Verificação Circuito Hidráulicos

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Prof.

Odair Tiezzi Duque

CIRCUITOS HIDRÁULICOS

IDENTIFICAÇÃO E CORREÇÃO DOS PROBLEMAS FUNCIONAIS

Nota: A maior parte dos circuitos hidráulicos costuma apresentar os mesmos problemas.
Normalmente se percebe isso pela pouca capacidade de força ou velocidade dos atuadores, e quando ocorre é porque
alguma parte do circuito deve estar com problemas.
A comparação dos problemas aqui apresentados com os que estão ocorrendo na sua empresa, permitirá uma solução
rápida e precisa.
Os problemas mais comuns são:

A) SISTEMA HIDRÁULICO INOPERANTE


Possíveis causas:

1. Insuficiência de óleo no sistema:


Ação: complete o nível do óleo, identifique e elimine os vazamentos.
2. Óleo do sistema sujo/filtros sujos ou danificados:
Ação: troque ou limpe os filtros e troque o óleo.
3. Restrição na linha:
Ação: Limpe e/ou troque toda a linha.
4. Entrada de ar pela linha de sucção da bomba:
Ação: Conserte ou troque a linha de sucção.
5. Bomba com defeito:
Ação: Limpe, repare ou troque a bomba. Verifique o alinhamento dos eixos da bomba, a combinação do óleo e dos
filtros.
6. Outros componentes com defeito (Válvulas, Cilindros, etc.):
Ação: Faça os testes sobre vazamentos externos e internos. Identifique-os e examine-os. Troque ou repare o
componente com problema (retentores, gaxetas, raspadores, etc.) Verifique a causa do problema, se o componente
apresentou um desgaste natural ou se algum outro componente com defeito causou problema para esse componente.
Ex: Uma camisa ou haste riscada pode causar dano aos componentes de vedação. Nesse caso, é preciso
reparar/trocar a haste e/ou a camisa.
7. Vazamentos:
Ação: Verifique os componentes, em particular vedações, conexões e engates rápidos.
8. Falta de força ou força excessiva:
Ação: Verifique a regulagem da válvula de alívio. Consulte os manuais da máquina.
9. Eixo de acionamento da bomba parado:
Ação: Verifique as correias, acoplamentos, etc. Checar o alinhamento dos eixos e as tensões das correias.

B) SISTEMA OPERANDO COM ERRO


1. Ar no sistema:
Ação: Verifique a linha de sucção da bomba: repare ou troque-a
2. Componentes sujos ou danificados:
Ação: Limpe-os ou troque-os se necessário.
3. Restrições nos filtros ou nas linhas:
Ação: Limpe-os ou troque-os, se necessário.

C) SISTEMA OPERANDO MUITO LENTAMENTE


1. Viscosidade de óleo muito alta ou óleo muito frio:
Ação: Confira o óleo com a recomendação nos manuais e troque-os se necessário.
2. Baixa rotação da bomba:
Ação: Verifique a causa do problema chamando um especialista, verifique a rotação do motor que aciona a bomba e
faça os ajustes necessários.
3. Baixo nível do óleo:
Ação: Verifique o nível e se necessário adicione mais óleo.
4. Bomba, válvulas cilindros em mau estado:
Ação: Examine esses componentes um a um. Identifique quais estão com os componentes em mau estado e repare-os
ou troque-os, se necessário.
5. Vazamentos:
Ação: Verifique as vedações, conexões e engates rápidos.

D) SISTEMA OPERANDO COM MUITA VELOCIDADE:


1. Cilindro ou motor hidráulico sub-dimensionado (pequeno):
Ação: Rever o projeto: verificar a necessidade do atuador e trocar se necessário. (Tenha sempre a mão o Formulário
de Hidráulica). Reforçar os cálculos.
2. Ajuste incorreto das válvulas de vazão:
Ação: Fazer os ajustes de acordo com o manual da máquina ou da válvula.
3. Rotação muito alta na bomba:
Ação: Verifique a causa do problema (ver rotação do motor que aciona a bomba, por exemplo) e faça novos ajustes.

E) ÓLEO SUPERAQUECIDO
1. Óleo passando pela válvula de alívio por tempo excessivo:
Ação: Manter a válvula na posição neutra quando não está em uso.
2. Tamanho da bomba (muito grande):
Ação: Trocar a bomba por uma menor. (Consulte o Formulário de Hidráulica).
3. Restrição nas linhas ou filtros:
Ação: Limpe e/ou troque elementos ou linhas.
4. Diâmetro muito fino da tubulação das linhas:
Ação: Use tubulação de Diâmetro interno maior nas linhas. (Veja no Ábaco do Formulário de Hidráulica).
5. Vazamentos internos excessivos nas válvulas:
Ação: repare ou troque os componentes.
6. Óleo sujo ou com especificação (viscosidade) incorretos:
Ação: Use óleo recomendado pelo fabricante do equipamento ou chame um técnico de algum fabricante de óleo.
Limpe os reservatórios e troque o elemento filtrante.

F) BOMBA COM RUÍDOS


1. óleo com nível baixo, sujo ou incorreto:
Ação: Complete ou troque o óleo, verifique os elementos dos filtros e use sempre o óleo recomendado pelo fabricante
do equipamento.
2. Linha de admissão bloqueada:
Ação: Limpe a tubulação e se necessário troque-a.
3. Bombas com peças desgastadas ou quebradas:
Ação: Repare e/ou troque as peças quebradas/desgastadas.
4. Retentores gastos ou danificados:
Ação: Troque o retentor. Verifique o alinhamento dos eixos.

G) VÁLVULAS EMPERRADAS:
1. Válvula com montagem forçadamente desalinhada:
Ação: Repare a montagem.
2. Tirantes muito Apertados (válvulas seccionadas):
Ação: Solte um pouco os tirantes e os re-aperte com o torque recomendado pelo fabricante.
3. Válvula danificada:
Ação: Repare ou troque.

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS APLICADOS À HIDRÁULICA

CAVITAÇÃO: Condição gasosa dentro do fluxo de fluído, ocorre quando a pressão é reduzida na sucção e passa
repentinamente para alta pressão, a pressão de vapor tem efeito destrutivo em bombas e motores hidráulicos.

CILÍNDRO: Equipamento de movimento linear que transforma energia hidráulica em energia mecânica Pode ser de
simples ou de duplo efeito ou, ainda, telescópio.

CIRCUITO: A trajetória completa do fluído desde a bomba até o atuador.

COMANDO: Válvula direcional.

CONTROLE DE VAZÃO: Regula a quantidade do óleo a partir de certo ponto do circuito.

CONTRA PRESSÃO: Pressão existente no lado de descarga de um circuito. Somar com a pressão necessária para
movimentar a carga.

DESLOCAMENTO VOLUMÉTRICO: Quantidade de óleo que passa por uma bomba ou motor em uma revolução
(rotação) (Capacidade Volumétrica).

DESLOCAMENTO POSITIVO: Característica que uma bomba possui de não permitir a recirculação do óleo, fazendo
com que a bomba suporte altas pressões.

DETENTE: Um meio mecânico de se travar o carretel da válvula em uma posição pré-estabelecida.

DRENO: Um conduto externo ou interno de um equipamento que faz o excesso de óleo retornar ao tanque.

ENERGIA: Capacidade de realizar um trabalho.

FILTRO: Equipamento que tem como finalidade reter partículas não solúveis no óleo.

FLUÍDO: Líquido ou gás utilizado na transmissão de potência.

FLUXO: Fluído em movimento dentro de um circuito.

FORÇA: Causa que produz e/ou modifica um movimento.

LINHA: Tubo rígido ou flexível que serve de condutor do fluído.

MANÔMETRO: Equipamento usado para medir a pressão em um circuito hidráulico ou pneumático.

MOTOR: Equipamento de movimento rotativo que transforma energia hidráulica em mecânica.

POTÊNCIA: Trabalho por unidade de tempo. É dado em HP, CV ou Watts.

PÓRTICO: O ponto externo ou interno de passagem de um líquido em um equipamento. O local onde é conectada a
tubulação.
PRESSÃO: Força por unidade de área – KG/cm², BAR, PSI, MPa, etc.

PRESSOSTATO: Chave elétrica operada pelo aumento ou queda da pressão no sistema.

QUEDA DE PRESSÃO: Redução de pressão em 2 pontos de uma linha. Ocorre sempre após uma restrição. Pode ser
às vezes intencional.

RESERVATÓRIO: Recipiente que armazena o óleo do circuito. Pode ser aberto ou pressurizado.

RESPIRO: Dispositivo que permite a entrada ou saída de ar dentro de um reservatório aberto.

RESTRIÇÃO: Diminuição da secção transversal de uma linha. Pode ser conseguida também internamente a uma
válvula.

ROTÂMETRO: Equipamento utilizado para medir a vazão em um circuito hidráulico.

TACÔMETRO: Equipamento usado para medir a rotação de uma bomba ou motor.

TERMÔMETRO: Equipamento para medir a temperatura de trabalho do óleo.

VÁLVULA: Equipamento que controla a vazão, pressão ou direção do fluído no circuito.

VAZÃO: É o volume de óleo enviado pela bomba em um espaço de tempo. É dada em l/min, GPM, cm³/min, m³/h, etc.

VELOCIDADE (2): É a rapidez do avanço ou retorno de um cilindro expresso em cm/min, dm/min, etc.

VISCOSIDADE: É a medida do atrito interno de um líquido em movimento expresso em SSV, CST, etc.
Prof. Odair Tiezzi Duque

VERIFICAÇÃO DE CIRCUITOS

Você:

1. Seguiu todos os movimentos e pressões do óleo para ter certeza de que


o circuito funciona?

2. Levou em consideração a dissipação de caloria?

3. Mostrou as linhas de dreno e retorno a tanque?

4. Marcou os pórticos das válvulas?

5. Mostrou os modelos – sub-placas e flanges inclusos, quando usados?

6. Mostrou os diâmetros dos canos ou tubos?

7. Indicou as pressões das válvulas controladoras de pressão?

8. Indicou as vazões das válvulas reguladoras de fluxo?

9. Deu os dados do motor elétrico e qual a firma que deve fornecê-lo?

10. Indicou o tamanho (capacidade) do tanque (quantos galões ou litros)?

11. Mostrou o tamanho e o tipo das válvulas e outros componentes


(cilindros inclusos) se o cliente vai fornecê-los?

12. Indicou a seqüência do trabalho?

13. Indicou a força, velocidade, torque, etc. dos atuadores?

14. Forneceu instruções especiais ao cliente?

15. Verificou se tudo no circuito está completo, legível e apresentável?

16. Forneceu manômetros aos pontos necessários do circuito?

17. Determinou se requer filtragem?

18. Quando se usa mais de um atuador no circuito, identifique a função de


cada com ‘trabalho’, ‘fechamento’, ‘injeção’, etc.

19. Se usar uma unidade de força, indique que equipamento deve ser
incluído, como também quaisquer outras informações co-relatadas.

20. Tipo de fluído.

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