Aula 09

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INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM

MEDIDAS DE CONFORTO AO
PACIENTE E HIGIENE
CORPORAL

AULA 09
Ética no procedimento Responsabilidades e
deveres
v relações com a pessoa, família e coletividade
Das

Art 19. Respeitar o pudor, a privacidade e a íntimidade


do ser humano, em todo o seu ciclo vital, inclusive nas
situações de morte e pós morte.
Art 25.Registrar no Prontuário do Paciente as
informações inerentes e indispensáveis ao processo de
cuidar.
Das relações com trabalhadores de enfermagem,
saúde de outros deveres

Responsabilidades e deveres

Art 39. Participar da orientação sobre benefícios, riscos e


conseqüências decorrentes de exames e de outros procedimentos,
na condição de membro da equipe de saúde. Do sigilo profissional
Art 83. Orientar, na condição de Enfermeiro, a equipe sob sua
responsabilidade sobre o dever do sigilo profissional.
Higiene corporal envolve:

• Higiene oral
• Banho
• Higiene íntima ou lavagem
externa
• Lavagem dos cabelos ou
“xampu”
IMPORTÂNCIA DA HIGIENE FATORES QUE INFLUENCIAM
CORPORAL A PRÁTICA DE HIGIENE

Conceito de higiene e saúde • Práticas sociais – cultura , hábitos


prevenção de problemas familiares
• Condição sócio-econômica -
limitações , adaptações.
• Conhecimento
(verminoses, escabiose, • Preferências pessoais
pediculose, infecções de pele) • Condição física e mental
Fatores que influenciam a capacidade da pessoa
para fazer o auto cuidado

• Limitações
• Percepção da necessidade,
• Diminuição da tolerância para a atividade (fadiga, redução da
força muscular)
• Capacidade de equilibrar-se, ficar em pé, sentar.
• Coordenação motora.
• Visão
• Dor
Intervenções

• Higiene oral – limpeza, conforto e umidificação das estruturas da


boca e próteses quando presentes.
• Cuidados com os cabelos: lavar e pentear
• Tricotomia do pêlo facial (fazer a barba)
• Higiene corporal completa incluindo unhas
• Lavagem das mão antes e após refeições e após eliminações.
• Higiene perineal no pós-parto e certas cirurgias,
• Higiene íntima após eliminações, antes de cateterismo vesical,
após a retirada da sonda.
• Higiene: a prática varia de indivíduo para individuo;

• Umidade, migalhas de alimentos, lençóis amarrotados:


causam escaras.

Problemas comuns na falta de higiene:


• Odores desagradáveis;
• Unhas encravadas;
• Formação de placas, tártaros e gengivite;
• Língua saburrosa;
• Caspa, piolhos, lêndias.
BANHO
No momento do banho a enfermagem deve
aproveitar para movimentar as Articulações do
paciente e massagear seus membros
inferiores e superiores da extremidade distal
para proximal.

• Banho de aspersão/ chuveiro pode ser com


ou sem auxílio;
• Banho no leito;
Tipos de banho

1- Imersão - banho na
banheira;
2- Ablução - colocar
pequenas porções de
água sobre o corpo;
3- Completo no leito –
administrado em clientes
totalmente dependentes;
Tipos de banho
4- Aspersão - banho de
chuveiro;
5- Parcial no leito – banhar
regiões que provocam
desconforto quando ficam sem
banho;
6- Banho seco – Compressas de
algodão umedecidas com
solução de limpeza sem
enxague.
Princípios básicos para a higiene
1. Manter a proteção contra a contaminação.

• Iniciar a higiene do menos contaminado para o mais


contaminado (paciente com evacuação no leito retirar a fralda ou
limpar com papel higiênico ou pano úmido antes de começar a
higiene corporal. Trocar luvas)

• Usar hamper. Não colocar a roupa suja no chão.


• Encaminhar a roupa suja para local adequado
• Usar as precauções padrão antes, durante e após o
procedimento.
Princípios básicos para a higiene

2. Conservar energia

• Organizar todo o material necessário


• Fechar portas e janelas.
• Usar água morna
• Manter o paciente coberto.
• Não demorar na realização do cuidado para não
cansar o paciente.
Princípios básicos para a higiene

3. Favorecer a privacidade para o paciente

• Usar biombos nas enfermarias.


• Colocar aviso na porta e fechá-la
• Permitir, se possível que o paciente faça a sua própria
higiene íntima.
• Se necessário, solicitar ajuda de profissional de
mesmo sexo do/da paciente
Princípios básicos para a higiene

4. Dar conforto físico e psicológico

• Explicar, orientar, conversar com o paciente


• Coordenar a higiene com outras atividades
• Perguntar se o paciente quer urinar/evacuar antes de
iniciar o banho
• Estimular a participação do paciente
• Não deixá-lo sozinho ou desamparado
Princípios básicos para a higiene

5. Prevenir acidentes, danos

• Avaliar a capacidade funcional ( nível de


independência) e necessidade de mais pessoas para o
procedimento
• Prevenir quedas do leito e no banheiro.
• Prevenir lipotímias e desmaios
• Prevenir queimaduras
Avaliação e documentação do cuidado

• Inspecionar a pele e cavidades

• Inspecionar e palpar áreas específicas para observar


estado de circulação, dor

• Escutar o paciente. Observar o autocuidado

• Documentar o cuidado registrando as observações e


cuidados prestados.
HIGIENE NO LEITO
Material
• Bandeja ou carrinho ou mesa de • 4 cotonetes;
mayo; • 1 saco de lixo;
• 1 jarro com água temperada • 4 pares de luvas (mínimo);
(quente + fria); • 1 pente de cabelo do paciente;
• 1 bacia; • Avental, máscara e gorro;
• 1 almotolia com sabão líquido; • 1 saco plástico para o
• 1 frasco com creme; acondicionamento da roupa suja;
• 1 frasco com desodorante; • Hamper;
• 1 pacote com gaze IV; • Roupa de cama (conforme POP
• 1 toalha de banho; para preparo do leito);
• 1 toalha de rosto; • 6 compressas de tecido.
Técnica:
1. Higienizar as mãos e realizar desinfecção da bandeja;
2. Separar o material a ser utilizado e encaminhar-se para a unidade do
paciente;
3. Comunicar ao paciente sobre a realização do banho;
4. Promover a privacidade do paciente (biombo);
5. Fechar portas e/ou janelas para evitar corrente de ar;
6. Colocar o material na mesa de cabeceira ou carrinho ou mesa de
mayo;
7. Dobrar a roupa de cama, conforme a sequência da técnica do
preparo do leito ocupado;
8. Calçar as luvas de procedimento e vestir o avental, o gorro e a
máscara;
Técnica:
9. Colocar a roupa de cama suja (se houver) no saco de
lavanderia, tomando o cuidado para que esta não entre em
contato com o uniforme;
10. Remover a camisola ou o pijama do paciente. Mantenha o
lençol virol sem expor o paciente. Se um membro estiver lesado
ou apresentar mobilidade limitada, começar a remoção do lado
não afetado primeiro;
11. Encher o jarro de água ajustando a temperatura de modo que
fique confortavelmente quente para o paciente;
12. Avaliar a possibilidade de remover o travesseiro
HIGIENE ORAL
Deve ser realizada pela manhã, após as refeições e a noite;

• Verificar uso de prótese dentária, se sim realizar higiene;


• Utilizar escova/similar, fio dental, creme dental/similar;
• Em pacientes impossibilitados a enfermagem deve usar anti-
sépticos para realização da higiene.

• Objetivos : Promover conforto ao cliente; evitar halitose;


prevenir carie dentaria e conservar a boca livre de resíduos
alimentares.
• A equipe de enfermagem deve, prestar o cuidado de acordo
com o grau de dependência do cliente.
PROBLEMAS COM A FALTA DA HIGIENE ORAL

O que acontece quando não ocorre uma higienização bucal


adequada?
• Formação de placa bacteriana ou biofilme.
• As cáries
• Cálculo dental ou tártaro
• Gengivite
• Periodentite ( doença da gengiva)

Uma higiene oral satisfatória contribui para minimizar os


riscos de complicações e o tempo de internação do cliente.
Higiene oral: Prática

1. Higiene das mãos;


2. Explicar ao cliente o procedimento;
3. Colocar-lo em posição confortável;
4. Assistir a higiene da boca;
5. Se possível fazer uma adaptação na escova para que o para
que o cliente sinta-se seguro;
CUIDADOS COM OS CABELOS:

• Lavar quando necessário;


• Pode ser feito durante banho de
leito;
• Secar os cabelos rapidamente
para evitar resfriamento;
• Pentear e prender o cabelo ( se
necessário).
LAVAGEM DO CABELO

• Proteger a cama e o cliente das eventuais fugas de água,


com resguardos impermeáveis;
• Se a lavagem se faz na cama, instalar o cliente na posição
semi-fowler, as costas e os ombros apoiados por uma ou
duas almofadas e a cabeça inclinada para trás;
• Proteger o canal auditivo com compressas ou algodão;
• Envolver os ombros do cliente com um resguardo
impermeável coberto por uma toalha cruzada a frente sobre o
peito e fixo com um clampe;
LAVAGEM DO CABELO
• Deixar cair a extremidade do resguardo dentro do balde,
enrolando os bordos de cada lado

• Molhar o cabelo com shampoo friccionando suavemente o


couro cabeludo com a ponta dos dedos

• Enxaguar, recomeçar a operação e enxaguar


abundantemente
• Secar o cabelo com a toalha, retirar o resguardo e o balde
CUIDADOS COM AS UNHAS:
• Limpar e cortar caso o paciente não consiga;
• Ter cuidados com pacientes com DM;
• Caso as unhas sejam duras, colocar imersas em
água morna durante 10-15 min.
• Desaconselhável o uso do esmalte em clientes
précirurgicos.
MÃOS E UNHAS

• Trata-se de cuidados simples da lavagem das mãos. As


mãos são vetores que favorecem a contaminação. As unhas
são receptoras de bactérias.
• Propor ao cliente para lavar as mãos antes e depois das
refeições, antes de tomar medicamentos, antes de se deitar
e quando for necessário.
• Encher a bacia de água morna (37º).
MÃOS E UNHAS

• Molhar e lavar as mãos com um sabão neutro, depois


os espaços interdigitais, a palma e as costas da mão.

• Enxaguar e secar por pressão com uma toalha.

• Pôr a mão do cliente sobre uma toalha, cortar as


unhas e lixá-las se necessário. Para as unhas dos pés
deve- se ter os mesmos cuidados . Secar e limpar
bem os espaços interdigitais.
REFERÊNCIAS

POTTER, P. A.; PERRY A. G.; ELKIN, M. K. Procedimentos e intervenções de enfermagem. 5ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013. POTTER, P. A.; et al. Fundamentos de enfermagem. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
CARMAGNANI, M. I. S, FAKIH, T., CANTERAS, L. M. S, TERERAN, N. Procedimentos de Enfermagem - Guia Prático,
2ª edição. Guanabara Koogan, 04/2017. VitalBook file.

CARMAGNANI, M.I.S; et al. Procedimentos de Enfermagem: guia prático. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2017.

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