Microscopia Eletrônica de Transimissão

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MICROSCOPIA

ELETRÔNICA DE
TRANSIMISSÃO
ANA LUIZA | LETÍCIA CASTELLO
CONTEÚDO APRESENTADO
Introdução à microscopia: Letícia
Aplicações: Ana Luiza
Abordagem físico-química: Ana Luiza
Descrição do equipamento: Letícia
Formação de imagem: Letícia
Preparação das amostras: Ana Luiza
Resultados clássicos: Letícia
Técnicas: Letícia
Trabalhos na Universidade: Ana Luiza
Avanços da técnica: Ana Luiza
Referências bibliográficas
Conclusão
INTRODUÇÃO A MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO:

Permite a formação de imagens com grandes


aumentos através da interação de feixes de elétrons
de alta voltagem em uma fina fatia de amostra;
Análises químicas, qualitativas e quantitativas, em
alta resolução;
vírus da poliomelite
Visualização de morfologias, identificação de
defeitos, estruturas cristalinas, relação de
orientação entre fases;
O MET é um dos principais métodos de análise em
uma vasta gama de campos científicos

célula
INTRODUÇÃO A MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO:

Princípios: o melhor poder


resolvende
Poder resolvente: distinção de dois diferentes conseguido com o
pontos - comprimento de onda da luz utilizada microscópio é de 0,2
mm

Comprimento de onda: resultado da interação com


as ondas de luz usadas.

Abertura numérica: ângulo formado pelo eixo óptico


e os raios mais externos ainda cobertos pela lente
objetiva
INTRODUÇÃO A MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO:

Microscópio eletronico de transmissão e varredura:

MET e METV possuem um feixe de elétrons por meio


de uma fatia fina da amostra

focaliza o feixe de antemão e elabora a imagem


através de varredura no padrão retangular de linhas.

Técnicas de mapeamento de análise (microscopia de primeiro


campo escuro anular e espectroscopia de perda de microscópio
energia eletrônica) eletrônico
APLICAÇÕES
Utilizada na caracterização de objetos e estruturas, fornecendo uma
visualização em nível atômico.
É amplamente utilizado na caracterização de fases de copolímeros, por
exemplo.
Determinação do grau de cristalinidade e defeitos estruturais
Análise de composição de amostras (ex: diesel)
Estudos patológicos (vírus, bactéria, etc) NUNCA VIVOS

VÍRUS CANTAGALO EM CÉLULAS BSC-40


ABORDAGEM FÍSICO-QUÍMICA:
DUALIDADE ONDA-PARTÍCULA
A natureza ondulatória da luz provoca um limite de resolução máximo,
a partir do qual não é possível distinguir 2 pontos adjacentes
Por isso, em estudos que requerem maior grau de detalhes, utiliza-se o
microscópio eletrônico, que consiste em um feixe de elétrons ao invés
de um feixe de luz.
Tal substituição só é possível porque o feixe de elétrons pode ser
considerado uma onda pela hipótese de Broglie (onda da matéria de
Broglie) λ=h/Q
Ou seja, um feixe de elétrons ao passar por uma fenda microscópica
sofre o mesmo efeito de difração que a luz
ABORDAGEM FÍSICO-QUÍMICA:
DUALIDADE ONDA-PARTÍCULA

Um feixe de elétrons possui λ inferior ao da luz, permitindo que sejam


observadas estruturas menores (no caso da luz, o limite infravermelho
e ultravioleta só permite até um dado limite)
λ pode ser alterado para cada experiência, apenas alterando a energia
E=hf U=E.d e F=Eq
fornecida ao feixe.

A separação que existe entre os átomos na estrutura a ser observada é


da mesma ordem de grandeza do comprimento de onda do feixe de
elétrons a incidir, permitindo que ao interagir com os átomos os
elétrons difratam formando a imagem.
DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO:
1. Os elétrons saem em direção a amostra pela
superfície inferior com uma distribuição de
intensidade e direção controladas - arranjo
cristalino dos átomos na amostra.
2. a lente objetiva entra em ação, formando a primeira
imagem desta distribuição angular dos feixes
eletrônicos difratados
3. As lentes restantes servem apenas para aumentar a
imagem ou diagrama de difração para futura
observação na tela ou na chapa fotográfica.
DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO:
Bobinas eletromagnéticas de deflexão
(potencialização de campo magnético alterando sua
direção) e aberturas localizadas ao longo do
caminho do feixe eletrônico
Os fenômenos de difração eletrônica são:
1) LENTE OBJETIVA: LIMITA O PODER DE RESOLUÇÃO DO
MICROSCÓPIO - FORMAÇÃO DA IMAGEM
2) ABERTURA OBJETIVA
➡ UTILIZADOS EM ESTUDO DE MATERIAIS (METÁLICOS, CERÂMICOS E
POLIMÉRICOS) DISPÕE DE TENSÃO DE ACELERAÇÃO DE ATÉ 200 KV
➡ A IMAGEM FINAL É PROJETADA SOBRE UM ANTEPARO DE
OBSERVAÇÃO, QUE É RECOBERTO COM UM MATERIAL QUE FLORESCE
QUANDO IRRADIADO COM ELÉTRONS, OU SOBRE UMA PLACA
FOTOGRÁFICA (IMAGEM PERMANENTE) , SEU INTERVALO DE AUMENTO
É 1.000 A 200.000 VEZES .
DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO: FORMAÇÃO DA IMAGEM
➡ A imagem observada é a projeção de uma determinada espessura do
material, havendo uma diferença com relação ao observado numa superfície.
➡ Há projeção das linhas, áreas e volumes de interesse, podendo ocorrer
superposição
➡ O contraste da imagem depende da espessura, diferença de densidade,
coeficiente de absorção de elétrons (contraste de massa - sólidos amorfos),
difração (sólidos cristalinos), e dos campos elétricos de tensão.

LIMITE DE RESOLUÇÃO Determinação dos parâmetros:


comprimento da onda de luz
RESOLUÇÃO DA IMAGEM
abertura numérica
PROMOVER DISTINÇÃO, índice de refração dos meios em
OU SEPARAÇÃO, ENTRE
DOIS PONTOS PRÓXIMOS que a luz se propaga
EM UMA IMAGEM.
PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS: REQUISITOS BÁSICOS
As amostras de MET são o representativo do material
Amostra deve ser estável sob ação de elétrons
Superfície limpa e polida
Não contaminada
Inalterada (sem deformação ou transformação martensítica

transformação martensítica:
trasnformação de fase sem
difusão, cujo objetivo é
melhorar as propriedades do
material (ex: aumento da
dureza do ferro)
PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS: LÂMINAS FINAS

1°) Corte de 0,8 a 1,0 mm de espessura do material (geralmente feito


com diamante)
2°) Afinamento deste por polimento mecânico até chegar em 0,1 - 0,2
mm de espessura
3°) Polimento eletrolítico (eletropolimento): consiste no polimento
anódico de superfícies, muito indicado para peças pequenas com
superfícies irregulares. TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE COMPLEMENTAR
Observação: em matérias orgânicos (poliméricos), antes do polimento é
feito resfriamento com N2 para minimizar deformações
Rápido, evitando que o material perca suas propriedades ou acumule gelo em superfície
PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS: LÂMINAS FINAS
Como funciona o polimento eletrolítico (eletropolimento)?
O metal a ser polido atua como ânodo na célula eletrolítica e devido à
ação da corrente forma-se um filme polarizado sobre o metal, o que
permite a difusão através deste.
As regiões com falhas (rebarba e pontos altos da superfície rugosa)
possuem maior densidade de corrente elétrica, assim a superfície fica
mais lisa e nivelada

Em ligas de ferro (inox), Em componentes


devido a alta aeronáuticos, a
solubilidade do ferro, o presença de
polimento eletrolítico deformações/falhas
também aumenta a diminui a vida útil da
resistência à corrosão peça, que é submetida a
altas tensões. Polimento
aumenta a vida útil
PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS: LÂMINAS FINAS
PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS: RÉPLICAS DE SUPERFÍCIE
A escolha da réplica depende do material a ser analisado, bem como de
condições econômico-operacionais
Réplica de carbono: o material é evaporado na superfície da amostra. O método
também pode arrancar partículas da amostra, que, se forem cristalinas, irão
difratar elétrons e assim um contraste visual adicional aparece, permitindo uma
melhor diferenciação das fases
Réplica de plástico: solução diluída de plástico é gotejada na superfície do
material, formando um filme denominado negativo (conceito fotográfico).
Assim, ao analisarmos o filme estamos enxergando o oposto da “imagem real”
do objeto. *a imagem é invertida novamente pelo software ou por revelação
fotográfica.
Réplica em óxido: usada principalmente para ligas em alumínio, o filme de óxido
é obtido por anodização.
RESULTADOS CLÁSSICOS

Estrutura das camadas de cada Controlo de rugosidade


material Mecanismo de crescimento da
Qualidade das interfaces vizualização do cristalino.
mitocôndrias
50 nm

vírus da herpes membrana do complexo Golgi


50 nm
Sintetização de nanopartículas por MET

DRX

50 nm DIFRAÇÃO DE RAIOS X

MICROGRAFIAS OBTIDAS
EM MICROSCÓPIO
ELETRÔNICO DE HISTOGRAMA DE
TRANSMISSÃO DISPERSÃO DE
TAMANHOS DOS
NANOCRISTAIS DE CEO2

10 nm

ÓXIDO DE CÉRIO
ESTUDO DA SINTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS POR MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO IN SITU
FEI TECNAI SPIRIT
JEOL 1200 EX FEI TECNAI G20 FEG BIO-TWIN

AQUISIÇÃO DE IMAGENS POR


CRIOMICROSCOPIA TOMOGRAFIA EM MODO TRANSMISSÃO EM ALTO
TEMPERATURAS CRIOGÉNICAS TEMPERATURAS CRIOGÊNICAS CONTRASTE
80 ATÉ 120KV 200 KV 80 ATÉ 120KV

voltagem de aceleração
FEI TECNAI T20 HITACHI HT 7800 ZEISS EM 900

DETECTOR ANELAR DE IMAGENS POR MODO


ANÁLISES DE ROTINA NO
CAMPO ESCURO DE ALTO TRANSMISSÃO (TEM –
MODO (TEM) EQUIPADO
ÂNGULO TOMOGRAFIA TRANSMISSION ELECTRON
COM CÂMERA CCD
ELETRÔNICA MICROSCOPY), EM ALTO
CONTRASTE
200 KV 80 ATÉ 120KV
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ: UFPR
Centro de microscopia eletrônica (CME): maior laboratório de apoio à
pesquisa da UFPR
Atuação: MET, MEV e AFM
Equipamentos de microscopia eletrônica disponíveis: JEOL JEM 1200EX-II
e JEOL JEM F200
Algumas análises com MET feitas pelo laboratório:
JEOL JEM 1200EX-II
resolução de 0,5 nm
permite magnificações de
até 600 kX.
Análises com temperatura
controlada de -180 a
+110°C.
Análises cristalográficas
por
Difração de Elétrons em
Área Selecionada (SAED).
TRABALHOS ACADÊMICOS COM O APOIO DO CEM
CARBOHYDRATE POLYMERS: VIABILIDADE DE FIBRAS DE RAMI COMO
MATÉRIA-PRIMA PARA ISOLAMENTO DE NANOFIBRILADOS CELULOSE
“FIGURAS A – B ILUSTRAM TRÊS
PICOS PARA OS FILMES DE RAMI CNF, QUE SÃO
BEM DEFINIDOS COMO CRISTALINOS
PICO DE CELULOSE I DEVIDO À PRESENÇA DE
PICOS EM TORNO DE 16°, 22° E 34°,
CORRESPONDENDO A (110), (002) E (004) NOS
PLANOS CRISTALINOS.
A CRISTALINIDADE MUDOU PARA 82,9% PARA AOP
APÓS POLPAÇÃO E 85,2% PARA 1-
BRCH E 85,8% PARA 2-BRCH APÓS O PROCESSO DE
CLAREAMENTO (FIG. 4A). TAL
PLANOS CRISTALOGRÁFICOS SÃO COMPONENTES
CARACTERÍSTICOS DO CRISTALINO
CELULOSE IΒ”
TRABALHOS ACADÊMICOS COM O APOIO DO CEM
NICKEL NANOPARTICLES OBTAINED BY A MODIFIED POLYOL PROCESS:
SYNTHESIS, CHARACTERIZATION AND MAGNETIC PROPERTIES
O TRABALHO CONSISTE NA SÍNTESE DE
NANOPARTÍCULAS DE NÍQUEL USANDO
POLI(NVINILPIRROLIDONA) COMO AGENTE
PROTETOR

IMAGEM MET REPRESENTA NANOPARTÍCULAS


ESFÉRICAS DE NI REVESTIDAS COM PVP
PREPARADAS POR UMA ROTA DE POLIOL
MODIFICADA.
AVANÇOS DA TÉCNICA

1833: Ernest Ruska cria o Microscópio eletrônico, com resolução


superior ao óptico
1938: primeira visualização de um vírus
1939: MET passa a ter uso comercial
1986: Ruska recebe o nobel de física
Diversos trabalhos desenvolvidos desde então com a MET
2017: Nobel de química: microscopia eletrônica com criogenia
NOBEL DE QUÍMICA 2017
Jacques Dubochet desenvolveu um método para impedir que amostras de
biomoléculas secassem sob o vácuo durante as análises por microscopia
eletrônica, mantendo-as congeladas (com etano líquido) em seu estado quase
nativo e preservando sua hidratação.
Joachim Frank desenvolveu um software para melhorar a nitidez das imagens
obtidas por microscopia eletrônica
Em 1990, o preparo da amostra e a qualidade dos dados foram aperfeiçoados
utilizando temperaturas criogênicas (abaixo de -150°C) e obtendo-se a primeira
estrutura tridimensional de uma proteína em resolução atômica.
O resultado desse trabalho conjunto foi um grupo de macromoléculas em
orientações aleatórias, inseridas em uma fina camada de gelo amorfo, nas
formas e estruturas próximas às nativas. As imagens são obtidas em MET, com
baixo vácuo e mantidas com nitrogênio líquido sendo processadas para obter a
resolução da estrutura final.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Tópicos de física Vol.2
Site NOIC - Olimpíadas científicas
Polimento eletrolítico: tecnologia chave para melhorar a vida útil dos
componentes aeronáuticos
Microscopia eletrônica de transmissão
Nickel nanoparticles obtained by a modified polyol process: synthesis,
characterization and magnetic properties
Microscopia eletrônica com criogenia
Microscopia: Contexto Histórico, Técnicas e Procedimentos para
Observação de Amostras
Microscopia Eletrônica de Transmissão UFRJ - CENABIO

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