Aula 05 - Produção Dos Equipamentos de Terraplenagem

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 54

Estimativa da Produção dos

Equipamentos de Terraplenagem

Prof Alfran S. Moura, D. Sc.


Programa

1. Introdução à terraplenagem
2. Estudo dos materiais da superfície
3. Determinação de volumes
4. Equipamentos de terraplenagem
5. Estimativa da produção de equipamentos
6. Seleção de equipamentos de terraplenagem
7. Execução de terraplenagem
Locomoção dos Equipamentos

Necessário para o estudo da produção dos


equipamentos

Tempo de ciclo: depende das velocidades de


deslocamento
Mecânica do Movimento

O movimento de um equipamento obedece a 2ª lei de


Newton:
Neste caso:
Condições de Movimento:

A locomoção não se inicia se:

ΣR < Er < Fa (força de aderência = f.Pm)

A locomoção não se mantêm se:

ΣR ≤ Er < f.Pm

Onde:
Fa = força de aderência
F = coeficiente de aderência
Pm = peso na roda motriz
Diagrama Tração x Velocidade:

Estima a velocidade de translação da máquina a partir


da resistência total

D6R-série III
Resistências Opostas ao Movimento

- Resistência ao Rolamento

- Resistência de Rampa

- Resistência de inércia

- Resistência do ar
Resistência ao Rolamento:

Mínima força horizontal que deve ser aplicada para iniciar


o movimento sobre uma superfície plana, horizontal,
contínua e indeformável
Parcelas:
- Atrito interno dos componentes do equipamento (rolamentos, dentes
das engrenagens, etc): 2%.P
- Atrito pneu e o solo = f(afundamento): 0,6%.P/cm de afundamento
Fazendo:

Onde:

Então:
Resistência de Rampa:
Resistência de Inércia:
Surge quando o veículo muda a velocidade (∆v) em um
certo intervalo de tempo (t)
FR = m.a
Resistência do Ar:
Resistência Total Oposta ao Movimento

subida aceleração

descida desaceleração
Distribuição de Cargas nos
Equipamentos
Fornecida pelos próprios fabricantes (especificações)
Motoscraper CAT-631
Eixo Vazio Carregado
P1 67% (Pm) 53% (Pm)
P2 37% 47%

P1 P2
Caminhão fora-de-estrada CAT-769
Eixo Vazio Carregado
P1 49,6% 33,3%
P2 50,4% (Pm) 66,7% (Pm)
P1 P2
Exemplos 1 e 2
Produção dos Equipamentos de
Terraplenagem

Produção (Q): volume de material escavado,


transportado e descarregado na unidade de tempo

Pode ser representado por:


Q = C. f
Onde: C = volume de material transportado na caçamba (solto)
f = no de ciclos efetuados na unidade de tempo (frequência)

C
Como: f = 1/t Q= Com tc = tempo de ciclo
tc
Ciclo: conjunto de operações que um equipamento
executa repetidamente num certo intervalo de tempo

Tempo de Ciclo (tc): Intervalo de tempo decorrido entre


2 passagens de equipamento em um certo ponto do
ciclo

Parcelas do tc:

tcfixo = tempo de ciclo fixo (independem da distância


percorrida – carga, descarga e manobras)

tcvariável = tempo de ciclo variável (dependem da distância


percorrida – transporte carregado e vazio, ida e volta)
Tempos de Ciclo Mínimo e Efetivo

Tempo de Ciclo Mínimo: menor tempo de ciclo p/ a


execução do aterro

tc min = tcfixo + tc var iável min


Tempo de Ciclo Efetivo: tempo de ciclo realmente
gasto pelo equipamento (inclusive paradas)

tcefetivo = tcfixo + tc var iávelefetivo


Produção Máxima e Efetiva

Produção Máxima ou Teórica (Qmax): tcmin e volume da


caçamba completo (Cmax)
Cmax
Qmax =
tc min

Produção Efetiva (Qefet): tcefet e C

C
Qefet =
tcefet
Rendimento ou Eficiência da Produção (R)

Qefet c/ R < 1
R=
Qmax
C Cmax
Mas como: Qefet = e Qmax =
tcefet tc min
tc min
R=
tcefet

Conclusão: O R é diretamente afetado pelos tempos de


parada, assim o ↑produção é conseguido pela redução
destes
Equação Básica da Produção de um Equipamento
corte solto

C
Qefet = mas Ccorte = C.ϕ1 (fator de empolamento)
tcefet
tc min
e R=
tcefet

C.ϕ1.R
Qefet =
tc min

fator
Orientações do DNIT sobre Produção dos
Equipamentos

Cada equipamento, tem a produção teórica fornecida


pelo fabricante (máxima).

A partir daí, deve-se dimensionar o no de cada


equipamento que integra a equipe

Para isso, deve-se obter os tempos gastos nas diversas


tarefas que compõem o trabalho
Volume Prazo Horas do Rendimento
turno

f (V, P, t, e) → no de equipamentos por equipe

A seguir, apresenta-se os tipos de equipamento


usualmente utilizados em serviços de terraplenagem e
pavimentação, bem como a produção
convencionalmente adotada (DNIT, 2006)
(DNIT, 2006)
Estimativa da Produção de Diversos Equipamentos

Trator de Lâmina

C.ϕ1.R
Qefet =
tc min

Rendimento (R) recomendado (Guimarães, 2001):

Trator de esteira: 0,83 a 0,80


Trator de rodas: 0,75 a 0,70
O tcfixo é usualmente tabelado pelos fabricantes:

min
A capacidade volumétrica (C) da lãmina é dada por:

Valores de α

Fator corretivo ( µ) – seção ñ constante

Guimarães (2001)
Scrapers

Volume de material escavado, carregado, transportado,


descarregado e espalhado na unidade de tempo

C.ϕ1.R Onde: f = fator de carga


Qefet = .f (devido a dificuldade de carga para
tc min dentro da caçamba, vazios)

Valores de f

Guimarães (2001)
C = volume da caçamba = f (modelo) – nos manuais

Tempo fixo: tabelado pelo fabricante

Tempo variável:

Tv = tempo variável em min


Escavadeiras Hidráulica

Guimarães (2001)
Segundo Ricardo e Catalani (1990), a partir de estudos realizados
pelo US Highway Research Board (HRB) em um grande no de
escavadeiras em trabalhos rodoviários, a eficiência pode varia de
0,50 (condições desvaforáveis) a 0,75 (condições favoráveis).

Esses estudos permitiram a recomendação de um fator de eficiência


(R) médio da ordem de 60%.

Caterpillar (2000)
Pá-carregadeiras

Parcelas do tempo de
ciclo tabelados pelo
fabricante:
Alguns fabricantes sugerem a utilização de um fator de
derramamento (compensar derramamentos), assim:
Obs.
Número de Unidades de Transporte Servidas por
uma Unidade Escavocarregadora

/h

/h

Obs:
Motoniveladoras - Patrol

Em geral são destinados a espalhamento de materiais


e acabamento de superfícies

É utilizada ainda em regularização de superfícies


(pequenas profundidades)

Produção dada pelo tempo necessário para a


operação de uma Área
Em algumas aplicações a produção pode ser
caracterizada pelo volume de material espalhado
Guimarães (2001)
Caterpillar (2000)
Unidades Compactadoras

N pode variar bastante


“e” e N são interdependentes
v e N são interligados
Difícil estimar por antecipação o N para um determinado
GC: f(h, vel. do rolo, tipo de equipamento)

Difícil a prefixaçao do fator de eficiência (E): em prazos


longos a estação chuvoso interfere

Em condições normais: E = 0,75 (condições satisfatórias)


E = 0,50 (prazos maiores)
Guimarães (2001)
Unidades Transportadoras

60C.E
Ph =
60.2.x
+t
v

C = capacidade (tf ou m3)


E = eficiência (0,83)
v = velocidade (km/h)
x = distância de transporte (km)
t = tempo fixo (5 min)
Em conjunto com as escavocarregadoras

Operações: transporte e descarga

Sincronismo de operação, assim:

Qescavocarregadora = Qfrotadetransporte

Admitindo que: n.c = C


caminhão
carregadeira

Tc
Substituindo fica: N=
n.tc tempo de ciclo
da carregadeira

Sendo que: n.t c = t c arg a (tempo de carga do caminhão)


Exemplos 3,4,5 e 6
Exemplo 3 – Gráfico Er x v

Você também pode gostar