Guia Especialidade de Música
Guia Especialidade de Música
Guia Especialidade de Música
Salve Salve galera, tudo beleza? Aqui quem fala é o Matheus, líder de
desbravadores e técnico em violão clássico pelo conservatório Belas Artes e hoje
estou trazendo pra vocês um guia da especialidade de música básica!
Lembrando que essa especialidade possui requisitos teóricos e práticos, sendo
necessário que você tenha um instrutor capacitado para avaliar suas atividades!
Antes de falar de música, temos que responder uma pergunta, o que é
música? Essa é uma pergunta muito complexa, pois música apesar de ter
elementos exatos, varia muito da percepção da cultura e da época, gosto muito
da seguinte definição: Música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de
maneira agradável ao ouvido. Essa é uma definição genérica, que conseguimos
aplicar as diferentes formas de fazer música pela história! Aliás desbravador,
você sabe quem é o primeiro músico da bíblia? Se não sabe, procura em
Gênesis 4:21 que você vai descobrir!
Mas o que é ritmo, melodia e harmonia? Vamos fazer uma analogia pra
facilitar a explicação! Você já deve ter visto uma prova de 100 metros rasos nas
olímpiadas, o ritmo é a velocidade que cada nadador nada, a melodia é cada
nadador em sua raia e a harmonia é quando a câmera mostra todos os
nadadores em sua raia, cada um em sua velocidade, mas todos caminhando, ou
melhor, nadando para o mesmo objetivo. Esses três elementos que temos na
música funcionam de forma muito parecida com a natação, na música o ritmo é
o que determina quanto tempo cada nota deve durar, vai determinar se a nota
deve ser tocada por um tempo mais longo ou mais curto. A melodia é a sucessão
de notas e pausas dispostas ritmicamente de forma que agradam o ouvido, em
outras palavras é aquilo que cantamos, que caracteriza uma música. A harmonia
são várias melodias soando juntas e de forma agradável, chamamos isso de
acompanhamento musical (se estivermos falando de instrumentos) ou divisão de
vozes (se estivermos falando de um grupo de cantores).
Para facilitar a vida dos músicos e não precisar decorar milhares de
músicas, desenvolveu-se a escrita musical! Existem diversas formas de
transcrever a música pro papel, porém a mais usada e mais completa é a
partitura!
Cada um dos elementos da partitura é muito importante, vamos começar
primeiramente pelo pentagrama! O pentagrama é composto de cinco linhas e
quatro espaços onde serão escritos todos os símbolos musicais.
A seguir temos a clave, que determina uma nota base para seguirmos, ou
seja, a clave serve para dar nome e altura da nota. Já existiram diversas claves
durante a história da música, mas usualmente usamos três tipos de claves, clave
de sol, clave de dó e clave de fá.
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º
Essa regra se aplica para qualquer nota, podemos padronizar por
exemplo, a nota FÁ como TÔNICA, sendo assim qual seria a terça e quinta de
FÁ? Só contar FÁ, SOL, LÁ, SI e DÓ; assim temos que a terceira nota depois de
FÁ é LÁ e a quinta de FÁ é a nota DÓ.
Existe um intervalo diferente, quando chegamos na sétima nota, qual será
a próxima nota? Se você falou que a oitava nota é igual a primeira acertou em
cheio! A nota será a mesma, porém ela será uma oitava acima, ou seja; será a
mesma nota que a primeira só que mais aguda, veja só no piano!
Observe que o primeiro DÓ foi colocado num azul mais escuro e depois
de passarmos por todas as sete notas, chegamos novamente no DÓ, porém um
azul mais claro. Na música é da mesma forma, o DÓ azul escuro é mais grave
que o DÓ azul claro, isso está relacionado com o conceito de altura da nota que
vimos anteriormente! Assim esse intervalo é chamado de oitava.
Outro conceito muito importante na música são o das notas naturais e
acidentadas. As notas naturais são as sete notas que definimos anteriormente,
DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI; porém aprendemos que existe o intervalo de MEIO
TOM, assim para chegarmos da nota DÓ para nota RÉ andamos 1 TOM, desta
forma podemos dividir e encontrar uma nota no meio do caminho entre DÓ e RÉ,
essa nota é chamada de DÓ SUSTENIDO ou RÉ BEMOL. Todas as notas
sustenidos levam esse sinal gráfico na frente ♯ e as bemóis ♭. As notas podem
ter nomes diferentes, porém são as mesmas notas. No caso do DÓ♯ e do RÉ♭
a padronização acontece por conta de dois motivos, o primeiro é quando
estamos subindo ou descendo nas notas, comumente se estamos subindo
utilizamos o sustenido, para que a progressão mantenha a nota com o mesmo
nome da anterior; caso estejamos descendo utilizamos o bemol, para que
mantenhamos a mesma ideia. A segunda situação e mais corriqueira é quando
trabalhamos com uma escala que naturalmente tem uma nota acidentada, desta
forma mantemos o acidente padrão (abordaremos mais sobre isso
posteriormente). Assim, possuímos sete notas naturais e cinco notas
acidentadas, essa sequência de notas é chamada de escala cromática.
Obs.: A nota MI♯ é igual a nota FÁ, a nota FÁ♭é igual a nota MI, a nota SI♯ é
igual a nota DÓ e a nota DÓ♭é igual a nota SI. Isso se dá pois o intervalo entre
MI e FÁ e SI e DÓ possui somente MEIO TOM.
Vejam no piano e no violão o cromatismo que os instrumentos possuem.
Observe que chegamos nas sete notas músicas, DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL,
LÁ e SI. Todas as escalas que construímos com a fórmula anterior são
chamadas de Escalas Maiores. Vamos construir mais uma para fixar? Vamos
fazer fixando agora a nota MI como tônica e aplicando a fórmula: TOM, TOM,
MEIO TOM, TOM, TOM, TOM, MEIO TOM.
Outra forma muito comum são os conjuntos de câmara que são pequenos
grupos musicais, como duos, trios, quartetos, quintetos e assim por diante até
as orquestras de câmara, que podem chegar a 30 ou 40 músicos. O quarteto de
cordas (dois violinos, viola e violoncelo) e o trio (piano, violino e violoncelo) são
as formas mais comuns. Originalmente executada em salas de palácio ou, a
partir de fins do século 18, em casas particulares, a música de câmara vem
sendo apresentada em grandes auditórios desde o início do século passado, só
conservando de câmara o nome.