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Maria Carolina Gomes Medrado


8º período – 2020/1

SUPORTE BÁSICO DE VIDA (BLS)


RECONHECENDO UMA PCR
- Olhar se cena está segura (em caso de acidente em água deve-se levar a pessoa para fora da água e secá-lo).
- Checar responsividade (falar em voz alta) “SENHOR? SENHOR?”
- Chamar ajuda
- Solicitar DEA (ouvir e executar etapas conforme orientações do aparelho, posicionar corretamente as pás)
- Checar se respira (despir o paciente) e se tem pulso (carotídeo ou femoral – dura 5 segundos)
- Olhar cavidade oral
- Iniciar manobras de reanimação  compressão e ventilação
- Avaliar o ritmo a cada 2 minutos
CABD
- C: Checar responsividade, chamar ajuda, checar pulso, iniciar compressões
- A: abertura de vias aéreas
- B: boa ventilação (2)
- D: desfibrilação (DEA)

Compressão
- Colocar o indicador dominante na base do apêndice xifoide, 2 dedos da outra mão seguidos, região hipotenar no
esterno e colocar mão não dominante por cima
- Na compressão o ângulo do braço deve ser reto com o punho, cotovelo e ombro
- Cerca de 5 a 6 cm de profundidade em uma velocidade de 100 a 120/minuto
- 5 ciclos costumam durar 2 min
- Contar as compressões em voz alta
- 30:2  30 compressões para cada 2 ventilações (1 ciclo)
- Se segundo socorrista deve-se alternar rapidamente os papéis a cada 5 ciclos
- Interrupções das compressões torácicas, incluindo choques pré e após o DEA devem ser no tempo mais curto
possível.

* Compressões torácicas devem ser feitas em crianças (menos de um ano de idade) a uma profundidade de um
terço do peito, geralmente cerca de 1,5 a 2 polegadas (4-5 cm).

Quais as consequências de compressões rápidas demais? Podem não permitir e recarga cardíaca e
reduzem a perfusão.
Quais as consequências de compressões com profundidade maiores? Podem resultar em lesão para os
órgãos vitais, sem aumentar a probabilidade de sobrevivência.

Neonatos e bebês: prefere-se que coloque os polegares lado a lado. Em neonatos muito pequenos devem ser
sobrepostos.
Bebês: utiliza-se 2 dedos, que devem ser mantidos na posição ereta durante a compressão.
Criança: posição da mão para compressão torácica.

Ventilação
- Abre vias áreas: ajoelha e coloca cabeça do paciente entre as pernas (manobras de Chin-lift ou Jaw-Thrust)
- Fazer manobras C e E e iniciar ventilação
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- Intervalo de 3 a 5 segundos entre as duas


- DEA: usar após diagnóstico e ter feito compressão
- Após choque: volta a compressão
Ex: teve que ir buscar o DEA, continua a compressão até que ele chegue.
- Após 5º ciclo: checar pulso ou quando DEA falar que o ritmo não é chocável

*Na parada cardíaca o desfibrilador deve ser utilizado o mais rápido possível.

- Se nenhuma via respiratória avançada está estabelecida em bebês e crianças submetidos à reanimação, a
relação recomendada de compressão:ventilação é 30:2 se um único socorrista estiver presente e 15:2 se
houver mais de um socorrista.

O QUE É UMA RCP DE ALTA QUALIDADE?


- Manter a taxa de compressão de 100 a 120 batimentos/minuto
- Manter profundidade das compressões de 5 a 6 cm
- Permitir retorno completo do tórax após cada compressão
- Minimizar as interrupções, exceto para utilizar o DEA ou para alterar posições do salvador.
- Não ventilar excessivamente
- Alternar os profissionais a cada 2 minutos

Após terminar o ciclo completo de compressões e ventilação, e caso o DEA não tiver chegado  checar pulso
- Checar pulsos carotídeos ou femoral
- Se pulso presente devem-se analisar movimentos respiratórios e caso estejam com bom padrão respiratório,
coloca-se o paciente em posição de recuperação.
- Se pulso ausente, ventilar e verificar pulso a cada 2 min.

Assim que o DEA chegar, segue a avaliação por ele.

DEA
- Indica os passos do choque, se chocável aplica-se o choque, se não, reiniciam-se as compressões.
- Lembrar-se de mandar todos se afastarem e de se afastar também.
- Deve ser usado assim que chegar
- Não pode ser utilizado na presença de água, nesse caso deve-se enxugar o tórax do paciente.
- Se paciente portador de marca-passo e esse estiver no local onde se devem colocar as pás deve-se optar por
outro posicionamento das mesmas.
- Se adesivos de medicamentos  remover os adesivos se esses estiverem no local onde serão colocadas as pás
- Tórax peludo  remover o excesso de pelos da região onde serão posicionadas as pás (no kit do DEA
geralmente tem lâmina. Caso não haja pode realizar a depilação com o adesivo das pás).
- Crianças podem utilizar pás de adulto, porém adultos não podem utilizar pás de crianças.
- Se a DEA não está funcionando corretamente, continue RCP. Não perca tempo excessivo solução de problemas
da DEA. RCP sempre vem em primeiro lugar, e DEA são suplementares.

Ritmo chocável  administra choque e depois RCP para 2 minutos


Ritmo não chocável  retomar RCP imediatamente por 2 minutos. Avaliar o ritmo a cada 2 minutos.
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Crianças: Independentemente da forma de onda, a dose de energia recomendada é de 2 joules/kg para o


primeiro choque, aumentando até 4 joules/kg para tentativas. A dose máxima recomendada é 10 joules/kg ou
a dose máxima para adultos (200 joules para desfibrilador bifásico e 360 joules para desfibrilador monofásico).
Desfibriladores externos automáticos (DEAs) com cabos para adultos podem ser usados em crianças a partir de
1 ano de idade, mas um DEA com cabos pediátricos (choque bifásico máximo de 50 joules) é preferido para
crianças entre 1 e 8 anos. Não há evidências suficientes para recomendar ou não recomendar o uso de DEA em
crianças com < 1 ano de idade.

Considerações
- Os socorristas trocam de papéis a cada cinco ciclos de compressões e respirações. Um ciclo consiste de 30
compressões e duas respirações.
- Certifique-se que entre cada compressão que você parar completamente pressionando no peito e permitir
parede torácica para retornar à sua posição natural. Inclinando-se ou descansando no peito entre as
compressões pode manter o coração de recarga entre cada compressão e fazer CPR menos eficaz. As equipes de
resgate que se tornam cansado pode tendem a inclinar-se sobre o peito mais durante as compressões; trocar de
papel ajuda as equipes de resgate realizar compressões de alta qualidade.
- Alternar rapidamente entre papéis para minimizar as interrupções no fornecimento de compressões torácicas.
- Quando o DEA está ligado, minimizar as interrupções de RCP por socorristas enquanto o DEA analisa o ritmo
cardíaco. Se um choque é indicado, minimizar as
interrupções das RCP. Retomar CPR mais rapidamente
possível.

ATENDIMENTO NA CRIANÇA
Referência: protocolo SAMU

- Observação rápida (avaliação visual e auditiva do paciente pediátrico nos primeiros segundos de atendimento),
considerando  Consciência: alerta, irritável ou não responde; Respiração: esforço respiratório, sons anormais
(estridor, chiado, gemência) ou ausência de movimentos respiratórios; Coloração anormal da pele: palidez,
cianose ou aspecto de mármore.
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2. Se o paciente não responde: um membro da equipe deve comunicar imediatamente a Regulação Médica e
solicitar apoio do suporte avançado de vida (SAV), enquanto o outro profissional continua avaliando o paciente.
3. Se o paciente não responde e não respira ou apresenta gasping, checar pulso simultaneamente e:
- Se pulso ausente: Protocolo de PCR;
- Se pulso presente, mas que permanece com frequência ≤ 60 batimentos por minuto (bpm) e com sinais de
perfusão insuficiente, apesar da oxigenação e ventilação adequadas: Protocolo de PCR ;
- Se pulso presente e > 60 bpm: Protocolo de Parada Respiratória.

4. Se o paciente não responde, mas respira: solicitar apoio do SAV e realizar a avaliação primária.
5. Se o paciente responde: realizar a avaliação primária.

Parada respiratória no paciente pediátrico


Quando suspeitar?
- Paciente irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou ausente, com pulso central palpável e com
frequência maior do que 60 batimentos por minuto (bpm).

Conduta 1. Checar responsividade:


- No bebê: estímulo plantar;
- Na criança: tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta.

2. Se paciente não responsivo:


Um dos profissionais da equipe deve comunicar imediatamente a Regulação Médica e solicitar apoio do suporte
avançado de vida (SAV), além de providenciar (DEA) e os equipamentos de emergência;
Outro(s) profissional(is) da equipe deve(m):
- Permanecer com o paciente;
- Checar respiração e pulso simultaneamente.
ATENÇÃO: checar pulso central por, no máximo, 10 segundos:
- No bebê: pulso braquial;
- Na criança: pulso carotídeo ou femoral. 3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida
e seca.

4. Checar pulso
Se respiração ausente ou agônica (gasping) e pulso presente e com frequência maior do que 60 bpm:
- Abrir via aérea e administrar insuflações com dispositivo bolsa-valva-máscara (a insuflação de boa qualidade
deve ter duração de 1 segundo e promover visível elevação do tórax);
- Administrar uma insuflação de boa qualidade a cada 3 a 5 segundos (12 a 20 insuflações/minuto) e verificar a
presença de pulso a cada 2 minutos;
- Lembrar da proteção cervical na presença de trauma;
- Instalar rapidamente suprimento de oxigênio 100% em alto fluxo (10 a 15 L/min) na bolsa-valva-máscara;
- Considerar a instalação da cânula orofaríngea
- Confirmar constantemente a efetiva insuflação (visível elevação do tórax).

Se pulso presente, mas que permanece com frequência menor ou igual a 60 bpm e com sinais de perfusão
inadequada, apesar de ventilação e oxigenação adequada  Iniciar imediatamente as manobras de RCP
(começando pelas compressões torácicas) e checar pulso a cada 2 minutos
Se pulso ausente Iniciar imediatamente as manobras de RCP, começando pelas compressões torácicas,
enquanto é instalado o DEA:
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- Após 30 compressões torácicas (se um profissional realiza as manobras), abrir manualmente as vias aéreas e
aplicar duas insuflações com dispositivo BVM com O2 suplementar a 100% (10 a 15 L/min)

A relação compressão e insuflação deve ser de:


- 30:2 se houver apenas um profissional realizando a RCP, com frequência de 100 a 120 compressões por minuto;
- 15:2 se houver dois profissionais realizando a RCP (um para compressões e um para insuflações), com
frequência de 100 a 120 compressões por minuto.
- Assim que o DEA estiver disponível e sem interrupção dos ciclos de RCP, posicionar os eletrodos no tórax
desnudo e seco do paciente.

IMPORTANTE: caso não disponha de sistema eletrodos-cabos pediátricos, podem ser utilizadas pás de adulto em
qualquer idade pediátrica, devendo assegurar-se de que as pás não se toquem ou se superponham quando
posicionadas no tórax do paciente; se necessário, pode ser colocada uma pá na parede anterior do tórax e a
outra no dorso (na região interescapular).

- Interromper as compressões torácicas para a análise do ritmo.


- Seguir as orientações do DEA e aplicar choque se indicado pelo aparelho.
- Reiniciar ciclos de RCP (sempre começando pelas compressões torácicas) imediatamente após:
- A aplicação do choque ou na ausência de pulso após o aparelho não ter indicado choque.
- Se, a qualquer momento após a análise do ritmo pelo DEA, o aparelho não indicar choque, deve-se checar o
pulso e:
- Se pulso não palpável: reiniciar imediatamente os ciclos de RCP (começando pelas compressões torácicas);
- Se pulso palpável mas com frequência ≤ 60 bpm e sinais de perfusão inadequada (apesar de ventilação e
oxigenação adequadas) e respiração ausente, reiniciar imediatamente as manobras de RCP (começando pelas
compressões torácicas);
- Se pulso palpável (e com frequência > 60 bpm) e respiração ausente: seguir o protocolo parada respiratória
- Se pulso palpável e respiração presente ou paciente apresentando sinais de circulação (respiração espontânea,
tosse e/ou movimento): interromper as manobras de RCP e instituir Cuidados Pós Ressuscitação.

5. Instalar oxímetro de pulso.


6. Manter constante atenção para a ocorrência de parada cardiorrespiratória.
7. Se, a qualquer momento, ocorrer ausência de pulso, iniciar manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP),
começando pelas compressões torácicas, e instalar o DEA;
8. Se, a qualquer momento, ocorrer pulso com frequência ≤ 60 bpm, com sinais de perfusão inadequada apesar
da ventilação e oxigenação adequadas: iniciar manobras de RCP (começando pelas compressões torácicas),
rechecando o pulso a cada 2 minutos, e instalar o DEA.

REANIMAÇÃO NEONATAL
Saber IG, se o RN está respirando ou chorando ao nascer, e se apresenta bom tônus muscular. Caso alguma
dessas respostas seja não deve:
- Realizar clampeanento do cordão umbilical, em 30 a 60 a segundos ( se RN < 34 semanas).
- Após o clampeamento deve prover calor para o RN, e o colocá-lo em decúbito dorsal com leve extensão do
pescoço, para manter permeabilidade de vias aéreas.
- Se secreção: aspira
- Se RN com apneia, respiração irregular e/ou FC < 100  um profissional faz VPP (importante que seja nos
primeiros 60 segundos de vida) e outro coloca oxímetro.
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OVACE
Referência: manual MSD

Quando fazer manobra de Heimilich?


- Asfixia devido à obstrução grave das vias aéreas superiores decorrente de um objeto estranho. Asfixia é
sinalizada pela incapacidade de falar, tossir ou respirar adequadamente.
- Deve-se usar a manobra de Heimlich somente quando a obstrução das vias aéreas é grave e há ameaça a
vida.
- Não interferir se a pessoa sufocando conseguir falar, tossir com força ou respirar adequadamente.

Contraindicações
Contraindicações absolutas: Idade < 1 ano
Contraindicações relativas:
- Crianças < 20 kg (tipicamente < 5 anos) só devem receber compressões de pressão moderada.
- Pacientes obesos e mulheres no final da gravidez devem receber compressões torácicas em vez de
compressões abdominais.

Complicações: Lesão ou fratura de arco costal; Lesão de órgão interno

Posicionamento
- Em geral, o socorrista permanece em pé atrás da pessoa asfixiando.
- Para crianças < 20 kg (normalmente < 5 anos), o socorrista deve se ajoelhar no nível dos pés da criança, em
vez de ficar com um pé de cada lado sobre ela.

Empuxos
abdominais com a vítima de pé ou
sentada (consciente).

- Determinar se há obstrução grave das vias aéreas, que pode colocar em risco a vida da pessoa. Procurar
sinais de obstrução grave das vias aéreas, como incapacidade de falar, tossir ou respirar adequadamente.
- Ver se a pessoa posiciona as mãos apertando a garganta, que é o sinal de socorro universal de obstrução
grave das vias aéreas.
- Perguntar: "Você está sufocando?". Se a pessoa sufocando acenar sim com a cabeça e não conseguir falar,
tossir ou respirar adequadamente, isso sugere obstrução grave das vias aéreas e necessidade de assistência.
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- Para realizar a manobra de Heimlich, permanecer diretamente atrás da pessoa asfixiando, com os braços em
volta do tronco do paciente. Um punho é cerrado e colocado entre o umbigo e o processo xifoide. A outra mão
segura o punho.
- Aplicar uma compressão firme para dentro e para cima puxando com ambos os braços bem para trás e para
cima.
- Repetir a compressão 6 a 10 vezes, conforme necessário.
- Continuar até a obstrução ser resolvida ou ser possível obter uma via aérea avançada.
- Se a pessoa perder a consciência, iniciar RCP.

Cuidados posteriores  Transportar o paciente até o pronto-socorro o mais rápido possível, mesmo após a

resolução bem-sucedida da obstrução das vias aéreas e a retomada da respiração normal.

Alertas e erros comuns


- Não fazer a manobra de Heimlich se a pessoa asfixiando conseguir falar, tossir com força ou respirar
adequadamente.
- Em pacientes obesos e mulheres no final da gravidez, usar compressões torácicas em vez de compressões
abdominais.
- A manobra de Heimlich pode induzir vômitos. Embora o vômito possa ajudar a desalojar corpo estranho
traqueal, isso não necessariamente significa que a via aéreas esteja desobstruída.

Bebê asfixiando com obstrução grave das vias aéreas como indicado por:
 Cianose
 Retrações
 Incapacidade de chorar ou produzir muito som
 Tosse fraca e ineficaz
 Estridor

Não interferir se o recém-nascido conseguir chorar e produzir sons significativos, tossir de forma eficaz ou
respirar adequadamente, pois não apresenta obstrução grave das vias aéreas. Além disso, tosse e choro fortes
podem ajudar a remover o objeto da via respiratória.

Contraindicações
Contraindicações absolutas: Não aplicar tapas nas costas ou compressões no peito se o recém-nascido parar
de respirar por outras razões além de via aérea obstruída, como asma, infecção, edema ou golpe na cabeça.

Complicações  Lesão ou fratura de arco costal; Lesão de órgão interno

Posicionamento
- Para tapas nas costas, segurar a criança de bruços ao longo do antebraço usando a coxa ou o colo como
apoio. Segurar o tórax do bebê com a mão e a mandíbula com os dedos. Apontar a cabeça do bebê para baixo
e em um nível mais baixo do que o corpo.
- Para compressões no peito, segurar a criança virada para cima e com a cabeça para baixo, ao longo do
antebraço, usando a coxa ou o colo como apoio. Manter a cabeça do bebê na mão.
ACLS Empuxos torácicos são aplicados
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na metade inferior do esterno,
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logo abaixo do nível do mamilo

Pancadas nas costas são aplicadas com o


bebê em posição de cabeça para baixo,
para desalojar os corpos estranhos da
árvore traqueobrônquica.

- As pregas vocais da laringe protegem as vias respiratórias. Alimentos e objetos estranhos que são aspirados e
causam obstrução das vias aéreas superiores geralmente se alojam nesse nível.
- Em bebês e crianças, a cartilagem cricoide é a parte mais estreita da via aérea superior. Os objetos podem
ficar presos entre as pregas vocais e o anel cricoide, resultando em obstrução particularmente difícil de
resolver.

Passo a passo:
- Determinar se há obstrução grave das vias aéreas, que pode colocar em risco a vida do bebê. Procurar sinais
de obstrução grave das vias aéreas como incapacidade de chorar de forma audível, tossir de forma eficaz ou
respirar adequadamente (p. ex., estridor, retrações, cianose).
- Se o bebê apresentar choro forte ou estiver tossindo com força, não executar esses procedimentos. Se foi
determinado que o bebê tem obstrução grave das vias aéreas, usar os procedimentos a seguir.
- Pedir que alguém ligue para o 190 e começar os primeiros socorros. Se estiver sozinho, gritar por ajuda e
começar os primeiros socorros.
- Segurar o bebê de bruços ao longo do antebraço usando a coxa ou o colo como apoio. Segurar o tórax do
bebê com a mão e abrir a mandíbula puxando-a com os dedos. Apontar a cabeça do bebê para baixo e em um
nível mais baixo do que o corpo.
- Aplicar até 5 tapas rápidos e fortes nas costas entre as escápulas do bebê usando a palma da mão livre.
- Verificar na boca se o corpo estranho aspirado está visível; se puder ser removido facilmente, removê-lo.
- Se o objeto não sair da via aérea após 5 tapas nas costas, virar a criança para cima.
- Segurar o bebê virado para cima ao longo do antebraço usando a coxa ou o colo como apoio. Segurar a
cabeça na mão com a cabeça mais baixa que o tronco.
- Colocar 2 dedos no meio do esterno do bebê logo abaixo dos mamilos. Evitar os arcos costais inferiores ou a
ponta do esterno.
- Aplicar até 5 compressões rápidas, comprimindo o tórax em cerca de 1/3 a ½ da profundidade do tórax —
geralmente cerca de 1,5 a 4 cm (0,5 a 1,5 polegadas) para cada compressão.
- Continuar a aplicar 5 tapas nas costas seguidos de 5 compressões no peito até o objeto ser desalojado ou o
recém-nascido ficar inconsciente.
- Não tentar agarrar e remover o objeto se o bebê estiver consciente.
- Se o bebê não responder (estiver inconsciente), pedir ajuda e começar RCP no bebê. Se estiver sozinho, após
1 minuto de RCP, ligar para o 190.
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- Se o bebê estiver inconsciente e se for possível ver o objeto bloqueando a via aérea, tentar removê -lo com
um dedo. Tentar remover o objeto somente se for possível vê-lo.

Cuidados posteriores  Um médico deve examinar o bebê o mais rápido possível.

Alertas e erros comuns


- Não aplicar tapas nas costas ou compressões no peito se o bebê asfixiando conseguir chorar de forma
audível, tossir com força ou respirar adequadamente.
- Não aplicar tapas nas costas ou compressões no peito se o recém-nascido parar de respirar por outras razões
além de uma via aérea obstruída (p. ex., asma, infecção, angioedema, traumatismo craniano). Aplicar RCP
nesses casos.
- Não fazer varreduras cegas com os dedos em bebês.
- Não realizar compressões abdominais (manobra de Heimlich) em lactentes.
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RITMOS DE PARADA
- Inicia-se com o suporte básico de vida
- Após iniciar os passos do SBV monitoriza o paciente, colocando os eletrodos (Brasil do lado esquerdo e
Flamengo do lado direito, sendo as cores fortes embaixo e as claras em cima).
- Após monitorar serão permitidos avaliar: FC, traçado do ECG (derivação D2), SatO2, PA, temperatura e
frequência ventilatória.
- Melhor usar o desfibrilador bifásico, na energia de 120 a 200 joules
- Na análise do traçado verifica presença de onda P, se tem complexo QRS (avalia se alargado ou estreito), se FC
normal ou alterada e se o ritmo é regular ou irregular.

Seguido essa análise, verifica-se os ritmos de parada  ritmos desfibriláveis x não desfibriláveis
- Os ritmos desfibriláveis são  Fibrilação ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular (TV), ambas sem pulso
- Ritmos não desfibriláveis  AESP (qualquer ritmo organizado que não tenha pulso) e Assistolia (linha reta)

RITMO SINUSAL
- Presença de onda P
- Traçado regular
- FC normal
- QRS estreito

FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
*Se confundir com assistolia
- Ausência de onda P muda o ganho
- Traçado irregular
- Taquicardia
- Não tem QRS

- É um rápido tremor das paredes ventriculares que os impede de bombeamento. O movimento ventricular de FV
não está sincronizado com contrações atriais.

TAQUICARDIA VENTRICULAR
- Ausência de onda P
- Traçado regular
- Taquicárdico
- QRS alargado
- Condição na qual o ventrículo se contrai
mais que 100x por minuto.
- A TV sem pulso, ocorre quando a contração ventricular é tão rápida que não há tempo para o coração para
reabastecer, resultando em pulso indetectável.

TV e FV sem pulso são ambos ritmos chocáveis.


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AESP- Atividade elétrica sem pulso


- Ausência de onda P
- Traçado regular
- Bradicardia
- QRS estreito

- AESP pode incluir qualquer forma de ondam sem pulso com a excepção de FV, TV, ou assistole. Hipovolemia e
hipóxia são as duas causas mais comuns de AESP. Eles também são os mais facilmente reversíveis e devem estar
no topo de qualquer diagnóstico diferencial.

ASSISTOLIA
- Ausência de onda P
- Sem ritmo
- Frequência cardíaca ausente
- Ausência de QRS
*Só é depois que feito o protocolo da linha reta  verificar cabos, aumentar o ganho (aumentar voltagem, pois
pode ser uma FV fina e se apresentar como uma linha reta), mudança de derivações  mnemônico CAGADA

6Hs  hipovolemia, hipóxia, hipo/hipercalemia, hidrogênio-acidose (H+) , hipotermia, hipoglicemia


6Ts  tamponamento cardíaco, TEP, trombose coronária, pneumotórax hipertensivo, toxinas, trauma
*Paulo falou 5Hs e 5Ts, não considerando hipoglicemia nem trauma. Porém, no ACLS 2020 são os 6 de cada
acima citados.

- Hipercalemia: pensar se histórico de insuficiência renal, DM, diálise recente, fístulas para diálise, medicações.
- Para hipovolemia, hipoxemia e hipotermia  trata com volume (1L de SF aquecido)
- Hipóxia  pensar se problemas com via área, cianose. Tratar com O2, ventilação, IOT
- Hipercalemia e acidose  trata com bicarbonato de sódio, geralmente adiciona-se ao SF.
- Acidose  pensar se histórico de DM, insuficiência renal
- Hipercalemia  pensar se DM, insuficiência renal, diálise recente, fístulas, medicações.
- Hipocalemia  pensar no uso de de diurético
- Toxinas  tratar com antídoto ou agentes específicos.
- Tamponamento cardíaco  pericardiocentese. Pensar na distensão das veias.
- PNTX hipertensvo  toracocentese de alívio

Assistolia e AESP não são ritmos desfibriláveis.


Quando interromper a RCP? Quando o paciente apresentar assistolia refratária a todas as intervenções
disponíveis.

Considerações
- Não se deve parar por mais de 10 segundos as compressões torácicas enquanto se avalia o ritmo.
- Avaliar o pulso sempre após finalizar os 2 minutos de RCP
- Lembrar de mandar todos se afastarem quando for administrar o choque
- Lembrar que a equipe deve ser bem articulada. O líder deve saber comandar com clareza e, os membros da
equipe devem entender bem o comando e responder o que está sendo feito.
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SUPORTE AVANÇADO DE VIDA


- Quando pedir o carrinho de parada já pede também para que uma pessoa faça o acesso venoso.
- Posicionar corretamente os eletrodos, sendo Brasil (verde e amarelo) do lado esquerdo e flamengo (preto e
branco) do lado direito. Sendo as cores fortes embaixo e cores claras em cima.
- O monitor avalia: FC, traçado do eletro (Padrão D2), SatO2, PA, frequência ventilatória e temperatura.
- No traçado deve-se avaliar a presença de onda P e QRS.
- Se tiver o complexo QRS avaliar se está alargado ou estreito, sendo o tamanho fisiológico de 0,08s a 0,12s.

FV e TV sem pulso  choque na carga máxima  drogas após 2º choque.


AESP e Assistolia  compressão, penar nas causas reversíveis (H e T) e iniciar drogas (primeiro epinefrina 1mg).

Após a desfibrilação, iniciar mais um ciclo de RCP (imediatamente). Verificar o ritmo e se necessário voltar a
aplicar o choque, e já pode iniciar epinefrina. Importante lembrar-se de administrar a droga no início de cada
ciclo.

- Epinefrina 1 mg/dose em solução bolus 20 ml: elevar o braço por 10 segundos


- Só pode reaplicar epinefrina após 3 a 5 minutos de intervalo
- Designar que uma pessoa fique responsável pelas anotações (compressões, droga + horário, choque).
- Na TV/FV faz as drogas apenas após o 2º choque, em ritmos não chocáveis (AESP e assistolia) pode-se fazer as
drogas o mais rápido possível
- Após o 3º choque fazer amiodarona 300 mg + bolus  só pode aplicar duas doses, sendo que a segunda será de
150 mg
- Após as duas doses de amiodarona faz lidocaína 1 a 1,5 mg/kg e se necessário uma segunda dose faz de 0,5 a
0,75mg/kg. Caso não melhore utilizar sulfato de magnésio em aplicação única (1 a 2g diluídos em 10 ml).
- Não dá intervalo entre epinefrina e amiodarona, o intervalo é apenas entre 2 doses de epinefrina.
- Verificar novamente o ritmo, reiniciar RCP.

Se tem atividade elétrica  checa pulso. Caso não tenha pulso  AESP  reinicia RCP e pensa nas causas
reversíveis.
Lembrar de fazer o protocolo da linha reta na assistolia, antes de iniciar as compressões.
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CUIDADOS PÓS PCR


A  via aérea (IOT, O2, máscara laríngea)
B  respiração (1 ventilacao a cada 6s), depois ventilação mecânica.
C  PAS ≥ 90 e PAM ≥ 65  lembrar que é genérica
D  consciência  controle direcionado de temperatura (CDT), identificar e tratar crises convulsivas
E  exames (hemograma, coagulograma, ionograma, gasometria, ECG)

- Entre letras A e B tem-se a capnografia


- SPO2 > 94%, sendo o máximo até 99%, pois, O2 a 100% é tóxico
- Volume de 1 a 2 L
- Drogas: noradrenalina, epinefrina ou dopamina  se crepitação (congestão pulmonar)
- Hipotermia terapêutica: recomendado para pessoas em coma, com retorno da circulação espontânea após uma
PCR. Deve-se manter a temperatura entre 32 a 36C. Não é feita em todo local, depende do protocolo do
paciente, uma vez que deve ser mantida por pelo ou menos 24h.
- Não pode faltar ECG. Se mostrar supra de ST  hemodinâmica imediata; e se, sem supra  hemodinâmica
eletiva.

Capnografia
- Indica qualidade, pode indicar retorno da circulação, indica prognóstico e se tubo da IOT está bem posicionado.
- Na parada o valor é 0, porque não tem circulação, ficando na linha reta.
- Na RCP o capnógrafo não chega a 40. Se < 10  manobras não estão efetivas, para estarem boas precisa ficar
entre 12 e 15.
- Se depois de 20 minutos não subir  mau prognóstico.

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