Paisagismo 3

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Paisagismo para

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Material Teórico
Elementos de Composição Paisagística

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Ana Cristina Gentile Ferreira

Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Elementos de Composição Paisagística

• Elemento de Composição Paisagística.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Aprender como trabalhar a harmonia entre os materiais, as formas (linha, plano, textura)
e o processo de ordenação dos elementos compositivos no espaço do jardim.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

Elemento de Composição Paisagística


[...] um projeto paisagístico se equivale a um quadro com pintura em
tela, um livro, uma escultura, onde o autor se comunica com alguém. Na
realidade, o diferencial do paisagismo está na matéria prima constituída
dos recursos naturais e arquitetônicos e, sobretudo, pelos sentimentos.
Tais sentimentos serão repassados aos usuários dos jardins por meio de
elementos vivos e inertes que constituirão a composição paisagística.
(­F ILHO, 2002, p. 17)

O projeto de paisagismo será formado pela composição de vários elementos, va-


mos primeiro entender o que significa a palavra composição dentro desse contexto.
Segundo o Dicionário OnLine de Português, entende-se por composição:
Ação ou efeito de compor, formar um todo. Disposição do que constitui
um todo; constituição. Maneira como algo está ou se encontra disposto­;
organização. [Por Extensão] Aquilo que foi composto: a composição
de um espetáculo. [Literatura] Criação literária; elaboração artística.
[­Artes Plásticas] Constituição ou desenvolvimento da estrutura da obra
de arte. [Música] O processo criativo utilizado para criar uma música.
[­Música] Essa música e/ou o resultado desse processo criativo.1

Assim como na definição de composição para a Música, o paisagismo será re-


sultado de um processo criativo, e acontecerá a partir da composição de diferentes
elementos de composição utilizados no projeto. Nesta Unidade, veremos alguns
dos principais elementos capazes de auxiliar no processo de elaboração dos proje-
tos de paisagismo.
Para estabelecer o processo de comunicação, o paisagista lança mão de
alguns elementos de comunicação (linha, forma, textura, cor, movimento,
som), bem como dos princípios de estética (mensagem, equilíbrio, escala,
dominância, harmonia, clímax) (FILHO, 2002, p. 11)

Os primeiros elementos de composição essenciais para o projeto são o ponto e a linha. O ponto é o
encontro de duas retas, ou segmentos de retas. O ponto é a representação da partícula geométrica
mínima da matéria e do ponto de vista simbólico, é considerado como elemento de origem.

O ponto é o elemento mais simples da representação gráfica e pode indicar uma


referência de desenho ou espaço. O ponto pode ter cor e tamanho e sua forma de
representação pode resultar em diferentes texturas. Se o ponto for trabalhado em
sequência pode dar a impressão de ser uma linha, ou ainda, quando trabalhado
repetidamente, pode resultar em diferentes texturas. A Figura 1 a seguir mostra
diferentes texturas resultante dos trabalhos com pontos.

1 Dicio – Dicionário OnLine de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/composicao/>. Acesso em:


8 set. 2018.

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Fina Média Grossa
Figura 1

A linha é um elemento visual formado por infinitos pontos, que, quando usados
em sequência, formam uma linha. A linha como elemento visual é responsável por
mostrar direção e, além disso, é capaz de criar formas, texturas e movimentos.

Podemos classificar as linhas de duas formas: as geométricas e as gráficas.


Na geometria, a linha é unidimensional, apresenta comprimento ilimitado, mas não
possui altura e nem espessura. Já no desenho gráfico, a linha passa a ter espessura
e comprimento concretos.
Todos, em algum momento, já traçaram um risco no papel, na parede, no
chão ou em qualquer outra superfície. Na Geometria elementar, esse risco
traçado com auxílio de uma régua ou à mão livre, denomina-se linha. Trata-
-se de um traço contínuo com uma só dimensão (o comprimento) e, depen-
dendo da maneira como foi desenhada, podem ser classificadas como: retas,
curvas ou mistas (combinação de retas e curvas). (FILHO, 2002, p. 25)

A Figura 2 traz alguns exemplos dos tipos de traçados das linhas quando traba-
lhadas de maneira contínua, pontilhada e tracejada:

Quanto ao tipo de traçado as linhas podem ser:


• Cheias ou contínuas: o traço é feito sem nenhuma
interrupção, tornando o mocimento visual
extremamente rápido.
• Pontilhadas: representadas por meio de pontos.
Os intervalos entre os pontos tornam o movimento
visual mais lento.
• Tracejadas: representados por meio de traços.
Quanto maior o intervalo entre os traços, mais lento
e pesado é o movimento.
• Combinadas: representadas por meio de traços
e pontos alternados.

Figura 2

Importante! Importante!

Assim como no desenho técnico, no paisagismo a linha deverá tirar partido da espessura
e do peso gráfico para uma boa representação de projeto. Quando falamos especifica-
mente das linhas no paisagismo, podemos percebê-las em uma fileira de árvores e no
formato de alamedas, na sequência de um piso, no projeto de iluminação, do desenho do
mobiliário, enfim, estarão presentes em todos os detalhes do projeto.

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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

O autor José Augusto Filho também descreve como a linha irá compor os ele-
mentos do paisagismo quando descreve:
No caso das palmeiras enfileiradas na alameda, ela é representada por
uma sequência unidirecional na extensão da alameda. Mas, também, no
caso de outros componentes como bancos, arbustos, rochas etc., elas po-
dem ser definidas aos nossos olhos pelo limite entre componentes visuais
diferentes no jardim. (FILHO, 2002, p. 26)

Além das espessuras e pesos, as linhas também podem ser classificadas de


acordo com seus formados, sendo simples ou complexas. As linhas simples são di-
vididas em retas e curvas; enquanto que as linhas complexas podem ser poligonais,
sinuosas ou mistas. A Figura 3 resume suas principais características:

Retas – são as linhas que seguem horizontal vertical inclinada


sempre a mesma direção.

Curvas – são as linhas que estão côncava convexa


sempre em mudança de direção,
de forma constante e suave.

As linhas complexas mudam de direção de formas mais livre e se classificam em:


Poligonal ou quebrada – é a linha
composta por segmentos de retas que
possuem diversas direções.
Sinuosa ou onduladas – compostas por
uma sequência de linhas curvas.

Mista ou mistilínea – compostas por


linhas retas e curvas.

Figura 3

As linhas ainda são capazes de causar sensações diferentes. De maneira simpli-


ficada, as sensações podem ser resumidas da seguinte forma:
• Linhas horizontais: transmitem a sensação de tranquilidade, paz, repouso,
estabilidade, calma, conforto e de espaço;
• Linhas verticais: provocam a sensação de ascensão, espiritualidade, grandio-
sidade, crescimento e estabilidade;
• Linha inclinada: provocam a sensação de dispersão, instabilidade, movimento;
• Linhas curvas: graça, suavidade, movimento e dinamismo.

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Dependendo da maneira como se encontram no jardim, as linhas passam
ao observador várias sensações. A horizontalidade transmite sensações
de segurança, evoca o chão onde pisamos. São linhas passivas, calmas.
Sua direção normal é da esquerda para a direita. Também pode evocar
descanso, sono, dependendo de quem a percebe. Já a verticalidade ins-
pira estabilidade. Sua direção, normalmente, é ascendente. Evoca vida,
espiritualidade, magnificência. Todas as outras linhas carregam maior
dinamismo visual e são menos estáveis. (FILHO, 2002, p. 28)

De maneira mais detalhada, a Figura 4 mostra as diferentes sensações resultan-


tes dos diversos formatos de linhas:

Vertical Horizontal Fluída Ativa Efusiva


Nobre Calma
Inspiradora

Brutal Curvilínea Rugosa Sólida Estável


Feminina - Suave

Instável Crescente Decrescente Dinâmica Estática


Expansiva Depressiva Focal - Fixa

Caótica Otimista Pessimista Indireta


Confusa Feliz Deprimida

Concentração Paralelismo Excitação Divergência


Nervosismo Divisão

Figura 4 – Diferentes sensações são percebidas na variedade de linhas que se encontram na paisagem

A sequência de fotos a seguir mostra como os formatos das linhas se aplicam


no paisagismo.

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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

Figura 5 – Linha Reta: discreta e masculina Figura 6 –Linhas horizontais: tranquilidade e repouso
Fonte: Projeto Selma Penna Fonte: Andrade Morettin Arquitetos

Exemplo de linha reta: https://goo.gl/WbsSgY.


Explor

Exemplo de linha horizontal: http://bit.ly/2Xfe7Ug.

Figuras 7 e 8 – Linhas verticais: ascensão, crescimento e estabilidade


Fontes: Getty Images

Figuras 9 e 10 – Linha inclinada: provoca sensação de movimento


Fontes: iStock/Getty Images

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Acesse os links a seguir para visualizar exemplos de linhas curvas – graça, suavidade, movi-
Explor

mento e dinamismo: https://goo.gl/rMmPpL e https://goo.gl/umDTF1.

Espaço
O espaço é formado por infinitos planos e, portanto, por infinitas retas e
infinitos pontos. Trabalhar com os extremos, pequenos e grandes ambientes,
pode ser difícil de lidar. No entanto, o profissional deve ter em mente que o
ambiente pequeno requer bastante flexibilidade na solução projetual, usar o
conhecimento técnico e a criatividade é uma ação essencial para adaptar um
espaço muito restrito a todas as atividades e aos materiais que ali devem ser orga-
nizados. Enquanto que nos espaços muito grandes, devemos prestar atenção para
que esses não se tornem impessoais.

Importante! Importante!

Desenhar o espaço significa definir os percursos e caminhos, distribuir elementos


capazes de permitir diferentes sensações. Os espaços criados serão reflexo de um desejo
e, muitas vezes, expõem a personalidade de quem os cria de e quem os imagina. Os ele-
mentos de composição permitirão a criação de espaços.

Superfícies ou Texturas
Ao observarmos a superfície de uma mesa recoberta por vidro polido, ou
um muro com heras enraizadas, sem tocá-las, é possível distinguir visual-
mente que a superfície da mesa é lisa e a do muro é ligeiramente áspera.
Isto quer dizer que na superfície dos objetos existe algo que nos transmite
sensações, conforme os objetos se apresentem aos nossos olhos. A esta
sensação denomina-se textura. (FILHO, 2002, p. 32)

Podemos classificar as superfícies no paisagismo em:


• Lisas ou brilhantes: refletem mais o som e o calor e são de fácil manutenção.
As cores dos materiais parecerão mais intensas e mais próximas do observa-
dor. Se usadas em demasia, podem deixar o ambiente muito estimulante;
• Rústicas, ásperas e opacas: absorvem mais o som e o calor incidente e são
de manutenção mais difícil. As cores das superfícies parecerão mais suaves
e mais distantes do observador. Podem ser balanceadas por meio de cores
e iluminação.

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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

Figuras 11 e 12 – Superfícies lisas ou brilhantes


Fontes: Projeto Fernando Thunm e Projeto Toke Verde

Figura 13 – Superfícies rústicas ou ásperas


Fonte: Projeto Mauricio Prada
Explor

O link a seguir mostra um exemplo de Superfície rústica: Acesse: https://goo.gl/Tjf9ZG.

Lembrando que o tipo de textura a ser utilizado será o que melhor atender às
características das atividades desenvolvidas em cada ambiente, bem como ao estilo
escolhido para ele. Por exemplo, em um projeto de paisagismo com a presença
de piscina, as superfícies lisas podem se tornar escorregadias, portanto, a escolha
deverá ser das alternativas existentes de superfícies rústicas ou ásperas.

Padronagens
Além dos elementos já citados, como linhas e texturas, chamamos de padro-
nagem o padrão de repetição e continuidade de um desenho. As padronagens
também devem se adaptar às superfícies onde serão empregadas: pequenas para
pequenos ambientes, e grandes para ambientes maiores. Em tecidos, estampas
grandes têm mais sucesso com sofás, enquanto estampas pequenas se aplicam
melhor a pequenos objetos (almofadas, assentos de cadeira etc.).

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Figuras 14 e 15– Padronagem
Fontes: ibdi-edu.com.br e Divulgação

Volume
O volume de um objeto é determinado pelo agrupamento de suas superfícies,
segundo um projeto construtivo particular, e sofre influência dos outros elementos
da composição: tipo da linha predominante, cor, luz, textura etc.

Figuras 16 e 17 – Volume
Fontes: Divulgação | Ricardo Novelli e Marcelo Palhais
Explor

Exemplo de volume: Acesse: http://bit.ly/2Iy1RKf.

Cor
É importante conhecer as características das cores e utilizá-las com sabedoria
para que sejam aliadas em um projeto de paisagismo. Além das paredes e dos pi-
sos, a cor também pode ser explorada nos móveis e complementos.

As cores são classificadas em primárias, secundárias e terciárias. O círculo cro-


mático a e o esquema de cores apresentados na Figura 5 mostram quais são as
cores de acordo com suas classificações.

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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

Amarelo
Cores Quentes (primária) Cores Frias

Laranja Verde
(Secundária) (Secundária)

Vermelho Azul
(primária) (primária)

Violeta
(Secundária)
Figura 18

Cores Complementares
São aquelas que estão opostas
entre si, no círculo cromático.
São contrastantes.
Cores Análogas
São aquelas que estão em Essas são
sequência entre si, no círculo algumas
cromático. O famoso tom sobre tom. maneiras
de combinar
Cores Complementares Divididas cores
É uma combinação entre uma cor e as cores entre si,
em sequência a sua cor complementar. harmonias
de cores.

Tríade
É uma combinação entre três cores que
estão a uma mesma distância entre si,
formando um triangulo no círculo cromático.
Primárias

Secundárias Combinando
cores por seus
tipos.

Terciárias

Figura 19

Outras informações relevantes em relação às cores estão relacionadas à harmo-


nia. Além dos tons neutros (preto, branco e cinza) e tom pastel (cores secundárias
misturadas ao cinza), as cores podem ser:
• Análogas (cores próximas no círculo cromático);
• Complementares (opostas no círculo cromático).

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Para entender melhor a relação das cores com a vegetação, o link a seguir traz referên-
Explor

cias de cores, divididas entre quentes e frias, em relação a algumas espécies utilizadas no
paisagismo: http://bit.ly/2VJOqLa.

Nas fotos a seguir, podemos observar a utilização das cores em elementos de


composição, como esculturas e vasos. Lembrando que a utilização de cores no pai-
sagismo deve ser usada com equilíbrio. Para isso, aliás, podemos usar como base
para o projeto algumas sensações que as cores são capazes de proporcionar, como:
• CORES FRIAS COMO AZUL, VIOLETA E VERDE ampliam o ambiente.
Aconselháveis quando se quer passar uma sensação de espaço;
• CORES QUENTES COMO VERMELHO, AMARELO E LARANJA tornam
o ambiente visualmente menor. Além disso, são estimulantes.

Figuras 20 e 21 – Aplicação de cores em elementos de composição


Fontes: Projeto Tropical Garden e iStock/Getty Images

Figuras 22 e 23 – Aplicação de cores na vegetação


Fontes: Projeto Alexandre Furcolin e Getty Images

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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

Explor
Aplicação de cores na vegetação, acesse: http://bit.ly/2Zh1fPp.

Luz
A luz artificial é uma importante ferramenta no projeto de paisagismo e pode
ser utilizada para aumentar a funcionalidade de um ambiente. Para cada tipo de
espaço­, deve existir uma proposta diferente de iluminação, pois, para cada tarefa
ou atividade desenvolvida, é preciso uma iluminação adequada. Para tanto, são di-
versos os modelos de luminárias e de lâmpadas para cada fim: plafons, pendentes,
spots externos (com ou sem trilhos), spots embutidos, mini spots, arandelas, lâmpa-
das de pé, sancas, abajures de mesa, luminárias de piso etc.

Figuras 24, 25 e 26 – Exemplos de iluminação nos projetos de paisagismo


Fontes: Getty Images, Images e casaeconstrucao.org e Getty Images

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Explor
Para saber mais dos tipos de luminárias e lâmpadas existentes atualmente e que podem ser
usadas nos projetos de paisagismo.
Acesse os links: http://bit.ly/2UGrS1x e http://bit.ly/2UHxh8d.

Equilíbrio
Criar uma paisagem equilibrada é essencial para que a mesma agrade
ao observador. Mesmo que alguém seja inexperiente em arte, perceberá
que uma composição sem equilíbrio certamente incomodará, denotando
que existe algo de errado no jardim. Isto é fácil de se perceber, pois o
equilíbrio é responsável pela sensação de estabilidade oferecida por um
elemento ou composição presente no campo visual. Portanto, equilíbrio
é estabilidade físico-visual. (FILHO, 2002, p. 146)

Equilíbrio é a conjugação de forças opostas presentes no projeto. Pode ser


classificado em:
• Simétrico: é uma composição baseada em um eixo vertical que passa pelo
centro do conjunto, de modo que os pesos fiquem iguais dos dois lados. Trans-
mite sensação de equilíbrio, organização, formalidade, rigidez e sobriedade.

Figura 27 – Superfícies rústicas ou ásperas


Fonte: Wikimedia Commons

• Assimétrico: ao contrário da composição simétrica, a assimétrica requer


um pouco mais de sentido estético, pois os pesos dos objetos escolhidos de-
vem se equilibrar sem que os desenhos fiquem iguais dos dois lados. É uma
solução mais informal e dinâmica, que tira o foco do centro e o coloca em
toda composição.

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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

Figuras 28 e 29
Fontes: Divulgação

• Radial: neste tipo de composição, os objetos são distribuídos a partir de um


ponto central e se compensam pelas cores, formas e texturas. Sugere dinamis-
mo e movimento.

Figuras 30 e 31
Fontes: Divulgação e Getty Images

Ritmo
Trata-se da repetição de um determinado elemento da composição, criando di-
namismo. Disposição inteligente dos elementos, pode ser obtido a partir da repeti-
ção ou pelo movimento contínuo de formas e/ou elementos.

Este princípio refere-se à sucessão dos elementos no jardim, conduzindo


inteligentemente a vista do observador para certos pontos que são os
centros de atenção. A repetição de formas e cores em intervalos regulares
pode levar a vista do observador a percorrer o campo visual sequencial-
mente de um centro de atenção para o seguinte. Entretanto, deve-se ter
a precaução para evitar a monotonia, o cansaço visual ou a irritação por
excesso de repetições. (FILHO, 2002, p. 154)

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Figuras 32 e 33
Fontes: Getty Images e Divulgação

Contraste
O contraste em um projeto tem relação com as formas, os tamanhos, os tons e
as cores do conjunto. É muito importante, pois ajuda a quebrar a monotonia, apli-
cando mais dinâmica e expressividade do ambiente.
O contraste se obtém quando se colocam juntos objetos com caracterís-
ticas opostas em linha, tonalidade, textura, forma e cor. O contraste é o
valor dos elementos e aumenta sua potência, variedade e profundidade.
O contraste não é uma discordância. (GOURLART, 2017)

Figura 34 e 35
Fonte: Projeto Nadia Bentz e Vanderlan Farias | Divulgação

Ênfase ou centro de interesse


Em toda paisagem deve haver um elemento de destaque que atraia a
atenção e desperte um sentimento de admiração e prazer. Se considera
um centro de interesse uma representação de um componente ou ele-
mento de grande peso visual e conceitual. É um ponto para o qual se
deseja atrair a atenção do observador. (GOURLART, 2017)

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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

Um bom projeto apresentará centros de interesse suficientes para atrair a aten-


ção e acrescentar movimento à composição. O exagero no número de pontos enfa-
tizados poderá, entretanto, criar um ambiente “nervoso” e agitado, já que os olhos
tendem a observar o que nos chama atenção.

E para que não se incorra em monotonia na repetição de elementos,


sugere-se que em certos pontos da sequência se faça uma mudança na
continuidade. Com essa ênfase ou ponto focal de interesse, articulam-se
as partes de uma composição. Ela toma possível conter a variação dentro
de uma estrutura equilibrada, rítmica e unificada. A ênfase representa
uma mudança na continuidade, direção da circulação ou visão, uma al-
teração da maneira de utilizar uma área ou suas cercanias, ou, ainda,
transformações na qualidade do espaço. Enfim, a ênfase proporciona a
mudança indispensável para que a monotonia não se instale na paisa-
gem. (FILHO, 2002, p. 163)

O equilíbrio simétrico facilmente cria um centro de interesse ao enfatizar o cen-


tro da composição. Já o equilíbrio assimétrico mantém a composição como centro
de interesse.

Figura 36 e 37
Fonte: Divulgação e Boa Vista Paisagismo

Circulação
Em um projeto de paisagismo, devem-se sempre considerar os espaços destina-
dos à passagem e à movimentação das pessoas.

Os Caminhos através das paisagens devem ser muito mais do que apenas
um trajeto de deslocamento daqui pra lá... Além da função de direcionar
o trajeto dos visitantes, eles também podem compartilhar a sensação de
leveza e beleza, contribuindo com toda a estrutura para um ambiente
uniforme. (ROSSI, 2011)

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Desde o projeto arquitetônico, deve haver cuidado com a circulação ao abrir e
fechar portas e janelas, as saídas, a posição do mobiliário etc. É aconselhável evitar
mesas, cadeiras ou qualquer outra peça que fique em local de circulação constante.

Figura 38, 39 e 40
Fonte: Alex Hanazaki, Getty Images e Divulgação

Paginação
Paginação é o nome que se dá ao modo de combinar e encaixar as peças de reves-
timento (cerâmica, porcelanato, pastilhas, azulejo, taco, tábua corrida, laminado etc.).

Acesse o link a seguir e veja alguns modelos e formatos existentes no mercado para compor
Explor

a paginação dos pisos: http://bit.ly/2GdVVmQ.

É a paginação que dá personalidade ao revestimento ajuda a definir a quantidade


de peças necessárias para um determinado ambiente.

O desenho do piso tem o poder de aumentar ou reduzir visualmente o espaço:


paginação feita na vertical (no sentido do comprimento de quem observa) sugere
maior profundidade; já a horizontal (no sentido da largura de quem observa), alarga
o espaço.

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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

Figura 41, 42 e 43
Fontes: Projeto Ing. arch. Boris Vološin, Getty Images e Projeto Erredeeme

Resumindo, os principais elementos de composição paisagística utilizados nos


projetos de paisagismo estudados nesta unidade foram:
• Linhas retas;
• Linhas curvas;
• Superfícies ou texturas;
• Padronagens;
• Cor;
• Luz;
• Equilíbrio;
• Ritmo;
• Contraste;
• Ênfase;
• Circulação;
• Paginação.

Os desenhos dos principais elementos de composição, além da vegetação, serão


tratados com maior detalhamento nas unidades de Representação Gráfica e Guia
Prático de Paisagismo.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Paisagismo Digital
http://bit.ly/2GktBiN
Paisagismo Legal
http://bit.ly/2GjronO
Paisagismo em Foco
http://bit.ly/2GlU7sg

Vídeos
5 tipos de uso paisagístico
https://youtu.be/kIGtUF3rMe4

Leitura
Top 10 Mega Projetos Paisagísticos de 2014
http://bit.ly/2GjrGeo

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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística

Referências
BELLÉ, Soeni. Apostila de Paisagismo, Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS. Rio Grande do Sul: Campus Bento
Gonçalves, 2013.

FILHO, Augusto de Lira; PAIVA, Haroldo Nogueira de; GONÇALVES, Wantuelfer­.


Paisagismo: elementos de composição e estética. Viçosa, MG: Aprenda Fácil,
2002. (Coleção Jardinagem Paisagismo. Série Planejamento Paisagismo, v. 2)

GOULART, Ives. Princípios de Composição da Paisagem. Jardineiro.net, mar.


2017. Disponível em: <https://www.jardineiro.net/principios-de-composicao-da-
paisagem.html>. Acesso em: 10 set. 2018.

PARADELLA, Flavia Simonini. Apostila de Criação da Forma. São Paulo:­


UNESA – Universidade Estácio de Sá, Campus Centro IV, s.d. Disponível em:
<http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/_uploads/documentos-pessoais/documento-
pessoal_314.pdf>. Acesso em: 14 set. 2018.

ROSSI, Marco. Caminhos: sua importância no projeto de Paisagismo. Paisa-


gismo Digital, maio. 2011. Disponível em: <https://paisagismodigital.com/
noticias/?id=caminhos:-sua-importancia-no-paisagismo-%7C--%7C-paisagismo-
digital&in=204>. Acesso em: 10 set. 2018.

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