Modelagem Molecular Aplicada A Vulcaniza6
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Figura 3: Variação da eletrofilicidade () dos complexos de Zn e sua correlação com o tempo ótimo
de cura (t90) de composições de SBR
Fonte: Os autores
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Figura 4: Variação dos parâmetros termodinâmicos (Sf, Hf e Gf) dos complexos de Zn e sua
correlação com o tempo ótimo de cura (t90) de composições de SBR
Fonte: Os autores
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A energia livre de Gibbs padrão de formação de um composto, em uma dada
temperatura, é uma medida de sua estabilidade em relação a seus elementos em
condições padrão. Se Gf 0 em certa temperatura, o composto tem energia livre
menor do que seus elementos puros e os elementos tendem espontaneamente a
formar o composto nesta temperatura. Dizemos que o composto é “mais estável” nas
condições padrão do que seus elementos. Se Gf 0, a energia livre do composto é
maior do que a de seus elementos e o composto tende espontaneamente a se
decompor nos elementos puros. Neste caso, dizemos que os elementos são “mais
estáveis” do que o composto puro (ATKINS et al., 2018).
Pela Figura 4, observando-se os valores negativos de Gf, poderíamos
estipular uma ordem de estabilidade crescente para os complexos: MBPP Zn
tBuMBPP Zn HeBPP Zn MMBPP Zn. Através de análise térmica (TG/DTG), em
atmosfera de argônio, MACIEJEWSKA et al. (2021) encontraram para a temperatura
de decomposição correspondente a 5% de perda de massa (T 5%), a seguinte ordem
de estabilidade: HeBPP Zn MBPP Zn MMBPP Zn tBuMBPP Zn. Provavelmente,
segundo os autores, a fragmentação da longa cadeia heptil tenha sido a causa da
baixa temperatura para o início da degradação térmica do complexo HeBPP Zn. A
discrepância entre os dados teóricos e experimentais uma vez mais pode ser atribuída
as condições específicas da modelagem molecular empregadas. Convém também
mencionar que, da mesma forma que os outros parâmetros termodinâmicos, parece
não haver uma correlação clara entre os valores isolados de Gf e o t90.
4. CONCLUSÃO
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Dados termodinâmicos como Sf, Hf e Gf, não foram trouxeram, de forma
isolada, informações relevantes que pudessem explicar os dados experimentais de
MACIEJEWSKA et al. (2021). Talvez as condições de modelagem molecular adotadas
e o intrincado desenrolar do processo de vulcanização sejam as causas de tal falha
na análise.
AGRADECIMENTOS
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REFERÊNCIAS
ALAM, M. N., MANDAL, S. K., ROY, K., DEBNATH, S. C. (2014). Synergism of novel
thiuram disulfide and dibenzothiazyl disulfide in the vulcanization of natural rubber:
curing, mechanical and aging resistance properties. Int. J. Ind. Chem., DOI:
10.1007/s40090-014-0008-6.
BROWN, T. L., LeMay Jr., H. E., BURSTEN, B. E., MURPHY, C. J., WOODWARD,
P. M., STOLTZFUS, M. W. Química – a Ciência Central. Pearson Education do
Brasil Ltda., São Paulo, SP, 13ed, 2017.
HYPERCHEM Release 7.0 for Windows. Tools for Molecular Modeling (Manual de
Instruções). Hypercube, Inc., 2002.
MOSTONI, S., MILANA, P., DI CREDICO, B., D’ARIENZO, M., SCOTTI, R. (2019).
Zinc-based curing activators: new trends for reducing zinc content in rubber
vulcanization process. Catalysts, DOI: 10.3390/catal9080664.
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2011. 119 f. Dissertação (Mestrado em Física) – Instituto de Física de São Carlos
(IFSC), Universidade de São Paulo (USP), São Carlos, SP, 2011.
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CAPÍTULO 04
Abstract: We present in this work Thompson's equations, with spacing factors P and
Q, and we use them to computationally generate two-dimensional structured meshes
for simply and doubly connected regions. For the internal boundary of doubly
connected regions we selected some wing profiles of an aircraft. We discretized the
equations using second-order centered finite differences and we used the SOR
method to numerically solve the system of linear equations resulting from
discretization. In SOR method, we test optimal values for the relaxation parameter ω.
We conclude that the combination of SOR and finite difference methods produced
adequate meshes for certain wing profiles and values of P, Q, and ω.
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1. INTRODUÇÃO
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Figura 2: Malhas estruturadas em domínio: (a) simplesmente conexo; (b) duplamente conexo
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linha média (linha geométrica central) do aerofólio e a distribuição da espessura ao
longo dessa linha (STANFORD, S.d.). O primeiro dígito especifica o camber máximo
(abaulamento) em porcentagem da corda (comprimento do aerofólio); o segundo
dígito indica a posição do camber máximo ao longo da corda, em décimos da corda;
os dois últimos dígitos fornecem a espessura máxima em porcentagem da corda. O
camber é a distância, perpendicular à corda, entre esta e a linha média, como ilustra
a Figura 3.