Banco de Questões P1 - Anki
Banco de Questões P1 - Anki
Banco de Questões P1 - Anki
O efeito é a autoimunidade. Isso acontece porque o gene AIRE codifica a proteína AIRE,
que é uma proteína transativadora presente no timo, cuja função é induzir a expressão de
peptídeos self periféricos, de forma que eles sejam apresentadas via MHC aos linfócitos T
em amadurecimento. Isso facilita a seleção negativa dos linfócitos T autorreativos. Sendo
assim, com o defeito na expressão do gene AIRE ocorre uma falha no mecanismo da
tolerância central que resulta na não apresentação de antígenos self a linfócitos T
autorreativos e no consequente escape da seleção negativa, de forma que esses linfócitos
T autorreativos amaredurecem e vão para periferia, onde iniciam uma resposta imune.
O efeito é a não ocorrência da ontogenia de TCD4. Isso acontece porque o MHC de classe
II é responsável por apresentar antígenos self às células Th0, que se diferenciam em TCD4
no processo de seleção dos linfócitos T imaturos na medula do timo
5 - “Sabe-se que a asma tem relação com o fenótipo Th2 e que as células T primitivas
contribuem com a severidade da asma.” Explique tais relações.
As células T primitivas não passam pelo processo de seleção no timo, podendo, então, ser
autorreativas e identificar antígenos inofensivos como agressivos e formando um TCR com
baixa variabilidade. Além disso, as T primitivas são capazes de apresentar antígenos via
CD1 e de liberar citocinas que ajudam a APC na diferenciação de TCD4 em seus
respectivos fenótipos, inclusive o Th2. Assim, com o auxílio da T primitiva, a APC libera IL-4
(terceiro sinal) para diferenciação em Th2, que produz IL-3, IL-4, IL-5, IL-6 e IL-13. A IL-4 e
a IL-13 induzem a troca de classe de IgM para IgE, que desencadeia a degranulação dos
mastócitos, enquanto que a IL-5 é quimiotática para eosinófilos. Com isso, há liberação de
histamina, leucotrienos (responsável pela broncoconstrição), tromboxanos e
prostaglandinas.
6 - Qual o fenótipo responsável pela resposta imune celular?
O fenótipo Th1
7 - Como a resposta imune celular colabora com diferente células do sistema imune
na proteção contra micro-organismos intracelulares?
O fenótipo Th1 libera IFN-gama, que induz a troca de classe dos linfócitos B de IgM para
IgG1 e IgG3 e aumenta o poder microbicida dos fagócitos. Com o estímulo de IFN-gama, os
macrófagos se unem para formar uma célula gigante e, caso essa medida não seja
suficiente, a célula gigante formada vai liberar fator estimulante de fibroblastos (FEF),
recrutando fibroblastos que depositam colágeno em torno dessa célula, formando o
granuloma, que irá conter o patógeno e será mantido pelo Th1, com produção periódica de
IFN-gama. Além do IFN-gama, o fenótipo Th1 libera IL-2, que auxilia na diferenciação dos
linfócitos TCD8 em linfócitos T citotóxicos (CTL).
A neutralização ocorre pela capacidade do IgG se ligar com alta afinidade ao antígeno,
bloqueando a interação antígeno-célula e impedindo a infecção celular. A interação dos
domínios variáveis do IgG que está aderido à superfície dos patógenos com a proteína C1
auxilia na ativação da via clássica do sistema complemento. Já a opsonização acontece
porque o Th1 libera IFN-gama, que induz a troca de classe dos linfócitos B de IgM para
IgG1 e IgG3, que opsonizam o patógeno, contribuindo com a fagocitose. Por fim, os IgGs
fixados na parede das células infectadas aproximam os receptores Fc das células Natural
Killers (NK), ativando-as.
O primeiro fator é a expansão clonal das células pró-B induzidas por IL-7, que amplia as
possibilidade de recombinações na região variável. O segundo é a RAG-1, que catalisa a
escolha aleatório do local de clivagem das sequências V, D e J e V e J. O terceiro fator é a
Artemis, que abre o grampo formado após ação da RAG-1 em um sítio não dirigido. E o
último é a TdT, que é responsável por transferir até 20 nucleotídeos, formando o molde para
ação da DNA polimerase.
13 - Qual a importância da C3 na resposta imune e por que sua ausência pode causar
infecção e beneficiar Neisseria?
14 - “IgG de baixa afinidade indica que uma infecção ainda está em curso.” Essa
afirmativa está correta? Justifique
Sim. Na fase inicial da resposta, o primeiro anticorpo a ser produzido é o IgM, por
plasmócitos de vida curta, que também podem liberar IgG com baixa afinidade. Entretanto,
IgGs de alta afinidade só podem ser liberados por plasmócitos de vida longa, presentes no
centro germinativo, decorrentes dos processos de hipermutação somática e de maturação
de afinidade, que aumenta a afinidade do anticorpo ao antígeno sucessivamente, durante a
fase tardia da resposta. Portanto, IgG de alta afinidade é sinal de infecção passada,
vacinação ou infecção crônica, enquanto o de baixa afinidade é sinal de uma resposta ainda
em curso.
Um doador de medula ideal é aquele com MHC idêntico, uma vez que o MHC é envolvido
no processo de rejeição de transplantes. Como cada filho recebe 2 haplótipos diferentes
entre si (um do pai e um da mãe), a probabilidade de 100% histocompatibilidade entre
irmãos é de apenas 25%.
A célula B possui em sua membrana BCR específico para determinado antígeno, que é
idêntico aos anticorpos específicos para esse antígeno (exceto pela parte que prende o
BCR na membrana, que é ausente no anticorpo). Quando há excesso de anticorpos no
organismo, eles podem se ligar ao receptor da região Fc ao mesmo tempo que o BCR,
ocorrendo reação cruzada induzindo o silenciamento dessa célula B.
28 - Quais fatores devem ser considerados para uma resposta imune bem sucedida?
O paciente tem que ter os genes funcionais de resposta imune de interesse. Temos
variações genéticas na resposta imune. Os genes são influenciados por cargas ambientais,
ações epigenéticas, modulando a expressão de genes. E precisa ser levado em conta a
história prévia de imunizações ativas (natural ou artificial), vacinação ou infecção.
Pode ser de membrana, dentro do citoplasma (se o estímulo for lipídico), dentro do núcleo.
Se a célula é estimulada, são ativadas vias de sinalização que chegam ao núcleo,
independente onde esteja o receptor.
30 - A célula que foi estimulada tem que responder, a menos que a célula tenha perda
de receptores e seja hipofuncional. Mas no geral, tem resposta e os efeitos são
vários. Cite 4 exemplos
Efeito intracelular, como por exemplo, aumentar as vias microbicidas (fagócito recebe um
estímulo, fagocita, cascata, transcrição de genes e aumenta enzimas dentro dos
lisossomos, por exemplo).
Aumentar a sobrevida celular (inibindo a morte por apoptose, por exemplo).
Induzir proliferação (mitoses).
Liberar substâncias em via autócrina, parácrina e/ou hormonal
As citocinas são glicoproteínas importantes, que são muito liberadas para acionar uma
resposta de curta e de longa distância.
32 - O que é HLA?
HLA são moléculas de histocompatibilidade principal. Moléculas que expressam nas células
de imunidade inata e tem como função apresentar peptídeos para os linfócitos T. O
polimorfismo desse loci pode contribuir pro bem ou pro mal no desfecho de uma doença.
33 - O que são SNPs?
O trauma mecânico já vai causar um dano no epitélio e esse dano local vai liberar células
necrosadas, o que já leva a um processo inflamatório e liberação de mediadores
inflamatórios, além da cascata de coagulação. O que tem no material danificado do tecido
são os DAMPs - padrões moleculares associados ao dano, mais especificamente são
proteínas e glicoproteínas liberadas pelo tecido injuriado que ativam uma reação
inflamatória. Sendo uma inflamação asséptica, isso tende a se auto limitar.
Para isso, o macrófago precisa ser ativado, liberar mediadores inflamatórios, causar
inflamação e, assim, recrutar neutrófilos para a área de infecção.
O patógeno é fagocitado formando uma vesícula pelo macrófago. Essa vesícula é chamada
de fagossomo e imediatamente através de um rearranjo do citoesqueleto, as enzimas de
uma organela chamada lisossomo são direcionadas para dentro do fagossomo, formando o
fagolisossomo
Interleucinas, exemplos: IL-1B, IL-6, IL-12, IL-23. NF alfa que é o fator alfa de necrose
tumoral que é uma citocina que causa necrose de tumor. E quimiocinas, responsáveis pela
atração de células pelo local de inflamação, por exemplo a IL-8, que é a liberada pelos
macrófagos para recrutar neutrófilos.
PAF (fator ativador de plaquetas), prostaglandinas e os LTs (leucotrienos - C4, D4, E4).
47 - Explique porque quando a infecção é causada por vírus temos algumas nuances
em termos de citocinas.
A imunidade inata e as células infectadas pelo vírus no local da infecção produzem grandes
quantidades dos chamados interferons do tipo 1 (IFN alfa e IFN beta), o nome interferon foi
a sua descoberta no contexto de interferir com a replicação do vírus.
Fimbrias e flagelos
50 - O que é que as células da imunidade inata tem que ter para reconhecer os
PAMPs?
Família RIG são intracelulares. Outra superficial, como a vectina 1, que reconhece beta
glucana, que é de fungo. Família NOD reconhece vários peptideoglicanos
56 - Os agentes infecciosas, onde quer que eles estejam, na célula, fora dela, em
vesículas ou dispersos no citoplasma, nós temos receptores chamados PRR -
receptores de padrão, que vão reconhecer esses PAMPs e isso que vai ativar a
cascata de sinalização. Qual o objetivo das vias tratando-se de reações
inflamatórias?
Proteínas adaptadoras são utilizadas apenas para recrutar o próximo membro que vai ser
alvo de catalise, que seria a caspase 1 inativa, pró caspase 1, gerando a forma ativa que é
caspase 1, a qual gera citocinas na sua forma ativa.
Porque é apenas a partir dele que algumas citocinas produzidas a partir da transcrição
nuclear podem ser sintetizada na sua forma ativa, por exemplo, interleucina 1 beta.
60 - Quando você tem o PAMP ligado a um PRR, vai haver uma sinalização, uma das
várias vias que são acionadas vai ativar uma enzima chamada fosfolipase A2 - cPLA2
(a via é a da PKC MAPK). Caracterize o papel da fosfolipase A2.
É uma enzima que degrada fosfolipídios de membrana, gerando, a partir da degradação dos
fosfolipídeos na parte interna da bicamada de produtos como o ácido araquidônico.
O ácido araquidônico pode ser consumido de forma subsequente por dois diferentes
complexos enzimáticos - COX, ciclo oxigenases, que é uma família que vai gerar diferentes
prostaglandinas, que tem efeitos como vasodilatação, vasoconstrição, agregação
plaquetaria, formação do edema. Por outro lado, pode ser consumido pela LOX -
lipooxigenase, formando os leucotrienos, principalmente os leucotrienos da série 4, A4, C4,
D4, E4 que estão envolvidos em vasoconstrição, broncoespasmo e aumento da
permeabilidade
Macrófago tem mais COX que LOX, assim, com acido araquidônico, produz mais
prostaglandinas. O eosinófilo tem mais LOX então tem uma tendência a produzir
leucotrienos.
63- -Quais são as armas bioquímicas usadas pelos fagócitos? E por que elas não são
suficientes?
O macrófago tem as enzimas lisossomias para o processo de digestão durante a formação
do fagolisossomo. E também há a síntese de radicais livres derivados do oxigênio e do
nitrogênio. O problema é que a quantidade de radicais livres no início da resposta imune é
muito baixa, por isso que quando o macrófago pede ajuda, ele não quer novas armas, quer
apenas que aumente a quantidade das mesmas armas bioquímicas para tentar matar o
invasor.
Vasodilatar significa que vai chegar mais sangue, com menor velocidade. Aumento de
permeabilidade é que vai sair mais fluxo para fora do vaso.
Conjunto de 18 proteínas séricas produzidas pelo fígado que amplificam a função dos
anticorpos.
Opsoninas: C3b, iC3b, C3g,e - é toda e qualquer proteína que aumente a fagocitose.
Os fagócitos tem que ter receptor para opsonina. Neutrófilos e macrófagos tem 4 tipos de
receptores (CR1 ao CR4). A opsonina é C3b, que está ligado a superfície do patógeno.
Assim quando o fagócito reconhecer o fragmento C3b, leva a fagocitose do patógeno.
As anafilatoxinas são as proteínas do Sistema Complemento C3a, C4a e C5a. Dentre serus
efeitos, está a ativação de mastócitos. que são a principal fonte de histamina. Histamina é
um mediador inflamatório pré-formado. Mastócitos têm grânulos, assim já tendo a histamina
pronta. Quando o mastócito é ativado, ele degranula, permitindo que a histamina já produza
seus efeitos rapidamente (diferente de proteínas que precisam de tempo para ainda serem
produzidas) – assim, logo percebemos os efeitos da histamina. A histamina acaba rápido,
no entanto, nesse tempo, já começa a produção de outros mediadores que levam aos
mesmos efeitos da histamina.
71 - O que é o MAC?
MAC - complexo de ataque de membrana: C5b-C9 (n). Molécula anfipática que atravessa a
membrana, formando verdadeiros buracos, interrompendo a bicamada de fosfolipídeos e
causando a lise osmótica.
C5a
Neutrófilo é uma célula extremamente alucinada. Ela vive 6 horas. Tem um arsenal
enzimático muito mais variado que o macrófago. Tem três tipos de grânulos específicos.
Produz radicais livres e formam NET
Os neutrófilos fazem parte da imunidade inata, constituindo a maior parte dos leucócitos
circulantes (60 a 65%). São células que possuem receptores de PAMPs (PRRs),
reconhecendo esses Padrões Moleculares Associados a Patógenos. São capazes de
realizar fagocitose, degranulação e formam armadilha extracelular de neutrófilo (NET),
contribuindo, com isso, para a eliminação do microorganismo. A fagocitose é um processo
que se inicia a partir do reconhecimento de PAMPs, uma vez que a partir disso ocorre
mudança na conformação do citoesqueleto do neutrófilo, o qual assim emite
prolongamentos citoplasmáticos, internalizando o microorganismo. Há formação do
fagossoma, que ao se unir ao lisossoma da cell, forma o fagolisossoma. Dessa forma, o
microorganismo entrará em contato com as enzimas lisossomiais, que vão digeri-lo. É a
partir também do reconhecimento do microorganismo que o neutrófilo pode sofrer
degranulação, liberando grânulos com enzimas e peptídeos antimicrobianos (como as
defensinas) que começam a digerir o patógeno antes mesmo desse ser fagocitado. Dessa
forma, enzimas como a colagenase são liberadas, podendo gerar dano tecidual associado
ao processo inflamatório, formando pus (que é rico em neutrófilos), e relacionado à digestão
da matriz celular da região em que está o ocorrendo a invasão. Cabe considerar ainda o
processo de netose, em que ocorre a perda da integridade das membranas dos neutrófilos
quando da ativação da NAPH oxidase, que forma ROS (Espécies Reativas de Oxigênio) e
radicais livres, desencadeando a projeção para o meio externo da NET, que é formada por
filamentos de DNA descondensado que sofreu extrusão do núcleo e que ajuda a conter a
infecção, a capturar os patógenos e a forçar o contato desses com as enzimas dos
grânulos. Por fim, os componentes microbicidas produzidos pelos neutrófilos são ROS
(espécies reativas de oxigênio), NO (cuja produção basal já ocorre no endotélio, mas é
aumentada pelos neutrófilos) e radicais livres, além de enzimas (como as colagenases) e
peptídeos antimicrobianos (como as defensinas) liberados nos grânulos.
Tem receptores para PAMPs e DAMPs, não é fagocitica. Reconhecem alterações nas
células infectadas por vírus ou transformadas por neoplasia e libera substancias toxicas,
perforinas, que faz o poro e as granzimas entrarem e destroem o material genético das
células humanas e dos vírus. Garantindo a morte. As células NK identificam e matam
células humanas deficientes na expressão nos seres humanos do HLA de classe I - o MHC
- complexo de histocompatibilidade principal.
82 - As células NK estão associadas a produção de que citocina?
São uma fonte do interferon gama (tipo 2), citocina muito importante na resposta
inflamatória. Ao produzir interferon gama, a NK vai ajudar a aumentar o poder fagocitico dos
fagócitos - macrófagos e neutrófilos, amplificando o mecanismo microbicida.
83 - Linfócitos T não clássicas tem marcadores que a determinam como T, mas tem
um comportamento mais para imunidade natural. Também existem linfócitos B não
clássicos. Exemplifique linfócitos primitivos.
Residentes, presentes principalmente nas regiões que podem ser mais invadidas por
patógenos como mucosas. Tem origem de linfócito T, mas não tem as habilidades
funcionais de uma T! Podem reconhecer PAMPs e DAMPs, podem ser estimuladas por
várias citocinas liberas no local de inflamação. Elas não são fagocíticas clássicas, não são
citotóxicas (não liberam granzinas e perforinas). Participam da resposta imune liberando
citocinas que vão potencializar a inflamação.
ILC1 produz interferon gama e TNF alfa que ativa o macrófago e a produção de radicais
livres.
ILC3 libera IL-17, IL-22 que aumentam a capacidade dos macrófagos de fagocitarem, de
produzirem peptídeos microbianos e aumentam a sobrevida do epitélio.
Fibrinogênio, que forma a rede de fibrina e depois é degradado formando d-dímeros, que
mostra a ativação intravascular sendo um marcado para algumas doenças como covid.
Proteína C reativa que atua como opsonina, aumenta a fagocitose. Proteína amiloide sérica
que favorece a remoção de material necrosado evitando perpetuar a inflamação. E
proteínas que vão ativar o complemento pelas vias da lectina.
89 - Centros do hipotálamo vão ser ativados por citocinas, dentre essas a IL-1. Qual é
o seu papel?
IL-1 é conhecido como pirógeno endógeno por desregular o termostato causando febre. A
febre acaba sendo um mecanismo de proteção, porque aumenta as reações imunológicas e
reduz a capacidade dos patógenos de se desenvolverem.
TNF agindo nos centros hipotalâmicos causam perda do apetite, reduzindo a capacidade
nutricional e diminui a perda de disponibilidade pros patógenos, também induz sonolência -
comportamento do doente
Se você tiver infecção bacteriana, neutrófilos ficam aumentados. Se for infecção viral você
vai ter incremento de monócitos e linfócitos. O que induz a mudança na hemotopoiese são
fatores de colônia, como GM-CSF, que favorece a formação de neutrófilos pela medula
óssea, produzidos pelas células do local de inflamação.
Para que esta adquira competência para ajudar, precisa de uma célula da imunidade inata -
as células dendríticas. Na pele são chamadas de Langerhans, são residentes, ao
reconhecer PAMPs elas desaderem e migram para o órgão linfoide secundário mais
próximo (um gânglio) e para em uma sub região do gânglio - região do paracórtex, que
concentra as células T, para apresentar pedaços de antígenos.
94 - O que faz uma célula dendrítica migrar? E por que ela migra para o gânglio, na
região do paracortex?
Ativação pelos PAMPs. Passa a expressar altos níveis de receptor de quimiocina, chamado
CCR7. Na região do paracortex são produzidas muitas quantidades das quimiocinas que se
ligam ao CCR7, o CCL19 e CCL21.
Os peptídeos são apresentados pelo HLA e reconhecidos por receptores específicos para
os peptídeos.
Reconhecimento dos PAMPs por receptores de padrões como do tipo Toll, sinaliza, induz
expressão de genes que codificam citocinas pró inflamatórias, as proteínas desses
patógenos vão ser degradadas no fagolisossomo pelas proteases gerando um conjunto de
peptídeos lá dentro, que vão competir e se ligar um por vez no MHC, que vai para
superfície, para que seja apresentado a uma célula T específica que tem o TCR, receptor
de célula T, para que ela seja ativada.
Células T com memória efetora tem duração de semanas ou poucos meses após
eliminação do invasor. A central é de duração de anos após a eliminação do invasor
Por marcadores. CDs são grupamentos de diferenciação (temos mais de 300), diz se está
madura, o tipo e outras informações.
Torna as células reativas em um tempo muito mais curto e não tão dependentes da
imunidade inata.
104 - Existe uma célula que emite projeções em formato de dedo, as células
dendríticas, que estão em todos os lugares, mas principalmente nos locais de
invasão microbiana - sobretudo mucosas. Elas reconhecem os patógenos através de
PRR, como os da família Toll. Se descola, desadere, ganha mobilidade e vai em
direção as células T em tecidos linfoides secundários regionais (mais próximos).
Essa migração é guiada por quimiocinas que são produzidas em determinadas
regiões dos órgãos linfoides secundários como os gânglios linfáticos. Que
quimiocinas são essas?
São a CCL19 e CCL21. A célula dendrítica tem que ter receptor CCR7 para essas
quimicionas.
A resposta imune inata é mais rápida, mas é menos específica que a RI adaptativa. Sua
importância consiste não só em um ataque rápido e direto contra o patógeno, mas também
na ativação das células T da resposta adaptativa por meio da apresentação de antígenos
pelo MHC e na quimiotaxia de leucócitos por meio da liberação de citocinas,. A RI inata
consta com diversos tipos celulares, dentre eles os monócitos, macrófagos, mastócitos,
células dendríticas, células NK, basófilos, eosinófilos, além de proteínas como as de fase
aguda e as do complemento, diversas citocinas e mediadores lipídicos. Ela reconhece
PAMPS (padrões moleculares associados a patógenos) e DAMPS (padrões moleculares
associados ao dano), que são moléculas menos específicas que aquelas reconhecidas
pelas células da imunidade adaptativa, o que causa uma resposta menos eficiente. Não há
formação de memória ou qualquer tipo de autorregulação. É a principal resposta
relacionada ao processo inflamatório, que tem como principal objetivo a vasodilatação e o
aumento da permeabilidade vascular. A resposta imune adaptativa, por outro lado, tem ação
menos rápida, mas é muito mais eficiente, visto que os receptores expressos pelos linfócitos
são extremamente antígeno-específicos. Tem como representante os linfócitos B (B1, B2 e
B2 da zona marginal do baço), que podem ser B de memória ou se diferenciar em
plasmócitos, e linfócitos T (TCD4 e TCD8). Os linfócitos T precisam de uma APC da
resposta inata para serem ativadas, e algumas B precisam de T, que precisa da APC, logo,
a resposta adaptativa depende quase que totalmente da inata. Os linfócitos T só
reconhecem antígenos de origem proteica, e o linfócito B reconhece as diferentes origem
bioquímicas dos antígenos, não necessitando diretamente da apresentação e
processamento de um antígeno por outra célula. A resposta imune adquirida possui
capacidade de formar memória imunológica e é autorregulada.
Linfonodos tem os vasos que chegam, os aferentes, os que saem, eferentes. A dendrítica
vai para uma região que concentra célula T, que é área paracortical do gânglio linfático, os
quais tem a região de córtex, medular e paracórtex. Células T ficam 2 ou 3 dias esperando
ser ativadas no paracortex. Os folículos são as regiões das células B.
108 - Temos vários genes polimórficos no mapa genético humano, o mais polimórfico
de todos é o loci que codificam o HLA. Onde as moléculas de HLA são expressas?
Todas as células do corpo humano expressam algum tipo de MHC, mas apenas algumas
são APCs (células apresentadoras de antígeno) profissionais e que portanto são capaz de
induzir resposta imune adaptativa.
Os gene A, B e C são os principais, outros são pseudogenes ou são genes que codificam
MHC de classe I não clássico, isto é, que não apresenta peptídeos
115 - Como funciona a codificação dos genes em relação a cadeia alfa do MHC de
classe I?
Cada gene principal codifica um tipo de cadeia alfa. Gera 3 alelos: HLA-A, HLA-B e HLA-C,
em um sistema de codominância - 6 moléculas de HLAs na superfície das APCs (A da mãe,
A do pai, B da mãe, B do pai, C da mãe e C do pai).
O MHC de classe II é dividido em três locus principais DP, DQ e DR. O DM não tem uma
participação tão significativa.
118 - Quantas opções de alfa e beta estão disponíveis para cada alelo do MHC de
classe II?
Os alelos são HLA DP, com duas opções de alfa e duas opções de beta (4 combinações);
HLA-DQ, com duas opções de alfa e duas opções de beta (4 combinações); DR, com uma
opção de alfa e 9 opções de beta (9 combinações). Como é codominância, tem que
multiplicar por 2 (4 + 4 + 9 = 17 | 17 x 2 = 34), havendo então 34 moléculas de HLAs na
superfície das APCs.
Haplótipo: conjunto de alelos (um materno e outro paterno) que formam um gene
121 - A fenda do HLA é formada pelos domínios alfa 1 e alfa 2 onde o peptídeo deve
se encaixar. Como são organizados os aminoácidos na fenda?
123 - Por que é baixa a probabilidade de doador de medula ideal entre irmãos ?
Primeiramente deve-se avaliar que um doador de medula ideal é aquele com MHC idêntico,
um vez que o MHC é o complexo envolvido no processo de rejeição em transplantes. Sendo
assim, a probabilidade de histocompatibilidade entre irmãos é baixa (25%) porque cada filho
recebe 2 haplótipos (um do pai e um da mãe) diferentes entre si.
A fenda do MHC de classe II é mais aberta, tem aminoácidos âncoras mas já pode ligar
peptídeos de 30 aminoácidos. É formada pelo domínio 1 da cadeia alfa e o domínio 1 da
cadeia beta.
126 - Toda vez que você tiver um patógeno disperso no citoplasma, sobretudo vírus,
todas as proteínas desse vírus serão degradadas em uma sopa de peptídeos que vão
competir para se ligar ao MHC de classe I. Qual a consequência da ligação desses
peptídeos ao MHC de classe I?
Esses peptídeos serão apresentados para T CD8+ que se for ativada irá eliminar a célula
humana que está carregando o parasita dentro do citoplasma (efeito citotóxico).
O MHC de classe II vai ser encaminhado para superfície para ser reconhecido pela célula T
CD4+ que organiza a morte do invasor por recrutar outras células.
Os peptídeos serão reconhecidos pelas células T CD4, com objetivo maior de produzir
anticorpos pela ativação das células B e eliminar as bactérias ou toxinas.
A calnexina é uma chaperona que segura a cadeia alfa. Quando a beta 2 é sintetizada ela
se encaixa e a calnexina se desgruda.
Sim, pela autofagia: proteínas citoplasmáticas ficam presas dentro de vesículas derivadas
do retículo endoplasmático (autofagossomos). Essas vesículas se fundem com lisossomos.
Essa propriedade mais clássica das células dendríticas.
O efeito é a não ocorrência da ontogenia de TCD4+. A criança nasce sem TCD4. Isso
porque o MHC de classe II, expresso em todas as APCs profissionais, é responsável por
apresentar Ags self às células Th que vão se diferenciar em TCD4 (CD4 interage com o
domínio 2 da cadeia beta do MHC II) no processo de seleção das células T imaturas na
medula do timo. Portanto, em uma condição em que há deficiência na expressão gênica
desse Complexo Principal de Histocompatibilidade, não vai ocorrer a formação de células
TCD4+.
Nos órgãos linfoides centrais/primários - medula óssea e timo. A célula T tem apenas seu
primeiro momento de formação na medula óssea. As células em processo de diferenciação
caem no sangue periférico e são direcionadas ao timo - glândula atrás do externo, acima do
coração. As células que migram para formar-se dentro do timo e saem são chamadas de
linfócitos T maduros, porém virgens, já que não tiveram contato com o peptídeo para que
são específicos.
139 - Onde as células B são formadas?
Uma vez a célula B ou T sejam formadas, ambas serão células maduras e vão recircular
entre sangue e a linfa, passando pelos órgãos linfoides periféricos/secundários que não
estão comprometidos com gerar essas células. No trajeto dos vasos linfáticos temos os
gânglios linfáticos e no sangue periférico nós temos o baço. Temos tecidos linfoides
cutâneos e das mucosas que também recebem células T
O único fenômeno dentro das pró T é a proliferação que elas sofrem antes de serem
lançadas na circulação sanguínea. São lançadas mantendo a expressão da CD2 (só é
expressa em células com origem de linfócito T), mantendo receptor para IL-7 e ganhando
agora, indo para periferia, a expressão de CCR9 que é de grande importância para
direcionar a migração dentro do timo.
É uma glândula capsulada que emite trabéculas, que divide cada lobo em lóbulos. A parte
mais externa de cada lóbulo é o córtex e a parte mais interna, que tem menos células
(palcicelular) é a região medular, que tem os corpúsculos de Hassal onde as células velhas
são direcionadas para morte.
143 - A célula pró T se prolifera, expressa o CCR9, sai da medula óssea, cai na
circulação periférica, entra na região córtico-medular do timo. O que ocorrem com
essas células no timo?
São chamadas pela CCL25 para encontrar com as células enfermeiras, as quais produzem
IL-7 e hormônios tímicos (HT) - timosina, timolina e timopoetina. Permitem que as pró T que
chegaram iniciem o próximo estágio, o pré-T, dividido em pré-T inicial e pré-T tardio. Ambas
as fases vão acontecer enquanto as T estão agarrados nas células enfermeiras.
146 - Os domínios variáveis vão reconhecer o peptídeo pelo qual o TCR é específico,
e esse reconhecimento, dependendo da afinidade, vai ativar as cadeias associadas
que são sintetizadas em conjunto com o TCR. Quais são as cadeias associadas e que
função apresentam?
As cadeias associadas são as moléculas CD3 e o homodímero cadeia zeta, que tem uma
pequena porção extracelular e a maior parte está submersa no citosol, já que está envolvido
na sinalização. Essas cadeias associadas são também proteínas integrais de membrana. O
TCR é uma molécula que tem uma pequena calda citoplasmática, o que incapacita ser uma
molécula sinalizadora. Portanto quando o TCR é encaminhado para superfície, há
necessidade dele ir junto com essas cadeias associadas, sem elas, não iria para superfície.
147 - Como ocorre a ativação das moléculas CD3 e da cadeia zeta associadas ao
TCR?
148 - Para formar o domínio variável da cadeia beta do TCR contaremos com um
complexo de enzimas que realizará a recombinação. Que enzimas são essas e quais
genes estão envolvidos na formação desse domínio?
149 - O que acontece com os genes que não são escolhidos na formação da cadeia
beta do domínio variável do TCR?
Toda a sequência de genes não usada vai ser cortada e vai formar uma estrutura circular,
como se fosse um plasmídeo, que depois é destruído pela célula. O que sobrar vai ficar em
um estado de heterocromatina, ou seja, vai ser silenciado.
150 - É uma grande vantagem da RAG escolher, aproximar, cortar, mas não unir, é que
isso vai formar um grampo, devido a proximidade física e uma hidroxila no terminal 3'
e do fosfato na 5, que vai ser aberto por um enzima, a qual não é sítio dirigido,
mudando completamente a sequência de aminoácidos que vão formar o TCR. Qual
enzima abre o grampo e qual enzima completa o molde formado?
Artemis pode abrir até 5 nucleotídeos, a cada 3 nucleotídeos forma-se o códon. A enzima
que completa o molde é a DNA polimerase.
A DNA polimerase atua novamente após a adição de nucleotídeos sem molde pela TdT e,
por fim, a ligase IV adiciona o ultimo par de nucleotídeos. A ligase IV não atua antes para
que haja mais variabilidade (10^18 TCRs).
153 - Após a formação da cadeia beta, o TCR é ainda um pré-TCR inicial. Qual a
próxima etapa na formação de célula T?
Antes de fazer a cadeia alfa, ocorre novamente a expansão clonal. Sob a influência de IL-7
e HT, há mitoses sucessivas. Cada uma vai formar a sua cadeia alfa.
155 - Após a formação da cadeia beta e da cadeia alfa do TCR, o último fenômeno
para que a célula enfermeira libere as células é a co-expressão. Explique esse
fenômeno.
As células vão ser submetidas a uma criteriosa seleção para serem liberadas no sangue
periférico. As que sobreviverem a seleção serão linfócitos T maduros.
158 - As células pró T chegam seguindo o trajeto dos vasos sanguíneos, adentram a
corticomedular, são chamadas para conectar com as células enfermeiras, as quais
liberam IL-7 e HT que vão induzir que tenham seu TCR e CD4 e CD8 - formando célula
T imatura. Por que as células T imaturas são liberadas e descem em direção a medula
do timo?
Porque na medula do timo são produzidas duas quimiocinas - CCL19 e CCL21 cujo
receptor é o CCR7+ expressado nas células T imaturas, capacitando-as de migrarem para
medula.
161 - Explique quais as consequências para a resposta imune de uma criança com
mutação na proteína que sintetiza a esfingosina-1-fosfato.
163 - A escolha de VDJ ou VJ pode dar errado. Acima de 90% das T formadas pelo
rearranjo não são permitidas sair do timo, são selecionadas negativamente, porque
podem chegar códons de parada (pela atuação da artemis e TdT) e porque é um
evento aleatório e ao acaso, podendo gerar um auto peptídeo. Como podemos
identificar uma célula T que foi sintetizada um TCR auto reativo?
Temos que ter peptídeo sendo apresentado. Todas as células tanto do epitélio tímico do
córtex, quanto as células epiteliais da medula, como os macrófagos e monócitos que para lá
vão, como as células dendríticas, corpúsculo de Hassal, todas elas vão participar da
seleção, porque todas elas expressam MHC de classe I e de classe II, capacitando-as de
apresentar peptídeos.
164 - Que efeitos sobre a Resposta Imune e o Tecido Linfoide se observariam após a
timectomia em um recém-nascido e em um indivíduo adulto ?
Em um indivíduo adulto, não se observaria nenhum efeito uma vez que a timopoiese ocorre
durante a vida embrionária e o processo de seleção termina durante a primeira infância. Os
linfócitos T produzidos vão ser estocados nos linfonodos ou circular no sangue e na linfa,
então a retirada do timo em um indivíduo adulto não acarretaria nenhuma modificação. Já
em um recém nascido, a seleção de linfócitos T ainda não acabou, uma vez que a
ontogenia de T ocorre no terceiro trimestre de gravidez e a seleção só termina durante a
primeira infância. Dessa forma, uma timectomia realizada em um recém nascido acarretaria
uma deficiência na seleção de linfócitos T e a consequente existência de linfócitos T
autorreativos, o que aumentaria drasticamente as chances de ocorrência de doenças
autoimunes.
165 - Como há a diferenciação entre T CD4 e T CD8?
A célula T imatura tem TCR e CD4 e CD8. Suponhamos que a imatura se ligou ao peptídeo
na fenda de MHC I, a CD8 sobreviveu a seleção, isso vai mexer no seu genoma e essa
célula vai parar de expressar a molécula CD4 e se tornar T CD8 madura. Se por acaso uma
célula T imatura for ligar o peptídeo e sobreviver e o MHC for de classe II, essa célula que
sobreviveu perde a expressão do CD8 e vira uma célula T CD4 e pode ir para periferia.
166 - O destino de uma T depende da força de atividade do TCR como complexo MHC.
O TCR não tem só regiões que só reconhecem peptídeos, tem regiões que vão ver as
laterais do MHC, tanto classe I quanto classe II. O que acontece quando a afinidade
da T imatura for muito alta?
Se a afinidade da T imatura for muito alta, quer seja para o peptídeo quer seja pro MHC, ou
pelos dois, ao ponto da afinidade ser tão alta que vai ativar as caspases, envolvidas na
apoptose, essa célula morre.
167 - O destino de uma T depende da força de atividade do TCR como complexo MHC.
O TCR não tem só regiões que só reconhecem peptídeos, tem regiões que vão ver as
laterais do MHC, tanto classe I quanto classe II. O que acontece quando a afinidade
da T imatura for alta, mas não o suficiente para ativar as caspases?
Se a célula T imatura se ligar com alta afinidade ao complexo, mas não o suficiente para
ativar as caspases, não irá morrer, irá para o sangue periférico, mas executará uma função
nobre, de evitar as doenças auto imunes, são chamadas células T reg.
168 - O destino de uma T depende da força de atividade do TCR como complexo MHC.
O TCR não tem só regiões que só reconhecem peptídeos, tem regiões que vão ver as
laterais do MHC, tanto classe I quanto classe II. Como é caracterizada a afinidade das
células T efetivamente protetoras?
Células T através do TCR que reconheceram com baixa afinidade as laterais do MHC, mas
não reconheceu o peptídeo. A célula que sobrevive vai para o sangue periférico.
169 - O destino de uma T depende da força de atividade do TCR como complexo MHC.
O TCR não tem só regiões que só reconhecem peptídeos, tem regiões que vão ver as
laterais do MHC, tanto classe I quanto classe II. O que acontece com a célula T que
não apresenta afinidade para o complexo ou para as laterais do MHC?
Se a célula T não tiver afinidade para o complexo, nem para laterais, significa que o TCR é
anômalo, a célula é considerada defeituosa e sofre apoptose.
170 - As células dendríticas tímicas são induzidas a expressar um gene que codifica
uma proteína cuja sigla é AIRE - regulador de autoimunidade. Qual o papel dessa
proteína?
Proteína AIRE é um transativador que vai fazer com a que as dendríticas que estão no timo
passem a expressar proteínas de tecidos fora do timo - das glândulas e do trato digestório.
Possui objetivo de aumentar a oferta de proteínas que serão degradadas pelo
fagolisossomo e pelo proteossomo, gerando peptídeos que vão otimizar a seleção,
chamada de tolerância central.
172 - Células T ficam circulando entre os gânglios, permanecem neles por cerca de 2,
3 dias. Nos gânglios linfáticos as T são encontradas no paracórtex. Nos folículos do
paracórtex encontramos as células B. Em todas as regiões há macrófagos e células
dendríticas. Como os leucócitos entram nos gânglios?
173 - Linfócito entra pelas vênulas de endotélio alto fica em torno de 2 dias, se dirige
para outro gânglio e fica recirculando, volta sempre para o sangue periférico já que
segue o gradiente de concentração circulante de esfingosina 1-P. Quando a célula T
para de circular?
Quando célula dendrítica sai de um local de infecção e apresenta peptídeo para célula T
que tem o TCR específico, a célula T não vai mais ficar circulando, realizará uma sinapse
imunológica importante para ser ativada.
O baço tem a polpa vermelha - onde há estoque de hemácias. A polpa branca é a região
comprometida como órgão linfoide secundário. Zona marginal divide as polpas e é uma
zona de trânsito.
Amígdalas palatinas são tecidos linfoides associados a mucosa. Com folículo de linfócito B
e bainha de linfócito T. Entre folículo e região de T temos macrófagos e dendríticas de forma
abundante
178 - Algumas células dendríticas são derivadas de monócitos, outras tem origem da
linhagem linfoide, independente da origem, pertencem a imunidade inata ou natural,
são células principalmente residentes, estão na linha de frente e migram em direção a
um tecido linfoide secundário. Que quimiocinas participam desse processo?
Quanto maior for a quantidade de moléculas de adesão, mais tempo essa dendrítica fica
presa a célula T. Essa aproximação física é muito importante para que a célula T, através do
TCR, possa verificar o peptídeo, que está sendo apresentado pela célula dendrítica
acoplado a fenda de MHC. No caso do MHC classe I - células T CD8 e MHC de classe II -
células T CD4.
182 - O que acontece com as células T que recebem o primeiro sinal mas não
recebem o segundo sinal?
Segundo sinal é a interação da molécula CD28 da célula T virgem com algum dos 2
membros da família B7.
184 - Por que o segundo sinal é um dos grandes mecanismos que opera para
silenciar as células T auto reativas que não foram selecionadas negativamente no
timo?
As células T que recebem o primeiro sinal, na ausência de segundo sinal, entram em estado
de anergia periférica, é um dos grandes mecanismos que opera para silenciar as células T
auto reativas que não foram selecionadas negativamente no timo, mas que são silenciadas
na periferia - obedecendo a regra - toda célula que escapou do timo, vai para o sangue
periférico, reconhece o peptídeo para qual é específica e é subestimulada.
186 - Explique o que ocorre quando a célula T faz sinapse com a APC profissional que
apresenta um peptídeo acoplado a um MHC e com segundo sinal
As células T são obrigadas a ficar presas durante muito tempo, porque as células que
representam o primeiro e segundo sinal, células T ativadas, passam a expressar CD69 que
inibe o receptor S1PR1 para um lipídeo quimioatraente presente no sangue periférico -
receptor 1 da esfingosina 1-P.
188 - Depois que a célula T perde a virgindade, deixa de ser "naive", torna-se uma
célula T ativada. Qual molécula passa a ser expressada na célula T?
CD154 (induzido), ligante do CD40 (constitutivo). Pode-se colocar CD40L para nomear a
CD154, já que significa ligante do CD40.
189 - Por que a presença do CD40 na APC com a ligante CD154 na célula T ativada
amplifica a ativação das APCs?
190 - O que significa dizer que células dendríticas tem baixo limiar de ativação?
Pouco sinal garante uma expressão rápida de moléculas co-estimuladoras (B7, CD40),
secreção de citocinas inflamatórias e aumentam a maquinaria molecular, envolvida no
processamento (aumenta a quantidade de proteossoma, de TAP 1 e TAP 2, de MHC de
classe I e II, enzimas lisossomiais) e apresentação de antígenos para os linfócitos T.
191 - Explique a capacidade das células dendríticas de realizarem apresentação
cruzada
192 - Por que células dendríticas são as APCs mais envolvidas na indução de uma
resposta imune primária?
As células dendríticas são as APCs mais envolvidas na indução de uma resposta imune
primária (que precisa de muito sinal), mas as células B são excelentes APCs secundárias.
O macrófago, apesar de não ser capaz de ativar uma T virgem, também é considerado uma
APC profissional. Ele expressa B7 e CD40, moléculas que servem de segundo sinal para
ativação de T (não virgem), além do MHC de classe I (apresenta antígenos para TCD8) e
de classe II (apresenta antígenos para TCD4). Ao apresentar o antígeno para um linfócito T,
ele pode induzir a produção de anticorpos, neutralizar o antígeno, ativar o sistema
complemento, aumentar a atividade fagocítica do próprio macrófago, dentre outras
respostas da resposta adquirida.
197 - Quais os objetivos das vias de sinalização ativadas pela cauda citoplasmática
do CD28?
Essas vias associadas pela cauda citoplasmática do CD28 inibem proteínas envolvidas na
morte celular programada (ex: CBL-B), já que a célula ativada tem que ficar viva pelo maior
tempo possível. Enquanto induzem proteínas anti-apoptóticas (ex: BL-2 e BCL-XL), assim
como estabilizam os mRNA para diferentes citocinas. Quando dizemos que a cauda
citoplasmática a CD28, ligada a B7, estabiliza RNAm. Estamos dizendo que aumenta a sua
meia vida e, portanto, pode ser traduzido centenas de vezes, produzindo uma quantidade
absurda de citocinas pré-inflamatórias e transativadores.
199 - NF-kB, AP-1 e NF-AT vão para o núcleo induzir a expressão do gene que vai
codificar uma citocina e uma cadeia. Denomine essa citocina e a cadeia.
IL-2 e o receptor de alta afinidade - a cadeia CD25. Para T proliferar ela tem que liberar IL-2
e consumir
200 - Caracterize o receptor de IL-2
201 - Célula T que recebeu os 2 sinais, vai ativar os 3 transativadores, ativa o CD25,
produz e consome IL-2. Qual a consequência desse consumo?
Permite a proliferação das células T, já que as célula T terão que ir para o local de infecção,
melhor que chegue milhões delas e prontas para atacar.
Diferentes PAMPs induzem diferentes citocinas que induzem diferentes terceiros sinais que
vão favorecer diferentes células T efetoras. Células da imunidade inata - natural killer,
linfoides inatas, células T primitivas e células parenquimais - colaboram com a célula
dendrítica. Quando ela sair para o local de infecção e forem ao encontro de T, gera-se uma
programação para produzir um conjunto de citocinas que são o terceiro sinal para
diferenciação da T. Além disso, catecolaminas, serotonina, GH, leptina, prolactina,
estrogênio e progesterona são capazes de modular o status funcional da dendrítica e ajudar
na determinação do 3º sinal - citocinas.
TGF-beta e IL-4
208 - Quais são as citocinas de assinatura do Th1? O que elas promovem como
finalidade?
O STAT 1, o STAT 4 e o T-bet, o mais importante sendo T-bet, que são marcadores de
linhagem - marca a linhagem Th1.
211 - Quais são as citocinas de assinatura do Th2? O que elas promovem como
finalidade?
IL-4, IL-5, IL-13. Também ajudam a célula B a produzir anticorpos, como IgE e IgG4 e são
responsáveis pela RIH - resposta imune humoral - muito importante na resposta contra
helmintos e reações atópicas - rinite, urticária, dermatite atópica
212 - Quais são os transativadores que mantém a expressão a longo tempo de IL-4,
IL-5, IL-13, as citocinas de assinatura de Th2?
STAT-6 e GATA-3
PU-1
IL-17, IL-21 e IL-22. Promovem a melhor resposta contra bactérias extracelulares e fungos.
216 - Quais são os transativadores que mantém a expressão a longo tempo de IL-17,
IL-21 e IL-22, as citocinas de assinatura de Th17?
STAT-3 e ROR-C.
217 - Pessoas com reações atópicas tem maior resistência aos helmintos.
Dependendo do grau de reação alérgica, há também uma resposta de Th1 mais fraca,
então com crise alérgica, o domínio do fenótipo do Th2 inibe Th1. Qual a
consequência disso?
O paciente com alergia pode evoluir para infecção secundária por oportunismo.
218 - Quais são as células da imunidade inata que podem colaborar com a
determinação do 3º sinal?
NK e ILC1 são ótimas fontes de interferon gama (IFN-gama) e favorecem o fenótipo Th1, já
que o interferon gama aumenta a capacidade célula dendrítica de produzir IL-12. ILC2 -
célula linfoide inata 2 - é fonte de IL-4 IL-5 e IL-13, corroborando para Th2. ILC3 é fonte de
IL-17, IL-22 corroborando para Th17.
Formação dos linfócitos primitivos ocorre fora dos órgãos linfoides primários e secundários.
São majoritariamente residentes (enquanto as clássicas ficam recirculando pelo sangue e
linfa). Apesar de expressarem TCR, estes têm menor variabilidade genética - falta a enzima
TdT (maioria é CD8 e usa TCR gama delta). Não passam por seleção negativa. Algumas
expressam moléculas características das células natural killer: NKT.
5 tipos de CD1: CD1a, CD1b, CD1c, CD1d, CD1e. Não é polimórfico, com fenda destinada
a reconhecer PAMPs processados ou moléculas não proteicas
222 - “Sabe-se que a asma tem relação com o fenótipo Th2 e que as células T
primitivas contribuem para a severidade da asma.” Explique tais associações.
As células T primitivas não passam pelo processo de seleção das T clássicas no timo,
formando um TCR com baixa variabilidade e sendo originárias de órgãos que não são os
linfoides primários. Por não sofrerem processo de seleção, as T primitivas podem ser
autorreativas e identificarem, portanto, Ags inofensivos como agressivos. Além disso, essas
células são capazes de apresentar Ags por uma molécula semelhante ao MHC (CD1),
porém primitiva, e de liberar citocinas de modo a ajudar a APC na diferenciação de TCD4
em seus diferentes fenótipos, incluindo o Th2. Assim, com o auxílio da T primitiva, a APC
libera o terceiro sinal (IL-4) para a diferenciação em Th2, que é um fenótipo responsável
pela produção de IL-4, IL-5 e IL-13, envolvidas em processos de reação alérgica. A IL-5 é
quimiotática para eosinófilos, enquanto a IL-4 e a IL-13 induzem a troca de classe de IgM
por IgE, que é uma imunoglobulina que desencadeia a degranulação dos mastócitos. Com
isso, há liberação de histamina e mediadores lipídicos, que criam um ambiente
próinflamatório no pulmão com efeitos como a broncoconstrição (por ação, principalmente,
dos leucotrienos). Dessa forma, as cells T primitivas contribuem para a severidade da asma.
226 - Depois que a célula T é ativada e diferenciada ela precisa ir para o local de
infecção e colaborar com os macrófagos, os quais precisam manter contato intimo
com a Th1. Qual é o papel dos macrófagos na RIC?
O macrófago precisa continuar sendo um APC, para que as Th1 mantenham-se capazes de
manter a produção de interferon gama. Os macrófagos aumentam ainda mais a expressão
de MHC I e II e moléculas co-estimuladoras, como família B7 e CD40, além de citocinas que
potencializam o interferon gama, como TNF alfa.
227 - Por que pode ser necessário a formação de células gigantes polinucleadas
durante a RIC?
Alguns patógenos são muito difíceis de serem eliminados apenas aumentando o potencial
de Th1. Em algumas situações, precisa de uma ativação cronificada dos macrófagos pela
Th1, produzindo muito interferon gama. Essas células T mantendo esses macrófagos
ativados tem uma saída - induzir a fusão de pelo menos 20 macrófagos, com objetivo de
unir toda a maquinaria microbicida. Em alguns cenários, a formação de células gigantes
polinucleadas pode ser suficiente para eliminar
229 - Como a resposta imune celular colabora com diferentes células do sistema
imune na proteção contra os microorganismos intracelulares?
A RIC colabora com diferentes células do sistema imune para nos proteger contra
microorganismos intracelulares por meio de 3 ações biológicas. A primeira se dá pelo
aumento do potencial microbicida dos fagócitos a partir da liberação de IFN-gama pelo
fenótipo Th1. Os macrófagos se unem para formar uma célula gigante com o objetivo de
aumentar a chance de combate ao patógeno. Caso essa medida não seja suficiente, a cell
gigante formada vai liberar FEF (Fator Estimulante de Fibroblasto) para recrutar
fibroblastos, os quais depositam colágeno em torno dessa cell, formando uma estrutura de
aspecto endurecido que caracteriza o granuloma, o qual vai conter o patógeno e será
mantido pela Th1 de memória com a produção periódica de IFN-gama. A segunda ação
biológica se caracteriza pelo estímulo, também por ação do IFN-gama liberado pelas Th1, à
produção de IgG1 e IgG3 pelos linfócitos B. E, por fim, a terceira ação corresponde ao
auxílio na diferenciação de linfócitos TCD8 em CTLs a partir do estímulo à expansão clonal
pela liberação de IL-2 por Th1.
230 - Fenótipo Th1 ajuda as células B a produzirem anticorpos. Temos IgA, IgM, IgD,
IgG e IgE. Quais são as classes produzidas diante de Th1?
As suas subclasses IgG1 e IgG3 são produzidas pelas células B diante de Th1.
231 - Existem dois tipos de célula dendrítica. As células dendríticas mielóides que
são oriundas de monócitos e células dendríticas plasmacitóide as quais são oriundas
da hematopoeise de uma origem primitiva de linfócito. Quais subtipos de células
dendríticas ativam células T CD4 e T CD8?
233 - Enquanto a Th1 medeia a resposta RIC. A TH2 medeia a RIH - resposta imune
humoral. Caracterize a RIH.
Caracterizada pela grande quantidade de anticorpo IgE e células da imunidade que são
degranuladoras - eosinófilos e mastócitos
IL-4 + IL-13 suscita a troca de cadeia pesada de Ig para IgE. IL-5 gera eosinofilia na medula
óssea . IL-3 promove mastocitose nos tecidos. IL-6 estabelece o aumento da produção de
Acs pelos plasmócitos. A circuitaria com as 5 citocinas estimulando as células B a produzir
anticorpos e a presença de eosinófilos e mastócitos está envolvido nas reações atópicas
clássicas e na resposta contra helmintos
A IL-17 tem como função induzir macrófagos e células epiteliais no local de inflamação a
produzir IL-8, que recruta os neutrófilos. A IL-22 tem um efeito trópico nas células epiteliais,
com o objetivo de aumentar a renovação celular, produção de muco e peptídeos
antimicrobianos - Reg 3, Lipocalin-2 e Ocludin. A IL-21 é produzida como fator de
crescimento e sobrevida e também auxilia a célula B a produzir alguns anticorpos - IgG e
IgA. E também ativa fibroblastos a produzir metaloproteinases (MMP), geralmente
envolvidas com reparo
239 - Alguns subtipos de T CD4 pode perder a expressão de IL-17 e produzir só IL-22,
são as TH22. Qual a sua participação na resposta imune?
240 - Outro tipo de TCD4 pode produzir só IL-1, sendo o T helper folicular - TfH Bcl-6.
Qual a função de T helper foliculares?
Função de T helper foliculares é de fato colaborar com célula B nos folículos. Migração pela
quimiocina CXCL13, tem receptor CXCR5. Elas colaboram pela troca de cadeia pesada,
hipermutação somática e geração de células B de memória.
A cauda da CTLA-4 tem uma região chamada ITIM - motivo de inibição do imunoreceptor
com tirosina. Quando a tirosina é fosforilada, há o recrutamento de uma proteína fosfatase
SHP-2, que remove os fosfatos das cadeias CD3 e da cadeia zeta. Assim, o CTLA-4
desativa temporariamente a célula T para que ela não atinja um estado de hiper
estimulação. Mesmo que tivesse o CD28, o CTLA-4 ligaria preferencialmente porque tem
mais afinidade pelo B7. É normal que durante o processo de ativação da T, a célula T faça
paradas estratégicas para evitar uma exaustão e depois pode voltar a expressar o CD28
São chamadas de células T reguladoras - um dos mecanismo que elas usam para regular a
resposta imune é expressar de forma estável a CTLA-4.
244 - Quais são os outros tipos de terceiro sinal para Treg, fora CTLA-4?
Um outro tipo de CD4 que se torna Treg é o com o terceiro sinal citocina TGF-B - fator de
crescimento transformante - produzido por células transformadas que inibem as respostas
inflamatórias e possivelmente respostas anti-tumor contra células cancerígenas. Outro
subtipo - T reguladora do tipo 1 - Tr1 - tem um transativador o Maf que programa essa
célula quando estimulada a produzir grandes quantidades de uma citocina anti-inflamatória,
a IL-10, que vai inibir ou controlar respostas do tipo Th1, Th2 e Th17.
Tanto quanto a Treg natural, formadas em autogenia, quanto a induzida na periferia são
idênticas, a Treg natural tem um marcador intracelular Fox P3. A Treg induzida tem o fator
de transcrição Fox P3 que mantem a expressão de alguns genes reprimidos, outros
ativados. E ambas na superfície expressam o CD25 - aquela cadeia alfa que dá o receptor
para IL-2. As Treg induzidas podem controlar respostas auto imune e respostas contra
patógenos.
247 - Quais são as citocinas usadas na regulação das T efetoras pelas T reguladoras?
As induzidas e naturais produzem IL-10 e muito TGF-beta e pode regular pela expressão
estável de moléculas que desativam a célula T efetora (Th1, Th2, Th17) ou que desativam
APC imunogenicas.
A molécula PD-1 tem os ligantes PD-L1 e PD-L2. O PD-L1 pode estar nas APC ou nas
células efetoras ativadas. As células T reguladoras farão uma indução ativa de anergia, ou
seja, parar de proliferar, produzir citocinas, colaborar com macrófago, entre outras ações. A
molécula Tim 3 na superfície da T reg tem o ligante galectina-9, ela pode estar na célula T
efetora ativada ou nas APCs, ao usar Tim 3 para liga a galactina-9, inibe-se a dendrítica ou
a célula T. A molécula LAG-3 pode interferir na ativação da T por bloquear o MHC de classe
II, impedindo o CD4 e TCR de se aproximar. A expressão do Tim-3, PD-1, CTLA-4 são
estáveis na superfície das células T reguladoras.
Célula T de memória efetora tem capacidade reduzida de produzir IL-2, de responder a IL-2
(tem pouco CD25) e maior suscetibilidade à apoptose (AICD - morte celular induzida por
ativação).
Manutenção de sobrevida e proliferação basal pela IL-7 (TCD4+ e TCD8+) e IL-15 (TCD8+).
BCR é formado por duas cadeias polipeptídicas duplicadas. Uma cadeia grande, chamada
de pesada e outra leve. A cadeia pesada duplicada é mantida junta por ligações dissulfeto
devido as posições conservadas do aminoácido cisteína e a porção da cadeia pesada é
ligada de forma covalente por ponte dissulfeto e posição conservada da cisteína as cadeias
leves. A região que intercala é uma região em dobradiça em alfa hélice, uma fita mais
frouxa com alta mobilidade e onde está mais suscetível ao ataque de proteases.
Primeiro domínio da cadeia leve mais o primeiro domínio da cadeia pesada gera a região
variada que é o sítio de reconhecimento do antígeno.
259 - Cadeia leve tem uma região variada e uma região constante. A cadeia pesada
tem vários domínios constantes e vão receber diferentes números ordenando os
domínios. Como é denominado o primeiro domínio e os domínios da cadeia pesada?
260 - A cadeia pesada varia conforme a classe de anticorpo. Quando o anticorpo está
presente na superfície da célula B chamamos de BCR, quando é secretado
chamamos de anticorpo. Quais são as classes de anticorpos?
Existem 5 classes de anticorpos: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM
Formado por RAG 1, RAG 2, artemis, TdT, gerado por recombinação genético.
262 - BCR não tem condições de sinalizar devido a pequena cauda citoplasmática,
precisa de cadeias associadas. Quais são essas cadeias?
O tecido linfoide associado à mucosa (MALT) é o maior tecido linfoide do corpo e está
presente nas mucosas respiratória, gástrica, genito-urinária, etc. Possui células B do tipo B1
e T primária, cuja produção ocorre fora dos tecidos linfoides primários normais e
variabilidade de receptpres é bem menor. É importante no controle da microbiota intestinal,
controlando seu crescimento excessivo mas aceitando o que é benéfico, ao mesmo tempo
que combate o que é invasivo. O MALT da mucosa gastrointestinal (GALT) possui algumas
ferramentas para exercer esse controle, tais como a presença (1) das células de Paneth,
que produzem defensinas ativadas por PRRs; (2) das placas de Peyer, que são agregados
linfoides, além (3) das células M, capazes de realizar a macropinocitose e apresentar
antígenos da mucosa em uma vesícula para as placas de Peyer. O linfócito B1 está
envolvido principalmente na resposta imune adquirida timo-independente, reconhecendo
antígenos polissacarídicos, lipídicos, etc, tendo esse grande contato com a microbiota
intestinal. Já s linfócitos T primitivos (ou T da RI inata), são linfócitos T com características
bastantes diferentes do T clássico: possuem menor variabilidade de receptores, podem ou
não necessitar de APC, podem reconhecer PAMPs e DAMPs, não passam pela seleção, etc
267 - Caracterize as células B-2 quanto ao local de produção, de concentração, região
constante do BCR (anticorpo presente) e tipo de antígeno reconhecido.
Formadas na medula óssea, são foliculares, ficam nos órgãos linfoides secundários, são
IgM+IgD+ e respondem a antígenos proteicos.
Formadas na medula óssea, ficam na zona marginal do baço. São IgM+ e reconhecem
antígenos polissacarídeos e lipídeos (antígenos não proteicos, T independentes - não
dependem da T CD4). Possuem menor eficiência.
Começa no estágio Pró B e termina no estágio B madura dentro da medula óssea, somente
depois irá para circulação.
IgM
271 - Na fase tardia da infecção o IgM tende a ser trocado. Em geral, essa troca ocorre
para qual classe de anticorpo?
O IgM tende a ser trocado em geral por IgG e IgA (IgE é eleito para reações alérgicas e
helmintos).
Células B folicular (B-2) estão presentes nos folículos dos linfonodos que quando não estão
ativados são primários. Nas mucosas e nos tecidos linfoides associados a mucosa também
temos regiões que concentram célula B-2.
Célula B da zona marginal fica no limite entre a polpa branca e a polpa vermelha do baço.
É a IL-7.
275 - Qual o primeiro marcador expresso na célula B, determinando que é uma B?
279 - Na formação do domínio variável da cadeia pesada que é iniciado pelas RAGs,
terminado pela TdT, temos a escolha de um V, um D, um J (por exemplo V1D1J1).
Como essa reunião se une a uma classe de anticorpo?
A região variável terá que se unir a IgM a nível de RNAm, durante o splicing. A classe de
anticorpo na formação é obrigatoriamente IgM, independente se é B1, B2 ou da zona
marginal.
280 - Enquanto não é feita a cadeia leve, é o BCR em formação é expresso na forma
de pré-BCR com uma chaperona temporária, até que a cadeia leve verdadeira seja
feita. Qual fenômeno é necessário antes da formação da cadeia leve?
Cada cadeia pesada com o tipo IgM e seus tipos variados ao acaso vai se proliferar para
depois formar a cadeia leve. Nesse momento passa a expressar o marcador CD20,
expressa de forma abundante.
Temos dois tipos de cadeia leve, não há estudos dizendo uma é melhor que a outra.
Usamos mais a cadeia κ (kappa) e λ (lambda).
282 - Como é formada a cadeia leve do BCR?
Necessitamos de RAG1, RAG2, artemis e TdT para formar kappa e lambda. Mas terá
apenas V J (semelhante a formação da cadeia alfa do TCR).
283 - Qual o efeito da deficiência na expressão gênica nas enzimas RAG-1?
O efeito é a linfopenia periférica por não ter nem T nem B circulantes, uma vez que eles
pararam nas fases pró-T e pró-B, respectivamente. Isso porque a RAG-1, assim como a
RAG-2 (que ativa a RAG-1), é uma recombinase envolvida na formação tanto do receptor
TCR quanto do receptor BCR nas fases de pré-T e pré-B, respectivamente. Quando ativada
(por ação da IL-7), essa enzima é responsável por catalisar a escolha aleatória do ponto de
clivagem dos genes V, D e J (quando da edição da cadeia beta em T e da pesada em B) ou
dos genes V e J (quando da edição da cadeia alfa em T e da leve em B), processo que é
essencial na formação do TCR/BCR. Sendo assim, em uma condição em que há deficiência
na expressão gênica dessa enzima, o processo de maturação de T e B não se completará e
essas células permanecerão dentro dos órgãos linfoides primários (no timo no caso das Ts
e na medula óssea no caso das Bs) sob a forma de pró-T/pró-B, acarretando uma linfopenia
periférica.
285 - BCR é formado diante da cadeia pesada com a união de VDJ e a cadeia leve VJ.
A cadeia pesada é do tipo constante IgM e a cadeia leve ou é kappa ou é lambda
(geralmente kappa). Como é chamada a célula B com BCR formado?
289 - É possível que a célula B reconheça o antígeno self multivalente com alta avidez
e não ative as enzimas caspases? Explique.
Sim, pode não ativar as caspases e, em vez disso, fazer uma nova edição de BCR,
necessitando um novo rearranjo VJ na cadeia leve, se resultar em um BCR ainda com alta
afinidade pode ser que essa célula passe por apoptose e não vá para periferia. Ou pode ser
que ela diminua de forma significativa sua afinidade e vá para periferia.
290 - O que acontece quando células B reconhecem antígenos self mas estão
presentes em quantidades mínimas?
Sim, pode não ativar as caspases e, em vez disso, fazer uma nova edição de BCR,
necessitando um novo rearranjo VJ na cadeia leve, se resultar em um BCR ainda com alta
afinidade pode ser que essa célula passe por apoptose e não vá para periferia. Ou pode ser
que ela diminua de forma significativa sua afinidade e vá para periferia.
291 - O que acontece quando células B reconhecem antígenos self mas estão
presentes em quantidades mínimas ?
Não ativam caspases ou fazem reedição, se tornam maduras e migram para periferia, mas
ficam no estado de anergia, ou seja, vivem menos.
292 - O que ocorre se a força de interação durante a seleção das células B for nula ou
extremamente baixa?
IgM
Migração.
296 - Para onde migram as células B após o processo de seleção?
As células B da zona marginal vão para o baço e se mantém IgM+. As células B-2 vão para
os folículos dos órgão linfoides secundários, para tecidos linfoides associados a mucosa ou
para polpa branca do baço e tem o BCR com IgM+ e IgD+ (com a mesma especificidade
antigênica, mesmo domínio variável), característica das B virgens foliculares que
reconhecem proteínas.
A IgD é um anticorpo especifico para sinalização da B, é BCR, mas não se encontra como
anticorpo secretado.
A IgD é um anticorpo especifico para sinalização da B, é BCR, mas não se encontra como
anticorpo secretado.
Dependendo da contribuição de citocinas pela célula T helper, a célula B vai ser induzida a
secretar IgG, IgA ou IgE.
Fenótipo TH2 faz a célula B produzir IgE através da IL-4. Regiões switching são ativadas
por proteínas intracelulares, as quais são estimuladas por citocinas liberadas pelo linfócito T
302 - Quais são as diferenças das células B-1 para outras células B?
305 - Célula B da zona marginal ou B-1 só temos praticamente IgM. Em que situação
pode haver troca de cadeia?
Nas mucosas em algumas situações em que haverá a troca por IgA sem ajuda da T CD4
(anticorpos com baixa afinidade e plasmócitos de curta vida)
306 - Linfonodo tem vasos linfáticos que chegam - aferentes - drenando uma área
inflamada, um edema, chegando dendríticas para ativar T com antígenos. Quanto
menor o antígeno proteico, mais rápido atinge os folículos, onde concentra célula B.
Além das células B, quais outras células encontram-se nos folículos?
Dentro do folículo tem as células dendríticas foliculares que não ativam linfócitos, chamadas
assim pelas projeções citoplasmáticas. O folículo é dividido em folículo primário, onde há
abundantes células B e células dentríticas foliculares. A medida que vem produtos da
inflamação, também vem antígenos solúveis pequenos e B com BCR específico
A sinalização ocorre, há uma ativação alostérica das cadeias associadas, IgAlfa e IgBeta e
a sinalização culmina na ativação de 3 transativadores - NFAT, NF-kB e complexo AP-1.
308 - Por que a ativação de B vai ser muito mais intensa se vier junto partículas
opsonizadas por complemento com fragmento C3 e suas variantes, como C3d?
A célula B tem 3 proteínas CD19, CD21 - receptor CR2 para o complemento e CD81
(TAPA-1). Quando C3d é reconhecido potencializa a fagocitose e a sinalização. Essa
sinalização pelo co-receptor irá manter a expressão estável dos 3 transativadores e
aumentar a sobrevida, induzir proliferação, aumentar a expressão de B7-1 e B7-2 e
aumentar a expressão de receptores para IL-4 e BAFF-R (aumentam a sobrevida de B). E,
ainda, ocorre um aumento da expressão do CCR7 permitindo a elas migrarem do folículo e
irem em direção a área que concentra célula T.
312 - Qual dos fenótipos de célula T CD4 é o que mais contribui para formação de
plasmócitos e células B de memória?
313 - A diferenciação de uma T virgem no fenótipo TfH obedece 2 etapas. Quais são
essas etapas?
A primeira etapa é no paracórtex ainda quando a dendrítica faz sinapse com a T - pré T
helper folicular. A segunda etapa é a estabilização do fenótipo, quando a T helper folicular
faz sinapse com B - formando a TfH
Interação da ICOS da T CD4 com ICOSL da dendrítica e a secreção de IL-6, IL-12 e IL-21
pela dendrítica.
315 - Quais interações que sofrem as células T CD4 diante da primeira etapa da
formação das células Tfh?
Após sinapse com a célula B, o excesso de IL-21 atua de forma autócrina na T helper
folicular, estabilizando o seu fenótipo. É sua citocina de assinatura, induzindo sob a célula B
a formação de plasmócitos, troca de cadeia pesada constante, maturação de afinidade e
geração de memória.
318 - A T helper manda diversos sinais alguns na forma de citocinas para que a célula
B possa passar por variados fenômenos. Quais são os efeitos da citocina de
assinatura da Tfh na célula B?
A célula B prolifera, troca IgM para outro tipo de cadeia pesada constante mais eficiente
para eliminar os patógenos, aumenta a afinidade dos anticorpos para com seus antígenos
(mesma especificidade e maior afinidade), gera memória e promove a formação do centro
germinativo
319 - Cite quatro diferentes interações da superfície das células T com as células B
durante a sinapse.
Prolonga o contato entre Tfh e B, porque diminui a expressão de receptor para esfingosina
1-P (S1P1).
323 - Toda vez que o folículo não tem célula B ativada, dizemos que é folículo
primário. Em quais subregiões o folículo secundário, ou seja, folículo em que há
células B ativadas, é dividido?
Zona do manto, zona escura e zona clara.
324 - Caracterize o estado proliferativo das células B na zona do manto dos folículos
secundários
Concentra B não ativadas e sem comprometimento na ativação por haver uma hipertrofia do
folículo em decorrência da intensa proliferação das células B que fizeram contato físico com
a T CD4 na borda do folículo.
325 - Caracterize o estado proliferativo das células B na zona escura dos folículos
secundários.
A zona escura concentra células B que acabaram de colaborar com TfH e que estão
proliferando de forma intensa.
326 - Que fenômeno relacionado as células B ocorre na zona clara dos folículos
secundários? Como se caracterizam as células B nessa região?
Centro germinativo ocorre quando a maior parte das células B que fizeram sinapse com
células T migra para dentro do folículo e começa a proliferar de forma intensa na zona
escura. Param de proliferar e são submetidas a um processo de seleção diante das células
dendríticas foliculares na zona clara.
Morre em 24 horas. É emergencial que uma B virgem que encontre proteínas entre em
contato o mais rápido possível com T CD4 e por isso expressa CCR7 para migrar ao
paracórtex e algumas T CD4 expressam o CXCR5 para ajudar a célula B no folículo
330 - Graças a intensa interação entre a T helper folicular e célula B que se forma o
centro germinativo. Existem subtipos de TfH que induzem a troca da IgM por outras
classes. Quais classes são estabelecidas diante do fenótipo Tfh1? Quais citocinas
estimulam essa mudança de classe?
331 - Graças a intensa interação entre a T helper folicular e célula B que se forma o
centro germinativo. Existem subtipos de TfH que induzem a troca da IgM por outras
classes. Quais classes são estabelecidas diante do fenótipo Tfh2? Quais citocinas
estimulam essa mudança de classe?
332 - Graças a intensa interação entre a T helper folicular e célula B que se forma o
centro germinativo. Existem subtipos de TfH que induzem a troca da IgM por outras
classes. Quais classes são estabelecidas diante do fenótipo Tfh17? Quais citocinas
estimulam essa mudança de classe?
333 - Graças a intensa interação entre a T helper folicular e célula B que se forma o
centro germinativo. Existem subtipos de TfH que induzem a troca da IgM por outras
classes. Quais classes são estabelecidas diante do fenótipo Tfh13? Quais citocinas
estimulam essa mudança de classe?
São mutações pontuais nas regiões hipervariáveis, as quais são ao acaso, portanto, pode
ser uma coisa ruim, mas em geral é bom - aumenta a afinidade de interação do domínio
variável com o epítopo.
Processo de seleção dentro do centro germinativo ocorre na zona clara. Quem impõe a
seleção é o antígeno preso na superfície das células dendríticas foliculares que "apresenta
de forma indireta" o antígeno proteico. Elas seguram moléculas da resposta imune, tem um
receptor chamado CR1 que reconhece a opsonina C3b, o reconhecimento não leva a
fagocitose. O antígeno fica por semanas de forma estável. Outra forma de ligar o antígeno é
que as células dendríticas foliculares tem receptor para porção FC de anticorpos, o FcR. Em
uma resposta imune sem anticorpos, conta-se com receptor de complemento. Portanto, as
células dendríticas foliculares servem para aprisionar antígenos que vão servir para a
seleção das células B que sofreram maturação de afinidade.
A célula B, além de expressar MHC de classe II, apresenta B7 e CD40, moléculas capazes
de liberar o segundo sinal para ativação de linfócitos T (não virgens). A célula B vai ter
papel de APC principalmente para processar e combater antígenos timo-dependentes
(proteicos). Ela reconhece o Ag via BCR, internaliza, processa e apresenta o epítopo via
MHC II para o linfócito T. A partir daí a T ativa a célula B (por meio da ligação entre CD40 e
CD40L), que é capaz de se proliferar, diferenciar em plasmócito de vida longa, promover a
troca da classe de Ig e induzir a hipermutação somática e maturação da afinidade do
anticorpo.
As células dendríticas foliculares são uma das principais fontes de CXCL13+ quimioatraente
para as células que tem CXCR5.
346 - Onde ficam os plasmócitos que foram gerados em tecidos linfoides associados
à mucosa?
São endereçados para as referidas mucosas (mais IgA local).
347 - Como células T reguladoras foliculares (TFR) podem regular a resposta imune?
FoxP3 podem regular a resposta imune por bloquear a B, por PD1, CTLA4, IL-10, etc. Para
regular a própria resposta imune e não perder o controle produzindo anticorpos
patogênicos.
Antígenos timo independentes são moléculas que possuem estruturas altamente repetitivas,
como por exemplo polissacarídeos e flagelina. A quantidade de epítopos se repete aos
milhares, então, centenas e milhares de BCRs são agrupadas, com alta avidez. A célula B
prolifera e produz IgM sem ajuda da T CD4.
349 - Por que crianças de até 5 anos de idade não realizam uma resposta humoral
completamente efetiva contra antígenos polissacarídicos?
350 - O que pode ser feito para acelerar o amadurecimento das células B em
crianças?
Antígenos timo dependentes são aqueles que necessitam da atividade do linfócito TCD4
(produzido no timo) sobre a célula B para que está exerça sua função. Quando as células B
e T se ligam por meio do CD40-CD40L, torna-se possível que parte das B ativadas
retornem para o folículo, onde está sendo formado o centro germinativo, se diferenciem em
plasmócito de vida longa secretor de IgG, proliferem e troquem a classe de IgM para IgG. É
no centro germinativo que ocorre o processo de hipermutação somática do domínio variável
da cadeia alfa, seguido da maturação da afinidade dos anticorpos. Por esses motivos, o
reconhecimento e antígenos timo-dependentes é muito eficiente. Os antígenos
timo-independentes são aqueles que possuem natureza química não proteica
(polissacarídeos, lipídios, etc) e por isso não necessitam desse auxílio da TCD4. Esses
antígenos costumam ter epítopos repetidos e isso possibilita o reconhecimento simultâneo
do mesmo antígeno por vários BCRs. Como a membrana plasmática é fluida, isso aproxima
os BCRs que estão ligando no antígeno e por consequência possibilita a fosforilação dos
domínios ITAM das cadeias Ig alfa e Ig beta, que ativam a cascata de sinalização
necessária para internalização e combate ao antígeno. Uma vez que não há contato da
célula B com a T nessa via, não ocorre diferenciação em plasmócitos de vida longa, troca
de classe, hipermutação somática ou maturação da afinidade. Só são secretados anticorpos
do tipo IgM; eles possuem menor especificidade e são característicos de fase aguda.
Células B1 e B da zona marginal do baço costumam ter boa resposta a antígenos
timo-independentes
352 - Quais são as diferenças entre a ativação dos linfócitos B-2 e a ativação de
linfócitos B-1 e B da zona marginal do baço?
IgA1 e IgA2.
IgA de mucosa, secretado na forma de dímeros, podendo ser trímeros, unidas pela cadeia
J. No soro a IgA é um monômero.
IgM
362 - Por que IgM migra para os tecidos apenas em presença de reação inflamatória?
Por ser muito grande fica confinada aos vasos sanguíneos, se houver aumento de
permeabilidade vai para os tecidos inflamados.
363 - Qual a função dos anticorpos IgM? Qual o mecanismo de execução dessa
função?
Ativar sistema complemento. IgM identifica, através dos domínios variáveis da cadeia leve e
pesada, os antígenos específicos na superfície do patógeno, como a parede bacteriana,
assim, inicia-se a ativação do complemento.
364 - Como a ativação do complemento por IgM pode levar a lise osmótica do alvo?
367 - Por que anticorpos como os da classe IgA e principalmente IgG realizam
neutralização muito melhor do que IgM?
Para ser neutralizante deve haver alta afinidade com os epítopos presentes na toxina ou na
superfície de bactérias, vírus, fungos e protozoários. A região variável precisa possuir a
maior afinidade possível. A maturação de afinidade não é característica da IgM, já que não
passa pela formação de centro germinativo nos folículos
368 - Por que a IgM é mais eficiente em ativar complemento?
Pelo formato permitir uma ampla ocupação da proteína C1q e assim favorecer e estabilizar
o inicio da cascata. A IgG precisa estar no mínimo em par. O ideal é que estejam 5 IgGs
para serem eficientes como uma IgM em ativar complemento
369 - Opsonização é comum para várias classes de IgG, sobretudo para IgG1 e IgG3,
porque os fagócitos possuem receptor para porção FC da IgG - como CD64, CD32 -
que são expressos na superfície desses fagócitos. Qual outra classe de anticorpo é
também uma opsonina direta?
A IgA sérica também é uma opsonina direta (fagócitos possuem FcalfaR+ - para IgA), mas
em menor quantidade.
Mediada pela célula natural killer, que é da imunidade inata, citóxica, com grânulos ricos em
granzimas e perforinas. Possuem FCgamaR3 (CD16) que capacita a porção FC de uma IgG
que esteja ligada ao alvo. A NK não reconhece IgG solúvel, quando a IgG se liga ao
antígeno altera a conformação da FC, expondo o sítio, que é então reconhecida pela NK.
Isso aciona a degranulação da NK que mata o alvo pelo efeito citotóxico.
372 - “IgG de baixa afinidade indica uma infecção ainda em curso.” Essa afirmativa
está correta?
A atuação dos anticorpos IgG se dá tanto por neutralização, quanto por ativação do sistema
complemento, opsonização e ADCC (Citotoxidade Celular Dependente de Anticorpo). A
neutralização ocorre pela capacidade do IgG em se ligar com alta afinidade ao Ag,
bloqueando a interação Ag-célula e impedindo assim, a infecção celular. A ativação do
sistema complemento, por sua vez, ocorre a partir da interação da proteína C1, que inicia a
via clássica, com os domínios variáveis de IgG que está aderido à superfície do patógeno e
que precisa da ligação ao Ag para expor seus domínios variáveis. Apesar de IgG não ser
um ativador do complemento tão eficaz quanto o IgM (que é pentamérico), ele também
auxilia nesse processo. Já quanto a atuação do IgG pela opsonização, em uma resposta
Th1, há liberação de IFNgama, o qual induz a troca de classe em B de IgM por IgG1 e IgG3,
além de aumentar a expressão de CD64 em fagócitos, que é um receptor para Fc que
reconhece IgG1 e IgG3. Dessa forma, o IgG, ao opsonizar o patógeno, contribui para que a
fagocitose ocorra. Por fim, temos a ADCC, em que os IgGs fixados na parede das células
infectadas aproximam os receptores de Fc das NKs (CD16), ativando-as e possibilitando,
assim, a realização da sua atividade celular citotóxica pela liberação de granzimas e
perforinas sobre as células infectadas
375 - Onde e por quais células são produzidos o IgA de mucosa? Onde é liberado?
377 - Por que na região de dobradiça do IgA de mucosa, com alto conteúdo de
enzimas, há um encurtamento de 13 aminoácidos?
Para reduzir a sensibilidade as proteases locais, já que é uma região em alfa hélice, mais
suscetível a clivagem enzimática.
O receptor poli Ig captura a IgA dimérica e a transporta de forma intacta para a luz. Parte do
receptor poli Ig é liberada junto a IgA, esse componente é o componente secretor, com
função de aumento a sobrevida da IgA na luz das mucosas
A IgA é produzida nos tecidos linfoides mucosos e é ativamente transportada através dos
epitélios, ligando-se a e neutralizando microorganismos que entram nos lúmens dos órgãos
mucosos, que estão em constante contato por meio da respiração, da ingestão de
alimentos, etc. Elas são produzidas na submucosa pelos tecidos linfoides da mucosa e
pelas células B1 e são transportadas através do epitélio por meio da poli-Ig. Parte dessa
molécula se liga à IgA e permite esse transporte (porção secretora), além de impedir que
existam sítios disponíveis para a ação de proteases presentes no lúmen das mucosas
IgE
385 - Qual tipo de IgG é melhor na ativação do complemento pela via clássica?
IgA1.
Somente IgE.
392 - Por que deve-se avaliar a afinidade de anticorpos IgG para se discriminar
infecções agudas de infecções pregressas?
393 - Por que não seria cabível realizar esse tipo de avaliação da avidez com
anticorpos de classe M?
Porque são anticorpos de baixa afinidade, produzidos apenas na fase inicial da resposta
imune humoral. Os plasmócitos responsáveis pela produção de IgM são os de vida curta, os
quais morrem após alguns dias produzindo anticorpos.
Por meio da ativação do sistema complemento pela via clássica, que é a dependente de
anticorpo. Essa via é iniciada com a proteína plasmática C1. Ela interage com os domínios
constantes do anticorpo, no caso o IgM, que está aderido à superfície do patógeno,
sofrendo uma torção em seu arranjo que ativa subunidades, dando início a uma cascata de
reações. Porém, os domínios constantes precisam estar próximos para que ocorra essa
torção. Por essa razão, o IgM se mostra tão eficaz na proteção contra infecções por
ativação do sistema complemento, uma vez que sua estrutura é pentamérica e, portanto,
oferece domínios constantes próximos para a C1 se ligar
395 - “A elaboração de uma vacina preventiva para o HIV deve levar em consideração
as variáveis de localização geográfica e de etnia na tentativa de minimizar os efeitos
do polimorfismo existente nas populações. Ainda assim, é praticamente certo não
haver imunização 100% eficaz para os grupos vacinados.” Tendo em vista tais
observações, responda: O que justifica a dificuldade de se elaborar uma vacina
preventiva para o HIV?
O que justifica tal dificuldade é o fato do MHC ser altamente polimórfico. O polimorfismo
decorre de alterações em alelos dos genes que codificam o MHC (polimorfismo gênico), o
que gera alterações nos códons e, consequentemente, nas proteínas que compõem o
complexo. Com isso, há um aumento na variabilidade das sequências de aminoácidos da
fenda, o que implica em um aumento do contingente de Ags que podem ser ligados a essa
fenda e, conseguintemente, apresentados aos linfócitos T. Além disso, cabe considerar que,
em se tratando de um antígeno viral, como no caso do HIV, o MHC envolvido é o MHC de
classe I, o que torna o problema enfrentado ainda maior, tendo em vista que esse MHC é
mais polimórfico. Diante disso, compreende-se porque é necessário levar em consideração
as variáveis de localização geográfica e de etnia na tentativa de minimizar os efeitos do
polimorfismo na população.
396 - “A elaboração de uma vacina preventiva para o HIV deve levar em consideração
as variáveis de localização geográfica e de etnia na tentativa de minimizar os efeitos
do polimorfismo existente nas populações. Ainda assim, é praticamente certo não
haver imunização 100% eficaz para os grupos vacinados.” Tendo em vista tais
observações, responda: Por que é praticamente certo não haver imunização 100%
eficaz para os grupos vacinados?
Porque podem existir indivíduos, dentre o grupo vacinado, sem MHC para apresentar os
epítopos imunodominantes do HIV presentes na vacina, uma vez que é o MHC que
determina a imunogenicidade do Ag