A Conjuração Mineira

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A Conjuração Mineira (1789)

A partir de 1760, as jazidas de ouro mineiras começaram a se esgotar. Apesar disso, o governo português
continuou cobrando pesados impostos e fazendo proibições, como impedir a instalação de indústrias no Brasil.
Essa política opressiva empobrecia os habitantes da Colônia e aumentava o medo e a insegurança em Minas
Gerais.
Em 1788, haveria uma derrama, ou seja, a cobrança forçada dos impostos atrasados, um clima de revolta tomou
conta da população; a capitania de Minas Gerais devia a Portugal mais de cinco toneladas de ouro. Os colonos
diziam que não podiam pagar porque o ouro estava se esgotando. As autoridades portuguesas afirmavam que o
problema era que o ouro estava sendo desviado.
Um grupo de homens, quase todos da elite de Minas, começou a se reunir em Vila Rica para planejar uma rebelião
contra o domínio português. Entre os rebeldes estavam: Tomás Antônio Gonzaga, juiz de Vila Rica; Cláudio Manuel
da Costa, advogado e intelectual renomado; Inácio de Alvarenga Peixoto, dono de jazidas e filho de grande
fazendeiro e comerciante; padre Oliveira Rolim, chefe político do Arraial do Tijuco, atual Diamantina, agiota e
negociante de diamantes; padre Carlos Correia de Toledo, dono de terras minerais e de uma grande fazenda que
produzia milho e feijão, dentre os mais ricos da capitania; e Joaquim Silvério dos Reis, contratador. Entre eles
estava também um homem que tinha sido dentista prático, tropeiro, garimpeiro e que, aos 30 anos, tornara-se
militar: o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por todos como Tiradentes.
Defendiam a independência de Minas Gerais; a proclamação de uma república com capital em São João del Rei,
núcleo agropecuário que mantinha intenso comércio com outras regiões brasileiras; e a criação, em Vila Rica, de
uma universidade e de uma Casa da Moeda para controlar a emissão de dinheiro. A bandeira da república mineira
teria a inscrição Libertas quae sera tamen, que significa: “Liberdade ainda que tardia”. Parte dos conjurados era
movida por ideias iluministas e de mudança; outra parte, no entanto, tinha como único objetivo a suspensão da
derrama (cobrança forçada dos impostos em atraso devidos a Portugal). Os conjurados divergiam quanto à
escravidão: a maioria deles – senhores de terras, mineradores e grandes comerciantes – era favorável à
continuidade da escravidão; apenas Alvarenga Peixoto e o padre Carlos Correia de Toledo se disseram favoráveis à
Abolição.

A Conjuração Mineira (1789).

A partir de 1760, as jazidas de ouro mineiras começaram a se esgotar. Apesar disso, o governo português
continuou cobrando pesados impostos e fazendo proibições, como impedir a instalação de indústrias no Brasil.
Essa política opressiva empobrecia os habitantes da Colônia e aumentava o medo e a insegurança em Minas
Gerais.
Em 1788, haveria uma derrama, ou seja, a cobrança forçada dos impostos atrasados, um clima de revolta tomou
conta da população; a capitania de Minas Gerais devia a Portugal mais de cinco toneladas de ouro. Os colonos
diziam que não podiam pagar porque o ouro estava se esgotando. As autoridades portuguesas afirmavam que o
problema era que o ouro estava sendo desviado.
Um grupo de homens, quase todos da elite de Minas, começou a se reunir em Vila Rica para planejar uma rebelião
contra o domínio português. Entre os rebeldes estavam: Tomás Antônio Gonzaga, juiz de Vila Rica; Cláudio Manuel
da Costa, advogado e intelectual renomado; Inácio de Alvarenga Peixoto, dono de jazidas e filho de grande
fazendeiro e comerciante; padre Oliveira Rolim, chefe político do Arraial do Tijuco, atual Diamantina, agiota e
negociante de diamantes; padre Carlos Correia de Toledo, dono de terras minerais e de uma grande fazenda que
produzia milho e feijão, dentre os mais ricos da capitania; e Joaquim Silvério dos Reis, contratador. Entre eles
estava também um homem que tinha sido dentista prático, tropeiro, garimpeiro e que, aos 30 anos, tornara-se
militar: o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por todos como Tiradentes.
Defendiam a independência de Minas Gerais; a proclamação de uma república com capital em São João del Rei,
núcleo agropecuário que mantinha intenso comércio com outras regiões brasileiras; e a criação, em Vila Rica, de
uma universidade e de uma Casa da Moeda para controlar a emissão de dinheiro. A bandeira da república mineira
teria a inscrição Libertas quae sera tamen, que significa: “Liberdade ainda que tardia”. Parte dos conjurados era
movida por ideias iluministas e de mudança; outra parte, no entanto, tinha como único objetivo a suspensão da
derrama (cobrança forçada dos impostos em atraso devidos a Portugal). Os conjurados divergiam quanto à
escravidão: a maioria deles – senhores de terras, mineradores e grandes comerciantes – era favorável à
continuidade da escravidão; apenas Alvarenga Peixoto e o padre Carlos Correia de Toledo se disseram favoráveis à
Abolição.

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