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Capítulo I

ARTIGO 102, I, “A”, CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LEI 9.868, DE 10 DE


NOVEMBRO DE 1999

1. Conceito e finalidade. A ação direta de inconstitucionalidade é a ação de competência


originária do Supremo Tribunal Federal e de caráter abstrato, na qual se pede a declaração de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual que viole a Constituição Federal,
conforme o artigo 102, I, “a”, primeira parte, do Texto Maior.
A finalidade dessa ação é garantir a segurança das relações jurídicas, por meio da retirada do
ordenamento jurídico de lei ou ato normativo federal ou estadual que seja incompatível com a ordem
constitucional vigente.
Desta maneira, o Supremo Tribunal Federal constitui um verdadeiro legislador negativo.
Ressalte-se que ao Supremo Tribunal Federal não foi dado poder para legislar efetivamente e, assim,
não pode ser considerado como legislador positivo, pois caso contrário, estaria desrespeitando o
princípio da separação dos poderes, mais precisamente a função típica do Poder Legislativo, qual seja,
legislar.
2. Objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade. O objeto dessa ação é a declaração de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual editados após a promulgação da
Constituição Federal, visto que não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei pré-
constitucional, como vimos acima.
3. Lei e ato normativo, federal ou estadual. O artigo 102, I, “a”, da Constituição Federal, ao se
referir à lei, reporta-se ao conceito de lei em sentido amplo, qual seja todo o rol previsto no artigo 59
da Constituição Federal: emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas,
medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. Portanto todas estas podem ser objeto de Ação
Direta de Inconstitucionalidade.
Já os atos normativos são os que ordenam uma prescrição em abstrato, que tenham caráter
normativo, como os regimentos internos dos tribunais.
4. Ação Direta de Inconstitucionalidade e normas originárias. Normas originárias da
Constituição são aquelas que foram elaboradas pelo poder constituinte originário. Estas não podem ser
objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade. Embora as Emendas Constitucionais ingressem no
ordenamento jurídico com status de norma constitucional, obrigatoriamente devem respeitar os limites
impostos pelo poder constituinte originário, como, por exemplo, os presentes no artigo 60 da
Constituição Federal. Dessa forma, podem ser declaradas inconstitucionais bem como objeto de Ação
Direta de Inconstitucionalidade.
5. Legitimados (artigo 103, Constituição Federal):
a) Presidente da República;
b) a Mesa do Senado Federal;
c) a Mesa da Câmara dos Deputados;
d) a Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
e) o Governador do Estado ou do Distrito Federal;
f) o Procurador-Geral da República;
g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
h) Partido político com representação no Congresso Nacional;
i) Confederação sindical (reunião de três federações, sendo que cada federação representa a união
de cinco sindicatos – artigo 535 da Consolidação das Leis do Trabalho) ou entidade de classe de
âmbito nacional.
6. Legitimação Universal para Ação Direta de Inconstitucionalidade. A maioria dos
legitimados para propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade tem legitimação universal, ou
seja, tem sempre interesse processual na propositura desta demanda. São, por isso, considerados pelo
Supremo Tribunal Federal, defensores da Constituição, por ser da essência desses legitimados a defesa
dos ditames constitucionais, não importando o conteúdo da norma inconstitucional. São eles:
a) o Presidente da República;
b) a Mesa do Senado Federal;
c) a Mesa da Câmara dos Deputados;
d) o Procurador-Geral da República;
e) partido político com representação no Congresso Nacional;
f) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
7. Pertinência temática para a legitimidade na propositura da Ação Direta de
Inconstitucionalidade. Por pertinência temática se entende a demonstração do interesse de agir para
propositura daquela ação específica, ou seja, demonstrar o nexo causal entre a norma em tese, cujo
vício de inconstitucionalidade pretende alegar, e o interesse em declará-la inconstitucional por meio da
Ação Direta de Inconstitucionalidade.
Por terem a obrigação de sempre comprovar a pertinência temática, quando propõem uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade estes legitimados são denominados de especiais. São eles:
a) o Governador do Estado ou do Distrito Federal;
b) a Mesa da Assembleia Legislativa dos Estados ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
c) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
PERTINÊNCIA TEMÁTICA

A maioria dos legitimados tem seu interesse na declaração de inconstitucionalidade


presumido, são denominados legitimados universais. Contudo, governador, mesa de
assembleia legislativa, confederação sindical e entidade de classe são
denominados legitimados especiais, porque precisam comprovar a pertinência temática.

8. Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal.Conforme


previsão do artigo 102, I, “a”, da Constituição Federal, é cabível Ação Direta de Inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo federal ou estadual que conflite com a Constituição Federal. Logo, segundo
entendimento da doutrina dominante, não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo municipal em face da Constituição Federal.
Contudo, se a lei ou ato normativo municipal contrariar dispositivo da Constituição Estadual,
poderá haver o controle da constitucionalidade de âmbito estadual, julgado pelo Tribunal de Justiça do
Estado.
Isso é possível em razão do caráter federativo de nosso país, no qual os Estados-membros
possuem autonomia para organização de suas Justiças, cabendo-lhes a instituição de representação de
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição
Estadual, conforme preceitua o artigo 125, § 2.º, da Constituição Federal.

Resumindo

Supremo Tribunal Federal – Ação Direta de Inconstitucionalidade – Lei/Ato Normativo


Federal/ Estadual x Constituição Federal
Tribunal de Justiça – Ação Direta de Inconstitucionalidade – Lei/Ato Normativo
Estadual/Municipal x Constituição Estadual

9. Ação Direta de Inconstitucionalidade de Lei ou Ato Normativo Distrital. O Distrito


Federal possui, como regra, as competências administrativas e legislativas dos Estados e dos
Municípios. Assim, o controle de constitucionalidade de seus atos deve ser analisado segundo o
caráter da norma distrital, ou seja, de características de competência municipal ou distrital.
Seguindo o raciocínio já explanado, no tocante à impossibilidade de Ação Direta de
Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal de lei ou ato normativo municipal em face da
Constituição Federal, caso o ato distrital tenha características de ato municipal, não pode incidir sobre
ele o controle de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. Contudo, se o ato distrital
tiver características de ato estadual, este pode ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade
perante o Supremo Tribunal Federal.
10. Ação Direta de Inconstitucionalidade de Lei ou Ato Normativo Estadual. Em relação ao
controle abstrato em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade de atos estaduais, este pode ser
exercido tanto pelo Supremo Tribunal Federal quanto pelo Tribunal de Justiça Estadual, tendo em
vista que sua previsão encontra-se não apenas no artigo 102, I, “a”, da Constituição Federal, como
também no Tribunal de Justiça em paralelo das formas às leis federais.
Caso haja, concomitantemente, ações diretas de inconstitucionalidade perante os dois Tribunais
(uma ação tramitando no Tribunal de Justiça e outra no Supremo Tribunal Federal) em face da mesma
norma estadual que viola preceitos da Constituição Federal que foram repetidos na Constituição
Estadual, suspende-se o julgamento da ação que tramita perante o Tribunal de Justiça até o julgamento
final da ação ajuizada no Supremo Tribunal Federal.
11. Pedido Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade. Conforme o artigo 102, I, “p”,
da Constituição Federal, é possível o pedido de medida cautelar em Ação Direta de
Inconstitucionalidade, mediante comprovação de perigo de dano irreparável, uma vez que excetua a
presunção de constitucionalidade de que se revestem os atos normativos.
Para a concessão da cautelar, salvo em casos de recesso, é necessária a decisão da maioria
absoluta do Supremo Tribunal Federal, desde que estejam presentes no mínimo oito ministros na
sessão, após a audiência dos órgãos ou autoridades de que emanou a lei ou ato normativo impugnado,
que deverá pronunciar-se no prazo de cinco dias (pronunciamento que pode ser prescindido em caso
de excepcional urgência), ouvindo-se posteriormente o Advogado-Geral da União e o Procurador-
Geral da República, no prazo de três dias, se o ministro relator assim julgar indispensável.
Cautelar → Audiência com a autoridade de que emanou o ato (pronunciamento em 05 dias –
Dispensável em caso de excepcional urgência) → AGU (03 dias) → PRG (03
dias) → Decisão da cautelar por maioria absoluta do Supremo Tribunal Federal (ou seja,
metade mais o número inteiro posterior do total dos ministros do Supremo Tribunal Federal)
(06 ministros do total de 11)

Como regra, a Lei 9.868/1999, em seu artigo 11, § 1.º, consagrou que a concessão da liminar tem
efeitos ex nunc, ou seja, suspende a vigência da lei ou ato normativo impugnado, porém o mesmo
parágrafo admite que o Supremo Tribunal Federal possa conceder à liminar efeito retroativo (ex tunc).
Portanto, em caso de concessão de liminar em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, a
legislação anterior, que tinha sido revogada pela norma atacada e suspensa pela cautelar, torna-se
aplicável, adotando o efeito repristinatório da declaração de inconstitucionalidade, salvo expressa
manifestação em contrário.
Lei “A” revogada por Lei “B” → Lei “B” declarada inconstitucional em sede de Ação Direta
de Inconstitucionalidade → Efeito repristinatório da Lei “A” → Volta a ter vigência Lei “A”

12. Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade. O procedimento da Ação Direta


de Inconstitucionalidade está previsto no artigo 103, § 1.º e § 3.º, da Constituição Federal, na Lei
9.868/1999 e no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nos artigos 169 a 178.
De acordo com o artigo 3.º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999, a petição inicial, quando
subscrita por advogado, deverá ser acompanhada de instrumento de procuração com poderes especiais
para propor a determinada Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da lei/ato normativo
específico, devendo ser apresentada em duas vias, com cópia da lei/ato normativo atacado e toda a
documentação necessária para a tese da impugnação da norma.
Caso o Ministro relator entenda que a petição inicial é inepta, não fundamentada ou
manifestamente improcedente, poderá indeferi-la liminarmente. Contra esta decisão cabe o recurso de
Agravo.
Ajuizada a Ação Direta de Inconstitucionalidade e não sendo caso de indeferimento liminar, o
Ministro relator pedirá informações à autoridade da qual foi emanado o ato. Essas informações serão
prestadas em 30 dias, contados do recebimento do ofício, podendo ser dispensadas em caso de
urgência. O relator também pode requisitar informações complementares para uma avaliação mais
segura, se achar conveniente.
Após esse procedimento, o Advogado-Geral da União será citado para defender o ato impugnado,
sendo aberta vista posterior ao Procurador-Geral da República, que se manifestará acerca da
procedência ou da improcedência da ação. Ambos terão o prazo de 15 dias para fazê-lo.
A Lei 9.868/1999, no inovador artigo 7.º, § 2.º, previu também a possibilidade do “amigo da
Corte” ou “amicus curiae”, ou seja, terceiros que possam trazer subsídios para o deslinde do feito,
alargando a causa de pedir da Ação Direta de Inconstitucionalidade.
O Relator, para maiores esclarecimentos ou por conta de notória insuficiência de informações
reunidas nos autos poderá requisitar perícia, marcar data para audiência pública, ou mesmo ouvir
depoimentos de pessoas e profissionais entendidos da matéria.
Antes de julgamento, o relator ainda pode solicitar informações de Tribunais Superiores e demais
Tribunais acerca da aplicação da norma em suas jurisdições.
Por fim, o relator elaborará seu relatório, com cópia para os demais Ministros e marcará data de
julgamento.
O julgamento da ação será realizado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, respeitando o
princípio da reserva de plenário do artigo 97 da Constituição (pelo qual para um Tribunal declarar a
inconstitucionalidade de uma norma necessita da maioria absoluta de seus membros ou dos membros
do órgão especial, em caso de Tribunais com número elevado de julgadores) e o quórum mínimo de
oito ministros para a instalação da sessão.
Caso o Supremo Tribunal Federal entenda que o objeto da ação é constitucional, declarará a
constitucionalidade do dispositivo, em via transversa; se julgá-lo inconstitucional, declarará a
procedência da Ação Direta de Inconstitucionalidade, em razão do caráter dúplice dessa ação.
Inicial → Deferimento → Informações da autoridade que emanou o ato (30 dias) → Vistas
AGU (15 dias) → Vistas ao PGR (15 dias) → Audiência pública (se necessária) → Data de
julgamento → Presença mínima de 08 ministros → Decisão de inconstitucionalidade por
maioria absoluta (06 ministros)

A Lei 9.868/1999, em seu artigo 12, possibilitou a existência de um julgamento mais célere da
Ação Direta de Inconstitucionalidade, ao disciplinar que, havendo pedido de medida cautelar, o relator
da ação, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a
segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação
do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco
dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a
ação.
Algumas características do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade diferem-se dos
demais procedimentos processuais, entre elas vale destacar:
a) inexistência de prazos especiais (em dobro e quádruplo) para Fazenda Pública ou Ministério
Público;
b) inexistência de prescrição ou decadência;
c) inexistência de assistência ou intervenção de terceiros (exceção: amicus curiae);
d) proibição de desistência da ação;
e) decisão irrecorrível (exceção: oposição de embargos de declaração);
f) não vinculação à causa de pedir (os Ministros não se vinculam à tese jurídica, mas ao pedido de
declaração de inconstitucionalidade de uma determinada norma);
g) a decisão da Ação Direta de Inconstitucionalidade tem caráter dúplice, ou seja, se procedente, a
norma é considerada inconstitucional e se improcedente, a norma é considerada constitucional, não
admitindo nova discussão pelo mesmo fundamento.
[Esmbargos de declaração: este e o único recurso da adi no STF. Já da ADI no TJ cabe
tanto embargos de declaração quanto recurso extraordinário para o STF.

13. Efeitos da decisão de Ação Direta de Inconstitucionalidade. Em se tratando de controle


abstrato de constitucionalidade, em que se discute a constitucionalidade de uma norma em abstrato,
seu efeito é erga omnes e, como regra, retroativo (ex tunc), ou seja, retroagirá, alcançando a
inconstitucionalidade desde sua origem.
Contudo, a Lei 9.868/1999, em seu artigo 27, prevê a possibilidade do efeito ex nunc, ou
mesmo ex tunc, com determinada fixação da retroatividade, isto é, existe no ordenamento jurídico a
possibilidade de modulação dos efeitos da decisão da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Em caso
de efeito ex nunc, estamos diante de uma verdadeira declaração e inconstitucionalidade sem pronúncia
de nulidade, uma vez que os efeitos da lei até o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
serão preservados.
Para tanto, segundo o mesmo artigo 27, é necessário que haja razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse nacional, como também que tal decisão seja tomada por pelo menos dois terços
dos ministros do Supremo Tribunal Federal (08 Ministros).
14. Efeito vinculante da Ação Direta de Inconstitucionalidade. A Emenda Constitucional
45/2004 tornou previsão constitucional expressa o efeito vinculante em sede de Ação Direta de
Inconstitucionalidade no artigo 102, § 2.º, da Constituição Federal. Dessa forma, uma vez proferida
uma decisão de mérito em Ação Direta de Inconstitucionalidade, esta vinculará obrigatoriamente os
demais órgãos do Poder Judiciário, assim como a Administração Pública direta e indireta, nas esferas
federal, estadual e municipal.
Ressalte-se que o Poder Legislativo não está vinculado a esta decisão, uma vez que não há como
obrigar o Poder Legislativo a não exercer sua função típica de legislar, mesmo que contrarie a decisão
tomada em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade.

Resumindo

Efeitos da Ação Direta de Inconstitucionalidade – Regra geral:


– Erga omnes;
– Vinculante;
– Ex tunc.

Modulação de efeitos por:


Efeito ex nunc ou outro que o Supremo Tribunal Federal definir por
maioria de 2/3 dos ministros.
15. Procedência parcial da Ação Direta de Inconstitucionalidade. No julgamento da Ação
Direta de Inconstitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal pode julgar parcialmente procedente o
pedido de inconstitucionalidade, retirando da lei uma palavra ou uma expressão, como ocorreu no
julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.227-8 que, ao analisar a constitucionalidade do
artigo 7.º, § 2.º, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, retirou do texto apenas a expressão
“desacato”, permanecendo constitucionais e intactas as demais imunidades do advogado no exercício
da defesa de seu cliente.
16. Declaração de Inconstitucionalidade com e sem redução de texto. No julgamento da Ação
Direta de Inconstitucionalidade, normalmente o Supremo Tribunal Federal retira do ordenamento
jurídico a norma declarada inconstitucional. Neste caso estamos diante da declaração de
inconstitucionalidade com redução do texto da lei declarada inconstitucional.
Em outras ocasiões, apesar de o Supremo Tribunal Federal declarar a inconstitucionalidade, não
retira a norma do ordenamento, apontando qual é a interpretação conforme a Constituição, ou seja,
qual a interpretação da norma que se adéqua ao Texto Constitucional, entendo por inconstitucional
qualquer outra interpretação em qualquer outro sentido. Note-se que neste caso há uma declaração de
inconstitucionalidade, mas sem redução do texto da lei.
Fundamentos mais comuns:
CF, artigo 102, I, “a”, artigo 102, § 2º, artigo 103,I – IX
Lei 9.868/1999
Súmulas do STF:
360, 642

Resumindo

Fundamento Artigo 102, I, “a”, Constituição Federal.

Norma
Lei 9.868/1999.
regulamentadora

Declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato nor-mativo


Objeto
federal/estadual que viola a Constituição Federal.

Originária do Supremo Tribunal Federal e originaria do Tribunal de


Competência Justiça na Ação Direta de Inconstitucionali-dade estadual (artigo 125,
§ 2.º, da Constituição Federal).

Possível, artigo 102, I, “p”, da Constituição Federal, com efeito erga


Cautelar
omnes, vinculante e, como regra, ex nunc.

Artigo 103 da Constituição Federal, repetida na Lei 9.868/1999, artigo


Legitimidade
2.º.

Apenas dos seguintes legitimados:


Pertinência temática
a) o Governador do Estado ou do Distrito Federal;
b) a Mesa da Assembleia Legislativa dos Estados ou da Câmara
Legislativa do Distrito Federal;
c) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Participantes Procurador-Geral da República (custos legis) e do Advo-gado-Geral


necessários da União (defesa do ato impugnado).

Para cautelar: maioria absoluta.


Quórum no Tribunal No recesso: presidente do Tribunal.
No mérito: maioria absoluta (6), desde que presentes 08 Ministros.
17. Passo a passo da Ação Direta de Inconstitucionalidade – preenchendo seus requisitos:
Originária do SupremoTribunal Federal (artigo 102, I, “a”, da
Constituição Federal) e originária do Tribunal de Justiça na
Competência
Ação Direta de Inconstitu-cionalidade estadual (artigo 125, §
2.º, da Constituição Federal).

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO


Endereçamento PRESIDENTE DO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL

Legitimidade Ativa – Artigo 103 da Constituição Federal e


artigo 2.º da Lei 9.868/1999.
Partes
Legitimidade Passiva – Órgão ou autoridade que editou a lei/
ato norma-tivo que se pretende declarar inconstitucional.

Causa de Pedir – tese a Apontar os motivos da inconstitucionalidade da norma


ser desenvolvida atacada (incons-titucionalidade formal ou material).

Declaração de inconstitucionalidade, intimação do


órgão/autoridade responsável pela lei/ato normativo,
Pedido
intimação do Advogado-Geral da União e do Procurador-
Geral da República.

A petição inicial, acompanhada de instrumento de


procuração, quando subscrita por advogado, será
apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou
Demais requisitos
do ato normativo impugnado e dos documentos neces-sários
para comprovar a impugnação (comprovação dos requisitos
do artigo 3.º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999).
18. Esquema da Ação Direta de Inconstitucionalidade (lei ou ato normativo federal) 1 – A
intimação do órgão/autoridade responsável pela edição da lei/ato normativo objeto da ação, para
que, querendo, manifeste-se sobre o pedido cautelar 19. Problema Resolvido – (OAB 2008.3)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

[Espaço de dez linhas]

[Legitimado Ativo], conforme artigo 103, inciso...,


da Constituição Federal e o artigo 2.º da Lei 9.868/1999, por seu advogado
regularmente inscrito na OAB/... sob o número..., com escritório situado na ..., vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 102, I,
“a” e “p”, da Constituição Federal e artigo 10 da Lei 9.868/1999, propor AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE com pedido cautelar, em face
de [Legitimado Passivo – órgão ou autoridade responsável pela edição da lei/ato
normativo federal ou estadual].

Uma vez que a norma impugnada é


inconstitucional, pois viola [inserir o artigo ou princípio constitucional
violado], conforme se comprovará.

[Espaço de duas linhas]

I – DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL


FEDERAL PARA O JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE

[Espaço de uma linha]

[Explicar resumidamente a competência do artigo 102, I, “a”, da Constituição


Federal]

[Espaço de duas linhas]

II – DA LEGITIMIDADE ATIVA

[Espaço de uma linha]

[Explicar os motivos que o legitimado tem para propor a Ação Direta de


Inconstitucionalidade, sua previsão no artigo 103 da Constituição Federal e no artigo
2.º da Lei 9.868/1999, e salientar que tem pertinência temática sendo legitimado
universal ou comprovar a pertinência temática, no caso de ser legitimado especial]

[Espaço de duas linhas]

III – DA LEGITIMIDADE PASSIVA

[Espaço de uma linha]

[Demonstrar qual foi o órgão/autoridade de que emanou a lei/ ato normativo que se
pretende questionar a constitucionalidade]
[Espaço de duas linhas]

IV – DA INCONSTITUCIONALIDADE FOR- MAL


DA NORMA OBJETO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

[Espaço de uma linha]

[Demonstrar os motivos pelos quais a lei/ato normativo viola a Constituição Federal


em seu aspecto formal, como por exemplo, vício de competência, vício da votação
do projeto de lei, proposta de emenda constitucional]

[Espaço de duas linhas]

V – DA INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
DA NORMA OBJETO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

[Espaço de uma linha]

[Demonstrar os motivos pelos quais a lei/ato normativo viola a Constituição Federal


em seu aspecto material, como por exemplo, violação direta da matéria
constitucional]

[Espaço de duas linhas]

VI – DA MEDIDA CAUTELAR DA AÇÃO DIRETA


DE INCONSTITUCIONALIDADE

[Espaço de uma linha]

[Explicar os motivos do pedido cautelar com base no artigo 102, I, “p”, da


Constituição Federal e artigo 10 da Lei 9.868/1999 e seus requisitos:

– “Fumus boni iuris”: demonstrar que a tese da inconstitucionalidade da norma tem


plausibilidade jurídica;

– “Periculum in mora”: demonstrar o risco da demora do provimento jurisdicional


apenas ao final do julgamento frente aos efeitos imediatos da norma
inconstitucional.]

[Espaço de duas linhas]

VII – DOS PEDIDOS E REQUERIMEN-TOS

[Espaço de uma linha]

Ante o exposto, requer-se a este Colendo


Supremo Tribunal:
1 – A intimação do órgão/auto-ridade responsável
pela edição da lei/ato normativo objeto da ação, para que, querendo, manifeste-se
sobre o pedido cautelar no prazo de cinco dias, conforme o artigo 10 da Lei
9.868/1999, bem como para que, querendo, manifeste-se no prazo de trinta dias,
acerca do mérito e pedido principal da ação, nos termos do artigo 6.º, parágrafo
único, da Lei 9.868/1999.

2 – A concessão da medida cautelar para


suspender a eficácia da norma inconstitucional impugnada, uma vez que presentes
os requisitos do “fumus boni iuris” e “periculum in mora”, com fulcro no artigo 10 da
Lei 9.868/1999.

3 – A intimação do Excelentíssimo Advogado-


Geral da União, para que se manifeste acerca do pedido cautelar no prazo de três
dias, caso o Excelentíssimo Ministro relator entenda indispensável, bem como para
que se manifeste acerca do mérito da ação no prazo de quinze dias, nos termos do
artigo 10, § 1.º, e artigo 8.º da Lei 9.868/1999.

4 – A intimação do Excelentíssimo Procurador-


Geral da República, para que se manifeste acerca do pedido cautelar no prazo de
três dias, caso o Excelentíssimo Ministro relator entenda indispensável, bem como
para que se manifeste acerca do mérito da ação no prazo de quinze dias, nos
termos do artigo 10, § 1.º, e artigo 8.º, da Lei 9.868/1999.

5 – Ao final que seja julgado procedente o pedido


de inconstitucionalidade da lei/ato normativo inconstitucional.

6 – Requer-se a juntada das inclusas cópias em


duas vias, da inicial, procuração, lei/ato normativo e documentos que comprovam a
impugnação da norma inconstitucional, em cumprimento do artigo 3.º da Lei
9.868/1999.

[Espaço de uma linha]

Dá-se à causa o valor de R$...

[Espaço de uma linha]

Nesses termos,

pede deferimento.

[Esede deferimento.

[Espaço de uma linha]

Local, data.
[Espaço de uma linha]

Advogado ...

19. Problema Resolvido – (OAB 2008.3)


O governo brasileiro, preocupado com os índices crescentes de ataques terroristas no mundo,
vinculou-se à Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas,
convenção internacional, de âmbito multilateral, que estabelece restrições aos direitos dos presos
condenados por crimes resultantes de atividades terroristas. O Presidente da República assinou o
tratado e o enviou ao Congresso Nacional, conforme disposição do artigo 49, I, da Constituição
Federal e, não, de acordo com o § 3.º do artigo 5.º dessa Carta e, em poucos meses, o Congresso
Nacional aprovou o texto do tratado na forma de decreto legislativo. Após isso, o Presidente da
República editou decreto promulgando e ratificando o tratado.
Já estando internamente em vigor o referido decreto, percebeu-se que vários juízes, em todo o
território nacional, aplicavam plenamente o artigo 22 do tratado, no qual se lê: “as presas condenadas
por crimes resultantes de atividades de terrorismo, logo após darem à luz, deverão deixar seus filhos
sob a responsabilidade de entidade pública de assistência social até que cumpram integralmente a
pena”. Visando a impossibilitar, de algum modo, a aplicação do referido artigo, sob o argumento de
sua inconstitucionalidade, o presidente de um partido político com representação no Congresso
Nacional procurou, em nome do partido, os serviços advocatícios de um(a) profissional, pretendendo
uma solução urgente e uniforme para o caso, de modo que, com apenas uma ação, seja alcançado
efeito para todos os indivíduos no território brasileiro.
Na qualidade de advogado(a) contratado(a) pelo partido político mencionado nessa situação
hipotética, redija a peça jurídica mais adequada ao caso, de acordo com a jurisprudência majoritária do
Supremo Tribunal Federal, atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos:
a) competência do órgão julgador;
b) legitimidade ativa e passiva;
c) possibilidade de contestação judicial da constitucionalidade do referido tratado;
d) argumentos a favor da inconstitucionalidade do mencionado artigo 22;
e) requisitos formais da peça judicial proposta.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA
Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedido cautelar (artigo 10
Peça judicial
da Lei 9.868/1999).

Originária do Supremo Tribunal Federal (artigo 102, I, “a”, da Cons-


Competência
tituição Federal).

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE


Endereçamento
DO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Legitimado ativo: Partido Político com representação no Congresso


Partes Nacional, artigo 103, VIII, da Constituição Federal e artigo 2.º, VIII, da
Lei 9.868/1999.
Legitimidade Passiva: Presidente da República que editou decreto
promulgando e ratificando o Tratado internacional que contém o artigo
22 que se pretende declarar inconstitucional.

Demonstração de que o artigo 22 do referido Tratado não se


compa-tibiliza com o artigo 5.º, L, da Constituição Federal, que
prevê: “às presidiárias são asseguradas condições para que
Causa de Pedir – tese a
possam permane-cer com seus filhos durante o período de
ser desenvolvida
amamentação”. Também se poderia aventar a violação ao
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (artigo 1.º, III, da
Constituição Federal).

Declaração de inconstitucionalidade, intimação do Presidente da


República, intimação do Advogado-Geral da União e do Procurador--
Pedido
Geral da República e comprovação dos demais requisitos do artigo
3.º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999.

A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração,


quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias,
Demais requisitos
devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos
documentos necessários para comprovar a impugnação.
PEÇA RESOLVIDA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

[Espaço de dez linhas]

PARTIDO POLÍTICO COM REPRESENTAÇÃO


NO CONGRESSO NACIONAL, Legitimado Ativo universal, conforme artigo 103,
VIII, da Constituição Federal, e artigo 2.º, VIII, da Lei 9.868/1999, por seu
advogado regularmente inscrito na OAB... sob o número..., com escritório situado na
[endereço], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no artigo 102, I, “a” e “p”, da Constituição Federal, e artigo 10 da Lei
9.868/1999, propor AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO
CAUTELAR, em face do norma impugnada
DOS LEGITIMADOS

ATIVO

O Partido Político Com Representação no Congresso Nacional, Vem Figurar no


polo ativo da presenta Ação, tendo em vista ser Legitimado Ativo Universal,
constante no Artigo 103, VIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E ARTIGO 2.º, VIII,
DA LEI 9.868/1999, perfazendo assim respeito ao cabimento da sua legitimidade
ativa .

PASSIVO

Figura no polo passivo da presente Ação o Excelentíssimo Senhor Presidente da


República, Sr..., por sereste a autoridade responsável pela edição do Decreto que
promulgou e ratificou o Tratado Internacional..., bem como , o presidente do CN
responsável pelo controle preventivo de const. Quando da votação e aprovação do
decreto. perfazendo assim respeito ao cabimento da sua legitimidade passiva

[Espaço de duas linhas]

I – DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL


FEDERAL PARA O JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE

DO CABIMENTO

[Espaço de uma linha]

Conforme o artigo 102, I, “a”, da Constituição


Federal, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe processar e julgar originariamente a ação direta de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual.

No presente caso, pretende-se a declaração da


inconstitucionalidade da Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de
Atividades Terroristas, convenção internacional de âmbito multilateral, ao qual o
Brasil vinculou e integralizou ao direito interno com o “status” meramente legal, pois
foi introduzido sem respeitar a previsão do artigo 5.º, § 3.º, da Constituição Federal,
o qual prevê o ingresso de Tratados e Convenções Internacionais com “status” de
Emenda Constitucional, que também é passível de Ação Direta de
Inconstitucionalidade.

Assim, por conta do “status” infraconstitucional que


a referida convenção internacional detém, é plenamente possível a propositura da
presente Ação Direta de Inconstitucionalidade cabendo ao Colendo Supremo
Tribunal Federal seu julgamento.

[Espaço de duas linhas]

II – DA LEGITIMIDADE ATIVA

[Espaço de uma linha]

O partido político com representação no


Congresso Nacional é parte legitima para a propositura da presente ação, uma vez
que tem legitimidade para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade,
conforme artigo 103, VIII, da Constituição Federal e artigo 2.º, VIII, da Lei
9.868/1999, além do fato de ter pertinência temática presumida para propositura de
qualquer Ação Direta de Inconstitucionalidade, sendo legitimado universal.

[Espaço de duas linhas]

III – DA LEGITIMIDADE PASSIVA

[Espaço de uma linha]

No presente caso, o Presidente da República


figura no polo passivo da ação, pois foi a referida autoridade que, com fulcro na
competência que a Constituição Federal lhe delega no artigo 84, VIII, da
Constituição Federal, editou o decreto..., promulgando e ratificando a
aludida Convenção Internacional que contém o artigo 22 e que, como se
demonstrará, deverá ser declarado inconstitucional.

[Espaço de duas linhas]

IV – DA INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DA NORMA OBJETO DA AÇÃO


DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 5.º, L, e 1.º,
III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

[Espaço de uma linha]

A Convenção internacional ratificada e em vigor no


ordenamento jurídico brasileiro com “status” de lei, determina, em seu artigo 22, que:

O citado artigo 22 da Convenção Internacional


convertida na lei objeto desta Ação Direta de Inconstitucionalidade viola diretamente
o artigo 5.º, L, do Texto Constitucional na medida em que este ordena que:

“Às presidiárias serão asseguradas condições para que


possam permanecer com seus filhos durante o período
de amamenta-ção”.
Assim, a norma objeto desta Ação Direta de
Inconstitucionalidade é direta e frontalmente inconstitucional e por isso deve ser
declarado por este Colendo Supremo Tribunal Federal, com sua consequente
retirada do ordenamento jurídico.

“As presas condenadas por crimes resultantes de


atividades de terrorismo, logo após darem à luz,
deverão deixar seus filhos sob a responsabilidade de
entidade pública de assistência social até que cumpram
integralmente a pena”.

Por força dessa disposição, há julgados que


determinam a retirada dos filhos das presidiárias.

Ora, a norma infraconstitucional objeto desta Ação


Direta de Inconstitucionalidade determina, em seu artigo 22, a retirada imediata e
compulsória dos filhos das presidiárias condenadas por crimes resultantes de
atividades de terrorismo até o cumprimento integral da pena e o Texto Maior do país
assegura as presidiárias, independentemente do crime que cometeram totais
condições para permanecer com seus filhos durante a amamentação. da
Constituição Federal, o qual o artigo 22 da Convenção Internacional ora atacada
ignorou, violando-o frontalmente.

[Espaço de duas linhas]

V – DA MEDIDA CAUTELAR DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

[Espaço de uma linha]

“Fumus boni iuris”: Conforme comprovado, o artigo


22 da Convenção Internacional viola frontalmente a Constituição Federal, mais
precisamente seus artigos 1.º, III e 5.º, L, ao retirar da presidiária que comete crimes
ligados a terrorismo, bem como de seus filhos, o contato direto e necessário no
período de amamentação, restada a plausibilidade jurídica da mencionada
inconstitucionalidade.

“Periculum in mora”: Acrescente-se que a


declaração de inconstitucionalidade da norma atacada não pode aguardar o
provimento jurisdicional apenas no final do julgamento, visto que diariamente as
referidas gestantes presidiárias e seus filhos estão sendo privados do contato direto
neste período fundamental que é a amamentação. Importante salientar que já
existem diversas decisões judiciais favoráveis à aplicação do artigo 22 da
mencionada Convenção Internacional o que também demonstra a necessidade da
medida urgente, em razão do dano que se pode causar, sendo imperiosa a
concessão de medida cautelar em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade,
conforme artigo 102, I, “p”, da Constituição Federal, bem como do artigo 10 da Lei
9.868/1999.

[Espaço de duas linhas]

VI – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

[Espaço de uma linha]

Ante o exposto, requer-se a este Colendo


Supremo Tribunal:

a) A intimação do(a) Excelentíssimo(a) Senhor(a)


Presidente da República ..., presidente do cn para tomar ciência da presente ação e
assim prestar informação

b) A concessão da medida cautelar para


suspender a eficácia da norma inconstitucional impugnada, qual seja artigo 22 da
Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas
Internacional, uma vez que presentes os requisitos do “fumus boni iuris” e “periculum
in mora”, com fulcro no artigo 10 da Lei 9.868/1999.

c) A intimação do Excelentíssimo Advogado Geral


da União, para que se manifeste artigos 10, § 1.º, e 8.º da Lei 9.868/1999.

d) A intimação do Excelentíssimo Procurador Geral


da República, para que se manifeste nos termos dos artigos 10, § 1.º, e 8.º da Lei
9.868/1999.

e) Ao final que seja julgado procedente o pedido


de inconstitucionalidade do artigo 22 da Convenção Internacional sobre os Direitos
Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, uma vez que viola o artigo 1.º, III, e
5.º, L, da Constituição Federal.

Dá-se o valor da causa R$...1000 reais para fins


fiscais

[Espaço de uma linha]

Nesses termos,

pede deferimento.
[Espaço de uma linha]

Local e data.

Adv/oab

[Espaço de uma linha]

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

[Espaço de dez linhas]

PARTIDO POLÍTICO COM REPRESENTAÇÃO


NO CONGRESSO NACIONAL, Legitimado Ativo universal, conforme artigo 103,
VIII, da Constituição Federal, e artigo 2.º, VIII, da Lei 9.868/1999, por seu
advogado regularmente inscrito na OAB... sob o número..., com escritório situado na
[endereço], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no artigo 102, I, “a” e “p”, da Constituição Federal, e artigo 10 da Lei
9.868/1999, propor AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO
CAUTELAR, em face do norma impugnada

DOS LEGITIMADOS

ATIVO

O Partido Político Com Representação no Congresso Nacional, Vem Figurar no


polo ativo da presenta Ação, tendo em vista ser Legitimado Ativo Universal,
constante no Artigo 103, VIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E ARTIGO 2.º, VIII,
DA LEI 9.868/1999, perfazendo assim respeito ao cabimento da sua legitimidade
ativa .

PASSIVO

Figura no polo passivo da presente Ação o Excelentíssimo Senhor Presidente da


República, Sr..., por sereste a autoridade responsável pela edição do Decreto que
promulgou e ratificou o Tratado Internacional..., bem como , o presidente do CN
responsável pelo controle preventivo de const. Quando da votação e aprovação do
decreto. perfazendo assim respeito ao cabimento da sua legitimidade passiva

[Espaço de duas linhas]


I – DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL PARA O JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE

DO CABIMENTO

[Espaço de uma linha]

Conforme o artigo 102, I, “a”, da Constituição


Federal, compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe processar e julgar originariamente a ação direta de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual.

IV – DA INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DA NORMA OBJETO DA AÇÃO


DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 5.º, L, e 1.º,
III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

[Espaço de uma linha]

A Convenção internacional ratificada e em vigor no


ordenamento jurídico brasileiro com “status” de lei, determina, em seu artigo 22, que:

O citado artigo 22 da Convenção Internacional


convertida na lei objeto desta Ação Direta de Inconstitucionalidade viola diretamente
o artigo 5.º, L, do Texto Constitucional na medida em que este ordena que:

“Às presidiárias serão asseguradas condições para que


possam permanecer com seus filhos durante o período
de amamenta-ção”.

Assim, a norma objeto desta Ação Direta de


Inconstitucionalidade é direta e frontalmente inconstitucional e por isso deve ser
declarado por este Colendo Supremo Tribunal Federal, com sua consequente
retirada do ordenamento jurídico.

V – DA MEDIDA CAUTELAR DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

[Espaço de uma linha]

“Fumus boni iuris”: Conforme comprovado, o artigo


22 da Convenção Internacional viola frontalmente a Constituição Federal, mais
precisamente seus artigos 1.º, III e 5.º, L, ao retirar da presidiária que comete crimes
ligados a terrorismo, bem como de seus filhos, o contato direto e necessário no
período de amamentação, restada a plausibilidade jurídica da mencionada
inconstitucionalidade.
“Periculum in mora”: Acrescente-se que a
declaração de inconstitucionalidade da norma atacada não pode aguardar o
provimento jurisdicional apenas no final do julgamento, visto que diariamente as
referidas gestantes presidiárias e seus filhos estão sendo privados do contato direto
neste período fundamental que é a amamentação. Importante salientar que já
existem diversas decisões judiciais favoráveis à aplicação do artigo 22 da
mencionada Convenção Internacional o que também demonstra a necessidade da
medida urgente, em razão do dano que se pode causar, sendo imperiosa a
concessão de medida cautelar em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade,
conforme artigo 102, I, “p”, da Constituição Federal, bem como do artigo 10 da Lei
9.868/1999.

VI – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

[Espaço de uma linha]

Ante o exposto, requer-se a este Colendo


Supremo Tribunal:

a) A intimação do(a) Excelentíssimo(a) Senhor(a)


Presidente da República ..., presidente do cn para tomar ciência da presente ação e
assim prestar informação

b) A concessão da medida cautelar para


suspender a eficácia da norma inconstitucional impugnada, qual seja artigo 22 da
Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas
Internacional, uma vez que presentes os requisitos do “fumus boni iuris” e “periculum
in mora”, com fulcro no artigo 10 da Lei 9.868/1999.

c) A intimação do Excelentíssimo Advogado Geral


da União, para que se manifeste artigos 10, § 1.º, e 8.º da Lei 9.868/1999.

d) A intimação do Excelentíssimo Procurador Geral


da República, para que se manifeste nos termos dos artigos 10, § 1.º, e 8.º da Lei
9.868/1999.

e) Ao final que seja julgado procedente o pedido


de inconstitucionalidade do artigo 22 da Convenção Internacional sobre os Direitos
Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, uma vez que viola o artigo 1.º, III, e
5.º, L, da Constituição Federal.
Dá-se o valor da causa R$...1000 reais para fins
fiscais

[Espaço de uma linha]

Nesses termos,

pede deferimento.

[Espaço de uma linha]

Local e data.

Adv/oab

[Espaço de uma linha]

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