Matrizes PDF
Matrizes PDF
Matrizes PDF
Trimestre
Disciplina 1º 2º 3º
Portugês 12 13 12
Geografia 13 15 14
História 14 10 15
12 13 12
A esta forma de se dispor as notas, chamamos matriz.
13 15 14 De um modo geral, chamamos de matriz a qualquer tabela
14 10 15
rectangular de números reais.
12 13 12 2 13 − 2 1 3 13
− 13 5 9
13 15 14 ou ou −4 0 −5
14 10 15 14 0 1
11 7 0
− 6 3 0
Consideremos a matriz A = que é composta por 6 elementos:
1 − 2 5
O elemento -6 está na 1ª linha e na 1ª coluna. Indicamos por a11 = -6 (lê-se: aum um = -6)
O elemento 3 está na 1ª linha e na 2ª coluna. Indicamos por a12 = 3;
1
O elemento 1 está na 2ª linha e na 1ª coluna. Indicamos por a21 = 1;
O elemento 5 está na 2ª linha e na 3ª coluna. Indicamos por a23 = 5;
E assim indicamos a posição dos restantes elementos.
Em geral, quando queremos nos referir a um elemento que está na linha “i” e na coluna “j”,
escrevemos aij.
Vai aprender agora como representar, genericamente, uma matriz. Veja os exemplos.
EXERCÍCIO 1
1.Represente, genericamente, as matrizes que se seguem:
a) A = ( aij)3 x 2 b) A = ( aij)2 x 5 c) A = ( aij)1 x 3 d) A = ( aij)2 x 1
5.MATRIZES IGUAIS
Duas matrizes A = (aij) e B = ( bij), de mesma ordem m×n, são iguais se todos os seus elementos
correspondentes são iguais, isto é: aij = bij.
2
a11 a12 b11 b12
Considere as matrizes A = e B=
a 21 a 22 b21 b22
Definição: Diz-se que A = B, sse, a11 = b11, a12 = b12, a21 = b21 e a22 = b22.
EXERCÍCIO 2
x − y 5 1 x − y 1 2
1.Determine x e y tais que: a ) = b) = .
x + y 1 x+ y 6 8 6
2m 3n m + 1 2n
2.Determine m e n tais que: = .
3 4 3 n + 4
A soma de duas A = ( aij) e B = (bij) do mesmo tipo, é uma matriz A + B = ( aij) + (bij) .
− 5 3 3 2
Exemplo: Dadas as matrizes A = e B = , calcular A + B.
1 0 − 4 − 1
− 5 3 3 2 − 5+3 3+ 2 − 2 5
A + B = + = =
1 0 − 4 − 1 1+ (−4) 0 + (−1) − 3 − 1
P1: Associativa: Para quaisquer matrizes A, B e C, de mesma ordem m×n, vale a igualdade:
(A + B) + C = A + (B + C)
P2: Comutativa: Para quaisquer matrizes A e B, de mesma ordem m×n, vale a igualdade:
A+B=B+A
P3: Elemento neutro: Existe uma matriz nula 0 que somada com qualquer outra matriz A de mesma
ordem, fornecerá a própria matriz A, isto é: 0 + A = A
P4: Elemento oposto: Para cada matriz A, existe uma matriz -A, denominada a oposta de A, cuja soma
entre ambas fornecerá a matriz nula de mesma ordem, isto é:
3
A + (-A) = 0
Obs: Sendo a subtracção operação inversa da adição, pode-se dizer que subtair a matriz B da matriz A,
é o mesmo que adicionar à matriz A, a oposta da matriz B.
1 − 4 0 2 0 4
Ex: Dadas as matrizes A = e B = , calcular A – B.
5 − 3 2 3 0 5
1 − 4 0 2 0 4 −1 − 4 − 4
A – B = - =
5 − 3 2 3 0 5 2 − 3 − 3
6.2.MULPLICAÇÃO DE UM ESCALAR POR UMA MATRZ
Seja k um escalar ( k R) e A = ( aij) uma matriz. Definimos a multiplicação do escalar k, não nulo pela
matriz A, como uma outra matriz kA = K ( aij) obtida, multiplicando cada elemento da matriz A por K.
1 0 − 2
Exemplo: Dado o escalar -4 e a matriz A = , calcule – 4A.
3 1 4
1 0 − 2 − 4 1 − 4 0 − 4 (−4) − 4 0 16
- 4 A = - 4 = =
3 1 4 − 4 3 − 4 1 − 4 4 − 12 − 4 − 16
P1: Multiplicação pelo escalar 1: A multiplicação do escalar 1 por qualquer matriz A, fornecerá a
própria matriz A, isto é: 1.A = A
P2: Multiplicação pelo escalar zero: A multiplicação do escalar 0 por qualquer matriz A, fornecerá a
matriz nula, isto é: 0.A = 0
P3: Distributividade das matrizes: Para quaisquer matrizes A e B de mesma ordem e para qualquer
escalar k, tem-se: k (A+B) = k A + k B
P4: Distributividade dos escalares: Para qualquer matriz A e para quaisquer escalares k1 e k2, tem-se:
(k1 + k2) A = k1 A + k2 A
EXERCÍCIO 3
1 2 1 1
1 − 2 3 0 2 − 1
1.Dadas as matrizes A = , B = 4 5 , C = e D = 3 2 .
0 3 − 1 − 1 3 4 1 − 1 2 3
Calcule: a) 2A – C b) -A - 2C c) 1/2 B – D d) 3/2A – 2C.
4
e) 3D – B f) 2/3(C – A ) g)1/5 (A + C) h)-2/3 (B – D )
6.3.MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES
Seja a matriz A = (aij)m x n e a matriz B = (bij)n x p . Definimos o produto das matrizes A e B como uma
outra matriz C = (A B)m x p obtida multiplicando-se, ordenadamente, os elementos da linha i da matriz
A pelos elementos da coluna j da matriz B e, em seguida, somando-se os produtos.
Obs: O produto de matrizes só é possível se o número de colunas da 1ª matriz for igual ao número de
linhas da 2ª matriz. A matriz produto possui o mesmo número de linhas da 1ª matriz e o mesmo número
de colunas da 2ª matriz.
3 − 1 2 1 3
Ex: Sabendo que A = e B = , encontre C = A B.
2 6 3 5 6
Resolução:
c11 c12 c13
A é 2x2 e B é 2x3, então a matriz C será do tipo 2x3 e C =
c21 c22 c23
c11 obtem-se, multiplicando os elementos da 1ª linha de A com os elementos da 1ª coluna de B e,
adicionam-se os produtos. Então c11 = 3 . 2 + -1 . 3 = 3
3 − 1 2 1 3 3 −2 3
Assim, C = . =
2 6 3 5 6 22 32 42
5
Propriedades da multiplicação de matrizes
Para todas as matrizes A, B e C que podem ser multiplicadas, temos algumas propriedades:
P1: Nem sempre vale a comutatividade: Em geral, A×B é diferente de B×A
P4: Associatividade: A (B C) = (A B) C
P5: Nulidade do produto: Pode acontecer que o produto de duas matrizes seja a matriz nula, isto é:
AB=0, embora nem A nem B sejam matrizes nulas, como é o caso do produto:
1 0 0 0 0 0
=
0 0 0 3 0 0
P6: Nem sempre vale o cancelamento: Se ocorrer a igualdade AC=BC, então nem sempre será
verdadeiro que A=B, pois existem exemplos de matrizes como as apresentadas abaixo, tal que:
0 1 0 5 0 2 0 5 0 1 0 5
= , mas
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
EXERCÍCIO 4
1.As matrizes A, B, C e D são de ordens 2x3, 3x4, 1x3 e 2x4, respectivamente. Dê a ordem de cada
matriz abaixo, se possível:
a) A B b) (C B) Dt c) ( A Ct ) D d) ( D Bt) Ct.
2.Uma certa matriz 4x5 foi multiplicada correctamente por uma certa matriz X e obteve-se, como
produto, uma matriz com 60 elementos. Qual é o tipo da matriz X?
1 − 1
4 7 0 1 2 3 4
4.Calcule os produtos: a) b) 2 3
2 3 1 0 1 2 − 1 − 3 6
4 − 8 2 1 0 1 2 3 4 1 0 0
c) − 6 12 − 3 0 1 d ) 4 (2 1 3) e) − 1 2 3 0 1 0
1 − 2 1/ 2 − 2 4 5 0 2 10 0 1
1 3
5.Mostre que a matriz A = é zero da função f(x) = x2 – 4x – 12 .
5 3
6
0 − 1 1 0
a) g(x) = 2 – 3x – x2 e A = b) g(x) = 2x2 – x – 1 e A =
3 0 2 1
2 2 0 − 1
c) g(x) = x3 -3x2 -2x + 4 e A = d) g(x) = 2x2 – 4x + 3 e A =
3 − 1 −1 0
7.TIPOS DE MATRIZES
1.A matriz A = ( -2, 5, 0, 7)1 x 4 é matriz linha , pois possui uma única linha.
7
2.A matriz A = − 1 é matriz coluna , pois possui uma única coluna.
2
3x1
3.Matriz quadrada é a matriz que tem o número de linhas igual ao número de colunas, i.e., m = n.
0 1
Ex: A = Neste tipo de matrizes temos a destacar duas diagonais:
4 2
Diagonal principal: A diagonal principal da matriz é indicada pelos elementos da forma aij onde i = j.
Ex: 0 e 2 são elementos da diagonal principal.
Diagonal secundária: A diagonal secundária da matriz é indicada pelos elementos a12 e a21. São
elementos aij tais que i + j = n + 1.
4.Matriz diagonal é uma matriz quadrada que tem todos elementos nulos, excepto os da diagonal
principal. Os elementos da diagonal principal não são nulos, podendo, no entanto alguns elementos
dessa diagonal serem nulos. Ou é uma matriz quadrada, tal que todo elemento aij = 0, se i j .
7
− 3 0 0
Ex: A = 0 2 0
0 0 6
5.Matriz triangular: é uma matriz quadrada onde todos elementos que figuram acima ou abaixo da
diagonal principal são nulos.
− 3 0 0 1 7 2
Ex: A = 4 2 0 B = 0 5 3
0 1 6 0 0 1
7.Matriz identidade, denotada por In, é uma matriz diagonal onde todos os elementos da diagonal
principal são iguais a 1. Isto significa que todos elementos aij = 1, se i = j e aij = 0, se i j .
1 0 0
Ex: A = 0 1 0 Esta matriz pode ser chamada identidade de ordem 3, e indica- se por I3.
0 0 1
Dada uma matriz A= (aij)mxn, chamamos matriz transposta da matriz A e indicamos por
At = (aij)nxm , a matriz que resulta da troca ordenada de suas linhas e colunas.
8 3 − 4
Ex: A = a matriz At é obtida, transformando a 1ª linha de A em 1ª colunas de At , a 2ª
1 0 − 3
linha de A em 2ª coluna de At , etc. Assim, teremos:
8
8 1
At = 3 0 .
− 4 − 3
EXERCÍCIO 5
9.1.MATRIZ SIMÉTRICA
Uma matriz A é simétrica se é uma matriz quadrada tal que: At = A
Por outra, matriz simétrica é uma matriz quadrada , onde aij = aji.
4 3 − 1
Ex: B = 3 2 0 Nesta matriz b12 = b21, b13 = b31 e b23 = b32.
−1 0 5
9.2.MATRIZ ANTI-SIMÉTRICA
0 2 3
Ex: B = − 2 0 5 é anti-simétrica. Os elementos bij = - bji.
− 3 − 5 0
9
Propriedades das matrizes simétricas e anti-simétricas
P1: Se A é uma matriz simétrica de ordem n, então para todo escalar k, a matriz k.A é simétrica.
EXERCÍCIO 6
4 6 y − 3z 0 x + y + 10 z 1
Dadas as matrizes A = 4 x + y − 1 4 x − 3z e B = − 2 0 x − 3 y − 5 z .
10 20 5 x − y + 5 z −1 0
EXERCÍCIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO
5x 8 10 − y 8
1.Determine x e y, tais que: = .
10 1 10 6 x − y
2x + y = A 3 1
2. Determine x e y, tais que: sendo A = e B =
y + x = B 4 1
1 − 2
3.Seja A = ( aij)2 x 2 com aij = (-1) i + j.( i x j) e B = .Determine A . B.
− 2 4
2 −1 0 − 1
4.Sendo A = 0 0 2 e B = 6 , determine X tal que A . X = B.
1 1 − 1 2
1 2 0
5.Sendo A = 2 0 0 e B = (0 − 4 3) , determine X tal que X . A = B.
−1 1 2
6.Multiplicando-se uma matriz 2x5 por uma matriz quadrada, qual é o tipo da matriz-produto?
10
7.Certa matriz A foi multiplicada por uma matriz B3x4 e o resultado obtido foi uma matriz quadrada. Qual
é o tipo da matriz A?
1 2
10.Determine g(A), sabendo que A = e g(x) = 2x2 – x + 5.
4 − 3
1 3
11.Seja A = . Determine f(A), se f(x) = x2 – x – 3.
− 1 0
aii = 0
12.Seja dada a matri A = ( aij )4 x 4 para a qual aij = a ji . Determine a referida matriz
aij = i + j , se 1 i j 4
e a sua transposta. Classifique-a quanto ao tipo.
3 2 2 x + y − 3z 7
2 8 5 4
13.Determine x, y, z e t de modo que a matriz E = seja
− 5 3 y + 4 z + t −1 − 4x + 2z − t
7 3x − y + t 0 2
simétrica.
DETERMINANTES
Para resolvermos os sistemas no próximo capítulo, é necessário termos o conhecimnto de uma ferramenta
que nos permitirá classificá-los quanto ao tipo de soluções – os determinantes.
O determinante de uma matriz A quadrada é indicado por det A ou | A |.
1 4 1 4
Se A = é uma matriz quadrada então, o determinante dessa matriz indica-se por det A = .
2 6 2 6
1.Determinante da matriz 1 x 1
O determinante da matriz de ordem 1 é igual ao seu único elemento
11
2.Determinante da matriz 2 x 2
a a
A = 11 12 det A = a11 a22 - a12 a21
a21 a22
O determinante de uma matriz de ordem 2 é igual a diferença entre o produto dos elementos da diagonal
principal perlo produto dos elementos da diagonal secundária.
Exemplo:
4 −4
= 4 3 − (−4) 1 = 12 + 4 = 16
1 3
3.Determinante da matrix 3 x 3
Se a matriz for de ordem 3, seu determinante pode ser calculado pela regra de Sarrus.
a11 a12 a13
Seja dada a matriz A = a 21 a 22 a 23
a
31 a32 a33
1̊ Passo: Com os elementos da matriz, forma-se uma tabela, onde depois da 3ª coluna, repetem-se a 1ª e
2ª colunas.
- - - + + +
2º Passo: Efectuam-se as multiplicações dos elementos indicados pelas setas;
Associa-se a cada produto o sinal indicado na seta;
Somam-se os produtos. Assim, temos:
det A = a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 – a12 a21 aa33 – a11 a23 a32 – a13 a22 aa31
1 −1 0
Exemplo: Calcule o determionante da matriz B = 2 3 4
1 −1 2
Resolução: 1 -1 0 1 -1
2 3 4 2 3 det B = 6 – 4 + 4 + 4 =10
1 -1 2 1 -1
12
EXERCÍCIO 1
1 5 2 −2 1 2 1 5 0
sen 2 x −1
a) − 2 1 − 1 b) c) 1 0 1 d) −3 1 1
cos2 x 1
3 0 3 3 −1 3 2 −1 0
1 2 −3 0 0 2 1 3 2
d ) x 0 1 53 e) − 1 1 lg( x − 2) = 0 f) 2 6 x = 0
−1 1 2 lg x 1 1 −3 4 6
Exemplo:
1 −1 0
Com base na matriz C = 4 3 − 4 , calcule : M 13 , M 22 , M 32 , M 23 e M 11 .
1 −1 2
13
Definição:Chamamos co-factor de um elemento aij de uma matriz de ordem n 2 e indicamos por Aij
− M ij , se i + j for impar
ao número Aij = (− 1)i + j M ij =
M ij , se i + j for par
Exemplo:
Com base na matriz acima, calcule: A13 , A11 , A23 , A32 e A21 .
TEOREMA DE LAPLACE
“ O determinante de uma matriz quadrada de ordem n 2 é igual a soma dos produtos dos elementos
de qualquer fila ( linha ou coluna ) da matriz, pelos respectivos co- factores.”
det A = a11 A11 + a12 A12 + a13 A13 = a11 (-1)2 M11 + a12 (-1)3 M12 + a13 (-1)4 M13
det A = a12 A12 + a22 A22 + a32 A32 = a12 (-1)3 M12 + a22 (-1)4 M22 + a32 (-1)5 M32
Exemplo
2 3 1
Calcule, segundo Laplace o determinante da seguinte matriz C = 2 1 5 .
− 3 1 0
Resolução
Aconselha-se escolher a fila com o maior número de zeros possíveis, pois teremos um número reduzido
de co-factores a determinar.
Vamos, para o nosso caso , escolher a 3ª coluna. Segundo o teorema de Laplace, teremos:
det A = a13 A13 + a23 A23 + a33 A33 = a13 (-1)4 M13 + a23 (-1)5 M23 + a33 (-1)6 M33
14
2 1 2 3 2 3
det A = 1 (− 1) + 5 (− 1) + 0 (− 1) = 2 + 3 − 5 (2 + 9) + 0 = 5 − 55 = − 50
4 5 6
−3 1 −3 1 2 1
EXERCÍCIO 2
P1. O determinante de uma matriz A é igual ao determinante de sua transposta (det A = det At ).
Exercício
3 1
Dada a matriz A = .
5 2
P2. Se todos elementos de uma fila ( linha ou coluna ) de uma mAtriz quadrada forem nulos, seu
determinante é nulo.
Exercício
1 0 2
Calcule : − 2 0 −1
3 0 3
P3. Se multiplicarmos (ou dividirmos) todos os elementos de uma fila ( linha ou coluna ) de uma matriz
quadrada por um número real não nulo, o determinante dessa matriz fica multiplicado ( ou dividido) por
Exercício
1 3
Considere a matriz A = .
−1 0
15
Multiplique os elementos da 1ª coluna por 3 e calcule o determinante de A e da matriz resultante. Veja a
propriedade.
P4. Se trocarmos duas filas paralelas ( linhas ou colunas ) de uma matriz quadrada, seu determinante
muda de sinal.
Exercício
1 3
Considere a matriz A = .
2 5
Troque a posição das linhas e calcule o determinante de A e da matriz resultante. Veja a propriedade.
P5. O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto dos elementos da diagonal principal.
Exercício
− 2 0 0
Considere a matriz B = 1 3 0 . Calcule o det er min ante.
0 5 4
P6. Se duas filas paralelas ( linhas ou colunas ) de uma matriz quadrada forem iguais, então seu
determinante é nulo.
Exercício
− 2 0 − 2
Considere a matriz C = 1 3 1 . Calcule o det er min ante.
−1 5 −1
P7. Se uma das linhas ( ou colunas ) de uma matriz quadrada for múltipla de outra linha (ou coluna ), seu
determinante é nulo.
Exercício
− 2 0 − 2
Considere a matriz D = 1 3 − 1 . Nesta matriz l3 = 2 l2 . Calcule o det er min ante.
2 6 − 2
16
P8. “O determinante de uma matriz quadrada não altera se aos elementos de uma linha (ou coluna)
somarmos (ou subtrairmos), ordenadamente, os elementos de outra linha (ou coluna), previamente
multiplicados (ou divididos) por um número real não nulo.” Este é o Teorema de Jacobi.
Simbolicamente, pode − se escrever : k li + l j → li
multiplicados por um número real k não nulo e o resultado vai para a linha i da matriz resultante.
Observação: Com a ajuda deste teorema podemos criar zeros numa linha (ou coluna) que facilitarão o
Exercício
2 1 −4 −3
4 3 6 9
1. Calcule ( Sugere − se antes a operaca~o : c2 + c3 → c3 )
5 4 2 6
−2 1 −5 −4
−1 3 0 2
3 2 1 3
2, Calcule ( Sugesta~o : 2 l1 + l2 → l2 )
1 8 1 7
e 13 0
EXERCÍCIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO
1 2 −1 2 1 1 1 1 1 −2 2 1 1 4 −1 2
2 3 −2 3 1 2 2 2 3 0 1 2 3 2 −2 0
1. (0) 2. (3) 3. (40) 4. (−68)
4 1 0 5 1 2 3 3 1 0 4 −1 2 0 −2 3
5 0 4 9 1 2 3 6 −1 0 0 1 5 0 − 5 −1
17
1 2 3 5 2 1 2 1 2 1
1 3 5 6 −1 0 0 0
0 −1 0 −1 1 1 1 1 1 1
−4 0 2 1 10 3 0 0
5. 6. 0 3 0 3 2 7. = − 48 , x = ? 8. 2 3 0 0 0
7 9 9 8 9 1 x 0
0 2 0 2 3 3 2 0 0 0
5 3 3 5 1 3 2 x
0 2 1 1 −1 1 2 0 0 0
4.MATRIZ ESCALONADA
Nelas pode-se notar que o número de zeros, precedendo o primeiro elemento não nulo de uma linha
aumenta, linha por linha, podendo por vezes sobrarem linhas com todos elementos nulos. A este tipo de
matrizes chama-se matriz escalonada.
A matriz C possui elementos iguais a 1 na 2ª , 3ª e 4ª colunas e são os únicos elementos não nulos dessas
colunas. Assim, diz-se que a matiz C está escalonada e reduzida por linhas ( ou está na forma canónica).
Para escalonar uma matriz usamos as seguintes operações elementares com as linhas. Assim
indicamos:
E1 : li l j Significa fazer a troca de lugares da linha i e linha j.
E2 : k li → li significa multiplicar a linha i por um numero real k 0 e substituir
o resultado obtido na linha i.
E 3 : k l i + l j → l i significa adicionar à linha j, a linha i previamente multiplicada por um número
real não nulo e substituir o resultado na linha i.
Definição: Diz-se que uma matriz B é equivalente por linhas à matriz A, se esta for obtida de A por uma
sucessão finita de operações elementares.
Definição: Chama-se rank ( posto ou característica ) de uma matriz A escalonada, ao número de linhas
não nulas dessa matriz. E indica-se por r ( A ).
Exemplo
Reduza à forma escalonada a matriz que se segue e determine a característica.
18
1 2 − 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0
A = 2 4 − 2 2 0 0 4 2 0 0 4 2
3 6 − 4 3 0 0 5 3 0 0 0 2
− 2l1 + l2 → l2 − 5l2 + 4l3 → l3
− 3l1 + l3 → l3
EXERCÍCIOS 3
1.Reduza as matrizes que se seguem à forma escalonada e depois à forma canónica por linhas.
1 3 − 1 2
1 2 − 1 2 1 2 3 − 2 5 1 0 11 − 5 3
A = 2 4 1 − 2 3 , B = 3 − 1 2 0 4 e C =
2 − 5 3 1
3 6 2 − 6 5 4 − 5 6 − 5 7
4 1 1 5
1.MATRIZ INVERSA
• A inversa de uma matriz nem sempre existe. Caso exista diz-se que a matriz é invertível.
• Se exixte inversa representamos por A-1. Então A A-1 = A-1 A = I .
• As matrizes A e A-1 são todas quadradas e possuem a mesma ordem.
adj ( A )
A −1 =
det A
Onde adj (A) é a matriz adjunta e det A é o determinante da matriz A
Definição: Chama-se matriz adjunta à transposta da matriz dos co-factores dos elementos da matriz A.
Exemplo
19
2 − 3
Determina a inversa da matriz A = .
1 3
2 −3
Cálculo do determinante: det A = = 6 − (−3) = 9
1 3
3 − 1 3 3
Cof A = adj ( A) =
3 2 −1 2
2.2.MÉTODO DE GAUSS-JORDAN
Teorema1: “ Uma matriz A é invertível se, e somente se A é equivalente por linhas à matriz identidade.”
Teorema2: “ Sendo A uma matriz equivalente por linhas à matriz identidade pela sucessão de operações
elementares, essa sucessão de operações elementares aplicada à matriz identidade, produz a matriz
inversa.”
Este teorema permite o cálculo da matriz inversa pelo método de Gauss-Jordan. Neste método, formamos
uma matriz de blocos ( A| I ) ao qual aplicamos uma cadeia de operações elementares que permitirão
reduzir a matriz A na forma canónica por linhas e obteremos a seguinte matriz de blocos ( I | A-1 ).
1 2 − 1
Exemplo: Determine a inversa da matriz B = − 1 0 4 .
2 2 1
20
l +l → l − l 2 + l 3 → l1
1 2 −1 1 0 0 1 2 −1 1 0 0 1 2 −1 1 0 0
1 2 2
−1 0 4 0 1 0 0 2 3 1 1 0 0 2 3 1 1 0
2 2 1 0 0 1 0 − 2 3 − 2 0 1 0 0 6 −1 1 1
− 2l1 + l3 →l3 l 2 + l 3 → l 3
3l + 2 l → l
1 0 − 4 0 −1 0 3 0 0 − 2 −1 2
l /3
1 0 0 −2 −1
1 3 1 1 2
3 3 3
0 2 3 1 1 0 0 4 0 3 1 − 1 0 1 0 3
4
1
4
−1
4
0 0 6 −1 1 1 0 0 6 −1 1 1 0 0 1 −1 1
− l3 + 2l 2 →l 2 l 2 / 4 6
1
; l3 / 6 6 6
−2 3 −1 2
3 3
B −1 = 3 4 1
4
−1
4
−1 1
6 6
1
6
EXERCÍCIO
3 1 − 2 1 1 1 1 − 3 1
1 − 2 2 − 1
A = b) B = c) C = 0 1 5 d) D = 2 5 7 e) E = 2 0 2
1 3 3 1 0 0 1 2 1 − 1 1 3 1
− 2 6 4 1 3 − 2
1 2 −1 0
a) A = b) B = c) C = 1 − 3 2 d) D = − 3 0 − 5
3 4 7 − 2 1 5 2 2 5 0
1 1 − 1 2 − 1 3 1 − 2 3 2 1 − 1
e) E = 1 − 1 1 f ) F = − 2 3 2 g) G = 2 1 2 h) H = 0 2 1
−1 1 1 0 2 5 3 −1 5 5 2 − 3
1 3 4 − 1 2 − 3 2 3 4 1 0 2
i) I = 3 − 1 6 j ) J = 2 1 0 l) L = 1 − 1 2 m) M = 2 −1 3
−1 5 1 4 −2 5 3 1 − 1 4 1 8
SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
21
a11 x1 + a12 x 2 + ......+ a1n x n = b1
a x + a x + ......+ a x = b
21 1 22 2 2n n 2
(1)
.................................................
a m1 x1 + a m 2 x 2 + .......+ a mn x n = bm
Chama-se solução de um sistema ao conjunto de valores de x que satisfazem todas equações do sistema
NOTA: Se todos os coeficientes b1, b2,…., bm forem nulos, o sitema chama-se linear homogéneo.
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 = 0
Por exemplo, o sistema seguinte a21 x1 + a22 x2 + a23 x3 = 0 é linear homogéneo pois as equações que o
a x + a x + a x = 0
31 1 32 2 33 3
Todo sistema linear e homogéneo é compatível ( tem solução ), pois admite sempre a solução trivial ( 0,
0, 0), isto é x1= 0, x2 = 0 e x3 = 0 se considerarmos o sistema do exemplo que tem três incógnitas.
DEFINIÇÃO: Chama-se matriz principal do sistema à matriz formada pelos coeficientes das variáveis.
A partir do sistema (1), teremos:
22
a11 a12 ... a1n
a a 22 ... a 2 n
A = 21
... ... ... ...
a ... a mn
m1 am2
DEFINIÇÃO: Chama-se matriz alargada do sistema, à matriz formada pelos coeficientes das variáveis
e pelos coeficientes independentes de variáveis.
a11 a12 ... a1n b1
a21 a22 ... a2 n b2
B=
... ... ... ... ...
a
m1 m 2a ... amn bm
DEFINIÇÃO: Diz-se que o sistema está na forma escalonada se a matriz alargada B estiver na forma
escalonada.
TEOREMA: Dados dois sistemas de equações lineares, se as suas matrizes alargadas são equivalentes
por linhas, então estes sistemas são equivalentes. Isto significa que os dois sistemas admitem o mesmo
conjunto solução.
2.1.MÉTODO DE GAUSS
2.2.TEOREMA DE KRONECKER-CAPELLI
1.Se a caractertica da matriz alargada B for igual à característica da matriz principal A [ r(A) = r(B) = r
], então o sistema diz-se compatível ( tem solução), sendo:
2.Se a caractertica da matriz alargada B não for igual à característica da matriz principal A [ r(A) r(B)
], então o sistema diz-se incompatível (não tem solução).
23
EXEMPLOS:
x − 2 y + 3z = 2
1.Ache as soluções do seguinte sistema: − 2 x + y − z = − 3
3 x + 2 y + z = − 2
1 −2 3 2 1 − 2 3 2 1 −2 2
3 1 − 2 3 2
− 2 1 − 1 − 3 0 − 3 5 1 0 − 3 5 1 0 − 3 5 1
3 2 1 − 2 0 8 − 8 − 8 0 1 − 1 − 1 0 0 2 − 2
2l1+l2 → l2 ; -3l1+l3 → l3 l3 /8 → l3 3l3 + l2 → l3 l3 /2 → l3
x y z
1 − 2 3 2 1 − 2 0 5 1 − 2 0 5 1 0 0 1
0 − 3 5 1 0 − 3 0 6 0 1 0 − 2 0 1 0 − 2
0 0 1 − 1 0 0 1 − 1 0 0 1 − 1 0 0 1 − 1
Ao escalonar a matriz alargada verificou-se que sua característica é 3 e é igual à característica da matriz
principal, sendo esta igual ao número de incógnitas. Sendo assim, o sistema tem uma única solução que
é a trípla ( 1, -2, -1 ).
x1 + 2 x 2 − 3x3 + 2 x 4 = 2
2.Ache a solução do sistema que se segue, se existir: 2 x1 + 5 x 2 − 8 x3 + 6 x 4 = 5
3x + 4 x − 5 x + 2 x = 4
1 2 3 4
1 2 − 3 2 2 1 2 − 3 2 2 1 2 − 3 2 2
2 5 − 8 6 5 0 1 − 2 2 1 0 1 − 2 2 1
3 4 − 5 2 4 0 − 2 4 − 4 − 2 0 0 0 0 0
− 2l1 + l2 → l2 2l2 +l3 → l3
− 3l1 + l3 → l3
Depois de escalonar o sistema, verifica-se que as caracteristicas das matrizes principal e alargada são
iguais, sendo o valor inferior ao número de variáveis. Assim, o sistema tem um número infinito de
24
x1 + 2 x2 − 3x3 + 2 x4 = 2
x2 − 2 x3 + 2 x4 = 1
Resolve-se a segunda equação em ordem a x2, em função de x3 e x4 e substituímos na primeira equação
para determinar x1, em termos de x3 e x4. Pode-se resolver em ordem a qualquer variável, dependendo da
preferência.
x2 = 1 +2x3 -2x4 , substituindo na primeira equação: x1 + 2 (1 +2x3 -2x4 ) -3x3 +2x4 = 2 x1 + x3 – 2x4
= 0 x1 = - x3 + 2x4
x − y + 2z = 1
3.Ache a solução do seguinte sistema, se existir 3 x − 3 y + 6 z = 3
− 2 x − 2 y − 5 z = 2
1 − 1 2 1 1 − 1 2 1 1 − 1 2 1
3 − 3 6 5 0 0
0 2 0 2 − 1 5 O sistema resul tan te sera :
− 2 4 − 5 3 0 2 − 1 5 0 0 0 2
− 3l1 + l2 → l 2 l2 l3
2l 1 + l1 → l3
x − y + 2z = 1
2y − z = 5
0 = 2 Im possivel
O sistema não tem solução, pois a característica da matriz principal “e diferenta ca caracferistica da matriz
alargada.
EXERCÍCIO 1
x1 + x2 + x3 + x4 = 0
x1 + x2 − x3 + x4 = 0 x − 2 y + 3z = 13 x + x + x − x = 4 x − 3 y + 2z = 0
1 2 3 4
1. 2 x1 + x2 + x3 − x4 = 0 2. 2 x − 2 z = − 10 3. 4. 2 x − 6 y + 4 z = 0
x + 2x + x + x = 0 − x + 2 y − z = − 7 x + x
1 2 3 4 − x + x = − 4 x + 3 y
1 =0
2 3 4
x − x + x + x = 2
1 2 3 4
25
II. Determine as soluções os seguintes sistemas, se existirem.
x1 − 2 x 2 + x3 + x 4 = 1 x + 5 y + z = 0 2 x + 4 y − 5 z + 3t = 0 x − 2 y + 3z = 10
1. x1 − 2 x 2 − x3 − x 4 = − 1 2. 2 x − 3 y + z = 0 3 3x + 6 y − 7 z + 4t = 0 . 4. 2 x + 3 y − 4 z = − 7
x − 2 x + x + 5x = 5 3x + 2 y + 3 y = 0 5 x + 10 y − 11z + 6t = 0 − x + y + 2 z = 1
1 2 3 4
3x − 7 y + 35z =18 3x − 20 y + 5z = −4 3x − 3 y − 9 z + t = −10 2t − 2 x − 12 y + 6 z = 4
5. 6. 7. 8.
5x + 4 y − 20z = − 17 x − 4 y + z = −2 2 x − 2 y − 6 z + 7t = 6 3t − 3x − 2 y + z = −2
3 x + y + z = 8 − x + y − 2 z = 6 2 x − 3 y + z − t = 0 x + y + t = 3
− x + y − 2 z = −5 − x − y − z = −1 x + y + t = 1 − 17 x + y + 2 z = 1
9. 10. 11. 12.
2 x + 2 y + 2 z = 12 3 x + y + z = 1 3x + z − t = 2 8 y − 5 z + 4t = 1
− 2 x + 2 y − 3 z = −7 − 2 x + 2 y − 3 z = −2 2 x + 4 y + z + t = −1 − 5 x − 2 y − z = 1
x + 3 y + 5 z − 4t = 1
x + 3 y + 2 z − 4t + k = −1 x + 7 y − 5 z − 5t + 5k = 0 2 x + y + 2 z + 3t = 1
x − 2 y + z + t − k = 0 x − 2 y + 3z + 4t = 5
13. x − 2 y + z + t − k = 1 14. 15.
x − 4 y + z + 3t − k = 1 2 x + y − z − t + k = 0 3x + 2 y + z + 2t = 1
3x − y − 2 z + t − k = 0 4 x + 3 y + 2 z + t = −5
− x + 2 y + z − t + k = −1
Significa que a solução do sistema é dada pelo produto entre a matriz inversa da matriz principal do
sistema e a matriz dos termos independentes das incógnitas, se a matriz principal for invertível.
Este método aplica-se para os casos em que o determinante da matriz principal não é nulo.
26
x + 2 y = 8
Exemplo: Ache a solução do sistema
3x − 4 y = − 6
x + 2 y = 8 1 2 x 8
Resolução: =
3x − 4 y = − 6 3 − 4 y − 6
− l2 + l1 → l1
1 2 1 2 1 0 1 2 1 0 1 2 1 0
A =
3 − 4 3 − 4 0 1 −3l1 + l2 →l2 0 − 10 − 3 1 −l2 / 5 0 2 3
5 − 15
1 0 2 1
1 0 2 1
25 1
5
A −1 =
5 5 5 5
0 2 3
5 − 15 l / 2 → l 0 1 3
10 − 10
1
10 − 10
3 1
2 2
x 25 1
8 165 − 65 105 2 x = 2
Solução: = = 24 6 = 30 =
5
−1 − 6
y 310 10 10 + 10 10 3 y =3
EXERCÍCIO 2
− x − 2 y + z = 3 2 x + y + z = 7
x + 2 y = 9 2 x + y = 4
1. ( 5, 2) 2 . 2 x + 3 y − z = − 2 (3, − 2, 2) 3. (1, 2) 4. x − y + z = 0 (1, 3, 2)
2 x − 3 y = 4 x − y + 2z = 9 5 x − 2 y = 1 4 x + 2 y − 3 z = 4
x + y = 3
II.Determine k de modo que o sistema x − z = 0 seja impossível.
y + z = k
x + y + z = a x + y + z = − 1
III.Discute os sistemas a) x − y + 2 z = 1 b ) 2 x − 2 y + z = 5
2 x + b z = 3 3x − y + bz = a
27