3008
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Danilo Heneberthe dos Anjos1, Diego Hueberthe dos Anjos1, Joaquim Augusto Aguelera1
Dr. Mario Eusébio Torres Alvarez2
Universidade São Francisco
[email protected]
1
Alunos do Curso de Engenharia Química, Universidade São Francisco; Campus Swift
2
Professor Orientador do Curso de Engenharia Química, Universidade São Francisco;
Campus Swift, Campinas - SP
Introdução
Apesar de existir diversos fundamentos quando se trata de visão das cores, a que é
mais aceita defende que existem três tipos de receptores, sensíveis à luz vermelha, luz verde e
luz azul. Ao refletir luz branca sobre o olho humano, a mesma estimula igualmente os três
receptores. A luz vermelha (R) quando refletida sobre o olho, apenas estimularia os receptores
sensíveis àquela radiação, estimulando a percepção da cor vermelha. Quando é vista a cor
ciano , a sensação é resultante da estimulação dos receptores sensíveis ao verde e ao azul, na
mesma intensidade.
Conforme demonstrado na Figura 1, Isaac Newton provou com um experimento que a
sensação de luz branca era o resultado da existência simultânea de “luzes” de vários matizes,
onde o experimento foi constituído em incidir um feixe de luz branca sobre um prisma. A luz
resultante do prisma projetada em uma superfície branca resultou numa incidência de
diferentes matizes próximas às observadas em um arco-íris. O fato do prisma fragmentar a luz
branca comprova o comportamento ondulatório da radiação, visto que este se deve a variação
do índice de refração do prisma nos diferentes comprimentos de onda. As matizes
decompostas estão dessa forma associadas a uma determinada frequência de radiação ou
comprimento de onda.
A luz visível, ou seja, as cores enxergadas pelos seres humanos, representa uma
pequena fatia do espectro eletromagnético, que contempla aproximadamente de 400 nm a 700
nm, assim como visto na Figura 2. Desde o ano de 1931, os valores 435,8 nm, 546,1 nm e 700
nm representam espectralmente as três cores primárias aditivas, como azul, verde e vermelho
respectivamente, de acordo com a CIE (Commission Internationale de l’Eclairage) (SOUTO,
2000).
Princípio subtrativo
Cores primárias pigmento são conhecidas também como cores subtrativas onde suas
cores são classificadas por amarelo, magenta e ciano. Cores primárias subtrativas são
basicamente as cores utilizadas em processo de impressão, com aplicação em variadas
proporções das tintas, resultando nas cores percebidas pelo observador.
Uma tinta pode absorver ou omitir da luz visível, todos as cores, com exceção a sua
cor própria. O ciano omite o comprimento de onda vermelho, o amarelo omite o comprimento
de onda azul e o magenta omite o comprimento de onda verde, originário da luz branca. Na
teoria a combinação destas cores perfeitamente puras, absorvem todos os comprimentos de
onda da luz, resultando assim no preto conforme representada na Figura 4.
Como as proporções podem ter alterações e os pigmentos não são totalmente puros,
alguns comprimentos de onda são refletidos ao invés de serem absorvidos, tendo como
resultado cor castanho turvo. Para corrigir este efeito, adiciona-se a cor preta.
Metodologia
Materiais
- Tinta flexográfica;
- Hidróxido de Amônio (NH4OH);
- Dispersão de pigmento preto;
- Esfera de vidro (0,5 mm);
- Leneta para aplicação de tinta;
- Papel carta branco 75g/m²;
- Espátula;
- Tecido algodão;
- Béquer;
- Detergente;
- Papel Kraft (160 g/m²);
- Peneira de malha fina
Equipamentos
- pHmetro de bancada;
- Viscosímetro Copo Zahn2;
- Espectrofotômetro portátil X-rite;
- Moinho de esfera de bancada Netzsch;
- Balança semi-analítica;
- Aplicador automático Precision Proofer;
- Aplicador Hand Proofer;
- Prufbau Quartant.
TRABALHO DE GRADUAÇÃO - ENGENHARIAS
Procedimento
FATORES − +
Pesou-se 500 gramas de amostra de tinta contaminada e foi adicionado sobre esta o
percentual de hidróxido de amônio conforme Tabela 2 e 450 gramas de esfera de vidro para a
realização das moagens com esfera de vidro.
A moagem possui ampla utilização na produção de tintas. Na processo de moagem
com esferas de vidro, as partículas de pigmentos não sofrem esmagamento, mas sim um
processo de desaglomeração e consequente separação. A separação resulta na melhor
distribuição do pigmento na resina da tinta gerando uniformidade no filme depois de aplicada.
Os ensaios foram realizados no moinho de bancada Netzsch e os fatores de rpm e
tempo de moagem foram seguidos conforme planejamento fatorial. Para cada ensaio foram
realizados três experimentos (triplicata).
Com auxílio de uma peneira de malha fina, a tinta foi peneirada para separação das
esferas de vidro da tinta e transferida para um béquer para sequência dos experimentos.
Com auxílio de uma espátula metálica, foi coletada uma amostra de tinta para
aplicação em leneta. A leneta é um substrato onde são feitas as aplicações de tintas, usada
para testes de luminosidades e controle de qualidade das mesmas.
Para aplicação da amostra nas lenetas, foi usado o equipamento automático Precisison
Proofer com pressão de 0,7 MPa e velocidade de 0,3m/s, como mostra a Figura 6. Todas as
aplicações de tintas dos provenientes ensaios foram realizadas seguindo a mesma pressão e
velocidade de aplicação para que não houvesse nenhuma interferência na aplicação do fluido.
Figura 6 – Foto do equipamento Precision Proofer preparado para aplicação da amostra de tinta.
(Fonte: Elaborado pelo autor).
TRABALHO DE GRADUAÇÃO - ENGENHARIAS
Após aplicações das tintas nas lenetas conforme Figura 7, foram realizadas através do
espectrofotômetro portátil conforme Figura 8, as análises de luminosidade (ΔL),
comparando-as com uma tinta flexográfica preta padrão. Os resultados são mostrados na
Tabela 3.
Figura 7 – Foto Leneta com aplicação de amostra. Figura 8 – Foto espectrofotômetro portátil X-rite.
(Fonte: Elaborado pelo autor). (Fonte: Elaborado pelo autor).
Resultados
(1)
(2)
Onde “x” representa o resultado das amostras, “m” representa a média calculada e “n”
o número de amostras consideradas.
Para o cálculo do desvio padrão (dp), foi utilizado a equação 3, que representa a raiz
quadrada da variância. (CORREA, 2003).
(3)
A Tabela 6 foi elaborada considerando a média calculada de cada ensaio com os sinais
previamente definidos na Tabela 5. Para cálculo do efeito de cada variável e de cada interação
foi feito a soma das colunas e foi dividido por 4.
Análise de Viscosidade
Análise de luminosidade
Para análise da resistência à atrito seco da tinta em papel kraft, foi utilizado o
equipamento Prufbau Quartant conforme Figura 11. Os testes foram realizados em corpos de
prova com aplicações das tintas amostras e padrão.
O equipamento reproduz condições de abrasão normalmente encontradas durante o
manuseio e transporte de material impresso.
Conforme demonstrado na Figura 12, o teste consiste em sobreposição de amostras, ou
seja amostra com aplicação de tinta e a contra-folha branca sem aplicação, para análise de
soltura da tinta. Na posição de operação, a pressão de contato entre a amostra e a contra folha
é de 0,5 N / cm². A pressão é determinada pelos pesos (prüfbau - padrão industrial).
Durante o teste de abrasão, os suportes e pesos da amostra realizam um movimento
relativo. Enquanto o suporte da amostra permanece imóvel dentro da base do equipamento, os
pesos são movidos alternadamente sobre ele, girando ligeiramente ao mesmo tempo.
Os testes foram realizados com 100 ciclos, sendo que cada ciclo é computado em ida e
volta.
Figura 11 – Foto equipamento Prufbau Quartant. Figura 12 – Peso e amostra com aplicação.
(Fonte: Elaborado pelo autor). (Fonte: Elaborado pelo autor).
TRABALHO DE GRADUAÇÃO - ENGENHARIAS
Após realização dos testes, os resultados de atritos foram avaliados visualmente.
Observou-se que os resultados dos corpos de prova que tiveram aplicação da tinta padrão e
amostra, foram bem próximos.
Conclusões
Agradecimentos
Somos gratos a Deus por nos ter dado oportunidade de desenvolver o trabalho, saúde e
muita força para superar todas as dificuldades durante todo o período de curso.
Agradecemos à Universidade São Francisco e todo seu corpo docente, que nos
proporcionaram as condições necessárias para que alcançássemos nossos objetivos.
Ao nosso orientador Dr. Mario Eusébio Torres Alvarez por todo o tempo que dedicou
a nos ajudar durante o processo de elaboração deste trabalho. Aos nossos pais e esposas, por
todo o apoio, incentivo, compreensão e motivação durante todo período de graduação.
E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de forma direta ou
indireta, fica registrado aqui, o nosso muito obrigado!
Referências Bibliográficas