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Análise Conformacional e Esterioquímica de Compostos


Orgânicos

► Análise Conformacional de Alcanos

▪ Objetivo principal: Entender como forças intramoleculares tornam alguns


arranjos espaciais mais favoráveis energeticamente do que outros.

Ligações Sigma e Rotação de Ligação:

i) Grupos ligados por apenas uma ligação sigma podem sofrer rotações em
torno daquela ligação.

ii) Qualquer arranjo tridimensional de átomos que resulta da rotação em torno


de uma ligação simples é chamado de conformação.

iii) Uma análise da variação de energia que a molécula sofre com grupos
girando sobre uma ligação simples é chamada de análise conformacional.

▪ Lembrar sempre: Moléculas orgânicas são objetos tridimensionais.

► Modos de Representar Moléculas Orgânicas

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▪ De acordo com o ângulo diedro, os grupos podem ser classificados em:


Eclipsados, Gauche e Anti.

Eclipsados Gauche Anti

► Análise Conformacional do Etano

i) Conformação mais estável é a conformação alternada. Ocorre a máxima


separação possível dos pares de elétrons das seis ligações C-H.

ii) Conformação menos estável é a conformação eclipsada. Requer a


interação repulsiva máxima entre os elétrons das seis ligações C-H.

Lembrar que: maior energia → menor estabilidade

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▪ Diferença de energia entre as duas conformações do etano: 3 Kcal/mol (12


KJ/mol). Esta diferença de energia é chamada de energia torsional.

▪ Na temperatura ambiente: 100 da conformação alternada pra 1 da


eclipsada.

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► Análise Conformacional do Butano

▪ Comparação entre conformações gauche e anti:

▪ Temperatura de 25 °C: 72% anti e 28% gauche.

▪ Importante:

▪ As barreiras de rotação na molécula do butano e do etano são pequenas


demais para permitir o isolamento dos confôrmeros em temperaturas
próximas ao ambiente. Podemos considerar que a rotação das ligações é
livre.

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► Estabilidade Relativa dos Cicloalcanos: Tensão de Anel

▪ Os cicloalcanos diferem em suas estabilidades relativas.

▪ O cicloalcano mais estável é o cicloexano.

► Origem da Tensão de Anel no Ciclopropano e butano:

▪ Razões da tensão de anel do ciclopropano:

i) Tensão angular: Energia necessária para distorcer os carbonos tetraédricos


de modo a permitir a sobreposição dos orbitais. Notar que não é possível uma
sobreposição dos orbitais sp3 dos átomos de carbono de maneira tão
eficiente quanto em outros alcanos.

ii) Tensão torsional: hidrogênios eclipsados.


▪ Ciclobutano possui tensão de anel como o ciclopropano.

▪ No ciclobutano, a distorção da planaridade diminui a tensão torsional


com relação ao ciclopentano.

▪ Tensão angular também é menor do que no ciclopropano.

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▪ A figura mostra a conformação distorcida ou reversa do ciclobutano.

► Análise Conformacional do Ciclopentano

▪ A tensão de anel no ciclopentano é menor do que no ciclopropano e no


ciclobutano.

▪ No ciclopentano, a conformação mais estável é a distorcida.

▪ A conformação distorcida diminui a tensão torsional. A planaridade iria


introduzir considerável tensão torsional, pois todos os 10 átomos de
hidrogênio estariam eclipsados.

► Análise Conformacional do Cicloexano: Conformações


Possíveis
▪ Conformação tipo cadeira: não tem tensão angular e torsional.

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▪ Arranjo alternado do substituinte na conformação cadeira:

▪ Conformação tipo bote:

i) não tem tensão angular, mas tem tensão torsional.

ii) Tem energia mais elevada do que a conformação cadeira.

▪ Conformação bote torcido é mais estável do que a bote, já que


a tensão torsional é menor.

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► Análise Conformacional do Cicloexano: energia relativa

▪ Como a conformação cadeira é mais estável do que as outras, mais de 99%


das moléculas estão em um dado instante na conformação cadeira.

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► Análise Conformacional do Cicloexano: Átomos de


Hidrogênio Axial e Equatorial

▪ No cicloexano observamos dois tipos de hidrogênio:


a) 6 ligações C-H axiais
b) 6 ligações C-H equatoriais

▪ Quando passamos de cadeira para outra, todas as ligações que eram


axiais se tornam equatoriais e vice-versa.

▪ Temperatura ambiente: 100.000 conversões por segundo!

► Como Desenhar um Cicloexano

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► Análise Conformacional do Cicloexano: Conformações do


Metilcicloexano: Interação 1,3-Diaxial

▪ A conformação com o grupo metila em equatorial é cerca de 1,7 Kcal/mol


mais estável do que aquela com a metila em axial.

▪ Na temperatura ambiente, 95% das moléculas do metilcicloexano estão na


conformação com a metila em equatorial.

▪ A tensão causada pela interação 1,3-diaxial no metilcicloexano é similar


àquela causada pela proximidade dos átomos de hidrogênio dos grupos
metila na forma gauche do butano.

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► Análise Conformacional do Cicloexano: Conformações do t-


Butilcicloexano
▪ A conformação do t-butilcicloexano com o grupo t-butila equatorial é 5
kcal/mol mais estável do que conformação com o grupo axial.

▪ Na temperatura ambiente, 99,99% das moléculas possuem o grupo t-butila


na posição equatorial.

► Cicloalcanos Dissubstituídos: Isomerismo cis/trans


▪ Substituintes do mesmo lado do anel: cis.
▪ Substituintes em lados opostos: trans
Exemplos:

▪ cis- e trans-1,2-Dimetilciclopentanos são estereoisômeros. São


diastereoisômeros!
Exemplo 1: trans-1,4-Dimetilcicloexano: 99% das moléculas em diequatorial.
Diferença de energia: 3,4 Kcal/mol.

Exemplo 2: cis-1,4-Dimetilcicloexano: As duas conformações tipo cadeira são


equivalentes.

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▪ Quando um grupo alquila é maior do que o outro, a conformação mais


estável será aquela em que o grupo mais volumoso encontra-se na posição
equatorial.

Exemplo: trans-1-t-butil-3-metilcicloexano

► Bicíclicos e Policíclicos

▪ Decalina (biciclo[4,4,0]decano).

▪ A decalina exibe isomerismo cis-tran:

cis-Decalina trans-Decalina

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cis-Decalina trans-Decalina

▪ Adamantano: um sistema triciclico que contém anéis ciclohexano, todos os


quais estão na forma cadeira.

Adamantano
▪ A grande dureza do diamante resulta do fato que o cristal inteiro de
diamante é realmente uma molécula muito grande, que se mantem integra
pela ação de milhões de fortes ligações covalentes.

Parte da estrutura do diamante

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► Estereoquímica: moléculas quírais


► Origem histórica da Estereoquímica

▪ Estereoquímica: fundado por Louis Pasteur em 1848.

▪ Van’t Hoff e Lê Bel concluíram que a orientação no espaço de grupos ao


redor de átomos de carbono é tetraédrica.

▪ É encontrado somente um composto com a fórmula geral CH3X.

▪ É encontrado somente um composto com a fórmula CH2X2 ou CH2XY.

▪ Dois compostos enantiômeros com a fórmula CHXYZ são encontrados.

H
H H C
C H H C
H H H H H H
H
Planar Pyramidal Tetrahedral

X Y H H X H
C C C
H H H H H Y
Cis Trans
C C C
X Y H H X H
H H H H H Y
Cis Trans

H H
rotate 180 o
Y C C Y
H H X
X

H H

Y C C Y
X Z Z X

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► ISOMERISMO: ISÔMEROS CONSTITUCIONAIS E ESTEREOISÔMEROS

▪ Isomeros são compostos diferentes que têm a mesma fórmula molecular.

▪ Isômeros Constitucionais são isômeros que diferem devido a seus átomos


estarem conectados em uma ordem diferente.
Fórmula Molecular Isômeros Constitutionais
CH3
CH3CH2CH2CH3 e
C4H10 H3C CH CH3
Butano Isobutano
Cl
CH3CH2CH2Cl e
C3H7Cl H3C CH CH3
1-Cloropropano 2-Cloropropano
CH3CH2OH e CH3OCH3
C 2H 6O
Etanol Dimetil éter

▪ Estereoisômeros diferem somente pelo arranjo de seus átomos no

Cl H Cl H
C C
C C
espaço. Cl H H Cl

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cis-1,2-Dicloroeteno (C2H2Cl2) trans-1,2-Dicloroeteno (C2H2Cl2)

▪ Os estereoisômeros podem ser divididos em duas categorias: os


enantiômeros e os diasteroisômeros.

▪ Enatiômeros são estereoisômeros cujas moleculas são imagens


especulares uma da outra que não se superpõem.

H Me Me H

Me H H Me
trans-1,2-Dimetilciclopentano (C7H14) trans-1,2-Dimetilciclopentano (C7H14)

Diastereomeros são estereoisômeros cujas moléculas não são imagens


especulares uma da outra.

Me Me Me H

H H H Me
cis-1,2-Dimetilciclopentano trans-1,2-Dimetilciclopentano
(C7H14) (C7H14)

► ENANTIÔMEROS E MOLECULAS QUIRAIS

▪ Uma molécula quiral se define como uma molécula que não é idêntica a
sua imagem diante de um espelho.

▪ Objetos (e moléculas) que se superpõem à respectiva imagem especular


são aquirais.

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▪ A Figura mostra a imagem da mão direita e esquerda que não se


superpõem.

▪ A Figura mostra a tentativa fracassada de superpor os modelos


enantiômeros tridimensionais I e II do 2-butano.

▪ Um estereocentro se defini como um átomo a que estão ligados grupos de


tal natureza que a permuta de quaisquer um dos dois grupos provoca a
formação de um esterioisômero.

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▪ Um átomo tetraédrico com quatro grupos diferentes que se ligam é um


estereocentro ( centro quiral, centro estereogênico).

▪ Um átomo de carbono tetraédrico com quatro grupos diferentes ligados é um


carbono assimétrico, como mostrado na figura.
(hydrogen)
H
1 2 3 4
(methyl) H C *C CH CH (ethyl)
3 2 3

OH
(hydroxyl)

▪ A Figura apresenta uma demonstração da quiralidade de uma molécula


generalizada contendo um estereocentro tetraédrico:

(a) Os quatro grupos diferentes nos carbonos III e IV são arbitrários.

(b) III gira e é colocado diante de um espelho. Verifica-se que III e IV são
relacionados com um objeto e sua imagem especular.

(c) III e IV não são superpostos; então, as moléculas que eles representam
são quirais e são enantiomeros.

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CH3 CH3 H3CCH3


H HO H OH
OH H H OH
CH
CH3 CH3 H 3C 3
(a) (b)
Como exemplos têm:

(a) Mostra o 2-Propanol (V) e sua imagem especular (VI).

(b) Quando qualquer das duas estruturas gira, é possível superpor uma à
outra e por isso não representam enatiômeros. Representam duas moléculas
do mesmo composto. O 2-Propanol não tem um estereisômero.
►A IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA DA QUIRALIDADE

▪ A quiralidade é um fenômeno que permeia todo o universo.

▪ O corpo humano é estruturalmente quiral. Com o coração à esquerda do


plano central e o fígado à direita.

▪ Muitos vegetais exibem quiralidade na forma como se enroscam nos


elementos de apoio.

i) A madressilva, Lonicera sempervirens, enrosca-se segundo hélice


levógira.

ii) A adelaide, Convolvulusarvensi, enrosca-se em hélice dextrógira.

▪ A maior parte das moléculas que compõem as plantas e animais são quirais,
e usualmente apenas uma forma de molécula quiral ocorre em uma certa
espécie.

▪ Todos os 20 aminoácidos que constituem as proteínas de ocorrência natural


são quírais, e todos são classificados como esquerdo (configuração S).

▪ As moléculas de açúcares naturais são quase todas classificadas como


sendo direitas (configuração R), inclusive o açúcar que ocorre no DNA.

▪ O próprio DNA tem uma estrutura helicoidal, e todos os DNA que ocorrem
naturalmente espiralam para a direita.

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► Quiralidade e Atividade Biológica


CH3 CH3

S Limonene R
H H
CH3 CH2 H2C CH3
lemon odor orange odor

CH3 CH3
O O
S Carvone R
H H
CH3 CH2 H2C CH3
spearmint fragrance caraway seed odor

H 2N CO2H HO 2C NH 2
S Asparagine R
O H NH 2 H
NH 2O
bitter taste sweet taste

CO2H HO 2C
S H Dopa H R
NH 2 NH 2
HO (3,4-dihydroxyphenylalanine)
OH
OH OH
Anti-Parkinson's disease Toxic

HO H H
H HO H
N N
CH3 CH3
S Epinephrine R
HO OH
OH OH
Toxic hormone

H H
O N O O N O
O O
S H Thalidomide R
N N
sedative, hypnotic H
O O
teratogenic activity causes NO deformities

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► Quiralidade e atividade biológica:


▪ Limoneno: S-limoneno é responsável pelo odor do limão, e o R-limoneno
pelo odor da laranja.

▪ Talidomida: costumava aliviar os sintomas de náuseas matinais em


mulheres grávidas até antes de 1963.
i) O S-enantiômero era a causa dos defeitos congênitos de nascimento.
iI) Sob condições fisiológicas, os dois enantiômeros são interconvertidos.

▪ A origem de propriedades biológicas relativas a quiralidade:

▪ O fato do enantiômero de um composto não cheira o mesmo sugere que


os locais do receptor no nariz para estes compostos sejam quirais, e só o
enantiômero correto ajustará no seu local particular (da mesma maneira que
uma mão exige uma luva de quiralidade correta para um ajuste adequado).

▪ A ligação específica de uma molécula quiral (como uma mão) em um


receptor quiral local é somente favorável em uma maneira.

i) Se a molécula ou o receptor biológico local não tiverem se ajustado, a


resposta fisiológica natural (por exemplo impulso neural, catalisador de
reação) não aconteceram.

▪ Por causa do estereocentro tetraédrico do aminoácido, três pontos podem


fazer ligação com alinhamento adequado para um só dos enantiômeros.

A Figura mostra que só um dos dois enantiômeros aminoácidos pode


alcançar os três pontos de ligação hipotéticos (por exemplo, em uma enzima).

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► Testes para Quiralidade: Planos de Simetria

▪ Superposição dos modelos de uma molécula e sua imagem:

▪ Se os modelos são superpostos, a molécula que eles representam é


aquiral.

▪ Se os modelos não são superposto, as moléculas que eles representam são


quirais.

▪ A presença de um único estereocentro tetraédrico, molécula quiral.

▪ A presença de um plano de simetria (também chamado de plano especular),


molécula aquiral.

▪ Um plano de simetria é um plano imaginário que bifurca uma molécula de


tal forma que as duas metades sejam imagens especularem uma da outra.

▪ O plano pode passar pelos átomos, ou entre átomos, ou ambos.

(a) O 2-cloropropano tem um plano de simetria e é aquiral.

(b) O 2-clorobutano não possui um plano de simetria e é quiral.

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► NOMENCLATURA PARA ENANCIOMEROS: O SISTEMA (R-S)


▪ Designação para o Estereocentro
2-Butanol (alcool sec-Butil):

CH3 CH3
HO H H OH
C C
CH2 CH2
CH3 CH3
I II

▪ R. S. Cahn (Inglaterra), C. K. Ingold (Inglaterra), e V. Prelog (Suiça) inventou


o sistema (R–S) (Regra de seqüência) para designar a configuração quiral
dos átomos de carbono.
▪ (R) e (S) vêm das palavras latinas rectus (direito) e sinister (esquerdo):
▪ Configuração: a estereoquímica absoluta para um estereocentro.

► O Sistema (R-S): (Sistema Cahn-Ingold-Prelog)


▪ Cada um dos quatro grupos presos ao estereocentro é atribuído uma
prioridade com base no número atômico.

▪ O grupo com o número atômico mais baixo recebe a prioridade mais


baixa, 4; o grupo com número atômico mais alto próximo recebe a
prioridade mais alta próxima, 1; e assim por diante.

▪ No caso de isotopes, o isotopo de maior massa atômica tem prioridade mais


alta.

▪ Atribuição de uma prioridade no primeiro ponto de diferença. Quando uma


prioridade não puder ser atribuída com base no número atômico dos átomos
que são diretamente ligados ao estereocentro, então o conjunto próximo de
átomos nos grupos é examinado.
H
H H
2 or 3 C 3 (H, H, H)
CH3 1 HO H 4
C
1 HO H4 H H
C C 2 (C, H, H)

2 or 3 CH2 C
H H
CH3 H

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▪ Visualize a molécula com o grupo de prioridade mais baixa apontando para


longe de nós.

▪ Se a direção da prioridade mais alta (1) para a próxima mais alta (2) para a
próxima (3) está à esquerda, o enantiômero designado é o S.

▪ Se a direção está à direita, o enantiômero designado é o R.

1 OH 1 4 3
CH3 3 HO H CH3
H C C
2 COOH COOH
(L)-(+)-Lactic acid 2
Configuração S

3 CH3 3 H4 1
OH 1 H3C OH
H C C
2 COOH COOH
(D)-()-Lactic acid 2
Configuração R

(S)-(+)-ácido láctico e (R)-(–)-ácido láctico

3 CH3 3 H4 1
OH 1 H3C OH
H C C
2 CH2CH3 CH2CH3
(R)-()-2-Butanol 2

1 OH 1 4 3
CH33 HO H CH3
H C C
2 CH2CH3 CH2CH3
(S)-(+)-2-Butanol 2

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▪ O sinal de rotação óptica não é relacionado à designação de R,S.

▪ Os grupos contendo dupla ou triplas ligações possuem prioridade atribuída


como se ambos os átomos fossem duplicado ou triplicado.
(Y) (C)
C Y as if it were C Y C Y as if it were C Y
(Y) (C) (Y) (C)

1 4H 3
H2N CH3
C

COOH
2
(S)-Alanina [ácido (S)-(+)-2-Aminopropiônico], []D = +8.5°

1 4 3
HO H CH2OH
C

CHO
2
(S)-Gliceraldeido [(S)-(–)-2,3-diidroxipropanal], []D = –8.7°

Configuração para (+)-alanina e (–)-gliceraldeido:


Ambos possuem configuração S

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► Propriedades dos Enantiômeros: Atividade óptica

▪ Enantiômeros tem propriedades físicas idênticas como pontos de


ebulição, fusão, índices de refração, e solubilidades nos mesmos solventes
exceto rotações óticas.

▪ Muitas destas propriedades são dependentes na magnitude das forças


intermoleculares operando entre as moléculas, e para moléculas que são
imagens especulares uma da outra estas forças são idênticas.

▪ Enantiômeros tem espectro de infra-vermelho, ultravioleta, e RMN


idênticos se eles forem medidos em solventes aquirais.

▪ Enantiômeros tem taxas de reações idênticas com reagentes aquirais.

Propriedades Físicas para o (R)- e o (S)-2-Butanol


Propriedades Físicas (R)-2-Butanol (S)-2-Butanol

Ponto de ebulição (1 atm) 99.5 °C 99.5 °C


Densidade (g mL–1 at 20 0C) 0.808 0.808
Índice de refração (20 °C) 1.397 1.397

▪ Os enantiômeros apresentam comportamento diferente somente quando


eles interagirem com outras substâncias quirais.

▪ Enantiômeros apresentam taxas diferentes de reação na direção de outras


moléculas quirais.

▪ Os enantiômeros apresentam solubilidades diferentes em solventes


quirais que contem um único enantiômero ou um excesso de um enantiômero.

▪ Os enantiômeros giram o plano da luz polarizada em quantidades iguais


mas em direções opostas.

▪ Enantiomeros separados parecem ser compostos óticamente ativo.

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► A Luz Plano-Polarizada
▪ Consiste em dois campos perpendicular oscilando mutuamente: um campo
elétrico e um campo magnético.

▪ A Figura mostra as ondas que se apresentam, na luz ordinária, oscilando em


todos os planos.

▪ Oscilações do campo elétrico (e campo magnético) estão ocorrendo em


todos os planos possíveis perpendiculares para a direção de propagação.
.

▪ Quando a luz ordinária passa por um polarizador, este interage com o


campo elétrico de modo que o campo elétrico da luz emergente (e o campo
magnético perpendicular ao campo elétrico) oscila somente num plano.

▪ A Figura apresenta o plano de oscilação do campo elétrico da luz plano


polarizada. Neste exemplo o plano é vertical.

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► Polarimetro
▪ Se na analize o giro foi para à direita (dextrogira, do latim =dexter), a
rotação (medido em grau) é positiva (+), e se a rotação está à esquerda
(levogira, do latin=laevus), a rotação parece ser negativa (–).
► Rotação Específica: [ ]TD
▪ Rotação Específica, []:

[ ]T
D =
lxc
: rotação observada
l: comprimento do tubo polarimétrico em (dm)
c: concentração da amostra (g/mL)

1) A rotação específica depende da temperatura e comprimento de onda


da luz que é empregado.

2) O valor da rotação depende do solvente, quando se faz a medida em


soluções.

▪ Exemplo: α 25
D = + 3,12
0

▪ A notação indica que a luz usada foi a da raia D de uma lâmpada de sódio (λ
= 599,6 nm). (Na linha-D: 589,6 nm = 5896 Å).

▪ A temperatura da medida foi de 250C e a amostra continha 1,00 g mL-1 de


substância oticamente ativa, num tubo polarimétrico de 1 dm de comprimento;
A rotação provocada foi de 3,120 no sentido horário.

▪ A direção de rotação da luz do plano-polarizado é freqüentemente


incorporado nos nomes de compostos óticamente ativos.
CH3 CH3
HO H H OH
C C
CH2 CH2
CH3 CH3
(R)-(–)-2-Butanol (S)-(+)-2-Butanol
α 25
D = –13.52° α 25
D = +13.52°

▪ Não existe nenhuma correlação entre a configuração de enantiômeros e a


direção de rotação ótica, isto é, correlação entre a designação (R) e (S) e a
direção de rotação ótica.

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► A Origem da Atividade Ótica

▪ Por meio da estatística que determina que para cada encontro com uma
orientação particular existirá um encontro com uma molécula que está
orientada na forma de uma imagem no espelho oticamente inativa.

▪ A Figura mostra a luz plano-polarizada encontrando uma molécula de 2


propanol (molécula aquiral).
(a) e uma segunda molécula na orientação imagem-espelho

(b) A luz emerge destes dois encontros sem rotação líquida de seu plano de
polarização.

▪ Na Figura (a) encontro da luz em uma molécula de (R)-de 2 butanol


(molécula quiral) em uma orientação particular. Este encontro produz uma
rotação ligeira do plano de polarização.

(b) cancelamento exato desta rotação requer que uma segunda molécula seja
orientada como uma imagem de espelho.

▪ Este cancelamento não acontece porque a única molécula que podia já ser
orientada como uma imagem de espelho exato no primeiro encontro é uma
molécula (S)-de 2 butanol, que não está presente.

▪ Como resultado, acontece uma rotação líquida do plano de polarização.

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► Formas Racêmicas
▪ Uma mistura 50:50 de dois enanciômetros quirais

► Moléculas com Mais de Um Estereocentro

▪ As moléculas têm mais de um centro estereogênico (quiral):


diastereômeros

▪ Diastereômeros são estereoisômeros que não são imagens um do outro.

Relação entre quatro estereoisômeros


Estereoisômeros Enantiomérica Diastereomérica
2R,3R 2S,3S 2R,3S e 2S,3R
2S,3S 2R,3R 2R,3S e 2S,3R
2R,3S 2S,3R 2R,3R e 2S,3S
2S,3R 2R,3S 2R,3R e 2S,3S

▪ Enantiômeros devem ter configurações opostas (imagem-espelho) em


todos os centros estereogênicos.
Mirror Mirror
1 COOH 1 COOH 1 COOH 1 COOH

H C NH2 H2N C H H C NH2 H2N C H


2 2 2 2
3 3 3 3
H C OH HO C H HO C H H C OH
4 CH3 4 CH3 4 CH3 4 CH
3

2R,3R 2S,3S 2R,3S 2S,3R

Enantiomers Enantiomers

Os quatros diastereômeros de treonina (2-amino-ácido de 3 hidroxibutanóico)

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▪ Diastereômeros deve ter configurações opostas em algum centro


estereogênico (um ou mais), mas as mesmas configurações em outros
centros estereogênicos.

► Composto Meso
1 COOH Mirror 1 COOH 1 COOH Mirror 1 COOH

H C OH HO C H H C OH HO C H
2 2 2 2
3 3 3 3
HO C H H C OH H C OH HO C H
4 COOH 4 COOH 4 COOH 4 COOH

2R,3R 2S,3S 2R,3S 2S,3R

1 COOH 1 COOH

H C OH HO C H
2 Rotate 2
3 180o 3
H C OH HO C H
4 COOH 4 COOH

2R,3S 2S,3R
Identical
▪ A Figura apresenta o plano de simetria do meso-2,3-dibromobutano.
Dividindo a molécula em metades que são uma a imagem especular da outra.

► Nomenclatura de Compostos com Mais De Um Estereocentro

► Fórmulas de Projeção de Fischer: Projeção de Fischer (Emil Fischer,


1891)
▪ Convenção: A cadeia de carbono é desenhada ao longo da linha vertical
da projeção de Fischer, normalmente com o átomo de carbono do fim mais
altamente oxidado no nível superior

1) Linhas verticais: as ligações entrando na página.

2) Linhas horizontais: as ligações se projetam para frente da página


Bonds out of page
COOH COOH Bonds into page COOH
H C OH H OH
H C = =
HO CH3
CH3 CH3
(R)-Lactic acid Fischer projection

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Ufopa

► Movimentos permitidos para projeção de Fischer:


▪ 180° rotação (não 90° ou 270°):

COOH CH3
H OH Mesmo que HO H
CH3 COOH
▪ –COOH e –CH3 entram no plano de papel em ambas as projeções;
▪ –H e –OH fora do plano do papel em ambas as projeções.
90° rotação: A rotação de uma projeção de Fischer de 90° inverte seu
significado
COOH H
H OH Não é o mesmo que H3C COOH
CH3 OH
▪ ––COOH e –CH3 entram no plano do papel em uma projeção mas fora do
plano do papel em outra projeção.

COOH COOH
H OH Same as H C OH (R)-Lactic acid
CH3 CH3
90o rotation

OH OH
HOOC CH3 Same as HOOC C CH3 (S)-Lactic acid

H H

▪ Um grupo fixo e os outros três podem girar:

Hold steady
COOH COOH
H OH Same as HO CH3
CH3 H

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Ufopa

► Determinação de Configurações R,S para Projeções de


Fischer:

▪ Os procedimentos para atribuir designações R,S:

a) Determinar as prioridades para os quatros substituintes.

b) Realizar um dos dois movimentos permitidos para colocar o grupo de


menor prioridade (quarto) no nível superior da projeção de Fischer (para
dentro do papel).

c) Determinar a direção de rotação de prioridade 1 até 2 a 3, que definira a


configuração R ou S.
COOH
Serina H2N H
CH3

COOH Rotate counterclockwise 4H


2 2 1
1
H2N H = HOOC NH 2
4
3CH3 3 CH3
Hold CH3 steady

4H 2 4H 1
2 1 HOOC NH2
HOOC NH2 =
3 CH3 3 CH3
esterioquímica S

1 CHO CHO
2 HO H
HO H C
3
H OH C
H OH
4 CH2OH CH2OH
Treose [(2S,3R)-2,3,4-Triidroxibutanal]

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Ufopa

► Droga quiral

▪ Metildopa: uma droga antiipertensiva


HO CO2H
(S)-Metildopa
H 2N CH3
HO
1) Somente o enanciômero (S) é ativo.

▪ Penicilamina:

CO2H
HS (S)-Penicilamina
H2N H

1) O isômero (S) é um agente terapêutico contra artrite crônica primária.


2) O enantiômero (R) não tem nenhuma ação terapêutica, e é altamente
tóxico.

► Estereoisômerismo de Compostos Cíclicos

▪ O 1,2 dimetilciclopentano tem dois estereocentros e existem em três formas


estereoméricas 5, 6, e 7.

Me H H Me Me Me Me Me

H Me Me H H H H H
5 6 7
Enantiomers Meso compound Plane of symmetry

1) O composto trans existe como um par de enanciômeros 5 e 6.

2) O cis-1,2 dimetilciclopentano tem um plano de simetria que é


perpendicular em relação ao plano do anel e é um composto meso.

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