Gestã - o Empresarial I-1
Gestã - o Empresarial I-1
Gestã - o Empresarial I-1
Vivemos numa sociedade dominada por organizações grandes ou pequenas com ou sem fins
lucrativos, nas quais as pessoas trabalham em conjunto com vista a determinação de objectivos que
seriam impossíveis de atingir se trabalhassem isoladamente.
Cada vez mais se reconhece que o factor mais significativo na determinação do desempenho na e do
sucesso é a qualidade da sua gestão.
Gestão é o processo de se conseguir obter resultados (bens ou serviços) com o esforço dos outros.
A esta definição está implícita a relação com funções da gestão que são planeamento, organização,
direcção e controlo.
O planeamento pode ser definido como processo de determinar anticipadamente o que deve ser feito
como fazê-lo.
A motivação pode ser entendida como o reforço da vontade das pessoas se esforçarem para conseguir
alcançar os objectivos propostos.
A liderança é a capacidade de conseguir que os outros façam aquilo que o líder quer que façam.
Níveis de gestão
De uma maneira geral são considerados 3 níveis de gestão de acordo a pirâmide de Anthony:
• Nível estratégico ou instituicional
• Nível operacional
No nível intermédio predomina uma componente táctica que se caracteriza pela movimentação de
recursos no curto prazo e elaboração de planos e programas específicos e relacionados com a área de
função do respectivo gestor. É desempenhada pelos directores de divisão, directores de área,
directores funcionais, directores de departamentos, entre outros.
A actuação dos gestores avalia-se geralmente por padrões de eficiência e eficácia. Eficiência e
eficácia são conceitos diferentes, embora por vezes se verifique que ainda há quem faça alguma
confusão. Importa assim fazer a sua distinção.
Eficácia é a medida em que os outputs produzidos pelo processo se aproximam dos objectivos
propostos, isto é, quanto menores forem os desvios entre o planeado e o realizado, maior é o grau de
eficácia do gestor em causa.
Um gestor pode ser relativamente eficaz sem atingir um grau elevado de eficiência se, por exemplo
consegue atingir os objectivos em termos de produtos finais (qualidade e quantidade) mas fá-lo sem
a melhor utilização dos recursos disponíveis. E pode relativamente ser eficiente sem ser eficaz se
consegue produzir com a máxima combinação de utilização de recursos disponíveis por aquela
produção (a melhor relação recursoa/produção) mas os desvios em relação aos objectivos finais são
muito significativos.
O Ciclo de vida das empresas comporta 4 fases, que se assemelham ao ciclo de vida do produto.
Obviamente que as estretégicas, os investimentos, as políticas de marketing em cada uma destas fases,
são totalmente diferentes. Daí que a empresa deve ter vários produtos ou serviços em diferentes
estágios da sua evolução para colmatar os inconvenientes e riscos de cada ‘estágio’. O ciclo de vida
dos produtos é cada vez mais curto, especialmente nos produtos que têm incor- porado uma tecnologia
em constante mutação (exemplo: telemóveis). Esta é mais uma razão que justifica o facto de a
empresa deve ter produtos nas diversas fases do seu ciclo de vida. As estratégias a adoptar em cada
uma das fases do ciclo de vida da empresa por produto são as seguintes:
Deste modo, a estratégia deve ter a tónica (fixo) nos investimentos em investigação e
desenvolvimento, pelo que os investimentos são avultados por seu turno, as vendas ainda são
diminutas não só porque a quota de mercado é baixa mas também porque pode haver a necessidade
de praticar preços inferiores que geram margens de lucro mais baixas. Do sucesso desta fase
embionária (lançamento) irá depender o crescimento do produto e a posição competitiva face a
entrada de novos concorrentes.
2. Fase de crescimento
Nesta fase a estratégia deverá assentar em fortes investimentos que suportem o desenvolvimento e a
melhoria das características do produto. O objectivo é conquistar a quota de mercado, porque ela
ainda é reduzida, e providenciar um crescimento rápido das vendas. Os investimentos em marketing
são fundamentais.
3. Fase de maturidade
Quando o produto atinge esta fase a empresa deve ter como objectivo retirar o máximo proveito
possível das vendas e investir essas verbas na investigação de novos produtos. Também pode investir
parte dessas receitas da promoção dos produtos que estão na fase de crescimento. As despesas em
marketing devem ser reduzidas, bem como devem ser reduzidos os custos de produção, aproveitando
economias de escala (produzir lotes maiores) ou procedendo a padronização de parte da produçã. O
objectivo é libertar o máximo de cash-flow possível para investir noutros projectos. Nesta fase a quota
de mercado da empresa já elevada e o crescimento das vendas é reduzido. Há que aproveitar os
investimentos feitos no passado para gerar fundos que financiar novos produtos.
4. Fase de declíneo.
As vendas do produto ou serviço em decréscimo, não só para a empresa em causa, mas para as outras
empresas concorrentes no mercado. É o momento de reduzir os investimentos feitos no produto até
mesmo desinvestir, reduzindo as gamas produzidas para libertar fundos para investimento em
produtos novos. A quota de mercado está a decrescer, bem como as vendas do produto. Resta tentar
maximizar as receitas reduzindo as gamas oferecidas, mantendo só as gamas que geram maior lucro.A
duração de cada etapa é variável, depende do tipo de produto em causa, da empresa, das condicões
do mercado, da conjuntura económico-financeira, nacional e internacional, das alterações
tecnológicas, das políticas conduzidas pelo governo entre outros factores. A empresa compete estar
atenta, aproveitando as oportunidades do meio envolvente e minimizando ou contornando as ameaças
do mesmo.
Fases de constituição de uma empresa
A constituição de uma empresa é uma decisão que não ocorre com muita frequência no mundo dos
negócios, não só pelos riscos associados a sua constituição (há muitos indivíduos que têm um certo
grau de aversão ao risco, preferindo trabalhar por conta de outrem), mas também porque do ponto de
vista psicológico, se a empresa não se revela viável e entra numa fase de falência, tal situação
normalmente comporta traumas para os seus proprietários. Por outro lado, a criação de uma empresa
não implica somente ter conhecimento técnicos na produção de um dado bem ou serviço; implica ter
conhecimentos de gestão que muitas vezes não são dominados pelos indivíduos que pretendem
constituí-la
1. Oportunidade de negócio
Antes de se criar uma empresa é fundamental saber qual o grau de aceitação do mercado face ao
produto ou serviço que se pretende produzir e/ou comercializar. Para isso deve-se efectuar um
rigoroso estudo de mercado para conhecer:
• Se o produto ou serviço está numa fase de expansão, ou se pelo contrário está na fase de
declínio;
• Se o produto ou serviço que se pretende lançar tem algum factor de diferenciação face aos já
existentes no mercado (por exemplo, maior qualidade ao mesmo preço, preço mais baixo,
maior variedade de modelos, serviços personalizados, serviços de pós venda gratuita);
• Se o produto é novo, o estudo de mercado também se justifica, muito embota nesse caso seja
mais díficil de detectar as tendências dos potenciais clientes.
Não basta somente ter conhecimentos técnicos, é preciso ter vontade para criar um negócio e correr
riscos. Assim, é fundamental deter Capacidade técnica, conhecimento do negócio (do produto e/ou
serviço e do mercado) e empenhamento na realização do projecto.
Quando e empresário não possui estes requisitos, é indispensável encontrar uma equipa de
especialistas que o auxilem. No entanto, para empresas de dimensão muito pequena, a vocação ou
tendência do empresário é um factor crucial, conjugado com a sua capacidade técnica.
Nestas micro-empresas não é viável ter equipas especialistas, pelo que o empresário deve possuir
essas competências ou, caso contrário, o negócio fica condenad ao insucesso.
Quando está em causa a criação de uma empresa importa fazer um estudo de viabilidade económico-
financeiro do projecto. Este estudo permite estimar a vrabilidade do projecto e determinar qual a parte
de capitais alheios (capitais obtidos juntos de uma entidade financeira). Mais ainda, este projecto de
viabilidade é indispensável caso se recorra ao financiamento bancário. O cálculo de repartição das
necessidades de financiamento entre o capital próprio eo capital alheio é algo complexo e pode ditar
o sucesso ou insucesso do projecto.
Sociedade de pessoas (ou forma jurídica como sociedade de pessoas). Neste caso estamos com
projectos de invertimento que requerem menos capital, pelo que os proprietarios da empresa são os
seus dirigentes. Temos caso das sociedades por quotas, sociedades em nome individual de
reponsabilidade limitada, empresas em nome individual ou em nome colectivo (ou sociedades em
comandita simples). Esta forma jurídica está vulgarmente associada às pequenas e médias empresas.
Sociedade de capitais (ou forma jurídica, como sociedade de capitais) são denominadas sociedades
anónimas. Em geral há uma separação entre os detentores de capital e os responsáveis pela sua gestão
e administração muito embora os detentores capital possam participar na administração da empresa.
Esta forma jurídica está associada as grandes empresas, que necessitam de quantias avultadas para
iniciar o seu negócio, pelo que têm de recorrer à emissão de acções a fim de obterem os fundos
necessários a sua viabilização.
5. Localização geográfica
A escolha da localização é outro dos factores que contribui para o sucesso ou insucesso do negócio.
Se estamos a falar de pequenos negócios ligados à prestação de serviços, como por exemplo bares,
restaurantes, cabelereiros e papelarias, é fundamental que se encontrem próximo do cliente final. São
empresas de pequenas dimensões, sendo na sua maior parte, microempresas. No caso das empresas
industriais o estudo da localização deve ser muito mais detalhado, sendo que é necessário atender a
um conjunto de factores dos quais se destacam:
Há negócios em que o transporte da matéria-prima é muito oneroso, pelo que as fábricas devem
localizar-se junto a fonte de matérias-primas.
Exemplo: as empresas de engarrafamento de água devem estar situadas junto as nascentes de água.
• Proximidade do mercado
Há empresas em que o seu sucesso depende do facto de estarem próximas do cliente final.
• Mão de obra
Há empresas para as quais o seu sucesso assenta nos recursos humanos. Como tal, têm de estar em
regiões localizadas onde facilmente se obtenha essa qualificação académica, quer seja no que se refere
a experiência profissional.
• Transporte
Os custos de transporte referem-se quer aos produtos finais, quer as matérias-primas (neste caso
importadas).
Exemplo: é o caso das refinarias, que de modo geral localiza-se junto dos portos marítimos, porque
necessita de importar e transportar matérias-primas cujo custo de transporte seria elevado caso
estivesse afastada do seu ponto de destino (o transporte por via marítima tem custos mais reduzidos).
Após se ter decidido qual a localização e a sua forma jurídica, há um conjunto de formalidades a
cumprir e algumas podem ser execuatadas em simultâneo:
1. Pedido de certificado de admissibilidade da empresa e da sua denominação (Guiché único da
Empresa – GUE).
3. Depósito do montante do capital social (Banco que está no GUE que por ventura é o BAI).
8. Legalização dos livros obrigatórios da empresa. Estes livros são o inventário e balanços,
diário, razão e actas. A legalização dos livros é feita na repartição de finanças.
9. Registo industrial. Para as empresas que tenham produção fabril é necessário a obtenção de
uma licença de produção, que será emitida após verificação do cumprimento dos requisitos
legais exigidos para a produção em causa (Ministério da Indústria).
CAPÍTULO II – TEORIAS DA GESTÃO
Este modelo deve-se a Frederick W. Taylor cuja filosofia de gestão pode sintetizar-se da seguinte
maneira:
1. Aplicação do método científico para encontrar a única melhor maneira de realizar o trabalho;
4. Interação amigável e cooperação entre os gestores e os trabalhadores mas com uma clara
separação dos deveres uns dos outros.
Este modelo deve-se a Max, que descreveu uma forma ideal de organização que enfatizava a ordem,
o sistema, a racionalidade e a uniformidade.
Para muita gente, ainda hoje o termo burocracia tem uma carga negativa, é associado a excesso de
papelada e de regras com prejuízo ao funcionamento eficaz e inovador das organizações; mas a ideia
de burocracia defendida por Max Weber conduziria um tratamento equitativo de todos os
empregados, uma vez que a cada um eram atribuídos áreas específicas de actuação e
responsabilidades na base da sua competência e capacidades.
Henry Fayol partilhava as mesmas ideias de Max Weber e contudo sugere 14 princípios de gestão:
3. Disciplina: uma organização com sucesso requer o esforço comum de todos os trabalhadores.
Contudo, a par de esquemas de incentivos, podem ser necessárias penalidades, judiciosamente
oplicadas;
4. Unidade de comando: cada trabalhador deve receber ordens de apenas uma pessoa;
5. Unidade de direcção: a empresa deve ser orientada para um objectivo comum, numa direção
(única) bem definida;
7. Remuneração: a compensação pelo trabalho realizado deve ser justa tanto para quem recebe,
o empregado, como para quem paga, o empregador;
10. Ordem: os materiais, tal como as pessoas, devem estar nos lugares certos, nas horas certas;
11. Equidade: os empregados devem ser tratados numa base de justa igualdade;
12. Estabilidade de emprego: reter or empregados produtivos deve ser uma prioridade da gestão.
Uma elevada taxa da rotação do pessoal é geralmente ainda associada a uma quebra da
eficiência da empresa;
13. Iniciativa: os gestores devem incorajar as iniciativas dos trabalhadores nomeadamente através
de novas ou adicionais actividades autodirigidas.
14. Espírito de equipa: o espírito de equipa contribui para a unidade da organização. Fayol
aconselhava por exemplo a comunicação verbal informal em vez da escrita e formal.
• Patentes
Análise Interna
O meio envolvente geral é também conhecido como Análise PEST, cuja a sigla corresponde as iniciais
das principais variáveis dessa área arrumadas em 4 categorias a saber:
• Políticas;
• Económicas;
• Sócio-culturais;
• Tecnológicas.
Variáveis político-legais Variáveis económicas
Análise PEST
As partes interessadas ou stakeholders são pessoas e organizações que estão activamente envolvidas
na organização ou cujo os interesses podem ser: trabalhadores, clientes, associações, concorrentes,
governo, fornecedores, comunidade, sindicatos, mídia, entre outros.
Nenhuma organização pode competir com sucesso quando as pessoas procuram enganar as outras,
tentando aproveitar-se delas.
Muitos executivos têm se debatido com frequência sobre responsabilidade social da empresa perante
todos os stakeholders
CAPÍTULO IV – PLANEAMENTO E TOMADA DE DECISÃO
A missão de uma organização consiste na definição dos seus objectivos estratégicos gerais. É o
enunciado dos propósitos gerais e contínuos que expressam as intenções fundamentais da gestão
global de nível superior da empresa, proporcionando orientações para o seu desenvolvimento
futuro.
Os objectivos de uma organização são os resultados desejados em qualquer actividade. Quando não
forem expressamente definidos de forma diferente, entenderemos que metas e alvos são sinónimos
de objectivos.
1. Hierarquia: nem todos os objectivos têm a mesma prioridade, há objectivos que são mais
importantes que outros que lhes estão subordinados e o doseamento do esforço para os
conseguir atingir deve ser tido em conta;
2. Consistência: os objectivos que por regra são múltiplos devem harmonizar-se entre si pois
não se pode desejar aumentar a quota de mercado e simultaneamente planear uma redução
do volume de produção;
• Estratégico;
• Táctico;
• Operacional;
O planeamento estratégico é o processo através do qual a gestão de topo com a colaboração dos
gestores dos outros níveis definem o propósito global da organização, os objectivos genéricos e
forma de os alcançar. Quando se trata de uma organização diversificada com vários negócios ou
vários produtos que exigem estratégias diferentes (unidades estratégicas de negócio), o planeamento
estratégico processa-se a 2 níveis:
3. Quais são a ideias e as filosofias de acção que a organização deseja que os seus
membros possuam?
5. Como pode a organização melhor fazer uso dos recursos disponíveis para satisfazer os
seus propósitos?
O planeamento táctico processa ao nível da gestão intermédia e resulta do desdobramento dos planos
estratégicos. Envolve empreendimentos mais limitados, prazos mais curtos, áreas menos amplas e
recursos mais limitados. Muitas vezes corresponde as áreas funcionais como finanças, produção,
marketing, recursos humanos, etc.
Tipos de planos
Há vários tipos de planos, há planos que são guias de orientação permanente por períodos mais ou
menos longos. É o caso das políticas, procedimentos e regulamentos.
Políticas: são planos que se traduzem em guias pré-estabelecidos para orientar os gestores na
tomada de decisões. Podem existir em qualquer nível de gestão, tanto podem estar relacionadas com
uma função, como com um projecto, pela sua natureza tornam desnecessário analisar um pormenor
a mesma situação todas as vezes que aconteça e permitem a unificação dos planos em geral.
Procedimentos: são planos que estabelecem uma série de passos para se alcançar um objectivo
específico. Definem o método de levar a cabo actividades futuras. Existindo nos diversos níveis de
gestão, são, todavia mais numerosos nos níveis inferiores, o que é normal. As políticas são, regra
geral, completadas por procedimentos.
Regulamentos: são guias de acção específicos e detalhados que se destinam a dirigir a actuações
das pessoas de uma forma mais apertada. Normalmente um procedimento desdobra-se numa série
de regulamentos,
De modo geral pode-se dizer que os procedimentos estão mais relacionados com métodos de
actuação enquanto os regulamentos referem-se fundamentalmente a comportamentos.
Programas: são planos que relacionam duas variáveis (actividades e tempo). Podem assumir a forma
de um simples calendário com a descrição das actividades a efectuar até programas complexos que
exigem técnicas matemáticas avançadas ou processamento de dados com computadores.
Orçamentos: são planos relativos a resultados esperados expressos em termos numéricos,
geralmente em dinheiro. O orçamento refere-se sempre a um determinado período (anual,
plurianual, trimestral, etc) e pode abarcar toda a organização (orçamento geral ou gobal) ou apenas
um departamento ou área (orçamento parcial).
Uma decisão constitui uma escolha. O difícil não é a implementação da escolha efectuada mas ter
de renunciar todas as outras. Assim, convém ao gestor dispor de ferramentas de apoio a tomada de
de decisão.
O processo de tomada de decisão consiste em gerar e avaliar alternativas cuja a escolha conduza a
um curso de acções coerentes com os objectivos. Assim, existem 2 abordagens possíveis:
Em gestão um problme surge quando estameos perante uma situação em que o estado actual das
coisas é do estado desejado dessas mesmas coisas, ou seja, quando se apura um desvio existente
entre o estimado e o realizado. Assim podem acontecer 4 situações que geralmente alertam os
gestores para possíveis problemas:
Exemplo: temos um volume de vendas menor que no ano anterior ou uma maior rotação do pessoal.
Exemplo: menos lucros, orçamentos não cumpridos ou atrasos no lançamento de novos projectos.
3º. Os problemas são «passados» por cima. Os gestores de níveis inferiores não decidem,
submetendo os seus problemas ao superior hierárquico. Assim, são as outras pessoas que
causam problema ao gestor.
4º. O desempenho dos concorrentes, como por exemplo um concorrente que desenvolve um
novo projecto ou melhora um processo existente e tornando-se mais competitivo. Os
concorrentes no seio da organização (por exemplo, diferentes divisões ou departamentos)
também podem trazer problemas ao gestor dando prevalência a outros objectivos que não
sejam prioritários para a organização.
Contudo é necessário ter cuidado pois a definição de qual é o verdadeiro problema nem sempre é
fácil de perceber, pelo que pode gerar alguns equívocos.
Tipos de decisões
• Decisões programadas;
As decisões programadas conduzem a soluções para problemas rotineiros e são determinados por
regras procedimentos ou hábitos escritos ou não escritos. Simplificam a tomada de decisão em
situações repetitivas mas limitam a liberdade de escolha do agente decisor porque a organização
decide o que fazer excluindo alternativas.
b) Risco - ocorre quando não se pode prever com certeza os resultados das alternativas.
Contudo, nesta situação de tomada de decisão os agentes conhecem a probabilidade
deque uma determinada alternativa l e v e a um objectivo ou resultado desejado.
• Identificação do problema;
• Desenvolvimento de alternativas;
• Implementação da alternativa;
CAPÍTULO V – ESTRUTURA E CULTURA
Tipos de estrutura
Vantagens
2ª. Possibilidade do gestor principal tirar partido do contacto pessoal com todas as
operações fundamentais e da centralização das decisões e melhor actuar numa
perspectiva global da organização.
2ª. Tendência dos responsáveis das áreas funcionais para se posicionarem numa
perspectiva de curto prazo e sobre avaliarem as orientações funcionais.
Vantagens
Desvantagens
Estruturas de Mintzberg
5. Logística: constituída pelo pessoal que tem a seu cargo as funções de apoio (serviços
jurídicos, relações públicas e laborais, investigação e desenvolvimento, entre outros).
4ª. Ideal para empresas que têm a produção em série como meta principal.
Dimensão: pequenas empresas ou grandes empresas; quanto maior for a organização, mais
complexa será a sua estrutura.
Tecnologia:
Sistemas de produção unitária e em. pequenas séries (protótipos, bens por medida e de grandes
dimensões).
Características
1. Identificação: isto é, a medida em que cada empregado se identifica mais com a empresa
como um todo do que com a sua profissão específica.
2. Enfase no grupo: ou seja, em que medida o trabalho na empresa está organizando mais
no base de grupos (de equipas) do que na base individual.
5. Controlo: como é que as regras, os regulamentos e a supervisão directa são usados para
controlar o comportamento dos em empregados.
9. Orientação para fins ou meios: isto é, em que medida a gestão se preocupa mais com os
resultados do que com os meios ou as técnicas usadas para os conseguir.
10. Concepção dos sistemas abertos: em que medida a organização analisa o seu ambiente
externo e actua em resposta as suas alterações.
Tipos de cultura
Uma das classificações deve-se a Charles Handy que atribui a cada tipo de cultura o nome de
um Deus da antiga Grécia, porque associa a cada uma um culto ou filosofia de gestão.
A cultura do “papel”, associa Handy a figura de um templo grego e o Deus Apolo. Apolo era o
Deus da ordem e das regras e o templo grego vai buscar a sua beleza e força aos pilares. Esta é
a cultura baseada na “atribuição de papéis”, os pilares representam funções e divisões, unem-
se administrativamente no topo.
Na cultura de “tarefa”, o símbolo associado é a rede e o Deus grego é Atena. O poder aqui
reside nas ligações da rede e não no topo; esta cultura anda associada as ideias de juventude,
energia e criatividade e daí a sua ligação a Atena. Deusa da juventude, da sabedoria e da arte.
Esta cultura é típica de organizações em que o seu recurso vital é o talento ou a capacidade do
indivíduo. (por exemplo, quatro (4) médicos especialistas que se associam num consultório, o
mesmo se diga de arquitectos, advogados, contabilistas ou outros profissionais).
CAPÍTULO VI – LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
Liderança é o processo de influenciar outros de modo a conseguir que eles façam o que o líder
quer que seja feito, ou ainda, a capacidade para influenciar um grupo a actuar no sentido da
prossecução dos objectivos do grupo.
• Autocrática
• Participativa
• Democrática
Um líder autocrático é aquele que comunica aos seus subordinados o que é que eles têm
de fazer e espera ser obedecido sem problemas.
O líder democrático é aquele que tenta fazer o que a maioria dos subordinados deseja.
No estilo de liderança laissez-faire, o líder, como o próprio nome sugere, não está envolvido
no trabalho em grupo, deixa que os seus subordinados tomem as suas próprias decisões.
Edwin Ghiselli identificou 6 componentes dos traços característicos do líder que são:
• Inteligência;
• Autoconfiança;
• Capacidade de iniciativa.
1. Autocrático-coercitivo: o líder decide o que há para fazer, quem, como, quando deve
ser feito. O processo de decisão está totalmente centralizado na cúpula da hierarquia.
Este tipo de liderança encontra-se em empresas industriais que utilizam mão de obra
intensiva e tecnologia rudimentar, por exemplo, algumas empresas de construção civil.
O modelo de contingência da liderança de Fiedler é um dos que tem tido mais aceitação. Ele
defende que não existe nenhum estilo de liderança que possa ser considerado o mais eficaz
em qualquer situação, seja ela qual for. Por outras palavras, uma pessoa torna-se líder não
apenas devido aos atributos da sua personalidade, mas também em virtude da coexistência de
vários factores situacionais e da interação entre o líder e os subordinados. De acordo com este
modelo, são 3 os principais factores que determinam se uma dada situação é favorável ou
desfavorável ao líder:
Delegação de autoridade
Modelo de Vroom/Yetton/Yago
Estilos de Definição
decisão
As teorias da necessidade como explicação do processo de motivação põe o acento tónico nas
necessidades internas das pessoas e nos comportamentos que resultam do esforço para reduzir
ou satisfazer essas necessidades.
4ª. Necessidades fisiológicas referem-se à alimentação, abrigo, repouso, ar, entre outras.
6ª. Necessidades sociais tem que ver com a afeição, a inclusão social, a aceitação
e a provação, entre outras.
Frederick Herberg realizou na década de 50, uma pesquisa sobre os factores de motivação no
trabalho interrogando 200 engenheiros e contabilistas.
A teoria da equidade, geralmente associada ao nome de J. Stacy Adams, é uma das teorias
sobre a motivação em que destaca a percepção pessoal de cada um sobre a razoabilidade ou
justiça relativa numa situação laboral, comparando o seu desempenho e os correspondentes
benefícios dos outros em situações semelhantes.
De acordo com esta teoria, os indivíduos são motivados para reduzir toda e qualquer
desigualdade de tratamento percebida por eles. Para isso lutam para igualar as relações entre
outputs e inputs de cada um, umas vezes actuando nos inputs, outras vezes nos outputs.
Por exemplo, alguns trabalhadores que tenham a percepção de iniquidade (injustiça) podem
passar a fazer um esforço menor ou gastar mais tempo para fazer o mesmo trabalho. Outros
reclamam maiores vencimentos ou outros benefícios.
De acordo com Skinner, o comportamento das pessoas pode ser controlado ao longo de vários
anos sem que as mesmas se apercebam disso.
1º. As pessoas actuam de forma que pessoalmente acham mais gratificante (ou
recompensadora).
2º. O comportamento pode ser informado e determinado pelo controlo das recompensas
a ele associadas.
CAPÍTULO 7 – CONTROLO
O controlo é uma das funções de gestão a que os gestores prestam cuidada atenção.
Dentre os sintomas que normalmente alertam o controlo, podemos destacar os seguintes:
Quando os sintomas são ignorados, as coisas tendem a piorar e o custo para normalizar a
situação será cada vez mais elevado.
O controlo e o planeamento são duas funções de tal modo relacionadas, que pode dizer dizer-
se que são como duas faces da mesma moeda.
Definição de padrões
• Padrões de tempo: servem para medir o tempo gasto para fazer um determinado
produto ou executar uma determinada tarefa. Ex.: um piloto tem um tempo padrão
para executar uma determinada viagem;
As diferenças entre as realizações e o que se planeou podem ser pouco significativas e não
implicar necessariamente a execução de acções correctivas. Importa, portanto, para além do
estabelecimento dos padrões nas áreas relevantes, definir também os níveis de tolerância, isto
é, a quantidade (normalmente expressa em percentagem) de desvio permitida sem que de
lugar a qualquer acção correctiva.
Os trabalhadores devem ter conhecimento não só dos padrões, mas também dos níveis de
tolerância admitidos, pois isso, vai contribuir para que muitos deles se contratem a si próprios.