4 - Case Felipe
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FELIPE, devidamente qualificado nos autos, vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado, respaldado no artigo no art. 403, § 3º, do CPP, propor:
I – DOS FATOS
O réu se interessou por uma jovem enquanto frequentava um bar com seus
amigos. Após uma conversa despretensiosa, eles se beijaram e concordaram em ir
a um lugar mais reservado. Quando chegaram ao local, tiveram relacionamentos
sexuais com consentimento. Ainda haviam trocado seus números de telefone e
respectivas redes sociais, e pela manhã partiram para suas casas.
O réu descobriu em sua rede social que a jovem só tinha 13 anos, apesar de
parecer adulta. A revelação o deixou perplexo e assustado. Além disso, o acusado
recebeu a denúncia em sua casa, pois o pai da menor procurou as autoridades policiais
e fez uma denúncia quando descobriu o que havia acontecido com sua filha.
Sendo assim, o réu foi denunciado pelo Ministério Público por suposta prática
com previsão nos artigos 217 – A e 69, ambos do Código Penal, solicitando o
cumprimento da pena em regime fechado inclusive, conforme previsto no artigo 2,
parágrafo 1º da Lei 8.072/90, além da suposta embriaguez preordenada, previsto no
artigo 61, inciso II, alínea I do Código Penal.
Na audiência de instrução e julgamento, a suposta vítima disse que foi sua
primeira vez naquela noite. No entanto, ela também mencionou que costumava sair de
casa escondida e frequentar bares de adultos, ocasionalmente com suas
amigas.Quanto as testemunhas de acusação, relataram que não presenciaram os fatos
e não possuíam conhecimento das fugas da suposta vítima.
A prova pericial confirmou que a menor não era virgem quando teve
relacionamento sexual com o réu. No entanto, como a perícia foi realizada muitos
meses após o ato sexual em questão, a prova não era suficiente para confirmar que
esse foi o primeiro ato sexual da menor.
II - DO MÉRITO
Isso posto, requer a Vossa Excelência, com base nos termos do artigo 386,
incisos IV e VII do Código Penal, a absolvição do réu.
pede-se deferimento.
OAB/RJ