TCC NASCIMENTOKC 2023 Editado - Assinado
TCC NASCIMENTOKC 2023 Editado - Assinado
TCC NASCIMENTOKC 2023 Editado - Assinado
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Florianópolis/SC
2023
Karoliny de Carvalho Nascimento
Florianópolis/SC
2023
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do Programa de Geração
Automática da Biblioteca Universitária da UFSC
Karoliny de Carvalho Nascimento
Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de
Engenheira Civil e aprovado em sua forma final pelo Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof.ª Liane Ramos da Silva, Dra.
Coordenadora do Curso
Banca Examinadora:
________________________
Prof. Lourenço Panosso Perlin, Dr.
Orientador
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof. Jano D’Araujo Coelho, Dr.
Avaliador
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof. Tiago Morkis Siqueira, Dr.
Avaliador
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof. Wellison José de Santana Gomes, Dr.
Avaliador
Universidade Federal de Santa Catarina
Dedico este trabalho a minha avó, Nayr Costa de Carvalho.
AGRADECIMENTOS
À UFSC: que durante todos esses anos ao longo da graduação muito bem me recebeu
nos mais variados centros, departamentos e espaços.
A todo o corpo docente e administrativo do curso de Engenharia Civil: pelos
conhecimentos compartilhados e por constantemente incentivar o desenvolvimento técnico,
profissional e pessoal de seus alunos.
Aos professores: Lourenço Panosso Perlin, que apesar da intensa rotina de sua vida
acadêmica aceitou me orientar nesta monografia e pelas valiosas contribuições dadas durante
todo o processo; Wellison José de Santa Gomes, Jano Coelho D’Araujo e Tiago Morkis
Siqueira, pela leitura atenta e recomendações que contribuíram para a melhoria deste trabalho.
Aos engenheiros Fabrício Kremer de Souza e Jorge Henrique da Silva Schreiber,
líderes das equipes da CONGE/MPSC e da Schreiber Engenharia S.S, que me proporcionaram
vivenciar experiências de estágio diversas, as quais ajudaram a aplicar os conteúdos vistos em
sala de aula na prática, e até mesmo conhecer novas frentes de trabalho na área da construção
civil.
Ao Centro Acadêmico Livre de Engenharia Civil e demais colegas da graduação.
Ao grupo de estudos literários Mulheres na Engenharia.
As minhas amigas de longa data Jennifer Helena de Jesus e Lisiane Moralles Cardoso.
À médica especialista em geriatria, Dra. Sonia Tessmann.
A minha mãe, Ester de Carvalho: pelo amor, paciência e imensurável apoio.
RESUMO
O trabalho visa resgatar aspectos técnicos e teóricos acerca da realização de projetos estruturais
vistos ao longo do Curso de Graduação em Engenharia Civil por intermédio da aplicação desses
conceitos em um caso prático. Realizou-se, portanto, a concepção estrutural de uma edificação
unifamiliar em concreto armado de dois pavimentos, cuja localização de implantação hipotética
situa-se no bairro Campeche, em Florianópolis-SC. A partir desse lançamento, foi efetuado
posterior dimensionamento e detalhamento das lajes maciças que compõem o segundo
pavimento da edificação, bem como, de uma viga e de um pilar. Todas as peças escolhidas
foram projetadas de modo a atender o Estado Limite Último. Nas lajes foram efetuadas
verificações quanto ao atendimento dos seguintes Estados Limites de Serviço normativos:
deslocamentos (flechas), estado de fissuração, aceitabilidade sensorial visual e em relação aos
deslocamentos provocados em razão da vibração do piso por efeito das ações variáveis e
considerando a presença de elementos não estruturais. Já na viga, foram avaliados: o estado de
fissuração e o grau de abertura das fissuras assim como a aceitabilidade sensorial visual. O
trabalho ainda valida a concepção criada enquanto estrutura de nós fixos pelo cálculo do
coeficiente de instabilidade global Gamma-Z, parâmetro este que considera os efeitos de 2ª
ordem provocados pela ação do vento na avaliação da estabilidade da estrutura. O
dimensionamento do pilar selecionado contou, ainda, com a verificação de segurança por
envoltória de momentos previsto pela ABNT NBR 6118:2014.
This work aims to adress technical and theoretical aspects about the structural design seen
throughout the Civil Engineering under Graduation Course through the application of these
concepts in a practical case. Therefore, the structural design of a single-family building in
reinforced concrete with two floors was carried out, hypothetically located in the Campeche
neighborhood, in Florianópolis-SC. The sizing and detailing of the solid slabs of second floor
of the building, as well of a beam and of a pillar, were carried out. All chosen parts were
designed to meet the ultimate limit state. Checks were carried out on the slabs regarding
compliance with the following normative service conditions: displacements, state of cracking,
visual sensory acceptability and in relation to the displacements caused due to the vibration of
the floor due to the effect of variable actions and considering the presence of elements not
structural. On the beam, the following were evaluated: the state of cracking, the visual sensory
acceptability and the degree of crack opening. The assumption of a structure of fixed nodes was
verified by calculating the Gamma-Z global instability coefficient, a parameter that considers
the 2nd order effects caused by the action of the wind in the evaluation of the stability of the
structure. The dimensioning of the selected column also complies the safety verification by
enveloping moments provided for by ABNT NBR 6118:2014.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 15
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
Utilizar ferramentas que utilizam a tecnologia BIM para criar o projeto arquitetônico
de uma edificação alvo deste estudo e, posteriormente, realizar a sua concepção estrutural;
Dimensionar e detalhar as lajes da planta de forma do pavimento térreo - ou seja, que
compõem o 2º pavimento da edificação -, em conformidade às condições normativas de
atendimento ao Estado Limite Último (ELU) de Flexão e de Cisalhamento, bem como às que
estão relacionadas aos Estados Limites de Serviço (ELS) de deslocamentos (flechas), estado de
fissuração, deslocamentos provocados em razão da vibração do piso por efeito das ações
variáveis e considerando a presença de elementos não estruturais;
Avaliar a estabilidade global da estrutura utilizando o coeficiente Gamma-Z (𝛾𝑧 );
Dimensionar uma viga e um pilar, de modo que ambas as peças resistam à ruptura,
e de modo que, na primeira, sejam atendidas as seguintes condições normativas: avaliação do
ELS de aceitabilidade sensorial visual; de fissuração e de abertura das fissuras.
1.2 METODOLOGIA
Trata-se de uma residência unifamiliar de alto padrão, com área construída de 168,29
m² e de dois pavimentos. Apresenta espaço amplo na área comum interna do térreo, além de
contar com área de serviço, cozinha e espaço gourmet aos fundos da edificação. Contém três
dormitórios, sendo uma suíte com varanda. A casa apresenta telhado tipo platibanda, com telhas
de fibrocimento ondulada, assim como prevê o uso de caixa d’água com volume comercial de
1500 L. Para fins didáticos, assume-se que a unidade será construída na Rua Florêncio Rocha,
bairro Campeche, Florianópolis, Santa Catarina. A Figura 1 apresenta a perspectiva e corte do
projeto criado e maiores detalhes podem ser consultados no Apêndice A.
O projeto está localizado em ambiente marinho e com forte exposição a sais e cloretos
conduzidos pela maresia, dado que encontra-se a cerca de 1 km de distância até o mar, como
fica ilustrado nas Figuras Figura 2 e Figura 3. Logo procedimentos devem ser adotados para
evitar a deterioração prematura da estrutura em virtude da ação desses agentes patológicos.
Como indica o item 6.4.2 da ABNT NBR 6118:2014, a agressividade ambiental deve ser
classificada de acordo com o apresentado na Tabela 1, e, portanto, adotou-se a classe de
agressividade III, forte, onde o risco de deterioração da estrutura é grande.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014, Tabela 6.1 – Editada pela autora (2023).
19
Fonte: ABNT NBR 6118:2014, Tabela 7.1 – Editada pela autora (2023)
21
Fonte: ABNT NBR 6118:2014, Tabela 7.2 – Editada pela autora (2023)
3 3
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 × √𝑓𝑐𝑘 = 0,3 × √302 = 2,90 𝑀𝑃𝑎 2
𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 = 5
𝛾𝑐
𝑓𝑐𝑘 30
𝑓𝑐𝑑 = = ≅ 21,43 𝑀𝑃𝑎 6
𝛾𝑐 1,4
𝑓𝑐𝑘,𝑖𝑛𝑓 2,03
𝑓𝑐𝑡𝑑 = = = 1,45 𝑀𝑃𝑎 7
𝛾𝑐 1,4
onde 𝛼𝐸 relaciona-se com a natureza do agregado graúdo que será utilizado na execução do
concreto. No caso em questão, adotou-se o agregado tipo granítico devido maior
disponibilidade na região, e por isso 𝛼𝐸 =1,0 (vide item 8.2.8 da ABNT NBR 6118:2014).
Portanto, tem-se que:
𝐸𝑐𝑠 = 𝛼𝑖 × 𝐸𝑐𝑖 10
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2 × ≤1 11
80
Portanto:
30
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2 × = 0,875 ≤ 1 → 𝑂𝑘! 12
80
𝑓𝑦𝑘
𝑓𝑦𝑑 = 14
𝛾𝑠
25
500 15
𝑓𝑦𝑘 = 434,78 𝑀𝑃𝑎 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐶𝐴50
1,15
𝑓𝑦𝑑 = =
𝛾𝑠 600
= 521,74 𝑀𝑃𝑎 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐶𝐴60
{1,15
a) A disposição das vigas e pilares deve ser tal que minimize a ocorrência de
interferências no arranjo arquitetônico.
b) É recomendado proporcionar às cargas um caminho mais curto até as fundações,
o que, em função das necessidades arquitetônicas, pode ser proibitivo.
c) Deve-se também evitar que a estabilidade global da edificação dependa de um
número reduzido de elementos estruturais, pois quanto maior a hiperestaticidade
da estrutura, melhor a capacidade de redistribuição dos esforços em caso de
colapso de um elemento isolado.
d) Geralmente é indicado que nas posições das paredes existam vigas, porém em
cômodos muito pequenos (2 a 3 m) pode-se dispensar as vigas e a parede fica
alojada sobre a laje.
e) Sempre que possível os eixos das vigas devem coincidir com os eixos dos
pilares, assim evitando excentricidades e reduzindo o momento fletor no pilar.
f) Deve-se cuidar para que as lajes não possuam vãos teóricos muito grandes, o que
geralmente ocasiona lajes espessas e, portanto, com maior consumo de concreto e
maior peso próprio da estrutura.
A partir dessas instruções e dos preceitos normativos da ABNT NBR 6118:2014 que
serão melhor explorados nas próximas subseções, realizou-se a modelagem estrutural
(lançamento dos pilares, das vigas e das lajes) no software Eberick® (AltoQi®, 2022) após
exportação do arquivo de extensão .ifc feito no software Revit® (AUTODESK®, 2021) - onde
foi feita a modelagem arquitetônica - de modo que fossem compatibilizadas as duas categorias
de projeto anteriormente citadas. Assim, viabiliza-se a coexistência desses subsistemas da obra
ao mesmo tempo em que são mitigados erros executivos gerados em razão da possibilidade de
interferência entre tais interfaces de projeto, reduzindo gastos e retrabalhos.
À medida em que as peças eram lançadas no programa, foram sendo fixadas as suas
dimensões e posições em detrimento de aspectos não só estéticos (avaliando-se a possibilidade
prioritária de embutimento nas alvenarias), mas também dos que estão relacionados à promoção
do ganho de estabilidade global da estrutura como um todo. Por exemplo, foram definidas
alturas preliminares de 50 cm para os pilares P9, P18 e P20, levando em consideração o
comprimento e o tipo das vigas VT22c, VT14-VT15a e VT12, respectivamente. O
enrijecimento desses pilares é bem-vindo no sentido de resistir e/ou equilibrar a tendência de
27
giro das vigas por eles suportadas, bem como de reduzir os deslocamentos (flechas) das
mesmas.
Todas as lajes da edificação são do tipo maciças, com exceção das lajes LS2 e LS3 do
pavimento de cobertura, que por apresentarem ampla área de vazio e forma geométrica planar
não retangular, respectivamente, requerem métodos de análise estrutural mais avançados, não
sendo dimensionadas e detalhadas neste estudo. Além disso, as lajes que formam a garagem
(LB7 e LB9) são rebaixadas em relação ao nível do pavimento em que estão, assim como as
vigas VB8a-b e VB2 - a última devido ao fato de que serve de apoio à instalação de revestimento
de Deck de madeira previsto na área gourmet -, e as lajes LT1 e LS1 preveem espaço para
passagem do duto da churrasqueira.
Durante o lançamento estrutural, constatou-se que os pórticos formados pelos pilares
P7-P8-P9 e P18-P19-P20 (e as vigas que os interligam) encontram-se em uma região crítica sob
uma ótica preliminar de aplicação de cargas, já que recebem: cargas distribuídas de lajes
robustas, cargas pontuais de vigas e, sobretudo, precisam ser rígidas o suficiente e
estruturalmente bem armadas para estabilizar as lajes LT10 e LS7. Esse arranjo estrutural mais
complexo se deve ao layout arquitetônico típico desse tipo de edificação, onde não se deseja ter
pilares aparentes nas garagens, visando ampliação de espaço.
Outro aspecto observado na concepção estruturas foi que a manutenção da prumada
do pilar P8 demandaria, ou o recobrimento em argamassa de espessura superior a 10 cm de toda
a fachada noroeste da torre da caixa d’água, ou alterações arquitetônicas, como o
engrossamento de parede interna e/ou redução de batente da porta-janela (J03) no pavimento
térreo. Tais opções são mais viáveis de serem adotadas e geram baixo impacto na solução
estrutural. Porém, optou-se em mudar a orientação daquele a partir do nível de piso da
cobertura, onde nasce o pilar P21. Esse novo pilar situa-se sobre a viga VS2 do pórtico P7-P8-
P9, que precisa ser invertida (dada a impossibilidade de execução de viga aparente nos
ambientes Dormitório 02 e Circulação) e pode apresentar altura de até 80 cm (dimensão esta
que depende da altura da platibanda). Além disso é preciso destacar que o pórtico em questão
delimita uma área social da casa, dotada de pé-direito duplo, onde os aspectos estéticos são
preponderantes.
28
De acordo com o item 13.2.3 da ABNT NBR 6118:2014, os pilares são elementos
estruturais que devem apresentar dimensão mínima de 19 cm e área de seção transversal mínima
de 360 cm². No entanto, é permitido adotar dimensão de pelo menos 14 cm desde que os
esforços atuantes no elemento sejam majorados pelo coeficiente 𝛾𝑛 , conforme Tabela 5.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014, Tabela 13.1 – Editada pela autora (2023).
𝑁𝑘 = 𝑝 × 𝐴𝑖 × 𝑛 16
onde:
30
𝑁𝑘 = 𝑝 × 𝐴𝑖𝑘 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 17
Como os pilares são peças estruturais que podem estar submetidas à compressão
centrada, à flexão composta reta de compressão ou à flexão composta oblíqua de compressão,
– de modo que além do esforço normal centrado possa haver também momentos fletores
atuando em ambas as direções –, para fins de pré-dimensionamento, converte-se a situação real
para uma situação equivalente, onde atua apenas o esforço normal. A magnitude deste esforço
normal equivalente é fornecido pela Equação 18 (PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020):
𝑁𝑒𝑞 = 𝛼 × 𝑁𝑘 18
onde 𝛼 varia conforme a atuação dos momentos fletores, sendo 1,8 para pilares intermediários,
2,2 para pilares de extremidade e 2,5 para pilares de canto. A Figura 6 ilustra a classificação
dos pilares.
Considerando agora que a resistência máxima à compressão centrada de um pilar é
dada por:
1
Para edifícios usuais, adota-se 12 kN/m² (PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020).
31
e que a equação dividida em ambos os lados da igualdade por 𝐴𝑐, adotando taxa de armadura
𝐴
𝜌 = 𝐴𝑠 e também que 𝑁𝑚á𝑥 = 𝑁𝑒𝑞 , tem-se a Equação 20 para determinação da área da seção
𝑐
𝑁𝑒𝑞
𝐴𝑐 = 20
0,85 × 𝑓𝑐𝑑 + 𝜌 × 𝜎𝑠
Além disso, admitiu-se taxa de armadura inicial 𝜌 de 2% e a tensão do aço 𝜎𝑠 foi obtida
buscando equivalência entre a deformação 𝜖𝑐2 do concreto - igual a 2‰ para concretos até C50,
vide item 8.2.10.1 da ABNT NBR 6118:2014, e a deformação do aço no regime
elástico do gráfico de tensão-deformação do último material – vide item 8.3.6 da mesma
normativa. Como 𝜖𝑦𝑑 para aço CA50, classe de aço preponderante nos projetos estruturais, é
de 2,07‰ - correspondente à razão entre 𝑓𝑦𝑑 e seu módulo de elasticidade em MPa (conforme
indicado na sessão 2.2.4), logo, a equivalência entre as deformações é obtida para 𝜎𝑠 420080
kPa.
32
Fonte: Apostila Estruturas de Concreto Armado II (PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020) – Editada pela
autora (2023)
Figura 10 – Área de influência dos pilares nos pavimentos Reservatório (à esquerda) e Topo
(à direita)
Portanto, como a maior dimensão estimada da seção transversal dos pilares (altura
teórica – h Teo.) é de 26 cm (para os pilares P03, P05, P11, P14 e P16), e a menor dimensão de
altura adotada durante a etapa de concepção estrutural (vide prancha de formas) é de 30 cm, a
escolha das dimensões da seção dos pilares da estrutura se mostrou adequada.
40
Da mesma forma que nos pilares, as vigas são pré-concebidas de modo que não fiquem
aparentes nos ambientes, e sua geometria deve estar preferencialmente limitada às espessuras
das paredes de alvenaria. Segundo o item 13.2.2 da ABNT NBR 6118:2014, a largura mínima
desses elementos deve ser de 12 cm. A menor dimensão dessa peça também se relaciona com
a menor dimensão dos pilares que o delimitam, sobretudo quando se quer adquirir agilidade
construtiva na fabricação das formas.
A altura foi definida dividindo-se o vão teórico por 10, sendo mantida constante para
todos os trechos de continuidade, exceto em casos de grande variação – para vigas em balanço,
adotou-se a relação de 1/5 do vão. Esses valores foram arredondados para o múltiplo de 10
superior, com vistas a facilitar o soerguimento da alvenaria, que tem tijolos de 19 cm + 1 cm
de assentamento.
Complementando as informações introduzidas na seção 2.3 e aplicando as orientações
mencionadas no parágrafo anterior, identificaram-se primeiro as vigas com maiores vãos
teóricos em cada pórtico vertical orientado nas direções das linhas de ação (LA) simbolizadas
pelas setas verdes na Figura 11, que apresenta um rascunho da prancha de formas do pavimento
baldrame. Por exemplo, no pórtico que atua na LA PV1, a viga VB10 apresentou o maior vão
teórico (382 cm). O próximo múltiplo inteiro da razão desse valor por 10 é 40 cm. Logo, a
espessura de cada trecho de viga compreendido dentro da faixa da linha de cota avermelhada
recebe o mesmo valor da espessura anteriormente calculada (continuidade de vigas). O mesmo
acontece para os demais pórticos: a viga VB13, que atua na LA PV2, tem 243 cm de vão teórico,
requer altura de 30 cm e a viga VB18b, que tem 284 cm de vão teórico, idem. Quanto à altura
das demais vigas verticais que estão fora dessas linhas de ação (VB16 e VB15), foi adotado o
valor de 30 cm.
Por outro lado, observa-se que as linhas de ação verticais dividem os pórticos
horizontais em trechos com valores de comprimento de vigas muito próximos ou idênticos.
Logo, as vigas horizontais compreendidas entre os pórticos verticais LAPV1 e LAPV2
receberam a mesma altura que a viga VB1, que tem 360 cm de vão teórico e requer 40 cm de
altura. Já para as vigas horizontais compreendidas entre os pórticos verticais LA PV2 e LAPV3
receberam a mesma altura que a viga VB2, que tem 262 cm de vão teórico e requer 30 cm de
41
altura. Porém, as vigas que mantém o mesmo alinhamento horizontal, ou seja, mantém a
continuidade com as vigas do trecho entre LA PV1 e LAPV2, receberam o mesmo valor de
altura da viga VB1 - a única exceção ocorre na viga VB8a, que tem 476 cm de vão teórico e
requer 50 cm de altura, válido para todos os trechos às quais é contínua.
As alturas das vigas do pavimento baldrame até aqui levantadas servem de referência
para os demais pavimentos, caso se repitam. As Figuras Figura 11 Figura 14 ilustram apenas o
levantamento para a altura das vigas remanescentes nos respectivos níveis das pranchas de
formas avaliadas.
No rascunho da forma do pavimento Térreo, ao invés de utilizar a relação de 1/10 do
vão para o pré-dimensionamento das vigas VT13, VT14 e VT18a optou-se em classifica-las
como vigas semi-invertidas com altura de 45 cm, visando servir de ancoragem para o guarda-
corpo e também para esconder possíveis tubulações hidráulicas. Como mencionado,
consideram-se as vigas VT18a-b contínuas. Além disso: a viga VT12 apresentou vão teórico de
615, o que demanda uma altura de pelo menos 70 cm; a viga VT16 recebeu a mesma seção
transversal da viga VB6 – ambas são apoio para a escada; e a viga VT23, devido aumento do
vão provocado pela ausência do pilar P12, demandou altura de 40 cm, restrita ao trecho
considerado.
Por fim, e de modo análogo, encontram-se as alturas das vigas dos pavimentos
Superior, de Cobertura e Reservatório. A Tabela 9 apresenta a síntese das dimensões
inicialmente estimadas e adotadas no projeto, e o aumento computado na altura de algumas
vigas, a exemplo da VT1, ocorre em virtude das análises de estabilidade global realizada na
estrutura, assunto abordado no Capítulo 4 deste trabalho.
42
2
Altura estimada para a modelagem estrutural geral da estrutura.
3
Altura adotada para o dimensionamento das lajes do 2º pavimento da estrutura.
48
O vão efetivo das lajes é calculado da mesma forma que é obtido para as vigas. Assim,
o item 14.7.2.2 da ABNT NBR 6118:2014 estabelece que, se os apoios puderem ser
considerados suficientemente rígidos quanto à translação vertical, o vão efetivo desses
elementos deve ser calculado segundo a Equação 21, abaixo:
𝑙𝑒𝑓 = 𝛼1 + 𝑙0 + 𝛼2 21
𝑡𝑖
𝛼𝑖 ≤ { 2 22
0,3 × ℎ
com 𝑡𝑖 sendo a largura das peças estruturais que formam os apoios no vão considerado.
Convenciona-se utilizar o sub índice x para se referir ao vão na menor direção das
lajes, e o sub índice y para o vão na maior direção. A Figura 16 auxilia na identificação dos
parâmetros de cálculo dos vãos efetivos, e as Tabelas Tabela 11 Tabela 12 mostram os
resultados encontrados.
A razão entre o maior e o menor vão efetivo define a variável 𝜆, que classifica as lajes
quanto à distribuição das armaduras em lajes bidirecionais (armada em 2 direções), para 𝜆 <
2, e em lajes unidirecionais (armada em uma única direção) quando 𝜆 > 2. Dessa forma, os
tipos de armação dos modelos das lajes estão elucidados a seguir.
52
As lajes podem ser consideradas como suportadas em apoio simples, engastes ou com
bordos livres. Quando aquelas se apoiam sobre alvenarias estruturais externas ou sobre vigas
perimetrais de concreto, a condição de vinculação dos bordos é a de apoio simples e é usual
representar essas faces das peças por linhas contínuas. Os bordos livres, por sua vez,
caracterizam-se pela ausência de vigas e a representação desses contornos se dá utilizando
linhas tracejadas. Os bordos engastados são aqueles necessários para o equilíbrio estático da
estrutura e, para fins de distinção de representação nos desenhos desta seção, recebem regiões
hachuradas.
Nos apoios intermediários, quando apresentam continuidade com lajes vizinhas, é
possível existir engastamento elástico em função do atendimento de todas as seguintes
considerações de ordem prática (PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020):
Regra 1: uma laje de espessura ℎ pode ser engastada na laje adjacente se a espessura
adjacente for maior ou igual a ℎ − 2.
Regra 2: o vão da laje adjacente deve ser maios que 2/3 do vão da laje considerada
(na mesma direção) para que a laje considerada possa ser engastada na laje adjacente.
53
A.P. = Apoio
L.F. = Laje de fronteira
h.LA. = Altura da laje avaliada
h.F. = Altura da laje de fronteira
54
Figura 17 - Identificação dos bordos das lajes para avaliação das condições de apoio
Figura 18 - Classificação dos bordos das lajes que compõe a prancha de formas do pavimento
Térreo
A determinação das ações às quais uma estrutura está submetida é necessária para o
seu correto dimensionamento. A ABNT NBR 6120:1980 classifica essas ações em duas
categorias principais: ações permanentes e ações variáveis.
De acordo com CAVALHO e FIGUEIREDO (2021), as ações permanentes
correspondem àquelas que ocorrem a valores aproximadamente constantes ou que cresce
57
atingindo um valor limite constante. As mesmas ainda se subdividem em duas categorias: ações
ditas diretas e indiretas. As primeiras dão-se por influência do peso próprio da estrutura,
instalações permanentes e outros elementos construtivos fixos, e as últimas provêm de
deformações por retração, fluência do concreto, deslocamentos, imperfeições geométricas e
protensão. Já as cargas acidentais como as de pessoas e móveis estão dentro do grupo de ações
do tipo variáveis. Para efeito do dimensionamento das lajes, podem ser utilizados os valores de
peso específico aparente dos materiais de construção previstos no projeto arquitetônico, bem
como os valores dos carregamentos acidentais – distintos em função do ambiente - a partir da
normativa supracitada. Além disso, em caso de não observância de materiais previstos no
projeto arquitetônico, é recomendado consulta aos fabricantes e fornecedores para um
levantamento mais preciso das cargas.
A Tabela 16 apresenta a relação dos materiais contabilizados nas lajes da estrutura
avaliada e mostra as magnitudes de carregamento mínimas de referência para o cálculo
estrutural. De modo geral, os carregamentos adicionais (g2) foram obtidos multiplicando as
espessuras dos materiais pelos respectivos pesos específicos aparentes e o resultado deste
processo é apresentado na Tabela 17.
Destaca-se que algumas lajes receberam mais de um tipo de material, sendo necessário
efetuar uma média ponderada entre as respectivas cargas (função das áreas de atuação das
mesmas), a exemplo das lajes LT5 (que recebe revestimentos de piso cerâmico e laminado) e
LT9 (que recebe revestimento de teto em reboco e em gesso).
Além disso, e em função de limitações arquitetônicas ou por simplificação do modelo
estrutural, pode ser necessário alojar cargas de alvenaria sobre as lajes, como é o que ocorre na
laje LT5. Nestes casos, o carregamento transferido para essa laje pode ser calculado pela
seguinte expressão (PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020):
𝑉𝑝𝑎𝑟 × 𝛾𝑝𝑎𝑟 × 𝐾
𝑔𝑝𝑎𝑟 = 23
𝑙𝑥 × 𝑙𝑦
onde:
𝑉𝑝𝑎𝑟 é o volume da parede de alvenaria;
𝛾𝑝𝑎𝑟 é o peso específico de parede de alvenaria de tijolos vazados;
58
A descrição dos cálculos das cargas adicionais permanentes das lajes citadas nesta
subseção é apresentada a seguir:
Laje LT5
Como a área de cobertura do piso cerâmico corresponde a 55% da área da laje, enquanto que o
piso laminado cobre a área remanescente, tem-se que:
𝑔3 = 2,60 𝑘𝑁/𝑚2
Laje LT9
ℎ = 8 𝑐𝑚
𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 = 25 kN/m³
𝑔1 = ℎ × 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 = 0,08(𝑚) × 25 (𝑘𝑁/𝑚³) = 2,00 𝑘𝑁/𝑚²
60
𝑒𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 1,5 𝑐𝑚
𝛾𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 19 kN/m³
𝑔𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 𝑒𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 × 𝛾𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 0,015(𝑚) × 19 (𝑘𝑁/𝑚³) = 0,29𝑘𝑁/𝑚²
𝑒𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑖𝑠𝑜 = 3 𝑐𝑚
𝛾𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑖𝑠𝑜 = 21 kN/m³
𝑔𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑖𝑠𝑜 = 𝑒𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑖𝑠𝑜 × 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑖𝑠𝑜 = 0,03(𝑚) × 21 (𝑘𝑁/𝑚³) = 0,63 𝑘𝑁/𝑚²
𝑒𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑜 = 1,0 𝑐𝑚
𝛾𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑜 = 18 kN/m³
𝑔𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑜 = 𝑒𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑜 × 𝛾𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑜 = 0,01(𝑚) × 18 (𝑘𝑁/𝑚³) = 0,18 𝑘𝑁/𝑚²
𝑒𝑓𝑜𝑟𝑟𝑜 = 1,0 𝑐𝑚
𝛾𝑓𝑜𝑟𝑟𝑜 = 12,50 kN/m³
𝑔𝑓𝑜𝑟𝑟𝑜 = 𝑒𝑓𝑜𝑟𝑟𝑜 × 𝛾𝑓𝑜𝑟𝑟𝑜 = 0,01(𝑚) × 13 (𝑘𝑁/𝑚³) = 0,125 𝑘𝑁/𝑚²
Como 64% da área da laje recebe forro de gesso na face inferior relativo ao ambiente do lavabo,
a área remanescente recebe revestimento de teto em reboco. Logo:
última das cargas anteriormente levantadas. Uma vez apurada a configuração preliminar das
barras para a estrutura com a combinação citada, deve-se, ainda, realizar verificações no ELU
de cisalhamento e no ELS de deformações excessivas. Para isso, as cargas permanentes e
acidentais devem ser combinadas de acordo com os critérios apresentados nos itens 11.7 e 11.8
da ABNT NBR 6118:2014, da onde retiram-se as formulações e coeficientes necessários aos
cálculos, de acordo com o apresentado nas TabelasTabela 18Tabela 22 abaixo.
Fonte: Tabela 11.3 da ABNT NBR 6118:2014 – Editada pela autora (2023)
63
Fonte: Tabela 11.4 da ABNT NBR 6118:2014 – Editada pela autora (2023)
64
Fonte: Tabela 11.1 da ABNT NBR 6118:2014– Editada pela autora (2023)
Fonte: Tabela 11.2 da ABNT NBR 6118:2014– Editada pela autora (2023)
65
Uma vez obtidos todos os parâmetros que definem o modelo das lajes a serem
dimensionadas, efetua-se o cálculo dos momentos fletores de cada peça isolada. A determinação
desses esforços variam em função do tipo de armação das lajes.
O dimensionamento de laje armada em uma direção é semelhante ao de uma viga
submetida a um carregamento vertical, considerando uma base de 1 metro. Os momentos
fletores positivos e negativos máximos são os exibidos na Tabela 24. É valido salientar que na
estrutura estudada existem apenas duas lajes unidirecionais, ambas do tipo apoio-engaste.
66
𝜇 × 𝑝 × 𝑙2
𝑀= 24
100
É válido ressaltar que a carga 𝑝 e a variável 𝑙, dados de entrada das formulações aqui
apresentadas, se referem à carga na combinação última e ao vão efetivo no menor vão das lajes,
respectivamente.
67
Figura 19 - Situações de vinculação das placas isoladas para uso das tabelas de Bares
−
𝑝 × 𝑙𝑥2 6,03 × 1,062
𝑀 = = = 0,84 𝑘𝑁𝑚/𝑚
8 8
𝜇𝑥 : 3,67
𝜇𝑥− : 8,53
𝜇𝑦 : 2,79
𝜇𝑦− : 7,58
Carregamento (ELU): 6,03 kN/m²
𝑙𝑥 : 2,27 m
Considerando que as lajes tenham vãos teóricos e rigidezes similares, sejam carregadas
simultaneamente e que as cargas acidentais não sejam maiores que as cargas permanentes,
pode-se tomar como momento fletor negativo compatibilizado (uniformizado, ou seja, válido
para ambas as lajes fronteiriças cuja magnitude dos momentos fletores negativos isolados, no
vão avaliado, não apresente os mesmos resultados), o maior dos seguintes valores (PERLIN,
PINTO e PADARATZ, 2020):
0,8 × 𝑀𝐴−
0,8 × 𝑀𝐵−
𝑀𝑑 − ≥ { − 25
𝑀𝐴 + 𝑀𝐵−
2
onde:
𝑀𝐴− : momento negativo atuante na laje A
𝑀𝐵− : momento negativo atuante na laje B
+
𝑀𝐿𝑇8,𝑦 = 0,86 𝑘𝑁𝑚/𝑚
𝑀𝑑− 𝐿𝑇8−𝐿𝑇7 (6,93 𝑘𝑁𝑚/𝑚) > 𝑀𝐴− 𝐿𝑇8,𝑦 (2,35 𝑘𝑁𝑚/𝑚) → 𝑁ã𝑜 𝑠𝑒 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎
+
𝑀𝑑𝐿𝑇8,𝑦 = 0,86 𝑘𝑁𝑚/𝑚
+
𝑀𝐿𝑇8,𝑥 = 1,14 𝑘𝑁𝑚/𝑚
𝑀𝑑− 𝐿𝑇8−𝐿𝑇9 (2,57 𝑘𝑁𝑚/𝑚) < 𝑀𝐴− 𝐿𝑇8,𝑥 (2,64 𝑘𝑁𝑚/𝑚) → 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑒!
(𝑀𝐴− 𝐿𝑇8,𝑥 − 𝑀𝑑 − 𝐿𝑇8−𝐿𝑇9 )
+ +
𝑀𝑑𝐿𝑇8,𝑥 = 𝑀𝐿𝑇8,𝑥 +
2
(2,64 − 2,57)
𝑀𝑑𝐿𝐵3,𝑥 = 1,14 + = 1,17 𝑘𝑁𝑚/𝑚
2
𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 26
𝑓𝑦𝑑 × (𝑑 − 0,5 × 𝜆 × 𝑥)
onde :
𝐴𝑠 : é a área de aço calculada para a seção;
𝑀𝑑 : é o momento fletor de cálculo;
𝑓𝑦𝑑 : é a resistência de cálculo do aço da armadura;
𝑑 : é a altura útil;
𝑥: é a posição da linha neutra;
𝜆: coeficiente que é função da classe do concreto utilizado (para classes inferiores a C50 vale
0,80).
A variável 𝑑 indica a distância entre o eixo da armadura tracionada e o ponto mais
comprimido do concreto e, de acordo com o ilustrado na Figura 25, ela pode assumir valores
diferentes de acordo com a posição da armadura (PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020),
conforme segue:
∅𝑥
𝑑𝑥 = ℎ − 𝑐 − 27
2
∅𝑦
𝑑𝑦 = ℎ − 𝑐 − ∅𝑥 − 28
2
∅
𝑑 =ℎ−𝑐− 29
2
onde:
ℎ é a espessura da laje
𝑐 é o cobrimento do concreto na armadura
∅ é o diâmetro da barra de aço estimada na direção e posição avaliada
A posição da linha neutra pode ser calculada a partir da Equação 30, abaixo (PERLIN,
PINTO e PADARATZ, 2020):
𝑀𝑑 30
𝑑 − √𝑑 2 − 2 × ( )
𝛼𝑐 × 𝑓𝑐𝑑 × 𝑏𝑤
𝑥=
𝜆
Figura 25 - Identificação das variáveis do cálculo das alturas úteis das armaduras positiva e
negativa
A ABNT NBR 6118:2014 também determina no item 19 que o resultado obtido pela
Equação 26 atenda a taxa de armadura mínima para lajes, conforme indicado nas Tabelas 29 e
30.
Fonte: Tabela 17.3 da ABNT NBR 6118:2014 – Editada pela autora (2023)
81
Fonte: Tabela 19.1 da ABNT NBR 6118:2014 – Editada pela autora (2023)
Menor vão
Diâmetro da barra:
∅𝑥,𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
Cálculo do 𝑑𝑥 :
ℎ = 8 𝑐𝑚
𝐶𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑐) = 3,5 𝑐𝑚
∅𝑥,𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
0,63
𝑑𝑥 = 10 − 3,5 − = 4,19 𝑐𝑚
2
0,56
0,0419 − √0,0419 2 − 2 × ( )
0,85 × 21428,57 × 1
𝑥= = 0,9 × 10−3 𝑚 → 0,09 𝑐𝑚
0,80
𝑥 0,09
= = 0,022 < 0,45 → 𝑂𝑘!
𝑑𝑥 4,19
83
0,56
𝐴𝑠 = 3 −3
= 3,10 × 10−5 𝑚2 /𝑚
434 × 10 × (0,0419 − 0,5 × 0,80 × 0,9 × 10 )
𝐴𝑠 = 0,31 𝑐𝑚2 /𝑚
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 𝐴𝑠,𝑚í𝑛
= ≥ 𝜌𝑚í𝑛
𝐴𝑐 𝑏×ℎ
e, portanto:
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 × 𝑏𝑤 × ℎ
ℎ = 8 𝑐𝑚
𝑏𝑤 = 100 𝑐𝑚
𝜌𝑚í𝑛 = 0,150%
0,150
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 ≥ × 100 × 8 = 1,20 𝑐𝑚2 /𝑚
100
84
Logo, como a área de aço calculada é inferior a área de aço mínima, adota-se o valor mínimo
normativo de 1,20 cm²/m.
Maior vão
Em lajes unidirecionais, não há armadura principal distribuída na direção do maior vão. Nesse
caso, adota-se apenas uma armadura de distribuição (armadura secundária), respeitando os
seguintes limites mínimos:
0,2 × 𝐴𝑠 𝑙
𝑥
𝐴𝑠/𝑠 ≥ { 0,90
0,5 × 𝜌𝑚í𝑛 × 𝑏𝑤 × ℎ
ℎ = 8 𝑐𝑚
𝑏𝑤 = 100 𝑐𝑚
𝐴𝑠 𝑙 = 1,20 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑥
𝜌𝑚í𝑛 = 0,150%
ℎ 8
∅𝑚á𝑥 = = = 1,00 𝑐𝑚 → 10 𝑚𝑚
8 8
Menor vão
Diâmetro da barra:
∅𝑥,𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
Cálculo do 𝑑𝑥 :
ℎ = 8 𝑐𝑚
𝐶𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑐) = 3,5 𝑐𝑚
∅𝑥,𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
0,63
𝑑𝑥 = 10 − 3,5 − = 4,19 𝑐𝑚
2
1,17
0,0419 − √0,0419 2 − 2 × ( )
0,85 × 21428,57 × 1
𝑥= = 2,00 × 10−3 𝑚 → 0,20 𝑐𝑚
0,80
𝑥 0,20
= = 0,046 < 0,45 → 𝑂𝑘!
𝑑𝑥 4,19
1,17
𝐴𝑠 = = 6,57 × 10−5 𝑚2 /𝑚
434 × 103 × (0,0419 − 0,5 × 0,80 × 2,00 × 10−3 )
𝐴𝑠 = 0,66 𝑐𝑚2 /𝑚
Conferência com a taxa de armadura mínima para o vão considerado:
Conforme verificado na Tabela 30, as armaduras positivas mínimas para lajes armadas em duas
direções equivale ao valor de 0,67 × 𝜌𝑚í𝑛 . Assim:
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 𝐴𝑠,𝑚í𝑛
= ≥ 0,67 × 𝜌𝑚í𝑛
𝐴𝑐 𝑏×ℎ
e, portanto:
ℎ = 8 𝑐𝑚
𝑏𝑤 = 100 𝑐𝑚
𝜌𝑚í𝑛 = 0,150%
87
0,150
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 ≥ 0,67 × × 100 × 8 = 0,80 𝑐𝑚2 /𝑚
100
Logo, como a área de aço calculada é inferior a área de aço mínima, adota-se o valor mínimo
normativo de 0,80 cm²/m.
Maior vão
Diâmetro da barra:
∅𝑦,𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
Cálculo do 𝑑𝑦 :
ℎ = 8 𝑐𝑚
𝐶𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑐) = 3,5 𝑐𝑚
∅𝑥,𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
∅𝑦,𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
0,63
𝑑𝑦 = 8 − 3,5 − 0,63 − = 3,56 𝑐𝑚
2
0,86
0,0356 − √0,0356 2 − 2 × ( )
0,85 × 21428,57 × 1
𝑥= = 1,7 × 10−3 𝑚 → 0,17 𝑐𝑚
0,80
88
𝑥 0,17
= = 0,047 < 0,45 → 𝑂𝑘!
𝑑𝑦 3,56
0,86
𝐴𝑠 = = 5,70 × 10−5 𝑚2 /𝑚
434 × 103 × (0,0356 − 0,5 × 0,80 × 1,7 × 10−3 𝑚 )
𝐴𝑠 = 0,57 𝑐𝑚2 /𝑚
A área de armadura positiva mínima no maior vão de lajes bidirecionais é adquirida do mesmo
modo que para o menor vão. Logo, e comparativamente ao valor da área de aço calculada para
o vão considerado, adota-se o valor mínimo normativo de 0,80 cm²/m.
ℎ(𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟𝐿𝑇8−𝐿𝑇9 ) 8
∅𝑚á𝑥 = = = 1,00 𝑐𝑚 → 10 𝑚𝑚
8 8
Diâmetro da barra:
∅𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
Cálculo do 𝑑:
ℎ(𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟𝐿𝑇8−𝐿𝑇9 ) = 8 𝑐𝑚
𝐶𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑐) = 1,5 𝑐𝑚
∅𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
0,63
𝑑 = 8 − 1,5 − = 6,19 𝑐𝑚
2
Cálculo da linha neutra:
𝑑 = 6,19 𝑐𝑚 → 0,0619 𝑚
𝑀𝑑− 𝐿𝑇8−𝐿𝑇9 = 2,57 𝑘𝑁𝑚/𝑚
𝑏𝑤 = 100 𝑐𝑚 → 1 𝑚
𝛼𝑐 = 0,85
𝜆 = 0,80
𝑓𝑐𝑑 = 21,42 𝑀𝑃𝑎 → 21.428,57 𝑘𝑃𝑎
2 2,57
0,0619 − √0,0619 −2×( )
0,85 × 21428,57 × 1
𝑥= = 2,9 × 10−3 𝑚 → 0,29 𝑐𝑚
0,80
𝑥 0,29
= = 0,047 < 0,45 → 𝑂𝑘!
𝑑 6,19
90
2,57
𝐴𝑠 = 3 −3
= 9,75 × 10−5 𝑚2 /𝑚
434 × 10 × (0,0619 − 0,5 × 0,80 × 2,9 × 10 )
𝐴𝑠 = 0,98 𝑐𝑚2 /𝑚
Conforme verificado na Tabela 30, a taxa de armadura negativa mínima para lajes equivale ao
valor do 𝜌𝑚í𝑛 . Assim:
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 𝐴𝑠,𝑚í𝑛
= ≥ 𝜌𝑚í𝑛
𝐴𝑐 𝑏×ℎ
e, portanto:
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 × 𝑏𝑤 × ℎ
ℎ(𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟𝐿𝑇8−𝐿𝑇9 ) = 8 𝑐𝑚
𝑏𝑤 = 100 𝑐𝑚
𝜌𝑚í𝑛 = 0,150%
0,150
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 ≥ × 100 × 8 = 1,20 𝑐𝑚2 /𝑚
100
91
Logo, como a área de aço calculada é inferior a área de aço mínima, adota-se o valor mínimo
normativo de 1,20 cm²/m.
As TabelasTabela 31Tabela 32, Tabela 33 e Tabela 34 abaixo, apresentam as áreas
de aço requisitadas em cada laje que compõe o segundo pavimento da edificação em estudo.
LT7-LT9 6,93 8 8 1,5 10 6,3 6,19 0,81 0,1312 2,72E-04 2,72 1,20 2,72
LT8-LT9 2,57 8 8 1,5 10 6,3 6,19 0,29 0,0470 9,75E-05 0,98 1,20 1,20
LT10-LT7 1,00 8 8 1,5 10 6,3 6,19 0,11 0,0180 3,73E-05 0,37 1,20 1,20
Uma vez que se dispõe da área de aço necessária por metro linear de laje, é possível
obter o número de barras a ser utilizado dividindo-se o valor calculado pela área
unitária da bitola da armadura escolhida, conforme apresentado na Equação 32.
𝐴𝑠
𝑛= 32
𝐴𝑠,𝑢𝑛𝑖𝑡
93
100 𝑐𝑚 20 𝑐𝑚
𝑆= ≤{ 33
𝑛 2×ℎ
Portanto, o número de barras a ser utilizado obtém-se da divisão entre o vão livre da
laje (obtido da planta de formas) e seu espaçamento, conforme Equação 34.
𝑙0
𝑄= −1 34
𝑆
4
As barras longitudinais dobradas apresentam detalhamento nos vértices em curva semelhante ao apresentado na
Figura 53.
95
onde:
𝑔𝑒 : gancho do lado esquerdo, dado por:
𝑔𝑒 = ℎ𝑒 − 𝑐𝑠 𝑙𝑎𝑗𝑒 − 𝑐𝑖 𝑙𝑎𝑗𝑒 40
𝑔𝑑 = ℎ𝑑 − 𝑐𝑠 𝑙𝑎𝑗𝑒 − 𝑐𝑖 𝑙𝑎𝑗𝑒
41
onde:
ℎ𝑑 : altura da laje da direita;
𝑐𝑠 𝑒 𝑐𝑠 : cobrimentos superior e inferior das lajes, respectivamente;
∅: bitola utilizada;
𝑙𝑥,𝑒 : 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑣ã𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎
𝑙𝑥,𝑚á𝑥 ≥ { → 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑚𝑏𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑙𝑎𝑗𝑒𝑠 𝑒𝑛𝑔𝑎𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑙𝑥,𝑑 : 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑣ã𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎
𝑙𝑥,𝑚á𝑥 = 𝑙𝑥 : 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑣ã𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑒𝑛𝑔𝑎𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 1 𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑒𝑛𝑔𝑎𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑒 1 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑎𝑑𝑎
Menor vão
Quantidade de barras/metro:
1,20
𝑛= = 3,85
0,312
Espaçamento:
100 𝑐𝑚 20 𝑐𝑚
𝑆= = 25,98 𝑐𝑚 → 25 𝑐𝑚 ≤ {
3,85 2 × 8 = 16 𝑐𝑚
97
𝑆𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 16 𝑐𝑚
Quantidade de barras:
𝑙0,𝑦 272
𝑄𝑥 = −1= − 1 = 16 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑆 16
Maior vão
Quantidade de barras/metro:
98
0,90
𝑛= = 2,89
0,312
Espaçamento:
100 𝑐𝑚
𝑆= = 34,64 𝑐𝑚 → 34 𝑐𝑚
2,89
𝑆𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 33 𝑐𝑚 (𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑎)
Quantidade de barras:
𝑙0,𝑥 101
𝑄𝑦 = −1= − 1 = 2,06 → 3 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑆 33
Menor vão
𝑙0,𝑥 = 222 𝑐𝑚
𝑙0,𝑦 = 262 𝑐𝑚
Vigas de apoio na direção x:
𝑡1 = 14 𝑐𝑚
𝑡2 = 12 𝑐𝑚
Quantidade de barras/metro:
0,80
𝑛= = 2,58
0,312
Espaçamento:
100 𝑐𝑚 20 𝑐𝑚
𝑆= = 38,77 𝑐𝑚 → 38 𝑐𝑚 ≤ {
2,58 2 × 8 = 16 𝑐𝑚
𝑆𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 16 𝑐𝑚
Quantidade de barras:
𝑙0,𝑦 262
𝑄𝑥 = −1= − 1 = 15,38 → 16 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑆 16
Maior vão
Quantidade de barras/metro:
0,80
𝑛= = 2,58
0,312
Espaçamento:
100 𝑐𝑚 20 𝑐𝑚
𝑆= = 38,77 𝑐𝑚 → 38 𝑐𝑚 ≤ {
2,58 2 × 8 = 16 𝑐𝑚
𝑆𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 16 𝑐𝑚
Quantidade de barras:
𝑙0,𝑥 222
𝑄𝑦 = −1= − 1 = 12,88 → 13 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑆 16
𝐴− 2
𝑠,𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 1,20 𝑐𝑚 /𝑚
∅𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑐𝑚
𝐷𝑒𝑙𝑡𝑎𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜𝑠 = −1 𝑐𝑚 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑏𝑟𝑎
𝐶𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑐𝑣𝑖𝑔𝑎 ) = 4 𝑐𝑚
ℎ𝐿𝑇8 = 8 𝑐𝑚
ℎ𝐿𝑇9 = 8 𝑐𝑚
𝑙0 = 𝑙0 𝐿𝑇8,𝑦 = 262 𝑐𝑚
Quantidade de barras/metro:
1,20
𝑛= = 3,85
0,312
Espaçamento:
100 𝑐𝑚 20 𝑐𝑚
𝑆= = 25,98 𝑐𝑚 → 25 𝑐𝑚 ≤ {
3,85 2 × ℎ(𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟𝐿𝑇8−𝐿𝑇9 ) = 2 × 8 = 16 𝑐𝑚
𝑆𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 16 𝑐𝑚
Quantidade de barras:
𝑙0 = 𝑙0 𝐿𝑇8,𝑦 262
𝑄= −1= − 1 = 15,38 → 16 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑆 16
LT1 8,00 303,00 12 17 6,30 4,00 8,00 13,00 6,3 Não 324
LT2 8,00 101,00 17 12 6,30 4,00 13,00 8,00 6,3 Não 122
LT3 8,00 183,00 17 12 6,30 4,00 13,00 8,00 6,3 Não 204
LT4 8,00 101,00 17 12 6,30 4,00 13,00 8,00 6,3 Não 122
LT5 8,00 259,00 12 12 6,30 4,00 8,00 8,00 6,3 Não 275
LT6 8,00 89,00 17 12 6,30 4,00 13,00 8,00 6,3 Não 110
LT7 8,00 372,00 17 14 8,00 4,00 13,00 10,00 8,0 Não 395
LT8 8,00 222,00 14 12 6,30 4,00 10,00 8,00 6,3 Não 240
LT9 8,00 202,00 17 14 6,30 4,00 13,00 10,00 6,3 Não 225
LT10 8,00 108,00 12 17 6,30 4,00 8,00 13,00 6,3 Não 129
LT1 8,00 373,00 17 17 6,30 4,00 13,00 13,00 6,3 Não 399
LT2 8,00 183,00 17 12 6,30 4,00 13,00 8,00 6,3 Não 204
LT3 8,00 259,00 17 12 6,30 4,00 13,00 8,00 6,3 Não 280
LT5 8,00 272,00 14 17 6,30 4,00 10,00 13,00 6,3 Não 295
LT6 8,00 112,00 12 14 6,30 4,00 8,00 10,00 6,3 Não 130
LT7 8,00 438,00 17 12 6,30 4,00 13,00 8,00 6,3 Não 459
LT8 8,00 262,00 14 17 6,30 4,00 10,00 13,00 6,3 Não 285
LT9 8,00 262,00 14 17 6,30 4,00 10,00 13,00 6,3 Não 285
LT4 8,00 272,00 14 17 6,30 4,00 10,00 13,00 6,3 Não 295
LT10 8,00 375,00 14 14 6,30 4,00 10,00 10,00 6,3 Não 395
O item 19.3.3.2 da ABNT NBR 6118:2014 solicita que sejam utilizadas armaduras negativas
de borda, dispostas em todas as bordas onde há viga de apoio porém não há laje adjacente.
Essa armadura deve respeitar a taxa mínima exibida na Tabela 30 e se estender até 0,15 𝑙𝑥 a
partir da face interna do apoio, conforme ilustrado na
Figura 28. Além disso, o espaçamento máximo entre barras deve ser de 33 cm e o
diâmetro usualmente utilizado é de 6,3 mm. O comprimento das barras pode ser calculado de
acordo com a Equação 42 (PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020), onde também se prevê
desconto da variável em função das dobras executivas da armadura, conforme apresentado na
Tabela 35:
Reescrevendo a Equação 42 em função das alturas e do menor vão efetivo das lajes,
para cada largura de viga de apoio existente no pavimento avaliado e considerando, também, a
Equação 46 enquanto equação da área de aço mínima, também em função da altura das lajes,
adotando os respectivos cobrimentos mínimos normativos, tem-se:
𝐴𝑠 = 1,005 × ℎ 46
Assim, a fim de exemplificação, serão aplicadas as equações acima para obtenção das
armaduras de bordo da laje LT5.
Laje LT5
ℎ = 8 𝑐𝑚
𝑙𝑥 = 307,80 𝑐𝑚
𝑙0,𝑦 = 272 𝑐𝑚
𝑙0,𝑥 = 259 𝑐𝑚
Área de aço:
Menor vão:
Quantidade de barras:
108
𝑙0,𝑦 272
𝑄= −1= − 1 = 7,25 → 8 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑆 33
Maior vão:
Quantidade de barras:
𝑙0,𝑥 259
𝑄= −1= − 1 = 6,85 → 7 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑆 33
A laje LT1 apresenta uma abertura de 30x30 cm e, por isso, seu detalhamento deve
levar em consideração as observações descritas no item 20.2 na ABNT NBR 6118:2014, que
apresenta as prescrições referentes ao detalhamento de bodas livres aberturas em lajes maciças
em concreto armado. A ilustra o detalhamento recomendado pela norma. Devem ser utilizadas
armaduras complementares de reforço no contorno e canto da abertura substituindo as
armaduras interrompidas de tal forma a evitar concentração de tensões nesses locais.
∝× 𝑓𝑐𝑡,𝑚 × 𝐼𝑐
𝑀𝑟 =
𝑦𝑡 47
onde:
∝: fator que relaciona a resistência à tração na flexão com a resistência à tração direta no
concreto (a ABNT NBR 6118:2014 indica usar o valor de 1,5 para lajes de seções retangulares);
𝐼𝑐 : momento de inércia da seção bruta do concreto (altura da laje e base de um metro);
𝑦𝑡 é a distância do centro de gravidade da seção até a fibra mais tracionada (metade da altura
da laje).
Quando o momento fletor máximo atuante (𝑀𝑎 ) no elemento não é superior ao
momento de fissuração (𝑀𝑟 ), o elemento opera em regime não fissurado, ou seja, no Estádio I,
e opera-se com o momento de inércia da seção bruta nas avaliações do ELS. Em contrapartida,
se o momento atuante é superior ao de fissuração, a peça opera em regime fissurado e o
momento de inércia da seção frente ao combate aos esforços reduz e precisa ser considerado no
dimensionamento das estruturas.
112
𝑀𝑟 3 𝑀𝑟 3
𝐼𝑒𝑞 = ( ) × 𝐼𝑐 + [1 − ( ) ] × 𝐼𝐼𝐼
𝑀𝑎 𝑀𝑎 48
onde, para uma seção retangular, o momento de inércia nos Estádios I e II (puro) é dado por:
𝑏 × 𝑥𝐼𝐼3
𝐼𝐼𝐼 = +∝𝑒 × 𝐴𝑠 × (𝑥𝐼𝐼 − 𝑑)2 + (∝𝑒 − 1) × 𝐴′𝑠 × (𝑥𝐼𝐼 − 𝑑′)2
3 49
onde:
𝑏𝑤 : base do elemento
𝐸𝑠
∝𝑒 = ⁄𝐸
𝑐𝑠
Ainda:
𝑥𝐼𝐼 = −𝐴 + √𝐴2 + 2 × 𝐵
50
onde:
𝐴 = (∝𝑒 − 1) × 𝐴′ 𝑠 +∝𝑒 × 𝐴𝑠 51
𝑑′ × (∝𝑒 − 1) × 𝐴′ 𝑠 + 𝑑 ×∝𝑒 × 𝐴𝑠
𝐵=
𝑏𝑤 52
113
Portanto, e a título de exemplificação, serão avaliadas as lajes LT4, LT5 e LT7 quanto
aos efeitos de fissuração.
Momento de fissuração:
∝ = 1,5
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 2,90 𝑀𝑃𝑎 → 2896,47 𝑘𝑃𝑎
ℎ = 0,08 𝑚
𝑏𝑤 × ℎ3 1 × 0,083
𝐼𝑐 = = = 4,27 × 10−5 𝑚⁴
2 2
ℎ 0,08
𝑦𝑡 = = = 0,04 𝑚
2 2
114
Momento de fissuração:
∝ = 1,5
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 2,90 𝑀𝑃𝑎 → 2896,47 𝑘𝑃𝑎
ℎ = 0,08 𝑚
𝑏𝑤 × ℎ3 1 × 0,083
𝐼𝑐 = = = 4,27 × 10−5 𝑚⁴
2 2
ℎ 0,08
𝑦𝑡 = = = 0,04 𝑚
2 2
115
Momento de fissuração:
∝ = 1,5
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 2,90 𝑀𝑃𝑎 → 2896,47 𝑘𝑃𝑎
ℎ = 0,08 𝑚
𝑏𝑤 × ℎ3 1 × 0,083
𝐼𝑐 = = = 4,27 × 10−5 𝑚⁴
2 2
ℎ 0,08
𝑦𝑡 = = = 0,04 𝑚
2 2
∝× 𝑓𝑐𝑡,𝑚 × 𝐼𝑐 1,5 × 2896,47 × 4,27 × 10−5
𝑀𝑟 = = = 4,63 𝑘𝑁𝑚/𝑚
𝑦𝑡 0,04
116
A flecha total (𝑓∞ ) é composta de duas parcelas de deslocamentos das lajes: uma
provocada pela ação imediata das cargas logo nas idades iniciais do concreto, e outra
relacionada ao deslocamento das peças em função da ação do tempo na estrutura.
A flecha imediata (𝑓0 ) é aquela que ocorre imediatamente após a retirada do
escoramento do elemento estrutural e é dependente de seu carregamento e vão, além das
características do concreto utilizado. Para lajes unidirecionais, a flecha é calculada a partir das
informações contidas na Tabela 46.
117
𝛼 × 𝑝 × 𝑙𝑥4
𝑓0 = 53
𝐸𝑐𝑠 × ℎ3 × 100
onde:
𝑝: carregamento na combinação quase permanente de ações;
𝐸𝑐𝑠 : módulo de elasticidade secante do concreto;
𝑙𝑥 : comprimento do menor vão da laje;
ℎ: altura da laje.
118
Nas avaliações dos deslocamentos das lajes são utilizados as combinações do tipo
quase permanente, bem como momento de inércia respectivo ao estado de fissuração da laje
avaliada. No caso das lajes em que ocorre fissuração, entra-se com a variável ℎ𝑒𝑞 na Equação
53, variável esta que pode ser obtida a partir da Equação 54 (PERLIN, PINTO e PADARATZ,
2020):
3 𝐼𝑒𝑞 × 12
ℎ𝑒𝑞 = √ 54
𝑏
𝑓∞ = (1 +∝𝑓 ) × 𝑓0 55
onde:
∆𝜉
∝𝑓 = 56
1 + 50 × 𝜌′
∆𝜉 = 𝜉(𝑡) − 𝜉(𝑡0 ) 57
Considerando para o caso em questão a retirada de escoras após 21 dias e que não se
aplica armadura de compressão nas lajes, tem –se:
21 21 210,32
𝜉 ( ) = 0,68 × (0,996 ) ×
30 = 0,60
30 30
∆𝜉 = 2 − 0,60 = 1,40
1,40
∝𝑓 = = 1,40
1 + 50 × 0
A seguir, serão demonstrados os cálculos das flechas totais das lajes LT4, LT5 e LT7.
𝑏𝑤 × ℎ3 1 × 0,083
𝐼𝑐 = = = 4,27 × 10−5 𝑚⁴
2 2
Os resultados dos cálculos das flechas totais das lajes avaliadas encontra-se na Tabela 48.
LT1 0,08 3,08 3,26 1,23 Bidirecional 1 6,76 2,68E+07 1,44 3,44
LT2 0,08 1,06 3,26 1,78 Bidirecional 7 4,69 2,68E+07 0,01 0,03
LT3 0,08 1,88 3,26 1,40 Bidirecional 6 2,75 2,68E+07 0,08 0,19
LT4 0,08 1,06 3,26 2,62 Unidirecional A-E - 2,68E+07 0,02 0,05
LT5 0,08 2,64 5,93 1,05 Bidirecional 2 3,61 2,68E+07 0,75 1,81
LT6 0,08 0,94 3,26 1,25 Bidirecional 1 6,95 2,68E+07 0,01 0,03
LT8 0,08 2,27 3,26 1,18 Bidirecional 4 3,24 2,68E+07 0,20 0,49
LT9 0,08 2,07 3,44 1,29 Bidirecional 4 3,69 2,68E+07 0,17 0,40
LT10 0,08 1,13 3,85 3,37 Unidirecional A-E - 2,68E+07 0,03 0,07
Devido ao fato de haver fissuração na laje LT7, conforme apresentado na Tabela 45,
o cálculo da flecha imediata dessa laje passa a ser:
𝐸𝑠 = 210000 𝑀𝑃𝑎
𝐸𝑐𝑠 = 26838,41 𝑀𝑃𝑎
122
𝐸𝑠
∝𝑒 = ⁄𝐸 = 210000⁄26838,41 = 7,82
𝑐𝑠
𝑏𝑤 = 1 𝑚
𝐴𝑠 = 3,14 × 10−4 𝑚²
𝐴 = 7,82 × 3,14 × 10−4 = 2,46 × 10−3 𝑚
𝑑 = 0,0619 𝑚
0,0619 × 7,82 × 3,14 × 10−4
𝐵= = 1,52 × 10−4 𝑚
1
𝑥𝐼𝐼 = −2,46 × 10−3 + √(2,46 × 10−3 )2 + 2 × 1,52 × 10−4 = 1,52−2 𝑚
1 × (1,52 × 10−2 )3
𝐼𝐼𝐼 = + 7,82 × 3,14 × 10−4 × (1,52 × 10−2 − 0,0619)2
3
𝐼𝐼𝐼 = 6,52 × 10−6 𝑚4
𝑀𝑟 = 4,63 𝑘𝑁𝑚/𝑚
𝑀𝑎 = 4,94 𝑘𝑁𝑚/𝑚
𝐼𝑐 = 4,27 × 10−5 𝑚4
4,63 3 4,63 3
𝐼𝑒𝑞 = ( ) × 4,27 × 10−5 + [1 − ( ) ] × 6,52 × 10−6 = 3,64 × 10−5 𝑚4
4,94 4,94
𝐼𝑒𝑞_𝑙𝑎𝑗𝑒 = 0,15 × 3,64 × 10−5 + 0,70 × 4,27 × 10−5 + 0,15 × 4,27 × 10−5
3 4,17 × 10−5 × 12
ℎ𝑒𝑞 = √ = 0,0758 𝑚
1
Portanto:
Caso na tabela de Bares: 3
𝛼: 3,92
Carregamento (ELS-CQP): 3,42 kN/m²
𝐸𝑐𝑠 = 26.838,41 𝑀𝑃𝑎 → 2,68 × 107 𝑘𝑃𝑎
𝑙𝑥 : 3,77 m
ℎ𝑒𝑞 = 0,0758 𝑚
123
𝑞
𝑓0′ = × 𝑓0 59
𝑝
onde:
𝑞: é a carga acidental incidente na laje;
𝑝: é o carregamento na combinação de ações do tipo quase permanente
124
Fonte: Tabela 13.3 da ABNT NBR 6118:2014 – Editada pela autora (2023)
É necessário garantir também que a deflexão sofridas por lajes não cause efeitos
indesejáveis sobre elementos que nelas se apoiem (usualmente paredes). Para isto a ABNT NBR
6118:2014 define que o limite aceitável de deslocamento é de:
𝑙𝑝𝑎𝑟
𝑓𝑎𝑑𝑚 ≤ { 500 60
10 𝑚𝑚
𝑙𝑥 = 1,06 𝑚
𝑙𝑝𝑎𝑟 2550 𝑚𝑚
𝑓∞ = 1,81 𝑚𝑚 ≤ 𝑓𝑎𝑑𝑚 ≤ {500 = 500
= 5,10 𝑚𝑚 → 𝑂𝑘!
10 𝑚𝑚
126
desenvolvidos sobre o tema aplicado aos diversos casos de lajes, constantes em CARVALHO
e FIGUEIREDO (2021) e citados neste trabalho. As equações para obtenção dessas reações
estão discriminadas abaixo e seguem a mesma rotina de cálculo adotado para a determinação
dos momentos fletores, abordado na seção 3.2:
+/− +/− 𝑙𝑥
𝑞𝑥/𝑦 = 𝑘𝑥/𝑦 × 𝑝 × 61
10
onde:
+/−
𝑞𝑥/𝑦 : é a reação de apoio da laje na viga na direção considerada;
+/−
𝑘𝑥/𝑦 : são os coeficientes das tabelas de CARVALHO e FILHO (2021) ,
𝑝: é a carga distribuída na laje, na combinação última de carregamentos;
𝑙𝑥 : é o menor vão da laje
O modelo inicial das lajes unidirecionais isoladas precisa ser adaptado para esse
cálculo, já que, dessa vez, considera-se a contribuição das faces do menor vão para a resistência
aos esforços de cisalhamento, sobretudo quando a laje recebe armadura negativa sobre esses
apoios. Nesses casos, para a retirada dos coeficientes 𝑘 das tabelas, utiliza-se a relação 𝜆 > 2
(PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020).
A seguir, será demonstrado o cálculo para obtenção das reações nos apoios das lajes
LT4 e LT8.
Portanto, a maior reação (𝑞𝑥− = 4,04 𝑘𝑁/𝑚) ocorre no apoio da viga VT17a.
Portanto, a maior reação (𝑞𝑥− = 4,99 𝑘𝑁/𝑚) ocorre no apoio da viga VT11.
130
Tabela 51 - Coeficientes para o cálculo das reações nas vigas de apoio de lajes retagulares
uniformemente carregadas (Casos 4, 5 e 6)
𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑1 62
132
onde:
𝜏𝑅𝑑 = 0,25 × 𝑓𝑐𝑡𝑑,𝑖𝑛𝑓
𝑘 = (1,6 − 𝑑) ≥ 1, com 𝑑 em metros
𝐴𝑠
𝜌1 = ≤ 0,02
𝑏𝑤 × 𝑑
𝐴𝑠1 : é a área efetiva de armadura de tração que se estende no mínimo até 𝑑 − 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 além da
seção considerada (área efetivamente ancorada na laje)
𝑁𝑆𝑑
𝜎𝑐𝑝 = , onde 𝑁𝑆𝑑 é a força longitudinal na seção devido à proteção ( não aplicável ao caso
𝐴𝑐
em estudo)
𝑑: é a altura útil da armadura que chega no apoio crítico
𝑏𝑤 : base da laje (1 metro)
1,95
𝜌1 = = 0,00315 ≤ 0,02 → 𝑂𝑘!
100 × 6,19
133
Como 𝑉𝑟𝑑1 (45,67 𝑘𝑁/𝑚) > 𝑉𝑆𝑑 (4,04 𝑘𝑁𝑚/𝑚), a laje resiste de forma satisfatória aos
esforços de cisalhamento.
1,95
𝜌1 = = 0,00315 ≤ 0,02 → 𝑂𝑘!
100 × 6,19
𝑘 = (1,6 − 0,0619) = 1,54 ≥ 1 → 𝑂𝑘!
𝑉𝑟𝑑1 = [362 × 1,54 × (1,2 + 40 × 0,00315)] × 1 × 0,0619 = 45,67 𝑘𝑁/𝑚
Como 𝑉𝑟𝑑1 (45,67 𝑘𝑁/𝑚) > 𝑉𝑆𝑑 (4,99 𝑘𝑁/𝑚), a laje resiste de forma satisfatória
aos esforços de cisalhamento. A Tabela 53, abaixo, apresenta a verificação das lajes quanto à
resistência aos esforços cisalhantes.
134
∅ × 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 = 64
4 × 𝑓𝑏𝑑
135
𝐴𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼 × 𝑙𝑏 × 65
𝐴𝑠 𝑒𝑓
onde:
∅: diâmetro da barra;
𝑓𝑦𝑑 : tensão de escoamento do aço
𝛼: coeficiente que depende do uso ou não de ganhos, valendo 0,7 para barras tracionadas com
gancho e cobrimento superior a 3Φ e 1,0 para barras sem gancho, que é o caso utilizado;
𝐴𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐: área de aço calculada;
𝐴𝑠 𝑒𝑓: área de aço efetiva utilizada a partir do detalhamento;
𝑓𝑏𝑑 : é a resistência de aderência de cálculo entre a armadura e o concreto na ancoragem
definida no item 9.3.2.1 da norma.
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 × 𝜂2 × 𝜂3 × 𝑓𝑐𝑡𝑑 66
onde:
𝑓𝑐𝑡𝑑 : resistência a tração de cálculo do concreto;
𝜂1 é igual a:
1,0 para barras lisas (CA-25);
1,4 para barras entalhadas (CA-60);
2,25 para barras de alta aderência (CA-50), sendo o caso utilizado.
𝜂2 é igual a:
0,7 para regiões de má aderência;
1,0 para regiões de boa aderência que é definida, para barras horizontais e de elementos
com espessura inferior a 60 cm, como regiões de no máximo 30 cm acima da face inferior
do elemento ou da junta de concretagem mais próxima, sendo ocaso utilizado.
𝜂3 é igual a:
A ancoragem das lajes é feita nos apoios (vigas), portanto, deve-se calcular a força a
ser ancorada dada pela equação a seguir (SOUSA, 2022).
𝑎𝑙
𝑅𝑠𝑑 = × 𝑉𝑑 + 𝑁𝑑 67
𝑑
onde:
𝑑: altura útil da laje;
𝑉𝑑 : reação de apoio máxima da laje sobre a viga;
𝑁𝑑 : força normal (nula nesse caso);
𝑎𝑙: comprimento de decalagem do momento fletor, dado pela equação a seguir.
𝑎𝑙 = 1,5 × 𝑑 68
Sabendo que a força limite é 𝐴𝑠 × 𝑓𝑦𝑑 , a área de aço necessária calculada para a
ancoragem é dada pela Equação 76 (SOUSA, 2022).
𝑅𝑠𝑑
𝐴𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐 = 69
𝑓𝑦𝑑
η2 1
η3 1
fctd (MPa) 1,45
fbd (MPa) 3,26
α 1
Assim, nota-se que as aplicações dos carregamentos nas situações da figura anterior
geram diferentes tipos de reações na base da estrutura. Na estrutura não deformada, o momento
gerado é obtido a partir da análise da estrutura antes de seu deslocamento no espaço, e por isso
é chamado momento de primeira ordem. Já na estrutura deformada, o momento gerado é o
resultado do momento de primeira ordem (situação indeformada) somado a um momento
adicional ocasionado pela deformação da estrutura. Considerar, portanto, que a estrutura reage
de maneira diferente nessas duas situações é levar em conta os efeitos tanto de 1ª como os de
2ª ordem, decorrentes da não linearidade geométrica e, quanto maior o índice de esbeltez, mais
importante torna-se essa consideração (BOFF, 2021).
140
Para a inclusão dos efeitos da não linearidade física do material, a ABNT NBR
6118:2014 indica no item 15.7.3 que se pode adotar um valor aproximado de rigidez dos
elementos estruturais da seguinte forma:
𝐼𝑐: momento de inércia da seção bruta de concreto, incluindo, quando for o caso, as mesas
colaborantes.
1
𝛾𝑧 =
∆𝑀𝑡𝑜𝑡, 𝑑
1− 73
∆𝑀1𝑡𝑜𝑡, 𝑑
onde:
∆𝑀1𝑡𝑜𝑡, 𝑑: o momento de tombamento, resultado da soma dos momentos de todas as forças
horizontais, com seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura;
∆𝑀𝑡𝑜𝑡, 𝑑: é o somatório dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, com
seus valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de
aplicação, obtidos da análise de primeira ordem.
onde:
𝐹𝑔 é a carga permanente
𝐹𝑞1 é a carga acidental principal
𝐹𝑞2 é a carga acidental secundária
𝜓0 é um fator de redução dado pela Tabela 22, que vale 0,5 para cargas acidentais em locais
sem predominância de peso e baixa concentração de pessoas e 0,6 para cargas devido ao vento.
Primeiro considera-se as cargas acidentais gerais como 𝐹𝑞1 e em seguida o vento como
𝐹𝑞1 . Dessa forma obtém-se duas combinações, porém o vento é considerado atuando primeiro
pela esquerda e depois pela direita da edificação, resultando em quatro combinações de
carregamento, apresentadas na tabela a seguir, aplicando todos os coeficientes pertinentes.
(a) (b)
Fonte: Elaborada pela autora (2023)
A força horizontal global na direção do vento é definida como força de arrasto pela
ABNT NBR 6123:1988 e é calculada pela equação a seguir:
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 × 𝑞 × 𝐴𝑒 75
onde:
𝐹𝑎 é a força de arrasto;
𝐶𝑎 é o coeficiente de arrasto;
𝑞 é a pressão dinâmica;
𝐴𝑒 é a área frontal efetiva da edificação perpendicular à direção do vento.
𝑞 = 0,613 × 𝑉𝑘2 76
𝑉𝑘 = 𝑉𝑜 × 𝑆1 × 𝑆2 × 𝑆3 77
A velocidade básica do vento é definida no item 5.1 da ABNT NBR 6123:1988 como
“a velocidade de uma rajada de 3 segundos, excedida em média uma vez em 50 anos, a 10 m
acima do terreno, em campo aberto e plano”. Assume-se que o vento básico pode soprar de
qualquer direção horizontal e sua determinação é feita a partir das isopletas de velocidade
definidas pela norma citada e apresentada na Figura 39. Como a região de interesse se encontra
na cidade de Florianópolis, assumiu-se uma velocidade básica do vento de 43 m/s.
Fator S1
O Fator S1 é definido pela norma ABNT NBR 6123:1988 no item 5.2 e consiste no
fator topográfico, ou seja, parâmetro que leva em consideração o relevo e as características do
terreno da edificação. Para terrenos planos ou fracamente acidentados, que é o que se verifica
nas FigurasFigura 2 Figura 3 para o caso em estudo, o Fator S1 vale 1,0.
Fator S2
O Fator S2 é definido no item 5.3 como o fator que considera a rugosidade do terreno,
as dimensões da edificação e altura sobre o terreno, sendo assim leva em conta a variação da
velocidade do vento com o aumento da altura da edificação.
Em relação às dimensões da edificação são definidas três classes pela mesma norma:
Classe A: [...] Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical não
exceda 20 m;
Classe B: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão
horizontal ou vertical da superfície frontal esteja entre 20 m e 50 m;
Classe C: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão
horizontal ou vertical da superfície frontal exceda 50 m.
Para o ponto sobre o terreno em que se deseja calcular a força do vento, o Fator S2 é
dado pela equação a seguir:
148
𝑧 𝑝
𝑆2 = 𝑏 × 𝐹𝑟 × ( ) 78
10
onde:
𝑏, 𝑝 e 𝐹𝑟 são parâmetros meteorológicos tabelados por norma que dependem do tipo de
categoria e classe da edificação. O fator de rajada (𝐹𝑟 ) é sempre o valor correspondente à
categoria II, conforme disposto no item 5.3.3 da norma. A Tabela 56 apresenta os valores dos
parâmetros para cada situação.
Fator S3
O Fator S3 é definido no item 5.4 da ABNT NBR 6123:1988 como o fator estatístico,
considerando o grau de segurança requerido no projeto e a vida útil da edificação. Segundo a
norma, a probabilidade de ocorrer um evento com a velocidade do vento, que possui período
de retorno de 50 anos, é de 63%. Essa probabilidade é adequada para edificações normais
destinadas ao uso residencial, hotéis, escritórios e dentre outros usos.
A determinação da variável S3 é, portanto, feita de forma direta a partir da descrição
do imóvel a ser edificado. Por se tratar de unidade residencial, a edificação em estudo enquadra-
se no Grupo 2, e por isso, apresenta valor de S3 igual a 1,0.
150
O item 6.3 da ABNT NBR 6123:1988 define os coeficientes de arrasto aplicados para
estruturas de seção constante ou fracamente variável. Nas edificações retangulares, o vento que
incide perpendicularmente em cada fachada possui um coeficiente de arrasto determinado
graficamente e variável conforme seu grau de intensidade.
Por isso, para o cálculo de 𝐶𝑎 , é necessário saber se a edificação a ser construída não
excede sua altura em até duas vezes a das edificações vizinhas na direção e sentido do vento, e
também a uma distância de pelo menos 500 metros (para edificações de até 40 metros de altura).
Nesse contexto – e considerando esta situação a aplicável ao caso em estudo -, o coeficiente de
arrasto é determinado considerando ventos de alta turbulência (ABNT NBR 6123:1988),
utilizando-se o gráfico apresentado na Figura 40.
Além disso, precisam-se determinar as distâncias 𝑙1, 𝑙2 , 𝑎 e 𝑏, a fim de calcular os
parâmetros de entrada no gráfico (variáveis dos eixos 𝑙1/𝑙2 e ℎ/𝑙1), possibilitando o cálculo do
coeficiente de arrasto do vento para ambas as direções. A Tabela 59 apresenta os valores
utilizados, considerando os dados de geometria citados anteriormente.
151
o peso específico do concreto que vale 25 kN/m³, conforme indicado na Tabela 16. Além disso,
para os pilares que aparecem nas duas direções de pórticos é considerada a metade de seu peso
no carregamento.
Tabela 63 - Peso próprio dos pilares Tabela 64 - Peso próprio das vigas
Seção do Pilar (cm) Peso Próprio (kN/m) Seção do Pilar (cm) Peso Próprio (kN/m)
14X30 1,05 12X30 0,90
14X35 1,23 12X50 1,50
17X30 1,28 12X70 2,10
17X35 1,49 14X45 1,58
17X40 1,70 14X50 1,75
17X50 2,13 17X30 1,28
17X40 1,70
Fonte: Elaborada pela autora (2023) 17X50 2,12
17X70 2,98
O peso próprio de alvenaria que atua sobre as vigas pode ser escrito, de modo
simplificado, a favor da segurança, e em função do pé direito dos pavimentos, multiplicando-
se a espessura da parede pelo peso específico do bloco cerâmico, encontrado na Tabela 16. Não
é feito, portanto, desconto das aberturas e vãos das esquadrias.
carregamento definidas para os pórticos, é preciso calcular as reações das lajes sobre as vigas
de duas formas: considerando apenas o carregamento permanente sobre a laje; e considerando
apenas o carregamento acidental sobre a laje. A Tabela 66 mostra o levantamento das cargas de
reação das lajes devido carregamento permanente em todas os bordos e a Tabela 67, a reação
das lajes nas vigas devido carregamento variável. Em todos os pavimentos, com exceção do
segundo, considerou-se os apoios simplesmente apoiados, e repetiu-se o procedimento para o
levantamento das demais variáveis dos modelos de cálculo das peças, assunto abordado na
seção 3.1.
Na representação dos carregamentos das lajes sobre as vigas de apoio no Ftool (PUC-
RIO, 2018), inseriram-se apenas os valores aplicáveis às vigas que compõem os sistemas
porticados de interesse. Nas vigas que formam bordos entre lajes, somam-se os respectivos
efeitos das ações (reações).
Para a reação de apoio da laje LC1, utilizou-se um carregamento permanente relativo
ao peso próprio, de reboco e um carregamento devido a caixa d’água, este correspondendo à
razão entre o volume de água pela área da peça - utilizando dimensões efetivas. Adotou-se,
também, carga variável de manutenção de 3 kN/m².
157
Já para a reação de apoio da laje LS7 na viga VS6a (laje em balanço), obteve-se o
carregamento permanente de 3,42 kN/m² (peso próprio, reboco e contrapiso) e variável de 0,25
kN/m² (Telhados - Com telhas de fibrocimento onduladas com espessura até 5 mm e estrutura
de madeira, dados da ABNT NBR 6120:2019). Para que o carregamento seja aplicado por metro
de viga, dividem-se tais valores pelo menor vão efetivo da laje, resultando em 2,66 kN/m como
reação devido carga permanente e 0,19 kN/m devido à carga variável.
Outro carregamento vertical que atua na estrutura em análise são as cargas pontuais
que aparecem nos pórticos devido ao apoio de vigas sobre outras vigas.
Elas são calculadas resolvendo-as como simplesmente apoiadas, onde se calcula as
reações de apoio. Consideram-se, para isso, cargas permanentes e acidentais atuando
separadamente sobre as mesmas, a fim de se obter cargas pontuais permanentes e acidentais.
Analisando a interação entre a estrutura contraventada e de contraventamento, e de posse das
informações geométricas constantes nas pranchas de formas, modelaram-se as vigas pertinentes
no programa Ftool (PUC-RIO, 2018), de onde foram obtidos os resultados constantes na Tabela
68.
Além disso, as cargas dos pilares também são representadas de modo pontual no
programa, multiplicando os valores de carga relativos ao peso próprio por metro pelo pé direito
de cada pavimento, conforme apresentado na Tabela 63. Os valores foram aplicados nos nós
superiores.
4.8 RESULTADOS
A viga é dividida em 6 trechos, sendo um deles trecho com viga em balanço, e se faz
necessário calcular o comprimento efetivo de todos os vãos. Para isso, utiliza-se a mesma
formulação apresentada para as lajes no item 3.1.1. Os resultados são apresentados na tabela a
seguir.
Da mesma forma que nas lajes, é necessário determinar a posição da linha neutra (𝑥)
e para isso utiliza-se a Equação 30 (PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020) apresentada no
item 3.4 e reapresentada a seguir.
𝑀𝑑
𝑑 − √𝑑 2 − 2 × ( )
𝛼𝑐 × 𝑓𝑐𝑑 × 𝑏𝑤 79
𝑥=
𝜆
onde:
𝑑: altura útil calculado pela Equação 80;
𝑀𝑑 : o momento fletor atuante (kNm);
𝑏𝑤 : base da viga;
𝑓𝑐𝑑 : é a resistência de cálculo do concreto;
𝛼𝑐 : 0,85 para concretos até classe C50;
𝜆: 0,8 para concretos até classe C50.
𝜙𝑙
𝑑 = ℎ − 𝑐 − 𝜙𝑡 − 𝑜𝑢 𝑑 = ℎ − 𝑑′ 80
2
onde:
𝜙𝑡 : diâmetro estimado da armadura transversal;
𝜙𝑙 : diâmetro estimado da armadura longitudinal;
𝑐: cobrimento da viga;
𝑑 ′ : centro de gravidade das barras de aço, quando dispostas em uma ou mais camadas, sendo
calculada pela Equação 81.
𝜙 𝜙
𝜂1 × (𝑐 + 𝜙𝑡 + 2𝑙 ) + 𝜂2 × (𝑐 + 𝜙𝑡 + 𝜙𝑙 + 𝑒𝑣 + 2𝑙 ) …
′
𝑑 = 81
𝜂1 + 𝜂2 + ⋯ + 𝜂𝑛
onde:
𝜂: quantidade de barras na camada;
𝑒𝑣 : espaçamento vertical entre camadas.
167
Nas vigas os espaçamentos vertical (𝑒𝑣 ) e horizontal (𝑒ℎ ) devem atender às condições
normativas impostas pelas equações a seguir, respectivamente, parâmetros aqueles que
dependem diretamente dos diâmetros das barras longitudinais e do agregado graúdo utilizado
na composição do concreto .
2 𝑐𝑚
𝑒𝑣 ≥ { 𝜙𝑙 } 82
0,5 × 𝑑𝑚á𝑥 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜
2 𝑐𝑚
𝑒ℎ ≥ { 𝜙𝑙 } 83
1,2 × 𝑑𝑚á𝑥 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜
Para além dos dados mínimos referenciados, deve-se prever espaçamento suficiente
entre barras para passagem do vibrador de concreto de 2,5 cm. Com a altura útil estimada, é
possível calcular a linha neutra e verificar a condição de ductilidade por meio da relação 𝑥/𝑑.
Se esta relação for inferior a 0,45, não é necessário dimensionar armadura de compressão e a
seção possuirá armadura simples. A área de aço é calculada pela Equação 26 (PERLIN, PINTO
e PADARATZ, 2020) do item 3.4 reapresentada a seguir.
𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 84
𝑓𝑦𝑑 × (𝑑 − 0,5 × 𝜆 × 𝑥)
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = 0,150% × 𝑏𝑤 × ℎ 85
5.3.1Armaduras positivas
2 𝑐𝑚
𝜙𝑙 = 12,5 𝑚𝑚 (1,25 𝑐𝑚)
𝑒𝑣 ≥ 0,5 × 𝑑
𝑚á𝑥 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 = 0,5 × 1,9 = 0,95 𝑐𝑚
{ 𝟐, 𝟓 𝒄𝒎 (𝒗𝒊𝒃𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒓𝒆𝒕𝒐)5 }
2 𝑐𝑚
𝜙𝑙 = 12,5 𝑚𝑚 (1,25 𝑐𝑚)
𝑒ℎ ≥ {1,2 × 𝑑 }
𝑚á𝑥 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 = 1,2 × 1,9 = 2,28 𝑐𝑚
𝟐, 𝟓 𝒄𝒎 (𝒗𝒊𝒃𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒓𝒆𝒕𝒐)
5
A condição de que o espaçamento vertical entre barras aplicado ao trecho analisado considere a passagem de
mangote do vibrador de concreto não é imprescindível, sendo decisão adotada a favor da segurança.
169
2 𝑐𝑚
𝜙𝑙 = 16 𝑚𝑚 (1,60 𝑐𝑚)
𝑒𝑣 ≥ 0,5 × 𝑑
𝑚á𝑥 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 = 0,5 × 1,9 = 0,95 𝑐𝑚
{ 𝟐, 𝟓 𝒄𝒎 (𝒗𝒊𝒃𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒓𝒆𝒕𝒐)6 }
2 𝑐𝑚
𝜙𝑙 = 16 𝑚𝑚 (1,60 𝑐𝑚)
𝑒ℎ ≥ {1,2 × 𝑑 }
𝑚á𝑥 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 = 1,2 × 1,9 = 2,28 𝑐𝑚
𝟐, 𝟓 𝒄𝒎 (𝒗𝒊𝒃𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒓𝒆𝒕𝒐)
6
Vale a mesma consideração feita na seção anterior, sobre o detalhamento da armadura positiva, onde
a condição de que o espaçamento vertical entre barras contempla também o calibre do mangote do vibrador de
concreto, decisão não imprescindível, mas incluída a favor da segurança.
172
𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑2 86
173
onde:
𝑉𝑠𝑑 : força cortante máxima na seção;
𝑉𝑟𝑑2 : a força cortante resistente relativa à ruína das diagonais comprimidas.
Para este trabalho utiliza-se o Modelo II de cálculo de 𝑉𝑟𝑑2, que considera os estribos
posicionados na vertical e com inclinação de 30º das diagonais comprimidas. A seguir é feita a
verificação das diagonais de compressão e o dimensionamento e detalhamento dos estribos ao
longo da viga utilizando o trecho entre os pilares P1 e P4 como demonstração.
onde:
𝛼: ângulo de inclinação dos estribos (90º, visto que são estribos verticais);
𝜃: ângulo de inclinação das diagonais comprimidas (30º);
𝑎𝑣2 : dado pela equação a seguir com 𝑓𝑐𝑘 em MPa:
𝑓𝑐𝑘
𝑎𝑣2 = (1 − ) 88
250
30
𝑎𝑣2 = (1 − ) = 0,88
250
𝑉𝑟𝑑2 = 0,54 × 0,88 × 21.428,57 × 0,17 × 0,3488 × 𝑠𝑒𝑛2 30 × (𝑐𝑜𝑡𝑔 90 + 𝑐𝑜𝑡𝑔 30)
𝑉𝑟𝑑2 = 261,42 𝑘𝑁
𝑉𝑠𝑑 = 28,11 𝑘𝑁 ≤ 𝑉𝑟𝑑2 = 261,42 𝑘𝑁 → 𝑂𝑘
174
onde:
𝑉𝑐0 : calculado pela Equação 90
𝑉𝑐0 = 0,6 × 𝑓𝑐𝑡𝑑 × 𝑏𝑤 × 𝑑 90
O cálculo da área de aço por metro dos estribos também leva em consideração os
mecanismos complementares, sendo calculada conforme a Equação 91, quando o esforço
solicitante (𝑉𝑠𝑑 ) for superior ao esforço complementar (𝑉𝑐 ). Para a situação inversa utiliza-se a
175
Equação 92 referente à armadura mínima para estribos. Porém, deve-se sempre verificar se a
área calculada é superior à mínima, adotando-se o maior valor entre ambas (SOUSA, 2022).
𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐
= 91
𝑠 0,9 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑑 × 𝑠𝑒𝑛 𝛼 × (𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼 + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃)
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 𝑓𝑐𝑡𝑚
= 0,2 × 𝑏 × 𝑠𝑒𝑛 𝛼 × 92
𝑠 𝑓𝑦𝑘
onde:
𝑓𝑦𝑑 : tensão de escoamento para o aço CA-60;
𝑓𝑦𝑘 : tensão característica do aço CA-60;
𝑓𝑐𝑡𝑚 : resistência à tração característica do concreto.
𝑉𝑐0 = 0,6 × 1,45 × 103 × 0,17 × 0,3488 = 51,58 𝑘𝑁 > 𝑉𝑠𝑑 = 28,11 𝑘𝑁
𝑉𝑐0 > 𝑉𝑠𝑑 → 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒 𝑠𝑜𝑧𝑖𝑛ℎ𝑜
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 2,90
= 0,2 × 0,17 × 𝑠𝑒𝑛 90 × = 1,64 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑠 600
5.4.4Armadura de suspensão
𝑉𝑑 × ℎ1
𝐴𝑠𝑢𝑠𝑝 = 95
𝑓𝑦𝑑 × ℎ2
onde:
𝑉𝑑 : reação de apoio na viga;
𝑓𝑦𝑑 : tensão de escoamento de cálculo do aço CA-60 para os estribos;
ℎ1 : altura da viga apoiada;
ℎ2 : altura da viga de apoio.
A área de aço calculada deve ser distribuída na proporção de 70% sobre a viga de apoio
e 30% sobre a viga apoiada, conforme apresentado na Figura 45 (SOUSA, 2022). O trecho que
demanda armadura de suspensão está compreendido entre os pilares P4 e P7 e se deve ao apoio
da viga VT6 na viga em estudo. O levantamento do quantitativo de aço necessário no referido
trecho é apresentado a seguir.
178
38,92 × 30
𝐴𝑠𝑢𝑠𝑝 = = 0,42 𝑐𝑚²
52,174 × 40
𝐴𝑠𝑢𝑠𝑝,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 70% 𝑑𝑒 0,42 = 0,29 𝑐𝑚²
𝐴𝑠𝑢𝑠𝑝,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑎𝑑𝑎 = 30% 𝑑𝑒 0,42 = 0,13 𝑐𝑚²
Adota-se, portanto, 1 estribo de 5 mm tanto para a viga de apoio quanto para a viga
apoiada, atendendo a área de aço calculada.
Uma vez que se tem o arranjo das barras das armaduras longitudinais das seções
transversais mais solicitadas de uma viga de concreto armado, e conhecido o diagrama de
momentos fletores, é possível realizar a disposição desses elementos ao longo da viga. O
processo de detalhamento, portanto, consiste em usar as barras de aço com o menor
comprimento possível, sem deixar de atender as condições de segurança do ELU.
179
Assim como nas lajes, para aferição do comprimento das barras longitudinais, faz-se
necessário calcular os seus respectivos comprimentos de ancoragem. As formulações
apresentadas na seção 3.9.3 também se aplicam ao caso das vigas, mas aqui é incluída a
condição de atendimento a um comprimento de ancoragem mínimo citado no item 9.4.2.5 da
ABNT NBR 6118:2014, que deve ser respeitado. Dessa forma, vale o que segue:
𝐴𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐
𝛼 × 𝑙𝑏 ×
𝐴𝑠 𝑒𝑓
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 ≥ 0,3 × 𝑙𝑏
96
10 × 𝜙
{ 10 𝑚𝑚
onde:
𝜙 × 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 = 97
4 × 𝑓𝑏𝑑
𝜙: diâmetro da barra;
𝑓𝑦𝑑 : tensão de escoamento do aço;
𝛼: vale 0,7 para barras tracionadas com gancho e 1,0 para barras sem gancho;
𝐴𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐: área de aço calculada;
𝐴𝑠 𝑒𝑓: área de aço efetiva;
𝑓𝑏𝑑 : resistência de aderência de cálculo entre a armadura e o concreto na ancoragem
calculada utilizando a Equação 66 e o procedimento disposto no item 3.9.3 deste trabalho.
Figura 52 - Arranjo das barras negativas ao longo da viga em função dos resultados obtidos a
partir do processo de decalagem do diagrama de momentos fletores
O traspasse de barras, recurso utilizado para emendar barras de diâmetro de até 32 mm,
foi utilizado nos pontos de apoio em que fora registrado momento fletor positivo. O
comprimento do trecho de traspasse das barras tracionadas isoladas deve ser calculado segundo
as seguintes expressões:
0,3 × 𝛼0𝑡 × 𝑙𝑏
𝑙0𝑡, 𝑚í𝑛 ≥ { 15𝜙 } 100
200 𝑚𝑚
189
onde:
𝛼0𝑡: coeficiente dado em função da porcentagem de barras tracionadas emendadas na mesma
seção, conforme Tabela 90.
1
× 𝐴𝑠 𝑣ã𝑜 → 𝑆𝑒 𝑀𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 0 𝑜𝑢 |𝑀𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 | ≤ 0,5 × 𝑀𝑣ã𝑜
𝐴𝑠,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 ≥{3 } 101
1
× 𝐴𝑠 𝑣ã𝑜 → 𝑆𝑒 |𝑀𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 | > 0,5 × 𝑀𝑣ã𝑜
4
Calcula-se também a área de aço necessária para apoio extremo a partir da Equação
102, resultado da combinação das Equações 67 e 69 apresentadas na seção 3.9.3
(SOUSA,2022).
𝑎𝑙
× 𝑉𝑑 + 𝑁𝑑
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 = 𝑑 102
𝑓𝑦𝑑
onde:
𝑑: altura útil da laje;
𝑉𝑑 : reação de apoio máxima da viga;
𝑁𝑑 : força normal;
𝑎𝑙: comprimento de decalagem do momento fletor, dado pela Equação 98.
A área efetiva das barras de aço deve estar compreendida entre os limites máximos e
mínimos normativos, assim como deve ser superior à área calculada. Quanto à ancoragem,
novamente calcula-se o comprimento de ancoragem necessário e é feita a
verificação da Equação 103 conforme o item 18.3.2.4.1 da norma.
𝑙𝑏𝑛𝑒𝑐
𝑙𝑏 ≥ {𝑟 + 5,5 × 𝜙} 103
60 𝑚𝑚
onde:
𝑟: o raio de curvatura dos ganchos, caso seja adotado, definido pela ABNT NBR 6118:2014.
Para aço CA-50 com bitola inferior a 20 mm vale 5ϕ e 8ϕ para bitolas superiores. Além disso,
o comprimento mínimo do gancho em ângulo reto é de 8ϕ mais o trecho curvo retificado do
ponto A até o B, conforme apresentado na Figura 53. Também deve-se respeitar o comprimento
191
disponível dado pela altura da viga subtraída do cobrimento superior e inferior, resultando em
32 cm. A Equação 104 apresenta o cálculo para o comprimento do gancho.
𝜋 × (5 × 𝜙 + 𝜙)
𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = + 8 × 𝜙 = 12,7 × 𝜙 ≤ ℎ − 𝑐𝑠𝑢𝑝 − 𝑐𝑖𝑛𝑓 104
4
1
× 2,45 = 0,82 𝑐𝑚² → 𝑆𝑒 𝑀𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 0 𝑜𝑢 |17,10| ≤ 0,5 × 6,40 = 3,20
𝐴𝑠,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 ≥ {3 }
1
× 2,45 = 0,61 𝑐𝑚² → 𝑆𝑒 |17,10| > 0,5 × 6,40 = 3,20
4
30
34,70 × 27,44 + 0
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 = = 0,55 𝑐𝑚²
43,478
192
P1(positiva):
12,50 𝑐𝑚
𝑙𝑏 ≥ {5 × 1,25 + 5,5 × 1,25 = 13,13 𝑐𝑚} → 14 > 13 𝑐𝑚
60 𝑚𝑚
P1(negativa):
1,60 × 434,78 0,55
0,7 × × = 7,30 𝑐𝑚
4 × 2,28 4,02
1,60 × 434,78
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 ≥ 0,3 × = 22,88 𝑐𝑚 → 23 𝑐𝑚
4 × 2,28
10 × 1,60 = 16 𝑐𝑚
{ 100 𝑚𝑚 }
23 𝑐𝑚
𝑙𝑏 ≥ {5 × 1,6 + 5,5 × 1,6 = 16,80 𝑐𝑚 } → 23 𝑐𝑚 > 13 𝑐𝑚
60 𝑚𝑚
Nos apoios intermediários utiliza-se armadura contínua, sendo assim calcula-se apenas
o comprimento de ancoragem e dos ganchos das armaduras (positivas e negativas) que
chegam aos apoios extremos, conforme apresentado na Tabela 94 a seguir. Neste estudo de
caso, a armadura positiva da viga entre os trechos de P13-P18 estendem-se até o limite da viga
em balanço, enquanto que as armadura negativas seguem a mesma premissa e são alocadas,
também, por toda a altura da viga, respeitando os cobrimentos mínimos. A planta de
detalhamento da viga encontra-se no Apêndice C deste trabalho.
Assim como nas lajes, deve-se verificar o ELS das vigas, considerando a fissuração do
concreto e flechas, utilizando as combinações de serviço estabelecidas pela ABNT NBR
6118:2014. Utiliza-se a combinação frequente para o cálculo dos momentos de serviço, e a
combinação quase permanente para o cálculo das flechas, apresentados respectivamente nas
Equações 105 e 106 com os coeficientes Ψ1 e Ψ2 retirados da Tabela 22 deste trabalho, para
cargas acidentais e vento. O vento é considerado atuando nas duas direções (direita e esquerda)
e possui Ψ1 igual a 0,3 e Ψ2 igual a 0. As cargas acidentais em geral possuem Ψ1 igual a 0,4 e
Ψ2 igual a 0,3. O vento e as cargas acidentais são alternados como Fq1 e Fq2, a fim de se obter
uma envoltória na combinação frequente e também na quase permanente.
195
∝× 𝑓𝑐𝑡,𝑚 × 𝐼𝑐
𝑀𝑟 = 107
𝑦𝑡
𝐴ℎ = 𝑏𝑤 × ℎ + 𝐴𝑠 × (𝛼𝑒 − 1) 108
ℎ2
𝑏𝑤 × 2 + 𝐴𝑠 × 𝑑 × (𝛼𝑒 − 1) 109
𝑦ℎ =
𝐴ℎ
ℎ3 ℎ
𝐼ℎ = 𝑏𝑤 × + 𝑏𝑤 × ℎ × (𝑦ℎ − )2 + 𝐴𝑠 × (𝑦ℎ − 𝑑)2 × (𝛼𝑒 − 1) 110
2 2
𝑀𝑟 3 𝑀𝑟 3
𝐼𝑒𝑞 = 𝐼𝐶 × ( ) + (1 − ( ) ) × 𝐼𝐼𝐼 ≤ 𝐼𝐶
𝑀𝑎 𝑀𝑎 111
𝑏 × 𝑥𝑖𝑖 3
𝐼𝐼𝐼 = + 𝛼𝐸 × 𝐴𝑠 × (𝑥𝑖𝑖 − 𝑑)2
3 112
−𝛼2 + √𝛼2 2 − 4 × 𝛼1 × 𝛼3
𝑥𝑖𝑖 = 113
2 × 𝛼1
onde:
𝑏𝑤
𝛼1 = 114
2
𝛼2 = 𝛼𝐸 × 𝐴𝑠 115
𝛼3 = −𝑑 × 𝛼𝐸 × 𝐴𝑠 116
𝐸𝑠
𝛼𝐸 = 117
𝐸𝑐𝑠
198
Nos trechos da viga em que ocorre fissuração é feita a mesma ponderação dos
momentos de inércia mencionada na seção 3.8.1 das lajes. No caso em estudo, no vão entre os
pilares P13-P18 onde fora verificado fissuração, nota-se que a fissuração ocorre somente no
apoio P18. Dessa forma, são ilustrados os seguintes procedimentos de cálculo:
17
𝛼1 = = 8,50 𝑐𝑚
2
𝛼2 = 7,82 × 4,02 = 31,44 𝑐𝑚²
𝛼3 = −34,70 × 7,82 × 4,02 = −1090,84 𝑐𝑚
Da mesma forma que apresentado no capítulo das lajes, as flechas totais em cada trecho
da viga consistem no computo das deformações imediatas e devido ao efeito da fluência.
A flecha imediata das vigas foi determinada a partir da análise estrutural feita no Ftool
(PUC-RIO, 2018) com carregamentos utilizando a combinação quase permanente sem o
carregamento da alvenaria, ou seja, apenas com o peso próprio da estrutura de concreto. Em
caso de ocorrência de fissuração, é corrigido o momento de inércia da viga no programa
conforme procedimento ilustrado na seção 3.8. A Figura 55 apresenta as flechas imediatas
obtidas na análise e a Tabela 96 apresenta os valores resumidos para cada trecho da viga.
199
Flecha imediata:
𝑓0 = 1,23 𝑚𝑚
limitação visual do trecho P1-P4, demostrado abaixo, e, para os demais trechos, os demais
resultados computados na Tabela 98.
2340 𝑚𝑚
𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑣𝑖𝑠𝑢𝑎𝑙 = = 9,36 𝑚𝑚 > 2,95 𝑚𝑚 → 𝑂𝑘!
250
A ABNT NBR 6118:2014 dispõe sobre a verificação a ser feita no ELS é referente à
abertura de fissuras na seção da viga no item 13.4, condição indicada devido a
grande variabilidade e baixa resistência à tração do concreto. A norma apresenta algumas
exigências quanto à durabilidade da estrutura em função da classe de agressividade ambiental
e tipo de combinação de serviço a ser empregada na análise, conforme apresentado na Tabela
99, indicando o caso para CAA-III que é a situação deste projeto.
Deve-se considerar para cada barra da armadura passiva uma área de envolvimento de
concreto retangular, cujas dimensões não podem ser superiores a 7,5ϕ contando a partir do
eixo da barra, conforme apresentado na Figura 56.
202
O valor característico da abertura de fissuras (𝑤𝑘 ) que deve ser inferior 0,3 mm é
definido no item 17.3.3.2 da norma e é o menor valor calculado pelas equações a seguir.
203
3 × 𝜙𝑖 × 𝜎𝑠𝑖 2
𝑤𝑘1 = 118
12,5 × 𝜂1 × 𝐸𝑠𝑖 × 𝑓𝑐𝑡𝑚
𝜙𝑖 × 𝜎𝑠𝑖 4
𝑤𝑘2 = ×( + 45) 119
12,5 × 𝜂1 × 𝐸𝑠𝑖 𝑝𝑟𝑖
onde:
𝜙𝑖: o diâmetro da barra na área de envolvimento;
𝑓𝑐𝑡𝑚: resistência à tração do concreto;
𝑝𝑟𝑖: razão entre a área de aço e a área da região de envolvimento;
𝐸𝑠𝑖: módulo de elasticidade da barra na área de envolvimento;
𝜂1: 2,25 para barras de alta aderência;
𝜎𝑠𝑖: tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada no Estádio II
calculada pela Equação 120 a seguir (SOUSA,2022) que utiliza valores que foram previamente
calculados neste trabalho.
𝑀𝑠𝑑, 𝑓𝑟𝑒𝑞
𝜎𝑠𝑖 =
𝑥𝑖𝑖
𝐴𝑠 × (𝑑 − 3 ) 120
𝜙𝑖 = 16 𝑚𝑚
𝑓𝑐𝑡𝑚 = 2,90 𝑀𝑃𝑎
𝐸𝑠𝑖 = 210000 𝑀𝑃𝑎
𝑀𝑠𝑑, 𝑓𝑟𝑒𝑞 = 10,1 𝑘𝑁𝑚
𝐴𝑠 = 4,02 𝑐𝑚2
𝑑 = 34,70 𝑐𝑚
𝑥𝑖𝑖 = 9,63 𝑐𝑚
𝐴𝑐𝑟𝑖 = 170 × 80 = 13600 𝑚𝑚2
𝜋 × 162
𝑝𝑟𝑖 = 4 = 0,0148
13600
204
10,1 × 103
𝜎𝑠𝑖 = = 79,78 𝑀𝑃𝑎
0,0963
4,02 × 10−4 × (0,347 − 3 )
3 × 16 × 79,78 2
𝑤𝑘1 = = 0,014 𝑚𝑚
16 × 2,25 × 210000 × 2,90
16 × 79,78 4
𝑤𝑘2 = ×( + 45) = 0,053 𝑚𝑚
16 × 2,25 × 210000 0,0148
6 DIMENSIONAMENTO DO PILAR
6.1 CARREGAMENTOS
O pilar P1 faz a intersecção entre pórticos cujas cargas permanentes e acidentais foram
definidas no capítulo sobre análise de estabilidade global, onde também se considerou quatro
combinações de ações no ELU. Destaca-se que o dimensionamento a ser abordado neste
capítulo se refere, apenas, ao quantitativo e características de aço necessárias para a peça resistir
à combinação de cargas tipo Fd1, conforme Tabela 55. Dessa forma, os pórticos de interesse
para o dimensionamento da peça em questão são os representados nas Figuras Figura 59Figura
60, e os carregamentos das combinações estão dispostos no Apêndice D.
206
Fonte: ABNT NBR 6118:2014, Tabela 7.2 – Editada pela autora (2023).
onde:
𝑁𝑑 é o esforço axial atuante na seção do pilar;
ℎ𝑥 e ℎ𝑦 são definidos de acordo com o ilustrado na Figura 65.
3,46 ∗ 𝑙𝑒
𝜆= 123
ℎ
onde:
h é a altura da seção transversal do pilar na direção analisada
le é o comprimento efetivo do pilar na direção analisada.
𝑙𝑜 + ℎ
𝑙𝑒 ≤ { 124
𝑙
onde:
lo é a distância livre entre faces dos elementos que se vinculam ao pilar
l é a distância entre eixos dos elementos que se vinculam ao pilar
Eixo x:
3,46 ∗ 𝑙𝑒, 𝑥
𝜆𝑥 =
ℎ𝑥
𝑙𝑜 + ℎ𝑥 = (338 − 40) + 17 = 315
𝑙𝑒, 𝑥 ≤ { } → 𝑙𝑒, 𝑥 = 315 𝑐𝑚
𝑙 = 338
Logo:
3,46 ∗ 315 𝑐𝑚
𝜆𝑥 = = 64,11
17 𝑐𝑚
212
Eixo y:
3,46 ∗ 𝑙𝑒, 𝑦
𝜆𝑦 =
ℎ𝑦
𝑙𝑜 + ℎ𝑦 = (338 − 70) + 30 = 298
𝑙𝑒, 𝑦 ≤ { } → 𝑙𝑒, 𝑦 = 298 𝑐𝑚
𝑙 = 328
Logo:
3,46 ∗ 298 𝑐𝑚
𝜆𝑦 = = 34,37
30 𝑐𝑚
25 + 12,5 ∗ (𝑀𝐴/𝑁𝑑)/ℎ
𝜆1 = , 𝑐𝑜𝑚 35 ≤ 𝜆1 ≤ 90 125
𝛼𝑏
onde:
MA é o maior valor absoluto do momento de primeira ordem ao longo do pilar
𝑁𝑑 é o esforço axial atuante no pilar
ℎ é a altura da seção transversal do pilar na direção analisada
𝛼𝑏 é um coeficiente cujo valor depende das condições de apoio do pilar. Para pilares biapoiados
sem cargas transversais (situação deste trabalho), é calculado conforme equação abaixo.
𝑀𝐵
𝑎𝑏 = 0,6 + 0,4 × , 𝑐𝑜𝑚 0,40 ≤ 𝑎𝑏 ≤ 1,0
𝑀𝐴 126
onde:
𝑀𝐵 é o menor valor absoluto do momento de primeira ordem ao longo do pilar
213
Eixo x:
𝑁𝑑 = 116,37 𝑘𝑁; 𝑀𝐴𝑥 = 4,29 𝑘𝑁𝑚; 𝑀𝐵𝑥 = 3,52 𝑘𝑁𝑚
−3,52
𝑎𝑏 = 0,6 ∓ ,4 × = 0,27 → 0,40
4,29
25 + 12,5 ∗ (4,29/116,37)/0,17
𝜆1, 𝑥 = = 69,28
0,4
Eixo y:
𝑁𝑑 = 116,37 𝑘𝑁; 𝑀𝐴𝑦 = 7,26 𝑘𝑁𝑚; 𝑀𝐵𝑦 = 7,15 𝑘𝑁𝑚
−7,15
𝑎𝑏 = 0,6 − 0,4 × = 0,20 → 0,40
7,26
25 + 12,5 ∗ (7,26/116,37 )/0,30
𝜆1, 𝑦 = = 69,00
0,4
Porém, como λy = 34,37 < λ1,y= 69,00, não há efeito de 2ª ordem local.
Ainda que não tenha sido detectado efeito de 2ª ordem no pilar avaliado, os mesmos
devem ser considerados, quando pertinente. Esse efeito consiste no acréscimo de esforço ao
longo da seção do pilar devido a excentricidade ao longo de seu comprimento. Essa
excentricidade, devido à sua configuração deformada por conta da flambagem, gera no pilar
um momento fletor de segunda ordem na sua região intermediária, conforme ilustrado na Figura
66.
215
𝑙𝑒 2 1
𝑀2𝑑 = 𝑁𝑑 × × 127
10 𝑟
onde:
𝑁𝑑: esforço axial;
𝑙𝑒: comprimento equivalente do pilar;
1
: curvatura da seção crítica do pilar calculado pela Equação 132 (PERLIN, PINTO e
𝑟
PADARATZ, 2020).
216
1 0,005 0,005
= ≤ 128
𝑟 ℎ × (𝑣𝑑 + 0,5) ℎ
onde:
ℎ: altura da seção transversal do pilar na direção analisada;
𝑣𝑑: esforço normal adimensional calculado pela Equação 129 (PERLIN, PINTO e
PADARATZ, 2020).
𝑁𝑑
𝑣𝑑 = 129
𝐴𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 × 𝑓𝑐𝑑
Considerando que será detalhado apenas uma armadura para todo o pilar, faz-se
necessário determinar as seções críticas a serem dimensionadas, estas definidas em função da
distribuição dos momentos fletores ao longo do pilar. Para considerar as imperfeições locais,
deve-se respeitar os momentos mínimos, calculados na seção 6.3, e adicionalmente, quando for
o caso, considerar também os momentos de 2ª ordem e de fluência na seção intermediária. As
situações de cálculo estão resumidas na Tabela 105 (PERLIN, PINTO e PADARATZ, 2020).
A seguir são demostrados os cálculos para o levantamento dos momentos totais para
o trecho do pilar situado no pavimento térreo, na direção X.
Topo:
𝑀1𝑥, 𝑡𝑜𝑝𝑜 = 4,29 𝑘𝑁𝑚
𝑀𝑥, 𝑡𝑜𝑝𝑜, 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ≥ { } → 𝑀𝑥, 𝑡𝑜𝑝𝑜, 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4,29 𝑘𝑁𝑚
𝑀1𝑥, 𝑚í𝑛 = 2,34 𝑘𝑁𝑚
Intermediária:
𝑀1𝑥, 𝑖𝑛𝑡 (𝛼𝑏, 𝑥 ∗ 𝑀𝐴, 𝑥) + 𝑀2, 𝑥 + 𝑀𝑓, 𝑥
𝑀𝑥, 𝑖𝑛𝑡, 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ≥ { }
𝑀1𝑥, 𝑚í𝑛 + 𝑀2, 𝑥 + 𝑀𝑓, 𝑥
Base:
𝑀1𝑥, 𝑏𝑎𝑠𝑒 = 3,52 𝑘𝑁𝑚
𝑀𝑥, 𝑏𝑎𝑠𝑒, 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ≥ { } → 𝑀𝑥, 𝑏𝑎𝑠𝑒, 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 3,52 𝑘𝑁𝑚
𝑀1𝑥, 𝑚í𝑛 = 2,34 𝑘𝑁𝑚
218
na seção do pilar, cada uma correspondendo a uma numeração de ábaco a ser utilizada, como
consta na Figura 68.
Deve-se determinar os parâmetros de entrada para a escolha dos ábacos a serem
empregados, que são calculados pelas equações a seguir:
𝑑′
→ 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 130
ℎ
onde:
∅𝑙
𝑑 ′ = 𝑐 + ∅𝑡 +
2 131
𝑏
10 𝑚𝑚 ≤ ∅𝑙 ≤ 132
8
5 𝑚𝑚
∅𝑡 ≥ { ∅𝑙 } 133
4
onde:
𝑐 é o cobrimento dos pilares;
∅𝑡 é o diâmetro de estribo;
∅𝑙 é o diâmetro da armadura longitudinal;
𝑏 é a menor dimensão da seção pilar.
A Tabela 109 apresenta os resultados dos parâmetros para definição dos ábacos. É
considerado inicialmente bitola da barra longitudinal de 16 mm e ∅𝑡 de 5 mm. Foi escolhido o
221
ábaco de número 8 (Arranjo 2), que dispõe 8 barras longitudinais na seção transversal (4 por
face do pilar). Os ábacos são divididos em oito quadrantes que variam de acordo com o valor
de entrada ν (explorado mais adiante) a cada 0,2, indo de 0,0 a 1,4. Além do ν, também são
parâmetros de entrada 𝜇𝑥 e 𝜇𝑦 . 𝜔 é o valor da área de aço, que se pretende encontrar.
Pavimento
hx hy c ∅𝒍 ∅𝒕 d' d'/hx d'/hy Ábaco
(cm) (cm) (cm) (mm) (mm)
Baldrame 17 30 4,5 16 5 5,8 0,34 0,19 8
Térreo 17 30 4,0 16 5 5,3 0,31 0,18 8
Superior 17 30 4,0 16 5 5,3 0,31 0,18 8
Fonte: Elaborada pela autora (2023)
Com os ábacos definidos, calculam-se os parâmetros para sua utilização a fim de obter
a taxa de armadura (𝜔) graficamente, de acordo com as equações expressas abaixo.
𝑁𝑑
𝑣= 134
𝐴𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 × 𝑓𝑐𝑑
𝑀𝑥𝑑 135
𝜇𝑥 =
𝐴𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 × 𝑓𝑐𝑑 × ℎ𝑥
𝑀𝑦𝑑
𝜇𝑦 = 136
𝐴𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 × 𝑓𝑐𝑑 × ℎ𝑦
onde:
𝜔: taxa de armadura definida pelo ábaco;
𝐴𝑎ç𝑜 : área de aço necessária;
𝑓𝑦𝑑: tensão de escoamento do aço CA-50;
𝐴𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 : área da seção transversal;
222
𝑁𝑑
𝐴𝑠, 𝑚𝑖𝑛 = 0,15 ≥ 0,004 ∗ 𝐴𝑐 138
𝑓𝑦𝑑
𝐴𝑠, 𝑚á𝑥 = 0,08 ∗ 𝐴𝑐 139
Como mencionado anteriormente, deve-se ainda comparar a área de aço calculada com
a área efetiva do arranjo selecionado. A Tabela 111 apresenta o comparativo das áreas de aço.
Pavimento
Nd Ac ∅𝒍 N As,uni As,efet As,mín As,máx
(kN) (m²) (mm) barras (cm²) (cm²) (cm²) (cm²)
Superior 51,36 0,051 16 8 2,01 16,08 2,04 40,8
Térreo 116,37 0,051 16 8 2,01 16,08 4,01 40,8
Baldrame 178,86 0,051 16 8 2,01 16,08 6,17 40,8
Fonte: Elaborada pela autora (2023)
O espaçamento entre barras deve atender os valores mínimos estabelecidos pela ABNT
NBR 6118:2014 em seu item 18.4.2.2. Ou seja, o espaçamento mínimo livre entre faces das
barras longitudinais fora da região de emendas deve atender aos critérios apresentados a seguir.
20𝑚𝑚
𝑆𝑙 ≥ { ∅𝑙 140
1,2𝑑𝑚á𝑥
onde:
𝑑𝑚á𝑥 é a dimensão máxima característica do agregado graúdo
∅𝑙 é o diâmetro da barra longitudinal
Além disso, o espaçamento máximo entre os eixos das barras deve atender a seguinte
condição:
400𝑚𝑚
𝑒𝑙,𝑚á𝑥 ≤ { 141
2𝑥𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟
∅𝑙
ℎ − 2 × 𝑐 − 2 × ∅𝑡 − 2 × 2 142
𝑒𝑙,𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 =
𝑛−1
onde:
𝑛 é o número de barras da seção na direção analisada;
ℎ é a dimensão da seção transversal na direção analisada.
A área de aço máxima (As,máx ) resultante da Eq. 139 também é critério válido para
que se realize o traspasse ou emenda das barras longitudinais, na região entre mudança de
pavimentos do pilar. Esse traspasse pode ser feito em uma ou mais seções. Como o valor
229
encontrado para aquela propriedade (40,8 cm², vide Tabela 111) é superior ao dobro da área de
aço efetiva As,efet (16,08 cm², observável na mesma tabela), o traspasse deve ocorrer em uma
única seção. A partir da razão entre esses parâmetros também se observa que para respeitar a
área de aço máxima, o número de barras traspassadas não pode superar o valor de 20 unidades.
Desse modo, escolhe-se traspassar 16 barras (8 inferiores + 8 superiores) em uma única seção.
O cálculo do comprimento de traspasse é feito a partir da Equação 147. Nota-se que é
necessário calcular o comprimento de ancoragem necessário, a partir do qual requer o cálculo
das demais variáveis apresentadas a seguir.
0,6𝑙𝑏
𝑙𝑜𝑐 = 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 ≥ { 15∅𝑙 143
200𝑚𝑚
onde:
𝐴𝑠, 𝑐𝑎𝑙𝑐
𝑙𝑏, 𝑛𝑒𝑐 = 𝛼 ∗ 𝑙𝑏 ∗ ≥ 𝑙𝑏, 𝑚𝑖𝑛
𝐴𝑠, 𝑒𝑓
0,3 ∗ 𝑙𝑏
𝑙𝑏, min ≥ { 10∅𝑙 }
100 𝑚𝑚
∅𝑙 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 =
4 𝑓𝑏𝑑
200 𝑚𝑚
𝑒𝑡 ≤ {𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜} 144
12 ∗ ∅𝑙 (CA − 50)
os estribos transversais podem não ser suficientes para a integridade da peça. Assim, o item
18.2.4 da ABNT NBR 6118:2014 dispõe sobre esse tema.
Os estribos poligonais protegem, portanto, as barras longitudinais situadas a uma
distância 20∅𝑡, em um número de até 3 barras, a partir das que se encontram posicionadas nos
vértices daqueles. As barras posicionadas fora desse limite, por conseguinte, devem ser
reforçadas com estribos suplementares, conforme ilustrado na Figura 73.
∅𝑙 147
𝑎 = ∅𝑡 + + 𝑒𝑙, 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 < 20 × ∅𝑡
2
onde:
M1d,mín,xx e M1d,mín,yy são componentes em flexão composta normal;
M1d,mín,x e M1d,mín,y são componentes em flexão composta oblíqua.
onde:
Md,tot,xx e Md,tot,yy são componentes em flexão composta normal;
Md,tot,x e Md,tot,y são componentes em flexão composta oblíqua.
onde:
Mrd,xx e Mrd,yy são componentes em flexão composta normal;
Mrd,x e Mrd,y são componentes em flexão composta oblíqua.
efetiva (Equação 137), resultando em 𝜔 = 0,64. Plotando o resultado nos gráficos pertinentes,
realiza-se interpolações lineares a fim de se obter os valores de 𝜇𝑥 (para 𝜇𝑦 é nulo) e 𝜇𝑦 (na
situação inversa). Dessa forma, utilizando as equações apresentadas (Equações 134, 135 e 136)
calcula-se os momentos resistentes em ambas as direções. A análise aqui apresentada é restrita
ao pavimento térreo.
Além disso, é plotado o momento calculado para a seção da base, intermediária e topo
do pilar P1 no térreo (vide Tabela 107). Os desenhos das envoltórias dos momentos são
apresentados no gráfico da Figura 76. Nota-se que os momentos resistentes englobam todos os
demais e, portanto, o dimensionamento e detalhamento da seção ocorre a favor da segurança.
60
40
20
My [kNm]
Seções
0 M1d,min
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 M2d,min
-20 Md,res
-40
-60
-80
Mx [kNm]
7 CONCLUSÃO
o cálculo dos momentos fletores dessas lajes com posterior compatibilização dos mesmos para
análise unificada do pavimento; o dimensionamento em atendimento ao ELU e o detalhamento
das armaduras positivas, negativas, de borda; e considerações normativas para o arranjo das
barras de aço nas áreas de vazio da laje LT1. Além disso, efetuaram-se avaliações quanto ao
ELU de cisalhamento e ELS de deformação, levando em consideração o estado de fissuração
das peças. Quantificou-se um total de 297,68 kg de aço necessários à execução das lajes,
distribuídos entre barras de 6,3 e 8 mm de diâmetro, e os resultados obtidos nas avaliações das
peças em serviço apresentam boa margem de segurança comparado aos limites normativos.
Nesta etapa, foi essencial o auxílio das planilhas eletrônicas, porém a vinculação dos arquivos
base de origem da elaboração dos documentos deste trabalho, bem como a organização dos
dados e programação das fórmulas demanda uso de dispositivo computacional com maior
capacidade de memória e processamento, evitando o travamento de execução dos programas
utilizados e comprometimento no avanço do cronograma de execução do trabalho.
A modelagem estrutural tridimensional realizada na etapa um foi a base para a
modelagem bidimensional no programa Ftool (PUC-RIO, 2018) dos pórticos associados
escolhidos para a avaliação da estabilidade global pelo cálculo do coeficiente Gamma-Z. Além
da calibração dos dados de entrada no programa, foram levantadas e inseridas cada uma das
cargas verticais (peso próprio, cargas acidentais, alvenaria, reação das lajes nas vigas e cargas
pontuais de viga) e horizontais de vento (conforme prerrogativas da ABNT NBR 6123:1988)
atuantes na estrutura, bem como formuladas as combinações de ações necessárias. Todos os
resultados finais encontrados validaram a edificação como sendo de estrutura de nós fixos.
Notou-se, ainda, correlação direta entre essa etapa e a primeira etapa do trabalho pois,
globalmente, previam-se maiores deslocamentos dos pórticos horizontais (na direção de menor
inércia da residência), que não puderam ser combatidos no pré-dimensionamento com os eixos
de maior inércia dos pilares (restrição arquitetônica). Por isso, já se imaginava que a altura das
vigas pertencentes aos pórticos horizontais precisariam ser mais robustas que as vigas
pertencentes aos pórticos verticais, mas não se sabia em que taxa/proporção. O exercício do
cálculo do coeficiente Gamma-Z consistiu, portanto, em um processo iterativo que trouxe a
resposta para esses questionamentos iniciais, a medida em que foi necessário aumentar as
alturas das vigas pré-dimensionadas até que se enquadrassem dentro dos limites em que a
estrutura é classificada como de nós fixos, corrigindo posteriormente os dados da prancha de
239
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOFF, Mariana Pagnoncelli. Estudo dos efeitos da não linearidade geométrica e física
sobre o comportamento de uma edificação em concreto armado. TCC (Graduação) –
Curso de Engenharia Civil, UFSM, RS, Santa Maria, 2021.
Mais Engenharia. Estruturas de nós móveis e nós fixos: aplicação do P-Delta. Disponível
em: https://maisengenharia.altoqi.com.br/estrutural/estruturas-de-nos-fixos-e-nos-moveis-
aplicacao-do-p-delta/. Acesso em: 23 fev. 2023.
SOUSA, André Luiz Vieira de. Projeto estrutural em concreto armado de uma residência
unifamiliar. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, UFSC, Florianópolis, 2022.
SILVA, Caio Henrique da. Projeto Estrutural de uma residência unifamiliar e estudo de
caso com lajes maciças e nervuradas. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Civil,
UFSC, Florianópolis, 2021.
242
0.20
0.20
03 Sala Jantar Piso laminado de madeira 14.55 12.36
04 Sala Estar Piso laminado de madeira 13.40 10.77
05 Hall Piso laminado de madeira 9.80 5.99 30 cm
1.20
Vazio
4.38
Área de Serviço
A = 6.43 m²
07 Garagem Piso cerâmico externo 18.45 18.85
Dormitório 01
3.00
A = 10.90 m²
J02
0.80
P04
12 Suíte Piso laminado de madeira 16.10 16.10
Pav. Cobertura 13 Closet Piso laminado de madeira 9.60 5.72
0.15
NA 7.51 P01
NR 2.70
0.15
0.15
14 Banheiro - Suíte Piso cerâmico 9.20 5.20
15 Varanda Piso cerâmico 9.50 3.89
2.60
Cozinha 16 Área Gourmet Deck de madeira 27,09 25,73
3.40
1.80
A = 12.58 m² J02
Depósito da Caixa J02
2.55
17 - 12,98 10,29
D'água 1500L
Dormitório 02
3.05
P03 Total geral: 17 165.41 A = 7.78 m²
0.20
2.60 Pav. Superior J03
0.15
Quadro de esquadrias - Portas
5.93
NA 4.81
NR 3.38 P01
0.54
Marca de Circulação
Forro gesso
Material Tipo Contagem Largura Altura A = 5.95 m²
tipo
P01 Madeira De abrir - 1 folha 8 0.81 2.13
Sala Estar 1.00 0.15 2.55 0.15
2.10
3.23
2.69
1.50
3.95
Sala Jantar
P03 Madeira De correr - 4 folhas 1 2.44 2.44 Banheiro PD = 5.93m
A = 3.83 m²
P01
A = 12.36 m² P04 Madeira De correr - 1 folha 2 0.85 2.10
P05 Madeira De abrir - 2 folhas 1 1.83 2.14
0.15
B B
0.15
1.10
0.50
0.15
P01
Marca de Altura do
Material Tipo Contagem Largura (m) Altura (m)
P01 J01 tipo peitoril (m)
J01 Madeira e vidro Maxim-ar - 1 folha 5 0.41 1.71 0.50
Hall Nível Zero
A = 5.99 m² CA 0.00 J02 Alumínio e vidro De correr - 2 folhas 3 1.50 1.20 0.90
Closet
2.20
CR 0.00
0.15
0.15
A = 16.10 m² P01
Garagem
J01
A = 18.85 m² E
S
N
O
2.00
2.00
Lavabo 6.85
A = 3.05 m² .25 Banheiro - Suíte
A = 5.20 m²
3.20
P05
0.20
0.20
Pav. Topo
NA 11.89
J01 .19 NR 2.88 Área J01
Gourmet
Telha fibrocimento ondulada (2,44mx1,10mx6mm) A = 25,73 m²
1.20
1.20
Varanda
A = 3.89 m²
0.65
Projeção pavimento superior Torre da
2.88
Caixa D'Água
0.65
0.20 3.70 0.20 0.83 0.20 1.53 0.20 1500L
0.20 3.70 0.15 2.60 0.20
0.65
Det.Escada
Vista 3D
0.65
Pavimento Térreo Pav. 6
S/ ESC
0.65
A A
1 Reservatóro
1 : 50
NA 9.01
Pavimento Superior
0.15
NR 1.50
1.00
2
1 : 50
VAZIO
x6mm)
x1,10m
0.80
(2,44m Telha fibrocimento ondulada (2,44mx1,10mx6mm)
dulada
rocimento on
Telha fib Depósito da
Caixa D'água
1500 L
Pav. Cobertura A = 10,29 m²
NA 7.51
NR 2.70
0.15
0.15
23.50
Área (m²)
2.55
2.55
Pavimento Térreo 81.73
Pavimento Superior 86,56
Área Gourmet 25,73 Local de implantação
7
Depósito da Caixa D'Água 1500L 10,29 S/ ESC
0.15
Pav. Superior
Área Externa 38,38 NA 4.81
NR 3.38
0.15
0.54
0.15
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Escada ECV 5513 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II (TCC)
3.27
SOBE
3.23
3.23
TÍTULO:
PROJETO ARQUITETôNICO - UNIDADE RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
RESPONSÁVEL TÉCNICO:
4.75
PROFESSOR:
ASSUNTO: FOLHA:
0.15
-4cm Térreo
NA 1.43
NR 1.43 3.00
PLANTAS BAIXAS - PAVIMENTOS TÉRREO E SUPERIOR
CORTES
COBERTURA E LOCAÇÃO
01
0.50
LOCAL DE IMPLANTAÇÃO
Veículos Portão de
VISTA 3D
QUADRO DE AMBIENTES, ÁREAS E REVESTIMENTOS DE PISO
1.50
acesso
Rampa: 3,45x0,15
Calçada
QUADRO DE ÁREAS - GERAL
QUADRO DE ESQUADRIAS - PORTAS E JANELAS
Calçada Nível Zero
CA 0.00
CR 0.00 Obs: DATA: ESCALA:
Dimensões em metro, exceto quando indicado 5/11/2022 INDICADA
NA = Nível Absoluto (em relação ao Nível Zero - Calçada)
Corte B Cobertura e Locação NR = Nível Relativo (entre nível existente e o nível imediatamente inferior)
4 5
1 : 50 1 : 100
ENDEREÇO:
Rua Florêncio Rocha, Campeche, Florianópolis, SC
244
30
30
30
30
VB1 17x40 0 477
30
VT21f
13
18
373 1317 263 VB2 12x30 -8 131 VT15c 17x40 0 477
30 VT3-12x30 30 VB3 12x40 0 139 VT15d 17x40 0 477
LB1 VB4a 12x50 0 139 VT15e 17x40 0 477
VS10b
VT21d VT21e
VB10e
VT15e
VB14b
139 VT16 12x30 0 477
223
VB4b 12x50 0
VS7e
h=8
210
210
210
LT1 VT4-12x30 VB5a 12x40 0 139 VT17a 12x30 0 477
VB18b
303
373
284
284
h=8 VB5b 12x40 0 139 VT17b 12x30 0 477
P4 P5 P4 P4 VB5c 12x40 0 139 VT18a 14x45 15 492
17x40
12 VB3-12x40 17x40 17x40 373 VT5-12x30 17x40 VB6a 17x50 0 139 VT18b 14x45 15 492
LS1
503
VB6b 17x50 0 139 VT19 14x30 0 477
40
40
40
498
27
27
VT21b VT21c
VT24b VT24c
P5 h=9 P5
P6 17x40 P6 17x40 VB6c 17x50 0 139 VT20 12x30 0 477
40
14x30 VT6a-12x30 VT6b VT6c 14x30 VB7a 14x30 0 139 VT21a 17x30 0 477
12
30
30
VS10a-17x30
VB7b 14x30 0 139 VT21b 17x30 0 477
VB14a-17x30
VB18a-12x30
LB2 101 12 259 17 VB8a 17x50 -4 135 VT21c 17x30 0 477
VB10d
VT15d
262
VS7d
VT7-12x30
VT17b
235
h=8
235
235
VB8b 17x50 -4 135 VT21d 17x30 0 477
LT2 LT3
183
VB9 17x50 0 139 VT21e 17x30 0 477
171
171
VT21a-
VT24a-
h=8 h=8
17x30
12x30
VB10a 17x40 0 139 VT21f 17x30 0 477
P7 P9 P7 VT8a- P7 VB10b 17x40 0 139 VT22a 17x30 0 477
VB10c 17x40 0 139 VT22b 17x30 0
13
17x30 VB4a-12x50 VB4b 17x50 17x30 17x70 VT8b VT8c 17x30 VS2a-17x50 VS2b 477
12
17
30
30
30
VB10d 17x40 0 139 VT23 17x40 0 477
18
50
50
50
13
P8 P8 P21 P8
38
VB10e 15x40 0 139 VT24a 12x30 0 477
17x30 263 17x30 17x30 17x30
P9 LS2 P9 VB11 12x30 -4 135 VT24b 12x30 0 477
17x50 17x50
VT17a-12x30
LS3 VB12 12x30 0 139 VT24c 12x30 0 477
VT20-12x30
-
VS9-12x30
139 VT24d 12x30 0 477
VB13-12x30
- VB13 12x30 0
VB10c
VT15c
VB17d
LB3 LB4
VS7c
278
VS12-17x40
243
243
243
LT4 LT5
VT23-17x40
272
VB14a 17x30 0 139 VT24e 12x30 0 477
222
h=8 h=8
1397
365
365
VB16 12x30 0 139 VS2a 17x50 +41 788
1517
1517
P10 P12 P10 VT9a- P10
P11 P11 P11 VB17a 17x30 0 139 VS2b 17x50 +41 788
18
17x30 27 17x30 17x30 14x40 12 17x30
17
16
VB17b 17x30 0 139 VS3 14x40 0 747
30
30
30
30
12
VT15b
113 VB17d 17x30 0 139 VS4b 12x50 0 747
VT16-
VS7b
12x30
VB16-
VB17c
12x30
113
112
112
112
LB5 LB6 h=8 VB18a 12x30 0 139 VS5 14x30 0 747
P13 h=8 P14 h=8 P15 P15 P15
89 12 VB18b 12x30 0 139 VS6a 17x70 0 747
17x35 VB6a-17x50 14x35 17x30 VT10b VT10c 17x30 VS4a-12x50 VS4b 17x30
VT1 17x70 0 477 VS6b 17x70 0 747
17
30
30
30
35
35
35
23
23
P14 P14
18
18
VT10a-12x70
13
18
VB6b VB6c VT2 12x30 0 477 VS7a 17x40 0 747
P13 14x35 P13 14x35
372 12 264 VT3 12x30 0 477 VS7b 17x40 0 747
VB12-12X30
VT19-14x30
17x35
VT4 12x30 15 492 VS7c 17x40 0 747
VB17b
VT22b
VS11b
LB8 LT8
VS8b
LS5 VT5 12x30 15 492 VS7d 17x40 0 747
222
222
217
196
196
196
h=8 h=8 h=7 VT6a 12x30 0 477 VS7e 17x40 0 747
VB10a-17x40
VT15a-17x40
VT6b 12x30 0 477 VS8a 14x30 0 747
VS7a-17x40
LB7 LS4 VT6c 12x30 0 477 VS8b 14x30 0 747
P16 VB7a- P17 LT7 P16 P17 P16 P17
11
h=9
382
382
382
14x30 14x30 VB7b 17x30 VT11-14x30 17x30 h=9 VS5-14x30 17x30 VT7 12x30 0 477 VS9 12x30 0 747
438
14x30
438
14x30
433
h=8
30
30
30
14
14
VT8a 17x70 0 477 VS10a 17x30 0 747
5
92 12 160
VB11-12x30(e=-4)
VS11a-17x30
VT22a-17x30
VB15-12x30
VS8a-14x30
LB9
LB10 LT9 LS6 VT9a 14x40 0 477 VS11b 17x30 0 747
202
202
202
h=8
194
194
194
h=8 h=8 VT9b 14x40 0 477 VS12 17x40 0 747
VT18b
h=7
P18 P18 P18 VT10a 12x70 0 477 VC1 14x50 0 898
17x50 -4 17x50 17x50 VT10b 12x70 0 477 VC2 14x50 0 898
18 P19 33 P20 P20 P20
33
VB8a-17x50(e=-4) VB8b 17x30 17x50 VT12a-17x70 VT12b 17x50 VS6a-17x70 VS6b 17x50 VT10c 12x70 0 477 VC3
50
50
50
17x30 0 898
17
17
17
17
17
17
VT11 14x30 0 477 VC4 12x30 0 898
VT14-14x45
VB9-17x50
VT12a 17x70 0 477 VR1 14x50 0 1189
(e=+15)
(e=+15)
VT18a-
14x45
17 372 12 92 30 109 50 LT10 LS7
108
120
120
VT12b 17x70 0 477 VR2 14x50 0 1189
682 h=8 h=10 VT13 12x45 15 492 VR3 17x30 0 1189
VT14 14x45 15 492 VR4 12x30 0 1189
12
17
30
30
16
16
VR4-12X30
VC3-17X30
VC4-12X30
275
303
243
272
272
16
30
14
P14 14x35 0 747 LT4 Maciça 8 0 477 ECV 5513 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II (TCC)
P15 17x30 0 747 LT5 Maciça 9 0 477
17 346 40 17 346 40
P16 14x30 0 747 LT6 Maciça 8 0 477 TÍTULO:
PROJETO ESTRUTURAL - UNIDADE RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
403 403 P17 17x30 0 747 LT7 Maciça 9 0 477 RESPONSÁVEL TÉCNICO:
16
24N29Ø6,3c15-324
17
61
+747
Pav Cobertura
3
324
LT1 LT1
30
21
7N12Ø6,3c33-78 8N12Ø6,3c33-78
18N31Ø6,3c16-399 61 3 3 61
16 16 8
399
16N4ø5,0c69
8N3ø16 -270
16N4ø5,0c69
270
270
16N16Ø6,3c16-111
6N10Ø6,3c16-70
3
3
106
66
16N21Ø6,3c16-204
6N21Ø6,3c16-204
3
5N6Ø6,3c33-60
3
204
204
5N4Ø6,3c33-48 3 43 +509
11N26Ø6,3c16-280 16 17
280 16
31 3 11N10Ø6,3c16-70
+477
Notas:
3 66 3 Pav Superior 1. Dimensões em centímetro.
16N20Ø6,3c16-149
2. Todas as medidas, especificações e interferências deverão
3
6N10Ø6,3c16-70
11N17Ø6,3c16-122
30
21
3
122 ser verificadas na obra e cotejadas com o projeto
145
arquitetônico e complementares antes da execução.
66
18N28Ø6,3c14-295
3N28Ø6,3c33-295
LT4 LT4
3. A dosagem do concreto deverá ter como base a resistência
3
LT5 LT5 20N4ø5,0c69
característica fck, relação águ/cimento e dimensão máxima
3
295
295
20N4ø5,0c69
8N2ø16 -370
dos agregados deste projeto.
4. Adotar cobrimento de 4,0 cm para pilares e vigas, porém
370
338
7N4Ø6,3c33-48 8N8Ø6,3c33-64
3 48
4,5 cm para elementos em contato com solo, além de 3,5
31 3
16N25Ø6,3c16-275
16 16N10Ø6,3c16-70 16 cm de cobrimento inferior e 1,5 de cobrimento superior
16N17Ø6,3c16-122 275
3 66 3 para as lajes. Utilizar dispositivos distanciadores e
espaçadores que garantam o posicionamento adequado
7N9Ø6,3c33-66
122
das armaduras.
71 3
5. Classe de agressividade ambiental : III (Forte)
5N19Ø6,3c16-130
17
+171 6. Conferir as medidas das formas e posicionamento das
16
Pav Térreo
+139 armaduras antes da concretagem
LT6 LT6 7. Limpar e vedar adequadamente a forma. Não realizar a
130
3N3Ø6,3c33-46 B
concretagem sobre po, pedaços de madeira ou corpo
30
21
8N1ø16 -171
29 3
estranho.
9N5ø5,0c65
16 2Ø6,3(2x)
6N15Ø6,3c16-110
8. As armaduras deverão ser lançadas limpas e isentas de
8N13Ø6,3c33-81
171
139
16
16
7N5Ø6,3c33-59
110 8
23N32Ø6,3c18-459
16N24Ø6,3c16-240
3 42
63
LT7 LT8 LT7 LT8 concreto.
9. Nos primeiros 7 dias a partir do lançamento do concreto
459
240
+000
4
17N22Ø6,3c11-205 5N9Ø6,3c33-66
1Ø6,3(2x) B Baldrame nas formas deverá ser feita a cura do concreto, mantendo a
13N27Ø6,3c16-285 3 201 3 3 49 superfície umidecida ou protegendo-a com película
16 A A
285 impermeável.
16N20Ø6,3c16-149
10. As formas e escoramenos deverão ser projetados demodo
3
27N33Ø8,0c16-395 a não sofrerem deformações excessivas devido ao seu
395
Planta detalhamento pilar P1 peso, ao peso do concreto e às cargas acidentais que
4
145
11N14Ø6,3c33-88
CORTE BB Detalhamento possam atuar na estrutura durane a execução da obra.
16N23Ø6,3c16-225
70 4
LT9 16 LT9 S/Esc. 11. Resistência característica do concreto (fck) de 30 MPa.
2Ø6,3
2h+lb,disp = 16+13=29
3 12. Tempo de escoramento das lajes de 21 dias.
3
225
5N7Ø6,3c33-63
283
13. Aço CA-50 para armadura longitudinal
17N22Ø6,3c11-205 14. Aço CA-60 para estribos
3 46
3 201 3 16
15. Relação a/c inferior ou igual a 0,55
7N7Ø6,3c33-63
12N27Ø6,3c16-285
CORTE AA 16. Classe de agregado graudo: Brita 1
23N11Ø6,3c16-73
285
3
17. Módulo de elasticidade secante do concreto (ECs): 26 GPa
3
46
18. Nomenclatura:
23N18Ø6,3c16-129
2Ø6,3
16
69
3
2h+lb,disp = 16+13=29
N Família de Aço
LT10 LT10
Ø Diâmetro barra de aço
11N1Ø6,3c33-42
352
3
129
3N2Ø6,3c33-44 3N2Ø6,3c33-44
c Espacamento entre barras de aço
3N30Ø6,3c33-395 27 3 3 27
25 3
16 16
395
16
SEÇÃO AA SEÇÃO BB
108
17 17
1N4Ø16.0 -C=1095 (1ª camada) 1Ø10.0N11-C=121 (1ª camada) 1ØN720.0 -C=302 (1ª camada) 9 9
21
5 5
32
N4 N4
5 5
32
46 45 N1 N2
1N5Ø16.0 -C=185 (2ª camada) 1N6Ø16.0 -C=215 (2ª camada) 1ØN820.0 -C=257 (2ª camada)
154 494
32
1N5Ø16.0 -C=185 (2ª camada) 1N6Ø16.0 -C=215 (2ª camada) 1ØN820.0 -C=257 (2ª camada)
12N9Ø5.0c20-C=96 13N9Ø5.0c20-C=96
32
SEÇÃO CC SEÇÃO DD
17 17
A VT6 B C D E 9 9
12N9Ø5.0c20-C=96 12x30 13N9Ø5.0c20-C=96 14N9Ø5.0c20-C=96 7N9Ø5.0c20-C=96 21N9Ø5.0c20-C=96 7N9Ø5.0c20-C=96
N4 N4
N6
40 32 40 32
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
VT15e VT15d VT15c VT15b VT15a VT14 CENTRO TECNOLÓGICO
P1 P4 P7 P10 P13 P18 N2 N3
A B C D E DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
17x30 17x40 17x30 17x30 17x35 17x50
ECV 5513 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II (TCC)
ENDEREÇO:
Rua Florêncio Rocha, Campeche, Florianópolis, SC
248
Pórtico horizontal- Combinação Fd1 Pórtico horizontal- Combinação Fd2 Pórtico horizontal- Combinação Fd3 Pórtico horizontal- Combinação Fd4
5 6 7 8
TÍTULO:
PROJETO ESTRUTURAL - UNIDADE RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
RESPONSÁVEL TÉCNICO:
ENDEREÇO: