Psicologia Clínica Modulo 3
Psicologia Clínica Modulo 3
Psicologia Clínica Modulo 3
PSICOLOGIA E CLINICA
MÓDULO III
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PSICOLOGIA E CLINICA
MÓDULO III
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Sumário
DEPRESSÃO...................................................................................................................................... 4
ANSIEDADE........................................................................................................................................ 9
TRANSTORNO BIPOLAR .............................................................................................................11
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC) ...........................................................16
ESQUIZOFRENIA ............................................................................................................................20
HIPERATIVIDADE E DÉFICIT DE ATENÇÃO ........................................................................26
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA ........................................................................................................32
Definição de entrevista psicológica .............................................................................................37
INTERVENÇÃO ................................................................................................................................57
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL .................................................................................................64
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................76
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DEPRESSÃO
<http://escrevoapenas.blogs.sapo.pt/arquivo/depressao.jpg
a banho de sol. Nos climas tropicais e polares haverá dias mais quentes, mais frios,
mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de
variação.
O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro
dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores, assim como o não
deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de
um, não se comparam às tormentas do 105 outro, nem os dias de sol de um, se
comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação
final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de
sol no polo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a
roupa para se bronzear.
Esse tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as
suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém
sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por
isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não
faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de
tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação
corporal como dores e enjoos. Contudo, para se fazer o diagnóstico é necessário um
grupo de sintomas centrais:
• perda de energia ou interesse;
• humor deprimido;
• dificuldade de concentração;
• alterações do apetite e do sono;
• lentificação das atividades físicas e mentais;
• sentimento de pesar ou fracasso.
pessimismo;
dificuldade de tomar decisões;
dificuldade para começar a fazer suas tarefas;
irritabilidade ou impaciência;
inquietação;
achar que não vale a pena viver, desejo de morrer;
chorar à toa;
dificuldade para chorar;
sensação de que nunca vai melhorar, desesperança;
dificuldade de terminar as coisas que começou;
sentimento de pena de si mesmo;
persistência de pensamentos negativos;
queixas frequentes;
sentimentos de culpa injustificáveis;
boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda
do desejo sexual.
Normalmente a pessoa que fica sabendo que está com câncer torna-se
durante um curto espaço de tempo descrente, desesperada ou nega a doença. Essa
é uma resposta normal no espectro de emoções dessa fase, o que não significa que
sejam emoções insuperáveis. No decorrer do tempo o humor depressivo toma o
lugar das emoções iniciais. Agora o paciente pode ter dificuldade para dormir e
perda de apetite.
Nessa fase o paciente fica ansioso, não consegue parar de pensar no seu
novo problema e teme pelo futuro. As estatísticas mostram que aproximadamente
metade das pessoas conseguirá se adaptar a essa situação tão adversa. Com isso,
essas pessoas aceitam o tratamento e o novo estilo de vida imposto não fica tão
pesado.
Para se afirmar que o paciente está deprimido tem-se que afirmar que ele
sente-se triste a maior parte do dia, quase todos os dias, não tem tanto prazer ou
interesse pelas atividades nas quais apreciava. E não consegue ficar parado, pelo
contrário, movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos
inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se
culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na
família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem
pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para
que possamos dizer que o paciente está deprimido.
A causa exata da depressão permanece desconhecida. Eventos
desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos
acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio
depressivo. Contudo, tais eventos não podem ser responsabilizados pela
manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se
recupera com o tempo. Os eventos estressantes provavelmente disparam a
depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos
estressantes são: perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de
habitação contra vontade, doença grave; pequenas contrariedades não são
consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão.
O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência
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ANSIEDADE
http://www.brasilescola.com/imagens/ansiedade.jpg
TRANSTORNO BIPOLAR
Depressão
• humor “para baixo”, tristeza, angústia ou sensação de vazio;
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• irritabilidade, desespero;
• pouca ou nenhuma capacidade de sentir prazer e alegria na vida;
• cansaço mais fácil, desânimo, preguiça, falta de energia física e
mental;
• falta de concentração, lentidão do raciocínio, memória ruim;
• falta de vontade, falta de iniciativa e interesse, apatia;
• pensamentos negativos repetidos amplificados, pessimismo, ideias de
culpa, fracasso, inutilidade, falta de sentido na vida, doença, morte (suicídio);
• sentimentos de insegurança, baixa autoestima, medo;
• interpretação distorcida e negativa do presente, de fatos ocorridos no
passado e no futuro;
• redução da libido e vontade de ter sexo;
• perda ou aumento de apetite e/ou peso;
• insônia ou dormir demais, sem se sentir repousado;
• dores ou sintomas físicos difusos, sofridos, que não se explicam por
outras doenças – dor de cabeça, nas costas, no pescoço e nos ombros, sintomas
gastrointestinais, alterações menstruais, queda de cabelo, dentre outros; em
depressões graves, alucinações e/ou delírios.
Psicoterapia:
Sabe-se que a terapia cognitiva pode contribuir na adesão do tratamento e na
prevenção das recaídas, tornando-se um valioso acessório para o tratamento
farmacológico. Como relatado anteriormente, o Transtorno Bipolar não se limita
meramente a um problema bioquímico, mas também, psicológico e social (envolve
dificuldades pessoais, familiares e sociais). Existem outros tipos de psicoterapias,
como individual, grupal, de família, conjugal, entre outros, mas, o que importa é se
está surtindo resultado na melhora do paciente e na sua qualidade de vida.
Sou ou não sou um portador do TOC? Eis uma pergunta que você pode ter se
feito eventualmente. Provavelmente, ouviu em algum programa de rádio ou TV, leu
em alguma reportagem de jornal ou revista que lavar as mãos seguidamente, revisar
várias vezes as portas, janelas ou o gás antes de deitar, não gostar de segurar-se
no corrimão do ônibus. Evitar usar as toalhas de mão utilizadas pelos demais
membros da sua família, não conseguir tocar com a mão no trinco da porta de um
banheiro público, ter medo de passar perto de cemitérios ou entrar em uma
funerária, de deixar um chinelo virado. Assim como outros comportamentos
semelhantes, podem, na verdade, constituir sintomas do chamado Transtorno
Obsessivo-Compulsivo ou TOC.
E você deve ter ficado com dúvidas quanto a ser ou não um portador. Medos
e preocupações fazem parte do nosso dia a dia. Aprendemos a conviver com eles
tomando certos cuidados. Fechamos as portas antes de deitar, lavamos as mãos
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devem ser seguidas rigidamente. Os exemplos mais comuns são lavar as mãos,
fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar
objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc.
As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às
obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por
uma obsessão.
Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de
aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é
tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los,
tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais.
Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam
prevenir (por exemplo, alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que
não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da
calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, por trás desses
rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante
ao que ocorre nas superstições.
Os dois termos (compulsões e rituais) são utilizados praticamente como
sinônimos, embora o termo “ritual” possa gerar alguma confusão, na medida em que
praticamente todas as religiões e diversos grupos culturais adotam comportamentos
ritualísticos e contagens nas suas práticas: ajoelhar-se três vezes, rezar seis ave-
marias, ladainhas, rezar três ou cinco vezes ao dia, benzer-se ao passar diante de
uma igreja. Existem rituais para batizados, casamentos, funerais, etc. 119
• contagens;
• ordem, simetria, sequência ou alinhamento;
• acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar
ou economizar;
• compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números;
• diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.
Compulsões mentais:
Algumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são
realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis.
Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento.
Alguns exemplos:
• repetir palavras especiais ou frases;
• rezar;
• relembrar cenas ou imagens;
• contar ou repetir números;
• fazer listas;
• marcar datas;
• tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos
contrários.
ESQUIZOFRENIA
começo da vida adulta (15 a 25 anos). Embora a frequência seja igual entre os
sexos, pode começar mais tardiamente nas mulheres.
Em torno de 1% da população mundial tem Esquizofrenia.
Esquizofrenia é uma doença complexa, intrigante e sua causa ainda não é
conhecida.
Sabe-se que a hereditariedade é um fator importante – pessoas que têm um
familiar com esquizofrenia têm maior chance de desenvolver a doença –, mas ainda
não se sabe quais os genes envolvidos ou se a presença deles é suficiente para o
desenvolvimento da esquizofrenia.
Gêmeos idênticos têm 50% de chance de desenvolver a doença quando um
deles já desenvolveu.
Alguns pesquisadores acreditam que a esquizofrenia é resultado de uma
combinação de fatores genéticos e ambientais. Certas pessoas nascem com essa
tendência, mas o problema só aparece se expostas a determinados fatores
ambientais.
Não existe um consenso de quais seriam os fatores ambientais envolvidos,
mas estudos sugerem que infecções, má nutrição na gravidez e complicações no
parto podem contribuir posteriormente para o desenvolvimento da esquizofrenia.
Os sintomas são variados e podem aparecer subitamente, embora,
geralmente, a doença se manifeste em meses ou anos.
Inicialmente os sintomas podem não ser evidentes, e são confundidos com
alterações próprias da idade ou com de outras doenças psiquiátricas.
Os indivíduos começam a perceber que há algo estranho, mas muitas vezes
são incapazes de contar para seus familiares.
Podem relatar que estão mais tensos, tendo dificuldade de concentração ou
para dormir, começam a isolar-se das pessoas, não conseguem mais ficar com os
amigos e param de estudar ou trabalhar. Com a progressão da doença, aparecem
os sintomas mais característicos da psicose (perda da noção da realidade).
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Transtornos do afeto:
A diminuição da resposta emocional já foi considerada um sintoma
característico da esquizofrenia. Muitos pacientes são indiferentes ou apáticos,
evitam o contato com olhar, apresentam ausência na inflexão na voz, mudanças na
expressão facial e os movimentos espontâneos e os gestos expressivos podem
estar diminuídos. Com frequência perdem a capacidade de sentir prazer e podem
descrever-se como vazios de emoção.
Tratamento:
O tratamento da esquizofrenia envolve vários tipos de profissionais que
trabalham em equipe.
Os objetivos da equipe de saúde são:
• controlar os sintomas da doença tentando minimizar os efeitos
deletérios da medicação;
• prevenir riscos de suicídio e crise paranoide;
• evitar hospitalizações;
• desencorajar o paciente ao uso indiscriminado da emergência médica;
• cuidar da saúde geral do paciente;
• melhorar sua qualidade de vida e dar à família suporte emocional.
Talvez o fator mais importante para cumprir esses objetivos seja assegurar
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Tratamento farmacológico:
Antipsicóticos “típicos” ou clássicos são aquelas medicações que tendem a
produzir sintomas extrapiramidais (EPS). Esses agentes têm sido as principais
drogas na farmacoterapia da esquizofrenia por mais de um quarto de século.
Os sintomas que respondem melhor aos antipsicóticos típicos são os
chamados sintomas positivos, como delírios e alucinações. Já nos sintomas
negativos, além de não responderem tão bem, podem ser acentuados com seu uso.
A maioria dos autores divide o tratamento farmacológico da esquizofrenia em
duas fases: aguda e manutenção ou profilática.
Fase aguda
Envolvem a tentativa de aliviar os sinais e sintomas associados como delírios,
alucinações, alterações formais do pensamento e do comportamento. Apesar da
variação das 125 doses utilizadas na prática clínica, as doses recomendadas para a
fase aguda situam-se em 600-700 mg de clorpromazina ou equivalente/dia ou 5-20
mg/dia de haloperidol ou flufenazina.
A administração de altas doses de antipsicótico (neuroleptização rápida) no
tratamento de pacientes agudos não é indicada devido à falta de estudos
controlados, demonstrando que essa medida é mais eficaz no controle de sintomas
psicóticos. Após a remissão dos sintomas, diminui-se a dose e avalia-se a
necessidade de tratamento em longo prazo com antipsicóticos.
Se a medicação for suspensa, o médico deve estar atento a algum sinal de
recidiva e, em caso de nova crise psicótica, a medicação deve ser introduzida por
tempo indefinido.
em casa, na escola, e com os amigos. Lembre-se sempre de que seu filho está
lutando com todas as forças para superar uma deficiência do sistema nervoso.
Explique, se preciso for, mas não se sinta envergonhado ou culpado quando seu
filho não se comportar bem.
Os pais da criança hiperativa merecem muita consideração.
É preciso muita paciência – e vigor – para amar e apoiar a criança hiperativa
em todos os desafios e frustrações inerentes à doença. Os pais da criança hiperativa
estão sempre preocupados e atentos, sempre “em alerta”. Consequentemente, é
fácil sentirem-se cansados, abatidos e frustrados. É de importância vital para os pais
da criança hiperativa, serem bons consigo mesmos, descansar quando apropriado,
além de buscar e aceitar o apoio para eles e para o filho.
Tratamento convencional:
Antes de qualquer tratamento, um exame físico deve ser feito para descartar
outras causas para o comportamento do seu filho, tais como infecção crônica do
ouvido médio, sinusite, problemas visuais ou auditivos ou outros problemas
neurológicos.
O metilfenidato é o medicamento mais comumente receitado para
hiperatividade. É um estimulante que tem efeito paradoxal de acalmar o sistema
nervoso e aumentar a capacidade da 129 criança hiperativa de prestar atenção.
Contudo, não deixe de verificar com seu médico antes de parar de dar esse
medicamento a seu filho. A tioridazina é um tranquilizante ao qual se pode recorrer
se a criança for extremamente agressiva e, nesse caso, apenas nas situações mais
difíceis.
Na maioria das circunstâncias, o medicamento para a hiperatividade pode ser
interrompido durante o verão e retomado quando as aulas começarem novamente,
após as férias.
Essa conduta pode limitar alguns dos efeitos colaterais prolongados desses
medicamentos. Após um verão sem medicamento, talvez seja útil deixar que seu
filho frequente as primeiras semanas de aula sem qualquer medicação. Considere
esse período como um teste para determinar se seu filho pode passar sem o
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Psicoterapia e Psicopedagogia:
Essas disciplinas ajudam a criança a entender o problema contra o qual está
lutando, a estabelecer metas e padrões e reconhecer e avaliar seu comportamento.
Podem ser de grande valia.
Esses programas ensinam controles internos que podem ser usados em
várias situações. Seu filho aprenderá a oferecer recompensas pelos seus feitos e
aprenderá a partir dos seus erros.
Coopere com seu médico ou terapeuta para desenvolver programas de
modificação comportamental. É importante que o programa seja claro, facilmente
entendido e executado por todos que dele participam – pela criança bem como pelos
adultos.
É essencial que essas intervenções sejam realizadas com cautela e boa
vontade, em um ambiente calmo e carinhoso. A criança deve participar com
disposição. Certifique-se de que os dois tenham entendido que esses programas
objetivam ajudar e não punir.
Desenvolva uma rotina estável em casa. Para diminuir a confusão e a
quantidade de estímulos diários, defina horários específicos para comer e dormir.
Experimente atribuir uma tarefa pequena e rápida e insista delicadamente
para que seja concluída. Em seguida, não deixe de agradecer e elogiar seu filho
quando a tarefa tiver sido concluída.
Faça com que a criança participe de projetos que ela goste para ajudá-la a
concentrar-se.
Aprender a concentrar-se alterará sua resposta ao mundo, gradativamente.
Lembre-se sempre de que, além de ter um desequilíbrio do sistema nervoso que
transforma em tortura o simples ato de permanecer sentado, a criança hiperativa e
inteligente entedia-se facilmente.
Cooperar com o hiperativo para ajudá-lo a realmente concluir um projeto.
Concluir um projeto oferecerá uma ideia de competência e maior autoestima. O
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Atividades físicas:
São fundamentais, principalmente aquelas que mantêm a criança em contato
com a água, como a hidroginástica e a natação. É importante saber que a água
exerce um efeito calmante. Práticas como a yoga e o tai-chi-chuan também são
interessantes, pois treinam a mente para que fique quieta.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
http://www.crpsp.org.br/a_acerv/jornal_crp/146/frames/orientacao.gif.
33
Na prática:
pessoa, que consiga definir quais são as suas competências ou características mais
vantajosas e quais aquelas em que precisaria investir um pouco mais.
Em um processo de seleção, por exemplo, tais informações permitem ao
psicólogo indicar com maior segurança pessoas para cargos específicos e orientar
as lideranças sobre como lidar com seus colaboradores e no que efetivamente
investir para obter maior desenvolvimento e melhores resultados.
Da mesma forma, em treinamento e desenvolvimento, uma avaliação
psicológica traz subsídios suficientes para que um programa seja encaminhado
considerando as especificidades individuais e grupais, podendo até, com isso, gerar
um redirecionamento das estratégias adotadas.
Há pouco tempo, algumas empresas procuravam premiar colaboradores
tecnicamente bons com uma promoção para cargos de chefia, sem outro critério
senão a satisfação com o desempenho desse funcionário, ou seja, sem uma
avaliação que pudesse assegurar que essa pessoa tivesse características
condizentes com posições de liderança, além de sua competência técnica.
O resultado final geralmente era desastroso para o colaborador e para a
empresa. Por não ser um líder e necessitar desenvolver as competências de
liderança, não se saía bem na nova função. Como nem sempre é possível a pessoa
retornar ao cargo anterior, a empresa contava com duas opções: mantê-lo no cargo
e arcar com consequências indesejáveis ou então demiti-lo. Prejuízo para ambos.
Para um planejamento de carreira, a realização de uma avaliação psicológica
também se torna decisiva, visto que norteará todo o programa a ser desenvolvido
com o profissional, especificando as características psicológicas a serem
desenvolvidas para que ele possa futuramente ascender em uma hierarquia com
sucesso.
No momento atual, o foco das empresas, seja qual for o seu negócio, é cada
vez mais seus recursos humanos e sabe-se que o sucesso da empresa deve-se ao
conhecimento e ao investimento em pessoas. A avaliação psicológica, científica e
ética, apoiada em instrumentos e testes fidedignos, contribui essencialmente para
essa finalidade.
Em se tratando da Psicologia Clínica, a avaliação psicológica é usada para
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Entrevista psicológica
http://www.institutouniao.com.br/imagens.
Os objetivos da entrevista
Com base nos critérios que objetivaram a entrevista em saúde mental, pode-
se classificar a entrevista quanto aos seguintes objetivos:
a) diagnóstica – visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do
paciente, bem como as indicações terapêuticas adequadas. Assim, faz-se
necessário uma coleta de dados sobre a história do paciente e sua motivação para o
tratamento. Quase sempre, a entrevista diagnóstica é parte de um processo mais
amplo de avaliação clínica que inclui testagem psicológica;
b) psicoterápica – procura colocar em prática estratégia de intervenção
psicológica nas diversas abordagens – rogeriana (C. Rogers), jungiana (C. Jung),
gestalt (F. Perls), 139 bioenergética (A. Lowen), logoterapia (V. Frankl) e outras –,
para acompanhar o paciente, esclarecer suas dificuldades, tentando ajudá-lo a
solucionar seus problemas;
c) de encaminhamento – logo no início da entrevista, deve ficar claro
para o entrevistado, que ela tem como objetivo indicar seu tratamento, e que este
não será conduzido pelo entrevistador. Devem-se obter informações suficientes para
se fazer uma indicação e, ao mesmo tempo, evitar que o entrevistado desenvolva
um vínculo forte, uma vez que pode dificultar o processo de encaminhar;
d) de seleção – o entrevistador deve ter um conhecimento prévio do
currículo do entrevistado, do perfil do cargo, deve fazer uma sondagem sobre as
informações que o candidato tem a respeito da empresa, e destacar os aspectos
mais significativos do examinando em relação à vaga pleiteada, etc.;
e) de desligamento – identifica os benefícios do tratamento por ocasião
da alta do paciente, examina junto com ele os planos da pós-alta ou a necessidade
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http://www.corporal.com.br/segura/imagens_arquivos/quadrodefiguras.jpg.
2000).
a) Entrevista inicial
É a primeira entrevista de um processo de psicodiagnóstico. Semidirigida,
durante a qual o sujeito fica livre para expor seus problemas. Segundo Fiorini (1987,
p. 63), o empenho do terapeuta nessa primeira entrevista pode ter uma influência
decisiva na continuidade ou no abandono do tratamento. Pinheiro (2004) salienta
que essa entrevista ocorre em um certo contexto de relação constantemente
negociada. O termo negociação se refere ao posicionamento definido como “um
processo discursivo, através do qual [...] são situados numa conversação como
participantes observáveis, subjetivamente coerentes em linhas de histórias
conjuntamente produzidas” (DAVIES; HARRÉ apud PINHEIRO, 2004, p.186).
Essa entrevista, geralmente, inicia-se com a chamada telefônica de outro
técnico, 141 encaminhando o entrevistado para a avaliação psicodiagnóstica, ou com
a chamada do próprio entrevistado. Tem como objetivos discutir expectativas,
clarear as metas do trabalho, e colher informações sobre o entrevistado, que não
poderiam ser obtidas de outras fontes (SILVA, 2007).
As primeiras impressões sobre o entrevistado, sua aparência, comportamento
durante a espera, são dados que serão analisados pelo entrevistador, e que podem
facilitar o processo de análise do caso. Para Gilliéron (1996), a primeira entrevista
deve permitir conhecer:
• o modo de chegada do paciente à consulta (por si mesmo, enviado por
alguém ou a conselho de alguém, etc.);
• o tipo de relação que o paciente procura estabelecer com o seu
terapeuta;
• as queixas iniciais verbalizadas pelo paciente, em particular a maneira
pela qual ele formula seu pedido de ajuda (ou sua ausência de pedido).
A partir dessas impressões e expectativas, entrevistador e entrevistado
constroem mutuamente suas transferências, contratransferências, e resistências que
foram ativadas bem antes de ocorrer o encontro propriamente dito.
Um clima de confiança proporcionado pelo entrevistador facilita que o
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b) Entrevistas subsequentes
Após a entrevista inicial, em que é obtida uma primeira impressão sobre a
pessoa do paciente, esclarecimentos sobre os motivos da procura, e realização do
contrato de trabalho de psicodiagnóstico, normalmente são necessários mais alguns
encontros. O objetivo das entrevistas subsequentes é a obtenção de mais dados
com riqueza de detalhes sobre a história do entrevistado, tais como: fases do seu
desenvolvimento, escolaridade, relações familiares, profissionais, sociais e outros.
Tipos de entrevista:
http://www.filmesraros.com/loja/images/mind.jpeg.
http://www.usp.br/agen/bols/2000/Image217.gif.
Segundo Ribeiro (1988), a realização da entrevista psicológica segue
diferentes enfoques:
a) psicométrico – o entrevistador faz uso constante de uma série de
instrumentos: testes, pesquisas, controle estatístico, etc., predeterminados,
enquanto dispositivos para a aquisição de conhecimentos sobre o entrevistado.
Nessa situação, dificilmente o entrevistador conseguirá aprofundar a relação, o
encontro permanece mais em nível formal e informativo do que espontâneo criativo
e transformador. Isso não quer dizer que seja menos válida ou mais superficial;
b) psicodinâmico – a relação poderá ser mais aprofundada devido ao
fato de o entrevistador contar com maior disponibilidade de tempo para questionar o
entrevistado, e conduzir a situação de maneira “menos estruturada”. Sua atenção
não está no aqui e no agora, ela atende a uma dinâmica de causa-efeito na qual
submensagens poderão dificultar a comunicação;
c) antropológico – abrange a relação ambiente-organismo na
compreensão da comunicação. Qualquer dado será considerado, mas, nem sempre,
é possível dizer em que momento ele está e onde será utilizado. Esse tipo de
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entrevista parece mais complexo, assim sendo, exige mais prática do entrevistador
para analisar as informações.
Técnicas de entrevista:
pessoal, são: custos mais baixos; facilidade na seleção da amostra; rapidez; maior
aceitação dos moradores das grandes cidades, que temem abrir suas portas para
estranhos; facilidade de agendar o momento mais apropriado para a realização da
entrevista.
São limitações da entrevista por telefone: interrupção da entrevista pelo
entrevistado; menor quantidade de informações; impossibilidade de descrever as
características do entrevistado ou as circunstâncias em que se realizou a entrevista;
parcela significativa da população que não dispõe de telefone ou não tem seu nome
na lista.
Segundo Erickson (apud SCHEEFFER, 1977), algumas recomendações
devem ser aplicáveis ao processo de entrevista psicológica:
• o entrevistador deve ter o cuidado para não transformar a entrevista em
uma conversa social. “Como posso ajudá-lo?”, é uma boa maneira de se iniciar uma
entrevista;
• o entrevistador não deve completar as frases do entrevistado. Devem-
se evitar perguntas que induzam respostas do tipo “sim” ou “não”. Não interromper o
fluxo do pensamento do entrevistado, a não ser que ele se perca em ideias que
fogem dos tópicos da entrevista;
• a atitude do entrevistador deve ser de aceitação completa das
vivências do entrevistado. Não deve haver discussão de pontos de vista;
• as pausas e silêncios são, quase sempre, embaraçosos para o
entrevistador. Nesses momentos, possivelmente, o entrevistado está revivendo
experiências que não consegue expressar verbalmente. Quando as pausas forem
longas, o entrevistador poderá retomar um tópico anterior que estava sendo
discutido;
• o tempo de entrevista deve ser marcado, e o entrevistado será
comunicado de quanto tempo dispõe. Se necessário, marca-se outra(s)
entrevista(s). Deve-se limitar o número de assuntos em cada sessão para não
confundir o entrevistado;
• é necessário trocar o pronome pessoal “eu”, pelo uso de expressões
mais vagas, tais como: “parece que ...”; “parece melhor ...”; etc.;
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Dinâmica da entrevista
O entrevistador, no seu papel de técnico, não deve expor suas reações e nem
sua história de vida. Não deve permitir em ser considerado como um amigo pelo
entrevistado e, nem entrar em relação comercial, de amizade ou de qualquer outro
benefício que não seja o pagamento dos seus honorários. Para Gilliéron (1996), a
investigação repousará:
• na análise do comportamento do paciente com relação ao enquadre;
• em um modelo preciso suscetível de evidenciar a dinâmica relacional
que se estabelece entre o paciente e o terapeuta; modelo de apoio objetal.
A ansiedade na entrevista
Transferência e contratransferência:
www.rodrigues.psc.br.
54
Transferência:
Freud (1914-1969) entende que a transferência é “[...] apenas um fragmento
da repetição e que a repetição é uma transferência do passado esquecido [...] para
todos os aspectos da situação atual” (p.166). A transferência é designada pela
Psicanálise como um processo por meio do qual os desejos inconscientes se
atualizam sobre determinados objetos, em certo tipo de relação estabelecida,
eminentemente, no quadro da relação analítica. A repetição de protótipos infantis
vividos com um sentimento de atualidade acentuada. Classicamente a transferência
é reconhecida como o terreno em que se dá a problemática de um tratamento
psicanalítico, pois são a sua instalação, as suas modalidades, a sua interpretação e
a sua resolução que as caracterizam (LAPLANCHE; PONTALIS, 2004).
A transferência e a contratransferência são fenômenos que estão presentes
em toda relação interpessoal, inclusive na entrevista. Na transferência o entrevistado
atribui papéis ao entrevistador, e se comporta em função deles, transfere situações e
modelos para a realidade presente e desconhecida, e tende a configurar esta última
como situação já conhecida, repetitiva. No entender de Gori (2002, p. 78), repetindo
transferencialmente, evoca-se a lembrança e é somente por meio da lembrança que
temos acesso à história “[...] por meio da transferência é forjado num lugar
intermediário entre a vida real e um ensaio de vida, para que o drama humano possa
ter um desfecho”.
A articulação do conceito de “momento sensível” (grifo da autora) passa pelo
posicionamento do terapeuta. Esse instante preciso determina os mecanismos que
instalam a transferência. Com efeito, é o momento em que uma relação de trabalho
se torna possível. A abertura ao outro, a espera de ajuda vinda do exterior é forte e
expõe o paciente tanto ao melhor quanto ao pior dessa interação (GOLDER, 2000).
Nessa perspectiva, Gilliéron (1996, p. 14) diz que todos os pacientes
procuram obter alguma coisa do terapeuta. Eles não buscam apenas a cura de um
sintoma, mas também certa qualidade de relação. Os entrevistados revelam
aspectos irracionais ou imaturos de sua personalidade, seu grau de dependência,
sua onipotência e seu pensamento mágico.
As transferências negativas e positivas podem coexistir em um mesmo
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Contratransferência:
Na contratransferência emerge do entrevistador reações que se originam do
campo psicológico em que se estrutura a entrevista. Porém, se constitui, quando
bem conduzida, em um indício de grande significação e valor para orientar o
entrevistador no estudo que realiza. Seu manejo requer preparação, experiência e
um alto grau de equilíbrio mental, para que possa ser utilizada com validade e
eficiência. Na contratransferência, salienta Gilliéron (1996), as emoções vividas pelo
analista são consideradas reativas às do paciente, vinculando-se, portanto, ao
passado deste último, e não dizendo respeito diretamente à pessoa do analista.
Manfredi (apud ZASLAVSKY; SANTOS, 2005, p. 296), distingue cinco tendências de
abordagens dessa questão:
1) a contratransferência não é mais considerada como uma criação
unicamente do paciente, por ignorar a transferência do analista;
2) é problemático diferenciar a contratransferência normal da patológica
(os dados à disposição do analista não permitem, quase sempre, uma
diferenciação);
3) a tolerância à contratransferência já seria suficiente, dada aqui, a
dificuldade da diferenciação dos sentimentos envolvidos na dupla;
4) devia-se, mais sábia e humildemente, fazer também a rota inversa:
procurar no paciente, e não só procurar no analista;
56
INTERVENÇÃO
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Abordagem sistêmica:
Parte da teoria geral dos sistemas e da teoria da comunicação de Watzlawick
é um paradigma que emerge das ciências exatas e fornece uma base teórica e
prática de compreensão dos sistemas humanos. Nos anos 40, Ludwig von
Bertalanffy publicava uma série de princípios válidos para vários sistemas
(biológicos, físico-químicos, sociais).
O sistema é um complexo organizado em múltiplos elementos que estão em
interação recíproca no seu interior e com o meio. Um sistema pode ser aberto (auto-
organizado) ou fechado (entropia).
A perspectiva sistêmica constitui um bom suporte teórico para a intervenção,
especialmente em terapia familiar. Põe em causa uma epistemologia linear,
unidirecional e contextualiza os problemas humanos, não em um único sentido, mas
em função dos contextos em que emergem os problemas. Alarga a perspectiva de
intervenção, centrada apenas em um sistema pessoal, para uma perspectiva que se
centra nos contextos de vida e nas redes de apoio dos sujeitos. Esses pressupostos
são aplicados, sobretudo, na terapia familiar.
comportamento.
Essa abordagem é historicamente baseada nos princípios da aprendizagem e
da psicologia experimental. Centra-se no comportamento observável e não
observável.
Pensamentos adquiridos por meio da aprendizagem e do condicionamento no
ambiente social.
As terapias cognitivo-comportamentais compartilham alguns pressupostos
básicos, ainda que existam diferentes abordagens conceituais e estratégicas para os
diversos transtornos. Há algumas características essenciais no núcleo das terapias
cognitivocomportamentais (DOBSON, 2001):
• a atividade cognitiva influencia o comportamento;
• a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada;
• o comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança
cognitiva.
Abordagem humanista:
Essa abordagem tem as suas origens na filosofia europeia e no trabalho
psicoterapêutico de Victor Frankl, Carl Rogers, Abraham Maslow, Rollo May,
Fritz Perls e outros. Rejeitando as premissas básicas das teorias psicodinâmicas e
comportamentalista, os humanistas assumem uma abordagem fenomenológica que
enfatiza a percepção individual e a experiência. Tendem a ver as pessoas como
ativas, pensadoras, criativas e orientadas para o crescimento. Consideram que as
pessoas são basicamente bem intencionadas e que naturalmente lutam pelo
crescimento, amor, criatividade e autoatualização. Em vez de se centrar na
influência do passado, os humanistas focam-se no “aqui e agora” ou presente.
Abordagem comportamentalista:
Pavlov reparou que os cães salivavam muitas vezes sem razão fisiológica
aparente, para que tal acontecesse. O cão aprende uma associação entre o
alimento e um sinal casual que precedia o alimento. Pavlov verificou que ao tocar a
campainha antes de dar comida ao cão, este começava a salivar quando ouvia a
campainha, após alguns ensaios de associação entre campainha e comida – o que
originava o reflexo condicionado.
Uma campainha começava a tocar e passado algum tempo, com a
campainha ainda a tocar, era fornecido ao animal comida. A sequência campainha-
comida foi repetida uma série de vezes. Aos poucos, a quantidade de saliva
produzida começou a aumentar logo após a campainha tocar. O cão salivava ao
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Abordagem psicodinâmica:
Foi fundada com o trabalho de Sigmund Freud. Muitos neofreudianos e outros
revisionistas fizeram uma grande adaptação, desenvolvimento e mudança na
abordagem básica de Freud. Essa abordagem ainda mantém certas concepções
sobre o comportamento humano e problemas psicológicos.
Defende que o comportamento humano é influenciado por desejos
62
O ego está em uma posição difícil, pois tem de lidar com forças opostas. Os
mecanismos de defesa são estratégias desenvolvidas pelo ego para proteger o
indivíduo desses conflitos internos e, em geral, inconscientes.
Eles ajudam a lidar adaptativamente, ou não, com a inevitável ansiedade de
ser humano. Há uma variedade de mecanismos de defesa, como a repressão
(manter pensamentos, desejos, sentimentos e conflitos desagradáveis fora da
consciência). Negação (negar que existem pensamentos ou sentimentos
problemáticos), sublimação (substituição de uma meta que não pode ser satisfeita
por outra socialmente aceitável), projeção (a origem da ansiedade é atribuída a outra
pessoa).
Freud também definiu vários estádios psicossexuais do desenvolvimento da
personalidade. No decorrer desses estádios, as crianças são autoeróticas ao obter
prazer erótico quando estimulam as zonas erógenas do corpo. Cada estádio tende a
estar localizado em uma determinada zona erógena. Estes incluem as fases: oral,
anal, fálica, latente e genital.
• o estádio oral vai desde o nascimento até ao segundo ano de vida. A
estimulação da boca (sugar, morder, etc.) é a fonte de satisfação erótica;
• no estádio anal, a satisfação vai da boca para o ânus e as crianças têm
prazer na zona anal. Nessa fase treinam a higiene pessoal e as crianças podem
reter ou expelir fezes;
• no estádio fálico, por volta do quarto ano de idade, a satisfação erótica
passa para zona genital, havendo manipulação e exibição dos órgãos genitais.
Nesse estádio há o desenvolvimento do Complexo de Édipo, em que o rapaz
desenvolve um desejo incestuoso e de morte, desejando unir-se à mãe e eliminar o
pai. Os medos de retaliação e de castração resultam na repressão desses impulsos
e na identificação com o pai.
O objetivo dessa abordagem é o insight-compreensão de fatores
inconscientes que levam a comportamentos e sentimentos problemáticos, por
intermédio de uma análise aprofundada e cuidadosa do papel de desejos, impulsos
e conflitos inconscientes na vida diária.
Técnicas como a associação livre (dizer tudo o que nos passa pela cabeça), a
64
análise dos sonhos e a interpretação são usadas para compreender e tratar vários
problemas.
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
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