1 Grupo D.A
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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2022
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Realizado por:
Felicina Jamilo
Vanessa Pack
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2022
ÍNDICE
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO................................................................................................................4
1.3.Metodologia....................................................................................................................................5
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CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO
portanto o direito emana regras ou normas, princípios que visam regular as tarefas temos por
instancia, princípio da legalidade como a nossa lei mãe salienta , a prossecução do interesse público,
mas para alcançar este seu objetivo é preciso respeitar certos limites e valores, a saber: o interesse
público é sempre prosseguido tendo como limite e valor a obediência à lei, ou seja, respeitando o
Princípio da Legalidade.
De forma resumida defini- se a Administração pública como toda a actividade que o Estado realiza
para satisfazer a colectividade.
Efectivamente o presente trabalho tem como alicerce de estudo a Administração Pública. Importará
então de forma sucinta destacar alguns padrões que a caracterizam, e posteriormente para melhor
compreensão do tema deste trabalho científico, abordar o estudo do direito administrativo no tempo
presente e por terceiro passo realizar uma aproximação de como os princípios administrativos
comportam em si uma função de juridicidade.
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1.1. Objectivo geral
O trabalho tem como o objectivo geral a análise sobre a subordinação da Administração Pública ao
Direito
1.3.Metodologia
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CAPÍTULO II. SUBORDINAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA AO
DIREITO
Direito administrativo é um ramo autónomo, dentro do direito público interno, que basicamente se
concentra no estudo da Administração Pública e da actividade de seus integrantes. Tal disciplina tem
por objecto os órgãos, entidades, agentes de actividades públicos, e a seu objectivo é a sistematização
dos fins desejados pelo Estado, ou seja, o interesse público regrado pelo princípio da legalidade.
(SANTOS, Mauro Sérgio dos 2016, P. 29).
O direito administrativo nasceu no final do século XVIII, com forte influência do direito francês, que
foi o grande inovador no regramento das matérias correlatas à Administração Pública. Como disciplina
autônoma, assim como a maioria das matérias do direito público, surgiu em período posterior à
implantação do Estado de Direito, que se deu logo após a Revolução Francesa. A França é considerada
o berço de inúmeros institutos de Direito Administrativo, os quais tiveram origem nas construções
jurisprudenciais do Conselho de Estado.
No domínio do Direito Administrativo atual poderemos referir como sendo novidade: a organização;
os procedimentos; o ato administrativo favorável; as formas de concertação e de coordenação; a
planificação; a regulação de atividades privadas; as atividades infraestruturais, materiais e informais;
as parcerias público-privadas; o uso misto do direito público e do direito privado.
A nova razão de ser o atual Direito Administrativo visa o equilíbrio entre a prossecução necessária dos
interesses da comunidade autoridade, discricionariedade, eficiência e a proteção dos direitos e
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interesses legítimos dos particulares participação, transparência, garantias individuais. O novo
contexto do poder, o poder assume uma relação tripolar Lei/Administração/Juiz, caracterizada pelos
princípios da precedência de lei, da discricionariedade e da justiciabilidade administrativa num
entendimento equilibrado da juridicidade administrativa num Estado de Direito Misto.
O sucesso de uma entidade administrativa depende muito da qualidade da gestão adotada. Importa
pois, que a Administração Pública consiga imbuir uma administração eficiente que é um factor chave
para o sucesso de uma dada organização. A eficiência implica notoriamente que a Administração deve
visar, na sua atuação, a prossecução do interesse público (artigo 266º, n.º 1, da CRP).
Por exemplo num bom uso dos dinheiros públicos, deve existir sempre o mérito público, numa
aproximação e englobamento ao princípio da boa administração. A prossecução do interesse público
manifesta uma sujeição eminente da Administração à lei. Não devem existir bens sociais plasmados
como bens públicos que não tenham um acervo legal e essa habilitação, enquanto tal, deve ser
efetivada pela letra da lei. Sempre que a administração tiver de usar o princípio da prossecução do
interesse público como chave norteadora, a sua margem discricionária fica sempre adstrita ao respeito
pelos interesses e direitos das pessoas legalmente protegidos, que entram na esfera da atuação direta da
administração. A prossecução do interesse público será a capitã que leva a nau administrativa a bom
porto.
Na Constituição da República de Moçambique, a nossa “lei das leis” no nosso ordenamento jurídico,
podemos encontrar, por assim dizer, uma “constituição administrativa” onde se encontram os pilares
principais do direito administrativo. O artigo 248º da CRM enuncia os princípios constitucionais da
atividade administrativa. Entre eles, um dos mais relevantes é sem dúvida o Princípio da Legalidade.
(CRM, art 248.p 86.).
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Hoje, esta obediência á lei deve ser entendida como obediência ao direito objetivo, ou seja, à lei, à
Constituição e ao Direito Recentemente, tem-se vindo a desenvolver, no quadro da Administração
Pública, e por força da necessidade de adaptação constante do agir administrativo à evolução social,
um conjunto de atuações informais, fundadas em atribuições expressas das entidades públicas e
competências implícitas dos respetivos órgãos administrativos. Estas atuações informais são norteadas
por rigorosos critérios jurídicos decorrentes dos princípios gerais de direito. Em suma define-se o
Princípio da legalidade da seguinte forma: «os órgãos e agentes da Administração pública só podem
agir com fundamento na lei e dentro dos limites por ela impostos».
a) Mantém-se a primazia normativa da lei sobre todos os atos da administração (primado da lei em
sentido negativo);
c) Nas matérias de reserva legislativa parlamentar o domínio legislativo por natureza que, além dos
direitos fundamentais dos cidadãos, engloba outras matérias consideradas fundamentais para a
comunidade, segundo um princípio de essencialidade exige-se uma densidade legal acrescida e,
portanto, uma vinculação mais intensa formal, procedimental e material da atividade administrativa
regulamentar ou concreta à lei princípio da reserva material de Parlamento (ou da reserva de lei
parlamentar);
d) A Administração, mesmo no uso de poderes discricionários concedidos por lei, está subordinada a
princípios jurídicos fundamentais, que regulam o modo da sua atuação princípio da juridicidade
administrativa;
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2.4. O princípio da imparcialidade da administração pública
Também no âmbito de uma boa administração parece oportuno e conveniente dar atenção ao conteúdo
do princípio da imparcialidade da administração pública. A administração pública não pode nem deve
defender interesses egoístico.
Com a ideia surgida pós-Revolução Francesa de que a atuação da Administração devia estar
totalmente vinculada, não se conferindo espaços discricionários, passou-se, na década de 30 do século
XIX, de uma administração consideravelmente reduzida, para uma administração omnipresente, fruto
de uma série de conturbados acontecimentos sociais, destacando-se a crise de 1929 e a I Guerra
Mundial, aumento populacional e crescente urbanização, etc.
Neste contexto histórico, a administração passou a entender que não se podia dispensar da realização
da “felicidade individual”. E, como é fácil de compreender, tornou-se imperativo aumentar e estender
os organismos da Administração Pública. Assim, perante tal paradigma, flexibilizar e acelerar a
atuação administrativa, passou a ser uma necessidade, desempenhando a discricionariedade, neste
particular, um papel fundamental. No entanto, não serão certamente de ignorar todos os problemas que
a própria discricionariedade traz, desde a dificuldade de obtenção de decisões ponderadas e justas, até
problemas relacionados com a corrupção e favorecimento de determinados agentes em detrimento de
outros.
Os princípios não são normas e no dizer de Rui Chancerelle de Machete 14 «nem se deixam utilizar
segundo uma lógica substantiva. Constituem «jus normas» e não «jus normatum» . Consubstanciam
valores fundamentais do ordenamento jurídico, por isso mesmo, reconhecidos pela Constituição, mais
do que propriamente criados por esta. Do ponto de vista ontológico, caraterizam, dão a feição própria
de cada ordenamento jurídico. O seu valor vinculativo revela-se na experiência do caso concreto,
quando têm de ser tomados em consideração na descoberta da solução jurídica que dita a sua
disciplina. É, assim, no momento da aplicação do direito que se evidencia a sua importância
inspiradora dos valores jurídicos a serem tidos em causa, no superar dos interesses e na necessária
hierarquização destes a alcançar a plenitude do seu significado, e ao ordenamento jurídico,
considerado «in toto», o seu sentido. Os princípios fundamentais do direito administrativo são, pois,
das principais fontes de direito administrativo. Todo o tipo de violação do ato vinculativo conduz à
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ilegalidade. Este princípio pode ser distinguido, através do princípio da preferência de lei ou seja, em
determinados momentos e domínios, a administração pública deve atuar com fundamento na lei, isto é,
só quando a lei o permita.
O interesse público está definido por lei, e uma vez definido, a Administração Pública tem de o
prosseguir. Contudo, quando o interesse público não está definido na lei e a administração pública
prossegue algo que não tem que ver com o interesse público, entra-se no domínio do desvio de poder.
Ao contrário do que um olhar mais desatento poderia revelar, a “função positiva” dos princípios não
desaparece se estivermos perante regras de conduta vinculada, sendo que, nessa hipótese, os princípios
servem como fator de interpretação das leis internas e das diretivas comunitárias, estabelecendo o seu
sentido e alcance, impondo, uma interpretação mais restritiva ou extensiva.
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CAPÍTIULO III. CONCLUSÃO
De forma resumida defini-se a Administração pública como toda a actividade que o Estado realiza
para satisfazer a colectividade. A nova razão de ser o atual Direito Administrativo visa o equilíbrio
entre a prossecução necessária dos interesses da comunidade autoridade, discricionariedade, eficiência
e a proteção dos direitos e interesses legítimos dos particulares participação, transparência, garantias
individuais.
O sucesso de uma entidade administrativa depende muito da qualidade da gestão adotada. Importa
pois, que a Administração Pública consiga imbuir uma administração eficiente que é um factor chave
para o sucesso de uma dada organização. A eficiência implica notoriamente que a Administração deve
visar, na sua atuação, a prossecução do interesse público (artigo 266º, n.º 1, da CRP).
Por exemplo num bom uso dos dinheiros públicos, deve existir sempre o mérito público, numa
aproximação e englobamento ao princípio da boa administração. A prossecução do interesse público
manifesta uma sujeição eminente da Administração à lei. Não devem existir bens sociais plasmados
como bens públicos que não tenham um acervo legal e essa habilitação, enquanto tal, deve ser
efetivada pela letra da lei. Sempre que a administração tiver de usar o princípio da prossecução do
interesse público como chave norteadora, a sua margem discricionária fica sempre adstrita ao respeito
pelos interesses e direitos das pessoas legalmente protegidos, que entram na esfera da atuação direta da
administração. A prossecução do interesse público será a capitã que leva a nau administrativa a bom
porto.
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CAPÍTULO IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
Marcelo Rebelo de Sousa/ André Salgado Matos, Direito Administrativo, I, pág. 201.
Diogo Freitas do Amaral e Maria da Glória Garcia, O Estado de Necessidade e a Urgência em Direito
Administrativo, in “Revista da Ordem dos Advogados, Ano 59, II” — Lisboa, 1999.
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