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CP. AUT. PROJ.

PROJETOS INDUSTRIAIS
TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA

Elaboração: Proj. Carlos Paladini


Volume 1

Rua Artur Moreira, 197 – Jd. Marek - Santo André – SP - CEP: 09111-380
Fone: (0xx11)4458-5426 - Cel: (0xx11)9135-2562 - E-mail: cpautproj@uol.com.br
INTRODUÇÃO À RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

A resistência dos Materiais estuda os esforços e as deformações nos corpos visando


aplicações práticas de dimensionamento, é de fundamental importância no desenvolvimento
de elementos de máquinas e dispositivos.

É através dela que estabelecemos as dimensões de uma peça ou então,


especificamos qual material mais apropriado para determinada aplicação.

Aliado ao conhecimento teórico e a imaginação criativa do profissional, o bom senso


também deve fazer parte das definições de um projeto afim de torná-lo viável, técnica e
economicamente.

O objetivo do curso de RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS é o estabelecimento de


métodos que permitam calcular os esforços a que são submetidos os elementos
construtivos.

Com base nesses esforços será possível, então, dimensionar e selecionar o material
mais adequado.

Os exercícios estão dispostos numa ordem crescente de dificuldade, é aconselhável


que o aluno só passe para o exercício seguinte após Ter desenvolvido e compreendido
todos os passos dados na resolução da questão.

A presença na aula é de vital importância pois os exercícios virão acompanhados de


explicações contendo troca de experiências profissionais já vividas para melhor dinâmica e
assimilação da matéria.

Ao final do curso, tendo o aluno entendido bem os conceitos e solucionando a várias


séries de exercícios, estará apto aplicar os métodos utilizados na grande maioria dos casos
que aparecem no cotidiano fazendo a diferença em seu meio atuação, estando dentro do
perfil que as empresas necessitam, ou seja, Atender de modo competitivo ao mercado
consumidor, buscando a máxima lucratividade e qualidade dos serviços e resultados, na
busca permanente da satisfação do cliente.

Dedicamos este trabalho à “Deus” em primeiro lugar por nos dar entendimento e
sabedoria, para enfrentarmos esta vida cheia de desafios e alegrias.

Agradecimentos:

Magda Blandino Paladini


Thiago Roberto Paladini
Penélope Blandino

Elaboração : Projetista Carlos Paladini

V1-1
ÍNDICE GERAL:

Volume 1 – páginas 1/23

Volume 2 – páginas 1/20

Volume 3 – páginas 1/16

Volume 4 – páginas 1/23

Volume 5 – páginas 1/16

Volume 6 – páginas 1/11

Volume 7 – páginas 1/11

Volume 8 – páginas 1/16


Índice Vol. 1:

! CONCEITOS........................................................pág. 1
Mecânica aplicada, exemplos...

! RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS.............................pág. 3

! CINEMÁTICA.......................................................pág. 3
Conceitos básicos

! VELOCIDADE.......................................................pág. 4
Fórmulas, unidades

! ACELERAÇÃO......................................................pág. 5

! Noções de Queda livre.........................................pág. 7

! FORÇA................................................................pág. 8
Noções elementares, exemplos, cálculos, resultante de forças,
exercícios.

! Operação com Vetores........................................pág. 12/22


Subtração de vetores, Multiplicação de um vetor por um número
real, Forças perpendiculares, forças concorrentes, exercícios.
CONCEITOS:

MECÂNICA APLICADA

1. Objetivo da Mecânica:

A Mecânica tem por finalidade o estudo do movimento, assim como das causas e
efeitos.

O estudo das leis gerais da Mecânica constitui a chamada Mecânica Racional.

Mecânica Aplicada é o nome dado ao conjunto de aplicações da mecânica ao


movimento dos corpos.

A Mecânica aplicada se subdivide em três partes; Cinemática, a Estática e a Dinâmica.

A Cinemática é o estudo dos movimentos, independente das causas que produzem.

A Estática estuda as forças e o equilíbrio produzido por elas.

A Dinâmica estuda as relações entre as forças e os movimentos que elas produzem.

Estudando os movimentos e suas causas é que se conseguiu a construção de máquinas


e mecanismos, que tanto contribuíram para o progresso da civilização humana,
(Tecnologia, Mecânica, prática profissional).

2. Grandezas Escalares e Vetoriais

Existem em física determinadas grandezas Que ficam perfeitamente caracterizadas por


sua intensidade (módulo), ou seja um número seguido de uma unidade de medida e são
denominadas Grandezas Escalares.

Como exemplos de grandezas escalares podemos citar a massa, a densidade, o


volume, a temperatura, etc..

Existem também em física certas grandezas que somente ficam bem caracterizadas
quando conhecemos seu valor numérico ( geralmente acompanhado de uma unidade),
sua direção e seu sentido.

O valor numérico da grandeza também é chamado de módulo ou intensidade da


grandeza. Essas grandezas são chamadas, grandezas Vetoriais.

V1-2
Exemplo 1

Digamos, por exemplo, que um indivíduo esteja à dois metros de um precipício. Pergunta-
se:- Se ele tentar se deslocar de três metros, cairia?
Responde-se:
Pode ser que sim, se ele se deslocar para frente, ou pode ser que não, se ele se deslocar
para trás.

3m 2m

Portanto o deslocamento do indivíduo não ficou


perfeitamente caracterizado. Pelo seu módulo, para
isto, seria necessário ainda conhecer-se sua
orientação espacial.

Exemplo 2

Vejamos agora, uma outra situação: Um barco está navegando em mar aberto, podendo se
movimentar de qualquer maneira com a mesma velocidade constante 5m/min. Vamos então
determinar sua posição depois de um minuto.

O L

5m 5m

Vemos que, conhecendo apenas o valor de sua velocidade é impossível determinar a


posição do barco, pois podemos encontra-lo depois de um segundo em qualquer ponto
sobre a circunferência.

Mas se soubermos que o barco se movimentou na direção Oeste – Leste ficamos apenas
com duas possibilidades.

V1-3
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

A palavra “física” tem origem grega e significa “natureza. Daí dizemos que a física é uma
ciência natural, pois estuda fenômenos naturais.

Uma ciência somente é bem definida quando possuir objetivo, método e leis características.
Fenômenos são acontecimentos ou fatos. Qualquer acontecimento, ocorrência ou fato,
caracteriza um fenômeno.

Os fenômenos são físicos quando não houver alteração na constituição íntima de corpos
que sofreram os fenômenos, não existindo formação de uma outra substância. Exemplo:
transformação da água em gelo.

Os fenômenos são “químicos” quando alteram a constituição íntima dos corpos que
sofreram os fenômenos, dando origem à formação de outras substâncias diferentes.

Exemplo:

Água + ferro + ar = ferrugem.

Para fins didáticos, a física divide-se em:

a) Mecânica: é o estudo dos movimentos;


b) Termologia: é o estudo do calor e seus efeitos;
c) Óptica: é o estudo da luz;
d) Acústica: é o estudo do som e seus efeitos;
e) Eletricidade: é o estudo das cargas elétricas em repouso (eletrostática) ou em
movimento ( eletrodinâmica e eletromagnetismo).

A natureza e os objetivos do nosso curso, impõem que estudamos apenas a Mecânica.


A Mecânica, por sua vez, subdivide-se, para fins didáticos, em:

a) Cinemática: é o estudo do movimento, sem levar em conta suas causas, apenas


descrevendo os movimentos;

b) Dinâmica: é o estudo do movimento, levando em conta as causas do movimento,


explicando o movimento;

c) Estática: é o estudo das condições de equilibro de um corpo qualquer, equilíbrio este


denominado estático.

CINEMÁTICA

Conceitos Básicos

Movimento: é a mudança de posição na passagem do tempo.

Repouso: é a ausência de movimento. É a permanência na mesma posição, na passagem


do tempo.

Trajetória: é o caminho descrito por um corpo qualquer em movimento.

Velocidade: é a grandeza física associada ao movimento e que mede a variação da


mudança de posição, na passagem do tempo.

Aceleração: é a grandeza física associada ao movimento e que mede a variação da


velocidade na passagem do tempo.

Referencial: é um corpo que relacionamos com o objetivo cujo movimento está sendo estudado.
Todos os conceitos anteriores dependem diretamente de um referencial.
V1-4
Velocidade

Se um corpo percorre uma distância “s”, durante um certo tempo “t”, associaremos à esse
movimento uma velocidade “V”, definida da seguinte forma:

Distância percorrida
Velocidade =
Tempo gasto

Utilizando uma linguagem simbólica, podemos escrever a definição acima, da seguinte


forma: sendo “V” a velocidade; “s” a distância percorrida, também chamada espaço
percorrido; “t” tempo gasto.

s
V=
t

Exemplo:

Um automóvel percorre a distância de 400Km em 5h. Calcule sua velocidade.

s 400 km
V= = = 80 km/h
t 5h

Da definição de velocidade, pode-se deduzir que:

s = V×t

ou seja: o espaço é a velocidade multiplicada pelo tempo.

s
t=
V

ou seja: o tempo é o espaço dividido pela velocidade.

Quando o símbolo de uma grandeza é escrito entre colchetes, “[ ]”, estaremos nos referindo
às unidades em que é medida essa grandeza.

t - significa unidade de tempo (hora, segundo, minuto,...)

s - significa unidade de distância ( metro, quilômetro, centímetro, milha,...)

v - significa unidade de velocidade (quilômetro por hora, metro por segundo, centímetro por
minuto,...)

As unidades mais comuns de velocidade são km/h e m/s, existindo freqüentemente, a


necessidade de conversão entre elas, então:

Km/h :3,6 = m/s


1 km 1000 m 1
1 km/h = = = m / seg M/s .3,6 = Km/h
1h 3600 seg 3,6

Para transformar km/h em m/s, divide-se por 3,6. Para transformar m/s em km/h, multiplica-
se por 3,6.
V1-5
Convém ter em mente, as relações entre outras grandezas usuais:

1 km = 1000 m
1m = 100 cm
1 cm = 10 mm
1h = 60 min
1 min = 60 s
1h = 3600 s

Assumiremos por enquanto que não haverá mudança de velocidade nos movimentos que
estudaremos, pois variações de velocidade invalidariam as fórmulas vista anteriormente

Aceleração

É uma grandeza associada ao movimento, que mede a variação da velocidade no decorrer


do tempo:

variação de velocidade
Aceleração =
tempo

∆V”, para a variação de velocidade e “t”


Introduzindo os símbolos: “a”, para aceleração; “∆
para o tempo, temos:

∆V
a=
t

Entenderemos que ∆V é a diferença entre a velocidade final “V” e a velocidade inicial V0.

∆V = V − V0

Assim sendo, temos a seguinte expressão para a aceleração:

V − V0
a=
t

Particularmente, quando a velocidade inicial for nula, temos:

V
a= ou V = a × t
t
A unidade de aceleração [a], será a unidade de velocidade [V], dividida pela unidade de
tempo:

[a] = [V ] = [s]/[t ] = [s] × 1 = [s2]


[t ] [s] [t ] [t] [t ]
No sistema internacional, temos

[a] = m2
s
Outras unidades: km/h2, cm/min2, m/min2,...

V1-6
Exemplos:

a) A velocidade de um automóvel passa de 10 m/s para 25 m/s em 5 s.


Calcule a aceleração.

V − V0 25m / s − 10m / s 15m / s


a= = = = 3m / s2
t 5s 5m / s

b) Calcule a aceleração de um móvel que estava em repouso e adquire a velocidade de 60


km/h em 4 horas.

V - V0 V 60 km/h
a= = = = 15 km/h
t t 4h

Distância percorrida no movimento acelerado:

No movimento que tem aceleração constante, a velocidade média é calculada da seguinte


forma:

V0 + V
Vm =
2
A distância percorrida, por sua vez, é calculada por:

∆s = Vm × t

Exemplo:

Num movimento acelerado, um móvel tem velocidade inicial 6 m/s. e aceleração 2 m/s2.
Calcule a distância em 8 s.

V - V0
Se a = , então V - V0 = a × t ou V = V0 + a × t
t

V = 6 + 2 × 8 = 6 + 16 = 22 m/s

Logo:

V + V0 22 + 6 28
Vm = = = = 14 m/s
2 2 2

Temos então:

∆s = Vm × t = 14 × 8 = 112 m

V1-7
Noções de queda livre

Um corpo se diz em queda livre quando cai sob a ação de seu próprio peso. A única força
sobre esse corpo é o próprio peso . Na realidade, quando a queda não ocorre no vácuo,
existe a resistência do ar, que em condições normais é desprezível.

Observações experimentais nos permitem concluir que na queda livre:

• Todos os corpos, independentemente de seus pesos ou de sus massas, caem com a


mesma aceleração;

• Para corpos próximos à superfície da Terra, a velocidade é diretamente proporcional ao


tempo, o que nos leva a deduzir que existe uma aceleração constante;

• Quando dois ou mais corpos são soltos simultaneamente, de uma mesma altura,
chegam ao chão ao mesmo tempo, independentemente da massa, do peso, do tamanho
e da forma ( desprezando-se a resistência do ar);

• A aceleração constante adquirida pelos corpos em queda livre ë denominada de


“aceleração da gravidade” e é representada por “g”.

• O valor “g”, salvo observação em contrário é 9,8 m/s2. Em determinados cálculos, onde
a precisão não é importante, arredonda-se o valor de “g” para 10 m/s2.

Exemplos:

a) Um corpo é largado sem velocidade inicial, gastando 4 s para chegar ao chão. Calcule
sua velocidade final.

V = a × t mas a = g , então : V = g × t
V = 9,8 × 4 = 39,2 m/s

b) Um corpo é lançado verticalmente, para cima, com uma velocidade inicial de 78,4 m/s.
Calcule o tempo que ele gasta para atingir o ponto de altura máxima.

78,4
V = a × t ou V = g × t ⇒ 78,4 = 9,8 × t ⇒ t = = 8s
9,8

c) Uma pedra é abandonada, sem velocidade inicial, do alto de uma torre e gasta 4 s para
atingir o chão. Calcule a atura da torre.

V − V0 V
s = Vm × t , mas s = H e Vm = =
2 2

Sabe-se que:
g× t
V = g × t , então Vm =
2
Logo...
g× t g × t2 9,8 × 4 2 9,8 × 16 156,8
H = Vm × t = ×t ⇒ H= então H = = = = 78,4m
2 2 2 2 2

A torre mede 78,4 m de altura.

Analisando os exemplos anteriores, poderemos concluir que, no caso da queda livre, com
velocidade inicial nula, são válidas as seguintes equações:

g × t2
V = g× t H=
2
V1-8
Noções elementares sobre forças:

Quando empurramos ou puxamos um corpo, estamos aplicando sobre esse corpo uma
força. Poderíamos dizer que a força é um puxão ou um empurrão em algum corpo. Porém,
empurrando ou puxando um corpo, modificamos a velocidade do corpo, ou o estado de
repouso e movimento do corpo, ou ainda deformamos o corpo. Assim sendo, pode-se
chegar a uma definição mais técnica de forças:

FORÇA É O AGENTE FÍSICO CAPAZ DE DEFORMAR UM CORPO, ALTERAR O ESTADO


DE REPOUSO DESTE CORPO, OU AINDA MODIFICAR A VELOCIDADE DO CORPO.

Os principais elementos de uma força, são:

a) Intensidade: é o número acompanhado de uma unidade, que vai nos dar a informação
de quantidade, isto é: se a força é fraca ou forte;

b) Direção: é uma reta que vai nos dar a noção, avisando se a força é aplicada
verticalmente, horizontalmente ou de uma inclinada;

c) Sentido: é a informação que nos permite saber se a força é aplicada de cima para baixo
ou de baixo para cima, da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda;

d) Ponto de aplicação: é o lugar, a região do corpo que está em contato direto com a força.

Módulo, direção e sentido, caracterizam em Física uma vasta classe de grandezas,


chamadas vetoriais. As forças, bem como as outras grandezas vetoriais, chamadas, podem
ser representadas por uma flecha ou seta.
(Reta)

(Origem) DIREÇÃO
F
PONTO DE APLICAÇÃO (Ponta de Seta)
DAD
E SENTIDO
NSI
INTE

Simboliza-se uma força por uma letra maiúscula, tendo em cima uma setinha,

representando o caráter vetorial da força F, P, G,...

As unidades mais usuais de força são:

a) No sistema internacional

F = Newton (N)

b) No sistema MKS Técnico

F = Quilograma –força ( Kgf ou Kg*)

01) Determine o vetor resultante dos vetores F na figura abaixo

02) Determine o vetor resultante dos vetores F na figura abaixo.

E G R

R=8 R=2
V1-9
Forças

A noção de força é intuitiva e é posta em evidência diariamente quando, por exemplo,


percebemos a necessidade de exercer um esforço físico para deformar um corpo ou
movimentá-lo a partir do repouso ou para fazê-lo andar mais depressa ou mais devagar ou
ainda para mudar de direção de seu movimento.

Tal noção pode ser expressa por uma sentença concisa que pode ser adotada como
definição de força.

FORÇA É A CAUSA CAPAZ DE MODIFICAR A VELOCIDADE DE UM CORPO OU DE


PRODUZIR NELE UMA DEFORMAÇÃO.

Resultante de forças:

Consideremos um corpo sujeito à ação de várias forças: F1, F2, F3,... Chama-se, por
definição, RESULTANTE dessas forças, chamadas componentes, à força única que se
fosse aplicada ao corpo, produzisse nele o mesmo efeito que as n forças componentes,
produzem simultaneamente.

As unidades mais comuns para medir forças são:

O quilograma – Força (Kgf), ou a tonelada- força ( Tf) e o Newton (N).

Um quilograma – força é o peso de corpo que tem massa de 1Kg.

São válidas as seguintes relações:

1 Kgf = 9,81 N
1 Tf = 1oooKgf

Existem ainda outras unidades de força num mesmo corpo, que não são muita usadas.

Quando várias forças estão aplicadas num mesmo corpo, podemos ter:

a) Forças colineares do mesmo sentido;


b) Forças colineares de sentidos diferentes;
c) Forças concorrentes;
d) Forças paralelas de mesmo sentido;
e) Forças paralelas de sentidos diferentes.

Cálculo da resultante de um sistema de forças:

a) Forças colineares do mesmo sentido

Intensidade: Somam-se as intensidades das forças componentes;

Direção: A mesma direção das componentes;


Sentido: O mesmo das componentes.

V1-10
Exercícios:

Determine o vetor resultante em cada um dos sistemas abaixo:

F2
F3
F1
F2
F1 F1
F2

Fa F3

Fb

b) Forças colineares de sentidos diferentes.

Intensidade: Diferença entre as somas de todas as intensidades das forças que apontam
num sentido e a soma de todas as intensidades das forças que apontam no outro sentido;
Direção: a mesma direção das componentes;
Sentido: O mesmo das forças cujas somas de intensidades, em um mesmo sentido, é maior
que no outro sentido.

Equivalencias:

F = tonelada - força (Tf) 1Kgf=9,81 N


1Tf =1000Kgf
1KN =1000N
F = quilo – Newton (KN)

Exercícios

01) Transforme 8 Kgf em N.


02) Transforme 25 Kgf em N.
03) Transforme 4900 N em Kgf.
04) Transforme 392 N em Kgf.
05) Transforme 5,5Tf em N.

V1-11
Sistemas de forças

Sistemas de forças é um conjunto de duas ou mais forças aplicadas num mesmo corpo.

Exemplo:
A

H
P

As forças A, F, P, H, são chamadas componentes do sistema.

Resultante de um sistema de forças é uma única força que, atuando sozinha sobre o corpo,
produz o mesmo efeito que o sistema.

Podemos resumir da seguinte forma o estudo que iremos abordar, a respeito das forças:

a) Compor forças de um sistema de forças significa achar a resultante desse sistema;

b) Achar as características de uma força qualquer, significa determinar os seus quatro


elementos ( intensidade, direção, sentido e ponto de aplicação).

c) Quando quisermos nos referir apenas à quantidade de força aplicada (intensidade),


devemos para isto, escrever o símbolo desta força sem a flecha em cima, como por
exemplo: F = 10 N, P = 25 Kgf...,

d) Decompor uma força qualquer significa determinar suas componentes, é uma operação
inversa a de achar resultante de duas forças.

Resultante de um sistema de forças:

10 Caso: Forças colineares de mesmo sentido.


Forças colineares são forças que possuem a mesma direção.
Quando elas têm o mesmo sentido, encontra-se a resultante, conservando-se a direção, o
sentido somando as intensidades.

F=3N
G=4N
H=2N

R= 3N + 4N + 2N = 9N

R=9N

V1-12
Exercícios:

Encontre a resultante de cada um dos sistemas de forças representados abaixo:

F1=8 kgf

F2= 11 kgf

R = 8 + 11 = 19 Kgf

A= 20 kgf
B= 10 kgf
C= 15 kgf

R = 20 + 10 + 15 = 45 Kgf
O deslocamento somente ficou bem determinado depois do fornecimento de três
informações:

MÓDULO: Valor numérico.


DIREÇÃO: Horizontal, vertical ou indicada pelo ângulo.
SENTIDO: Da esquerda para a direita ou vice – versa.

Y
X

A seta da figura acima, representa geometricamente um vetor. Esse vetor está


representando o deslocamento da pessoa. O deslocamento é uma grandeza vetorial.
Outra grandeza vetorial importante é a Força.
Existem outras muitas grandezas vetoriais.

Operações com vetores

Adição de vetores:

Adicionamos graficamente dois ou mais vetores, da seguinte forma: Fazemos coincidir a


extremidade do primeiro vetor com a origem do segundo, a extremidade do segundo com a
origem do terceiro, a extremidade do terceiro com a origem do quarto e assim
sucessivamente até o último vetor.

A origem do primeiro vetor e a extremidade do último, determinarão graficamente o vetor


soma ou resultante dos vetores dados.

Exercícios:

São dados os vetores: A, B, C, D, E, F, G e H

A
H G
C D
B
E F

V1-13
Determine:

01) X=A+B+C 02) Y=D+E+F+G

03) W=G+H+B+A+D 04) Z=B+C+F

05) R=A+B 06) S=A+F+E

06) Desenhe o vetor resultante dos seguintes vetores:

07) Determine as resultantes:

N N
15 18
F1= F2= N
N=20 kgf N
1 8 45
F3= N M=15 kgf Fa=
1 8
F4= K=10 kgf N
35
Fb=

N
55
Fc=

T=16 kgf
R=18 kgf

20 Caso: Forças colineares de sentidos opostos

Quando várias forças colineares são aplicadas num mesmo corpo, mas em ambos os
sentidos, a força resultante é encontrada da seguinte forma:

a) Somam-se as intensidades das forças que estão em um sentido;

V1-14
b) Somam-se as intensidades das forças que estão em sentido contrário;

c) Acha-se a diferença entre os dois números anteriores, obtendo a intensidade da força


resultante;

d) O sentido da força resultante será aquele que pertencer às forças que apresentarem
maior soma de intensidades;

e) A direção da resultante será a mesma das componentes.

Exemplo:

F2=9 N F1=2 N
F3=3 N
F4=4 N F5=5 N

Calculando as resultantes parciais, teremos:

R1 = 2 N + 3 N + 5 N = 10 N
R 2 = 4 N + 9 N = 13 N

R2=13 N R1=10 N

A intensidade da resultante, será:

R = R 2 − R1 = 13 N − 10 N = 3 N

O sentido será o mesmo da resultante parcial de maior intensidade.


A direção continuará horizontal.

R=3 N

Exercícios:

Encontre a força resultante de cada um dos sistemas de forças representados abaixo:

V1-15
Subtração de vetores

Para fazer a subtração A – B, somamos o vetor A com o oposto de B.

Exercícios:

São dados os vetores: A, B, C, D e E

A
D E
C
B

Determine:

11) A - B 12) C - D

13) E - A 14) B - E

V1-16
MULTIPLICAÇÃO DE UM VETOR POR UM NÚMERO REAL

Para multiplicar um vetor por um número real, multiplicamos o módulo do vetor pelo módulo
do número real e conservamos o sentido do vetor se o número for positivo. E invertemos o
sentido do vetor se o número for negativo.

Exercícios:

São dados os vetores: A, B, C e D.

B
A C D

Pede-se:

15) 2 X A 16) 3 X B

17) –4 X C 18) ½ X D

2
19) –A 20) − C
3

V1-17
30 Caso: Duas forças perpendiculares

Desenhe um retângulo, traçando pela extremidade de F1 uma linha auxiliar, paralela a F2 e,


pela extremidade de F2 uma linha auxiliar paralela a F1. A diagonal desse retângulo mostrará
a força resultante.

R
F1 F1
B
A

F2 F2

1ª etapa, desenho das linhas auxiliares. 2ª etapa, obtenção das forças resultantes.

Se fizermos o desenho em escala, relativa aos valores de F1 e F2, poderemos obter a


intensidade da resultante por mediação.

A direção pode ser fornecida, medindo-se o ângulo “A”, ou o ângulo “B”, com o auxilio do
transferidor.

O sentido fica indicado na figura.


Este processo é conhecido como processo gráfico.

R R=10 N
Direção: R forma um ângulo de 53º com F2.
Sentido: Indicado na figura.
F1= 8 N

53°

F2=6 N

Pode-se resolver o problema de encontrar a força resultante de duas foças perpendiculares,


utilizando o teorema de Pitágoras e os conceitos de seno ou coseno.

Neste processo não há necessidade de escala, porém, é recomendável o uso de uma tabela
trigonométrica.

R
R 2 = F12 + F22 ⇒ R = F12 + F22 → Intensidade
F1
A F F
sen A = 1 ou cos A = 2 → Direção
R R
F2

O sentido fica indicado na figura:

Exemplo:

F1 8
sen A = = = 0,8
R R 10

F1= 8 N 0,8 é o seno do ângulo de 530 ( tabela – valor mais


aproximado), então a = 530. O sentido fica indicado na figura.
A

F2=6 N
V1-18
Exercícios:

Utilizando o exemplo anterior, encontre a força resultante de cada um dos sistemas abaixo:

F1= 40 N

F2=42 N

Exercícios sobre operações com vetores:

Determine: A + B - C Determine: 2 x M - 3 x N

B M
C N
A

1
Determine o vetor: R + 3 x S – 2 x T Determine o vetor: -2 x A – B + C
3

T B
A

V1-19
Cálculo do módulo do vetor resultante de dois vetores perpendiculares:

R 2 = VX2 + VY2
Vy
A
B
Vx

Cálculo de direção do vetor resultante de dois vetores perpendiculares:

A direção do vetor resultante de dois vetores perpendiculares, pode ser dada pelo ângulo
formado entre o vetor resultante e um dos vetores componentes. Em relação à mesma
figura acima, temos:

Vx VY
sen A = ou sen B =
R R

O sentido do vetor resultante de dois vetores perpendiculares é dado pela seta.

Exercícios:

Determine o vetor resultante dos vetores V1 e V2 na figura abaixo:

V1

Determine o vetor resultante dos vetores A e B na figura abaixo:

A= 7 B= 24

B
Determine o vetor resultante dos vetores M e N na figura abaixo:

M= 21 N= 20

Determine o vetor resultante dos vetores R e S na figura ao


lado:
R R= 18 S= 24

V1-20
Resultante de dois vetores que tem a mesma direção:

10 caso: Os vetores têm o mesmo sentido:


Somam–se os módulos e mantém-se o sentido e a direção.

20 caso: Os vetores têm sentidos diferentes:


Subtraem-se os módulos e conserva-se a direção. O sentido do vetor resultante será o
mesmo daquele que tiver maior valor absoluto.

Exercícios:

Determine o vetor resultante dos vetores A e B na figura abaixo:

Determine o vetor resultante dos vetores C e D na figura abaixo:

C D

Observe o triângulo ABC:

FX
cos α = ⇒ FX = F × cos α
F F
Fy F
sen α = Y ⇒ FY = F × sen α
F
A B
Fx

Note que ∝ é o ângulo formado entre o eixo Fx e a força F.

Exemplo numérico: seja F = 40 N e α = 45º


Temos:

Fx = F × cos 45° = 40 × 0,7 = 28N


Fy = F × sen 45° = 40 × 0,7 = 28N

Exercícios:

Encontre as componentes ortogonais Fx e Fy para cada força apresentada abaixo. É


necessário fazer os desenhos, construindo os ângulos dados com seu valor verdadeiro:

Y F Y
F
55°
35°

X X

V1-21
Forças concorrentes:

10 caso: Apenas duas forças perpendiculares

Intensidade: R 2 = F12 + F22

F2 F2 R
Direção α = arcsen
R

Sentido: Indicado pela figura:


F1

Exercícios:

Calcule a força resultante em cada um dos sistemas abaixo:

F2 = 7 F1 = 6 FA = 12 FB = 5

FA

F2 FB

F1

FX = 15 FY = 25

FX
FY

20 caso: Apenas duas forças não perpendiculares para α < 90°

Intensidade: R 2 = F12 + F22 + 2 × F1 × F2 × cos A

senα senβ senα senλ


Direção: = ⇒ =
R F2 R F1

Sentido: Indicado pela figura

F2
λ
R
α
β
F1

V1-22
Exercícios:

Encontre a força resultante do sistema abaixo:


! !
FX = 60 Fy = 40

30 Quando α > 900 devemos desenhar o ângulo complementar até o plano de 180° utilizar a
região da nova figura onde o ângulo é < 900 neste ponto temos o valor do ângulo
complementar e a hipotenusa que na figura inicial era um cateto, com as projeções
desenhadas localizamos o ângulo de 90° que gerou um triângulo retângulo nos
possibilitando o cálculo do cateto no eixo Y que por sua vez também será o cateto Y da
figura inicial nos possibilitando por Pitágoras determinarmos a resultante final.
Exemplo:

y
sen 60° = ∴ y = 40. sen 60° = 34,6410mm
40
R = F22 + y 2 ∴ R = 40 2 + 34,6410 2
R = 52,915mm

40 caso: Forças concorrentes, em qualquer quantidade, formando ângulos conhecidos com


as direções perpendiculares X e Y.
Neste caso, projetamos todas as forças nos dois eixos. Encontramos a resultante no eixo x
(RX), e a resultante no eixo Y (RY) e aplicamos o caso de duas forças perpendiculares.

Calcule a força nos sistemas abaixo:

! ! !
F1 = 60 F2 = 70 F3 = 80

F1x = 60. cos 45 = 42,42


FiY = 60. sen 45 = 42,42
F2x = 70. cos 30º = 60,62
F2Y = 70. sen 30º = 35
F3x = 80. sen 60º = 69,28
F3Y = 80. cos 60º = 40
Eixo X Eixo Y

F1x - F2 x - F3x = 87,48 F1y + F2y - F3y = 37,42

! ! !
F 1 = 20 F2 = 30 F3 = 15

V1-23

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