Paisagismo 3
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Material Teórico
Elementos de Composição Paisagística
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Elementos de Composição Paisagística
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Aprender como trabalhar a harmonia entre os materiais, as formas (linha, plano, textura)
e o processo de ordenação dos elementos compositivos no espaço do jardim.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Elementos de Composição Paisagística
Os primeiros elementos de composição essenciais para o projeto são o ponto e a linha. O ponto é o
encontro de duas retas, ou segmentos de retas. O ponto é a representação da partícula geométrica
mínima da matéria e do ponto de vista simbólico, é considerado como elemento de origem.
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Fina Média Grossa
Figura 1
A linha é um elemento visual formado por infinitos pontos, que, quando usados
em sequência, formam uma linha. A linha como elemento visual é responsável por
mostrar direção e, além disso, é capaz de criar formas, texturas e movimentos.
A Figura 2 traz alguns exemplos dos tipos de traçados das linhas quando traba-
lhadas de maneira contínua, pontilhada e tracejada:
Figura 2
Importante! Importante!
Assim como no desenho técnico, no paisagismo a linha deverá tirar partido da espessura
e do peso gráfico para uma boa representação de projeto. Quando falamos especifica-
mente das linhas no paisagismo, podemos percebê-las em uma fileira de árvores e no
formato de alamedas, na sequência de um piso, no projeto de iluminação, do desenho do
mobiliário, enfim, estarão presentes em todos os detalhes do projeto.
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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística
O autor José Augusto Filho também descreve como a linha irá compor os ele-
mentos do paisagismo quando descreve:
No caso das palmeiras enfileiradas na alameda, ela é representada por
uma sequência unidirecional na extensão da alameda. Mas, também, no
caso de outros componentes como bancos, arbustos, rochas etc., elas po-
dem ser definidas aos nossos olhos pelo limite entre componentes visuais
diferentes no jardim. (FILHO, 2002, p. 26)
Figura 3
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Dependendo da maneira como se encontram no jardim, as linhas passam
ao observador várias sensações. A horizontalidade transmite sensações
de segurança, evoca o chão onde pisamos. São linhas passivas, calmas.
Sua direção normal é da esquerda para a direita. Também pode evocar
descanso, sono, dependendo de quem a percebe. Já a verticalidade ins-
pira estabilidade. Sua direção, normalmente, é ascendente. Evoca vida,
espiritualidade, magnificência. Todas as outras linhas carregam maior
dinamismo visual e são menos estáveis. (FILHO, 2002, p. 28)
Figura 4 – Diferentes sensações são percebidas na variedade de linhas que se encontram na paisagem
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Figura 5 – Linha Reta: discreta e masculina Figura 6 –Linhas horizontais: tranquilidade e repouso
Fonte: Projeto Selma Penna Fonte: Andrade Morettin Arquitetos
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Acesse os links a seguir para visualizar exemplos de linhas curvas – graça, suavidade, movi-
Explor
Espaço
O espaço é formado por infinitos planos e, portanto, por infinitas retas e
infinitos pontos. Trabalhar com os extremos, pequenos e grandes ambientes,
pode ser difícil de lidar. No entanto, o profissional deve ter em mente que o
ambiente pequeno requer bastante flexibilidade na solução projetual, usar o
conhecimento técnico e a criatividade é uma ação essencial para adaptar um
espaço muito restrito a todas as atividades e aos materiais que ali devem ser orga-
nizados. Enquanto que nos espaços muito grandes, devemos prestar atenção para
que esses não se tornem impessoais.
Importante! Importante!
Superfícies ou Texturas
Ao observarmos a superfície de uma mesa recoberta por vidro polido, ou
um muro com heras enraizadas, sem tocá-las, é possível distinguir visual-
mente que a superfície da mesa é lisa e a do muro é ligeiramente áspera.
Isto quer dizer que na superfície dos objetos existe algo que nos transmite
sensações, conforme os objetos se apresentem aos nossos olhos. A esta
sensação denomina-se textura. (FILHO, 2002, p. 32)
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Lembrando que o tipo de textura a ser utilizado será o que melhor atender às
características das atividades desenvolvidas em cada ambiente, bem como ao estilo
escolhido para ele. Por exemplo, em um projeto de paisagismo com a presença
de piscina, as superfícies lisas podem se tornar escorregadias, portanto, a escolha
deverá ser das alternativas existentes de superfícies rústicas ou ásperas.
Padronagens
Além dos elementos já citados, como linhas e texturas, chamamos de padro-
nagem o padrão de repetição e continuidade de um desenho. As padronagens
também devem se adaptar às superfícies onde serão empregadas: pequenas para
pequenos ambientes, e grandes para ambientes maiores. Em tecidos, estampas
grandes têm mais sucesso com sofás, enquanto estampas pequenas se aplicam
melhor a pequenos objetos (almofadas, assentos de cadeira etc.).
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Figuras 14 e 15– Padronagem
Fontes: ibdi-edu.com.br e Divulgação
Volume
O volume de um objeto é determinado pelo agrupamento de suas superfícies,
segundo um projeto construtivo particular, e sofre influência dos outros elementos
da composição: tipo da linha predominante, cor, luz, textura etc.
Figuras 16 e 17 – Volume
Fontes: Divulgação | Ricardo Novelli e Marcelo Palhais
Explor
Cor
É importante conhecer as características das cores e utilizá-las com sabedoria
para que sejam aliadas em um projeto de paisagismo. Além das paredes e dos pi-
sos, a cor também pode ser explorada nos móveis e complementos.
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Amarelo
Cores Quentes (primária) Cores Frias
Laranja Verde
(Secundária) (Secundária)
Vermelho Azul
(primária) (primária)
Violeta
(Secundária)
Figura 18
Cores Complementares
São aquelas que estão opostas
entre si, no círculo cromático.
São contrastantes.
Cores Análogas
São aquelas que estão em Essas são
sequência entre si, no círculo algumas
cromático. O famoso tom sobre tom. maneiras
de combinar
Cores Complementares Divididas cores
É uma combinação entre uma cor e as cores entre si,
em sequência a sua cor complementar. harmonias
de cores.
Tríade
É uma combinação entre três cores que
estão a uma mesma distância entre si,
formando um triangulo no círculo cromático.
Primárias
Secundárias Combinando
cores por seus
tipos.
Terciárias
Figura 19
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Para entender melhor a relação das cores com a vegetação, o link a seguir traz referên-
Explor
cias de cores, divididas entre quentes e frias, em relação a algumas espécies utilizadas no
paisagismo: http://bit.ly/2VJOqLa.
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Explor
Aplicação de cores na vegetação, acesse: http://bit.ly/2Zh1fPp.
Luz
A luz artificial é uma importante ferramenta no projeto de paisagismo e pode
ser utilizada para aumentar a funcionalidade de um ambiente. Para cada tipo de
espaço, deve existir uma proposta diferente de iluminação, pois, para cada tarefa
ou atividade desenvolvida, é preciso uma iluminação adequada. Para tanto, são di-
versos os modelos de luminárias e de lâmpadas para cada fim: plafons, pendentes,
spots externos (com ou sem trilhos), spots embutidos, mini spots, arandelas, lâmpa-
das de pé, sancas, abajures de mesa, luminárias de piso etc.
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Explor
Para saber mais dos tipos de luminárias e lâmpadas existentes atualmente e que podem ser
usadas nos projetos de paisagismo.
Acesse os links: http://bit.ly/2UGrS1x e http://bit.ly/2UHxh8d.
Equilíbrio
Criar uma paisagem equilibrada é essencial para que a mesma agrade
ao observador. Mesmo que alguém seja inexperiente em arte, perceberá
que uma composição sem equilíbrio certamente incomodará, denotando
que existe algo de errado no jardim. Isto é fácil de se perceber, pois o
equilíbrio é responsável pela sensação de estabilidade oferecida por um
elemento ou composição presente no campo visual. Portanto, equilíbrio
é estabilidade físico-visual. (FILHO, 2002, p. 146)
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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística
Figuras 28 e 29
Fontes: Divulgação
Figuras 30 e 31
Fontes: Divulgação e Getty Images
Ritmo
Trata-se da repetição de um determinado elemento da composição, criando di-
namismo. Disposição inteligente dos elementos, pode ser obtido a partir da repeti-
ção ou pelo movimento contínuo de formas e/ou elementos.
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Figuras 32 e 33
Fontes: Getty Images e Divulgação
Contraste
O contraste em um projeto tem relação com as formas, os tamanhos, os tons e
as cores do conjunto. É muito importante, pois ajuda a quebrar a monotonia, apli-
cando mais dinâmica e expressividade do ambiente.
O contraste se obtém quando se colocam juntos objetos com caracterís-
ticas opostas em linha, tonalidade, textura, forma e cor. O contraste é o
valor dos elementos e aumenta sua potência, variedade e profundidade.
O contraste não é uma discordância. (GOURLART, 2017)
Figura 34 e 35
Fonte: Projeto Nadia Bentz e Vanderlan Farias | Divulgação
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Figura 36 e 37
Fonte: Divulgação e Boa Vista Paisagismo
Circulação
Em um projeto de paisagismo, devem-se sempre considerar os espaços destina-
dos à passagem e à movimentação das pessoas.
Os Caminhos através das paisagens devem ser muito mais do que apenas
um trajeto de deslocamento daqui pra lá... Além da função de direcionar
o trajeto dos visitantes, eles também podem compartilhar a sensação de
leveza e beleza, contribuindo com toda a estrutura para um ambiente
uniforme. (ROSSI, 2011)
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Desde o projeto arquitetônico, deve haver cuidado com a circulação ao abrir e
fechar portas e janelas, as saídas, a posição do mobiliário etc. É aconselhável evitar
mesas, cadeiras ou qualquer outra peça que fique em local de circulação constante.
Figura 38, 39 e 40
Fonte: Alex Hanazaki, Getty Images e Divulgação
Paginação
Paginação é o nome que se dá ao modo de combinar e encaixar as peças de reves-
timento (cerâmica, porcelanato, pastilhas, azulejo, taco, tábua corrida, laminado etc.).
Acesse o link a seguir e veja alguns modelos e formatos existentes no mercado para compor
Explor
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UNIDADE Elementos de Composição Paisagística
Figura 41, 42 e 43
Fontes: Projeto Ing. arch. Boris Vološin, Getty Images e Projeto Erredeeme
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Paisagismo Digital
http://bit.ly/2GktBiN
Paisagismo Legal
http://bit.ly/2GjronO
Paisagismo em Foco
http://bit.ly/2GlU7sg
Vídeos
5 tipos de uso paisagístico
https://youtu.be/kIGtUF3rMe4
Leitura
Top 10 Mega Projetos Paisagísticos de 2014
http://bit.ly/2GjrGeo
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Referências
BELLÉ, Soeni. Apostila de Paisagismo, Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS. Rio Grande do Sul: Campus Bento
Gonçalves, 2013.
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