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Ética profissional e estatuto da OAB

Resumo para P2
6dd
material 5
Nomeação
Ad hoc: Nomeação para ato específico e determinado. A responsabilidade é limitada ao ato.

Apud acta: Ocorre quando a nomeação é registrada na ata da audiência, conhecido como mandato tácito.

Forma: pode ser outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte.

Conteúdo: deve conter o nome do advogado, seu número na OAB, endereço físico e digital.

A procuração tem dois poderes:

Ad judicia e a Ad judicia et extra

Ad Judicia: poderes para o foro em geral, habilitando o advogado para praticar todos os atos judiciais,
em qualquer juízo, instância ou tribunal, salvo para os atos que exigem poderes especiais; • poderes
específicos, para receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir,
renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar
declaração de hipossuficiência econômica

Ad judicia et extra: Para juízo ou fora dele: habilita o advogado a agir tantos nos autos como fora dele,
como por exemplo, no âmbito administrativo, com todos os poderes que lhe forem conferidos.

Em caso de sociedade o mandato deve ser outorgado de forma individual, mesmo que ela façam parte do
mesmo instrumento procuratório.

• Extensão do Mandato: • A procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases
do processo, inclusive para o cumprimento de sentença, salvo disposição em contrário.
O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso do tempo, salvo se o contrário for
consignado no respectivo instrumento.

Advocacia em causa própria: o advogado que postular em causa própria deverá declarar na petição
inicial junto com todas as informações necessárias, deverá colocar o endereço para receber as
intimações caso não o fazendo, o juiz determinar que a omissão seja suprida, no prazo de 5
(cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição.

O advogado deve ter relação de confiança recíproca com seu cliente, e dividir suas estratégias de
atuação com o cliente, e caso não ocorra poderá fazer o substabelecimento do mandato ou ele
renunciar.

Prestação de contas e devolução de bens, valores e documentos: • A conclusão da causa ou


desistência, tenha havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente
bens, valores e documento que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como
pormenorizada prestação de contas, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se
mostrem pertinentes e necessários. • A prestação de contas a qualquer tempo independe do
pagamento de honorários em dia. O advogado deverá prestar contas ainda que o cliente esteja em
débito com os honorários.

• O advogado não deve aceitar mandato de quem já tenha patrono constituído sem prévio
conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável, ou para adoção de medidas
judiciais urgentes e inadiáveis.

● O advogado não pode deixar ao abandono ou ao desamparo as causas sob seu patrocínio,
sendo recomendável que, em face de dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto
a providências que lhe tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato.
● Em caso de sociedade ou para aqueles que estão reunidos em caráter permanente, os
advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter
permanente para cooperação recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele,
clientes com interesses opostos.
● Postulação contra ex-cliente e ex-empregador art. 21 CED
O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador,
judicial ou extrajudicial, deve resguardar o sigilo profissional. Assim, durante os dois
primeiros anos que sucedem ao distrato com o ex-cliente o desligamento deverá se abster.

Conflitos de interesse: Caso o advogado atue para mais de uma parte no mesmo processo, e em
dado momento ocorra conflitos de interesses, deverá tentar harmonizar os interesses conflitantes.
• Não obtendo êxito, caberá ao causídico, com a devida prudência e discrição, optar por um dos
mandatos, renunciando aos demais e resguardando o sigilo profissional.
• Não será obrigatório que opte pelo mandato mais antigo, tampouco que renuncie a todos os
mandatos.

Patrocínio de causa contrária à validade de ato jurídico e impedimento ético: Ao advogado


cumpre abster –se de patrocinar causa contrária à validade ou legitimidade de ato jurídico para
cuja formação haja colaborado ou na qual tenha intervindo de qualquer maneira. • Da mesma
forma, deve declinar seu impedimento ou da sociedade que integre, quando houver conflito de
interesse motivado por intervenção anterior no trato de assunto que se prenda ao patrocínio
solicitado.

Direito e dever de assumir a defesa criminal: É direito e dever de assumir a defesa criminal, sem
considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado.

● O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando outros
advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional para com
ele trabalhar no processo.
● É defeso ao advogado, funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e
preposto do empregador ou cliente

Substabelecimento com reserva de poderes:


É o ato pelo qual o advogado que recebeu poderes no instrumento de mandato transfere-os a
outro advogado, mantendo-se nos autos.
• Para substabelecer com reserva de poderes, o advogado tem que ter poderes específicos no
instrumento.
• O advogado substabelecido somente poderá cobrar honorários advocatícios do cliente –
outorgante com a anuência expressa do advogado substabelecente, razão pela qual a lei impõe
que eles devam ajustar, antecipadamente, seus honorários

Substabelecimento sem reserva de poderes:

Revoga os poderes concedidos ao advogado substabelecente, o qual não mais poderá atuar no
processo.
É ato pessoal do advogado.
Exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente.

Causas de Extinção do Mandato Judicial:


• Conclusão da causa ou arquivamento do processo, art. 13 CED;
• Renúncia, art. 16 do CED;
• Revogação, art. 17 do CED;
• Substabelecimento sem reserva poderes, art. 26, p. 1º do CED.

Renúncia: A renúncia unilateral do advogado poderá acontecer em qualquer tempo.


● Deve ser feita sem menção do motivo (A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção
do motivo que a determinou, fazendo cessar a responsabilidade profissional pelo
acompanhamento da causa, uma vez decorrido o prazo previsto em lei)
● Após renunciar o mandato continuará durante 10 dias seguintes à notificação da renúncia
● Dispensa a comunicação referida quando a procuração tiver sido outorgada a vários
advogados e a parte continuar representada pelo outro, apesar da renúncia.
● Após cessar o prazo de permanência mínima acaba a responsabilidade do advogado, mas
isso não exclui os danos eventualmente causados ao cliente ou a terceiros.
● A renúncia não afasta o direito de receber honorários, mas esses serão proporcionalmente
aos serviços prestados.
● O advogado deve notificar o cliente da renúncia ao mandato, preferencialmente mediante
carta com aviso de recepção (AR), comunicando-o, após o Juízo, segundo regra do art. 6º
RGEAOAB.

Revogação: Ato unilateral do cliente pelo qual ele retira do advogado os poderes outrora
outorgados
● mesmo após a revogação ele ainda tem obrigação de pagar as verbas honorárias
contratadas.
● Não retira do advogado o direito de receber o quanto lhe seja devido em eventual
verba honorária sucumbencial que deverá ser calculada de forma proporcional ao
serviço que ele prestou.
● Revogado o mandato, o cliente deverá constituir, em ato contínuo, outro advogado
para assumir o patrocínio da causa.
● Não sendo sanado, caso o processo esteja na instância originária: • I – será extinto, se
a providência couber ao autor; II – será considerado revel, se a providência couber ao
réu;
III – será considerado revel ou excluído do processo, do processo, dependendo do
polo em que se encontre, se a providência couber à terceiro.
Caso o processo esteja em fase recursal perante em fase recursal perante Tribunal de
Justiça, Tribunal Regional Federal ou Tribunal Superior não sendo sanado a
representação, o relator: I – Não conhecerá o Recurso, se a providência couber ao
recorrente;
II – determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao
recorrido.

Correta atuação profissional e dever de Lhaneza – 28 do CED: • Consideram-se imperativos de uma


correta atuação do profissional o emprego de linguagem escorreita e polida, bem como a observância de boa
técnica jurídica.
Respeito pelo colega e aviltamento de honorários- 29 do CED
● O advogado ou sociedade que participar de concursos deve ter tratamento condigno que não os torne
superior ou inferior , e os seus serviços prestados mediante remuneração não deve ser incompatível
com o mínimo fixado na tabelas de honorários que for aplicável.
Relação do advogado com a OAB:
● Dever de lealdade
● • O advogado, no exercício de cargos ou funções em órgãos da OAB ou na representação da classe junto a
quaisquer instituições, órgãos ou comissões, públicos ou privados, manterá conduta consentânea com as
disposições do CED e que revele plena lealdade aos interesses, direitos e prerrogativas da classe dos
advogados que representa.
● Enquanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB ou representar a classe junto a quaisquer instituições,
órgãos ou comissões, públicos ou privados, o advogado não poderá firmar contrato oneroso de prestação de
serviços ou fornecimento de produtos com tais entidades nem adquirir bens postos à venda por quaisquer
dos órgãos da OAB.
● Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB ou tiver assento, em
qualquer condição, nos seus Conselhos, atuar em processos que tramitem perante a entidade nem oferecer
pareceres destinados a instruí-los, salvo se for em causa própria.
● Ao submeter seu nome à apreciação do Conselho Federal ou dos Conselhos Seccionais com vistas à inclusão
em listas destinadas ao provimento de vagas reservadas à classe nos tribunais, Conselho Nacional de Justiça,
Conselho Nacional do MP em outros colegiados, o candidato assumirá o compromisso de respeitar os direitos
e prerrogativas do advogado, não praticar nepotismo nem agir em desacordo com a moralidade.

Material 6 Deveres do advogado

São deveres do advogado:preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da


profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia. Art. 133
CF/88
ATUAR COM:
● Destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa fé.
● Empenhar permanentemente em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional.
● Buscar em qualquer tempo a conciliação e a mediação entre os litigantes.
● Pugnar pela solução dos problemas
● Ter a consciência de que o direito é um meio de mitigar as desigualdades, e a lei é um
instrumento para garantir a igualdade a todos.
● Zelar pela sua liberdade e independência mesmo quando vinculado ao cliente, mesmo que
tenha relação empregatícia por contrato de prestação de serviço.
● Adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da
justiça.
● Cumprir os encargos assumidos no âmbito da OAB ou na representação da classe
● Zelar pelos valores institucionais da advocacia – trata-se de dever do advogado ativamente
pelos valores institucionais da advocacia.
● Ater-se quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados

O advogado deve privar-se de:


1. Utilizar influência indevida, em seu benefício ou de seu cliente;
2. Vincular a seu nome a empreendimentos sabidamente escusos;
3. Emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a
dignidade da pessoa humana;
4. Contratar honorários em valores aviltantes;
5. Expor os fatos em juízo ou na via administrativa falseando deliberadamente a
verdade e utilizando a má-fé.

Sigilo profissional: É um direito e um dever do advogado ter sigilo pois é de ordem pública e
não depende de autorização do cliente.
Qualquer informação passada ao advogado no exercício da profissão deverá ser considerada
sigilosa.
O sigilo não é absoluto! Este sigilo pode ser quebrado se preenchidos os requisitos do art 37 do
CED.
Direito de recusa de prestar depoimento Art 7° ea: O advogado poderá recusar depor como
testemunha, em processo ou procedimento administrativo, judicial ou arbitral no qual funcionou
ou deva funcionar, bem como sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado.
Mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua
sigilo profissional.
ATENÇÃO: A lei no 13.869/2019 – Lei de Abuso de Autoridade – tipificou como crime a
conduta da autoridade que constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de
função, ministério ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo, fixando pena de
01 a 04 anos, e multa, sem prejuízo de eventual pena cominada á violência.
Mediador, conciliador e árbitro: O advogado deve observar as regras de sigilo profissional ao
exercer as funções de mediador, conciliador e árbitro.
Funções desempenhadas na Oab: O sigilo profissional também deve ser observado em relação
aos fatos de que o advogado teve conhecimento em virtude de funções desempenhadas na OAB.
Violação do sigilo profissional: A violação do sigilo profissional sem justa causa, constitui
infração disciplinar passível de sanção de censura, após condenação do profissional no devido
processo disciplinar.

Material 7 e 8 Incompatibilidade e impedimento infrações disciplinares:


Tipos de sociedade: sociedade simples de prestação de serviços de advocacia
Classificação:
A) Sociedade unipessoal de advocacia:
Somente formada por um único sócio sendo este necessariamente um advogado.
Essa sociedade surge de forma originária quando um único sócio resolve registrar a
sociedade unipessoal na oab , sendo essa derivada de uma sociedade pluripessoal mas por
algum motivo se tornou unipessoal.
B) Sociedade pluripessoal de advocacia:
● Formada por dois ou mais sócios, necessariamente advogados.
● As atividades profissionais privativas dos advogados serão exercidas
individualmente, ainda que revertam à sociedade os respectivos honorários.
Personalidade Jurídica
Os dois tipos de sociedade apresentados acima adquirem uma personalidade jurídica com o
registro aprovado em seus atos no conselho seccional da OAB cuja base territorial tiver em
sede.
ATENÇÃO; • Não são admitidas a registro nem podem funcionar as sociedades que:
• 1 – apresentem forma ou característica de sociedade empresária;
• 2 – adotem denominação fantasia;
• 3 – realizem atividades estranhas à advocacia;
• 4 – incluam como sócio ou titular da sociedade unipessoal de advocacia pessoa não
inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.
Principais objetivos:
Possibilidade de reduzir a carga tributária - ele passa a recolher tributos ao que equivale a
uma sociedade e não mais a pessoa física.
Separar a responsabilidade pessoal do advogado, pela limitação do valor das quotas.
Importante: O registro dos atos constitutivos ou estatutos da sociedade de advogado será
feito no Conselho Seccional/OAB/Sede.
O advogado não pode estar:
Em mais de uma sociedade de advogados
Em mais de uma sociedade unipessoal de advocacia
Em uma sociedade de advogados em uma sociedade unipessoal
Regras para sede e filial na mesma seccional
Possibilidade de constituição de filial para sociedade individual
• Considerações art. 16 :
• Proíbe o registro de sociedade de advogados que: •
Apresentem característica de sociedade empresária;
• Adotem denominação de fantasia
•Realizem atividades estranhas à advocacia.
• Incluam como sócio, pessoa não inscrita como advogado ou proibida de advogar;
• Considerações art. 17
• Ambas as sociedades tem responsabilidade ilimitada pelos danos causados aos clientes
pela ação ou omissão no exercício profissional. 10
• As sociedades estão sujeitas ao Estatuto da Advocacia, Código de Ética e Disciplina da
OAB e ao Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia, não se tratando de sociedade
empresária.

Abertura de filial:
• O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no
Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade
unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar.
• Importante: TODOS os sócios devem ter inscrição onde estiver inscrita a sociedade.
Denominação e razão social:
• - Sociedade unipessoal + acrescentando sociedade individual de
advocacia
nome do sócio (nome completo ou parcial)

Sociedade pluripessoal:
Nome completo ou abreviado ou nome social de pelo menos um dos sócios + Acrescentando
sociedade de advogados/ advogados associados/ sociedade de advogadas

PROIBIDO : uso de nome fantasia, uso de nome do sócio falecido desde que prevista tal
possibilidade no ato constitutivo ou na alteração contratual em vigor.
Não basta haver autorização da família após o falecimento, é necessário a previsão no contrato
social.
ATENÇÃO: È vedado anunciar ou divulgar o uso da expressão “sociedade de advogados”,
“sociedade individual de advocacia” ou “escritório de advocacia” sem indicação expressa do
nome e do número da sociedade de advogados na OAB, sob pena de caracterizar infração
disciplinar, prevista no art. 34, II, do EAOB

Procuração: As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a


sociedade de que façam parte. – art.15, parágrafo 3º do EAOAB e art. 104, parágrafo 3º, do CPC.

• Não se outorga procuração diretamente para a sociedade e sim para seus sócios. Art. 15, p. 3º do
EAOAB e art. 104, p. 3º do CPC.

Sociedade de advogados no CPC :


● Os advogados poderão requerer que na instituição a eles dirigida nos processos, figure
apenas o nome da sociedade a que pertençam desde que devidamente registradas na OAB
● Podem registrar prepostos para retiradas dos autos em carga
● Os honorários advocatícios, as sociedades poderão receber de sucumbência sem que com
isso eles percam a sua natureza alimentar.
Sócios em diversas sociedades:
● Nenhum advogado pode integrar mais de um sociedade de advogados, constituir mais de
uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de
advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área
territorial do respectivo Conselho Seccional.

Em conselhos seccionais distintos é possível:


CS igual não pode
CS diferente pode

Sociedade entre cônjuges: È permitida independente do regime do casamento

Sócios atuando para clientes com interesses opostos: Os advogados sócios não podem
representar em juízo clientes de interesses opostos.
Essa regra se aplica também aos que não são sócios mas estão unidos em caráter permanente.
Caso atuem, poderão praticar crime previsto no art. 355 do CP – Patrocínio simultâneo ou
tergiversação.
Incorre nesse tipo penal o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa de
forma simultânea, ou sucessivamente partes contrárias no litígio.

Efeitos do cancelamento ou licenciamento do sócio: O cancelamento de um dos sócios da


sociedade pluripessoal por qualquer motivo deve gerar a alteração do contrato social, para que
ocorra este cancelamento.
O licenciamento de um dos sócios da sociedade pluripessoal por qualquer motivo deve gerar a
averbação do contrato social não alterando sua constituição original.
Advogados associados: • A sociedade de advogados pode se associar-se com advogado, sem
vínculo de emprego, para a participação nos resultados.
• Entre sociedade e seus sócios e o advogado associado não haverá subordinação ou qualquer
outro elemento que indique a existência de vínculo empregatício.
• Trata-se de uma parceria, para a atuação em determinada área, tanto assim que a remuneração
não será equivalente à salário e sim à participação nos resultados das ações em que o advogado
associado atuar.
Responsabilidade da sociedade, dos sócios e dos associados:
Eles respondem subsidiariamente e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou
omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo de responsabilidade disciplinar contudo a
responsabilidade será limitada às ações em que atuar junto à sociedade

Forma de administração: • As sociedades de advogados podem adotar qualquer forma de


administração social, permitida a existência de sócios gerentes, com indicação dos poderes
atribuídos.
Sociedade fora das normas: • Manter sociedade de advogados fora das normas da OAB (
Estatuto, Código de Ética, Regulamento Geral e Provimento nº 112/2006 do Conselho Federal da
OAB) representa infração disciplinar prevista no art.34, II, do EAOAB, punível com censura –
art. 36, I, do EAOAB.

Material 9 Advogado empregado


Conceito: Profissional assalariado na qualidade de advogado.
- A relação de emprego na qualidade de advogado não retira a isenção técnica, nem
diminui sua independência profissional inerentes à advocacia.
- Não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos
empregadores, fora da relação do emprego.
- Não poderá exceder duração diária de 8 horas continuadas e a de 40 horas semanais,
caso este trabalho seja em serviços para empresas.
- Horas extras são remuneradas por um adicional de 100%
- Horas noturnas (vinte horas de um dia até às cinco horas do dia seguinte) são
remuneradas por um adicional de 25%;
- Honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.

Salário Mínimo do advogado empregado:

*Será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de


trabalho.
*Será considerado período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do
empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas,
sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transportes, hospedagem e alimentação
Horas extraordinárias :
→As horas trabalhadas que excederem a jornada normal serão remuneradas por adicional não
inferior a 100% sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
• As horas trabalhadas no período vinte horas de um dia até às cinco horas do dia seguinte são
remuneradas como noturnas acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.
• Dica: das 20h às 5h = adicional de 25%.

H onorários de sucumbencia do advogado empregado:


• Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade, são
partilhados entre ele e a empregadora ( por intermédio de seu sócio) e constituem fundo comum,
cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por
seus representantes.
OBS: Na causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários
de sucumbência são devidos ao advogado empregado.
Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só
acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo,
assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários.

Atenção: Os honorários de sucumbência, recebidos por advogado empregado de sociedade de


advogados, são partilhados entre ele e a empregadora – por intermédio de seus sócios, e
constituem fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço
jurídico da empresa ou por seus representantes.

Da advocacia pro bono:


Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, conveniado ou
dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que a parte por ele
assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio.
• § 1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços
jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que
os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional.
• 2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não
dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado.
• § 3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político partidários ou eleitorais, nem
beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para
captação de clientela.

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