Eficiencia Energetica en Aire Comprimido
Eficiencia Energetica en Aire Comprimido
Eficiencia Energetica en Aire Comprimido
Agradeço a Deus por ter me dado capacidade de finalizar este trabalho, mesmo nos
momentos difíceis ao conciliar trabalho e mestrado.
A minha namorada Júlia Assunção que me deu suporte e teve paciência durante as noites e
fim de semana.
E aos meus pais Sr. José de Arimatéia e Cleusa Aparecida pelo apoio incondicional em
todos os momentos.
A Universidade Federal de São João del Rei pelo ensino de qualidade ministrado em todos
os segmentos em que atua, e aos docentes e técnicos desta renomada instituição, em especial aos
professores Dr. Flavio Neves e Dr. José Antônio.
EPÍGRAFE
.
ABSTRACT
In a context of globalization and a constant search for cost reduction in the industrial
sector, energy audit proves to be an effective practice to reduce costs and increase
competitiveness, especially in compressed air applications is one of the largest electricity
consumers in industrial plants. Given this fact, this paper presents a case study which was carried
out an energy audit in the compressed air system of a chemical industry in the fields of Strands
region in which it was found an economic potential of 25% in the specific energy consumption .
the factors that provided increased energy efficiency in the facility, as well as the possibility of
heat recovery from the compressed air system for heating water and drying products and the
application of the standard ISO 50001 at the facility are covered for the implementation of An
energy management system.
Capítulo 1
1.1. INTRODUÇÃO
Atualmente, no cenário mundial há uma alta competitividade e uma preocupação constante
com as mudanças climáticas, desencadeando uma busca por eficiência energética em processos
de geração, distribuição de energia e equipamentos.
No setor industrial a busca por eficiência também é importante, principalmente, com a
implementação do Lean Manufacturing (Sistema Toyota de Produção), que normatiza os sete
desperdícios que devem ser avaliados no setor produtivo. Um exemplo é o emprego além do
necessário da energia elétrica, que pode ser entendido como o uso não eficiente na produção,
aumentando os custos, e, consequentemente, reduzindo os lucros e a competitividade das
empresas (OHNO, 1988).
A escolha e seleção de equipamentos mais eficientes, é um fator decisivo na busca de
redução de perdas. Em diversos países como Canadá, Alemanha e Estados Unidos (CLASP,
2008), os equipamentos e instalações são classificados de acordo com a sua eficiência energética.
No Brasil, produtos como veículos automotores, eletrodomésticos, lâmpadas, motores elétricos,
coletor solar e instalações comerciais, públicas e residenciais, dentre outros, já são avaliados
quanto a sua eficiência energética, e recebem um selo que varia de A a E, sendo que, com o selo
A o aparelho possui uma maior eficiência energética e o E menor eficiência energética
(INMETRO, 2014).
O consumo de energia elétrica no setor industrial brasileiro representa 50% do consumo
total, onde as cargas motrizes correspondem a 55% do consumo elétrico industrial e 25% do
consumo da energia elétrica distribuída no Brasil (ELEKTRO, 2015). Considerando uma melhor
utilização desta energia para operação de máquinas, ventiladores e compressores, estes dados
representam um grande potencial de redução de consumo.
Segundo estudos realizados na União Europeia, com o programa SAVE II, 18% da energia
elétrica consumida no setor industrial é destinada a sistemas de ar comprimido e 7% para
compressores de refrigeração (ALMEIDA et al., 2000), inferindo uma alta relevância à
utilização e geração do ar comprimido (AC), e, consequentemente, a operação eficiente destes
equipamentos.
18
medidas propostas estão sendo implantadas de forma adequada e ações corretivas tem sido
implantadas (ABNT, 2011).
1.3 OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo avaliar a aplicação da ferramenta auditoria
energética, bem como sua viabilidade técnica e econômica de uma intalação de ar comprimido.
Foram realizadas avaliações de duas audtitorias realizadas, a viabilidade técnica e econômica da
substituição e atualização do sistema de geração de ar comprimido. Bem como a avaliação de
melhorias em sistemas de gerenciamento de compressores, manutenção do sistema e a avaliação
técnica e econômica do sistema da implemtenção de um sistema de recuperação de calor para
aquecimento de água e secagem de grãos.
Inicialmente, foi realizada uma auditoria energética no sistema de ar comprimido de uma
Planta Industrial de Carbeto de Silício (SiC) situada em Minas Gerais na região do Campo das
Vertentes. Em seguida, foram propostas melhorias para o sistema e realizado um estudo de
viabilidade econômica.
Depois da etapa de implantação das melhorias sugeridas, foi realizada em 2012 uma
segunda auditoria para verificar o resultado das ações efetuadas e propor novas soluções aos
pontos identificados como ainda não eficientes.
A planta analisada tem uma produção atual de 100.000 toneladas/ano (ton/a) de SiC,
sendo responsável pela produção primária e beneficiamento.
Na última etapa é avaliada a adoção da norma NBR ABNT ISO 50001 na unidade fabril
estudada como forma de garantir a evolução no gerenciamento energético.
Capítulo 2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 AR COMPRIMIDO
O ar atmosférico é abundante na atmosfera, sendo constituído de aproximadamente 78%
de Nitrogênio, 21% de Oxigênio e 1% de outros gases. Sua pressão ao nível do mar é de 101325
Pa. Sendo um fluído com grande disponibilidade, a sua forma comprimida (com aumento da
pressão em relação à pressão atmosférica local) é uma fonte de energia importante na indústria
(ATLAS COPCO, 2015).
O custo total para trabalhar com AC inclui o custo das instalações, reparo e manutenção
do equipamento, bem como mão-de-obra de operação e manutenção, sendo que 95% do custo
total correspondem somente à mão-de-obra e encargos trabalhistas; e os 5% restantes
correspondem aos custos relacionados propriamente com o AC. Sendo assim, o custo do AC e
suas ferramentas pneumáticas são considerados insignificantes quando comparado à economia
obtida a partir do seu uso nas instalações industriais (ROLLINS, 2004).
Para conseguir os benefícios e vantagens na utilização do AC, é essencial um bom
planejamento para o desempenho e eficiência adequados do sistema. Para que isto ocorra, é
necessário que os equipamentos, layout e instalações, sejam perfeitamente dimensionados e
mantidos em condições apropriadas de operação (ROLLINS, 2004). Além disso, a qualidade do
AC deve atender aos requisitos mínimos necessários, sem comprometer as suas características ou
dos equipamentos que requerem seu uso. Esta especificação deve envolver também o
dimensionamento dos secadores do sistema. Outro ponto importante é a perda de carga no
tratamento do AC, que reduz a eficiência de sua distribuição. Para sanar este problema,
resevatórios grandes e sistemas de distribuição de AC em forma de anel devem ser utilizados,
impedindo os ciclos desnecessários de partida e parada dos compressores (KENT, 2012).
21
2.2 COMPRESSORES
Os compressores são os dispositivos que captam ar ou gás e aumentam a sua pressão
através da realização de trabalho. De acordo com as leis da termodinâmica, o gás ou o ar podem
ser comprimidos isentropicamente ou isotermicamente. Na realidade, o ar raramente é usado
logo depois da compressão, sendo necessário armazena-lo e distribuí-lo por linhas de tubulações
(ATLAS COPCO, 2010).
Existem dois tipos principais de compressores de ar, os compressores de deslocamento
positivo e os dinâmicos. Os compressores de deslocamento positivo são os mais comuns na
indústria (ROLLINS, 2004), sendo estes, dispositivos que confinam o gás ou ar em recipientes
reduzindo seu volume e aumentando a sua pressão (ATLAS COPCO, 2015).
Nos compressores de deslocamento positivo o ar é deslocado para uma câmara onde é
realizado o trabalho de compressão do volume (ROLLINS, 2004).
Em compressores dinâmicos o ar é impelido e acelerado a alta velocidade, e é
descarregado em um difusor, no qual a energia cinética é transformada em pressão estática
(ATLAS COPCO, 2010).
válvula de admissão é aberta preenchendo toda a câmara com ar. Após o fechamento da válvula
de admissão, o deslocamento da biela provoca uma redução no volume da câmara, e no ponto de
máxima pressão a válvula de exaustão é aberta e o ciclo é reiniciado. A taxa de compressão é
definida como a relação entre os valores de pressão admitida e da dissipada (ATLAS COPCO,
2010).
O modelo mais antigo e ainda um dos mais utilizados é o compressor a pistão, que pode
ter as mais diversas configurações e até mesmo ser isento de óleo. Dentre os modelos a pistão as
configurações mais comuns de pequena dimensão são os bi-cilindrico em “V”, como mostrado
na Figura 2 (ATLAS COPCO, 2015).
tubulações e equipamentos que utilizam AC é indesejável, e para garantir que o ar esteja isento
de água são utilizados métodos de secagem do ar (ATLAS COPCO, 2010).
A temperatura de orvalho é a temperatura em que água contida no AC inicia o processo
de condensação. Valores baixos de temperatura de orvalho significam que há pequena
quantidade de água no ar atmosférico (ROLLINS, 2004).
A escolha correta da forma de garantir a qualidade do AC é importante para a economia de
energia elétrica e redução dos custos operacionais. Um ponto de extrema importância é o
levantamento dos requisitos minimos de qualidade, pois quanto maior o nível de qualidade do
AC, maiores são os custos envolvidos em sua geração. Outro ponto a ser lembrado é que para
cada adição de um dispositivo para o tratamento, há o aumento dos custos de instalação, bem
como a perda de carga do sistema.
Dentre as formas de tratamento a de maior custo é a secagem do AC para eliminação da
água residual. Atualmente, os sistemas de secadores por refrigeração são os que apresentam a
melhor relação custo beneficio, sendo que os secadores dessecantes e de membrana são
alternativas ao modelo de refrigeração (PLANT ENGINEERING, 1994).
2.4.2 SECADORES
Os secadores de ar são projetados para remover praticamente todos os traços de vapor de
água no AC. Existem vários tipos, sendo os principais os de membrana e os por refrigeração
(FISH, 2014).
necessária. Outros pontos que devem ser verificados são a temperatura de entrega de ar e as
condições ambientais da instalação, e por último os custos de aquisição, manutenção e operação
para que o sistema seja sustentável (FISH, 2014).
12%
12% Energia
Manutenção
Instalações
76%
considerando a expansão do sistema. Contudo, nesse caso deve ser considerada a vantagem do
agrupamento, pois os custos da instalação das unidades múltiplas podem ser reduzidos,
principalmente com a energia elétrica e água, quando os compressores são instalados juntos
(ROLLINS, 2004).
A instalação de uma central de produção de AC de forma centralizada tem diversas
vantagens. Do ponto de vista econômico, os custos das máquinas e acessórios tendem a ser mais
baratos. Aspectos ambientais como controle de ruído e mesmo pontos de admissão de ar são
facilmente controlados neste tipo de instalação. Existe também a possibilidade de recuperação
eficiente do calor gerado na compressão (ATLAS COPCO, 2015).
desde que seja possível amenizá-las (SALVENDI, 2001). É necessário que, após a sua
eliminação, a segunda perda mais significativa seja analisada e corrigida, conforme sugerido
pelo ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act) ou “Ciclo de Deming” (DEMING, 1986).
O ciclo PDCA, conforme mostrado na Figura 18, é uma ferramenta desenvolvida na
década de 20 por Walter A. Shewhart, e mundialmente consagrada pela sua eficiência e
abrangência de aplicação. Foi disseminado em todo o mundo por William Edward Deming, o
“guru do gerenciamento da qualidade”, e a partir da década de 50, passou a ser conhecido como
“Ciclo Deming” (SHEWHART, 1980; DEMING, 1986).
Este ciclo possui quatro abordagens, sendo a primeira representada pela letra P (Plan) que
significa a definição do problema, o D (Do) devem ser colocadas em prática as soluções
propostas anteriormente, o A (Action) tomar ações corretivas sobre as diferenças significativas
entre os resultados reais e planejados e analisar a eficácia das contramedidas em sua abordagem
e C (correct) corrigir os desvios identificados anteriormente, e então, o ciclo poderá ser
reiniciado (SHEWHART, 1980; DEMING, 1986).
É importante ressaltar que, para maximizar os lucros dos investimentos, devem ser
escolhidas empresas especializadas neste ramo para a análise energética do sistema. As
oportunidades de economia podem chegar a 75%, e geralmente as com maior retorno estão na
produção e distribuição de AC (ZUERCHER, 2003).
É recomendado que uma auditoria seja realizada a cada dois anos, e ainda para que a
auditoria seja adequada é requerido um bom conhecimento técnico, planejamento estratégico e
acompanhamento constante. Conhecimento técnico significa ter uma equipe bem treinada em
sistemas e funcionamento de equipamentos de AC; o planejamento é uma estratégia que permite
a verificação dos vazamentos e pendências que geram maiores custos, e finalmente, acompanhar
os planos de ação e auditar regularmente a unidade analisada (GORELICK, 2008).
De forma análoga ao ciclo PDCA e conforme a Figura 19, as etapas de um programa de
uso racional de energia passam por uma etapa de identificação e quantificação dos problemas
(Plan), modificação (Do) e acompanhamento (Check e Analysis).
É imprescindível que as seguintes questões sejam verificadas: Quanta energia está sendo
consumida? Quem está consumindo energia? Como está sendo consuminda a energia e com qual
eficiência? Esta etapa de identificação é imprescindível para um bom planejamento das ações
(FUPAI/ELEKTRO, 2012).
Em (MARTINS et al, 2010) é relatada uma análise energética em sistemas de AC, para
identificação das perdas de AC pelos vazamentos, admissão de ar aquecido ou por utilização de
pressões acima do necessário. Também foram identificadas outras perdas significativas, com
41
destaque para os vazamentos em tubulações. Neste estudo foi realizada uma auditoria onde
foram propostas melhorias para solucionar a perda de eficiência.
De acordo com o estudo laboratorial em (SANTOS et al, 2013), foram comparadas
teoricamente a relação entre o aumento da temperatura de admissão e a perda de eficiência do
sistema. Concluíndo-se que quanto maior a temperatura do de admissão, pior é a eficiência
volumétrica do sistema.
Em um diagnostico energético o objetivo principal é verificar o consumo energético da
unidade estudada e comparar com os resultados dos principais setores produtivos.
Eventualmente, podem ser feitas medições em campo para apontar quantitativamente os maiores
consumidores de energia e estratégias de ataque, sem considerar os aspectos econômicos
(FUPAI/ELEKTRO, 2012).
Desenvolvida em projetos patrocinados pelo Programa Nacional de Conservação de
Energia Elétrica (PROCEL), a metodologia empregada no estudo do melhoramento energético
visa analisar o aspecto econômico e técnico considerando a utilização de energia elétrica e de
combustíveis. É uma metodologia que exige conhecimento técnico para sua aplicação,
demandando mais tempo e análise (FUPAI/ELEKTRO, 2012).
Em (GONÇALVES E CARDOSO, 2007) é analisada a viabilidade econômica da
substituição de um parque de máquinas de geração de AC, defasadas tecnologicamente por
modelos mais eficientes. Neste estudo, além do parque de geração que possuia uma das
máquinas com controle de velocidade, foram modificados também o sistema de gerenciamento
inteligente e as linhas de distribuição para sanar potenciais vazamentos e perdas de carga. No
estudo é demonstrado que a substituição foi benéfica, com um retorno do investimento em 37
meses e também aumento da confiabilidade das máquinas.
No estudo (PLANT ENGENEERING, 2001) é analisada a viabilidade e a melhoria da
eficiência energética na utilização de compressores com inversores de frequência. Um dos
grandes problemas identificados foi o comportamento em baixas velocidades nas máquinas
antigas agora acionadas pelos inversores.
É proposta nestes casos a substituição de motores padrão por motores de alto rendimento
como uma boa prática para a redução do consumo de energia elétrica, em outros casos, é
recomendado o uso de inversores de frequência. Em ambos os casos, a maior viabilidade ocorre
em instalações com motores de potência mais elevada, justificando o investimento em um curto
espaço de tempo (SAIDUR et al., 2010).
42
Capítulo 3
3 METODOLOGIA
A metodologia utilizada no trabalho foi baseada no ciclo PDCA para a implantação de
novas tecnologias em compressores para aumentar eficiência energética em sistemas de AC.
Foram avaliadas duas auditorias energéticas realizadas nos anos de 2010 e 2012 em
sistemas de AC, analisando soluções propostas e potenciais melhorias no sistema, avaliação da
viabilidade econômica através da TIR (taxa interna de retorno do investimento) na auditoria que
visava a substituição das máquinas e uma segunda avaliação contemplando a possibilidade de
implantação de sistema de recuperação de calor.
Na última etapa é avaliada a implantação da norma ABNT ISO 50001 que visa a
implantação da norma de gestão de energia.
Para a auditoria foi realizada uma medição do regime de funcionamento, bem como a
vazão consumida no dia 31/01/2010, conforme mostrado na Figura 23. Foram monitorados os
dados de pressão (bar) e vazão (m3/min) dos compressores 01, 02, 03, 04, 05 e 06 da central
principal.
Os valores médios de operação, foram a pressão média de operação (cor laranja) 6.3 Bar,
vazão média (cor azul escuro) 0.02 m3/min, a corrente média de operação do compressor 01 (cor
verde) 239.6 A, a corrente média de operação do compressor 03 (cor azul claro) 105,9 A, a
corrente média de operação do compressor 04 (cor cinza) 0.2 A. Analisando o gráfico da Figura
23 pode ser verificado que há uma grande oscilação no ritmo de operação dos compressores, os
compressores 02 (cor amarela), 05 (cor rosa) e 06 (cor verde escuro) não estavam em operação
em alguns momentos, comprometendo os resultados da auditoria energética.
Foi verificada a necessidade de um intervalo maior para a coleta de dados, devido a não
coleta dos dados dos compressores 02, 05 e 06 que estavam desligados durante o monitoramento
do dia 31/01/2010, sendo então definido o período de uma semana para minimizar os erros
decorrentes da mudança do regime de produção durante a semana.
Os gráficos apresentados nas Figuras 24, 25, 26, 27, 28, 29 correspondem aos valores
coletados de vazão (m3/min), demanda (m3/min), déficit (m3/min) e pressão (Bar) na central
principal dos compressores.
48
No gráfico da figura 24, pode ser identificado um pico de demanda no horário de após às
6:42 do dia 01/02/2010, sendo o horário que entra em operação grandes consumidores de AC,
como os moinhos a ar comprimido. Após as 23h30min a uma redução de demanda devido ao fim
do turno de produção dos setores com moinhos à AC. Nas figuras 25, 26, 27, 28 e 29 entre o
horário de 07h00min a 23h30min são identificados vários pontos de déficit de AC (cor rosa).
Verificam-se nos dados coletados e conforme gráficos das figuras 24, 25, 26, 27, 28, 29
que apenas no dia 07/02/2010 (domingo) não houve pontos de déficit na geração de AC. O
resultado do dia 07/02/2010 apresentado na Figura 30 pode ser explicado pelo não
funcionamento do setor de beneficiamento de SiC da empresa, que é o principal consumidor de
AC.
51
.
Figura 31: Monitoramento do Funcionamento do Compressor ZR-275.
Fonte.: Relatório de Auditoria Energética Planta SiC 2010.
operação de 6.6 Bar, a vazão média (cor azul) de 49.97 m3/min e corrente média (cor verde) de
operação de 90.8 A.
produzir 1 m3 de AC. Quando comparada a central principal com o ZR-275, a central principal
consome 33% a mais de energia elétrica para a produção de 1 m3 de AC. Por este motivo, foi
proposto um estudo para a substituição das máquinas da central principal por máquinas de maior
eficiência energética.
Após a análise dos orçamentos dos fabricantes, foram solicitados também os dados
adicionais dos compressores de sistema lubrificado e isento de óleo. Nas Tabelas 16, 17 e 18 são
apresentadas as características técnicas dos equipamentos especificados dos dois fabricantes
(compressores lubrificados, compressores isentos de óleo e periféricos).
59
SISTEMA LUBRIFICADO
Compressores Rotativos de Parafuso Ingesoll Atlas Copco
Modelo S SR XFE 300 2S GA 315 AFF 100 220/60 YD
Potência do Motor (kW) 224 261,1
Vazão (m3/h) 2863 2790
Quantidade (Unidade) 4 4
Compressores Rotativos Variáveis Ingesoll Atlas Copco
Modelo IRN 300 H-2S GA 315 AFF VSD 440/60
Potência do Motor (kW) 223 290
Vazão (m3/h) 2863 3060
Quantidade 1 1
Valor Total (m3/h) 14315 14220
Tabela 17. Dados Característicos dos Compressores Parafuso e Variável Isentos de Òleo
Quantidade (unidade) 6 6
Filtros Coalescentes Pré Ingersoll Atlas Copco
Modelo GP 2.100 A1-1000F
Quantidade (unidade) 6 6
Filtros Coalescentes Pró Ingersoll Atlas Copco
Modelo HE 2.100 A2-1000F
Quantidade (unidade) 6 6
Reservatório de Ar Ingersoll Atlas Copco
Capacidade (m3) 10 10
2
Pressão de Projeto (kgf/cm ) 8,05 8,05
Quantidade (unidade) 1 1
Com os dados das Tabelas 16, 17 e 18 foram avaliados os custos adicionais de instalação
e manutenção, e foi inicialmente definido que o sistema seria composto de compressores
parafuso tipo lubrificado, sendo que uma das máquinas deveria ser dotada de um sistema de
controle de velocidade. Por este motivo foi solicitado às empresas, novas propostas contendo
todos os custos envolvidos, incluindo os custos de manutenção preventiva.
Na Tabela 19 são apresentados os custos das novas propostas, e foi verificado que a
empresa Atlas Copco não enviou os dados referentes à manutenção preventiva.
Nas Tabelas 20 e 21 foram comparadas as soluções apresentadas pelos fabricantes Atlas
Copco e Ingersoll Rand, considerando o consumo de energia, regime de utilização de 24
horas/dia e preço de energia projetado para 2012 a 2016 a partir do estimado em 2010.
O consumo específico inicial para comparação foi de 0,1207 kWh/m3 e no escopo de
projeto é proposto um consumo específico mínimo de 0,0987 kWh/m3. Estes valores foram
propostos nas premissas do projeto e discutidos com os fabricantes.
61
Uma segunda análise foi feita englobando os custos para a instalação do sistema, sendo a
proposta da empresa Atlas Copco a mais viável. Nesta proposta foi solicitada a inclusão de um
sistema de partida de motores com a “Chave SoftStarter”, para evitar oscilações e problemas no
sistema de alimentação da fábrica. Os custos das obras civis e instalações foram menores em
comparação com o da empresa Ingersoll, conforme a Tabela 23.
Uma segunda análise foi feita englobando os custos para a instalação do sistema, sendo a
proposta da empresa Atlas Copco a mais viável. Nesta proposta foi solicitada a inclusão de um
sistema de partida de motores com a “Chave SoftStarter”, para evitar oscilações e problemas no
sistema de alimentação da fábrica. Os custos das obras civis e instalações foram menores em
comparação com o da empresa Ingersoll, conforme a Tabela 23.
Apesar da relevância dos custos da instalação, os custos de energia elétrica têm maior
impacto financeiro, sendo o consumo específico de energia por m3 o parâmetro mais relevante
64
para a energia elétrica. Os valores apresentados pelo fabricante Ingersoll Rand de consumo
específico de energia foi de 0,09424 kWh/m3, sendo inferior ao apresentado pela empresa Atlas
Copco que foi de 0,1147 KWh/m3. Portanto, o fabricante Ingersoll Rand foi escolhido para a
implantação do sistema de AC, conforme mostrado na Tabela 24.
BASE DE CÁLCULO
Atlas
Atual Sugerido pela Ingersoll
Copco
Pacote Consultoria
Potência Específica Nominal (kW/m3) 0,1207 0,0858 0,09424 0,1147
Figura 35. Fluxo de Caixa x Taxas de Juros para investimento de compressores Planta SiC.
66
TAG: CP Nirvana CP 01 CP 02 CP 03 CP 03
Potência (hp) 345 345 345 345 345
Potência (kW) 257,37 257,37 257,37 257,37 257,37
Capacidade (m3/min) 41,8 41,8 41,8 41,8 41,8
Tensão (V) 375 375 372 374 376
Eficiência Motor (%) 93 93 93 93 93
Fator de Potência 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89
Fator de Serviço 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15
Na análise dos investimentos por tipo como o apresentado na Figura 36, pode ser
verificado que os investimentos em equipamentos e tubulações incluídos no conjunto Mecânico,
representam 70% dos custos totais do projeto. Desta forma, verifica-se que, uma escolha correta
67
.
Figura 37. Fluxograma da Nova Central de Compressores Planta SiC 2012.
68
3.2.3 MANUTENÇÃO
Os gastos com manutenção representam uma proporção significativa do custo total de um
sistema de AC. De acordo com (CAPELLI, 2007), 12% dos custos de instalações de AC se
referem à manutenção, sendo necessária a sua consideração nos custos gerais de uma central de
AC.
A manutenção de sistema de AC tem um papel importante na economia energética.
Filtros, tubulações e purgadores quando sujos podem causar uma perda de carga além do normal,
aumentando o consumo de energia elétrica. Pontos importantes devem ser verificados tais como:
reguladores de pressão, resfriamento de água, e limpeza das máquinas para o funcionamento
adequado dos sistemas de AC (SAIDUR et al., 2010).
Na Figura 42 é demonstrada a evolução dos gastos com a manutenção da Planta SiC. Foi
desconsiderado o ano de 2009 por causa da crise econômica mundial, e o ano de 2012 pois
houve a mudança de layout na casa de compressores.
Na Figura 42 pode ser verificado também que, a substituição da antiga central pelas
novas máquinas influenciou positivamente a evolução dos gastos. Mesmo com peças e
sobressalentes de valor mais elevado, é praticamente inexistente o índice de corretivas no novo
sistema, o que melhorou a confiabilidade da planta.
Houve transtornos e gastos não programados com os secadores de ar, pois, estes não
foram incluídos no plano de manutenções preventivas.
Foi identificado erro no dimensionamento dos purgadores tipo boia, os quais foram
substituídos por purgadores temporizados. O erro no dimensionamento dos purgadores causou a
perda de filtros coelescentes instalados no sistema, aumentando os gastos com manutenção.
Figura 44. Disposição dos Secadores em Relação ao Vaso de Pressão e aos Filtros
Coalescentes.
73
Como medida mitigatória foram instalados purgadores tipo boia nos filtros coalescentes
para drenar todo o condensado gerado, conforme mostrado na Figura 46. Porém, o
funcionamento do modelo escolhido foi ineficiente, com problemas constantes de entupimento
que causavam acúmulo de água nos filtros coalescentes, e a consequente perda dos elementos
filtrantes do conjunto. Com isso, há o aumento dos custos de manutenção e a redução da
eficiência do tratamento do ar da instalação.
3.2.4 MELHORIAS
Um dos pontos identificados como discutível à eficiência energética da nova casa de
compressores foi a capatação de ar aquecido pela própria central de compressores. Após análise
e devido aos desarmes do sistema de proteção de alguns equipamentos, foi identificado que o ar
de exaustão do sistema de arrefecimento dos compressores estava aquecendo a sala de
compressores (Figura 50), pois o ar aquecido ficava concentrado no galpão dos compressores.
76
Capítulo 4
4. RECUPERAÇÃO DE ENERGIA
Uma das alternativas para o aumento da eficiência energética da central de compressores
seria o aproveitamento do calor gerado durante a compressão do ar. Mais de 80% da energia
utilizada para compressão do ar é convertida em calor, sendo o sistema resfriado por trocadores
de calor (SAIDUR et al., 2010). .
Em vários casos é possível reaproveitar este calor para atividades que necessitam de
aquecimento, por exemplo, para o aquecimento de água para vestiários, para aquecimento de
escritórios ou utilização em processos industriais como a secagem de produtos (ESTU, 1998).
Analisando o contexto da unidade estudada, e levando em consideração as baixas
temperaturas na região, uma das alternativas seria a utilização do ar quente, Figura 54,
proveniente da exaustão dos trocadores de calor para o aquecimento de ambientes de escritório.
79
Uma segunda alternativa seria a utilização do calor residual para a secagem de produtos
produzidos na unidade. Esta solução resultará na economia de gás liquefeito de petróleo (GLP),
o qual é utlizado nos processos de secagem de produtos e no aquecimento de água de chuveiro.
Como terceira alternativa, pode ser proposta a modificação do sistema de aquecimento de
água do vestiário central, semelhante ao esquema apresentado na Figura 56.
Como justificativa econômica para este investimento, tem-se os gastos com GLP
conforme a Tabela 30. Os valores de consumo relacionados ao sistema atual de vestiário
(chuveiro) e secador de produtos correspondem a mais de R$ 180.000,00.
82
Quando previsto no projeto inicial este tipo de instalação de recuperação de calor tem
custos reduzidos na instalação e pode influenciar na localização geográfica da instalação, dando
preferência às proximidade de potenciais consumidores de calor. Com a possibilidade de
reaproveitamento do calor de exaustão para secagem de produtos seria interessante que os locais
de instalação dos compressores fossem próximos do sistema de secagem, pois haveria um uso
racional do calor e economia com sistema de isolamento térmico de tubulações. No caso de
instalações existentes, deve ser considerado um custo maior com o sistema de isolamento.
Figura 60: Fluxo de Caixa x taxa de Juros, para sistema com recuperação de energia.
Figura 61. Modelo de Sistema de Gestão de Energia ABNT NBR ISO 50001
Tabela 32. Atendimento aos ítens da norma ABNT ISO 50001, planta SiC 2016
Capítulo 5
5 CONCLUSÃO
Conforme as análises e auditorias realizadas no ano de 2010, o projeto de substituição dos
compressores da planta SiC no ano de 2012, atendeu os requisitos de redução de 25% no
consumo específico de energia elétrica, como proposto no projeto original. Portanto, todos os
investimentos realizados foram viabilizados.
Como possibilidade de aprimoramento deste tipo de sistema, é aconselhável a realização
de auditorias a cada dois anos, para que não ocorram erros como os identificados na auditoria de
2010.
A não alteração do sistema de secagem para níveis de cotas inferiores à casa de
compressores causou problemas crônicos de acúmulo de condensando no sistema de filtros
coalescentes, o que ocasionou sobrecarga nas unidades de secagem de AC. A instalação do vaso
de pressão principal entre a central de compressores e a central de secagem permitiria a
drenagem do condensado pela parte inferior do vaso de pressão, reduzindo a utilização dos
secadores. Com a instalação de purgadores temporizados este problema foi resolvido.
86
5.1 REFERÊNCIAS
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