V 1 Dev 8
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PROJETOS INDUSTRIAIS
TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA
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INTRODUÇÃO À RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
Com base nesses esforços será possível, então, dimensionar e selecionar o material
mais adequado.
Dedicamos este trabalho à “Deus” em primeiro lugar por nos dar entendimento e
sabedoria, para enfrentarmos esta vida cheia de desafios e alegrias.
Agradecimentos:
V1-1
ÍNDICE GERAL:
! CONCEITOS........................................................pág. 1
Mecânica aplicada, exemplos...
! CINEMÁTICA.......................................................pág. 3
Conceitos básicos
! VELOCIDADE.......................................................pág. 4
Fórmulas, unidades
! ACELERAÇÃO......................................................pág. 5
! FORÇA................................................................pág. 8
Noções elementares, exemplos, cálculos, resultante de forças,
exercícios.
MECÂNICA APLICADA
1. Objetivo da Mecânica:
A Mecânica tem por finalidade o estudo do movimento, assim como das causas e
efeitos.
Existem também em física certas grandezas que somente ficam bem caracterizadas
quando conhecemos seu valor numérico ( geralmente acompanhado de uma unidade),
sua direção e seu sentido.
V1-2
Exemplo 1
Digamos, por exemplo, que um indivíduo esteja à dois metros de um precipício. Pergunta-
se:- Se ele tentar se deslocar de três metros, cairia?
Responde-se:
Pode ser que sim, se ele se deslocar para frente, ou pode ser que não, se ele se deslocar
para trás.
3m 2m
Exemplo 2
Vejamos agora, uma outra situação: Um barco está navegando em mar aberto, podendo se
movimentar de qualquer maneira com a mesma velocidade constante 5m/min. Vamos então
determinar sua posição depois de um minuto.
O L
5m 5m
Mas se soubermos que o barco se movimentou na direção Oeste – Leste ficamos apenas
com duas possibilidades.
V1-3
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
A palavra “física” tem origem grega e significa “natureza. Daí dizemos que a física é uma
ciência natural, pois estuda fenômenos naturais.
Uma ciência somente é bem definida quando possuir objetivo, método e leis características.
Fenômenos são acontecimentos ou fatos. Qualquer acontecimento, ocorrência ou fato,
caracteriza um fenômeno.
Os fenômenos são físicos quando não houver alteração na constituição íntima de corpos
que sofreram os fenômenos, não existindo formação de uma outra substância. Exemplo:
transformação da água em gelo.
Os fenômenos são “químicos” quando alteram a constituição íntima dos corpos que
sofreram os fenômenos, dando origem à formação de outras substâncias diferentes.
Exemplo:
CINEMÁTICA
Conceitos Básicos
Referencial: é um corpo que relacionamos com o objetivo cujo movimento está sendo estudado.
Todos os conceitos anteriores dependem diretamente de um referencial.
V1-4
Velocidade
Se um corpo percorre uma distância “s”, durante um certo tempo “t”, associaremos à esse
movimento uma velocidade “V”, definida da seguinte forma:
Distância percorrida
Velocidade =
Tempo gasto
s
V=
t
Exemplo:
s 400 km
V= = = 80 km/h
t 5h
s = V×t
s
t=
V
Quando o símbolo de uma grandeza é escrito entre colchetes, “[ ]”, estaremos nos referindo
às unidades em que é medida essa grandeza.
v - significa unidade de velocidade (quilômetro por hora, metro por segundo, centímetro por
minuto,...)
Para transformar km/h em m/s, divide-se por 3,6. Para transformar m/s em km/h, multiplica-
se por 3,6.
V1-5
Convém ter em mente, as relações entre outras grandezas usuais:
1 km = 1000 m
1m = 100 cm
1 cm = 10 mm
1h = 60 min
1 min = 60 s
1h = 3600 s
Assumiremos por enquanto que não haverá mudança de velocidade nos movimentos que
estudaremos, pois variações de velocidade invalidariam as fórmulas vista anteriormente
Aceleração
variação de velocidade
Aceleração =
tempo
∆V
a=
t
Entenderemos que ∆V é a diferença entre a velocidade final “V” e a velocidade inicial V0.
∆V = V − V0
V − V0
a=
t
V
a= ou V = a × t
t
A unidade de aceleração [a], será a unidade de velocidade [V], dividida pela unidade de
tempo:
[a] = m2
s
Outras unidades: km/h2, cm/min2, m/min2,...
V1-6
Exemplos:
V - V0 V 60 km/h
a= = = = 15 km/h
t t 4h
V0 + V
Vm =
2
A distância percorrida, por sua vez, é calculada por:
∆s = Vm × t
Exemplo:
Num movimento acelerado, um móvel tem velocidade inicial 6 m/s. e aceleração 2 m/s2.
Calcule a distância em 8 s.
V - V0
Se a = , então V - V0 = a × t ou V = V0 + a × t
t
V = 6 + 2 × 8 = 6 + 16 = 22 m/s
Logo:
V + V0 22 + 6 28
Vm = = = = 14 m/s
2 2 2
Temos então:
∆s = Vm × t = 14 × 8 = 112 m
V1-7
Noções de queda livre
Um corpo se diz em queda livre quando cai sob a ação de seu próprio peso. A única força
sobre esse corpo é o próprio peso . Na realidade, quando a queda não ocorre no vácuo,
existe a resistência do ar, que em condições normais é desprezível.
• Quando dois ou mais corpos são soltos simultaneamente, de uma mesma altura,
chegam ao chão ao mesmo tempo, independentemente da massa, do peso, do tamanho
e da forma ( desprezando-se a resistência do ar);
• O valor “g”, salvo observação em contrário é 9,8 m/s2. Em determinados cálculos, onde
a precisão não é importante, arredonda-se o valor de “g” para 10 m/s2.
Exemplos:
a) Um corpo é largado sem velocidade inicial, gastando 4 s para chegar ao chão. Calcule
sua velocidade final.
V = a × t mas a = g , então : V = g × t
V = 9,8 × 4 = 39,2 m/s
b) Um corpo é lançado verticalmente, para cima, com uma velocidade inicial de 78,4 m/s.
Calcule o tempo que ele gasta para atingir o ponto de altura máxima.
78,4
V = a × t ou V = g × t ⇒ 78,4 = 9,8 × t ⇒ t = = 8s
9,8
c) Uma pedra é abandonada, sem velocidade inicial, do alto de uma torre e gasta 4 s para
atingir o chão. Calcule a atura da torre.
V − V0 V
s = Vm × t , mas s = H e Vm = =
2 2
Sabe-se que:
g× t
V = g × t , então Vm =
2
Logo...
g× t g × t2 9,8 × 4 2 9,8 × 16 156,8
H = Vm × t = ×t ⇒ H= então H = = = = 78,4m
2 2 2 2 2
Analisando os exemplos anteriores, poderemos concluir que, no caso da queda livre, com
velocidade inicial nula, são válidas as seguintes equações:
g × t2
V = g× t H=
2
V1-8
Noções elementares sobre forças:
Quando empurramos ou puxamos um corpo, estamos aplicando sobre esse corpo uma
força. Poderíamos dizer que a força é um puxão ou um empurrão em algum corpo. Porém,
empurrando ou puxando um corpo, modificamos a velocidade do corpo, ou o estado de
repouso e movimento do corpo, ou ainda deformamos o corpo. Assim sendo, pode-se
chegar a uma definição mais técnica de forças:
a) Intensidade: é o número acompanhado de uma unidade, que vai nos dar a informação
de quantidade, isto é: se a força é fraca ou forte;
b) Direção: é uma reta que vai nos dar a noção, avisando se a força é aplicada
verticalmente, horizontalmente ou de uma inclinada;
c) Sentido: é a informação que nos permite saber se a força é aplicada de cima para baixo
ou de baixo para cima, da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda;
d) Ponto de aplicação: é o lugar, a região do corpo que está em contato direto com a força.
(Origem) DIREÇÃO
F
PONTO DE APLICAÇÃO (Ponta de Seta)
DAD
E SENTIDO
NSI
INTE
Simboliza-se uma força por uma letra maiúscula, tendo em cima uma setinha,
a) No sistema internacional
F = Newton (N)
E G R
R=8 R=2
V1-9
Forças
Tal noção pode ser expressa por uma sentença concisa que pode ser adotada como
definição de força.
Resultante de forças:
Consideremos um corpo sujeito à ação de várias forças: F1, F2, F3,... Chama-se, por
definição, RESULTANTE dessas forças, chamadas componentes, à força única que se
fosse aplicada ao corpo, produzisse nele o mesmo efeito que as n forças componentes,
produzem simultaneamente.
1 Kgf = 9,81 N
1 Tf = 1oooKgf
Existem ainda outras unidades de força num mesmo corpo, que não são muita usadas.
Quando várias forças estão aplicadas num mesmo corpo, podemos ter:
V1-10
Exercícios:
F2
F3
F1
F2
F1 F1
F2
Fa F3
Fb
Intensidade: Diferença entre as somas de todas as intensidades das forças que apontam
num sentido e a soma de todas as intensidades das forças que apontam no outro sentido;
Direção: a mesma direção das componentes;
Sentido: O mesmo das forças cujas somas de intensidades, em um mesmo sentido, é maior
que no outro sentido.
Equivalencias:
Exercícios
V1-11
Sistemas de forças
Sistemas de forças é um conjunto de duas ou mais forças aplicadas num mesmo corpo.
Exemplo:
A
H
P
Resultante de um sistema de forças é uma única força que, atuando sozinha sobre o corpo,
produz o mesmo efeito que o sistema.
Podemos resumir da seguinte forma o estudo que iremos abordar, a respeito das forças:
d) Decompor uma força qualquer significa determinar suas componentes, é uma operação
inversa a de achar resultante de duas forças.
F=3N
G=4N
H=2N
R= 3N + 4N + 2N = 9N
R=9N
V1-12
Exercícios:
F1=8 kgf
F2= 11 kgf
R = 8 + 11 = 19 Kgf
A= 20 kgf
B= 10 kgf
C= 15 kgf
R = 20 + 10 + 15 = 45 Kgf
O deslocamento somente ficou bem determinado depois do fornecimento de três
informações:
Y
X
Adição de vetores:
Exercícios:
A
H G
C D
B
E F
V1-13
Determine:
N N
15 18
F1= F2= N
N=20 kgf N
1 8 45
F3= N M=15 kgf Fa=
1 8
F4= K=10 kgf N
35
Fb=
N
55
Fc=
T=16 kgf
R=18 kgf
Quando várias forças colineares são aplicadas num mesmo corpo, mas em ambos os
sentidos, a força resultante é encontrada da seguinte forma:
V1-14
b) Somam-se as intensidades das forças que estão em sentido contrário;
d) O sentido da força resultante será aquele que pertencer às forças que apresentarem
maior soma de intensidades;
Exemplo:
F2=9 N F1=2 N
F3=3 N
F4=4 N F5=5 N
R1 = 2 N + 3 N + 5 N = 10 N
R 2 = 4 N + 9 N = 13 N
R2=13 N R1=10 N
R = R 2 − R1 = 13 N − 10 N = 3 N
R=3 N
Exercícios:
V1-15
Subtração de vetores
Exercícios:
A
D E
C
B
Determine:
11) A - B 12) C - D
13) E - A 14) B - E
V1-16
MULTIPLICAÇÃO DE UM VETOR POR UM NÚMERO REAL
Para multiplicar um vetor por um número real, multiplicamos o módulo do vetor pelo módulo
do número real e conservamos o sentido do vetor se o número for positivo. E invertemos o
sentido do vetor se o número for negativo.
Exercícios:
B
A C D
Pede-se:
15) 2 X A 16) 3 X B
17) –4 X C 18) ½ X D
2
19) –A 20) − C
3
V1-17
30 Caso: Duas forças perpendiculares
R
F1 F1
B
A
F2 F2
1ª etapa, desenho das linhas auxiliares. 2ª etapa, obtenção das forças resultantes.
A direção pode ser fornecida, medindo-se o ângulo “A”, ou o ângulo “B”, com o auxilio do
transferidor.
R R=10 N
Direção: R forma um ângulo de 53º com F2.
Sentido: Indicado na figura.
F1= 8 N
53°
F2=6 N
Neste processo não há necessidade de escala, porém, é recomendável o uso de uma tabela
trigonométrica.
R
R 2 = F12 + F22 ⇒ R = F12 + F22 → Intensidade
F1
A F F
sen A = 1 ou cos A = 2 → Direção
R R
F2
Exemplo:
F1 8
sen A = = = 0,8
R R 10
F2=6 N
V1-18
Exercícios:
Utilizando o exemplo anterior, encontre a força resultante de cada um dos sistemas abaixo:
F1= 40 N
F2=42 N
Determine: A + B - C Determine: 2 x M - 3 x N
B M
C N
A
1
Determine o vetor: R + 3 x S – 2 x T Determine o vetor: -2 x A – B + C
3
T B
A
V1-19
Cálculo do módulo do vetor resultante de dois vetores perpendiculares:
R 2 = VX2 + VY2
Vy
A
B
Vx
A direção do vetor resultante de dois vetores perpendiculares, pode ser dada pelo ângulo
formado entre o vetor resultante e um dos vetores componentes. Em relação à mesma
figura acima, temos:
Vx VY
sen A = ou sen B =
R R
Exercícios:
V1
A= 7 B= 24
B
Determine o vetor resultante dos vetores M e N na figura abaixo:
M= 21 N= 20
V1-20
Resultante de dois vetores que tem a mesma direção:
Exercícios:
C D
FX
cos α = ⇒ FX = F × cos α
F F
Fy F
sen α = Y ⇒ FY = F × sen α
F
A B
Fx
Exercícios:
Y F Y
F
55°
35°
X X
V1-21
Forças concorrentes:
F2 F2 R
Direção α = arcsen
R
Exercícios:
F2 = 7 F1 = 6 FA = 12 FB = 5
FA
F2 FB
F1
FX = 15 FY = 25
FX
FY
F2
λ
R
α
β
F1
V1-22
Exercícios:
30 Quando α > 900 devemos desenhar o ângulo complementar até o plano de 180° utilizar a
região da nova figura onde o ângulo é < 900 neste ponto temos o valor do ângulo
complementar e a hipotenusa que na figura inicial era um cateto, com as projeções
desenhadas localizamos o ângulo de 90° que gerou um triângulo retângulo nos
possibilitando o cálculo do cateto no eixo Y que por sua vez também será o cateto Y da
figura inicial nos possibilitando por Pitágoras determinarmos a resultante final.
Exemplo:
y
sen 60° = ∴ y = 40. sen 60° = 34,6410mm
40
R = F22 + y 2 ∴ R = 40 2 + 34,6410 2
R = 52,915mm
! ! !
F1 = 60 F2 = 70 F3 = 80
! ! !
F 1 = 20 F2 = 30 F3 = 15
V1-23