Prova
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Controle concentrado
Essa ação foi introduzida pela EC 3/93. Nos governos instalados depois da
CF/88, várias medidas foram questionadas em todo o país, perante os diversos
órgãos do Poder Judiciário, ocorrendo profusão de medidas liminares. Para
ilustrar esse fato basta lembrar o Plano Collor, em que os depósitos de poupança
foram bloqueados em todo o país. A medida era a todos os títulos
inconstitucional e grande número de prejudicados propuseram ações,
principalmente de mandado de segurança contra ela. E o governo ficou, assim,
acuado.
Prevista no artigo 103, §2° da Constituição Federal, tem por objetivo suprir uma
omissão dos poderes constituídos que deixaram de elaborar normas para
regulamentar a possibilidade de exercício de determinado direito previsto na
Constituição Federal. O §2° deste artigo em questão institui que "declarada a
inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das
providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo
em trinta dias".
A omissão pode ser total ou parcial, sendo total quando não houver uma norma
regulamentadora possibilitando o exercício de determinado direito e parcial
quando a norma apenas possibilitar parte do exercício do direito previsto na CF.
Exemplo de omissão total pode ser encontrado no artigo 7°, XI, da CF que prevê
a participação do trabalhador na gestão da empresa e isto não ocorre até hoje,
pois não há norma regulamentadora. E, um exemplo de omissão parcial pode
ser encontrado no artigo 7°, IV, também da Constituição Federal, que prevê uma
série de direitos garantidos ao cidadão, por meio do salário mínimo, que não
pode ser atingido devido o fato de este possuir um valor muito irrisório.
O objeto desta ação é a lei ou ato normativo estadual ou distrital que não
respeita os princípios sensíveis estabelecidos pela Constituição Federal, sendo
estes os elencados no artigo 34, VII, isto é, quando a lei estadual contrapor-se a:
c) autonomia municipal;
Esta, por sua vez, deve ser impetrada quando a lei municipal desrespeitar os
princípios indicados na Constituição Estadual e por isso, o Estado necessitar
intervir, servindo também como pressuposto desta intervenção. A competência
para o julgamento desta ADIN é do Tribunal de Justiça do Estado que teve os
princípios de sua Constituição desrespeitados, devendo ser proposta pelo
Procurador Geral de justiça, conforme prevê o artigo 129, IV, da Constituição
Federal.
Por exemplo, só poderá ser proposta se não for cabível uma ADIN, ADECON,
mandado de segurança, recurso extraordinário, ação popular, entre outros.
Têm legitimidade ativa para propor esta arguição todos os elencados no artigo
103 da Constituição Federal, sendo estes:
o Presidente da República;
a Mesa do Senado Federal;
a Mesa da Câmara dos Deputados;
a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do
Distrito Federal;
o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
o Procurador-Geral da República;
o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
partido político com representação no Congresso Nacional;
confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Pertinência temática
Segundo Rodrigo Rebello Pinto, "é a relação existente entre a norma impugnada
e a entidade que ingressa com a ação direta de inconstitucionalidade", ou seja, a
pessoa ou o órgão interessado que impetrar uma ação de controle de
constitucionalidade deve demonstrar um interesse real em obter a declaração
almejada da norma impugnada.
Já, por sua vez, são considerados autores neutros, ou seja, não precisam
demonstrar nenhuma pertinência temática uma vez que possuem legitimidade
ativa universal:
o Presidente da República;
o Procurador geral da República;
as Mesas do Senado Federal;
as Mesas da Câmara dos Deputados;
o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; e
o partido político com representação no Congresso Nacional.