Projeto Integrador III - Licenciatura
Projeto Integrador III - Licenciatura
Projeto Integrador III - Licenciatura
São Paulo - SP
2023
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo - SP
2023
MOREIRA, Alessandra de Souza; GURGEL, Alexandre Vila; FRENCL, Eliana
Aparecida; MARTINS, Lidianny, Mendonça; ARISPE, Salete; SILVA. Simone
Barbosa; GONÇALVES. Sheila Lopes Ferreira Schuindt. Conscientização
Fonológica na Alfabetização. Relatório Técnico-Científico. Letras, Matemática e
Pedagogia– Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Márcia
Regina de Souza Silva. Polos Capão Redondo, Parque Anhanguera, Cidade Dutra,
Céu Lageado 2023.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5
2 DESENVOLVIMENTO....................................................................................................... 7
2.4 METODOLOGIA......................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 15
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1 INTRODUÇÃO
Abordar sobre as dificuldades de aprendizagem encontradas pelo professor no seu
cotidiano escolar, é muito importante para melhor compreender, como o aluno aprende ou
porque ele não aprende, bem como os fatores que influenciam direta ou indiretamente e quais
são as possíveis causas da não aprendizagem.
Nas duas últimas décadas tem ocorrido uma série de esforços e pesquisas para a solução
desse problema e estudos mostram que o trabalho da consciência fonológica têm sido indicado
como a melhor estratégia para prevenir e corrigir essa situação.
2 DESENVOLVIMENTO
Esse Projeto busca apresentar através da ludicidade, com o jogo Bingo Fonético, uma
estratégia para conscientização fonológica, possibilitando assim a construção de habilidades
importantes para o processo de aquisição de leitura e escrita.
2.1 OBJETIVOS
Preencher lacunas relacionadas a consciência fonológica, no processo de linguagem
escrita e leitura, buscando a correspondência das letras e sons.
Familiarizar a criança o mapeamento que a língua escrita executa sobre os sons da fala.
Dessa forma, é possível identificar que a leitura, e a escrita é importante não somente
para a matéria escolar específica, mas é fundamental para o processo inteiro de ensino-
aprendizagem. À vista disso define-se, portanto, a questão norteadora da pesquisa: “Como
capacitar, habilitar e motivar o desenvolvimento da Alfabetização nos anos iniciais?”. Por
conseguinte, o intuito da observação realizada é conferir habilidades para leitura através da
consciência fonológica.
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O sistema alfabético é condição necessária para o uso da língua escrita, e para que haja
a compreensão desse sistema, é necessário aprendizados específicos relativos ao componente
do sistema fonológico da língua e suas interrelações, como demonstra Bortoni Ricardo:
Ler e escrever são processos complexos – o segundo ainda mais complexo que primeiro
exigem conhecimentos de natureza sintática, semântica e pragmático- cultural, que o
leitor vai adquirindo à medida que amplia o seu léxico ortográfico, nos estágios
subsequentes à fase de alfabetização. Mas ressalve-se que, na fase inicial da
aprendizagem da leitura, a competência essencial a ser desenvolvida é a decodificação
de palavras, o que, por sua vez, implica um processamento fonológico. (BORTONI-
RICARDO, 2006, p. 204).
O professor precisa ser consciente entre as diferenciações entre fala e escrita, e como
elas interferem no processo de alfabetização, os Autores Faraco (2005) e Caligari (2003),
destacam a importância do código no aspecto semântico quanto nas diferenças entre fala e
escrita, enfatizando o ensino das letras e sons. Para tanto, o professor precisa gradativamente
esclarecer que, o sistema gráfico da língua portuguesa precisa de uma representação gráfica
alfabética na qual, cada unidade sonora representa uma letra, e cada letra representa um som.
A consciência fonológica pode ser entendida como um conjunto de habilidades que vão
desde a simples percepção global do tamanho da palavra e de semelhanças fonológicas entre as
palavras até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas. Contribui com o domínio mais
eficiente da escrita e da leitura pelas crianças, à medida que leva o sujeito aprendiz a pensar
sobre como a fala representa a escrita e, do mesmo modo, a refletir sobre os signos a serem
grafados, com que tipo de lógica organizacional a fim de a escrita expressar a fala.
Neste sentido, Morais (2007, p. 37) também afirma que “aprender ortografia não é um
processo passivo, não é um simples ‘armazenamento’ de formas corretas na memória. Ainda
que a norma ortográfica seja uma convenção social, o sujeito que aprende a processar
ativamente”. Por isso, nesse processo, o que se faz necessário é realizar uma intervenção
didática adequada, e não exercícios mecânicos e descontextualizados, que privilegiam a
memorização/fixação em detrimento da compreensão dos mecanismos de escrita, a saber: os
aspectos fonéticos, fonológicos e sintáticos.
Em várias fontes bibliográficas, são referidos jogos tradicionais e digitais como forma
de desenvolver com as crianças, para que elas tenham consciência de que os sons da fala são
uma realidade do seu cotidiano, podendo ser apresentados as características das flores, das
árvores, dos frutos ou dos animais, palavras, textos, realidades que nos cercam, é possível
chamar a atenção para estas propriedades em contexto letivo, no Ciclo do Ensino Básico.
O brincar é mais que uma atividade lúdica, é um modo para obter informações,
respostas e contribui para que a criança adquira uma certa flexibilidade, vontade de
experimentar, buscar novos caminhos, conviver com o diferente, ter confiança,
raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder, percebendo que haverá
novas oportunidades para ganhar. Na brincadeira, adquire hábitos e atitudes
importantes para seu convívio social e para seu crescimento intelectual, aprende a ser
persistente, pois percebe que não precisa desanimar ou desistir diante da primeira
dificuldade. (ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 44 (2): p. 647-656, maio-
ago. 2015).
Temos como auxílio para alfabetização das crianças, o uso tecnológico tradicional do
Bingo Fonético (Sandra Pluguieze), de forma a articular e mediar as aprendizagens já
estabelecidas e a se estabelecer nas aprendizagens infantis. Esse jogo tem como objetivo
revisar as letras do alfabeto, apresentar os sons de cada letra. O mediador da proposta
pedagógica para a alfabetização, distribui as fichas do bingo para as crianças, em seguida há
um sorteio representando figuras com os fonemas e as crianças vão marcando em suas fichas
conforme for sendo sorteado.
Por meio de atividades com jogos, as crianças têm a oportunidade de descobrir, inferir,
experimentar situações de aprendizagem e, até mesmo, da vida social, tendo, assim, grandes
contribuições à sua formação como cidadãos e acadêmicos. Os jogos trabalham relações
interpessoais, as regras, a afetividade, o cognitivo e, no caso de jogos que envolvam a Língua
Portuguesa, uma reflexão criativa de seu uso. Cabe ressaltar que o jogo anteriormente citado,
pode ser utilizado em sala regular, tornando a aprendizagem diferente, motivadora e
significativa. Além disso, outros jogos e materiais podem ser encontrados em sites da internet
para impressão, aquisição, bem como para a confecção pelo próprio professor. Magalhães e
Junior (2012) apontam algumas contribuições na apropriação da língua por meio do trabalho
com jogos:
2.4 METODOLOGIA
Segundo Gil (2002), a pesquisa pode ser definida como um procedimento que busca
respostas para problemas de forma racional e sistemática. Esta é uma pesquisa de natureza
aplicada, e descritiva quanto ao objetivo, de natureza qualitativa, que tendem a ser menos
formais que as quantitativas, e depende de muitos fatores, como natureza dos dados coletados,
extensão da amostra, instrumentos de pesquisa e pressupostos teóricos que orientam o estudo.
Este também é um estudo de caso, já que será estudada especificamente a EMEF M Boi
Mirim, localizada na cidade de São Paulo - SP.
O projeto destina-se aos anos iniciais no contexto escolar, visando fornecer habilidades
que ampliem a capacidade de aprendizagem dessas crianças, através da conscientização
fonológica em brincadeiras.
Primeiramente será feito uma sondagem geral com os alunos sobre o conhecimento
prévio das letras do nosso alfabeto. Em seguida será apresentado às crianças algumas imagens
de animais e flores onde iniciaremos uma conversa sobre a características desses seres; faremos
um paralelo em relação as letras, pois elas têm características específicas assim como os seres
na natureza; abordaremos a conscientização fonológica, pois assim como na natureza, as letras
também possuem formas e sons respectivos.
as crianças terão fichas, como uma cartela de bingo, contendo as letras com sua respectiva
figura que representa um som, haverá um sorteio pelo educador ou alguma criança para auxiliar,
e o anúncio da letra sorteada se dará pelo som equivalente, a partir desse ponto as crianças
deverão identificar a letra correspondente ao som com a imagem em sua cartela.
Após essa atividade se for possível faremos a leitura de algumas palavras analisando os
fonemas nelas contidos e fazendo assim a codificação e decodificação das palavras.
Essa atividade procura, além de habilitar as crianças para a leitura e escrita, trazer um
estímulo, através do jogo. Com essa abordagem demontraremos que eles são capazes de ler e
escrever, aumentando o desempenho nos níveis de alfabetização e, consequentemente,
motivando esses pequenos educandos, o que refletirá no desenvolvimento nos anos seguintes.
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REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.