Cartilha Do Avc Revisada 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA

COMO

IDENTIFICAR OS

SINAIS DO ACIDENTE

VASCULAR CEREBRAL

(AVC)?

2022
Universidade Federal do Sul da Bahia/ UFSB
PRÓ-REITORIA DE AÇÕES AFIRMATIVAS – PROAF
Proposta selecionada pelo Edital Proaf 18/2021 –

Universidade Promotora de Saúde

(Edição Especial)

COMO IDENTIFICAR OS SINAIS DO


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)?
AUTORIA:
Ilma Edivane do Lavrador Freitas
Anderson Gonçalves dos Santos
ORIENTAÇÃO E REVISÃO:
Drª. Alessandra Mello Simões Paiva
ILUSTRAÇÃO:
Anderson Araújo dos Santos
ITABUNA/2022
Sumário

GLOSSÁRIO........................................................................................04

1. O que é AVC?....................................................................................05

2. Então, vamos aprender a reconhecer os sinais apresentados por uma

vítima de AVC?...................................................................................07

3. Quais as etapas da Escala de Cincinnati?........................................09

4. No contexto do AVC, qual o significado da sigla SAMU?..................10

5. Qual a diferença entre AVC Isquêmico e AVC Hemorrágico?...........11

6. Quais os fatores de risco e as predisposições para que ocorra um

AVC?...................................................................................................12

7. Em relação ao AVC, quais são as melhores formas de prevenção,

promoção da saúde e qualidade de vida?........................................13

8. Fica a dica..........................................................................................14

REFERÊNCIAS..................................................................................15-16
GLOSSÁRIO
ARRITMIAS - “Ritmo cardíaco irregular.” (TORTORA & HEMORRAGIAS - “sangramento; extravasamento de
DERRICKSON, 2016). sangue dos vasos sanguíneos, especialmente quando a

ATEROSCLEROSE - “formação de lesões nas paredes perda é profusa.” (TORTORA & DERRICKSON, 2016).

chamadas de placas ateroscleróticas em vasos de HIPOESTESIA EM FACE - Menor sensibilidade à dor na


grande e médio calibres (TORTORA & DERRICKSON, região da face.

2016; BICKLEY & SZILAGYI, 2018). INTRACEREBRAIS - Dentro do cérebro.


CEFALEIA - Termo técnico para se referir a dor de IRRESPONSIVIDADE - "incapacidade de responder rápida
cabeça. e adequadamente ao que lhe é perguntado". (DICIO,

COMA - “estado de inconsciência no qual as respostas 2019).

aos estímulos estão reduzidas ou ausentes.” (TORTORA ISQUÊMICA - "redução ou a cessação do fluxo
& DERRICKSON, 2016).
sanguíneo para um órgão ou território do organismo."

CONVULSÃO - “contração violenta involuntária e (BRASILEIRO FILHO, 2016 p. 303).

patológica dos músculos, com perda da consciência,


NÁUSEAS - “desconforto caracterizado por perda do
com movimentos de contorção ou contração de uma
apetite e sensação de vômito iminente.” (TORTORA &
parte do corpo ou do corpo todo." (GUIMARÃES,
DERRICKSON, 2016).
2002).
PLEGIA - Paralisia em que os músculos não conseguem se
DIABETES MELITO - “Doença endócrina causada pela contrair, fraqueza ou perda total de movimentos.
incapacidade de produzir ou utilizar insulina.”
PARALISIA - “Perda da função muscular por conta de
(TORTORA & DERRICKSON, 2016).
lesão, doença ou dano ao suprimento nervoso. A maioria
DIPLOPIA - "(visão dupla): é a percepção de 2 imagens das paralisias decorre de AVE ou lesão da medula
de um único objeto". (BRADY et al. 2019).
espinal.” (TORTORA & DERRICKSON, 2016).
DISFASIA OU AFASIA SÚBITA - Comprometimento da
PARESTESIA - “Sensação anormal – como queimação,
capacidade de se expressar adequadamente por meio
picada, cócegas ou formigamento – causada por distúrbio
da fala ou ausência da compreensão verbal.
de um nervo sensitivo.”(TORTORA & DERRICKSON, 2016).
DISLIPIDEMIA - "Presença de níveis elevados de
SEDENTARISMO - situação em que a pessoa não pratica
lipídios, ou seja, gorduras no sangue". (PFIZER, 2019).
qualquer tipo de atividade física regularmente, e não ter
DISTÚRBIO VISUAL BILATERAL - alteração visual nos
disposição para realizar atividades simples do dia-a-dia."
dois olhos.
(BRUCE, 2021).
DISTÚRBIO VISUAL UNILATERAL - alteração visual em
SÍNCOPE - “o episódio sincopal se inicia com a sensação
um dos olhos.
de fraqueza, tontura, sudorese, palidez; outras vezes
EMBOLIA- "obstrução de um vaso sanguíneo ou
ocorre subitamente sem manifestações prodrômicas."
linfático por um corpo sólido, líquido ou gasoso em
(PORTO & PORTO, 2017).
circulação." (BRASILEIRO FILHO, 2016).
SOBREPESO - peso maior do que o que é considerado
ENXAQUECA - "dor de cabeça crônica, que
saudável ou normal para a sua idade, sexo ou tamanho.
geralmente começa com uma dor latejante em um dos
(HOSPITAL SÃO MATHEUS, 2020).
lados, e aumenta aos poucos." (PFIZER, 2019).
TABAGISMO - consumo excessivo de cigarro.
ESTENOSE CAROTÍDEA - “estreitamento anormal de
TROMBOSE - é a solidificação do sangue no leito
um ducto ou forame.” (TORTORA & DERRICKSON, 2016).
vascular ou no interior das câmaras cardíacas, em um
ETILISMO - consumo excessivo de álcool
indivíduo vivo. (BRASILEIRO FILHO, 2016).
FIBRILAÇÃO ATRIAL - “Contração assíncrona de fibras
musculares cardíacas nos átrios que causa a cessação
VERTIGEM - “Sensação de estar girando ou de
movimento em que o mundo parece estar girando.”
do bombeamento atrial.”(TORTORA & DERRICKSON,
(TORTORA & DERRICKSON, 2016).
2016).

04
1. O que é AVC?

De acordo com Tortora & Derrickson, (2016), o

Acidente Vascular Cerebral (AVC), também

chamado Acidente Vascular Encefálico (AVE) é

caracterizado por início súbito de sinais e sintomas

neurológicos persistentes, como: paralisia ou


perda de sensibilidade, hemorragias
intracerebrais (sangramento de um vaso da pia-

máter ou do encéfalo), embolia (coágulos de


sangue ou gordura) e aterosclerose das artérias
cerebrais (placas ricas em colesterol que obstruem o

fluxo sanguíneo).

Fonte: https://www.unimedriopreto.com.br

05
Atenção!!!
Atenção!!!

É de extrema importância saber reconhecer

os sinais que o corpo do indivíduo apresenta, e

dessa maneira prestar um atendimento pré-

hospitalar rápido e eficiente até a chegada do

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU) ou transporte próprio para uma unidade

Hospitalar, para avaliação de um médico.

Sabendo que nesse processo a rapidez ou a

demora na identificação dos sinais pode

resultar no óbito ou salvamento de uma pessoa.

Fonte: Imagens do Canva.


06
2. Então, vamos aprender a
reconhecer os sinais apresentados
por uma vítima de AVC?

Sinais de AVC Isquêmico

Início súbito de déficits neurológicos focais: plegia ou

paresia facial súbita (desvio da rima labial e alteração da

expressão facial); plegia ou paresia em membros superiores

(MMSS), membros inferiores (MMII) ou em dimidio; parestesia

ou hipoestesia em face, MMSS ou MMII; (BRASIL, 2016).

Disfasia ou afasia súbita;


Distúrbio visual súbito, uni ou bilateral;
Alteração da marcha, coordenação e equilíbrio;

Perda súbita de memória;


Vertigem, síncope ou convulsão;
Cefaleia de causa desconhecida.

Fonte: https://www.infoescola.com

07
Sinais de AVC Hemorrágico

Geralmente sem sinais de alerta, suspeitar quando presentes:

Cefaleia súbita e intensa, sem causa conhecida;


Náuseas e vômitos;
Diplopia;
Alteração do nível de consciência (de confusão mental
a irresponsividade). (BRASIL, 2016).

Fonte: https://www.infoescola.com

08
3. Quais as etapas da Escala de
Cincinnati?

A escala Pré-Hospitalar de Cincinnati serve para classificar o AVC, são avaliados


três achados físicos visíveis em menos de um minuto. Sendo eles:
queda facial, debilidade dos braços e alteração da fala.

Para a queda facial, pede-se ao paciente para sorrir (um dos lados da face
sofre paralisia durante o AVC, é notado que a musculatura do rosto fica
comprometida; isto é conhecido popularmente como “sorriso torto”)
Quanto à debilidade dos braços, é pedido ao paciente que feche os olhos e
estenda os braços, um dos braços não irá se mover, enquanto o outro cai.
Na alteração da fala, pede-se ao paciente para ou falar uma frase simples ou
cantarolar uma música, será notado um déficit ou incapacidade na pronúncia.

Como avaliar?

Fonte: Brasil, (2016).

09
4. No contexto do AVC, qual o
significado da sigla SAMU?

SORRIR - (Peça para a pessoa sorrir);

ABRAÇO - (Peça para a pessoa levantar

os braços);

MENSAGEM OU MÚSICA - (Peça a

pessoa para repetir uma frase ou cantar

uma música);

URGENTE - (Notou os sinais? Chame

imediatamente o SAMU 192 ).

Fonte: https://www.vangfm.com.br

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5. Qual a diferença entre AVC
Isquêmico e AVC Hemorrágico?

AVC ISQUÊMICO
"É o mais comum e acontece quando existe perda do

fluxo de sangue por um coágulo (entupimento).

É responsável por 87% dos casos, caracteriza-se pela

interrupção do fluxo sanguíneo (obstrução arterial

por trombose ou por embolia) em uma determinada

área do encéfalo, tornando a mesma isquêmica".

(TEIXEIRA, 2003).

AVC HEMORRÁGICO
"É quando um vaso se rompe e provoca sangramento dentro do

cérebro ou nas meninges, que são camadas de proteção do

cérebro (rompimento). Os sintomas acontecem devido a

compressão de estruturas nervosas ou aumento da pressão

intracraniana." (TEXEIRA, 2003).

Que tem início com “Cefaleia súbita e intensa, sem causa

conhecida; náuseas e vômitos; diplopia e alteração do nível de

consciência (de confusão mental a irresponsividade).”(BRASIL,

2016).

Fonte: Imagens do Canva.


11
6. Quais os fatores de risco e as
predisposições para que ocorra um
AVC?
De acordo com Castro et. al. (2009), Os acidentes

vasculares têm como principal fator de risco:

a hipertensão arterial, aterosclerose, tabagismo,


etilismo, dislipidemia, sedentarismo, colesterol alto,
sobrepeso, idade avançada, e diabetes mellitus.

Doenças cardíacas, principalmente arritmias que podem ser


emboligênicas, com destaque para fibrilação atrial.

Também são fatores de risco a hereditariedade, o sexo


masculino e a raça negra como maior incidência. Já estes
fatores de risco não podem ser modificados.

Fonte: Imagens do Canva.


12
7. Em relação ao AVC, quais são as
melhores formas de prevenção,
promoção da saúde e qualidade de vida?

Os cuidados de saúde primários têm um papel fundamental

neste âmbito, contribuindo para a prevenção e educação

da população a respeito do risco de AVC.

"As medidas de prevenção e promoção da saúde devem enfatizar em


estilos de vida mais saudáveis, controle da pressão arterial, e de
níveis séricos (glicose, colesterol), além de ter uma boa nutrição,
manter peso ideal, beber água em abundância, praticar atividades
físicas regularmente e manter a glicose controlada além da
investigação do histórico de doenças familiares (doenças cardíacas,
Estenose carotídea assintomática, Enxaqueca)".
(AFONSO, 2015).

Fonte: Imagens do Canva. 13


#FICA A DICA
O AVC pode evoluir para o coma, deixar sequelas ou até

mesmo evoluir para a morte do paciente. Dessa maneira, a

chegada rápida ao hospital é imprescindível para a tomada

de decisão terapêutica.

A maioria das mortes por doenças vasculares ocorre em

pessoas de camadas sociais mais pobres e em pessoas mais

idosas.

As principais metas de tempo para abordagem inicial do

AVC podem ser observadas na imagem abaixo:

Fonte: Velasco et al. (2020).

LEMBRE-SE:
O SOCORRO RÁPIDO NESTE CASO PODE
SALVAR UMA VIDA.

Fonte: Imagens do Canva. 14


REFERÊNCIAS
AFONSO, Alexandre Augusto Bernardo. Os cuidados de saúde primários na
prevenção do AVC. 2015. Tese de Doutorado. Disponível em:
<https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/30514/1/TESE%20final.pdf>.
Acesso em: 25 fev. 2022.
BICKLEY, L.S; SZILAGYI, P. G. Bates, propedêutica médica. 12ª Edição.
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2018. (livro digital).
[BLOG] HOSPITAL SÃO MATHEUS, Sobrepeso e obesidade: entenda a
diferença.2020. Disponível em:
<http://hospitalsaomatheus.com.br/blog/sobrepeso-e-obesidade-entenda-a-
diferenca/#:>. Acesso em: 28 fev. 2022.
BRADY, et al. Diplopia. Manual MSD: Versão para profissionais de saúde.
2019. Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gico>. Acesso em: 28 fev.
2022.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de
Intervenção para o SAMU 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.
pdf>. Acesso em: 31 out. 2021.
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo. Patologia Geral. 9 a edição. Editora
Guanabara. Koogan, Rio de Janeiro, RJ, 2016.
BRUCE, C. Sedentarismo: o que é, sintomas e como combater. TUA SAÚDE
(online). 2021. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/consequencias-do-
sedentarismo/#:~:text=O%20sedentarismo%20%C3%A9%20uma%20situa%C3
%A7%C3%A3o,aumenta%20o%20risco%20de%20doen%C3%A7as>. Acesso
em: 28 fev. 2022.
CASTRO, J. A. et al. Estudo dos principais fatores de risco para acidente
vascular encefálico. Rev Soc Bras Clin Med, v. 7, n. 3, p. 171-3, 2009.
Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2009/v7n3/a171-
173.pdf>. Acesso em: 31 out. 2021.
DICIO, Irresposividade, Dicionário online de lingua portuguesa. 2019.
Disponível em:
<https://www.dicio.com.br/responsividade/#:~:text=Significado%20de%20Res
ponsividade&text=Capacidade%20de%20responder%20r%C3%A1pida%20e,%
2C%20adaptando%2Dse%20%C3%A0s%20circunst%C3%A2ncias.>. Acesso em:
28 fev.

15
ENFERMAGEM ILUSTRADA, Escala Pré- Hospitalar de Cincinnati. (online).
2020. Disponível em: <https://enfermagemilustrada.com/escala-pre-hospitalar-
de-cincinnati/>. Acesso em: 31 out. 2021.
GONÇALVES, J. L.; FEITOSA, E. S.; BORGES, R. T. Perfil epidemiológico de vítimas
de acidente vascular encefálico em um hospital de referência do Ceará/Brasil.
Revista Interdisciplinar, v. 12, n. 2, p. 92-103, 2019.
Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7868624>.
Acesso em: 31 out. 2021.
GUIMARÃES, D. T. Dicionário de termos médicos e de enfermagem. 1 ed.
São Paulo: Rideel, 2002.
PFIZER, CEFALEIA OU ENXAQUECA: ENTENDA A DIFERENÇA. 2019. Disponível
em: <https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/cefaleia-ou-
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______, Dislipidemias. 2019. Disponível em: <https://www.pfizer.com.br/sua-
saude/coracao/dislipidemias#:>. Acesso em: 28 jan. 2022.
TEIXEIRA, E. et al. Acidente vascular encefálico. Ares MJJ. Terapia ocupacional
na reabilitação física. São Paulo: Roca, p. 3-16, 2003. Disponível em:
<http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/01/tapoioave-
4.pdf>. Acesso em: 31 out. 2021.
TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14ª
Edição. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2016. (livro digital).
VELASCO, I. T. et al. Medicina de emergência: abordagem prática. 14ª
Edição. Barueri, SP: Manole, 2020. Disponível em:
<http://143.107.178.111/handle/OPI/32251>. Acesso em: 30 out. 2021.

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