Trabalho 5-2
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2 LITERATURA E DIREITO
Ressalta-se que cada linha de pensamento tem as suas próprias vertentes, as quais
não serão aqui aprofundadas.
Em apertata síntese, o Jusnaturalismo defende a independência entre o
Direito e a vontade humana, sendo o Direito algo natural, universal, imutável e
inviolável, que existe antes do homem e acima das leis por ele criadas.
A lei é imposta a todos aqueles que se encontram em um estado de natureza,
ou seja, que possuem condição de ser humano. Essa corrente é a mais antiga e foi
defendida por grandes pensadores como os Sofistas, Aristóteles, Sócrates, Tomás
de Aquino, Thomas Hobbes, John Locke Jean-Jacques Rousseau, ainda que cada
um deles tenha a sua própria concepção e leitura, as suas ideias coincidem
entendendo que a justiça é a grande razão e finalidade da existência do Direito.
No século XIX surge o Juspositivismo que, ao contrário do Jusnaturalismo,
preconiza que a norma é criação da sociedade, que reflete seu poder através do
Estado, ou seja, só é considerado Direito aquilo que está positivado pelo
ordenamento jurídico.
Partilhando dessa concepção e sendo os seus principais defensores estão
importantes nomes como Savigny, Kelsen, Hart e Norberto Bobbio, tendo este último
definido o positivismo jurídico da seguinte forma:
Antes de partir-se para uma análise específica da obra “Medida por Medida”
de William Shakespeare e de sua relação com o Direito, é importante compreender a
vida e o universo shakespeariano, visto que as suas obras foram influenciadas,
também e não apenas, pela dinâmica social, política, econômica e cultural do
período em que viveu.
No entanto, ressalta-se que as referidas circunstâncias devem ser apenas
consideradas, visto que não são suficientes para explicar a genialidade do autor e
influência que o mesmo exerce sobre a humanidade.
Harold Bloom (apud OLIVO, 2005), traça algumas criticas às abordagens que
privilegiam as circunstancias em detrimento do próprio Shakespeare:
Que tudo atribuem à linguagem, em vez de à pessoa do autor, e que
pretendem restringir Shakespeare ao seu contexto – histórico, social,
político, econômico, racional, teatral – podem até elucidar
determinados aspectos da peça, mas são incapazes de explicar a
influência, absolutamente singular, que Shakespeare exerce sobre
nós, e que não pode ser reduzida à situação específica do autor, em
termos de tempo e lugar. (BLOOM, 2000, p.31, apud OLIVO, 2005, p.
25-26)
resultante disso, no entanto tal justificativa não é suficiente ante o brilhantismo que o
autor demonstra em suas obras.
Aos seus 18 anos de idade, casou-se com a jovem Anne Hathaway, filha de
um fazendeiro local, e juntos tiveram os filhos Susanna, Judith e Hamnet.
No ano de 1587 resolveu mudar-se para a Londres em busca de
oportunidades na área cultural, o que possibilitou a sua evolução como artista,
ampliou sua visão política e social e o tornou conhecido.
Em 1594, o dramaturgo termina a sua primeira peça “Comédia dos Erros”,
tendo escrito também aproximadamente 150 sonetos, considerados os mais lindos
de todos os tempos (GUERREIROS, 1991).
Ainda em 1594, Shakespeare entra para a famosa "Companhia de Teatro de
Lord Chamberlain", onde promove uma mudança importante na linguagem teatral da
época, tornando-a menos rígida e mais natural, ou seja, dando mais popularidade e
simplicidade ao teatro.
Anos depois, torna-se sócio do “Globe Theatre” que em 1613, durante a
apresentação de uma peça, foi destruído pelo fogo. Após o ocorrido, Shakespeare
retorna para Stratford-upon-Avon e volta a viver com a sua família e falece em 23 de
abril de 1616 de causa ainda não demostrada pelos seus biógrafos.
Longe da tentativa de resumir a obra de William Shakespeare ou engessá-lo
em definições, mas unicamente com a finalidade didática é que alguns estudiosos,
tomando por base a análise de aspectos, características e transformações de
elementos de seus escritos, costumam fazer subdivisões temáticas como a que aqui
se ousa fazer.
Inicialmente (1590 a 1602) Shakespeare escreve peças históricas, tragédias
em estilo renascentista e algumas comédias, criando um gênero próprio denominado
“dramaturgia histórica”. Nessa fase o autor tem como público alvo os círculos
palacianos aristocráticos, sendo seus temas e linguagem compatíveis com a sua
finalidade (HELIODORA, 2008).
Fazem parte dessa fase inicial as peças: “Comédia dos Erros”; "Titus
Andronicos"; “O Mercador de Veneza”;” Muito Barulho por Nada”, "Romeu e Julieta",
considerada a obra mais conhecida do autor e "Julio César", que foi a sua última
peça renascentista.
Em um segundo momento (1602 a 1610), o autor escreve tragédias