Omulu - Energia Primaz Das Almas
Omulu - Energia Primaz Das Almas
Omulu - Energia Primaz Das Almas
Margaret Souza
OMULU
Psicografia de Umbanda
12ª obra mediúnica
30 de Abril de 2006
Ditado pelo mistério Telúrico
Omulu
Editor:
Margaret Souza
Dedicatória........................................06
Esclarecimentos................................ 08
Prefácio.............................................12
Introdução........................................14
No início............................................16
Um grande Amor..............................20
ESCLARECIMENTOS
ENERGIA
Sou um espírito muito antigo, mas não sou um velho, sou apenas um
espírito um pouco mais “evoluído”, digamos assim. E é por isso, que falo tão
manso, e todos pensam que sou muito velho.
Hoje é um dia muito especial para mim, esse ser, que nunca teve uma
palavra de carinho, ou de consolo.
Sou o senhor Omulu, um Orixá muito antigo, e que muitas pessoas já
me misturam com o outro ser cósmico, Obaluaê.
Mas não precisam ter medo de mim, porque eu apenas sou mal
interpretado, não sou o bicho papão que me fazem parecer.
E hoje, estou tão emocionado como um adolescente, como um
pequeno menino...
Uma poesia
INTRODUÇÃO
Mas hoje, isso são apenas lembranças, nas mentes dessas pobres
criaturas.
Agora, eu posso começar minha jornada..., a jornada dessa pessoa,
desse tão incompreendido e misturado ser, que hoje tem a oportunidade de
poder separar as coisas, e de poder mostrar para o mundo, o quanto é
gratificante a fé, o amor incondicional a caridade...
NO INÍCIO
Muitas vezes, eu saia de casa, o sol ainda não havia nascido, e com a
penumbra da quase manhã, meus amigos, é que sempre me direcionava.
Em nossa casa, eu viva com mais dois irmãos de meu pai.
A época era muito remota, e nós, não conhecíamos quase nada, de
escritas, mas tínhamos muita fé, e isso era o que realmente importava.
Nossa família era pobre, e tínhamos que trabalhar o dia, para termos o
que comer de noite. E o nosso sustento, vinha da venda das ovelhas, e das
plantações.
Cresci nesse lugar onde o Messias deixou Sua marca, Seu nome, Seu
amor...
A cidade era Israel, perto de Judá, onde com a evolução, eles criaram
a tal Jerusalém, que é apenas mais um lugarejo.
Essa província sempre foi muito castigada pelo sol, e é por isso, a
escassez das plantações e das chuvas. E em uma área que era para ser de
muita fartura, nós tínhamos pouca fartura de água, e de comida, mas mesmo
assim, levávamos nossas vidas adiante, e vivíamos bem.
O tempo passou e eu cresci, tornei-me um rapazola de bom coração, e
muito caridoso. E sempre usava esse coração bondoso para ajudar aos que
menos tinham. E normalmente, o povo me via, a receitar, ou a dar algum
mato para que curasse suas mazelas.
Um grande amor
Nossa vida não era das mais fáceis, mas sempre tínhamos o que
comer. E eu era feliz assim.
Nesse tempo, conheci uma mulher e me apaixonei perdidamente por
ela. E tentei em vão, constituir família com ela. Seus pais eram pessoas de
posse, e me proibiu encontrá-la, por eu ser pobre.
E o pior aconteceu...
Nós fomos pegues em namoro as escondidas, e ele, seu pai, me deu
uma surra que me deixou todo lanhado. (machucado) E por causa dessa surra
que ele me deu, cobriu meu corpo de feridas.
Foram tantas as pancadas, que caí desfalecido, no mesmo lugar onde
estava.
Eu era muito jovem, quase um menino, e não tive como me defender
de tanta brutalidade, e fiquei caído no meio do mato.
O lugar era afastado da cidade, e eu não tive como voltar para casa, ao
recobrar os sentidos. Então, fiquei lá no mesmo lugar que ele me deixou. Sem
água e sem comida, ao relento!
Mamãe deu por minha falta, mas não me achou. Então, ela foi à casa
da jovem a minha procura, mas foi impedida de falar-lhe.
Seu pai alegou, que por ter-lhe desobedecido ela estava de castigo,
trancada em casa.
No dia fatídico, em que fomos encontrados juntos, ela foi levada por
seu pai e trancada em casa sem que, pudesse me prestar socorro.
E devido aos dias que passei ali, deitado, ao relento, sem socorro, as
chagas abertas pelas pancadas, ficaram mais abertas ainda, e expostas ao sol,
às moscas vieram e puseram suas larvas, e fizeram nascerem bichos em
minha podre carne. E por isso, me tornei um morto vivo.
E um dia, quando a vida já estava quase se extinguindo, meu cão, me
achou, e juntamente com ele, minha mãe. E ela levou-me para casa, mas já
era tarde demais, pois meu corpo havia se tornado uma podridão só.
E agora, eu não mais era um belo rapaz apaixonado, e sim, um
apodrecido e infeliz jovem.
E depois disso, ninguém mais me reconhecia, e eu passei a não mais
poder caminhar nas ruas, porque as chagas tomaram todo o meu corpo.
Mamãe tentou em vão me curar, e com seus remédios ela sanou parte
do mal. E para que eu pudesse continuar caminhando, sem assustar ou causar
nojo no povo, ela cobriu-me o corpo com um manto, que cobria todo meu
corpo, e só ficavam a mostra os olhos. E só assim, eu podia continuar a ir
para o pasto com as ovelhas, sem ser molestado pelas moscas e pelos olhares
de nojo do povo.
E com tudo isso, eu já não era o mesmo alegre e belo, jovem rapaz.
Já não era o mesmo alegre e sonhador menino, que olhava as estrelas
e sonhava ser feliz, com sua princesa.
Agora, eu era apenas o Lázaro, o filho doente da camponesa que
cuidava das ovelhas, e que não mais pronunciara qualquer palavra. Pois
devido as pancadas que recebi em todo o meu corpo, a voz foi comprometida,
e eu me calei para sempre. Mas sempre eu ouvia os conselhos de mamãe.
O tempo passou, e não mais vi aquela que, sempre sonhei ter para
mim, o seu amor.
Mas o destino nos é cruel, e um dia, o seu pai foi a nossa casa a
procura de ajuda, para sanar um mal que assolava a nossa época, e que
dizimava da face da terra, muitos dos nossos.
A filha dele estava com seu corpo coberto em chagas, e eles não
sabiam que mal era aquele, que abria o corpo em feridas mal cheirosas. E eles
não se precaveram, e toda a família se tornou leprosa, afastando-os do
convívio de todos.
Mas como “o Senhor escreve certo por linhas tortas”, eu fui
designado para ir a casa deles, levar-lhes o remédio, as ervas para os banhos.
Pois mamãe sabia que, aquele era o mesmo mal que eu tinha.
Quando eu saía pelas ruas, o povo fechava sua porta para mim, e
todos se escondiam com medo de contraírem um mal que o destino reservou
a mim.
Então, a partir daquele dia, eu passei a ajudar aquelas pessoas que
haviam me feito tanto mal. Pois eu era um ser como eles, e tinha o mesmo
mal, as chagas.
E esses seres que nos veem assim, com essa aparência macabra, feia,
não veem realmente nada! Pois eles têm o coração e a alma escura. Porque
quem tem a alma e o coração cristalino, nos vê, e nos sente como um facho
cintilante de uma luz clara.
E foi isso, o que aconteceu com minhas memórias, e que, formou essa
enorme confusão, a ponto de nos juntarem, nos confundirem com outro irmão
de jornada.
Juntaram dois Orixás, dois Guias de direita e de esquerda. Porque
trabalhamos os dois, nos dois pólos, para receber esses sabichões, em sua
hora derradeira. Pois um de nós os recebe em nível terra, e o outro em nível
astral. E os encaminha para sua morada de sina, para onde ele merecer ficar.
E o outro o guarda na terra, até que seus laços se extinguem do
veículo que ele ocupou na terra. Que é esse monte de nada, que são vossos
corpos.
Hoje, é gratificante poder passar essa mensagem, passar essa escrita
para um papel, com tantos ensinamentos profundos e dolorosos.
Mas que, passados por nós para o aprendizado geral de todos. E isso,
não nos causa dor, e sim, satisfação em poder separar dois espíritos com
energias diferentes, e que o povo nos tornou um.
Eu e meu mano, nós somos espíritos de eras diferentes, mas com
missões parecidas.
Nós viemos a terra para sofrer, para passar por tudo o que nós
passamos para nossa evolução.
Vês como nos é difícil esclarecer isso? Mas apenas por causa das
tantas aberrações que criaram com nossas formas. Foram tantas asneiras,
que até em um santo me tornaram.
Mas isso, pouco nos importa! Os sacramentos terrenos, para nada nos
servem, não vale nada para nós.
Quando nos deparamos no mundo dos espíritos, e que nos libertamos
do corpo material, e voltamos para a nossa verdadeira e derradeira morada...,
e os santos?
Ah! Esses só ficaram na face da terra, pois aqui em nosso reino, o
Senhor do Universo, não nos conclama como santo esse ou santo aquele! Ele
apenas nós dá, dá aos que realmente trabalhou em favor dos seus irmãos, ele
nos dá apenas, alguns degraus a mais além dos outros.
Por exemplo, eu tenho alguns degraus a menos do que os santos
gêmeos, São Cosme e Damião. E tenho os mesmos degraus de meu mano
Obaluaê.
Eu o chamo assim, porque somos irmãos de jornada, somos irmãos de
sina.
Tanto em espírito astral, como quando vivemos na terra. Pois
nossos padecimentos foram quase iguais, e é por isso que fizeram tanta
confusão conosco.
Mas hoje, se pararmos para pensar, vemos quantas eras nos separa um
do outro. Eu vim ao mundo terreno antes dele. Antecedi sua passagem na
carne, e só nos juntamos em nosso eixo vibratório, o eixo de separação.
Quando um ser, está fazendo a sua passagem, que ele está deixando o
mundo material, eu o estou esperando lá, no tal campo santo. Eu e meus
auxiliares, que são muitos.
E quando o laço que o liga a terra, se rompe totalmente, é ele, o
senhor dos mortos, Obaluaê quem recebe o tão esperado espírito, e o
encaminha a sua morada de origem. E de lá, outro irmão de sina, em um
degrau mais além do que o nosso, o leva para o alto, ou o arrasta para mais
abaixo, a outros degraus.
E esses, podem ser alas de perversão, onde nem nossos irmãos de sina
têm permissão de adentrar esses campos. E é assim que nós trabalhamos.
Nunca, um Guia, um Orixá trabalha sozinho, nós sempre trabalhamos
em conjunto, ou com nossos irmãos de jornada; ou com nossos auxiliares.
Mas tudo dentro de um padrão vibratório.
Um campo de ação nos é dado pelo Senhor do Universo, e é seguido à
risca por nós.
Nosso campo de ação está contido em vários entrecruzamentos que o
Criador nos concede, para que ninguém ultrapasse o campo de ação do outro.
Por isso trabalhamos sempre em conjunto, e nunca, um só Guia, um
só Orixá faz o que está no campo de ação do outro.
Essas câmaras que ninguém, até o dia de hoje, teve permissão para
falar, e que agora, nós colocaremos em pauta, para mais um degrau de
aprendizagem, para todos os filhos que queiram adentrar em eixos cósmicos
pesados e densos. Pois cristalino e sutil, só os Senhores do alto.
Mas o denso que me refiro, são as camadas mais baixas, que ficam nas
entranhas da terra, da grande mãe do mundo.
Todas essas camadas ficam abaixo do nível do mar, ficam muito além
do que a mente humana já tencionou captar.
Quando um ser sai do nível terra, quando ele tem um piripaque, seja lá o
que for, e ele bate as botas, morre, então, o cordão cristalino se quebra.
Todos têm um cordão como esses, e depende de cada ser, se esse
cordão é cristalino ou cinza.
E o pobre ser fica lá, até que suas forças voltem novamente. E quando
suas forças retornam, ele, esse espírito volta a se levantar e sai caminhando
sem destino. E agora, aonde ele se encontra não mais se tem contato terreno,
e ele não se lembrará de quem ele é, e nem tampouco suas origens.
Então, ele fica a vagar por vários milênios.
Pois para quem não sabe, estes níveis que existem nessas camadas,
abaixo do nível do mar, é a mais densa de todas as hierarquias. E nós, os
guardiões, só adentramos lá, para tirar os irmãos que têm em seu intimo uma
centelha de fé.
E só entramos lá disfarçados, pois se os outros espíritos nos
pegassem, seríamos presos e eles nos fariam seus prisioneiros.
E é por isso, que em alguns casos, onde alguns médiuns veem essas
formas escabrosas, o que eles veem na verdade, são nossos auxiliares que se
disfarçam para assustá-los aqui em cima.
Então, disfarçados, eles adentram esses níveis e libertam os irmãos
que querem tentar se auto melhorar.
Lá nessas alas, há milhares e milhares de seres, que esperam a
misericórdia do Criador para saírem de lá; só que, essa saída é lenta, pois o
Criador não obriga ninguém a seguir adiante depois de uma prova.
Todos nós temos o livre arbítrio, o tão famoso livre arbítrio, e às vezes,
mesmo tendo nossa ajuda, os filhos seguem por outro caminho, pois estão
com seu livre pensamento.
E nós apenas influímos palavras de conforto e de ajuda em suas
mentes. Mas não podemos forçá-los a fazer nada.
E nisso, eu tenho plena consciência, pois eu só ajudo a quem tem a
mente aberta. E não fico falando uma determinada palavra, ou induzindo uma
determinada pessoa a fazer, ou seguir determinado caminho. Eu apenas falo,
instruo, e deixo que eles façam o que quiserem.
Mas é claro, que de toda a regra há as exceções, pois quando ele nos
ordena a dizer algo a algum filho; quando ele diz a nós, para dizer isso ou
aquilo a um filho portador de um dom, é por que esse filho é íntegro. E a esse
nós falamos.
Eu sou o auxiliar do Senhor morte, o Senhor das Passagens, e nós somos
duas pessoas, ou seja, nós somos dois espíritos muito antigos, porém, muito
conhecidos e tão mal interpretados.
Nós não temos permissão para descer mais além, pois vós com sua
sensibilidade ireis sofrer com o que vós veríeis lá. Por isso, falaremos
superficialmente, mas falaremos o suficiente para dar claras explicações
de aprendizado para todos os estudiosos.
O Senhor nos diz, nos coordena e nos muda, e só a Ele, nós
obedecemos.
Hoje eu sou um espírito novo, um novo velho espírito; mas sou
formoso, e não sou como quando vivi na terra.
Todos sabem que, quando um ser parte da vida terrena, ele abandona
suas mazelas, suas doenças e seu corpo.
E quando ele adentra no mundo espiritual, ele renasce cristalino, e
simplesmente, se torna um espírito astral; pois não mais tem seu corpo
material, nem as dores ou as chagas de sua passagem pela terra.
Então, porque que, um filho que sabe disso, e que pensa ter um dom,
e diz-se ser vidente isso, ou vidente aquilo, nos transforma em seres
horrendos, ou cheios de deformações? Será que é só para assustar seus irmãos
terrenos? Ou só para se mostrar e dizer-se sábio?
Ah! Meu Senhor, quanta ignorância!
Quantas asneiras faz a mente insana destes filhos.
Ah! Meu Senhor, que tristeza para um Pai que tenta se comunicar com
um filho, que tenta passar-lhes ensinamentos preciosos para ele e para os seus
irmãos. Mas esse filho quer logo ir passando os carros adiante dos bois.
E para cada coisa, cada situação que ele vê, que ele recebe, ele alarga,
aumenta, estica o máximo que pode a mensagem recebida; e ainda diz que é
para ficar “formoso”.
Então, nós somos proibidos de continuar, e ele tenta, tenta, e não
consegue mais nada, porque seu dom se extinguiu e não mais flui com
facilidade.
E para ele, isso é um inferno, o pior dos infernos, pois ele precisa
aparecer, precisa se mostrar, precisa mostrar mausoléus de feias caveiras para
espantar, impressionar a mente dos irmãos menos evoluídos da terra.
Mas porque meu Senhor? Pois se ele se deixasse, se ele ficasse na
humildade, na simplicidade, na verdade, nada se extinguiria, e sim, se
multiplicaria e fluiria tão maravilhosamente, que ele não daria conta de
tudo.
Mas porque que ele tem pressa? Tem pressa para se mostrar superior...
Mas os “primeiros serão os últimos”, e os “últimos serão os primeiros”.
E é assim que funcionam as leis universais do reino de meu Senhor.
_Os fracos serão fortes.
_Os oprimidos consolados.
_Os pobres herdarão o reino dos céus.
_E os puros de coração?
Ah! Quanta singeleza! Assim é que seria trabalhar, isso é que seria nos servir.
Se todos parassem e pensassem, que beleza seria a terra!
Mas também, se tudo fosse assim, então não seria a terra, e sim, seria
outro planeta, vocês não acham?
Mas enquanto tudo continuar da mesma maneira, nós temos que nos
empenhar e nos dedicar mais para ajudar a quem nos ajuda.
É meus filhos, tudo tem uma razão de ser, tudo tem seu lugar, e cada
pedra, cada espinho é colocado sempre no lugar onde deveria estar.
E até as flores, todas elas têm vossos campos para florescer.
Nossos ensinamentos, todos eles são úteis, todos são únicos, mas
ninguém é maior do que o outro.
“O do alto está no embaixo, e o do embaixo está no alto”; e assim por
diante. E tudo vai seguindo o seu curso, como “as águas que correm em
disparadas rumo ao progresso, rumo à sabedoria”.
Mas só serão sábios, aqueles que realmente são “escolhidos”, pois só os
escolhidos, será o fio da meada, que levará o rebanho adiante, rumo à luz, a
sabedoria.
Só o amor, a humildade, o coração puro e sublime, consegue captar a
muitos mil anos luz, uma mensagem. E por mais sutil que seja essa
mensagem, ele a capta, ele consegue sentir até o que um espírito está
sentindo.
Irmãos é fabuloso! É fabuloso o dom, a sensibilidade à dedicação, o
afinco, a sabedoria.
Ah! Meu Senhor, quantas coisas os seres insanos perdem, por não terem
paciência.
Ah! Meu Senhor há quantos milênios eu esperei por esta hora.
Como é gratificante! Como é bom ter o espírito, a alma imortal aliviada por
um simples dom, um simples carinho, o dom da paciência, ou apenas, um
simples, ”Perdoe por eu não conseguir aguentar segurar o sono”,
Isso sim, que é amor! E não, essa quantidade de besteiras que a
grande massa de espíritos encarnados tem dentro do peito.
Perdoe-me, pois estou emocionado. Mas isso, para um ser tão temido
como eu, o Senhor das Passagens do Campo Santo, o Senhor das Almas, que
sou eu.
Mas continuemos...,
E depois, dizem que eu não tenho coração, que sou perverso? Tenha a
santa paciência!
Mas perverso é quem diz, é quem fala que sente tudo, e na verdade,
não fala, não sabe, não sente nada!
E sim, apenas sente leve comichão nos dedos, e já acha que estão
vendo o clarão da lua cheia.
Hoje eu findo esse trabalho, mas com tristeza, e ao mesmo tempo com
alegria, pois sou feliz, sou grato ao meu Senhor ter me concedido esses dias
de tanta comunhão.
Obrigado por dar a esse velho, esses dias de tanta emoção.
Coisa que eu nunca, em toda a minha existência, nestes mil e não sei
quantas eras, jamais imaginária ser possível na atualidade.
E os filhos que tem seus corpos, e que ainda são encarnados, mas que já
conseguiram serem ainda na terra, espíritos cristalinos, quando o Criador lhe
der sua hora derradeira, quando for findar o seu dia, que eu vos possa
carrega-los em meus braços.
Pois quem tem o espírito cristalino, não toca no imundo chão material
do campo santo, que na terra, não é coisa nenhuma!
Mas em meus domínios, esse campo, é realmente santo! São
cristalinos para os muitos espíritos cristalinos. E apesar de eu não ser tão
reluzente, quanto à luz dos Senhores de esquerda, mas sou cristalino em meu
posto.
Hoje eu posso me considerar de alma lavada, lavada com a mais
cristalina das águas.
Que a paz fique com todos.
OMULU.
22/10/2006.
PONTOS CANTADOS
Atôtô
Omulu é rei,
Omulu é rei
E ele é Orixá.