras é
ignorância de
- O primeiro livro, que Deus escreveuCristo".
para nós, é a NATUREZA,
(CCIC 24)
criada pela PALAVRA de Deus; são os factos, os acontecimentos,

a história, tudo o que existe e acontece na vida do povo;


- O segundo livro é a BÍBLIA.
"Ela foi escrita para nos
ajudar a decifrar o mundo,
para nos devolver o olhar
da fé e da contemplação,
e para transformar
a realidade numa
grande revelação de Deus".

(S. Agostinho)
- A Bíblia é isso para ti?
Ou Ela continua sendo
apenas um objecto de enfeite
na prateleira da sala,
ou pior, permanece esquecida
no fundo de uma gaveta?
- Cristo convoca-nos com a sua Palavra,
para que continuemos a Obra iniciada por Ele...

27.01.2010
“Cristo Jesus, nosso mestre e nosso irmão,
bendito sejas Tu, porque realizaste as
palavras dos profetas. Reconhecemos em Ti a
presença do Espírito em toda a sua plenitude.
Tu és para nós o libertador, a luz e o benfeitor
soberano.
Nós Te pedimos pela tua Igreja: que ela traga
a Boa Nova, que ela anuncie a libertação do
mal e revele a luz do mundo”.

Uma boa semana UNIDOS PELA PALAVRA DE DEUS


Luis Rodrigues
FIM
Ne 8, 2-4a.5-6.8-10

Naqueles dias, o sacerdote Esdras trouxe o Livro da Lei


perante a assembleia de homens e mulheres e todos os
que eram capazes de compreender. Era o primeiro dia
do sétimo mês. Desde a aurora até ao meio dia, fez a
leitura do Livro, no largo situado diante da Porta das
Águas, diante dos homens e mulheres e todos os que
eram capazes de compreender. Todo o povo ouvia
atentamente a leitura do Livro da Lei. O escriba Esdras
estava de pé num estrado de madeira feito de
propósito. Estando assim em plano superior a todo o
povo, Esdras abriu o Livro à vista de todos; e quando o
abriu, todos se levantaram. Então Esdras bendisse o
Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu,
erguendo as mãos: «Amen! Amen!». E prostrando-se
de rosto por terra, adoraram o Senhor.
Os levitas liam, clara e distintamente, o Livro da Lei
de Deus e explicavam o seu sentido, de maneira que
se pudesse compreender a leitura. Então o
governador Neemias, o sacerdote e escriba Esdras,
bem como os levitas, que ensinavam o povo,
disseram a todo o povo: «Hoje é um dia consagrado
ao Senhor vosso Deus. Não vos entristeçais nem
choreis». – Porque todo o povo chorava, ao escutar
as palavras da Lei –. Depois Neemias acrescentou:
«Ide para vossas casas, comei uma boa refeição,
tomai bebidas doces e reparti com aqueles que não
têm nada preparado. Hoje é um dia consagrado a
nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque
a alegria do Senhor é a vossa fortaleza».
1 Cor 12, 12-30

Irmãos: Assim como o corpo é um só e tem muitos membros, e


todos os membros do corpo, apesar de numerosos, constituem um
só corpo, assim sucede também em Cristo. Na verdade, todos nós
– judeus e gregos, escravos e homens livres – fomos baptizados
num só Espírito para constituirmos um só corpo e a todos nos foi
dado a beber um só Espírito. De facto, o corpo não é constituído
por um só membro, mas por muitos. Se o pé dissesse: «Uma vez
que não sou mão, não pertenço ao corpo», nem por isso deixaria
de fazer parte do corpo. E se a orelha dissesse: «Uma vez que não
sou olho, não pertenço ao corpo», nem por isso deixaria de fazer
parte do corpo. Se o corpo inteiro fosse olho, onde estaria o
ouvido? Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfacto? Mas
Deus dispôs no corpo cada um dos membros, segundo a sua
vontade. Se todo ele fosse um só membro, que seria do corpo? Há,
portanto, muitos membros, mas um só corpo. O olho não pode
dizer à mão: «Não preciso de ti»; nem a cabeça dizer aos pés:
«Não preciso de vós».
Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são
os mais necessários; os que nos parecem menos honrosos
cuidamo-los com maior consideração; e os nossos membros menos
decorosos são tratados com maior decência: os que são mais
decorosos não precisam de tais cuidados. Deus organizou o corpo,
dispensando maior consideração ao que dela precisa, para que não
haja divisão no corpo e os membros tenham a mesma solicitude
uns com os outros. Deste modo, se um membro sofre, todos os
membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os
membros se alegram com ele. Vós sois corpo de Cristo e seus
membros, cada um por sua parte. Assim, Deus estabeleceu na
Igreja em primeiro lugar apóstolos, em segundo profetas, em
terceiro doutores. Vêm a seguir os dons dos milagres, das curas, da
assistência, de governar, de falar diversas línguas. Serão todos
apóstolos? Todos profetas? Todos doutores? Todos farão
milagres? Todos terão o poder de curar? Todos falarão línguas?
Terão todos o dom de as interpretar?
Lc 1, 1-4; 4, 14-21

Já que muitos empreenderam narrar os factos que se


realizaram entre nós, como no-los transmitiram os que,
desde o início, foram testemunhas oculares e ministros
da palavra, também eu resolvi, depois de ter
investigado cuidadosamente tudo desde as origens,
escrevê-las para ti, ilustre Teófilo, para que tenhas
conhecimento seguro do que te foi ensinado. Naquele
tempo, Jesus voltou da Galileia, com a força do Espírito,
e a sua fama propagou-se por toda a região. Ensinava
nas sinagogas e era elogiado por todos. Foi então a
Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume,
entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para
fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías
e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que
estava escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me
ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Ele me
enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista
aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos e a
proclamar o ano da graça do Senhor». Depois enrolou
o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam
fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou
então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta
passagem da Escritura que acabais de ouvir».

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