Apostila 3
Apostila 3
Apostila 3
DE SINAIS
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
SUMÁRIO
2- CULTURA SURDA 19
3- CAUSAS DA SURDEZ 24
5- A COMUNICAÇÃO 32
6- A FUNÇÃO DA ESCOLA 40
REFERÊNCIAS
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
A história dos surdos registra seus acontecimentos históricos como grupo, que
possui uma língua, uma identidade e uma cultura.
Ao longo das eras, os Surdos travaram grandes batalhas pela afirmação da sua
identidade, da comunidade surda, da sua língua e da sua cultura, até alcançarem o
reconhecimento que têm hoje, na era moderna.
Na época do povo Hebreu, na Lei Hebraica, aparecem pela primeira vez, referências
aos Surdos.
Grécia
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Os Romanos, influenciados pelo povo grego, tinham ideias semelhantes acerca dos
Surdos, vendo-o como ser imperfeito, sem direito a pertencer à sociedade, de
acordo com Lucrécio e Plínio. Era comum lançarem as crianças surdas
(especialmente as pobres) ao rio Tibre, para serem cuidadas pelas Ninfas. O
imperador Justiniano, em 529 a.C., criou uma lei que impossibilitava os surdos de
celebrar contratos, elaborar testamentos e até de possuir propriedades ou reclamar
heranças (com excepção dos surdos que falavam).
Roma
Mais tarde, Santo Agostinho defendia a ideia de que os pais de filhos Surdos
estavam a pagar por algum pecado que haviam cometido. Acreditava que os Surdos
podiam comunicar por meio de gestos, que, em equivalência à fala, eram aceites
quanto à salvação da alma.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Os cristãos, até à Idade Média, criam que os Surdos, diferente dos ouvintes, não
possuíam uma alma imortal, uma vez que eram incapazes de proferir
os sacramentos.
John Beverley, em 700 d.C., ensinou um Surdo a falar, pela primeira vez (em que há
registo). Por essa razão, ele foi considerado por muitos como o
primeiro educador de Surdos.
Foi na Idade Moderna que se distinguiu, pela primeira vez, surdez de mudez. A
expressão surdo-mudo, deixou de ser a designação do Surdo.
Nesta época era costume que as crianças que recebiam este tipo de educação e
tratamento fossem filhas de pessoas que tinham uma situação económica boa. As
demais eram colocadas em asilos com pessoas das mais diversas origens e
problemas, pois não se acreditava que pudessem se desenvolver em função da sua
"anormalidade".
Juan Pablo Bonet, aproveitando o trabalho iniciado por León, foi estudioso dos
Surdos e seu educador. Escreveu sobre as maneiras de ensinar os Surdos a ler e a
falar, por meio do alfabeto manual. Bonet proibia o uso da língua gestual, optando o
método oral.
John Bulwer, médico inglês, acreditava que a língua gestual deveria possuir um
lugar de destaque, na educação para os Surdos; foi o primeiro a desenvolver um
método para comunicar com os Surdos. Publicou vários livros, que realçam o uso de
gestos.
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Jacob Rodrigues Pereira, educador de Surdos que usava gestos mas sempre
defendeu a oralização dos Surdos. Nunca publicou nenhum dos seus estudos.
Thomas Braidwood, fundou uma escola de Surdos, em Edimburgo (a primeira escola
de correcção da fala da Europa). Samuel Heinicke, ensinou vários Surdos a falar,
criando e definindo o método hoje conhecido como Oralismo.
“ Tal como o francês vê a sua língua desvirtuada por um alemão que apenas ”
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Desloges, em seu livro, defende a ideia de que a língua gestual (Antiga Língua
Gestual Francesa) já existia, mesmo antes do aparecimento das primeiras escolas
de surdos, como criação dos surdos e sua língua natural.
Jean Itard, primeiro médico a interessar-se pelo estudo da surdez e das deficiências
auditivas, usava os seguintes métodos nas suas pesquisas: cargas eléctricas,
sangramentos, perfuração de tímpanos, entre outras.
Jean Massieu foi um dos primeiros professores surdos do mundo. Laurent Clerc,
surdo francês, educador, acompanhou Thomas Hopkins Gallaudet, educador
ouvinte, aos EUA, onde abriram uma escola para surdos, em Abril de 1817, a Escola
de Hartford. Gallaudet instituiu nessa escola a Língua Gestual Americana, passou
ainda a seu usado o inglês escrito e o alfabeto manual. Em 1830, quando Gallaudet
se reformou, já existiam nos Estados Unidos cerca de 30 escolas para surdos.
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Hellen Keller
Em 1880 nasce Hellen Keller, nos Estados Unidos. Hellen ficou cega e surda aos 19
meses de idade, por causa de uma doença. Aos 7 anos Hellen havia criado cerca de
60 gestos (br: sinais) para se comunicar com os familiares. Anne Sulivan, a
professora de Hellen, isolou-a do resto da família, conseguindo assim disciplinar e
ensinar Hellen. Sullivan ensina a Hellen usando o método de Tadona, que consiste
em tocar os lábios e a garganta da pessoa que fala, sendo isso combinado
com dactilologia na palma da mão. Hellen aprendeu a ler inglês, francês, alemão,
grego e latim, através do braile. Aos 24 anos formou-se, em Radcliffe. Foi sufragista,
pacifista e apoiante do planeamento familiar. Fundou o Hellen Keller International,
uma organização para prevenir a cegueira. Publicou muitos livros e foi galardoada
por Lydon B. Johnson, com a Presidential Medal od Freedoms.
Associativismo
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
história dos surdos, nesta época a luta entre adeptos do oralismo e do gestualismo
continuava, dentro e fora do Instituto.
Bébian fundou uma escola privada para surdos, em Paris, onde usava o seu
defendido método oralista, sendo proibido aos alunos do Instituto Nacional que
contactassem com Bébian, quer dentro quer fora do Instituto.
Em 1829 o Instituto tinha apenas dois professores Surdos e apenas alunos do sexo
masculino usufruíam de suas aulas; não existiam pessoas Surdas no conselho
diretivo, no conselho colsultivo, na formação vocacional, nem mesmo entre os
monitores. Por estarem cientes destes problemas, alguns professores uniram-se na
tentativa de mudar o rumo da situação e surgem então duas frentes ideológicas, de
um lado os defensores do método oralista, de outro lado os defensores do
gestualismo.
No final de 1830 houve um grande movimento de pessoas Surdas, que mexeu com
as bases do instituto. Ferdinad Berthier, líder de uma delegação de surdos, escreveu
ao Rei Luís Filipe, de França, pedindo a readmissão de Bébian na direção do
Instituto - o que chocou de tal modo a administração do Instituto que apenas
aumentou as lutas e os desentendimentos de adeptos oralistas e gestualistas, que
entraram em ruptura.
Congresso de Milão
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O Congresso durou 3 dias, nos quais foram votadas 8 resoluções, sendo que
apenas uma (a terceira) foi aprovada por unanimidade. As resoluções são:
Durante o século XX
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Em 1920, antes da chegada dos nazistas ao poder, surgiu nos EUA e na Alemanha
um movimento da comunidade médica, com apoio das sociedades em questão, em
prol da esterilização de doentes mentais e psicopatas criminosos (na Alemanha este
movimento ficou conhecido como higiene racial). Em 1933, com a chegada dos
nazis ao poder, este movimento teve suporte político. Nesse mesmo ano, na
Alemanha, foi aprovada uma lei para esterilizar as pessoas que possuíam doenças
genéticas transmissíveis, incluindo a surdez.[23][24]
Dados comprovam que, em 1937, 95% das crianças surdas pertenciam à juventude
hitleriana, tendo a letra G (em alemão, inicial de gehoerlosan) marcada no ombro do
casaco.
A primeira escola de surdos no Brasil foi criada pela Lei nº 839, de 26 de setembro
de 1857, por Dom Pedro II, no Rio de Janeiro.
Século XVI - Giralamo Cardamo, italiano que utilizava sinas e linguagem escrita.
Século XVII
-Surge a Língua de Sinais utilizada por Abade L‟Epèe na educação dos surdos. Ele
inaugurou a primeira escola para surdos. Em 1760, na França, o abade L´Epée
(Charles Michel de L´Epée:1712 -1789) iniciou o trabalho de instrução formal com
duas surdas a partir da Língua de Sinais que se falava pelas ruas de Paris utilizando
para esse fim além da Língua de Sinais, a datilologia (alfabeto manual) e sinais
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criados artificialmente, obtendo grande êxito, sendo que a partir dessa época a
metodologia por ele desenvolvida tornou-se conhecida e respeitada, assumida pelo
então Instituto de Surdos e Mudos (atual Instituto Nacional de Jovens Surdos) em
Paris como o caminho correto para a educação dos seus alunos.
1857 – Brasil
Fundada a primeira escola para surdos no Brasil pelo surdo francês Ernest Huet.
Hoje esta escola tornou - se Instituto de Educação de Surdos- o INES. O dia do
surdo é comemorado no dia 26 de setembro, homenagem à inauguração da primeira
escola de surdos do Brasil em 1857, o INES (Instituto Nacional de Educação de
Surdos). O filho de Thomas Hopkins Gallaudet, Edward Miner Gallaudet, ajudou a
iniciar a Columbia Institution for the Deaf and Blind, em Washington, DC, que mais
tarde se tornou Gallaudet University. A Gallaudet University é a primeira instituição
mundial de ensino superior para Surdos. Em meados do século havia mais de cento
e cinquenta escolas europeias e vinte e seis nos EUA que utilizavam a língua
gestual nas aulas. Neste país, um terço dos professores de surdos eram surdos.
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Temas:
• Tempo de instrução.
11 de setembro 1890
Resultados
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BRASIL
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2- CULTURA SURDA
O surdo difere do ouvinte, não apenas porque não ouve, mas porque desenvolve
potencialidades psico-culturais próprias. Somos todos pessoas diferentes.
Existem também surdos que, por escolha dos pais ou opção pessoal, preferem
utilizar uma língua oral.
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Em alguns casos, apesar do bloqueio auditivo, o seu domínio da língua oral pode se
equiparar aos ouvintes, através do uso da leitura labial, o uso de aparelhos,
implantes auditivos e acompanhamento fonoaudiológico.
No Brasil, existem pelo menos duas situações em que a lei confere ao surdo o
direito a intérprete de LIBRAS:
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A língua de sinais é o idioma natural dos surdos. Idioma natural, porque ela resulta
de um paradigma de inerência, idiossincrático, que é a surdez. A língua de sinais é
uma criação natural dos surdos, independentemente do lugar onde estejam
radicados. Por outro lado, existe o conceito errático de que a língua de sinais é
também a língua materna de qualquer surdo.
Segundo Sacks (1998), cerca de 95% das crianças surdas nascem de pais
ouvintes.[2] Normalmente, é uma língua oral com a qual a criança é abordada pelos
pais. Quando se descobre que a criança, afinal, é surda, os pais nada ou quase
nada fazem podem fazer para ensinar-lhe uma língua de sinais, pois normalmente
não estão preparados para tal. Neste contexto há duas opções possíveis:
Muitos pais preferem optar na oralização da criança surda, de forma a que ela possa
se adaptar mais facilmente à sociedade. No entanto, há bastante controvérsia em
relação a esta preferência.[3] Quando ambos os pais são surdos e utilizam a língua
de sinais nas primeiras experiências de aquisição e consolidação comunicativa e
desenvolvimento comunicativo da criança surda, está-se perante a língua de sinais
como Língua materna. Portanto, a língua de sinais não é necessariamente a língua
materna do surdo.
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Por anos, muitas pessoas acham que os surdos não sabem praticamente nada,
porque não ouvem nada. Há pais que super protegem seus filhos surdos ou temem
integrá-los no mundo dos ouvintes. Outros encaram a língua de sinais como
primitiva, ou inferior, à língua falada. Isso faz com que alguns surdos se
sintam oprimidos e incompreendidos.
A chave para uma boa comunicação com uma pessoa surda é o claro e
apropriado contato visual. É uma necessidade, quando os surdos se comunicam. De
fato, quando duas pessoas conversam em língua de sinais é considerado rude
desviar o olhar e interromper o contato visual. Em todo o mundo, os surdos
expandem seus horizontes usando uma rica língua de sinais.
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“Assim como os bebês de pais ouvintes começam a balbuciar com cerca de sete
meses ... , os bebês de pais surdos começam a „balbuciar‟ com as mãos imitando a
língua de sinais dos pais”, mesmo sendo ouvintes.[4]
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3- CAUSAS DA SURDEZ
1. Obesidade
O prejuízo auditivo engordou a coleção de problemas relacionados à obesidade.
Pesquisadores da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, observaram, em um
levantamento com 1500 adolescentes, que 15% dos jovens acima do peso sofriam
com algum grau de perda de audição, o dobro do que foi visto na garotada em
forma. Embora ainda não haja uma explicação definitiva sobre esse elo, o otorrino e
líder do estudo, Anil Lalwani, destaca uma hipótese: o baixo nível de adiponectina
entre os obesos.
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2. Micróbios
Vírus, bactérias e fungos, ávidos visitantes do corpo humano, não poupam os
ouvidos. Eles têm até um atalho para chegar lá. Entre a orelha e a garganta, há um
pequeno tubo, a trompa de Eustáquio, que drena líquidos e mantém a pressão no
ouvido numa boa. Ela abre e fecha sozinha, mas às vezes fica bloqueada – é isso
que gera aquela sensação incômoda dentro do avião, por exemplo. Só que esse
caminho pode ser interditado pelo acúmulo de muco e pus nas vias respiratórias,
quadro comum em infecções como a gripe.
“E aí é uma via de mão dupla”, diz o médico Sady Selaimen da Costa, presidente da
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Por isso,
déficits auditivos em meio a perrengues nas vias aéreas cobram o olhar do otorrino.
E situações como meningite e HIV despertam alerta máximo pelo seu potencial de
retaliações no ouvido.
3. Diabetes
Excesso de açúcar na corrente sanguínea é sinônimo de encrenca para os
pequenos vasos que têm de abastecer as estruturas do ouvido. “As células
ciliadas [os pelinhos que ficam na cóclea] são muito sensíveis. Por causa disso,
alterações como o aumento ou a carência de glicose na circulação podem atrapalhar
seu funcionamento”, ensina Castilho.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Ora, é por meio do sangue que as células de cada canto do organismo são
alimentadas e protegidas. Se o plasma fica viscoso demais, como costuma ocorrer
na diabete fora de controle, o fornecimento a áreas mais delicadas fica
comprometido e os vasinhos podem sofrer lesões. Isso explica por que 90% dos
diabéticos do tipo 1 e 60% dos portadores do tipo 2 desenvolvem problemas de
visão, como a retinopatia.
4. Pressão alta
Apesar de ficar dentro da cabeça, ao lado do cérebro, o ouvido interno é um órgão
relativamente isolado. E sua irrigação até que depende de poucas artérias. Não
precisa de muito estrago, portanto, pra haver algum enrosco na captação dos sons.
Além do diabete e do excesso de peso, os vasos sofrem quando a hipertensão
aparece. Em médio e longo prazo, ela corrompe o fluxo sanguíneo para o ouvido.
“E, tendo menos circulação nessa área, o indivíduo vai perder a audição aos
poucos”, alerta Ricardo Bento. Para prevenir a fuga da audição, a pressão tem de
ser domada – o ideal é que ela fique abaixo de 140 por 90 mmHG.
goste, quer não, verdade é que o estilo de vida saudável é crucial para debelar esse
trio. Convém dar ouvidos a isso.
5. Osteoporose
Um estudo de Taiwan que acaba de ser publicado no periódico Journal of Clinical
Endocrinology & Metabolism cruzou prontuários médicos de mais de 10 mil cidadãos
diagnosticados com osteoporose e constatou que, em comparação com pessoas
livres do problema, a presença do distúrbio está associada a um risco 76% maior de
surdez. O ouvido dispõe de três ossinhos: o martelo, a bigorna e o estribo.
E é natural que a gente pense que o seu enfraquecimento tenha algo a ver com o
achado. No entanto, nada é tão simples quanto parece. Os cientistas creem que,
mesmo fragilizados, tais ossos continuam cumprindo seu papel. Eles apostam, na
verdade, que são problemas vasculares comuns às duas condições que ligariam
uma coisa à outra. Além disso, não dá pra descartar o duplo impacto da idade nessa
história.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Entre os dois extremos "ouvir bem" e "não ouvir nada", há muitos graus de
diminuição de capacidade auditiva. Os termos usados para descrever o grau
de perda auditiva são: leve, moderada, severa e profunda. A maior parte se trata de
"leve a moderada".
O grau da perda auditiva varia de pessoa para pessoa. Todos os tipos de perda
auditiva são classificados em graus: leve, moderado, severo ou profundo. Leve a
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
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LEVE (21 A 40 dB) – Quando uma pessoa tem incapacidade de ouvir sons suaves
e dificuldade para entender a fala e alguns sons como o canto dos passarinhos,
principalmente em locais com muito ruído
SEVERA (71 A 90 dB) – Pessoas com este tipo de perda auditiva não conseguem
ouvir o o toque do telefone, compreender a fala, por exemplo
PROFUNDA ( > 91 dB) – Já as pessoas com perda auditiva profunda não ouvem
sons considerados muito altos como uma máquina de cortar grama, um caminhão, a
turbina de um avião. Alguns sons extremamente altos são audíveis, mas a
comunicação sem o aparelho auditivo é impossível.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
A perda da audição afeta a vida de uma pessoa de diversas formas. Se ela é adulta,
o principal ponto a ser comprometido é a comunicação. A pessoa com perda
auditiva tem dificuldade de interagir com outras pessoas e, normalmente, acaba se
isolando. Por que ir a uma reunião familiar se ela não entende o que as pessoas ou
dizem ou se até mesmo é alvo de brincadeiras ou chacotas?
Por isso a perda também está muito relacionada a casos de depressão. Quem
tem perda auditiva também tem mais chance de desenvolver demências e
Alzheimer – uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina Johns Hopkins,
dos Estados Unidos, mostrou, por exemplo, que a cada dez decibéis perdidos de
audição, os riscos de demência aumentam 27%. Saiba mais!
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
potentes, eles atendem diversos tipos e graus de perda auditiva. E ainda tem
funções impressionantes: há aparelhos no mercado que “sincronizam” com
celulares, tablets e TVs. É possível, por exemplo, ouvir música ou atender o telefone
direto pelo aparelho auditivo.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
5- A COMUNICAÇÃO
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Comunicação Total
Oralismo
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Bilingüismo
Relações sociais
Surdos e ouvintes são atores sociais que estão, constantemente, interagindo uns
com os outros em contextos culturais e sociais. É através das relações sociais que
as pessoas tomam conhecimento das regras de conduta necessárias para viver em
sociedade. Na interação social, percebemos outras pessoas e situações sociais e,
baseando-nos nelas, elaboramos idéias sobre o que é esperado e os valores e
crenças e atitudes que a ela se aplicam (Johnson, 1997, p. 131).
por que fazem “leituras diferentes do mundo: os surdos fazem uma leitura visual, ao
passo que os ouvintes guiam-se muito mais pela audição. Contudo o respeito deve
se fazer presente em todas as relações, tanto entre os sujeitos surdos quanto entre
os sujeitos ouvintes.
Esta é uma questão interessante: O grupo das pessoas surdas poderia ser
considerado como um grupo étnico?”. A etnia é definida, geralmente, através de
duas dimensões principais: raça e língua. No caso das pessoas surdas, a língua é
uma importante categoria definidora. “As pessoas surdas são vistas como um grupo
físico diferente, isto é, como se fosse uma raça diferente, ou seja, elas se tornam
racializadas através da língua – de sinais – diferente que utilizam. A definição da
identidade étnica é dependente de um processo em que entra em conflito a forma
como um grupo dominante define a etnia e a forma como um grupo étnico se define
a si próprio. (Sá, 2006, p.4).
Nesse contexto o sujeito surdo não tinha uma colocação: nem no meio ouvinte
nem no meio surdo. Foi por meio de congressos, palestras, pesquisas e movimentos
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Ainda sob a ótica de Skliar (1998), o surdo é um ser sociolingüístico diferente, que
pertence a uma comunidade lingüística minoritária, caracterizada por compartilhar o
uso da Língua de Sinais e de valores culturais, hábitos e modos de socialização.
Neste sentido, o que define a comunidade surda como minoria, ou mesmo como
uma etnia, é a língua, no entanto não só a língua, mas, a qualidade de interagir
visualmente no mundo, desenvolvendo questões identitárias e uma cultura diferente
indissociável da sua língua.
Considerações finais
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Como trata o dito popular “o pior cego é aquele que não quer ver e o pior surdo é
aquele que não quer escutar” consideramos que, as relações sociais entre surdos e
não-surdos travam-se num debate da não percepção do outro. Ou seja, a ignorância
sobre a língua dos sinais e da expressão corporal do outro faz com que os sujeitos
não-surdos deixem de perceber a comunicação que está ao seu lado, a sua frente,
ao seu cotidiano.
Somos sujeitos expressivos, alguns até demais, mas não entendemos e muitas
vezes não sabemos nos comunicar gestualmente. Parece estranho, porém é uma
realidade. Desde pequenos brincamos nos expressando, muitas vezes sem som,
sem oratória, nos comunicamos em lugares públicos por gestos, nos divertimos,
jogamos e trabalhamos nos comunicando pela expressão corporal, pelo olhar, pelas
mãos, pela linguagem que o corpo nos oferece.
Parece estranho, mas quando nos deparamos com um surdo não sabemos o que
fazer. Seria o simples fato de não entender a Língua Brasileira dos Sinais? Ou
teríamos certo comodismo em relação a leitura das expressões corporais? Seria um
descaso com o outro? Perguntas que deveríamos nos fazer antes de começar um
curso de Libras.
A falta de políticas públicas pela segunda língua, ou talvez, poderíamos dizer uma
língua paralela, faz com que a sociedade ignore a importância de se comunicar em
sua mais diversa possibilidade. Vemos a crescente interferência das tecnologias, em
especial, as altas tecnologias nas comunicações, mas também percebemos que
apesar da facilidade de se comunicar, há uma crescente dificuldade de entender o
outro. Assim se faz na comunicação por sinais, através da Libras, na qual muitos
não entendem a importância da percepção e do respeito para as particularidades do
outro. Não basta só comunicar, é preciso perceber a interpretação e compreensão
do outro.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
6- A FUNÇÃO DA ESCOLA
A integração do aluno surdo em classe comum não acontece como num passe de
mágica. É uma conquista que tem que ser feita com muito estudo, trabalho e
dedicação de todas as pessoas envolvidas no processo: aluno surdo, família,
professores, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, alunos ouvintes,
demais elementos da escola, etc.
qualquer outro falante e utilizam o Braille, código universal, para transcrever seus
pensamentos e usam a fala em uma língua que conhecem desde o nascimento. O
uso do Braille constitui, então, uma tradução: “a ” corresponde a um ponto; “b”
corresponde a dois pontos na vertical; “l” corresponde a três pontos na vertical; etc.
A grande maioria dos surdos, porém, não é beneficiada por esse atendimento que
se encontra implantado apenas nas grandes cidades brasileiras. Por ocasião da
aprendizagem sistematizada do saber, quando do ingresso da criança no sistema de
ensino, o surdo é obrigado a utilizar-se da Língua Portuguesa, um sistema linguístico
que geralmente não domina ou domina precariamente, embora um desempenho
razoável na compreensão e expressão desse idioma possibilite o acesso a níveis
mais elevados de escolaridade.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
A Escola Especial deve atender a criança surda, desde os primeiros meses de vida,
promovendo estimulação precoce e dar início ao processo de integração escolar do
aluno, se possível, a partir da pré-escola, ou pós-alfabetização. Ao dar início ao
processo de integração escolar do aluno, a escola especial deve oferecer apoio ao
educando em turno inverso ao da escola regular e ainda subsidiar o trabalho do
professor da classe comum. Caso a criança, ainda, não apresente condições de
ingressar na escola comum, caberá à escola especial viabilizar o processo ensino-
aprendizagem, desenvolvendo a mesma proposta curricular do ensino regular, mais
as atividades de complementação curricular específica para os alunos surdos.
2. A Escola Regular
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Nesse sistema, ele fará uso da leitura orofacial, exercitará a expressão oral e a
escrita, em classes especiais ou em classes comuns, com apoio de salas de
recursos. Para a integração do aluno surdo em classe comum recomendamos
que: – a Escola estruture-se quanto aos recursos humanos, físicos e materiais; – o
processo ocorra após o período de alfabetização, quando o educando já possui
razoável domínio da Língua Portuguesa (falada e/ou escrita). No entanto, de acordo
com as condições que ele apresentar, nada impede que a integração ocorra na pré
escola ou em qualquer outra série; – a Escola, que vai receber este aluno, tenha
conhecimento da sua forma de comunicação; – a Escola só o recebe para inclusão
em classe comum, quando houver garantia de complementação curricular sem Sala
de Recursos, professores itinerantes ou intérprete de LIBRAS; – a Escola organize a
classe comum de forma que não tenha mais de 25 alunos, incluindo o integrado; –
sua idade cronológica seja compatível com a média do grupo da classe comum que
irá freqüentar; – a Escola comum mantenha um trabalho sistemático visando a
participação da família no processo educacional.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
ele; – ao falar, dirigir-se diretamente ao aluno surdo, usando frases curtas, porém
com estruturas completas e com o apoio da escrita; – falar com o aluno mais
pausadamente, porém sem excesso e sem escandir as sílabas. O falar deve ser
claro, num tom de voz normal, com boa pronúncia; – verificar se o aparelho de
amplificação sonora individual está ligado. Ele não faz o surdo ouvir, mas reforça as
pistas e dá referências; – verificar se ele está atento.
O surdo precisa “ler” nos lábios para entender, ao contexto das situações, todas as
informações veiculadas; – chamar sua atenção, através de um gesto convencional
ou de um sinal; – colocar o aluno nas primeiras carteiras da fila central ou colocar a
turma, ou o grupo em círculo ou semi-círculo, para que ele possa ver todos os
colegas, e para que seus colegas laterais possam servir-lhe de apoio; – utilizar todos
os recursos que facilitem sua compreensão (dramatizações, mímicas, materiais
visuais); – utilizar a língua escrita, e se possível, a Língua Brasileira de Sinais; –
estimular o aluno a se expressar oralmente, por escrito e por sinais
cumprimentando-o pelos sucessos alcançados; colocá-lo a par de tudo o que está
acontecendo na comunidade escolar; – interrogar e pedir sua ajuda para que possa
sentir-se um membro ativo e participante; – incluir a família em todo o processo
educativo; – avaliar o aluno surdo pela mensagem-comunicação que passa e não
somente pela linguagem que expressa ou pela perfeição estrutural de suas frases; –
solicitar ajuda da escola especial, sempre que for necessário; – procurar obter
informações atualizadas sobre educação de surdos; – utilizar, se for necessário, os
serviços de intérpretes; – e, principalmente, acreditar de fato nas potencialidade do
aluno, observando seu crescimento.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
letra), os alunos surdos muitas vezes não sabem o significado daquilo que leram.
Muitos possuem o chamado analfabetismo funcional; – utilizar vocabulário
alternativo quando eles não entenderem o que estão lendo. “Traduza”, troque,
simplifique a forma da mensagem; – resumir, sempre, o assunto (o conteúdo dado)
no quadro de giz, com os dados essenciais, em frases curtas; – prestar atenção ao
utilizar a linguagem figurada e as gírias porque precisará explicar-lhes o significado;
– lembrar-se que a Língua Portuguesa apresenta-se para ele como uma língua
estrangeira; – ter cuidado com a utilização de sinônimos (explique-os para os
alunos); – destacar o verbo das frases, ensinando-lhes o significado, para que os
alunos surdos possam entender as instruções e executá-las; – sentar-se ao lado
deles, decodificando com eles a mensagem de uma frase, de um texto, utilizando
materiais concretos e dicionário; – ler a frase ou a redação dos alunos junto com
eles, para que possam complementar com sinais, dramatizações, mímicas, sinais e
desenhos etc, o pensamento mal expresso; – enviar, com antecedência, para o
professor de apoio da educação especial (escola especial/itinerante/sala de
recursos): o conteúdo a ser desenvolvido a cada semana; o texto a ser interpretado;
o tema da redação a ser elaborada. – solicitar a presença do professor de apoio da
educação especial em sua classe quando precisar de ajuda; – procurar sempre
obter informações atualizadas sobre a educação de surdos e o ensino de sua
disciplina em particular.
A escola regular, que recebe alunos surdos para promover seu processo de
integração, deverá dispor de uma sala de recursos para atendimento a esses alunos
em suas necessidades especiais.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Os alunos integrados nas escolas de ensino regular devem possuir uma agenda,
onde o professor da classe comum anota as dificuldades encontradas, para que o
professor da sala de recursos possa planejar atividades adequadas às necessidades
dos educandos.
Deve haver reuniões gerais na escola para que os professores, que atendem os
surdos, possam trocar experiências na tentativa de facilitar o processo de
integração. Será muito produtivo se o professor da sala de recursos participar
dessas reuniões.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA
Os intérpretes devem ter fluência na Língua Brasileira de Sinais, assim como ela é
usada pelas pessoas surdas e ter também boa fluência em Língua Portuguesa.
Geralmente, intérpretes com nível de escolaridade alto têm melhores condições de
produtividade. A atuação dos intérpretes deve estar centrada no atendimento a
todas as pessoas surdas que necessitam romper os bloqueios de comunicação com
o objetivo de integrar surdos e ouvintes, facilitando a comunicação entre ambos.
Frequentemente, os intérpretes são solicitados para intermediar a comunicação de
surdos e ouvintes em encontros, reuniões, cursos, palestras, debates, entrevistas,
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Aspectos desfavoráveis
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3. A Avaliação da Aprendizagem
É preciso deixar claro que a prova é somente uma formalidade do sistema escolar.
Como em geral, a avaliação formal é datada e obrigatória, deve-se ter inúmeros
cuidados em sua elaboração e aplicação. Todo o conteúdo da prova deve estar
adequado com o que foi trabalhado, durante as aulas de Português escrito, não
dando margem a dúvidas.
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sua perda auditiva, uma defasagem linguística no que se refere à Língua Portuguesa
(falada e/ou escrita).
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REFERÊNCIAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_dos_surdos>acesso em 12/03/2020
http://setembroazul.com.br/hist%C3%B3ria-dos-surdos.html>acesso em 12/03/2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_dos_surdos>acesso em 12/03/2020
https://saude.abril.com.br/medicina/causas-da-perda-auditiva/>acesso em
12/03/2020
https://www.direitodeouvir.com.br/blog/graus-perda-auditiva>acesso em 12/03/2020
https://www.efdeportes.com/efd211/comunicacao-entre-surdos-e-nao-
surdos.htm>acesso em 12/03/2020
https://pedagogiaaopedaletra.com/educacao-especial-integracao-escolar-do-aluno-
surdo/>acesso em 12/03/2020
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