As Divisões Celulares Permitem o Crescimento
As Divisões Celulares Permitem o Crescimento
As Divisões Celulares Permitem o Crescimento
vivos. Erros durante as divisões celulares podem dar origem a mutações e levar ao
desenvolvimento de doenças, como o câncer. Os tumores malignos geralmente surgem de
mutações em genes relacionados à manutenção do ciclo celular, o que leva à proliferação
descontrolada das células. Mitose é um tipo de divisão celular na qual uma célula-mãe origina
duas células-filhas idênticas entre si, e idênticas à célula que lhes deu origem. Como a mitose
conserva a carga cromossômica, então corresponde a uma divisão equacional, e é
representada por E!. Uma célula diplóide (2n) que sofre mitose gera duas células-filhas
diploides (2n). Há casos, comuns em plantas e algas, em que uma célula haplóide (n) divide-se
por mitose, originando duas células haplóides (n). Até mesmo células triploides (3n) podem
sofrer mitose. A mitose mantém constante o número de cromossomos da célula;
Caso essa mutação esteja relacionada a genes de controle do ciclo celular, pode resultar no
aumento da velocidade e da frequência das divisões celulares por mitose e levar ao
desenvolvimento de tumores, que podem ser benignos ou malignos (câncer).
Intérfase. Como foi estudado no capítulo anterior, o ciclo celular compreende a intérfase e o
processo de divisão celular. A intérfase é a etapa em que a célula não está se dividindo, mas
pode apresentar alta atividade metabólica. A célula em intérfase apresenta carioteca e
nucléolo íntegros; sua cromatina está descondensada e não se pode distinguir um
cromossomo de outro ao microscópio. Durante a intérfase, ocorre a replicação (duplicação) do
material genético e se formam cromátides idênticas, unidas pelos centrômeros. O período
anterior à duplicação é denominado G1 (do inglês gap, que significa intervalo). O período em
que ocorre a síntese, ou duplicação do DNA é conhecido como S (de síntese).
Depois que a duplicação está completa, a célula encontra-se no período G2, no qual produz
proteínas e organelas. Consideraremos que a quantidade de DNA nas etapas da intérfase é de
2x em G1 e 4x em G2. Processo mitótico. A maior atividade da síntese proteica ocorre em G1,
permitindo elevado metabolismo e crescimento celular. Algumas células normalmente não se
dividem (ou o fazem raramente), como é o caso dos neurônios e das células do miocárdio
(fibras musculares do coração); essas células ficam estacionadas em um período anterior à
replicação, denominado G0 (zero). Durante o período S da interfase de células animais,
acontece a duplicação dos centríolos. A célula então, ingressa em mitose. O processo mitótico
é didaticamente, dividido em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Prófase: É a
fase mais longa da mitose. Nessa etapa, a carioteca e o nucléolo estão em processo de
desagregação. O RNA ribossômico do nucléolo está sendo distribuído pela célula e será
empregado na formação dos ribossomos das futuras células-filhas. As estruturas membranosas
da carioteca serão reaproveitadas nas células-filhas. O material genético está em processo de
condensação; os cromossomos começam a se tornar evidentes. É importante notar que
durante a mitose, não ocorre pareamento de cromossomos homólogos; isso se dá apenas
durante a meiose. A célula animal tem dois pares de centríolos; esses pares afastam-se,
migrando para polos opostos. A célula tem intensa produção de filamentos, conhecidos como
microtúbulos, constituídos por tubulina, uma proteína. Notam-se dois tipos de microtúbulos:
áster, ao redor de centríolos, e filamentos do fuso localizados entre os pares de centríolos.
Metáfase. A carioteca e o nucléolo foram totalmente desagregados. Os dois pares de
centríolos encontram-se em polos opostos; entre eles, há diversas fibras do fuso.
Os cromossomos apresentam máxima condensação e estão presos às fibras do fuso por meio
do centrômero. Os cromossomos ficam na região mediana da célula. O centrômero tem
proteínas que constituem o cinetócoro, ao qual as fibras do fuso ficam ligadas. A metáfase é o
período que permite a melhor observação dos cromossomos. No final dessa fase, acontece a
duplicação dos centrômeros. Anáfase. Ocorre o encurtamento de fibras do fuso e a separação
total das duas cromátides-irmãs, originando os cromossomos-irmãos, que são tracionados
para polos opostos da célula. Telófase. Os cromossomos chegam às extremidades opostas e
iniciam a descondensação. Os microtúbulos do áster e do fuso começam a se desagregar. A
carioteca e o nucléolo estão em processo de reorganização. O citoplasma sofre um
estrangulamento que culmina com sua divisão; trata-se da citocinese.
O centrossomo é uma estrutura não delimitada por membrana; em seu interior, encontram-se
os centríolos. Células de plantas com sementes (gimnospermas e angiospermas) não
apresentam centríolos, mas têm estruturas correspondentes aos centrossomos, os MTOCs
(centro organizador de microtúbulos). Assim, essas células são capazes de produzir fibras do
fuso, indispensáveis ao processo mitótico. Vimblastina e colchicina: A vimblastina e a
colchicina, quando são empregadas no meio de cultura em que as células estão imersas,
impedem a formação das fibras do fuso. Dessa maneira, as células duplicam os filamentos de
cromatina, que depois sofrem condensação e chegam a duplicar o centrômero. No entanto,
sem o fuso, as células não completam o processo de divisão e chegam somente até a
metáfase. Mitose em células animais e vegetais: Como vimos, células de animais têm
centríolos;
Sua mitose é denominada cêntrica. Células de plantas com sementes não possuem centríolos;
sua mitose é acêntrica.
Células de animais formam áster (mitose astral), e as células de plantas não produzem áster
(mitose anastral). Outra diferença entre as mitoses animal e vegetal é a citocinese. Nos
animais, ela se dá de fora para dentro (por estrangulamento), sendo denominada centrípeta.
Em células vegetais, a citocinese se realiza do centro para a periferia, e é denominada
centrífuga. Células vegetais vizinhas são unidas por uma estrutura cimentante, a lamela média.
As células vizinhas comunicam-se por meio de canalículos citoplasmáticos, denominados
plasmodesmos.
Verifica-se que duas células vegetais vizinhas podem ter se originado de uma célula-mãe, em
consequência de uma divisão mitótica. Quando uma célula vegetal está em telófase, sua região
mediana passa a apresentar fragmoplastos, vesículas golgianas que sintetizam os
componentes da lamela média, a qual vai unir as duas células quando o processo de divisão se
completar. A formação de lamela média começa na região central da célula e avança para a
periferia (um processo centrífugo). Depois de ser formada a lamela média, inicia-se a produção
da parede celular. As células, então separadas, mantêm plasmodesmos entre elas. Lamela
média em formação: Representação esquemática da formação da lamela média pelo
fragmoplasto.
A meiose é um tipo de divisão celular na qual uma célula-mãe diploide produz quatro células-
filhas haplóides. Isso significa que a meiose reduz à metade o número de cromossomos;
assim, a meiose é uma divisão reducional e pode ser representada por R!.
Esporos são células reprodutoras haplóides e originam um novo organismo também haplóide,
sem fusão com outra célula. Uma samambaia por exemplo, é um organismo diploide (2n) que
apresenta, em suas folhas, pequenas estruturas escuras, conhecidas como soros.
Cada esporo, ao cair em solo úmido, sofre mitoses e provoca o surgimento de uma estrutura
também haplóide.
Meiose DOIS: A seguir, são descritos os passos gerais do processo, com destaque para o
comportamento do material genético. - Prófase DOIS: A carioteca e o nucléolo estão em
processo de desagregação. Os cromossomos sofrem condensação novamente, e as fibras do
fuso começam a se formar. Não ocorre replicação do DNA nesta fase. Metáfase DOIS: Os
cromossomos estão alinhados no equador da célula. Não há pares homólogos nesta fase,
apenas cromossomos individuais. As fibras do fuso estão conectadas aos centrômeros dos
cromossomos. - Anáfase DOIS: As fibras do fuso se encurtam, separando as cromátides-irmãs
dos cromossomos, que são puxadas para polos opostos. - Telófase DOIS: Os cromossomos
alcançam os polos opostos, e ocorre a descondensação da cromatina. A carioteca e o nucléolo
se reconstituem. Em seguida, ocorre a citocinese, separando o citoplasma e formando quatro
células haplóides.
Os cromossomos atingem sua máxima condensação; estão pareados, presos ao fuso pelo
centrômero e ocupam a região mediana da célula. - Anáfase um: Fibras do fuso sofrem
encurtamento (por despolimerização), separando os cromossomos homólogos, que são
tracionados para polos opostos. - Telófase um: Os cromossomos atingem as extremidades, e
ocorre a separação do citoplasma (citocinese).
Uma célula (2n) tem a replicação do seu material genético durante a interfase. Então, a célula
entra em meiose, que consta de duas grandes etapas: meiose um (reducional) e meiose DOIS
(equacional). A meiose um gera duas células haplóides (n), as quais ingressam em meiose
DOIS; cada célula gera outras duas, totalizando quatro células-filhas (n). Cada uma das etapas
de divisão meiótica (meiose um e meiose DOIS) é subdividida em prófase, metáfase, anáfase e
telófase. Entre a meiose um e a meiose DOIS, há um período conhecido como intercinese, que
se manifesta rapidamente. Vamos considerar uma célula do testículo de um animal. Ela passa
por interfase, meiose um, intercinese rapidamente, e meiose DOIS.
A célula tem carioteca e nucléolo íntegros. No final da interfase, ocorre a duplicação dos
centríolos. A cromatina encontra-se descondensada, e acontece a duplicação do material
genético. Antes disso, a célula se encontrava em G1; depois da replicação, a célula passa para o
período G2.
Adotaremos que a quantidade de DNA nuclear da célula em G1 é igual a 2x; então, em G2, a
célula apresenta 4x de DNA.
Para facilitar a compreensão dos processos envolvidos na meiose, vamos considerar uma
célula que apresenta apenas um par de cromossomos homólogos (2n = 2). Durante a meiose
um, realizam-se dois processos significativos: o pareamento dos cromossomos homólogos,
seguido de sua separação. São produzidas duas células-filhas haplóides (n). Na meiose DOIS,
cada célula formada na etapa anterior tem um representante do par de homólogos. O
processo mais significativo da meiose DOIS é a separação das cromátides, gerando os
cromossomos-irmãos, que são encaminhados para cada uma das células-filhas, totalizando
quatro células haplóides. Meiose um: A seguir, são descritos os passos gerais do processo, com
destaque para o comportamento do material genético. - Prófase um: A carioteca e o nucléolo
estão em processo de desagregação.
Os cromossomos sofrem condensação, e ocorre o pareamento dos homólogos. Um par de
homólogos constitui um bivalente ou tétrade (pois o conjunto tem quatro cromátides).
Os centríolos já estão duplicados; ao redor de cada par de centríolos forma-se o áster, entre
os pares organizam-se as fibras do fuso. - Metáfase um: A carioteca e o nucléolo completam o
processo de desagregação. Os pares de centríolos estão em polos opostos. Os cromossomos
atingem sua máxima condensação; estão pareados, presos ao fuso pelo centrômero e ocupam
a região mediana da célula.
Meiose dois: As duas células-filhas geradas na etapa anterior são haplóides e dotadas de
cromossomos duplicados (com duas cromátides). Vimos que na anáfase um ocorre a
separação de cromossomos homólogos; e na anáfase dois há a separação de cromátides-
irmãs. - prófase dois : cada célula possui um representante do par de homólogos. Os centríolos
migram para polos opostos e o fuso alonga-se. - Metáfase dois: não há mais carioteca, e os
cromossomos se prendem ao fuso pelo centrômero, ocupando a região mediana da célula. No
final da metáfase dois, ocorre a duplicação do centrômero. É importante notar que na
metáfase um, a célula tem os dois representantes do par de homólogos. Na metáfase dois, a
célula possui um representante do par de homólogos. –
Anáfase dois: fibras do fuso sofrem encurtamento, e realiza-se a separação das cromátides,
originando os cromossomos-irmãos, que são puxados para extremidades opostas.
Com a citocinese, formam-se quatro células haplóides, que têm a metade do número de
cromossomos presentes na célula-mãe. Variabilidade na quantidade de DNA: Durante o
processo de divisão meiótica, a quantidade de DNA apresenta variações: dobra no decorrer da
interfase (período S) e sofre duas reduções (na anáfase um e na anáfase dois), como pode ser
observado no gráfico.
Outro par de homólogos, um cromossomo tem alelo Bezão, e o outro cromossomo possui o
alelo bezinho. Não há necessidade de representar todas as etapas do processo (duplicação,
pareamento de homólogos, separação de homólogos e de cromátides). É importante entender
que cada gameta possui um representante de cada par de homólogos; em cada cromossomo,
haverá um dos genes considerados (Azão ou Bezão). Uma célula com cromossomos Azão
azinho e Bezão bezinho formará quatro tipos de gametas: Azão Bezão, Azão bezinho, azinho
Bezão e azinho bezinho. O número de tipos de gametas é calculado pela fórmula 2 elevado a n,
sendo o número de pares de homólogos (n = 2).
Então, o número de tipos de gametas é dado por 2 elevado a 2 = 4, ou seja, realmente são
produzidos quatro tipos de gametas. No ser humano há 46 cromossomos, ou 23 pares (n = 23).
O número de tipos de gametas é obtido por 2 elevado a 23 = 8388608, ou seja, uma pessoa
pode produzir um enorme número de tipos de gametas (sem incluir no cálculo a ocorrência de
crossing-over). Gametojênese Humana é o processo de formação de gametas:
espermatozoides masculino) e ovócitos feminino). Os gametas são produzidos no interior de
gônadas, sendo as masculinas os testículos, e as femininas os ovários. A formação de
espermatozoides é denominada espermatojênese; a produção de ovócitos corresponde à
ovulojênese.
Processo Geral: A gametojênese tem início no embrião, nas células germinativas primordiais
(2n). Essas células multiplicam-se por mitose no interior das gônadas ainda em formação.
Células germinativas originam gônias (2n), muito semelhantes a elas. As gônias, também se
multiplicam por mitose, gerando novas gônias. No organismo masculino isso ocorre durante
toda a vida, mesmo em idade avançada.
No organismo feminino, a mitose das gônias cessa antes do nascimento. As gônias crescem, e
delas derivam células, também diploides, denominadas citos de primeira ordem ou citos
primários (cito um): no organismo masculino, são espermatócitos um; no organismo feminino,
ovócitos um. Citos. espermatócitos um apresentam pares de cromossomos homólogos e
sofrem a primeira divisão meiótica, na qual se dá a separação dos cromossomos homólogos.
São geradas células haplóides (n), conhecidas como citos de segunda ordem, (citos dois). Os
citos dois são haplóides e possuem um representante de cada par de homólogos ainda
duplicados. Citos dois passam pela segunda divisão meiótica (meiose dois); acontece a
separação das cromátides, gerando células haplóides. Seguem-se, em geral, algumas
modificações que levam ao desenvolvimento dos gametas.
Com a segunda divisão meiótica, cada espermatócito um (n) gera duas espermátides (n), no
total de quatro. - As espermátides sofrem diferenciação celular, uma etapa denominada
espermiojênese.
Ocorre a primeira divisão meiótica e são produzidas duas células haplóides: um ovócito dois
(n) e um corpúsculo polar (n). - Com a segunda divisão meiótica, o corpúsculo polar cria dois
corpúsculos polares (n). ovócito dois gera um óvulo (n) e um corpúsculo polar (n).
Assim, são gerados três corpúsculos polares (n) e um único óvulo (n). Também é importante
observar a proporção entre as etapas da ovulojênese. A partir de uma ovogônia é gerado
apenas um óvulo. Aproximadamente na metade de um ciclo menstrual regular de 28 dias,
acontece a ovulação. Isso significa que um dos ovários do organismo feminino libera um óvulo
para a tuba uterina mais próxima. E nesse período que pode ocorrer a fecundação do óvulo
por um espermatozoide, formando o zigoto. Na realidade o ovário não libera um óvulo, mas
sim um ovócito dois, e é nele que o espermatozoide ingressa. Na fecundação, o ovócito dois
completa a meiose dois, gera um óvulo e um corpúsculo polar. O núcleo do espermatozoide
une-se ao núcleo do óvulo e forma-se o zigoto 2n. A fusão dos núcleos dá-se o nome de
cariogamia. Prófase um da meiose. A prófase um é a fase mais longa da meiose.
As células que dão origem aos óvulos no organismo feminino por exemplo, podem ficar
estacionadas por décadas em prófase um até que ocorra a fecundação. Há cinco etapas na
prófase um: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese. Essas etapas são
apresentadas a seguir, destacando os aspectos relacionados ao material genético.
Assim, o ponto de contato entre as cromátides homólogas passa para posições mais próximas
à sua extremidade.