Angelo
Angelo
Angelo
Pelotas, 2011.
ANGELO PIEGAS NEVES
Pelotas, 2011.
BANCA EXAMINADORA
Agradeço aos colegas que durante esses quatro anos de convívio compartilharam
momentos e ensinamentos dentro e fora da universidade. A todos os professores do Centro de
Artes, que realizam o seu trabalho com muito amor e carinho transmitindo não só seus
conhecimentos na área do design, mas também ensinamentos que me fizeram evoluir como
pessoa e nunca vou esquecer. Muito obrigado!
Agradeço a todos os meus amigos, que desde criança estiveram presentes em minha
vida e que ainda seguem comigo, também aos que fui conhecendo durante todo esse percurso
acadêmico, e que nesse ambiente de convivência contribuíram para eu ser o que sou hoje, pra
mim são mais que amigos, são meus irmãos.
Walter Cybis
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS.............................................................................................................07
RESUMO.................................................................................................................................09
ABSTRACT.............................................................................................................................10
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................11
CONCLUSÃO.........................................................................................................................68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................70
LISTA DE FIGURAS
Figura 03 – Fotografia do primeiro modelo de mouse da história criado por Douglas Engelbart.........................25
Figura 04 – Fotografia de conjunto interno com visão frontal do painel, onde podemos observar as maçanetas
satélite e o check control do carro Prêmio..............................................................................................................26
Figura 12 – Conjunto interno com visão frontal do painel do carro Prêmio da marca FIAT................................34
Figura 14 – Fotografia do painel onde está o computador de bordo. Carro Prêmio da marca FIAT....................35
Figura 15 – Fotografia do painel do Kadett com computador de bordo do carro da marca CHEVROLET........35
Figura 18 – Fotografia de conjunto interno do painel digital do Monza Hi Tech e Kadett GSI............................37
Figura 23 - Fotografia de conjunto interno do carro Vectra em sua segunda geração da marca CHEVROLET..41
Figura 25 – Figura do painel mostrando localização dos botões que controlam a interface digital no item 7 ( A
seleciona função, B passa para outra função) do carro Golf...................................................................................42
Figura 29 –botões que controlam a interface digital no item 7 - Golf da marca VOLKSWAGEN.....................51
Figura 31 –botões que controlam a interface digital no item 7 Golf da marca VOLKSWAGEN........................52
Figura 32 – Figura do painel mostrando localização do computador de bordo do carro Palio Sporting da marca
FIAT.......................................................................................................................................................................54
Figura 33 – Figura do painel mostrando localização do computador de bordo aproximada do carro Palio
Sporting da marca FIAT.........................................................................................................................................54
Figura 34 – Figura do painel mostrando localização do computador de bordo e tela central de 4.3 polegadas da
Freemont da marca FIAT........................................................................................................................................56
Figura 35 – Figura do painel mostrando localização aproximada da tela central de 4.3 polegadas da Freemont da
marca FIAT.............................................................................................................................................................56
Figura 36 – Esboço a lápis, do painel de controle do carro. Autor: Angelo Neves...............................................60
Figura 37 – Tela principal de navegação do sistema.............................................................................................63
Figura 38 – Tela de Manutenção do veículo do protótipo. Autor: Angelo Piegas................................................65
O presente trabalho tem como objetivos realizar estudo das interfaces gráficas de
computadores de bordo de automóveis, bem como apresentar o protótipo de um computador
de bordo para os carros populares da marca Volkswagen. São estudadas as diferentes marcas e
segmentos, com a finalidade de desenvolver uma fotografia panorâmica do setor,
compreendida no espaço temporal do ano de 1985 até os dias de hoje (2011), conjuntamente,
são abordados alguns critérios ergonômicos e de usabilidade com vistas ao entendimento da
relação Humano-Computador e também aspectos oriundos do design. O intuito do trabalho é
questionar pontos específicos onde o designer pode melhorar a interação do motorista com os
computadores de bordo de seus veículos. No bojo da produção do trabalho prático, a
apresentação do protótipo, seguiu-se uma orientação na busca de uma melhor interação do
motorista com a interface gráfica do computador de bordo.
This paper aims, in a study of interfaces onboard computers of cars, as well as present a
prototype computer board for the popular cars of the Volkswagen brand. Experts are studying
the different brands and segments, in order to develop a panoramic picture of the sector,
included in the timeline of the years from 1985 to the present day (2011), together, some
criteria are addressed ergonomic and usability with a view to understanding Human-computer
ratio and also aspects from the design. The aim of the work is to question specific points
where the designer can improve the driver's interaction with computers on board their
vehicles. Amid the production of practical work, the presentation of the prototype, followed a
direction in search of a better interaction with the GUI driver of the vehicle computer.
INTRODUÇÃO
A finalidade dessa união de produtos e funções pode estar ligada ao consumo de uma
sociedade capitalista. Seguindo as idéias de Sudjic (2008) em seu livro A linguagem das
Coisas, o fenômeno mencionado anteriormente é denominado como sendo a maturidade do
produto: “quando todo mundo que for comprar um televisor já tiver feito isso, só resta aos
fabricantes convencer os proprietários a substituir seus aparelhos antigos inventando uma
categoria nova” (SUDJIC, 2008, p. 31). Portanto, algumas mudanças devem acontecer para
que o mesmo produto seja vendido ao consumidor novamente, seja na sua forma, tamanho,
cor ou agregação de funções, porém, não se pode dizer que essas mercadorias só estão sendo
lançadas no mercado para gerar lucro e aumentar o consumo, elas também são projetadas e
fabricadas para facilitar nossas vidas, aumentar nossa comodidade e conforto.
Em Steve Johnson (2001), podemos observar uma abordagem que concebe uma
aproximação entre tecnologia e cultura, ao diagnosticar que essa interação influencia a
linguagem que temos com os objetos, tanto no sentido lato, quanto em seu stricto sensu, como
por exemplo, os conhecimentos semânticos que os usuários – que por ocasião desta
monografia, são os motoristas - abrem mão, com vistas ao relacionamento mais amigável com
os objetos, no nosso caso, o computador de bordo automotivo.
conhecimento de mecânica. Por exemplo, para saber se o combustível que estava no tanque
seria o suficiente para percorrer uma determinada distância, ou observar o andamento do
consumo médio de combustível, era necessário efetuar cálculos matemáticos e programar o
abastecimento com base nestes cálculos. Hoje em dia, o computador de bordo e o check
control1, itens que há décadas vêm sendo utilizados em veículos importados, resolvem
problemas como os citados anteriormente.
[...] a simplicidade é uma qualidade que não apenas desperta a fidelidade apaixonada
pelo design de um produto, mas também se tornou uma ferramenta estratégica-chave
para as empresas confrontarem suas próprias complexidades intrínsecas (MAEDA,
2007, p. 6).
No entanto, hoje em dia o computador de bordo já está bem mais barato e também é
um sistema mais aceito pelos motoristas, sendo bem mais usual. A partir da diferenciação
1
Check Control corresponde ao controle de checagem: Observa se o funcionamento do carro, como a posição
do cinto (atado ou não), fechamento de portas e porta-malas, algum problema na parte elétrica, etc.
13
Depois de uma introdução panorâmica sobre o assunto, temos mais clareza para
observar o objetivo do presente trabalho, que consiste no desenvolvimento prática de design
digital, imbricado com uma pesquisa acadêmica focada no tema do Computador de Bordo
Automotivo. Para atingirmos tais objetivos, desenvolvemos uma análise a respeito da
interação gráfica visual e navegabilidade dos computadores de bordo. Especificando nosso
trabalho com mais riqueza de detalhes, informamos que apresentamos no trabalho, estudo de
Interfaces e suas metáforas, baseado nos conceitos citados por Lévy (1993) onde o sistema
deve ser interativo e o mais fácil de usar possível, por isso, a utilização de metáforas agiliza a
relação entre o motorista e o carro. Essa agilização é possível pela relação com figuras de
linguagens conhecidas dos motoristas no mundo real, baseadas em suas experiências
anteriores. A interface digital dos computadores de bordo funciona como uma porta do mundo
virtual, passando as informações para o mundo real.
Após essa etapa, é observada a forma de uso dos botões e o melhor posicionamento
para a interface do computador de bordo no veículo, buscando uma melhor ergonomia, com o
objetivo de melhorar o bem-estar do motorista e o desempenho do veículo, tanto na economia
evitando gastos a mais em manutenção de peças, gastos com concertos, e redução de consumo
de combustível, quanto na segurança, evitando imprevistos ou acidentes.
O que nos leva a crer que o presente trabalho tem fundamento científico e pode servir
para uma análise de um componente que é utilizado em grande escala no país, como podemos
observar ao concluir que o Brasil finalizou o ano de 2010 com aproximadamente 64 milhões
de veículos registrados. Segundo Ardilhes (2011), “[...] o total de veículos no país mais que
dobrou nos últimos dez anos e atingiu 64,8 milhões em dezembro de 2010, segundo
levantamento do Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN” (ARDILHES, 2011)
Embora uma grande parte da população possua carros com nível de tecnologia alta, o
brasileiro não da à devida importância para itens que vão auxiliar na sua condução e bem estar
no trânsito. O computador de bordo é um dispositivo digital que fornece indicadores para o
14
motorista. É através dele que informações do tipo autonomia de álcool ou gasolina no tanque
são transmitidas ao condutor. Esta simples informação evita o abastecimento sem necessidade
ou a falta de combustível no meio do percurso. Porém a maioria dos proprietários dos
automóveis que possuem computador de bordo não sabem usar essa tecnologia a seu favor, e
acabam não dando a devida importância ao dispositivo.
É importante dizer que existem computadores de bordo que demonstram quase todas
as funções do carro em sua interface gráfica, na maioria das vezes, o ar condicionado digital,
15
o sistema de navegação GPS2, e o sistema de som são controlados na tela de um display LCD,
instalado no painel do automóvel. Mas, no entanto, o que temos em nosso mercado de carros
populares, no momento, são computadores de bordo com uma média de seis funções e uma
tela em cristal líquido monocromática.
2
A sigla GPS quer dizer Global Positioning System, que traduze-se: Sistema de Posicionamento Global.
16
Essas entrevistas foram feitas com a finalidade de obter conhecimento de como é feita
à interação proprietário x carro, e se existe um programa de entrega do veículo onde as
instruções são passadas de forma clara, garantindo um bom aproveitamento do produto. A
escolha pela entrevista se deu, pois é uma técnica que “permite a captação imediata e corrente
da informação desejada, praticamente com qualquer tipo de informante e sobre os mais
variados tópicos, além de permitir “correções, esclarecimentos e adaptações” (LÜDKE, 1986,
p. 34). E o autor continua sua abordagem enfatizando que, “a entrevista é um dos
instrumentos básicos para a coleta de dados, pois, permite que se obtenham dados na própria
linguagem do sujeito, o que irá permitir inferir como ele interpreta o assunto então
pesquisado.” (LÜDKE, 1986, p. 34).
3
Foi mencionado apena o primeiro nome dos entrevistados por conta de direitos autorais e hipotéticos
problemas que poderão originar-se do conteúdo das entrevistas. Contudo declaro a fé das respostas.
17
Segundo Royo (2008, p. 90), o design vem trabalhando ao longo da história nos
limites da definição da interface, na superfície que divide máquina e usuário. Tradução
mediada por partes; área de comunicação entre homem e máquina; porta onde ocorre uma
comunicação e outras conceituações que Javier Royo menciona em seu livro Design Digital.
No entanto, Manovich (2001) considera que a interface está mais aproximada de uma esponja
a ser atravessada dos dois lados, de modo que o sujeito não se encontra mais como um mero
espectador, ingressando em uma perspectiva ativa podendo intervir, em determinados eventos,
diretamente no objeto como co-operador, mais que receptor (FERREIRA, 2008).
1.2 Conceitos
No mundo moderno, um número cada vez maior de pessoas usa produtos e sistemas
complexos. Isso exige interações que constituem em receber informações e atuar,
baseando-se nelas. Essas interações podem ser esquematicamente descritas no modelo
do sistema homem-máquina (Figura a seguir). Nesse Modelo, o homem recebe
informações da máquina e atua sobre ela, acionando algum dispositivo de controle.
(DUL, 2004, p. 41).
19
Para Steven Johnson a interface “se refere a softwares que dão forma à interação entre
usuário e computador. A interface atua como uma espécie de tradutor, mediando entre as duas
partes, tornando uma sensível para a outra” (JOHNSON, 2001, p. 17). Quando falamos de
interface, estamos falando tanto de software quanto de hardware, tanto de interfaces digitais
quanto as interfaces físicas. Segundo o professor Javier Royo
Como vimos na introdução, de acordo com Lévy (1993), a interface é uma espécie de
porta onde ocorre uma comunicação entre homem-máquina. As informações são passadas do
mundo virtual para o real e vice-versa, gerando assim o trabalho externo descrito na tabela
anteriormente apresentada, que no caso especifico do computador de bordo representa o bom
funcionamento do veículo com o conforto e a segurança do motorista. A comunicação
homem-máquina de que Lévy fala deve ser entendida sob uma ótica da interação que não seja
20
divorciada nem vista de forma polarizada, pois ”o conteúdo e a interface mesclam-se de tal
forma que não podem ser mais pensados como entidades separadas” (MANOVICH, 2001;
BEIGUELMAN, 2005; NUNES, 2009, p. 23). Logo, podemos perceber que a interface
gráfica e seus elementos visuais, a exemplo dos ícones do computador de bordo, devem
corresponder com efetividade aos conteúdos do mesmo, bem como respeitar os quesitos de
usabilidade considerando os limites físicos e cognitivos humanos.
No âmbito das interfaces, podemos considerar três distintos níveis ou camadas que se
inter-relacionam. A interface gráfica, a de interação e a de navegação. Vejamos uma visão
sobre essas interfaces.
Numa passagem do livro Design Digital, de Javier Royo, o autor comenta que "[...] o
mercado tenta forçar diferenças nos produtos e interfaces, para serem diferentes dos
concorrentes diretos. Para o mercado não basta a realização de um bom design, é necessário
apresentar uma identidade diferente e de destaque" (ROYO, 2008, p. 103). Assim, a
consideração de que a atenção deve estar voltada além da construção de um bom design, deve
ser acrescentada a singularidade do projeto. Nossa proposição destina-se a construção de um
computador de bordo que possa ser sugerido a marca Volkswagen, em especial a linha
popular (gol, parati, Voyage e saveiro). Desta forma, seguimos uma identidade visual
adequada aos parâmetros e projeto da marca em questão.
Evidente que nossa produção não esgotará o tema, pois, como nos alerta o teórico
Walter Cybis, “[...] a interação humano-computador tem de ser pensada como um processo,
uma experiência em constante evolução. (CYBIS, 2010, p. 17). Desta forma, seria muito
temerário que expuséssemos uma visão de totalidade na proposição de um computador de
bordo finalizado e sem necessidade de melhoramentos. Sabemos sim, que nossa produção
pode contribuir com algumas conclusões e inovações, mas nunca esgotar o tema. Além de
outras contribuições, a crença na capacidade dos usuários em utilizar a interface e com base
nisso passar a exigir tais ferramentas, faz com que coloquemos, o usuário ou motorista, no
21
centro de interesse da presente monografia. Vejamos a seguir uma citação que corresponde ao
assunto.
O desafio é ainda maior, pois as estratégias e situações de uso evoluem com o tempo
e com o uso do sistema. Na medida em que percebem novas possibilidades ou
funcionalidades, as pessoas passam a usar um dispositivo de forma diferente e
desenvolvem novas expectativas. (CYBIS, 2010, p. 17).
Consistência Sempre!: Como o próprio autor descreve, essa regra está diretamente
ligada a repetições de certos padrões. Trata-se de manter a mesma estrutura do layout em
todas as telas da interface, ações devem ser repetidas de modo que facilite o aprendizado.
Como por exemplo o layout de cores, que para esse projeto optou-se pela utilização do azul
que alem de manter fidelidade a cor da marca, é uma cor fria que não irá desviar a atenção do
motorista. Esse seria o objetivo da escolha da cor, passar as informações de forma clara, mas
ao contrário das cores quentes, atraírem menos atenção quando o condutor estiver dirigindo e
sua atenção precise estar no trânsito. A tipografia é outro item que esta contido na regra
número um, e em nosso caso, a tipografia utilizada no projeto foi a Helvética. Essa escolha se
deu pelo fato de ser uma fonte clara, legível, que pode ser utilizada em diferentes tipos de
suporte. É muito utilizada em trabalhos impressos, mas também pode ser utilizada em
projetos digitais.
Essa tipografia não apresenta significados culturais, fator importante para que
mantenha sua neutralidade em relação a signos e expresse muito bem suas informações
22
através de uma escrita de ótima legibilidade. Por ultimo estão contidos nessa regra, os menus
e a diagramação básica (grid), que recebem um tratamento estético simples, sua estrutura de
navegação se repete mantendo os botões sempre nos mesmos locais, assim como o menu de
informação, fazendo com que o projeto tenha uma navegação repetida mesmo em telas
diferentes, e também operações semelhantes, fazendo com que o aprendizado seja facilitado.
Retroalimentação: essa lei esta ligada a comunicação que o sistema estabelece com o
usuário, o feedback emitido a cada ação realizada. No caso do presente trabalho, toda ação
emiti uma resposta de realização da ação executada, o sistema só irá carregar durante a
navegação na internet e GPS, fora isso, todas as ações são feitas por botões que mudam de cor
quando clicados, dando o feedback para a ação, e a transição dessa ação é processada
rapidamente.
Diálogos com início, meio e fim: O fechamento para cada ação, onde perguntas
surgem evitando erros e mostrando uma seqüência de cliques da ao usuário uma sensação de
alivio, indicando que o caminho percorrido esta correto. Podemos observar no capítulo 3, na
tela correspondente a ação de zerar a memória que o diálogo com início, meio e fim foram
priorizados para uma melhor navegação por parte do usuário.
Prevenção de erros: sistema capaz de recusar erros, ações erradas devem fazer com
que o sistema permaneça inalterado, como é um sistema de navegação simples por cliques, os
erros mais graves podem ser os de clicar onde não era desejado. Caso aconteça algum erro, o
sistema deve oferecer uma forma simples e construtiva de recuperar-se. Se algum clique for
feito de forma errada basta usar o botão voltar na parte superior direita da tela. Não, o sistema
não exibe nenhuma mensagem ameaçadora do tipo “seu programa realizou uma operação
ilegal e será fechado”.
desinstalá-los, porem essa operação só pode ser feita acessando o site da Volkswagen
utilizando o aplicativo para essa finalidade. Caso o motorista não queira fazer ele mesmo no
site, é possível comparecer em uma revenda Volkswagen para que um atendente realize a
operação, dessa forma evita-se que usuários menos experientes cometam erros, sem deixar
que os mais experientes possam realizar o processo sozinhos.
Na cabeça: sete mais ou menos dois: Os seres humanos tem a memória de curto
prazo ruim, por isso muitas informações em uma tela ou menus expansíveis do tipo (pull-
down) devem ser evitados. Utilizam-se opções de navegação visíveis na tela até o limite de
nove itens por página. No caso do nosso projeto, utilizamos telas com no Maximo seis itens
de navegação por tela.
sistema consegue atender todos os usuários desse publico diversificado e ainda possibilitando
um conhecimento que irá ser adquirido por usuários de nível básico, que ao utilizar o sistema,
com o tempo ira evoluir.
Figura 03 – Fotografia do primeiro modelo de mouse da história criado por Douglas Engelbart
26
primeiro computador com uma interface gráfica (Alto) que reunia todos os avanços
realizados por seus pesquisadores, entre os quais, Kay. O problema da interface Alto
era o seu altíssimo curto e ela jamais saiu do laboratório: não chegou a ser
comercializada (ROYO, 2008, P. 63).
4
Empresa criada por Steve Jobs em 1985 depois de sua saída da Apple.
29
Com a maioria dos artefatos comportando interfaces gráficas, inclusive, agora, com
tela sensíveis, as famosas Touch Screen, podemos ingressar uma imersão tecnológica jamais
imaginada. Finalizamos nossa abordagem do presente capítulo apresentando, na figura 11, a
imagem de um aparelho de telefone.
única. As inovações relatadas aqui evidenciaram com mais força a necessidade do projeto
gráfico que apresentamos no Anexo II do presente trabalho de conclusão de curso.
32
Este terceiro capítulo versa acerca dos computadores de bordo automotivos e divide-se
em duas partes. A primeira abordagem diz respeito ao conceito de computador de bordo
automotivo. Com isso pretende-se entender de forma mais precisa o objeto de estudo em que
estamos a nos debruçar na elaboração da presente monografia. Na segunda parte deste
capítulo, desenvolvemos uma breve incursão histórica para descrever o percurso histórico do
computador de bordo na indústria automotiva brasileira.
Para uma apresentação razoável deste histórico, utilizamos dados temporais e imagens
dos painéis dos carros, local onde se localizam os computadores de bordo. Este segundo
capítulo é de muita valia se considerarmos que o entendimento histórico do aumento da
importância dos computadores de bordo dos motoristas brasileiros, leva a uma dinâmica
cultural de aprovação da ferramenta em discussão. A indústria automobilística promove a
inserção de adicionais aos carros que auxiliam nossas vidas no trato com os automóveis,
igualmente, a adaptação dos motoristas a esta inserção de ferramentas, dependendo também
da facilidade e da importância delas no cotidiano do uso dos carros.
2.1 Conceitos
Agora que entendemos um pouco mais sobre o que são os computadores de bordo
automotivos, podemos ingressar com mais segurança na abordagem histórica sobre esta
ferramenta. Lembramos que esse histórico vai enfocar apenas a indústria automotiva nacional,
recorte definido na elaboração desta monografia.
5
O CS – Confort Super, diz respeito ao modelo automotivo do FIAT
34
Figura 12 – Conjunto interno com visão frontal do painel do carro Prêmio da marca FIAT
Figura 13 – Fotografia de conjunto interno com visão frontal do painel, onde podemos observar as maçanetas
satélite e o check control do carro Prêmio da marca FIAT
A figura 13, vista anteriormente, nos mostra o conjunto do painel do Fiat Prêmio CS,
no entanto, o sistema do computador de bordo era utilizado no veículo como item opcional do
modelo, no caso da figura anterior, o painel era equipado com conta-giros e caso o cliente
optasse, seu veículo era equipado com computador de bordo
35
Figura 14 – Fotografia do painel onde está o computador de bordo. Carro Prêmio da marca FIAT
Em 1989 a General Motors do Brasil passa a utilizar pela primeira vez computador de
bordo em seus carros. A linha Kadett e Monza passa a utiliza-lo como item opcional. O
primeiro a utilizar foi o Kadett, seu painel poderia vir com o computador de bordo e o
verificador de controle (check-control). Meses depois, o mesmo item seria incorporado na
linha Monza. Quando não possuía computador de bordo, em seu lugar o carro era equipado
com relógio digital, o que pode ser observado nos limites da linha vermelha na figura a seguir.
Figura 15 – Fotografia do painel do Kadett com computador de bordo do carro da marca CHEVROLET
36
Na figura 15, observamos que o computador de bordo está entre as duas entradas de ar
localizadas no painel central, que podem ser do ar condicionado ou ar normal. A figura a
seguir, corresponde ao painel de controle do carro Monza da marca Chevrolet. Destaque para
os limites da linha vermelha, local onde se encontra o computador de bordo.
Figura 16 – Fotografia do painel onde podemos observar o computador de bordo no cento. Carro Monza da
marca CHEVROLET
Assim como na figura 15, a figura 16, vista anteriormente, apresenta o computador de
bordo no centro do painel frontal do carro e que se diferencia do computador de bordo do
“Prêmio”. Segundo os critérios ergonômicos, o “Prêmio” tinha uma melhor localização.
Mesmo assim, a constatação de que qualquer computador de bordo está ou não bem
localizado diz respeito a uma questão de projeto, o que veremos mais conclusivamente no
capítulo 3, ao apresentar nossas considerações sobre localização do computador de bordo.
Mas voltemos ao nosso percurso histórico sobre nosso objeto de estudo.
Em 1993 era lançado o Monza Hi-tech, Versão limitada desse carro de grande sucesso
da Chevrolet. Essa versão possuía painel digital de cristal líquido e computador de bordo
digital. Assim como o Monza, o Kadett também possuía sua versão com um ar futurista para a
37
época. O modelo esportivo contava com painel digital de série, mas sua leitura não era melhor
que do analógico. A seguir, na figura 17 podemos visualizar o painel do Kadett GSI6.
Figura 18 – Fotografia de conjunto interno do painel digital do Monza Hi Tech e Kadett GSI.
6
Grand Sport Injection.
38
Mesmo sua leitura não sendo melhor que em um painel analógico, seu visual encanta e
contribui muito para o comportamento esportivo da versão.
logo ao lado do painel de instrumentos do veículo, essa localização fazia com que a Chevrolet
posicionasse sua interface do computador de bordo de forma que facilitasse a sua
visualização, sem que fosse preciso modificar seu painel de instrumentos, que no caso da
imagem, aparece na versão digital, que mesmo não sendo muito aceita nos padrões
ergonômicos recebia uma grande aceitação do público que admirava o visual moderno do
novo carro da Chevrolet.
Nm5y
litros de combustível existe no tanque e exibe a autonomia em quilômetros que podem ser
rodados. O cronômetro marca o tempo de um percurso do momento que foi zerado até a
consulta. A temperatura externa mostra a temperatura externa medida em graus Celsius. Essas
seis marcações são mostradas da seguinte forma: na parte superior da interface: o primeiro
mostrador informa o resultado da marcação selecionada, através da seta que pode ser passada
de marcação em marcação. Situada logo abaixo do lado das marcações. Na parte inferior da
interface é apresentado um relógio digital.
O Vectra Quando não possuía computador de bordo, em seu lugar era equipado com
relógio analógico.
Em 1995 o Fiat Tempra passa por modificações, fica mais moderno por dentro com
uma completa e moderna instrumentação. Computador de bordo de sete funções substituindo
o hodômetro parcial.
Quando não possuía computador de bordo, era equipado, em seu lugar, um relógio
digital, ou poderia vir um emblema escrito “Tempra”. Quanto com relógio digital. A cor da
iluminação do computador de bordo variava conforme a motorização: verde no motor 2.0 16V
e laranja no motor Turbo.
41
Em 1997, já com seu visual modificado em 1996, o Vectra, na sua segunda geração,
também recebe modificações no seu computador de bordo.
Figura 23 – Fotografia de conjunto interno do carro Vectra em sua segunda geração da marca CHEVROLET
O Golf se diferenciava dos demais modelos até então dotados deste equipamento, por
possuir o computador de bordo no quadro de instrumentos. Quando não equipado com o
opcional, havia um relógio digital em seu lugar.
A década seguinte foi marcada pelo lançamento do “Fiat Stilo Abarth” no ano de
2002, com computador de bordo com visor colorido. O visual estético com o tratamento
colorido do computador de bordo encantava os motoristas, porém suas funções continuavam
basicamente as mesmas dos outros computadores de bordo utilizados anteriormente.
Assim faremos nossas duas ultimas referências históricas de dois carros, o Jetta e o
Pólo. O primeiro é tido como símbolo de potência e esportividade sem deixar de ressaltar seus
traços de requinte e conforto. O segundo, está num meio termo, não se encaixando nem num
carro popular, nem num carro de luxo.
O Jetta 2011 apresenta todos os adjetivos citados acima e por isso é um dos carros “top
de linha” da Volkswagen. Está entre os carros mais cobiçados pelos admiradores de
automóveis no Brasil, mas, no entanto, ao tratarmos do nosso tema de pesquisa, que no caso é
o computador de bordo, o Jetta continua com uma interface monocromática com navegação
por texto, mantendo praticamente as mesmas funções que se tinha em computadores de bordo
dos carros da década de 1990. Também tem um acabamento estético que deixa muito a
desejar se comparados com todos os outros acabamentos estéticos dos outros itens do carro.
Vejamos na figura 26, as constatações realizadas neste parágrafo.
Na figura anterior, de número 26, podemos observar no painel central, uma tela de
LCD que funciona como rádio digital e apresenta algumas interações do ar condicionado, que
aparece logo abaixo da tela do rádio com seus botões muito bem acabados. Desta forma,
mostra uma boa apresentação estética com essa interface gráfica física. É importante ressaltar
que a tela de LCD central tem algumas interações, mas consiste basicamente em um rádio
digital, fazendo com que o projeto do Jetta necessite de duas interfaces gráficas digitais
distintas. Se, por um lado, podemos dizer que, para alguns, a quantidade de informação
gráfica e interfaces digitais podem parecer um atrativo, para muitos outros usuários, pode
causar confusão e fazer com que o computador de bordo passe a ser apenas um ornamento no
painel, sem que haja interação do motorista em questão.
Podemos observar que o painel não possui o rádio digital assim como o Jetta, seu
computador de bordo continua no centro do painel de instrumentos com a mesma interface
gráfica digital de antes, porem na cor vermelha, em contraponto, o Pólo recebeu uma
renovação no projeto interno o deixando mais confortável, usável e ergonômico.
Portanto, nessa passagem histórica da interface gráfica digital dos automóveis desde
1985, podemos observar que as funções do computador de bordo continuam as mesmas, e
nada foi acrescentado, o que ocorreu foi uma mudança na parte estética que melhorou
bastante, porem foi deixada de lado a parte usual do projeto, os fatores de usabilidade como,
por exemplo, uma interface de interação simples, informações que falem a língua do usuário.
Esse levantamento histórico foi feito e será usado com extrema importância para o nosso
projeto de forma que seja criado uma interface totalmente usual, sem complicações, tentando
agregar valores estéticos mas que não comprometam a parte funcional.
46
Seguindo as etapas de criação de Bruno Munari, como primeiro passo foi definido o
problema principal da monografia, de onde emerge o presente trabalho de pesquisa.
Corresponde aos computadores de bordo automotivos, tendo como recorte temporal, os anos
de 1985 e 2011. Como definição do problema, segundo passo, temos três principais questões:
Como a interação, a gráfica visual e a navegabilidade, entre o computador de bordo de
veículos populares e os motoristas, podem ser otimizadas a partir do design gráfico de
interfaces digitais? Essas questões definiram o problema principal de forma que,
conjuntamente, já definiram os limites dentro dos quais trabalhamos.
Depois, definimos a solução, que nesse caso mesmo parecendo algo contraditório
deverá ser técnica e satisfatória, mas que ao mesmo tempo seja simples e econômica. Ao
chegar ao terceiro passo, onde devemos analisar os componentes do problema de modo que
colocamos em evidência pequenos problemas que ao isolá-los podemos resolver com mais
tranqüilidade e clareza. Nesse caso podemos isolar Três problemas: o fato do computador de
bordo não ser um item conhecido por muitos motoristas convencionais. Alguns que conhecem
não dão o devido valor ao sistema. Não acompanhar o avanço tecnológico de outros tipos de
interface, como por exemplo, os celulares, que por ser um item de muita procura recebe muito
mais incentivo ao estudo, pesquisa e desenvolvimento de suas interfaces.
47
quando o condutor ultrapassar essa velocidade o computador de bordo emite um bip sonoro
informando na tela que o limite de velocidade foi excedido, estas opção estão dentro do menu
configurar, que só pode ser aberto com o veículo parado, motor desligado e ignição ligada.
Outro item informativo desse sistema é o comunicador de portas abertas, que através de uma
metáfora do carro visualizada na interface demonstra qual a porta esta aberta. Também é
informado a necessidade de revisão e abastecimento, estas opções estão dentro do menu
estado do veículo. Através do menu principal podemos acessar alem da opção estado do
veículo e configurar, mais duas opções, desligar, que desliga o sistema interativo de
informações do display, e computador de bordo que acessa as seguintes funções: Consumo
instantâneo, Consumo médio, Velocidade média, tempo de percurso, Distância percorrida. O
computador de bordo do Golf possui dois quadros de funções, quadro 1 e 2. O quadro 1 zera
as funções toda vez que o computador de bordo entende que é um novo percurso, ou seja a
cada vez que o veículo passar de duas horas desligado o quadro 1 será zerado. Já no quadro 2
as funções só serão zeradas pelo condutor. Alem disso, o computador de bordo do Golf nos
informa sobre o volume do rádio e algumas funções como troca das estações do radio,
equalizações e conectividade com sistema de Bluetooth e temperatura externa. Essas
informações auxiliam para que o motorista não desvie a atenção do painel.
Figura 28 – Figura do painel mostrando localização da interface digital no item 7 do carro Golf da marca
VOLKSWAGEN
Na figura anterior podemos perceber que o item 1, corresponde ao relógio digital que
se localiza no display do tacômetro no painel de instrumentos. Para realizar os ajustes do
relógio devemos girar um botão localizado logo abaixo do tacômetro para o sentido anti-
horário. Com um giro único e rápido para a esquerda avançamos uma hora. Com um giro
único e rápido para a direita avançamos um minuto. O item 2 corresponde ao tacômetro
(contagiros) que indica o número de rotações do motor por minuto. O item 3 corresponde ao
indicador de temperatura do liquido de arrefecimento.
Uma questão rica para o nosso estudo de controle de checagem, mesmo não sendo o
tema principal da nossa pesquisa mas foi um item que analisados bastante, é o fato de que em
todos os carros analisados, a metáfora da bomba de gasolina, que indica que o carro entrou na
reserva e precisamos abastecer sempre é acompanhada pela mangueira da bomba em sua
figura ilustrativa. No entanto, o lado em que a mangueira é desenhada no painel de controle,
no carro representa o lado onde é posicionado o bocal de abastecimento do veículo.
Figura 29 – Figura do painel mostrando localização dos botões que controlam a interface digital no item 7 ( A
seleciona função, B passa para outra função) do carro Golf da marca VOLKSWAGEN
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Figura 30 – Figura do painel mostrando localização da interface digital no item 5 do carro Gol da marca
VOLKSWAGEN
Figura 31 – Figura do painel mostrando localização dos botões que controlam a interface digital no item 7 ( A
seleciona função, B passa para outra função) do carro Golf da marca VOLKSWAGEN
consumidor já esta vendo o computador de bordo como item de série, ou seja, é praticamente
impossível uma montadora vender um carro top de linha sem computador de bordo. Porem
existem consumidores que optam por carros populares por serem veículos que visam
economia, tanto de combustível como também de manutenção. Nesses casos o consumidor se
torna mais exigente, e na maioria das vezes optam por itens de segurança e conforto optando
pela instalação de computadores de bordo em seu veículo.
A segunda concessionária onde realizamos entrevista foi a San Marino, revenda Fiat
da cidade de Pelotas, onde fomos atendidos pelo vendedor Henrique, que nos ajudou a
realizar as análise dos computadores de bordo e nas respostas para o questionário. A primeira
pergunta do questionário, quais os carros da Fiat que possuem computador de bordo?
Obtivemos como resposta o modelo Linea, novo Palio e também a nova Freemont. No caso,
esses eram os que estavam na concessionária no momento da nossa visita, e disponíveis para a
análise.
O línea é um sedan de médio porte bem equipado, porem seu computador de bordo
também se encontra localizado no meio do painel central, e aparentemente apresenta as
mesmas funções do computador de bordo analisado nos carros da Volkswagen, é claro que
com algumas mudanças no projeto, mas muito parecido.
No entanto, por ser um carro top de linha, e não apresentar inovações em relação ao
computador de bordo optamos por seguir as análises, e fomos ao computador de bordo do
novo palio, que no entanto era um carro popular, mas já estava subindo de nível. A versão
mais barata, Attractive 1.0 era encontrada por R$ 32.990 e já vinha com computador de bordo
de série. O computador de bordo já estava incluso no preço, como era um item de série, os
vendedores não sabiam quanto agregava no valor do veículo, porem fomos informados que
não havia diferença em relação a funções nos projetos dos computadores de bordo da linha
2011, o que mudava era a versão, no exemplo do Palio existiam 6 versões diferentes, abaixo
mostraremos a figura do painel na versão Sporting, que se diferenciava pelo dizer “Sporting”
no painel junto ao computador de bordo, sem contar mudanças na cor do painel e motor 1.6.
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Figura 32 – Figura do painel mostrando localização do computador de bordo do carro Palio Sporting da marca
FIAT
Na figura 32, podemos perceber a localização do computador de bordo, pois na
imagem tem um quadrado em vermelho que ilustra o objeto de estudo. A seguir, observamos
na figura 33, o computador de bordo em um enquadramento focado apenas no painel digital
do carro.
Figura 33 – Figura do painel mostrando localização do computador de bordo aproximada do carro Palio
Sporting da marca FIAT
analisado nos computadores de bordo da Volkswagen, tanto que sabíamos utilizar melhor que
os funcionários da concessionária, que estavam auxiliando na explicação. Diante disso,
optamos por não analisar as funções e fomos ao ultimo carro analisado na concessionária San
Marino, A Freemont. Após a Fiat comprar uma parte da Chrysler, surge o primeiro carro
montado através dessa parceria, a Freemont. É uma SUV, segmento definido pela sigla
inglesa Sport utility vehicle que mantém os padrões de luxo e conforto dos carros da Chrysler.
A Freemont é a mesma Dodge Journey comercializada nos Estados Unidos, a diferença está
principalmente no motor, que na Journey é utilizado Pentastar 3.6 V6, com 280 cv e câmbio
automático de seis velocidades com trocas seqüenciais, enquanto na Freemont é utilizado
motor 2.4 de 174 cv e câmbio automático de apenas quatro marchas.
Após ser feita a análise conseguimos comprovar que sua interação possui as mesmas
limitações feitas na análise do Volkswagen Jetta, porém o que mais surpreendeu foi o
acabamento estético, tanto do painel quanto das interfaces gráficas do computador de bordo e
tela multimídia sensível ao toque. Abaixo podemos observar na figura 00 mostrando o painel
da Freemont.
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Figura 34 – Figura do painel mostrando localização do computador de bordo e tela central de 4.3 polegadas da
Freemont da marca FIAT
Figura 35 – Figura do painel mostrando localização aproximada da tela central de 4.3 polegadas da Freemont da
marca FIAT
Por último perguntamos aos vendedores da San Marino se existia procura por carros
com computador de bordo, e as respostas foram parecidas com as obtidas na Panambra. Foi
comentado que existe procura pelo item, a não ser o comprador que está adquirindo um carro
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para trabalho ou funções desse tipo. Portanto, ao observar as demais análises feitas nas
concessionárias Marvel, Uvel, Lagoasul e Daisul, foi constatado que as respostas iam de
encontro as obtidas já nas primeiras aplicações dos questionários e os computadores de bordo
não acrescentavam informações ao nosso trabalho, pelo contrário, os projetos se mantinham-
se os mesmos.
O quinto passo proposto por Munari consiste em uma análise dos dados já coletados,
e é nesse momento que iremos pegar as boas idéias, e jogar fora o que não funciona ou da
algum tipo de problema como, por exemplo, os botões da interface física que controlam os
computadores de bordo dos carros da Volkswagen citados logo acima. Suas interfaces são
posicionadas na alavanca do limpador de pára-brisas. Isso não ocorre somente nos carros da
Volkswagen, tembém acontece nos carros da Fiat e Ford, porem não fazia sentido citar na
análise anterior. Após observar que os sistemas eram praticamente idênticos, ou seja a única
mudança notada foi os nomes dados para as interfaces físicas de acesso ao computador de
bordo, enquando os carros da Volkswagem apresentam o botão “enter”, na Fiat o botão
aparece com o definição “Trip” fora isso haviam diferenças mínimas, o sistema era o mesmo
e funcionavam com a função de duas memórias, o que é um fato positivo nos computadores
de bordo usados hoje em dia. O processo de interação dos carros mais luxuosos funcionam
através de uma inteface gráfica digital localizada no painel central, logo acima do ar
condicionado do veículo. Essa interface nada mais é que um rádio digital onde algumas
opções são comunicadas a ela, como, por exemplo, ao aumentar o ar condicionado aparece
uma ilustração mostrando que a ação foi realizada, mas essas são interações limitadas que por
serem limitadas confundem quem não conhece o carro. Muitos acham que aquela tela é o
computador de bordo, sendo que a interface gráfica digital do computador de bordo
continuam no painel de instrumentos e ainda é monocromática. Ao aparecer opções do ar
condicionado na interface do painel central, muitos acreditam que ali é a tela do ar
condicionado. Ou seja, essa interação acaba atrapalhando a usabilidade do sistema.
Portanto, estamos chegando aos últimos passos, e como cita Munari (1981), o
processo não e fixo nem completo, cabe ao designer estabelecer passos que resultam aos seus
melhores resultados, e, no entanto a verificação de entendimento da interface não gerou
dúvidas em sua tela inicial, o que nos leva a construção final das telas do protótipo.
59
Em relação à estética do painel, esta foi desenvolvida para ser a mais simples possível,
retirando botões e luzes desnecessárias, atrelando sistemas (radio, ar condicionado e
computador de bordo) deixando com um visual mais agradável, de forma que a atenção do
motorista não será atraída para locais sem funções. Com um painel mais simples pode-se
reduzir gastos, que poupados com recursos que não teriam importância, podem ser destinados
a tecnologia da interface, que nesse caso será acessada por toque na tela. Na opinião de Dul
(2004) Touch-screens são recomendáveis para usuários inexperientes, eles “são vantajosos
para usuários inexperientes devido ao relacionamento direto entre aquilo que os olhos vêem e
as mãos fazem.” (DUL, 2004, p. 56).
interface, usuário, tarefa e ambiente” (CYBIS, 2010, p. 16), assim, o computador de bordo
está rodeado de equipamentos que estão ao alcance do motorista e isso deve ser considerado
em um projeto. É uma questão de projeto, o computador de bordo estar ou não no centro do
painel.
Ao longo da história vimos que o computador de bordo foi afixado no painel defronte
ao motorista e isso, de forma alguma, correspondeu a uma deficiência, porque entendemos
que a visualização do computador de bordo não é contínua, logo, insistimos que é uma
questão de projeto.
Nas linhas que se seguem, apresentamos uma descrição das 34 telas produzidas, que
correspondem ao protótipo do computador de bordo automotivo, que consiste em um dos
objetivos do presente trabalho. Estas telas podem ser visualizadas no CD que vai juntamente
com a monografia textual. Na tela 1, tela de abertura do sistema central de interação
denominado APN-17, que aparece quando o sistema é inicializado, após o motorista girar a
chave até o segundo estágio da ignição, podemos visualizar o logotipo da Volkswagen com as
palavras de apresentação ao motorista. A tela 2 mostra duas engrenagens através de
simbologia com o complemento tipográfico com o dizer ao condutor “por favor, verifique se
o câmbio esta em neutro!”, essa tela demonstra um aviso que o sistema envia onde o carro não
pode ser ligado quando estiver engatado, com a finalidade da evitar batidas ou imprevistos.
Esse elemento funciona do seguinte modo: o motorista, que já está com a chave no segundo
estágio, mesmo girando para o estágio 3 não liga o carro, a mensagem aparece dando um
retorno sobre o motivo do carro não ligar, dessa forma o motorista não fica sem saber o que
esta acontecendo com o seu carro. O veículo pode ser ligado normalmente quando o motorista
ligar o carro pressionando a embreagem. A tela 3 Mostra uma figura de um gol com as portas,
capô e porta-malas aberto, com o seguinte dizer, “por favor, para sua segurança feche a
porta!”. É mais uma das telas de avisos, que nesse caso esta com todas as portas, capô e porta-
malas abertas, caso esteja uma só das partes abertas o sistema central de interação do veículo
irá exibir a tela com a figura mostrando apenas a parte que esta aberta, como podemos
visualizar na segunda tela 3, onde só a porta do motorista aparece aberta. Já na terceira figura
3 observamos o carro com a mesma imagem anterior, mas escuro, essa tela nos mostra quando
7
APN-1 corresponde às iniciais do nome do autor, Angelo Piegas Neves. O número 1 é alusivo ao primeiro
computador de bordo designado a linha popular.
62
o motorista toca na figura, informando ao sistema que entendeu e ignorou o recado, isso pode
acontecer quando o motorista esta manobrando ou andando em um pequeno percurso com a
porta aberta mas não quer fechar, e, assim, prefere deixar ela entre-aberta e seguir usando as
outras funções do sistema central.
A tela 4 é mais uma das telas de aviso, possui figura de uma pessoa com o cinto de
segurança, e o dizer “por favor, para sua segurança coloque o cinto!”. Da mesma forma que a
tela de portas abertas essa também pode ser ignorada, como podemos observar na figura 4-2,
pois o motorista pode estar estacionando em sua garagem, ou em local onde não é preciso o
uso obrigatório de cinto. A tela 5 mostra a figura de duas ferramentas cruzadas com o dizer
“por favor, compareça em uma concessionária para realizar sua revisão programada!”, essa
tela refere-se a revisão dos 10 mil quilometro, colocada na tela 24, onde é feita a revisão
programada. A tela 5 mostra o momento onde o motorista fez o toque na tela ignorando a
informação, essa opção e feita para poder acessar o sistema de interação, mas a revisão deve
ser feita da mesma forma, caso o motorista não se dirija a concessionária e realize a sua
revisão, a tela volta a aparecer, toda vez que o veículo for ligado.
A tela 6.2 nos mostra a tela inicial quando alguma função esta ligada, mas estamos
interagindo nessa tela inicial, indo usar outra função. Nesse caso, observamos que o rádio esta
ligado. A tela 7 mostra a função computador de bordo, onde podemos observar as cinco
funções, que são elas: consumo instantâneo, consumo médio, velocidade média,
hodômetro/cronômetro e autonomia. No canto superior esquerdo temos a opção de
informação, onde, quando clicada, como podemos observar na tela 8, apresenta uma caixa de
texto que pode ser lida ou/e ouvida quando clicado no botão ouvir, a leitura sonora é feita pelo
sistema de som do veículo. Na tela 9 podemos observar a opção consumo instantâneo, que
apresenta a informação de consumo instantâneo de combustível do veículo. Da mesma forma,
na tela 10 apresenta a opção: informação clicada. Na tela 11 informa o consumo médio, que
mostra o consume médio de combustível que o caro esta fazendo desde a ultima vez em q o
sistema foi zerado. Essa medida pode ser realizada por duas memórias conforme observamos
no canto superior direito. A memória 1 é zerada automaticamente a cada duas horas em que o
carro fica desligado, já a memória 2 é continua, informando o seu consumo em cima de uma
média maior. A tela 13, apresenta a marcação da velocidade média, que também possui duas
memórias e é feita durante o tempo em que o sistema não foi zerado. Na tela 14 observamos a
opção: informação clicada. A tela 15 informa medidas do hodômetro e cronômetro, fazendo
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relações entre quilometragem e tempo. Também possui duas memórias e a opção informação
é observada na tela 16. A tela 17 informa a autonomia do veículo, ou seja, quantos
quilômetros o carro pode rodar com a quantidade de combustível existente no tanque, a opção
informação é mostrada na tela 18. Já a tela 19 apresenta a opção rádio, que tem em suas
funcionalidade, sistema de busca por estações automáticas, na parte superior central existe
uma memória para quatro estações que o motorista pode escolher suas preferências e, quando
quiser ir para suas estações preferidas é só clicar um botão. Na parte central da tela
observamos a estação que esta tocando já nomeada automaticamente. Nos cantos da parte
central existem dois botões caso o motorista queira fazer uma busca por estações. No lado
esquerdo, temos os botões de volume, que também podem ser acessados por controles de
volume no volante, se assim equipado, já no canto superior direito temos os botões de
freqüência, onde podemos selecionar entre AM e FM, e logo abaixo, temos o controles da
saída de áudio por zonas, onde na opção 1, o som sai por todo o sistema do carro, já na opção
2 o som fica somente na parte da frente do habitat e, na parte inferior esta um sistema de
ajuste de equalização manual, que na maioria dos sistemas de sons vendidos hoje em dia são
automáticos ou pré-definidos. Caso o condutor preferir, pode selecionar a equalização
automática situada no canto inferior direito da tela. Tela 20 apresenta a interface gráfica do ar
condicionado do carro, que possui sistema de recirculação do ar, onde o sistema de ar é
fechado, impossibilitando a entrada de ar de fora do veículo, é muito usado quando se esta
passando por locais onde o ar é poluído eu tem cheiro forte, ou seja, possui acesso ao
desembaçador. Regulagem automática e manual, botões para direcionamento do ar e saída de
ar por zonas, onde podem ser definidas temperaturas diferentes. Na parte central é mostrado
as opções que estão sendo usadas. N tela 21 é apresentada a tela da opção de manutenção do
veículo onde observamos duas opções: revisão programada e medidas de segurança, alem do
botão: informação, que é exibido como clicado na tela 22. A tela 23 mostra a tela de revisão
programada onde é colocada a revisão dos dez mil quilometro na concessionária, também
possui a opção informação que é observada como clicada na tela 24, a tela 25 apresenta as
opções de medidas de segurança, onde temos três opções, são elas: Pressão dos pneus, nível
do óleo do motor e nível da água do reservatório.
A opção informação é vista na tela 26. A tela 27 mostra a opção Pressão dos pneus,
onde podemos observar como está à calibragem dos pneus no devido momento, isso é
possível pela interface gráfica digital que apresenta uma imagem de um carro com os pneus e
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em seus lados as quantidades de ar em psi. Do lado esquerdo podemos ter referencias de qual
a calibragem certa para o veículo. A tecla informação clicada é observada na tela 28.
A tela 29 nos mostra o nível de água no reservatório, através de medidas ,onde quando
está abaixo do nível completar devemos dar a manutenção completando o nível de água. Na
tela 30 observamos a opção informação clicada. Tela 31, demonstra a opção nível do óleo do
motor que da mesma forma que o da água deve ser completado quando chega no nível
completar que aparece em azul na tela, porem essa manutenção deve ser feita na
concessionária. A seguir podemos observar a tela de manutenção do veículo, parte do
protótipo do computador de bordo proposto nesta monografia.
Como forma de explicitar a necessidade de uma das regras de ouro de Agner (2003),
apresentamos a seguir, na figura 39, a tela do ar condicionado.
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Para alterar a memória de um botão basta ir para alguma opção de tela existente no
sistema e segurar um dos botões que deseja memorizar por cinco segundo, quando essa
operação for feita, por um botão que estava com outra memória armazenada anteriormente,
essa passa a não existir em nenhum outro botão do painel, sendo necessário que seja
armazenada na memória de outro botão.
Durante a utilização dos botões digitais, também existem funções de atalho, como, por
exemplo, na utilização do ar condicionado, o menu de controle de temperatura pode ser
clicado por setas laterais, ou arrastado pelo botão do meio, dessa forma o sistema é entendível
e usável por todos os usuário, seja ele experiente ou básico.
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Com isso, finalizamos este terceiro capítulo que teve, dentre outras finalidades
apresentar algumas telas do protótipo do computador de bordo automotivo.
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CONCLUSÃO
Sem dúvida as tecnologias empregadas nos computadores de bordo vão seguir sua
trajetória de inovação e inventividade. Nossa proposta, tanto de análise histórica e técnica do
percurso dos computadores de bordo automotivos, quanto do projeto gráfico, tem a finalidade
de, através das reflexões efetuadas ao longo desta monografia, proporcionar melhoramentos
dos mais diversos, estes melhoramentos vão desde a afixação geográfica do computador de
bordo até questões que dizem respeito a identidade visual e aplicação de elementos visuais do
design gráfico e digital.
Por fim cabe ressaltar que o processo de produção das telas, do protótipo, tiveram a
intenção de proporcionar simplicidade no layout, na utilização de poucos elementos estéticos
e mais elementos informativos. Com isso, acreditamos que a presente monografia possa
auxiliar de forma a contribuir com a indústria automobilista em efetivar uma usabilidade mais
intensa com relação aos computadores de bordo, promovendo a qualidade no ato de dirigir.
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KRUG, Steve. Não me faça Pensar: uma abordagem do bom senso a usabilidade na
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Conceito: São Paulo, 2007.
MANOVICH, Lev. The language of new media. London: the MIT Press, 2001
MUNARI, Bruno. Das Coisas Nascem Coisas. Portugal: Edições 70, 1981.