Teoria Geral Do Crime
Teoria Geral Do Crime
Teoria Geral Do Crime
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
1. ESTUDO DA TEORIA GERAL DO CRIME ........................................... 5
2.Conduta punível .............................................................................................. 6
2. 1. Teorias sobre a conduta. ............................................................................ 6
2. 2. Conduta e tipicidade ................................................................................... 8
2.3 Funções do tipo ............................................................................................ 9
2.4 Elementos do tipo ....................................................................................... 10
3. TIPOS OMISSIVOS DOLOSOS E A AÇÃO NOS CRIMES
COMISSIVOS DOLOSOS ................................................................................ 12
3.1. Teoria da Imputação Objetiva ................................................................... 12
3.2. Conceito de dolo ....................................................................................... 13
3.3. Espécies de dolo ....................................................................................... 14
4. TENTATIVA..........................................................................................15
4.1. Elementos da tentativa .............................................................................. 16
4.2. Crimes que não admitem tentativa ............................................................ 19
4.3. Desistência voluntária e arrependimento eficaz ........................................ 20
5. TIPOS CULPOSOS ............................................................................. 21
5.1. Dever de cuidado objetivo ......................................................................... 22
5.4. Resultado .................................................................................................. 22
5.5. Previsibilidade ........................................................................................... 23
5.6. Culpa consciente e dolo eventual .............................................................. 24
6. CONCURSO DE PESSOAS................................................................24
6.1. Autoria e participação ................................................................................ 25
7. ILICITUDE............................................................................................26
7.1. Conceito e generalidades. ........................................................................ 26
7.2. Causas de exclusão da ilicitude ............................................................... 27
7.3. Legítima defesa ........................................................................................ 27
7.4. Conceito ................................................................................................... 27
7.5. Histórico ................................................................................................... 28
7.6. Fundamento jurídico ................................................................................. 28
7.7. Requisitos................................................................................................. 28
7.8. Estado de necessidade ............................................................................ 30
7. 9. Conceito ................................................................................................... 30
7.10. Histórico .................................................................................................. 30
7.11. Fundamento jurídico ................................................................................ 30
7.12 O fundamento jurídico do estado de necessidade se encontra no art. 24 do
CP........ ..............................................................................................................30
7.12. Requisitos................................................................................................ 31
7.13. Excesso ................................................................................................... 31
7.14. Estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito ........... 32
7.15. Distinção e delimitação............................................................................ 32
7.16. O consentimento do titular do bem jurídico ............................................. 33
7.17. Excesso ................................................................................................... 34
8. CULPABILIDADE .............................................................................. 34
9. IMPUTABILIDADE .............................................................................. 35
9.1. Conceito .................................................................................................... 35
9.2. Menoridade ............................................................................................... 36
9.3. Causas de exclusão da imputabilidade ..................................................... 36
9.4. Embriaguez ............................................................................................... 37
10. CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE .......................................................... 38
10.1. Erro de proibição ..................................................................................... 39
10.2. Descriminantes putativas ........................................................................ 40
11. EXIGIBILIDADE DE COMPORTAMENTO CONFORME O DIREITO 41
11.1. Princípios gerais ...................................................................................... 41
11.2. Coação moral irresistível e obediência hierárquica ................................. 42
11.3. Escusas absolutórias.............................................................................. 42
12. REFERÊNCIAS: .................................................................................. 48
INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
1. ESTUDO DA TEORIA GERAL DO CRIME
Crime é todo fato típico, ilícito, culpável que alguém cometa infringindo
alguma lei, o art. 1º do Código Penal informa: não há crime sem lei anterior que
o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
NOVAES e BELLO (2020) versam a respeito da teoria geral do crime, a
qual é vista pela doutrina como tendo quatro formas, assim conceitua crime de
conceito formal ante o aspecto formal crime que é o procedimento que está
constituída em uma norma penal incriminadora, perante ameaça de sanção
penal.
Já o conceito material de crime é a conduta humana causadora de lesão
ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado, o qual é passível de sanção penal.
Quanto ao conceito formal-material entende-se como uma conduta
humana prevista em lei, causadora de lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado, passível de sanção penal.
Ainda o conceito analítico o qual leva em consideração os elementos os
quais compõem a infração penal, sua composição, que os elementos que
compõem o crime são: fato típico, ilicitude e culpabilidade (conceito tripartite).
Só é crime aquilo que a lei diz que é, se o indivíduo comete um ato o
qual, não existe lei que o defina como crime, o agente não pode sofrer sanção.
Grande parte da doutrina adota um conceito sobre o crime, onde o
entendimento é de que o crime é uma ação típica e antijurídica, onde figura a
culpabilidade como um juízo de reprovação, estando somente uma hipótese de
aplicação da pena, não elemento do crime.
Sendo, este o conceito dominante, onde prevalece o entendimento de
que o crime é uma conduta humana típica, ilícita e culpável. (NOVAES. BELLO,
2020)
Assim entende-se que se o indivíduo comete um fato tipificado em lei
como sendo ilícito ele comete um crime.
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2. CONDUTA PUNÍVEL
6
Por meio do tipo penal, a lei descreve os crimes, nessa descrição, o
legislador, via de regra, utiliza diversas formas para descrever a conduta proibida
no tipo penal especificado.
Sendo o núcleo do tipo penal, a conduta criminosa, predita pelo
legislador de forma descritiva.
Assim, quando o tipo penal descreve uma ação como conduta,
encontrar-se os crimes classificados como comissivos, quando descreve uma
omissão os crimes são omissivos próprios.
O crime comissivo, exige ação como conduta, mas pode
excepcionalmente ser praticado por omissão, estando limitada tal hipótese às
situações de omissão imprópria, previstas pelo art. 13, § 2.º, do CP.
O agente que agiu de forma omissa deve ter o dever e possibilidade de
impedir o crime comissivo, ocorrendo de se omitir, será responsabilizado por ele.
A conduta omissiva deve ser praticada de forma voluntária, ou seja,
assim sendo, os atos inconscientes ou incontroláveis não caracterizam condutas
omissivas e não podem ser tipificadas.
Assim, são casos que excluem a voluntariedade, tornando o fato atípico,
a exemplo de caso fortuito: onde a força dos ventos ou das águas que empurram
o agente.
Em casos de força maior: coação física irresistível, que exclui o controle
do agente dos movimentos do seu próprio corpo, o ato deixa de ser voluntário,
excluindo a tipicidade e tornando o fato atípico. (NOVAES. BELLO, 2020)
Existe também a coação moral irresistível, a qual exclui do agente a
possibilidade de decisão por uma conduta diferente, onde ele é obrigado a
praticar uma conduta tipificada como crime, a exemplo do sequestro de
familiares para obrigar o agente a praticar tal conduta, a qual caracteriza
inexigibilidade de conduta diversa, excluindo a culpabilidade.
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2. 2. Conduta e tipicidade
Este artigo traz um rol de situações onde o agente não será punido, ou
seja, onde o agente não será passível de punição por causa da ilicitude de sua
ação.
8
2.3 Funções do tipo
9
Ausência de risco social;
Lesão inexpressiva para a vítima.
Requisitos estes que são cumulativos e devem ser analisados de acordo
com o caso concreto.
O tipo penal deve ter seus elementos descritos em lei de forma a deixar
claro o que constitui o ato punível, para afirmar do princípio da legalidade, o tipo
penal deve descrever o ilícito penal com todos os seus elementos constitutivos.
Além de garantir ao Estado o direito de punir bem como o indivíduo que
sofreu o dano ver o que praticou ser punido, assim o tipo também tem o dever
de limitar a penalidade a fim de garantir que o Estado não poderá punir ninguém
se o crime não estiver devidamente tipificado em lei.
Assim, para conseguir cumprir este objetivo, o tipo penal precisa ser
taxativo e claro na descrição do crime, para isso utiliza elementos de descrição.
(NOVAES. BELLO. 2020)
Tais elementos podem ser normativos (descritos em lei), objetivos
(conduta e seus resultados) e subjetivos (dolo ou culpa).
Elementos objetivos (descritivos): o sujeito ativo é o indivíduo que
pode cometer a conduta descrita no tipo penal da forma que se
encontra prevista de forma abstrata na lei. Já o sujeito passivo é
o indivíduo que pode suportar o resultado da conduta descrita no
tipo penal tal qual previsto abstratamente na lei.
10
Quanto ao núcleo do tipo, observa-se a ação humana descrita, no tipo
penal. Já em relação ao resultado, este resultado pode ser natural, ou seja, é a
modificação que ocorre no mundo exterior, ou jurídico que culmina na ofensa
(dano ou perigo) do bem jurídico protegido pelo tipo.
Em relação ao objeto material, tem-se a coisa ou pessoa que venha a
ser responsabilizada penalmente.
Elementos circunstanciais: são alguns tipos penais que
apresentam elementos de tempo, lugar, meio etc., a exemplo do
furto noturno, que se caracteriza pelo tempo em que é praticado.
Elementos normativos: são elementos do tipo penal que precisam
ser valorados pelo responsável por interpretar, ou, entender o
caso concreto.
Quanto aos elementos normativos eles podem ser jurídicos e culturais.
Os elementos jurídicos são aqueles os quais possuem conceitos
próprios do direito, a exemplo: “coisa alheia” no furto (art. 155 do CP) ou
“duplicata” na duplicata simulada (art. 172 do CP).
Quanto aos Elementos culturais (axiológicos) são os elementos próprios
de outras disciplinas ou que dependem de conceitos sociais, a exemplo de: “ato
obsceno” (art. 233 do CP).
Já os elementos subjetivos: são relativos ao Dolo, a culpa, assim como
os elementos subjetivos especiais, que preveem finalidades específicas.
(NOVAES. BELLO, 2020)
Uma vez que o agente cometa uma ação punível é necessário que se
analise a possibilidade punitiva, ou seja se todos os elementos estão no ato para
que se possa punir de maneira justa.
É preciso analisar se não existem elementos que negam a ilicitude dos
fatos fazendo assim com que o ato se torne lícito, ou o agente inculpável.
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3.TIPOS OMISSIVOS DOLOSOS E A AÇÃO NOS CRIMES COMISSIVOS
DOLOSOS
12
Se agregando a outros requisitos os quais irão atuar de acordo com a
relação de causalidade, a fim de consentir a atribuição de um resultado a uma
conduta.
Após ser constatado o nexo de causalidade entre a conduta e o
resultado, deve-se demonstrar outros requisitos existentes, os quais atuarão
juntamente e, permitirão a imputação do evento ao autor. (GONÇALVES. RIOS,
2020.)
É a partir da imputação objetiva que irá se observar todos os fatos ou
seja, o nexo de causalidade que irá ligar o agente ao ato ilícito.
13
3.3. Espécies de dolo
14
vantagem, a exemplo da condição ou preço do resgate. No entanto, as
expressões “dolo genérico” e “dolo específico” encontram-se defasadas, não
sendo aceitas por boa parte da doutrina.
Assim, o dolo envolve apenas a pretensão de realizar os elementos do
tipo, onde a intenção especial a que se dirige a conduta do agente, prevista em
alguns crimes, é que configura elemento subjetivo específico do tipo.
Ainda assim, o dolo geral ou dolus generalis, ocorre quando o agente
pratica uma conduta com o objetivo de alcançar um resultado e, acreditando que
irá atingi-lo, produz comportamento diverso, que acaba por produzir o resultado
pretendido.
Apesar de a doutrina classificar o dolo de tantas formas, ao final o
agente responderá apenas por um tipo penal, o chamado crime doloso
consumado. (GONÇALVES. BELLO. 2020)
O agente que comete um ato doloso deverá ter os aspectos de dolo
analisados pelo juízo que irá julga-lo.
4.TENTATIVA
15
alguém” com o “início de execução, que não se consumou por circunstâncias
alheias à vontade do agente”.
Não existe legislação para cada espécie de tentativa, no entanto usa-se
a associação com o crime consumado para julgar o caso concreto.
16
Assim, se leva em consideração a pretensão criminosa e o prejuízo que
essa manifestação criminosa pode causar à sociedade, sendo então faculdade
do juiz reduzir a pena;
Já a teoria sintomática do crime de tentativa indicada pela Escola
Positiva, entende que o fundamento de punição da tentativa deve se concentrar
na análise da periculosidade do agente.
Na tentativa se leva em consideração o dolo, ou seja, o desejo do agente
em cometer o ilícito procura-se então punir o ato e a preparação objetivando a
não redução da pena.
Uma vez que o caminho até o agente chegar a realização do crime vai
da cogitação criminosa até a consumação, dividido assim em duas fases: interna
e externa.
A fase interna, ocorre na mente do agente, ou seja, se dá na cogitação,
que é o momento em que o agente tem a ideia da pratica do delito, ou seja,
quando o agente tem a ideia de praticar o crime.
Já a deliberação, é o momento que o agente pondera sobre a atividade
criminosa arquitetada.
Enfim, a resolução é o momento em que o agente decide, efetivamente,
pratica o delito.
A tentativa possui ainda a fase externa, a qual ocorre no momento em
que o agente manifesta por meio de atos, seu objetivo criminoso, esse momento
se subdivide em:
Manifestação que é o momento em que o agente anuncia a quem queira
e possa ouvir a sua decisão de cometer o ato criminoso.
Apesar de não poder se punir esta fase como tentativa do crime
ambicionado, é possível tornar essa figura típica autônoma, a exemplo da
concretização do delito de ameaça.
A preparação do crime é a fase em que se expõe a ideia do crime,
através de atos, os quais começam a se consolidar a fim de alcançar o seu
objetivo que vai configurar uma verdadeira ponte entre a fase interna e a
execução.
17
No direito brasileiro a preparação não é punida, uma vez que o agente
ainda não ingressou nos atos executórios.
Ainda assim, de forma excepcional, diante do caso concreto e da
importância da conduta do agente o legislador criou então um tipo especial que
prevê a punição de certos delitos, onde nesses casos específicos, existe então
a autonomia do crime consumado.
Segue alguns exemplos desse tipo especial: possuir substância ou
engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante ou material destinado à sua
fabricação (art. 253, CP) não deixa de ser a preparação para os crimes de
explosão (art. 251, CP) ou de uso de gás tóxico (art. 252, CP), motivo que torna
a conduta punível pela existência de tipicidade incriminadora autônoma.
Já a execução, é a fase onde a conduta criminosa se realiza, a qual é
constituída, como regra, por atos convenientes e parecidos com o fim de chegar
ao resultado, mas também daqueles que representarem atos imediatamente
anteriores a estes, desde que se tenha certeza do plano concreto do autor.
A exemplo destes atos criminosos tem-se: comprar um revólver com o
dolo de matar a vítima (preparação), efetuar tiros em direção ao indivíduo (ato)
para chegar ao fim desejado matar.
Quando se fala em consumação, é o momento de consumação do delito,
onde se agrupam todos os tipos penais, assim o crime se finaliza no momento
em que todos os atos criminosos sessam, ou seja, quando percebem os atos
previstos no tipo, não sendo a consumação obrigatória.
A exemplo de esgotamento do crime pode-se observar o recebimento de
resgate mediante extorsão ou sequestro, o qual se consuma após a vítima ter
sido privada da sua liberdade, este ato nominado pela doutrina consumação
material. (NUCCI, 2020).
Analisa-se todo o processo de preparação até o momento da
consumação do ato ilícito, para assim punir o agente.
18
4.2. Crimes que não admitem tentativa
19
Também não admitem tentativa os crimes que punem apenas os atos
preparatórios de outros crimes, estes, via de regra não são punidos, a não ser
que esteja previsto em lei, os quais não admitem tentativa. (NUCCI, 2020)
Assim, os crimes culposos, preterdolosos, unissubsistentes, crimes
omissivos próprios, habituais próprios, contravenção penal, delitos
condicionados, crimes de atentado, crimes permanentes na forma omissiva,
crimes que punem somente atos preparatórios, não admite crime de tentativa.
20
NUCCI (2020) traz um exemplo de desistência voluntária:
5. TIPOS CULPOSOS
21
5.1. Dever de cuidado objetivo
5.4. Resultado
22
5.5. Previsibilidade
23
5.6. Culpa consciente e dolo eventual
6. CONCURSO DE PESSOAS
24
Teoria pluralista (cumplicidade do delito distinto ou autonomia da
cumplicidade): existindo pluralidade de agentes, com condutas
distintas, ainda que gerando apenas um resultado, cada agente
responde por um delito. Vai culminar no chamado “delito de
concurso”, onde ocorrem vários delitos associados por uma
relação de causalidade. (GONÇALVES. RIOS, 2020)
Destarte, quando houver concurso de pessoas o juízo precisará
observar a função de cada agente para que possa separar entre autor e
partícipe.
25
enquanto o partícipe que apenas no exemplo de um assalto ficou do lado de fora
e dirigiu o carro, se deveria ou não ser condenado. Entende-se que sim pela
teoria da acessoriedade limitada.
7. ILICITUDE
26
entanto não estuda- se a ilicitude pelos seus elementos e sim pelas suas
excludentes.
7.4. Conceito
27
7.5. Histórico
7.7. Requisitos
28
Caso a agressão injusta incida sobre Direito próprio ou alheio, pode se
usar a legítima defesa a fim de defender qualquer direito, não havendo restrições
ou valorações para que se admita a defesa de um direito, no caso concreto deve
se observar a razoabilidade entre o direito que foi lesionado e o que se buscava
defender, ainda que não haja restrições objetivas.
O agente que pratica a legítima defesa deve agir com moderação,
utilizando somente os meios necessários ou seja, aquele proporcional à
agressão que se pretende repelir, quanto mais intensa a agressão, mais intenso
o meio necessário para repeli-la, assim terminada a agressão injusta, termina
também o meio de repressão a agressão, ou seja, caso o agente em situação de
legítima defesa permaneça os atos, pode ser punido de forma dolosa ou culposa.
(NOVAES. BELLO, 2020)
A legítima defesa pode ser classificada em: própria; sucessiva;
preordenada.
Quando se fala em legítima defesa própria ou de terceiros deve-se levar
em consideração o proprietário do direito protegido, pertencendo ao próprio
agente da legítima defesa, ela configura a legítima defesa própria, em caso de
direito alheio, ela será de terceiro.
Existe também a chamada legítima defesa sucessiva, ela ocorre quando
o agente da legítima defesa se excede, este cria uma nova agressão, a qual se
torna injusta, onde o agressor inicial agora busca se defender da agressão, agora
se tornando em situação de legítima defesa.
Já a legítima defesa preordenada consiste na utilização de mecanismos
de defesa, normalmente o que se pretende defender é o patrimônio, os quais
são instalados como prevenção a agressão que ainda não atual ou iminente, no
entanto estes mecanismos só serão utilizados contra o agressor quando a
agressão se iniciar. Ex.: ofendículos como a cerca elétrica, cacos de vidro etc.
(NOVAES. BELLO, 2020)
A legítima defesa deve ser usada como excludente de ilicitude quando o
agente causador estiver agido demasiadamente com o objetivo de impedir
injusta agressão.
29
7.8. Estado de necessidade
7. 9. Conceito
7.10. Histórico
30
7.209, de 11.7.1984) § 1º - Não pode alegar estado de necessidade
quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984) § 2º - Embora seja razoável exigir-se o
sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a
dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (BRASIL,
1940)
7.12. Requisitos
7.13. Excesso
31
7.14. Estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito
Diz-se do agente que tem por obrigação agir daquela forma, ou seja
ainda que o ato se configure como ilícito, comete o ato em cumprimento do seu
encargo. Segundo NOVAES e BELLO (2020) não existe uma norma que trate
especificamente do estrito cumprimento do dever legal, o conceito é retirado do
próprio nome, ou seja, porque uma vez que este dever seja gerado de uma
norma jurídica, se torna então um dever legal.
Sendo, que este dever se origina de um fato previsto em lei como crime,
a exemplo da prisão em flagrante que seria considerada cárcere privado, mas
uma vez que é praticado por um agente em seu dever de fazer cumprir uma
norma se torna uma ação lícito.
O exercício regular do direito bem como o estrito cumprimento do dever
legal são notas penal em branco que aparece no art. 23 do CP.
Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984) I - em estado de necessidade; (Incluído pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779) III - em estrito cumprimento de
dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses
deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (BRASIL, 1940)
32
posse, dispôs que: “os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse” (art. 1.210, § 1º). Podendo,
a excludente de ilicitude se fundar não só em normas jurídicas, como também
nos costumes, como ocorre no caso dos trotes acadêmicos, observando que os
trotes excessivos constituirão crime.
Existem outros exemplos bastante comuns onde a excludente de
ilicitude: intervenção médico-cirúrgica, o médico não pode entrar com uma
intervenção cirúrgica sem autorização do próprio paciente ou de pessoa
responsável, se menor, salvo em estado de necessidade aí sim o médico poderá
fazer uma intervenção cirúrgica antes de receber autorização do paciente.
Em casos de violência desportiva, sendo o esporte regulamentado
oficialmente, ocorrendo a lesão dentro das regras, o boxeador que provoca lesão
no oponente durante a luta não comete crime.
Existe também o flagrante facultativo (CPP, art. 301), onde qualquer
pessoa possui a faculdade conferida por lei para prender quem esteja em
situação de flagrante delito, assim o que der a voz de prisão não poderá ser
punido por sequestro (CP, art. 148) ou constrangimento ilegal (CP, art. 146).
(GONÇALVES. RIOS, 2020)
33
Existe também a excludente supralegal da ilicitude: que é quando a
aceitação do ofendido não se encontra prevista no tipo penal o fato é típico,
sendo, nessas situações o consentimento usado como causa de exclusão
supralegal da ilicitude.
NOVAES e BELLO trazem alguns exemplos de excludente supralegal
de ilicitude:
Ex.: o crime de dano patrimonial, art. 163 do CP, não prevê o
consentimento do ofendido como elemento do tipo penal, o que
significa que o dano mesmo consentido é típico. Requisitos para que o
consentimento do ofendido exclua a ilicitude: capacidade – o ofendido
deve ser maior de 18 anos, ter plena consciência quando do
consentimento, não pode ser portador de doenças mentais ou estar
embriagado; validade do consentimento – não é válido o
consentimento obtido mediante coação, fraude, violência, ameaças
etc.; o consentimento deve incidir sobre direitos (bens) disponíveis – o
direito que será atingido mediante o consentimento do ofendido deve
ser disponível; tratando-se de direitos indisponíveis, o consentimento
não tem validade de excludente de ilicitude. Ex.: a vida é indisponível;
portanto, ainda que haja consentimento do ofendido, o homicídio será
crime; o consentimento deve ser anterior ou simultâneo à prática do
fato, e o consentimento posterior não exclui a ilicitude do fato.
(NOVAES. BELLO. 2020. p. 62,63)
7.17. Excesso
8. CULPABILIDADE
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Não se exclui a culpabilidade no Brasil, uma vez que é um dos elementos
do crime, no entanto o Código Penal traz algumas excludentes de culpabilidade.
No Código Penal brasileiro, existe o julgamento das excludentes de
culpabilidade que permitem inferir quais os elementos que a compõem.
Portanto, o art. 21 isenta de pena quem pratica o fato do qual
desconheça o caráter ilícito (erro de proibição) já o art. 22 isenta de pena o
indivíduo o qual não se pode exigir outra conduta (inexigibilidade de conduta
diversa).
Os arts. 26 a 28 versam sobre às pessoas que não possuem capacidade
de perceber o caráter ilícito do fato bem como de se determinar a exemplo da
inimputabilidade.
Ao que se pode concluir que a culpabilidade, de acordo com o Código
Penal Brasileiro se resume da soma dos seguintes elementos: imputabilidade;
potencial consciência da ilicitude; exigibilidade de outra conduta. (GONÇALVES.
RIOS, 2020)
Assim, existem algumas excludentes de culpabilidade as quais eliminam
o caráter ilícito da ação.
9. IMPUTABILIDADE
9.1. Conceito
35
Sendo que a imputabilidade é a capacidade de se autodeterminar entre
o lícito e o ilícito, ou seja, a capacidade de entender um ato como ilícito
9.2. Menoridade
36
Existe a possibilidade de que, alguém se encontre são no momento da
conduta, mas que após venha a ter suprimida a sua capacidade em virtude de
doença mental.
Nesse caso, responderá normalmente pelo crime, mas haverá
implicações quanto ao rumo do processo ou da execução da pena, a depender
do momento em que surja a doença mental. (GONÇALVES. RIOS, 2020. p. 635)
Existem diversas situações onde se aplica a inimputabilidade, o juízo
deverá analisar o caso concreto usando das formas admitidas em direito para
analisar a real causa de inimputabilidade.
9.4. Embriaguez
37
A embriaguez, via de regra não exclui a imputabilidade, mas aquela que
decorre de caso fortuito, poderá excluir a imputabilidade, no entanto a
embriaguez não poderá ser voluntária ou culposa. Conforme institui o art. 28, II,
quando voluntária ou culposa não há alteração na imputabilidade do agente.
Nos casos de embriaguez preordenada, a imputabilidade é mantida, por
ser voluntária (28, II), sendo a pena ainda agravada (art. 61, inciso II, letra l, do
CP).
Em casos de dependência química, não existe norma que trate desta
hipótese, devendo ser aplicado o art. 26, atendendo ao critério
biopsicológico, pois o agente precisa ser dependente químico de
substância entorpecente e esta dependência deve impedir
completamente o agente de compreender o caráter ilícito do fato ou de
se autodeterminar conforme seu entendimento. Caso a questão
envolva drogas da Portaria 344/1998 da Anvisa devem ser aplicados
os arts. 45 (inimputável) e 46 (semi) da Lei 11.343/2006, Lei de Drogas.
(NOVAES. BELLO. 2020. p. 65)
38
quando o erro é evitável ou inescusável, há apenas diminuição de pena, devendo
ser condenado. (NOVAES. BELLO, 2020)
Existem situações em que o agente tem consciência da ilicitude de seu
ato, porém ele enfrenta uma determinada situação concreta onde não poderia
agir de forma diversa ainda que ilícito seu ato. “ Se o fato é cometido sob coação
irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. ” (art. 22 do
CP)
39
Violando, o agente alguma proibição pelo fato de não conhecer norma
penal que verse sobre o assunto.
A exemplo de uma pessoa que se depara com um relógio valioso na rua,
procura o seu dono, depois de muito procurar, não o encontrando decide ficar
com o relógio, acreditando de boa-fé, assim ele sabe que aquele objeto não é
dele mas toma posse porque desconhece o art.169, parágrafo único, II, do CP
define como crime o ato de se apropriar de coisa achada.
Assim, de acordo com a norma, o indivíduo que encontra um objeto
perdido deve devolver ao dono ou, em até quinze dias, confiar à autoridade.
Havendo então o erro de tipo, o desconhecimento do caráter ilícito da
ação do agente. (GONÇALVES. RIOS. 2020)
O erro de tipo pode ser identificado como um engano por parte do
agente, ou quando o agente pratica o ato acreditando que podia agir daquela
forma, como o caso do agente que furta algo de seu devedor porquê dessa forma
entende paga a dívida.
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concretiza um fato que, na sua mente, é proibido por lei criminal, no entanto não
existe nenhuma normativa que proíbe tal ato.
Delito putativo por obra do agente provocador: essa figura se dá quando
o agente pratica um ato ilícito induzido por terceiro, a exemplo de um policial à
paisana o qual finge estar embriagado, buscando chamar a atenção de um
ladrão, diz que está com dinheiro na carteira, induzindo o ladrão a roubá-lo, o
qual ao fazê-lo, é preso em flagrante, o que conforme a doutrina não configura
crime.
O Supremo Tribunal Federal sumulou a tese de que “não há crime
quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a
consumação” (Súmula n. 145 do STF). Para nosso Pretório Excelso,
ocorre o crime impossível (CP, art. 17). O delito putativo por obra do
agente provocador também é denominado delito de ensaio ou delito de
experiência. A Súmula n. 145 do STF, anteriormente citada, somente
se aplicará mediante dois requisitos: a preparação (ou induzimento) do
flagrante pela polícia, somada à impossibilidade (absoluta) de
consumação do crime. (GONÇALVES. RIOS, 2020. p. 521)
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relevância conforme o art. 22 do CP, ou seja, da coação moral irresistível e da
obediência hierárquica.
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos
neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003) I - do cônjuge,
na constância da sociedade conjugal; II - de ascendente ou
descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou
natural. (BRASIL, 1940)
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natureza pessoal, fundada em razões de conveniência e oportunidade.
As escusas absolutórias encontram–se taxativa e expressamente
consignadas nos textos legais, mormente na parte especial dos
Códigos Penais (PRADO, 2004: 712. apud. BOZZI, 2016. p. 7)
Assim, o próprio código penal isento de pena certos atos ainda que a
conduta seja típica, antijurídica e culpável.
Havendo causas de extinção da punibilidade o Estado então está
renunciando do seu direito de punir, seja pelo fato de não-imposição de uma
pena, seja pelo fato da não-execução ou por interrupção do cumprimento
daquela já aplicada. (PRADO, 2004: 718. apud. BOZZI, 2016. p. 8)
O art. 107 do Código Penal traz um rol taxativo de causas extintivas de
punibilidade:
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Ainda assim a anistia, graça ou indulto extingue a punibilidade, sendo a
anistia um ato do Congresso Nacional versa os artigos 21, XVII, e 48, VIII, CF,
que concedida antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, esta
extingue seus efeitos penais.
Ainda, PRADO (2004) preleciona que o elemento preponderante da
anistia os quais são os delitos políticos, não exclui sua aplicação tem caráter
excepcional em relação aos crimes comuns.
Uma vez concedida a anistia, o juiz, de ofício, ou a requerimento do
interessado ou do Ministério Público, por proposta da autoridade administrativo
do Conselho Penitenciário, declarará extinta a punibilidade (artigos 107, II, CP;
187, LEP). (BOZZI, 2016)
A Abolitio criminis, também se encontra entre as normas que extinguem
a punibilidade, é uma norma penal que revoga o tipo incriminador, e determina
o seja imediatamente reconhecida a extinção da punibilidade do processo na
fase em que estiver.
Fazendo ainda desaparecer todos os efeitos penais uma vez que já
exista sentença condenatória, com o advento da lei nova a conduta perde sua
característica de ilicitude penal, extinguindo-se a punibilidade (art. 107, III, CP).
A lei posterior mais benéfica retroage a fim de alcançar inclusive fatos
definitivamente julgados (art. 2.º, CP). Afastando por completo os efeitos penais
da condenação, persistindo unicamente os efeitos civis (PRADO, 2004: 722.
apud. BOZZI, 2016. p. 10)
Encontra-se ainda a renúncia como norma que não pode ser punida.
O cabimento da renúncia, somente nas ações penais exclusivamente
privadas, no caso do sistema dos Juizados Especiais Criminais não é possível
que se renuncie ao direito de representação no caso de ação penal pública
condicionada.
Poderá o Ministério Público oferecer denúncia, desde que não haja outra
causa extintiva da punibilidade (PRADO, 2004: 722).
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Assim, existem algumas formas de renúncia sejam elas expressa ou
tácita conforme o art. 104, caput, CP.
A renúncia expressa, ocorre por manifestação explícita, e tácita, assim,
caso exista a prática de ato contrário com a vontade de processar.
No caso de renúncia, tácita, admite-se todos os meios de prova (art. 57,
CPP). Já a renúncia expressa, obrigatoriamente clara e incontestável, deverá
constar declaração assinalada pelo ofendido, por seu representante legal ou
procurador com poderes especiais (art. 50, CPP), como bem observa Régis
Prado. (BOZZI, 2016. p. 11)
Perdão do ofendido, escusa absolutória, o perdão do ofendido é o ato
pelo qual, após dar início a ação penal exclusivamente privada, o ofendido
(querelante) ou seu representante legal desiste de dar prosseguimento a ação,
tendo sentido de desistência por ocorrer sempre após à propositura da queixa,
sendo facultado ao querelante, no decorrer da ação penal privada, perdoar o
querelado (ofensor), extinguindo-se assim a punibilidade do delito, conforme art.
107, V, do Código Penal.
Posteriormente, o perdão do ofendido, em crimes em que somente se
procede mediante queixa, impede, portanto, o prosseguimento da ação, artigo
105, do Código Penal. (BOZZI, 2016. p. 12) (BOZZI, 2016. p. 12)
O perdão judicial, escusa absolutória, é a capacidade que o juiz possui
de deixar de aplicar a pena nas hipóteses previstas em lei.
Assim, evidencia PRADO (2004), que apesar de perfeito o delito em
todos os seus elementos constitutivos a ação ou omissão típica, ilícita e culpável,
existe a possibilidade de o magistrado, mediante determinadas circunstâncias
que estejam legalmente previstas, deixe de aplicar a sanção penal
correspondente, outorgando o perdão judicial., o que trata de direito subjetivo do
réu, e não mera faculdade judicial (PRADO, 2004: 723-724. apud. BOZZI, 2016.
p. 13)
A retratação também é causa de escusa absolutória, é o ato de retirar o
que foi dito, ainda, conforme PRADO (2004), é um ato unilateral o qual
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independe de aceitação por parte do ofendido, o qual busca resguardar a
verdade, interesse esse superior da justiça.
Sendo, ato pessoal, a retratação feita por um dos querelados não se
aplica aos demais, tornando-se irrelevante se a declaração é espontânea ou não,
como os motivos que a constituíram, contudo, destaca PRADO (2004), o fato de
ser voluntária a retratação é algo imprescindível.
Destarte, a retratação extingue a punibilidade do agente somente nos
casos em que a lei permitir (art. 107, VI, CP), a exemplo dos casos de crimes
de calúnia e difamação (art. 143, CP); crimes contra a honra praticados através
da imprensa (art. 26, Lei 5.250/1967); crimes de falso testemunho e falsa perícia
(art. 342, § 2.º, do CP). (BOZZI, 2016. p. 13)
A decadência incide na perda do direito de ação pelo lapso temporal, a
qual se conceitua como a perda do direito de oferecer queixa ou de representar,
sendo, inadmissível o direito de queixa ou de representação o qual subsiste
indefinitivamente.
Salienta, PRADO (2004), após ser determinado o prazo decadencial, há
a extinção da punibilidade (artigo 107, IV, do CP).
Existindo a decadência apenas na ação penal privada ou pública
condicionada, podendo a prescrição acontecer em qualquer tipo de ação, onde
a vítima tem o prazo de 6 meses do conhecimento da autoria para representar
ou para oferecer a queixa (art. 38 do CPP). (BOZZI, 2016)
Já a Prescrição enquanto escusa absolutória, é relativa, ou seja, o
Estado, pela sua inércia não exercitou dentro do lapso temporal previamente
fixado, o direito de punir.
Destaca-se que a regra geral de prescritibilidade relativa a todas as
infrações penais não é absoluta, já que a Constituição Federal de 1988
estabelece a imprescritibilidade a prática do racismo e a ação de grupos
armados, civis e militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático
(art. 5.º, incisos XLII e XLIV).
Ainda assim, a prescrição da pretensão punitiva, onde, praticado o fato
típico, nasce a punibilidade, passando, o Estado passa a ter o direito de utilizar-
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se dos meios próprios a fim de dar início a persecução criminal, a qual irá resultar
na aplicação da pena ou da medida de segurança, surgindo para o Estado o
poder de punir o criminoso. (BOZZI, 2016)
Diante disso existem diversas situações tratadas pelo Código Penal
como excludente de punibilidade.
A exemplo das escusas absolutórias que são formuladas de modo
negativo, a fim de afastar a punibilidade do agente.
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12. REFERÊNCIAS:
https://www.academia.edu/42991779/Codigo_Penal_Comentado_Rogerio_Gr
eco> acesso maio de 2021.
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